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Teorias de grupo e as Relações Humanas

Kurt Lewin e a Teoria de Campo


PROFª. MS. ANA ALVES
Kurt Lewin
Kurt Lewin (1890-1947) trabalhou durante dez anos com Wertheimer, Koffka e Köhler na
Universidade de Berlim; dessa colaboração com os pioneiros da Gestaltheorie nasceu sua
teoria de campo.
1. A Gestalt parte do pressuposto de que sempre procuramos uma razão explicativa e perceptiva para
entender um fenômeno.
A Lei da complementaridade: tendência a complementar o que está incompleto;
A Lei da proximidade destaca que atribuímos as características de um objeto ou
fenômeno ao que está perto;
A da figura-fundo que ao perceber um fenômeno, destacamos aquilo em que focamos nossa atenção (figura)
e deixamos outros fatos em segundo plano (fundo).
2. Crítica ao behaviorismo  . Não levava em consideração que as condutas são o
resultado de uma interação entre as pessoas e o ambiente (Caparrós, 1977).

3. Lewin abandona a preocupação psicofisiológica da Gestalt para buscar


na Física as bases metodológicas de seu trabalho.

Kurt Lewin buscou inspiração nas teorias que vinham da relatividade e da 
física quântica (Díaz Guerrero, 1972.) TEORIA DE CAMPO;
Foco no estudo dos grupos  Psicologia Social e Psicologia Organizacional.
 (psicologia dos grupos, as dinâmicas de mudança organizacional e a liderança)
Campo de força

Um campo, na física, é uma zona do espaço onde existem propriedades representadas por magnitudes físicas (temperaturas, forças), etc). 
A teoria de Campo de Kurt Lewin
Vinda da Física;

Condições básicas:

1. O comportamento tem de ser deduzido de uma totalidade de fatos coexistentes;

2. Os fatos coexistentes têm o caráter de um “campo dinâmico”, o estado de cada uma


das partes do campo depende de todas as outras;
Lewin usou o conceito físico de “campo de forças” (Lewin, 1988) em sua teoria
de campo para explicar os fatores ambientais que influenciam o
comportamento humano.
Se não existem mudanças no campo, não haverá mudanças no comportamento.
Kurt Lewin

Espaço vital ou campo psicológico: ambiente que engloba a pessoa e sua


percepção da realidade próxima, subjetivo, próprio, que guarda a forma que olhamos o
mundo, com nossas aspirações, possibilidades, medos, experiências e expectativas.,
limitado pelas características físicas e sociais do ambiente.
realmente o que é observado;
a) um campo é uma rede sistemática de relações;
b) um campo contínuo em tempo e espaço; g) um acontecimento é sempre resultado de
c) os fenômenos são determinados por todo o interações entre dois ou mais fatos;
campo; h) em psicologia, se o passado, a genética, a
d) o campo é um todo unitário e família, a sociedade têm influência, então todas
interdependente. O todo determina as partes; essas forças devem estar presentes em um
e) a realidade percebida se configura mediante a campo contemporâneo – o aqui-e-agora grupal.
relação entre observador e observado. O As possibilidades de mudança ou de resistência
observador afeta seu objeto de estudo e, por sua à mudança estão presentes no aqui-e-agora,
vez, é por ele afetado; mesmo que as forças tenham surgido em algum
f) como observamos não somente determina o campo prévio.
que percebemos, como também muitas vezes
um ato de observação-participante modifica
Teoria de campo: Princípios básicos
1.O comportamento é uma função do campo. Ele ocorre à medida que os fenômenos vão se sucedendo.
2.A análise começa com a situação como um todo, a partir do qual são diferenciadas as partes componentes;
3. Um indivíduo numa situação real pode ser representado de forma matemática.
Teoria de Campo: Variáveis
1. A força: A força é a causa das ações, a motivação. Quando existe uma necessidade, se produz
uma força ou um campo de forças, o que leva à produção de uma atividade. Estas atividades têm
uma valência que pode ser positiva ou negativa. Por outro lado, a valência das atividades dirige
forças até as outras atividades (positivas) ou contra elas (negativas). O comportamento resultante
corresponde à mistura psicológica de diferentes forças.
Teoria de Campo: Variáveis
2. A tensão: a tensão é a diferença entre as metas propostas e o estado atual da pessoa. A
tensão é interna e nos empurra para finalizar a intenção.
Teoria de Campo: Variáveis
3. A necessidade: é aquilo que inicia as tensões motivadoras. Quando existe uma necessidade física ou
psicológica no indivíduo, se desperta um estado interior de tensão. Este estado de tensão faz com que o
sistema, neste caso a pessoa, se altere para tentar restabelecer o estado inicial e satisfazer a necessidade.

Lewin afirma que a teoria do campo determina quais são os comportamentos possíveis e quais os
impossíveis de cada sujeito. O conhecimento do espaço vital nos permite predizer razoavelmente o que
a pessoa fará. Todo o comportamento ou, pelo menos, todo comportamento intencional, é motivado: tensões
o impulsionam, forças o movem, valências o dirigem e apresenta metas.
Comportamento de grupo?
Vários indivíduos que sentem as
mesmas emoções e que estas
sejam suficientemente intensas
para integrá-los e deles fazer um
grupo e que, finalmente, o grau
de coesão atingido por esses
indivíduos seja tal que eles se
tornem capazes de adotar o
mesmo comportamento
GRUPOS: CAMPO SOCIAL EM INTERAÇÃO DINÂMICA, UM ESPAÇO VITAL
PSICOLÓGICO. É UMA TOTALIDADE DINÂMICA, UMA GESTALT (“MAIOR QUE A
SOMA DAS PARTES”).

A BUSCA DE FORMAS DE EQUILÍBRIO PRESENTES NO GRUPO PODERIA


EXPLICAR O SURGIMENTO DE FENÔMENOS COMO LIDERANÇAS E PAPÉIS E
SEUS DESDOBRAMENTOS.

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