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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS

ESCOLA SUPERIOR DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - ESA

Aspectos Psicológicos na
Clínica Odontopediátrica.

 Glauber Palma
Importância

 Psicologia: ferramenta para o manejo da relação


CD-Paciente;

 Construção de uma relação de confiança; educar o


paciente e prevenção e alívio de medo e ansiedade
frente ao tratamento odontológico;

 Cavidade Bucal: Sensibilidade (criança em fase oral


10x);

 Conhecer a criança e suas capacidades nos


diferentes estágios de desenvolvimento.
Toledo, 2005.
Corrêa, 2005; Toledo, 2005.
Posturas Básicas do Profissional

Superidentificação: Sensível à tensão emocional,


perdendo raciocínio crítica e ineficaz; hostilidade à
mãe pelas condições bucais do filho;

 Dominação: técnico, “asséptico”, insensível. Só ver


dente e perde comunicação com a criança.

Toledo, 2005.
Posturas Básicas do Profissional

Empatia: Desejável; equilíbrio entre saber


técnico e emocional. Criança e problema bucal
visto como um todo, determinando prática
profilática e terapêutica e contato afetivo.

Toledo, 2005.
Princípios de
Desenvolvimento Maturação
do SNC
como Força

Sistema de
FeedBack
Externo

Sistema de
FeedBack
Interno

Toledo, 2005.
Desenvolvimento nas Diferentes
Faixas Etárias
 9 meses até 18 meses:
Erupção de dentição decídua;
Primeiras falas, conceitos e pequenas frases;
Denota Medo de estranhos;
Ligação afetiva e específica: mãe;

Toledo, 2005.
Desenvolvimento nas Diferentes
Faixas Etárias

Tratamento: Rápido
No colo da mãe e geralmente com choro.

Toledo, 2005.
Desenvolvimento nas Diferentes
Faixas Etárias
 18 meses até 3 anos:
Crescimento físico: corre,
sobe no refletor;
Medo de pessoas
estranhas, ruídos altos e
movimentos bruscos;
Ligação afetiva com os
pais.

Toledo, 2005.
Desenvolvimento nas Diferentes
Faixas Etárias
Tratamento:
Difícil comportamento para execução de
procedimentos;
Preconceito de dentista;
Exige presença de pais.

Toledo, 2005.
Desenvolvimento nas Diferentes
Faixas Etárias
 3 anos até 7 anos:

Fase Cascão;
Crescimento físico e mental;
Fase de perguntas e curiosidade;
Fase do faz-de-conta e
brincadeiras;
Necessidade de ser elogiada.

Toledo, 2005.
Desenvolvimento nas Diferentes
Faixas Etárias

Medo de pessoas estranhas;


Medo pelo desconhecido;
Aumento de sociabilidade.

Tratamento:
Tranquilo, porém provido de
muitas perguntas.

Toledo, 2005.
Desenvolvimento nas Diferentes
Faixas Etárias
 7 até 12 anos:
Crescimento físico lento até surto da
puberdade;
Não gostam de ser tratados como crianças.
Início do raciocínio moral e pensamento lógico;
Ligações com amigos e supera o egocentrismo;
Controle do medo.

Toledo, 2005.
Desenvolvimento nas Diferentes
Faixas Etárias

Tratamento:
Tranquilo, com atenção a
tudo que for dito.

Toledo, 2005.
Medo
Estado de defesa contra o perigo.
É a expressão da necessidade de dependência.

Desconhecido; Subjetivo ou Objetivo.


Guedes-Pinto, 2008; Toledo, 2005.
Medo
PRIMEIRO ANO DE VIDA:
Medo de Separação, de estranhos, de quedas,
animais, visita ao médico.
Teme afastar-se da mãe.

SEGUNDO E TERCEIRO ANO DE VIDA:


Escuro, ruídos altos, de banho, treinar usar o
banheiro, de separação, de odontopediatras.
Guedes-Pinto, 2008; Toledo, 2005.
Medo
QUARTO AO SEXTO ANO DE VIDA:
Medo de animais e monstros, do escuro, de
se perder, de ferimentos físicos, de perder os pais.

SEXTO AO DÉCIMO SEGUNDO ANO DE VIDA:


Medo de novas situações, de rejeição e
críticas, de ser isolado, de assaltos.
Guedes-Pinto, 2008; Toledo, 2005.
Choro
No Consultório: Apreensão, Birra, Medo do
tratamento ou do desconhecido.

Choro Obstinado: Motivado pela Ansiedade.


Acesso de fúria com chutes, mordidas;
Sem lágrimas;
Birra e teimosia.
Manejo sem presença do pais.

Guedes-Pinto, 2008; Toledo, 2005.


Choro
Choro por medo:
Abundância de lágrimas;
Respiração convulsiva e soluçante;
Falta de confiança quanto ao desconhecido.

