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DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820

À CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA
DE 1822
DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820 À CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA DE 1822

OS ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820


Terminadas as invasões francesas, o descontentamento da população
portuguesa continuava a fazer-se sentir.
General Beresford.

O país estava mais pobre e destruído.


O comércio e a indústria estavam estagnados.
Beresford chefiava o exército e influenciava
todos os atos governativos, transformando o
País numa espécie de “colónia” inglesa.

A Corte continuava no Brasil e os Portugueses sentiam-se


abandonados por D. João, o Príncipe Regente.
Para agravar a situação, em 1808, D. João decretou a
abertura dos portos brasileiros ao comércio
internacional, afetando os lucros da burguesia
portuguesa.
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OS ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820


Entretanto, já os ideais da Revolução Francesa ganhavam apoiantes em
Portugal!

Sou um burguês, vivo em Lisboa e sinto-me


prejudicado pela abertura dos portos brasileiros a
outras nações! Vou unir-me com outros burgueses e
tomar as rédeas deste país!
Vamos juntar-nos ao Gomes Freire de Andrade e
preparar um golpe.
A monarquia absoluta vai ser derrubada! Queremos
uma Constituição que reconheça a igualdade de todos
os cidadãos perante a lei!
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OS ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820


Gomes Freire de Andrade, em 1817, tentou pôr fim ao regime absolutista,
mas a conspiração foi descoberta e o general acabou enforcado,
juntamente com os seus apoiantes.

General
General Gomes
Gomes Freire
Freire de
de
Andrade.
Andrade.
Execução
Execução do
do General
General Gomes
Gomes Freire
Freire de
de
Andrade.
Andrade.
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OS ANTECEDENTES DA REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820


No ano seguinte, em 1818, Manuel Fernandes Tomás, um conhecido juiz
do Porto, formou uma sociedade secreta – o Sinédrio – com o objetivo de
preparar uma revolução.

Manuel Fernandes Tomás.


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A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820


Aproveitando a ausência de Beresford, os revolucionários iniciaram o
golpe. Assim, no dia 24 de agosto de 1820, na cidade do Porto, os
revolucionários, apoiados pela população, deram início à Revolução
Liberal Portuguesa, que acabaria com o regime absolutista em Portugal.

24 de agosto de 1820 – a população portuense adere à revolução.


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A REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820


Na cidade do Porto, o general Sepúlveda falava aos soldados…

Soldados! Acabou-se o sofrimento (…). Soldados, o


momento é este (…).
Vamos com os nossos irmãos de armas protagonizar
um governo provisório, que chame as Cortes a fazer
uma Constituição cuja falta é a origem dos nossos
males (…). É em nome do nosso soberano, o senhor D.
João VI, que há de governar-se.
Viva el-rei o senhor D. João VI! Viva as Cortes e por
elas a Constituição!

A revolução alastrou-se rapidamente a outras zonas do País e, um mês


depois, a Regência de Beresford foi destituída.
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OS DIAS SEGUINTES À REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820

Foi nomeada uma Junta Provisional do


Governo Supremo do Reino, que
governará até haver eleições.

O Rei deve regressar a Portugal!


Quem nos governará?

AA Junta
Junta Provisional
Provisional do
do Governo
Governo do
do Reino
Reino éé recebida
recebida em
em Lisboa,
Lisboa, em
em ambiente
ambiente de
de festa,
festa, no
no
dia
dia 11 de
de outubro
outubro de
de 1820.
1820.
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AS REAÇÕES NO BRASIL À REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1822


As notícias sobre a revolução rapidamente chegam ao Brasil e, em 1821,
D. João VI regressa a Portugal.

