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SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA

CAUSAS,CONSEQUÊNCIAS E
SOLUÇÕES
OBJECTIVOS DA PALESTRA
Compreender o conceito de sinistralidade
rodoviária, suas causas, consequências e
soluções.
Promover a prevenção contra sinistralidade
rodoviária identificando as causas e
consciencializando os utentes da via pública
sobre os riscos e perigos que o trânsito oferece
,desenvolvendo a mentalidade de segurança.
INTRODUÇÃO
• De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a
Sinistralidade rodoviária já é considerada como uma das principais
causas de Morte nos jovens entre os 10 e os 24 anos de idade na
população mundial. Diariamente, morrem cerca de 3200 pessoas
por acidentes rodoviários, o que perfaz um total de 1.2 milhões de
vítimas por ano (. Estes números são especialmente graves nos
países subdesenvolvidos, os quais apresentam grandes carências,
não só ao nível das redes de transporte, como também ao nível de
apoio hospitalar e socorro às vítimas).
• Estima-se que um país perde anualmente cerca de 1 a

3% do seu produto Interno bruto (PIB) com os acidentes

rodoviários e suas consequências, quer ao nível da

perda de capacidade produtiva, quer ao nível dos danos

materiais. Este custo tem particular expressão nos

países subdesenvolvidos, uma vez que nesses países

esse valor equivale quase ao dobro dos fundos que lhes

são atribuídos para o desenvolvimento da sua

economia.
I. CONCEITO
• A Sinistralidade rodoviária é um fenómeno civilizacional,
fruto da existência e da circulação em massa de veículos
na via pública (VP). As suas causas assentam numa
dinâmica em que intervêm quatro supra-factores inter-
lacionados que são: Humano, veículo, via e ambiente.
Afecta praticamente, todas as famílias, directa ou
indirectamente, e tem consequências sociais,
económicas e, até ambientais nefastas.
• A sinistralidade rodoviária é ainda o somatório
dos sinistros ocorridos na VP, por unidade de
tempo, nas vias de uma área geográfica
especifica, de uma divisão administrativa ou de
um determinado país.
 
II.FACTORES QUE POTENCIAM A
SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA

Factor humano
• Ignorância às normas do Código de Estrada e legislação
complementar;
• Insuficiente conhecimento da dimensão, características,
causas e gravidades da sinistralidade;
• Inexistência da cadeira de “educação rodoviária” no
curriculum escolar;
• Prática de velocidades inadequadas às características
das infra – estruturas e às situações do trânsito, tanto
dentro como fora das localidades;
Factor veículo
• Parque auto em mau estado técnico;
• Tendência de aumento do parque automóvel;

• Falta de implementação da legislação sobre a


inspeção técnica periódica dos veículos.
• Não uso de capacetes de proteção durante a condução
de motociclos;

• Utilização irregular de equipamentos de segurança;

• Falta de coletes retrorefletores por parte de peões;

• Deficiente sistema de socorro quer na fase do alerta,


quer nas fases de transporte até ao hospital;

• Atestados médicos emitidos sem observação do


beneficiário.
Factor via
• Insuficientes passeios e pistas para a circulação de
peões dentro e fora das localidades;
• Insuficientes parques e zonas de estacionamentos
ao longo das Estradas Nacionais;
• Insuficientes passadeiras de nível superior ou
inferior destinadas para peões;
• Insuficientes sistemas de iluminação pública nas
vias;
• Vias com traçado geométrico e perfis
incompatíveis à demanda do trânsito rodoviário
actual;
• Insuficiente sinalização vertical, horizontal e
semafórica nas principais vias das cidades e
Estradas Nacionais, associada a degradação de
algumas.
III. - CAUSAS DA SINISTRALIDADE
RODOVIÁRIA

• Os dados recolhidos apontam que as causas


dos acidentes residem principalmente na
inobservância às regras do código de Estrada e
legislação complementar onde podemos
identificar as principais:
• Excesso de Velocidade com 1.748 casos;
• Ultrapassagem irregular com 1.628 casos;
• Condução sob influência de álcool com 1.431
casos;
• Mudança de direcção irregular com 1.309 casos;
• Condução se habilitação legal com 1.270 casos;
• Não cedência de prioridade de passagem com
1.377 casos;
• Mau estado técnico dos veículos com 812 casos.
IV- CONSEQUÊNCIAS

Em Angola o índice de sinistralidade rodoviária é


muito elevado, uma vez que este fenómeno é a
segunda causa de morte no país, e apresenta a
terceira maior taxa mundial, abrangendo
maioritariamente jovens do sexo masculino com
a faixa etária dos 15 aos 49 de idade, uma força
activa que morre ou acaba paralisada, e com
maior incidência na província de Luanda. E estes
resultam muitas das vezes em:
Tragédias com alto nível de irreversibilidade, que
podem desencadear em desintegração familiar e
escolar;
• Número elevado de portadores de deficiência
física, motora e psíquica;
• Um índice elevado da taxa de mortalidade;
• Elevados custos;
• Falta laborais temporais ou permanentes o que
provoca uma baixa de produtividade com
repercussões para o indivíduo, suas famílias, escolas
e entidades patronais e para o próprio país.
V-MEDIDAS ESTRATÉGICAS PARA REDUÇÃO DA SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA .

