encarar a vida e o trabalho Prof. Dr. CONSTANTIN XYPAS PPGECM – UFPE / AA 22/03/2023 QUAL é PROBLEMA? • O tema do mal-estar docente foi alvo de inúmeras pesquisas nos últimos vinte anos. Uma rápida consulta no Google acadêmico apresenta cerca de 669.000 resultados. Consulta feita em 03 de fev. de 2023. • Queixas relativas às políticas públicas: salário insuficiente; condições de trabalho ruins; falta de reconhecimento devido ao investimento pessoal para dar conta dos desafios da sala de aula. • Queixas subjetivas: desrespeito dos alunos, falta de limites, falta de interesse pelas aulas; desrespeito dos pais, enfim, a desvalorização da profissão docente pela sociedade. No entanto, outros professores pretendem sentir bem-estar e valorização social da docência. • PERGUNTA: Como se explica esse sentimento de desvalorização ou de valorização da profissão docente? A maioria dos professores das escolas públicas vivendo em condições similares, porque alguns sentem bem-estar, enquanto outros, não? • OBJETIVO: aumentar o sentimento de bem-estar profissional praticando uma formação docente inovadora. • FUNDAMENTAÇÃO: Procurar uma explicação teórica à luz da Psicologia Positiva: M. Seligman; V. Frankl; B. Cyrulnik; L. Müller. • METODOLOGIA: Propor uma metodologia inovadora para a formação docente, tanto inicial, como continuada, a partir da Narrativa autorreflexiva actancial de C. Xypas e D. Cavalcanti (2020; 2022). PLANO
• I – As fontes do mal-estar: o desamparo aprendido
e o explicativo de situações ruins. • II – Tarefa, carreira e vocação, três formas de encarrar o trabalho. I. AS FONTES DO MAL- ESTAR: O DESAMPARO APRENDIDO e O ESTILO EXPLICATIVO de situações ruins 1. FONTE BIBLIOGRÁFICA: SELIGMAN, Martin. Aprenda a ser otimista. Como mudar sua mente e sua vida. Rio de Janeiro-RJ: Objetiva, 2019. • Duas formas de encarar a vida (p. 23-38) • Desamparo aprendido (p. 39-54). • Estilo explicativo (p. 64-81). • Dois grandes fatores de risco (p.183-190). Original: SELIGMAN, Martin. Learned Optimisme: How to Change Your Mind and Your Life. (1990). 2-DUAS FORMAS DE ENCARAR A VIDA Pessimismo adquirido vs Otimismo adquirido Apego inseguro vs Apego seguro Desamparo aprendido vs Controle pessoal Frente ao fracasso não posso escapar vs desafio a ser superado Olhar para trás vs Olhar para frente Visão pessimista da vida vs Visão otimista da vida Mal-estar vs Bem-estar 2. UMA SITUAÇÃO DESAGRADAVEL é vista como
1. AMEAÇA com + - angústia 1. PROBLEMA para resolver com
2. QUEIXAS /procura + - calma CULPADOS 2. procura MEDIDAS e 3. Como ESCAPAR ao SOLUÇÕES FRACASSO? 3. Como SUPERAR DESAFIOS? 4. Insegurança/ baixa 4. Segurança/ Autoconfiança que autoconfiança que vem do vem do passado passado 5. Olhar para frente, REALIZAR 5. O PASSADO SOFRIDO SONHOS e PROJETOS paralisa a iniciativa 2. DUAS FORMAS DE ENCARAR A VIDA
6. DESAMPARO aprendido 6. CONTROLE PESSOAL da minha
vida 7. Visão negativa do emprego 7. Visão entusiasta do emprego - Executar Tarefas – Fazer Fazer Carreira – Construir uma Carreira VOCAÇÃO 8. Mal-estar (docente) 8. Bem-estar (docente) RESILIÊNCIA Qual o papel da FAMILIA? Qual a contribuição de PROFESSORES? 3. CARATERÍSTICAS DA ATITUDE PESSIMISTA vs OTIMISTA (p. 23-38) • Atitude Pessimista: sempre que algo de ruim acontece, o sujeito imagina o pior. Tem longos períodos de apatia; a saúde sofre. Ele é propenso à depressão. • Atitude Otimista: o sujeito vê acontecimentos ruins sob uma ótica menos ameaçadora: os eventos negativos - passageiros e controláveis -, se tornam desafios a serem superados. Após um revés, ele logo se recupera, energizado. Ele é propenso à resiliência. 4. O que diferencia pessimistas e otimistas é o estilo explicativo de situações ruins! • Pessoas que tendem a acreditar que situações ruins vão se prolongar por muito tempo, e que são culpa deles, tendem a ser pessimistas. • Pessoas que costumam crer que situações ruins é um contratempo passageiro, pois suas causas estão restritas a esse único caso, tendem a ser otimistas. • Confrontados por uma situação ruim – “derrota”, “fracasso” -, consideram-na um desafio e se empenham mais. 5. QUEM CONTROLA MINHA VIDA? Estou cedendo o controle à Estou tentando me tornar terceiros ou ao destino? protagonista da minha vida? DESAMPARO APRENDIDO CONTROLE PESSOAL Pessimismo Adquirido (Frente à Otimismo Adquirido (Frente à situações situações ruins, o sujeito acredita que ruins, o sujeito acredita que são desafios não pode escapar. a ser superados. Pais e Professores baixam a Pais e Professores: “Você consegue. autoestima dele.) Confie em ti”.) Depressão (maior risco