Você está na página 1de 18

REFLEXO INCONDICIONADO

NA AULA ANTERIOR...

COMPORTAMENTO

“intercâmbio entre ORGANISMO e AMBIENTE”
↓ ↓
Atividades Eventos Ambientais
↓ ↓
RESPOSTAS ESTÍMULOS
(R) (S)

COMPORTAMENTO = RELAÇÃO ENTRE


ESTÍMULO E RESPOSTA
MANIFESTAS
CPTO = REL. ENTRE EST (S) E RESP (R)
ENCOBERTAS
ANTECEDENTES A R → CPTOS QUE ENVOLVEM S ANTECEDENTES E R

SUBSEQUENTES A R → CPTOS QUE ENVOLVEM S ANTECEDENTES, R E S


SUBSEQUENTES
FÍSICOS

SOCIAIS

PÚBLICOS

PRIVADOS
COMPORTAMENTO REFLEXO OU
COMPORTAMENTO RESPONDENTE
DEFINIÇÃO: RELAÇÃO FIDEDIGNA entre um evento ambiental e uma
mudança resultante no comportamento (Catania, 1999, p.61).

Interação entre organismo e ambiente

Relação entre estímulo e resposta

Relação entre O QUE ACONTECEU (EVENTO AMBIENTAL, S) e o que
ORGANISMO FEZ APÓS O EVENTO AMBIENTAL (ATIVIDADE, R)

DETERMINADA MUDANÇA NO AMBIENTE PRODUZ DETERMINADA
MUDANÇA NO ORGANISMO
REPRESENTAÇÃO DO
COMPORTAMENTO REFLEXO
S→R
Na RELAÇÃO REFLEXA, as respostas são determinadas
apenas por eventos ambientais antecedentes

S é o ESTÍMULO ELICIADOR
R é a RESPOSTA ELICIADA
O ESTÍMULO ELICIA (força) a resposta
A RESPOSTA É ELICIADA (é forçada) pelo estímulo
A → significa ELICIA
EXEMPLOS DE COMPORTAMENTO
REFLEXO
Salivar após colocar alimento na boca
Alimento na boca → salivar
S→R

Lacrimejar ao cortar cebola


Sumo da cebola → lacrimejar
S→R

Estirar a perna depois de uma batida no joelho


Batida no joelho → estirar a perna
S→R
EXEMPLOS DE COMPORTAMENTO
REFLEXO
Contração do braço ao colocar a mão perto do fogo
Aumento da temperatura → contrair o braço
S→R

Sobressalto após um barulho alto súbito


Barulho alto súbito → sobressaltar
S→R

Aumento da iluminação do ambiente e contração da pupila


Aumento da iluminação → contrair a pupila
S→R
REFLEXOS INCONDICIONADOS
Todos os organismos nascem com um conjunto de reflexos, mas os
tipos de reflexos que podem ocorrer são particulares a uma espécie

→ reflexos típicos de uma espécie, ou seja, FILOGENETICAMENTE


DETERMINADOS, DE ORIGEM FILOGENÉTICA → REFLEXOS
INCONDICIONADOS.

→ o surgimento destes reflexos no repertório comportamental das


espécies preparam-nas para um primeiro contato com o ambiente,
aumentando suas chances de sobrevivência.

Dizer que os organismos nascem com um conjunto de reflexos significa


dizer que esses reflexos não dependem de uma história de
aprendizagem para ocorrer.
REFLEXO É UMA RELAÇÃO
REFLEXO não é somente o estímulo e nem somente a
resposta. “Juntos compreendem o que foi chamado
um reflexo.” (Skinner, 2007, p. 51).

Por exemplo:
– Não poderíamos falar de reflexo se disparássemos fogos
de artifício, mas não observássemos a resposta de
sobressalto
– No reflexo pupilar a relação envolve uma resposta
(contração ou dilatação da pupila) que se ajusta a uma
mudança na iluminação do ambiente (se a iluminação
aumenta, a pupila se contrai; se diminui, a pupila se
dilata).
COMPORTAMENTO REFLEXO
Apenas uma pequena fração do comportamento de um
organismo é do tipo reflexo → certa parte do comportamento
é eliciada por S, que permite uma previsão precisa desse
comportamento

Característica comum a todos os reflexos: um estímulo
específico (S) produz CONFIAVELMENTE/SEGURAMENTE
uma resposta (R) específica em um organismo.

