Você está na página 1de 19

AFOGAMENTO

UNIFG – URGÊNCIA E EMERGÊNCIA


INTERNOS: PAULO BRITO E PEDRO AUGUSTO
PRECEPTOR: DR. MAURÍCIO ALVES
CONCEITOS INICIAIS

• Dificuldade respiratória secundária a aspiração de líquido durante o processo de imersão;


• 3ª causa de morte não intencional (400mil mortes/ano);
• Epidemia entre as crianças (20% de letalidade);
• Atinge majoritariamente a população masculina;
• Possui 3 desfechos: morte, morbidade ou
recuperação;
• Doença neurológica com um trajeto pulmonar;
FATORES DE RISCO

• Sexo masculino
• Comportamento respiratório
• Idade inferior a 14 anos
• Baixa renda familiar
• Baixo nível educacional
• Residência rural
• Maior exposição ao meio aquático (sobretudo águas frias)
• Supervisão adulta inadequada
• Incapacidade de nadar ou superestimar a capacidade de natação
• Uso de álcool e drogas ilícita
• Epilepsia
MECANISMO DE LESÃO

• Imersão
Retirada voluntária de água
Apneia consciente
Acúmulo de CO2
Inspiração reflexa
Larigoespasmo ou aspiração
Hipoxemia
RNC
PCR
SOBREVIVENDO À SUBMERSÃO EM ÁGUA
FRIA 21 GRAUS C
• Princípio 1 – 10 – 1:
- Imersão inicial e resposta de choque pelo frio
- Imersão por curto prazo e perda de desempenho
- Imersão por longo prazo e início da hipotermia
- Colapso periresgate (20% dos casos)
• Tempo de Imersão
• Reflexo de Mergulho dos mamíferos;
• Hipotermia como fator protetor?
RESGATE NA ÁGUA

• Deve ser feito prioritariamente por equipes bem treinadas e capacitadas para tal;
• Alcançar
• Atirar
• Rebocar
• Remar
• Ir ou não ir
• Resgate de helicóptero
CUIDADOS NA AVALIAÇÃO INICIAL

• Segurança da equipe;
• BLS e transporte rápidos ao setor de emergência;
• Verificar necessidade de proteção da coluna;
• Avaliar ABC’s;
• Reverter a hipoxemia e a acidemia com 5 respirações de resgate inicialmente, seguidas por 30
compressões torácicas continuando com 2 respirações depois disso (30:2)
• Estabilidade CV;
• Evitar a perda adicional de calor corporal e iniciar os esforços de reaquecimento em pacientes
hipotérmicos, lembrando que temperaturas de hipotermia terapêutica podem ser consideradas em
paciente pós-parada.
PREVENÇÃO DAS LESÕES POR AFOGAMENTO

• Supervisão;
• Instruções de natação;
• Educação pública;
• Redução da entrada involuntária de crianças em ambientes propensos;
• Uso de dispositivos de flutuação;
• RCP precoce;
• Medidas de socioeducação sólidas e permanentes.
LESÕES RELACIONADAS AO
MERGULHO AUTÔNOMO
RECREACIONAL
EPIDEMIOLOGIA

• Pico de mortes em 1970


• Diminuição e estabilidade
• Cerca de 77 a 91 mortes ao ano
• Doença da descompressão
• Maioria homens
• Pacientes entre 40 a 59 anos
• Afogamento
EFEITOS MECÂNICOS DA PRESSÃO

• Trauma tecidual ou barotrauma e problemas relacionados a respirar gás comprimido em


alta pressão
• Lei de Boyle
• Lei de Henry
BAROTRAUMA

• Barotrauma da descida
o Compressão da máscara
o Compressão do dente
o Compressão da orelha média
o Compressão sinusal
o Barotrauma da orelha interna

• Barotrauma de subida (compressão reversa)


o Vertigem alternobárica
o Barotrauma sinusal
o Compressão gastrintestinal
o Barotrauma por hiperinsuflação pulmonar: distensão excessiva com lesão local; enfisema mediastinal; enfisema subcutâneo;
pneumotórax; e embolia gasosa arterial.
DOENÇA DESCOMPRESSIVA

• Lei de Henry
• Dor no membro (DCS tipo I)
• Cutânea ou linfática (DCS tipo I)
• Cardiopulmonar (DCS tipo II)
• Medula espinal (DCS tipo II)
AVALIAÇÃO DA EGA E DA DCS

• Embolia gasosa arterial


• Doença descompressiva
MANEJO

• ABC
• Mascara de alto fluxo 12 a 15 L/mn
• SF ou RL 1 a 2 ml/kg/h
• Monitorização
• Monitorização de hiportermia
• Tratamento definitivo: câmara hiperbárica
• Transportar paciente na posição supina

Você também pode gostar