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* Direito Comercial

KAROLINY GONÇALVES DA SILVA


* Etimologicamente, o termo "comércio" vem do latim, commercium,
que quer dizer "tráfico de mercadorias". Tal significado é
facilmente resgatado no definição desse termo, que vem a ser a
troca voluntária de produtos e serviços por outros produtos ou por
valores, ou mesmo de valores entre si, estando implícito o ato de
negociar, vender, revender, comprar algo, em síntese, são todas as
relações de negócios. O comércio é uma relação social que é
singular ao homem.
* Avançando na história, na Grécia o comércio era à base de
costumes, mas é lá que surgem os primeiros contratos e o uso da
lei escrita, os quais orientavam a comercialização marítima. Em
Roma, o comércio era praticado pelos estrangeiros, disciplinados
pelo jus gentium, uma vez que a aristocracia não via com apreço
tal atividade, tida como desonrosa.

* HISTÓRIA
* Paulatinamente, o homem promoveu uma série de evoluções que
facilitaram o fluxo de mercadorias e as atividades comerciais,
então foram criadas moedas, bancos, bolsas de valores e diversos
outros institutos. No entanto, nessas civilizações clássicas não
havia uma legislação comercial especial, o que se inicia a partir da
Idade Média.
*É nessa época que se pode falar do surgimento de um direito
organizado para o comércio vigente, afinal já existia um
considerável sistema comercial em funcionamento, distante do
sistema de trocas dos povos antigos. Então, diante da
fragmentação social provocada pelo sistema feudal, tornou-se
necessária a formação de associações, as chamadas corporações de
ofício, nascedouro do Direito Comercial, que era baseado nos
costumes e tradições dos comerciantes de então.

*HISTÓRIA
*O Direito Empresarial/Comercial/Mercantil é o ramo
do direito privado, encarregado de regulamentar todas
as relações jurídicas advindas do comércio (lato
sensu).
* Seu objetivo é interpretar as normas que regem todas
as relações de venda, ainda que não sejam praticadas
estritamente por comerciantes.
* No sentido jurídico, “comércio” é referente às
operações realizadas entre um produtor e um
consumidor com foco no lucro a ser obtido dessa
troca.

*CONCEITO
*O direito comercial não é estático, uma vez que se adapta às
necessidades mutáveis das empresas, do mercado e da sociedade
em geral. Porém, são sempre respeitados cinco princípios
básicos: trata-se de um direito profissional (na medida em que
resolve conflitos próprios dos empresários), individualista (faz
parte do direito privado e regula relações entre particulares),
consuetudinário (tem por base os costumes dos comerciantes),
progressivo (evolui ao longo do tempo) e internacionalizado
(adapta-se ao fenómeno da globalização).
* Por fim, o direito comercial visa estruturar a organização
empresarial moderna e regular o estatuto jurídico do
empresário, entendendo-se como tal a pessoa que realiza actos
de comércio. Por outro lado, os actos de comércio são aqueles
que são levados a cabo com a finalidade de obter lucro.

*CARACTERISTICA
* Dentre as características do direito comercial tem-se que ele
precisa estar em harmonia com as leis vigentes no país (assim
como com as normas e códigos) e também deve ser estudada
quais as condições para a realização de das atividades
comerciais, inclusive no caso de estrangeiros, pois consegue-se
um equilíbrio na sociedade.
* Uma outra característica do direito comercial é que nele há a
presença da onerosidade, ou seja, algo é dado em troca de outro
algo, por exemplo: perde-se uma quantia em dinheiro por um
calçado novo. E apesar de existirem promoções em que leva-se
um produto gratuitamente e isso querer significar a ausência de
onerosidade, ainda assim a pessoa teve que levar um outro
produto para ter aquele gratuito (e nesse não há gratuidade).
* Porfim, é de extrema importância que esse ramo do Direito
esteja atento aos costumes das empresas, dos comércios,
havendo, assim, uma dinâmica.

