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R4 Ana Júlia Marquez Pajuaba – EPM/DOT

INTRODUÇÃO
• Pectus carinatum (PC):
• Deformidade pediátrica comum da parede torácica
• Hipercrescimento anormal das cartilagem costais -> protrusão anterior do
esterno e costelas adjacentes
• 2 tipos:
• Gladiolar: típico, 1/3 médio do esterno
• Proeminência manubrial: 1/3 proximal do esterno
• Incidência 1:1500 nascidos vivos
• Prevalência 0,6% (EUA)
• Sexo masculino (4:1)
• História familiar -> predisposição genética
INTRODUÇÃO
• Etiologia desconhecida
• Isolado: + comum
• Associado a síndromes:
• Escoliose
• Anormalidades do tec conjuntivo
• História natural:
• Achado na infância, sem sintomas
• Pode piorar na puberdade
• Sensibilidade local, dor óssea, intolerância aos esportes
• Aparência, psicossocial
INTRODUÇÃO
• Tratamento
• Técnica de Ravitch modificada (cirúrgico)
• Alta morbidade
• Resultados a longo prazo divergentes – piora estética e redução da complacência
torácica
• Casos mais graves
INTRODUÇÃO
• Tratamento
• Órtese:
• Parede torácica: maleável e plástica durante a puberdade
• Órtese de compressão externa -> simula os efeitos da barra cirúrgica
• Remodela o padrão de crescimento
• Resultados iniciais: bons a curto prazo
• Correção a longo prazo e durabilidade da correção: desconhecidos
INTRODUÇÃO
• Objetivo do estudo:
• Hipótese: para alcançar o remodelamento a longo prazo do contorno da
parede torácica, uma fase de manutenção da órtese pode ser necessária,
enquanto a fase de crescimento axial ocorre
• Reportar pacientes tratados com esse protocolo, examinando tempo para
alcançar a correção, tempo para manter a correção, resultados preliminares
da longevidade da correção.
MATERIAIS E MÉTODOS
• Outubro 2003 a Agosto 2011
• Protocolo Calgary:
• Cinta leve e ajustável, controlada pelo paciente, feita de alumínio com suporte
acolchoado para as costas e uma almofada de pressão de espuma densa
• Todos pacientes com PC tratados por esse protocolo
• A cada visita, reportaram as características do pcte e da protrusão
• Extensão da protrusão máxima (distância do ponto máximo de protrusão ao nível normal
estimado)
• Comprimento craniocaudal (da zona de protrusão, medido pelo ponto máximo de protrusão)
• Comprimento lateral (medido do ponto máximo de protrusão na direção transversa)
• Avaliação pessoal do paciente
• Exercícios de tolerância
RESULTADOS
• 124 pacientes com PC
• Sexo masculino 109 (88%)
• Média de idade 14,4 anos
• Estágio de Tanner (média) 3,6 na avaliação inicial

• Prescrição da órtese para 98 pctes


• 4 recusaram a órtese
• 15 eram esqueleticamente muito maduros para a órtese
• 7 não eram apropriados para a órtese
RESULTADOS
• Em agosto de 2011:
• 10% estavam na fase de correção (CP)
• 44% concluíram a CP
• 21% completaram todo o protocolo
• 45% falha do tratamento
• 28% perderam seguimento durante CP
• 15% não conformes
• 2% não alcançaram melhora significativa -> tto cirúrgico
RESULTADOS
• Maturidade esquelética e correção da deformidade:
• Órtese Tanner < IV:
• Tempo de correção de 4,2 meses
• Órtese Tanner IV:
• Tempo de correção de 8 meses
RESULTADOS
• 44 pacientes completaram a CP
• 21 protocolo completo
• 23 na fase de manutenção (MP)
• 1 apresentou recorrência – correção com órtese noturna
• Melhora significativa nas medidas objetivas e subjetivas nos
diferentes estágios do protocolo
• Sem melhora significativa da intolerância ao esporte em nenhum
estágio
• Ao final do protocolo:
• Sem recorrências
DISCUSSÃO
• Os dados suportam a hipótese de que a órtese é um tto efetivo para o
PC, com melhora objetiva da protrusão e da aparência
• Fases do tratamento:
• Fase de correção inicial: redirecionar o contorno das cartilagens da parede
torácica
• Pressão contínua (23h/dia) com a maior força tolerável
• Resultados começam a aparecer em 3-4s, correção inicial em 95% dos pacientes
• Pctes mais jovens e parede torácica mais maleável -> resposta + rápida
• Média de 7m (maior que o esperado -> menos tempo de uso durante o dia)
• Fase de manutenção: órtese 8h/dia
• Piora da aparência durante o esporão
• Retirada da órtese 6m após a parada do crescimento
DISCUSSÃO
• Limitações do estudo:
• Ausência de grupo controle ou randomização
• Defeitos leves a moderados, sem sintomas significativos

• Conclusão:
• Os dados apoiam que a órtese é um tto efetivo para o PC, com melhora
objetiva da protrusão e da aparência

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