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DIREITO DE FAMÍLIA

DIREITO CIVIL
Unidade I – Evolução histórica e
legislativa
O DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FAMÍLIA
- A FAMÍLIA DE ENGELS “A origem da família, da propriedade
privado e do estado”

1º Fase: Primitiva - selvagem (Natureza);


- barbárie (Gado – Agricultura – Trabalho Humano);
- civilização mínima (Indústria e Arte);
- promiscuidade (grupos por geração);

2º Fase: Família “Punaluana” (companheiro íntimo);


- divisão das famílias (exclusões dos irmãos);
- descendência e herança maternas;

3º Fase: Família Sindiásmica (união por pares)


- rapto e compra de mulheres;
- poder matriarcal – força do clã;
- propriedades, bens, escravos, mão-de-obra familiar;
-poder patriarcal (patrimonialista, “monogâmica”);
- descendência e herança paternas;
- papel da mulher e filhos;

- A FAMÍLIA DE COULANGES “A cidade antiga”


- A religião;
- O fogo doméstico: culto secreto, flores, fórmulas, hinos e libações aos
antepassados – repasto fúnebre;
- Casamento: vínculo de dois indivíduos para dar continuidade à crença;
- Papel da mulher e do primogênito;
- Sucessão e parentesco pela linha paterna;
- A possibilidade de Divórcio;
- O pater familias – poder;

(Diversas outras Teorias sobre a origem da família)


-A FAMÍLIA ROMANA

- Berço da família atual;


- O pater familias: sacerdote, senhor, magistrado – sui júris;
- Alieni júris: pessoas submetidas ao poder (mulher, filhos, escravos);
- Monogâmica e Exogâmica;
- Parentesco agnatio, cognatio e affinitas (2º grau – cunhados);
- Filiação legítima e ilegítima (naturais e espúrios);
- Casamento por compra, troca, rapto, usucapião;
- Lei das XII Tábuas – 452 A.C.;
- Consortium omnis vitae (regimes in manu e sine manu);
- Affectio maritalis;
- Dissolução: morte, perda da liberdade ou cidadania, divórcio e repúdio;
- Unidade política e jurídica;
- O PODER ECLESIÁSTICO (SÉC. IX)

- Direito Canônico – casamento como ato sagrado, indissolúvel,


natureza contratual;
- Competência exclusiva para o matrimônio;
- Exigência de sacerdotes e dos Tribunais Eclesiásticos;
- O Concílio de Trento (1563) – registro paroquial;
- Impedimentos matrimonias pelo parentesco;
- A noção de culpa;
- Proibição do reconhecimento de filhos espúrios;
- Posição favorável da mulher;
- Condição dos bastardos;
- Separação de Corpos e o Desquite;
- Descobrimento do Brasil – colônia portuguesa e cristã;
- Ordenações Afonsinas (1446), Manuelinas (1521) e Filipinas (1603);
- O PODER ECLESIÁSTICO (SÉC. IX)

- Somente proibição do casamento sem a permissão do Rei às mulheres que


herdassem bens da Coroa;
- Os julgadores não poderiam se casar com mulheres da jurisdição;
- Até 1861 – Igreja Católica Apostólica Romana;
- Decreto nº. 1.144 de 1861 – laicização;
- Decreto nº. 181 de 1890 – casamento civil;
- Vigorou no Brasil até o Código Civil de 1916 – família patriarcal;
- Caráter tríplice: religioso, econômico e jurídico;
- Escola do Direito Natural e o Código Napoleônico;
- Estado Liberal;
- CC/1916: - autorização do pai para o casamento de menores;
- marido com governo exclusivo da família;
- mulheres, pródigos e silvícolas – relativamente incapazes;
- instituição “essencialmente privada” e “individualista”;
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA DO DIREITO DE
FAMÍLIA
- ANTIGOS PRINCÍPIOS DO DIREITO DE FAMÍLIA

- Família Legítima (fundada o casamento);


- Discriminação dos Filhos;
- Hierarquização e Patriarcalismo na direção familiar;
- Preservação da “Paz” Familiar;
- Indissolubilidade do vínculo matrimonial;
- Imoralidade do concubinato;

- LEIS POSTERIORES
- Decreto – Lei nº. 3.200/1941: Proteção da família, permitindo o
casamento entre parentes colaterais de 3º grau sem impedimentos
orgânicos;
- Decreto nº. 9.071/1946: Direito de visitas no desquite litigioso;
- Lei nº. 883/1949: Reconhecimento dos filhos adulterinos;
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA DO DIREITO DE
FAMÍLIA

- Lei nº. 1.110/1950: Casamento religioso com efeitos civis;


- Lei nº. 4.121/1962: Estatuto da Mulher Casada – (pátrio poder
compartilhado, mulher é capaz, poderia exercer atividade econômica
sem a prévia autorização do marido, requisitar guarda dos filhos);
- Súmulas 380 e 382 do STF: Dissolução judicial e caracterização no
concubinato;
- EC nº. 09/1977: Circunstâncias para o término do casamento (prévia
separação judicial por mais de 03 anos);
- Lei 6.515/1977: Requisitos Separação e Divórcio judiciais;
- Lei nº. 8.069/1990: ECA;
- Lei nº. 8.560/1992: Investigação de Paternidade;
- Lei nº. 8.971/1994: Alimentos e Sucessão na união estável;
- Lei nº. 9.213/1996: Planejamento Familiar;
EVOLUÇÃO LEGISLATIVA DO DIREITO DE
FAMÍLIA

- Lei nº. 10.406/2002: Código Civil;


- Lei nº. 10.741/2003: Estatuto do Idoso;
- Lei nº. 11.340/2006: Maria da Penha;
- Lei nº. 11.441/2007: Inventário, Partilha, Separação e Divórcio
Consensual por escritura pública;
- Lei 11.804/08: Alimentos Gravídicos;
- Lei n°11.698/08: Guarda compartilhada;
- Lei n° 12.010/09: Nova Lei de Adoção;
- Emenda Constitucional n° 66/10: Divórcio imediato;
- Lei 12.318/10: Alienação Parental.
- AS CONSTITUIÇÕES BRASILEIRAS

- CRFB/1824: sob a égide da família patriarcal, nada trazia sobre a família –


liberalismo clássico e não intervencionismo;
- CREUB/1891: limitou-se a afirmar que a República só reconhecia o casamento
civil com – celebração gratuita – negação canônica;
- CEUB/1934: 1ª a preocupar-se com a família – participação das mulheres e
maiores de 18 anos no processo político, normas sobre a indissolubilidade do
casamento, desquite, anulação, matrimônio com efeito civil, admissão de
outros credos religiosos e reconhecimento dos filhos naturais (Estado
intervencionista);
- CEUB/1937: golpe de Estado por Getúlio Vargas – poucas alterações –
colaboração estatal na educação da prole, igualdade entre filhos naturais e
legítimos, cuidados com a infância e juventude;
- CEUB/1946, 1967 e 1969: sem inovações;
- Constituição da República Federativa do Brasil de 1988.

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