*CARACTERISTICA
* DIREITO
FALIMENTAR
* Falência é o processo de execução coletiva, no qual
todo o patrimônio de um empresário decretado
falido - pessoa física ou jurídica - é arrecadado,
visando o pagamento da universalidade de seus
credores, de forma completa ou proporcional.
* A falência compreende um processo complexo em
que ocorrem a arrecadação dons bens do falido, a
sua administração, verificação dos créditos,
pagamentos de credores e apuração de eventuais
crimes falimentares.

*CONCEITO
* No Brasil, para pedir a falência de alguém, não é necessária a
demonstração da situação patrimonial do devedor empresário, a
insolvência é presumida (presunção relativa), sendo suficiente que se
comprove a existência de elementos indicadores do estado falimentar,
como a impontualidade no adimplemento de obrigações, a execução
frustrada e a prática de atos de falência, conforme prevê a Lei nº
11.101/05.
* O requerimento de falência deverá ser proposto,  conforme previsto no
artigo 3º da Lei 11.101/2005, na comarca do principal estabelecimento do
devedor ou da filial de uma empresa que tenha sede fora do Brasil.
Entende-se, com amparo na jurisprudência, que o estabelecimento de
maior importância econômica é justamente aquele responsável pela maior
produção ou maior circulação de bens ou serviços.
Este processo está previsto no artigo 94 da Lei de Recuperação Judicial,
Extrajudicial e Falência (LFRE), inciso I – Insolvência Clássica Falimentar,
inciso II – Execução Frustrada e inciso e III – prática de atos falimentares.
Vale dizer que a falência não é um meio de cobrança e, portanto, é
equivocado o pensamento de requerer o pagamento da dívida pelo devedor
por meio do pedido. 
Existem 3 figuras importantes no processo falimentar: 
* Administrador judicial, que é nomeado pelo juiz para conduzir o processo
e tem competência para praticar os atos de ofício com supervisão do juiz
e dos credores.
* Comitê de credores, que é um órgão facultativo e tem o objetivo de
supervisionar o administrador judicial. Não havendo, a sua função será
desempenhada pelo juiz e pelos credores. 
* Assembleia de credores, que possui 2 funções: eleger os membros do
comitê de credores e decidir sobre a forma de alienação dos bens na
falência.
A defesa do procedimento de falência pode ser feita pelo depósito elisivo da
quantia devida ao credor, conforme previsto no parágrafo único do artigo 98
da LRF. É possível ainda, requerer a recuperação judicial para sanar as
dívidas com os credores, sem que haja o encerramento das atividades da
empresa. 
* A sentença que decreta a falência produz efeitos sobre os bens
e nos contratos bilaterais já firmados com o falido. Se este for
empresário individual, não poderá exercer qualquer atividade
empresarial até a declaração de extinção das suas obrigações,
e ficará com seu patrimônio indisponível, conforme os artigos
102 e 103 da Lei 11.101/2005.
* Caso o credor discorde da relação apresentada pelo
administrador judicial, poderá requerer a modificação dos
valores do seu próprio crédito ou do crédito de outrem, que
constem na relação de credores formulado pelo administrador
judicial, sendo que esta impugnação deverá ser dirigida ao
juízo falimentar no prazo de 10 dias, contados da publicação
do edital.
* Após processadas e julgadas todas as impugnações, o Administrador
Judicial será o responsável por consolidar o Quadro Geral de
Credores (QGC), que será homologado pelo Juiz na forma do art. 18
da Lei 11.101. Com a homologação do QGC consolidado, somente
será possível modificá-lo nos casos de descoberta de falsidade, dolo,
simulação, fraude, erro essencial ou, ainda, documentos ignorados
na época do julgamento do crédito, conforme art. 19 da LRF.

* O processo de falência será extinto quando o falido não tiver mais


meios de pagar os devedores, o que só pode ocorrer após o
administrador judicial apresentar as contas finais conforme o artigo
154 da LRF.

* Além da sentença, a extinção das obrigações do falido ocorrerá:

* Após 5 anos do encerramento da falência, caso o falido não tenha


condenação anterior por prática de crime falimentares
* Após 10 anos do encerramento da falência, se o falido tiver sido
condenado por prática de crime falimentares.

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