5.1- Domínio Preventivo

• a) Acções de prevenção rodoviária nas


comunidades, escolas, igrejas, mercados,
empresas, na via pública, etc e difundir conselhos
práticos nos meios de comunicação social;
• b) Potenciar com recursos humanos e matérias
os Destacamentos de Prevenção e Socorro às
Vitimas da Sinistralidade Rodoviária;
• c) Expandir e aumentar a capacidade de resposta dos
serviços de protecção civil e bombeiros, bem como do
INEMA face a emergência que se impõe no socorro às
vítimas de acidentes;

• d) Implementar a ficha de controlo hospitalar das


vítimas de acidentes de viação até aos 30 dias de
internamento, de acordo com a recomendação da OMS;

• e) Imprimir mais rigor na formação e avaliação dos


candidatos à condutores.
5.2 Domínio Fiscalizativo

• a) Acções de prevenção rodoviária nas comunidades


escolas, igrejas, mercados, empresas, na via pública,
etc e difundir conselhos práticos nos meios de
comunicação social;
• b) Dotar os órgãos operativos do trânsito de meios
auxiliares à fiscalização (radares, alcoolímetros,
balanças, dispositivos de leitura de tacógrafos, etc.);
• c) Promover as medidas de inibição de conduzir,
realização do novo exame e a cassação da carta de
condução;
• d) Intensificar fiscalização do uso dos sistemas de
segurança passiva: cinto de segurança, sistema de
retenção de crianças, capacete de protecção, etc,
bem como uso do telemóvel durante a condução

• e) Assegurar a proibição de importação de peças


e motores sobressalentes (automóveis e
motociclos) em fim de vida.

• f) Desenvolver uma escola de formação da


especialidade de trânsito.
5.3. Domínio legislativo
• a) Revisar e atualizar periodicamente o Código de
Estrada e Legislação complementar,
nomeadamente:

• Requisitos da formação e exames de condução


mais rigorosos e modernos;

• Aproximar os níveis de álcool no sangue aos


padrões internacionais até atingirem a escala
zero;
• b) Penalizar os facilitares na obtenção da carta de
condução:
- Escolas;
- Instrutores;
- Examinadores;
- Médicos.
 
• c) Obrigatoriedade de sujeição de exames de condução
ou formação específica, aos condutores que pretendam
renovar a carta de condução;

• d) Agravar as multas por infração à legislação rodoviária.


5.4. Domínio Social

• a) Promover a educação rodoviária no ensino


primário, secundário, médio e universitário;
• b) Fomentar a emissão de atestados médicos em
centros especializados aos candidatos à
condutores;
• c) Impulsionar o programa “ água para todos” nas
localidades onde não haja água potável, evitando
que as populações atravessem as estradas a
procura deste bem precioso (com baldes a cabeça);
• d) Expandir os mercados para acabar com as
vendas junto as estradas;
• e) Proibir a venda de bebidas alcoólicas nas
bombas de combustíveis;
• f) Fomentar a oferta de transportes públicos de
passageiros funcionais e seguros, interligados
com as estações ferroviárias, fluviais e marítimas.
CONCLUSÃO
• A sinistralidade rodoviária provoca muitos problemas e tem

consequências nefastas que maior parte das vezes no decorrer do

tempo tornam-se irreversíveis e que não abrangem só a faixa etária

acima referida mais sim a todos nós. Por isso é necessário

compreender q o amanha de pende de hoje, as acções do mau

comportamento nas estradas pode causar perdas irreparáveis no

sucesso escolar, nas normas de convivências sociais, nos valores

morais e cívicos, nas famílias, nas amizades e outras situações

anormais que não dignificam nenhum ser desde a infância até a vida
• Algumas instituições têm estado a optar métodos para
combater este fenómeno, principalmente a DNTV que
é o órgão a qual compete a tutela do controlo destes
actos, promovendo várias actividades para apelarem a
consciencialização de todos mais muito ainda tem a
ser feito. Esta tarefa não é apenas para as autoridades,
mais para todos os agentes educativos (escolas, o
estado, família, partidos políticos, igrejas).
• Jacqueline Saburido de 23 anos, natural do texas passou a
ser campanha para o combate contra este fenómeno,
mostrando o resultado de um grave acidente ocasionado por
um motorista embriagado.
• Ela era uma moça que adorava dançar e praticar natação,
hoje com o corpo todo desfigurado devido as queimaduras
que sofreu dentro do seu veículo, mora praticamente em um
hospital, onde é submetida a um tratamento enquanto viver.
JACQUELINE E O SEU PAI ANTES
DA TRAGEDIA
JACQUELINE E AMIGOS NA FESTA, ANTES DA
TRAGEDIA
PARA REFLECTIR
• Se nos propusermos a obedecer o regulamento do
trânsito, seremos heróis e acima de tudo ricos em
saúde e pobres em portadores de deficiência e
perdas de vidas acima de tudo de uma força motriz
de qualquer sociedade, que são os jovens.
Lembrar sempre que, qualquer um de nós pode ser
vítima da sinistralidade rodoviária a qualquer
momento

DIGA NÃO A SINISTRALIDADE RODOVIÁRIA


OBRIGADO

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