Manejo com diálogos


Distração;
Segurança no olhar, palavras, atitudes.

Guedes-Pinto, 2008; Toledo, 2005.


Choro
Choro por dor:
Volume mínimo.
Respiração afetada e muitas lágrimas.
Manejo com remoção do fator causador da dor.

Choro compensatório:
Sem lágrimas e barulhos: barulho da broca.
Manejo nenhum para parar o gemido.

Guedes-Pinto, 2008; Toledo, 2005.


Atitudes Paternas e
Comportamento Infantil
• Superproteção com superindulgência

Liberdade aos filhos;


Pais abandonados pelos próprios pais;
Melhora da situação econômica;
Filho único ou caçula.

Toledo, 2005.
Atitudes Paternas e
Comportamento Infantil
Criança:
Mimada, sendo dominadora;
Egoísta, indisciplinada, birrenta.

Resiste ao tratamento
Reage com choro ou agressividade física e
moral com o profissional.
Toledo, 2005.
Atitudes Paternas e
Comportamento Infantil
• Superproteção com dominação:

Sem liberdade;
Sem contato com outras crianças;
Pais pensam, agem e falam por elas;
Pais rejeitados e abandonados;
Casamento tardio.

Toledo, 2005.
Atitudes Paternas e
Comportamento Infantil
Criança:
Tímida;
Dependente;
Insegura;
Obediente e comportada.

Resiste ao tratamento por medo ou ameaça e reage


com choro.
Toledo, 2005.
Atitudes Paternas e
Comportamento Infantil
•Ansiedade:
Preocupação exacerbada pelo bem-estar da criança.
Tudo muito grave.

Criança:
Tímida, dependente, insegura, obediente e
comportada.
Resiste ao tratamento por medo ou ameaça .
Toledo, 2005.
Atitudes Paternas e
Comportamento Infantil
• Rejeição:
Incapacidade de dar amor, atenção e carinho.
Pais tratam com hostilidade, agressão física.

•Abandono:
Pouco contato;
Creche e babás.
Brigas dos pais.
Toledo, 2005.
Atitudes Paternas e
Comportamento Infantil
Criança:
Agressiva – rebelde, desafiante, anti-social.
Tratamento: mau humor e desconfiada.

Submissa – apatia e indiferença. Anti-social.


Normal ao tratamento, apática .

Toledo, 2005.
Atitudes Paternas e
Comportamento Infantil
• Superautoridade:
Exigências excerbadas, sem fracassos;
Pais fracassados e projetam-se nos filhos.
Criança:
Ultradisciplinada, frustrada, complexada e vive sob
tensão.
Normal ao tratamento, submissa, difícil de
expressar seus sentimentos.
Toledo, 2005.
Manejo do Comportamento
• Relação de confiança profissional-paciente;
• Autocontrole da criança;
• Diminuir a ansiedade e medo.

Técnicas Comunicativas: irrestrita.

Técnicas de Restrição Física e Farmacológica:


restritas.

Toledo, 2005.
Técnicas Comunicativas
Dizer, mostrar e fazer:
• Explicação verbal dos procedimentos:
Sentidos.
• Mostrar como será realizado e executa.

Toledo, 2005.
Reforço positivo:
• Prêmios simbólicos, ou mesmo um abraço,
elogio.
• Não permitido usar punições e suborno.

Toledo, 2005.
Controle da Voz:
• Alteração controlada e proposital da voz.
• Orientar o comportamento.
Distração:
• Desviar a atenção. Anestesia.

Dessensibilização:
• Elimina ou Reduz as reações do medo
• Informações realistas à criança.

Toledo, 2005.
Técnicas Comunicativas

Modelos:
• Aprender por observação.

• Comportamento pela
Experiência Alheia.

Toledo, 2005.
Técnicas de Restrição Física
• Reduz ou elimina movimentos bruscos.
• Facilita o tratamento.
• Proteção ao paciente e equipe.

Toledo, 2005.
Técnicas de Farmacológicas

• Anestesia Geral: Severidade


•Sedação: reduz ou elimina a ansiedade.
• Tratamento seguro.
• Estado reduzido de consciência com respiração
independente e consciente. Responde comandos
verbais e estímulos.

Toledo, 2005.
Pais
• Apenas no 1º atendimento
• Durante o procedimento, os pais querem atenção;
• Costuma repetir ordens do profissional;
• Ameaça a criança, tornando o ambiente tenso;

Profissional
• Segurança, Atenção e Delicadeza.

Toledo, 2005.
ASSED, S. Odontopediatria: Bases Científicas para a Prática Clínica. São Paulo: Artes Médicas, 2005.
BAUSELLS, J. Odontopediatria: Procedimentos Clínicos. Rio de Janeiro: Premier, 1997.
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