S ELICIA R DE MODO INVARIÁVEL NA AÇÃO REFLEXA
COMPORTAMENTO REFLEXO

O conceito de reflexo, defendido desde René Descartes,


contrapõe a ideia de agentes internos (“vontade”) como
causa de comportamentos e, segundo Skinner (2007),

“(...) parte do controle do organismo passou de uma


entidade interior hipotética para o meio ambiente
exterior.” (p. 53).
PROPRIEDADES DO REFLEXO
(CATANIA, 1999)
1. LIMIAR

Para que S elicie seguramente uma R é necessário que ele tenha


uma determinada intensidade. Há um valor mínimo (da
intensidade), denominado LIMIAR, necessário para que um S
elicie uma R. → valores abaixo do limiar não eliciam
respostas enquanto valores acima do limiar eliciam.

Por exemplo:
Vinagre na língua elicia seguramente salivação.
Vinagre → salivar.
Em quantidade pequena ou concentração baixa, a salivação pode não
ocorrer. Quando a intensidade de S é pequena para eliciar R, dizemos
que S está abaixo do limiar.
PROPRIEDADES DO REFLEXO
(CATANIA, 1999)
2. LATÊNCIA

A intensidade de um S eliciador pode afetar o tempo para o


aparecimento da R eliciada. LATÊNCIA é o nome dado ao
tempo decorrido entre a apresentação do S e a ocorrência da
R. Quanto mais intenso um estímulo, mais rápido o
organismo responde.

Por exemplo:
Barulho alto e súbito elicia seguramente resposta de sobressalto
Barulho alto e súbito → sobressaltar.
Quanto mais alto for o barulho, mais rápido ocorrerá a resposta de
sobressalto.
PROPRIEDADES DO REFLEXO
(CATANIA, 1999)
3. Magnitude e duração da resposta

A intensidade de um S eliciador também pode afetar a magnitude (força) e a


duração de uma R. Quanto maior a intensidade de S, maior a magnitude e
duração da R.

Por exemplo:
Barulho alto repentino elicia seguramente reação de sobressalto
Barulho alto repentino → sobressaltar. Quanto mais alto o barulho, maior o sobressalto
(magnitude da resposta).
Vento frio elicia seguramente arrepio da pele
Vento frio → arrepiar a pele. Quanto mais frio o vento estiver, mais tempo dura o arrepio
(duração da resposta).
 
FORÇA DO REFLEXO
Variação das 3 propriedades:

REFLEXO FORTE = resposta tem latência curta, a


magnitude da resposta é grande e a duração é
longa.

REFLEXO FRACO = resposta tem latência longa,


a magnitude da resposta é pequena e a
duração é curta.
EFEITOS DE ELICIAÇÕES SUCESSIVAS
DE RESPOSTA

Apresentações sucessivas de um mesmo S


podem afetar diferentemente a R:

1.HABITUAÇÃO
2.POTENCIAÇÃO
HABITUAÇÃO
Imagine um dia chuvoso com muitos trovões.

Barulho alto e súbito do trovão eliciará uma reação


de sobressalto. Cada novo barulho do trovão
produzirá reações de sobressalto cada vez
menores.

O decréscimo do responder com estímulos


repetidos tem recebido o nome de
HABITUAÇÃO.
POTENCIAÇÃO
Alguns estímulos produzem uma reação oposta à
habituação: quanto mais vezes os estímulos são
repetidos, maior é a magnitude da resposta.
Este efeito chama-se POTENCIAÇÃO.

Choques → guinchos (em ratos). Se choques são


repetidamente apresentados, mais guinchos
ocorrem, quando comparados com a ocorrência
das primeiras apresentações.
 

Você também pode gostar