A principal exigência (das Cortes portuguesas) era a volta


do rei a Portugal. (…) D. João VI enfrentava um dilema (…)
que dizia respeito ao futuro do próprio império
português. Se voltasse a Portugal, poderia perder o Brasil
(que se tornaria independente) se, ao contrário,
permanecesse no Rio de Janeiro, perderia Portugal, (…)
Depois de muitas discussões, D. João surpreendeu os seus
auxiliares com a seguinte frase: “Pois bem, se o meu filho
(D. Pedro) não quer ir, irei eu”. Era uma atitude
inesperadamente corajosa para um rei que sempre dera
mostras de insegurança, medo e indecisão.(…)

Laurentino Gomes, 1808, S. Paulo, Planeta Brasil, 2006


(adaptado).
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OS DIAS SEGUINTES À REVOLUÇÃO LIBERAL DE 1820


Triunfou a Revolução Liberal

Fim do absolutismo

Os ingleses foram afastados do


governo com a destituição da
Junta de Regência.

Criação da Junta Provisional do Governo A Constituição é um documento no qual


Supremo do Reino se encontram reunidas as leis que
Funções: servem de base a todas as outras leis
• preparar eleições para formar as que regem um País.
Cortes Constituintes;
• elaborar o texto da primeira
Constituição Portuguesa.
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A CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA 1822


Que mudanças trazia a Constituição de 1822?
Na Monarquia Absoluta

D. João VI.

O rei concentra em si todos os poderes:


• faz e aprova as leis (poder legislativo);
• governa sem convocar as Cortes (poder executivo);
• é o juiz do reino (poder judicial).
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A CONSTITUIÇÃO PORTUGUESA 1822


Quais os princípios defendidos na Constituição de 1822?
SEPARAÇÃO DOS PODERES

 IGUALDADE E LIBERDADE PERANTE A LEI * * Sabias que…?


(foram abolidos os privilégios do clero e da nobreza) A Constituição de 1822 não foi
tão perfeita quanto se pretendia,
pois só os homens com mais de
25 anos, que soubessem ler e
escrever, podiam exercer o
direito de voto.

D. João VI jura a Constituição de 1822.


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AS REAÇÕES NO BRASIL
Quando D. João VI regressou a Portugal, nomeou D. Pedro, seu filho mais
velho, como regente do Brasil.

As Cortes (constituídas, sobretudo, por


burgueses, que tinham sido prejudicados
pela abertura dos portos brasileiros ao
comércio estrangeiro) decidiram fechar
D. João VI. novamente os portos da colónia, impedindo
que o comércio se realizasse com outros
países, excetuando Portugal.

A decisão das Cortes foi mal recebida no


Brasil que, com o apoio do Príncipe Regente,
D. Pedro, proclamou a independência da
colónia a 7 de setembro de 1822. D. Pedro.
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A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

D. Pedro proclamou a independência do Brasil em 1822.


Esta proclamação ficou conhecida por o Grito do Ipiranga.

(…) Pelo meu sangue, pela minha honra, pelo meu Deus, juro fazer a
liberdade do Brasil! Independência ou morte! Seja a nossa divisa; o verde
e o amarelo as nossas cores nacionais.
Brado de D. Pedro junto ao rio Ipiranga, segundo a tradição,
7 de setembro de 1822.
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D. PEDRO I IMPERADOR DO BRASIL


A COROAÇÃO DE D. PEDRO NO BRASIL

D. Pedro foi coroado e aclamado Imperador do Brasil em 1822.


Portugal só reconheceu a independência deste território em 1825.
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ATIVIDADE DE CONSOLIDAÇÃO
Assinala, nas questões que se seguem, a(s) opção(ões) correta(s).
1. Após o fim das invasões francesas, o território português estava…
 enriquecido pelas riquezas trazidas pelos franceses.
 destruído e empobrecido devido ao período de guerra.
 com uma indústria modernizada e uma economia muito forte.
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2. Depois da saída do exército francês do território nacional, os


Portugueses mantinham-se muito insatisfeitos. Identifica os motivos
desse descontentamento.
 O exército inglês mantinha-se em Portugal e controlava os
principais cargos da administração e do exército.
 Os franceses, que tinham ajudado a expulsar os ingleses,
mantinham-se à frente do exército português.
 Os Portugueses ficaram sozinhos e não foram capazes de
reorganizar o País.
 A família real continuava no Brasil.
 O rei tinha ordenado o encerramento dos portos portugueses ao
comércio com o Brasil.
 O rei tinha decretado a abertura dos portos brasileiros ao comércio
internacional, prejudicando a burguesia portuguesa.
 A burguesia desejava instaurar um governo liberal.
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3. Em Portugal, os ideais da Revolução Francesa eram apoiados…


pela nobreza e pelo povo.
só pelo povo.
pela burguesia e pelo povo.
4. Identifica a cidade portuguesa onde ocorreu a Revolução Liberal
Portuguesa de 1820.
Lisboa.
Porto.
Braga.
5. Entre os revoltosos da Revolução de 1820, encontram-se nomes
como…
Gomes Freire de Andrade e Mouzinho da Silveira.
Gomes Freire de Andrade e Manuel Fernandes Tomás.
Manuel Fernandes Tomás.
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6. Com o fim da Revolução, foram retirados os poderes à Junta de


Regência e o poder foi entregue à Junta Provisional do Governo
Supremo do Reino, que tomou medidas, tais como:
preparar as eleições e convidar ingleses para virem a integrar um
novo governo;
afastar os ingleses e preparar eleições;
afastar os ingleses, pedir ao rei que regressasse do Brasil e
preparar as eleições.
7. Seleciona as afirmações verdadeiras.
A Constituição de 1822 defendia a concentração dos
poderes (legislativo, executivo e judicial) na mesma pessoa.
A Constituição de 1822 defendia a divisão dos poderes (legislativo,
executivo e judicial), entregues a órgãos diferentes.
A Constituição de 1822 aboliu a Monarquia Absoluta e instaurou a
Monarquia Constitucional.
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8. Faz a ligação entre os elementos das duas colunas.

1. O poder judicial pertence aos Tribunais.


Monarquia
Absoluta
2. O rei concentra todos os poderes.

3. O poder executivo pertence às Cortes


Monarquia
e ao Rei.
Constitucional
4. O poder legislativo pertence às Cortes.

5. A vontade do rei é a lei máxima.


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Nas questões que se seguem assinala a(s) opção(ões) corretas.


9. Identifica quem substituiu D. João VI, no Brasil, quando este
regressou a Portugal.
O seu filho, D. Pedro.
O seu filho, D. Miguel.
A sua mulher, D. Carlota Joaquina.
10. A que acontecimento está associado o Grito do Ipiranga.
À autoridade que o rei tinha no Brasil.
À descoberta do Brasil.
À independência do Brasil.
11. Após a morte de D. João VI, quem ocupou o trono de Portugal
como regente e, mais tarde, como rei absoluto?
D. Pedro IV. D. Miguel.
D. Maria da Glória.
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12. Assim que assumiu o poder, D. Miguel dissolveu as Cortes e


aclamou-se rei absoluto, provocando uma divisão da sociedade
entre:
liberais e absolutistas.
absolutistas e republicanos.
monárquicos e republicanos.
13. Assim que soube da atitude de D. Miguel, D. Pedro organizou
um exército na ilha…
S. Miguel.
Terceira.
Madeira.
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14. Relaciona os elementos da coluna A com os da coluna da B.

Coluna A Coluna B

D. Pedro Defensor do absolutismo em Portugal.

D. Miguel Defensor do liberalismo em Portugal.


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Nas questões que se seguem assinala a(s) opção(ões) corretas.


15. Ao conflito que opôs liberais a absolutistas deu-se o nome
de…
Revolução.
Guerra Civil.
Golpe de Estado.
16. A guerra civil terminou com a vitória dos…
republicanos.
liberais.
absolutistas.
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