de) Resiliência (Tutores de resiliência) Fracasso (maior risco de) Êxito (maior probabilidade de) Mal-Estar Bem-Estar II-O DESAMPARO APRENDIDO 1. DEFINIÇÃO DO DESAMPARO APRENDIDO 2. O CONTROLE PESSOAL: QUEM CONTROLA MINHA VIDA? 3. CONQUISTAS E FRACASSOS NA VISÃO TRADICIONAL 4. A TEORIA DO CONTROLE PESSOAL 5. RELAÇÃO ENTRE DEPRESSÃO E DESAMPARO 1.a.Etimologia • Amparo “vem do Latim ANTEPARUS, formada por ANTE + PARARE: “preparar antes, dispor de antemão, antecipar; preparar-se para eventos futuros; munir-se do que é necessário”. • Colocando-se o prefixo DES-, negativo, temos o seu oposto, “desamparo”. Consultado dia 23.02.2023 em https://origemdapalavra.com.br 1.b. Tradução • Em português: Desamparo aprendido. • Em inglês: Learned helplessness. • Em francês: Impuissance apprise. 2.b. Sinônimo • Abandono; desabrigo. 3.c. Antônimo • Amparo, apoio, abrigo, assistência, etc. 1. DEFINIÇÃO DO DESAMPARO APRENDIDO (p. 39-54)
O desamparo aprendido é um sentimento de desamparo causado
por estar imerso - permanente ou repetidamente -, em situações em que o indivíduo não pode agir e do qual não pode escapar. Exemplo: Um aluno recebe repetidamente notas fracas em matemática. O pai lhe disse: Você é burro. O professor lhe disse: Você não se esforça o suficiente. O aluno não pode mudar de professor, ainda menos, mudar de pai. Não há condições para fazer cursinho. Então, ele vai internalizar seu fracasso, sob a forma de incompetência. Ele vai aprender o seguinte: Eu sou nulo em matemática. Não vale a pena lutar. Sou já fracassado. 2. QUEM CONTROLA MINHA VIDA? O controle pessoal é a capacidade de mudar algo por meio de atos voluntários: é o oposto do desamparo. • Muitas coisas na vida fogem ao nosso controle. Mas existe um terreno vasto de ações sobre as quais podemos: assumir o controle, ou ceder o controle a terceiros ou ao destino. • A simples ideia de que “nada do que eu faça importa” nos impede de agir, impede o aluno de aprender, impede o professor de transmitir o saber. Profecias pessimistas são autorrealizáveis. Ex.: Professora Marinete: Para quê ensinar espanhol? Será que meus alunos, moradores da zona rural, irão na Argentina passear? Eles não querem aprender. Os pais são semianalfabetos. Nas casa não tem nem UM livro! Nem a Bíblia! Nada! 3. CONQUISTAS E FRACASSOS NA VISÃO TRADICIONAL (p. 34-35)
• Os ambientes de trabalho e as escolas funcionam sob a
suposição convencional de que o sucesso resulta da combinação de talento e vontade. • Acredita-se que quando ocorre um fracasso é porque faltou talento ou vontade. • Mas o fracasso também pode acontecer quando talento e vontade estão presentes, mas não o otimismo. A fé no futuro. A fé que eu posso! Eu vou conseguir! Pois eu necessito dessa vitória. COMENTÁRIO 1. O ponto de vista de P. Bourdieu • O otimismo, no sentido de Seligman, é um conceito filosófico que precisa ser operacionalizado. Do mesmo que os conceitos de vontade e talento. • Segundo P. BOURDIEU, o mundo escolar constitui um campo de competição para o emprego e a ascensão social. Para vencer, o aluno de origem popular precisa da illusio da família que ele vai conseguir (como a torcida apoiando um time); do ethos de ascensão social dos pais; de professores tutores de resiliência, e de conselhos que permitem uma escolaridade diferenciada (olimpíadas, trabalho comunitário, PIBIC do ensino médio, intercâmbio com o Canadá etc.). COMENTÁRIO 2. O ponto de vista de outros teóricos • Para B. CHARLOT o êxito do aluno depende da sua relação ao saber e ainda mais da sua mobilização para aprender (identificou 4 níveis). A relação ao saber depende do sentido, desejo e valor que o aluno atribui ao saber. • Para C. BLANCHARD-LAVILLE o êxito escolar depende do duplo vínculo didático do professor: vínculo com o saber e vínculo com o aluno. • B. CYRULNIK foca a necessidade do professor de se tornar tutor de resiliência dos alunos: “a criança só investe em uma disciplina por alguém, em sua intenção. O menor gesto significativo que quer dizer: “Você existe em meu espírito e o que faz é importante para mim”, ilumina um pedaço de mundo e torna-o sensível a um tipo de conhecimento abstrato” (2005:70). 4. A TEORIA DO CONTROLE PESSOAL (p.37) • A teoria do controle pessoal de M. Seligman tem dois conceitos básicos: o desamparo aprendido e o estilo explicativo. Eles estão interligados. 1. O estilo explicativo é o modo como o sujeito costuma explicar a ele mesmo o porquê de as coisas acontecerem como acontecem. Um estilo explicativo otimista estanca o desamparo, já o estilo explicativo pessimista perpetua o desamparo. 2. O desamparo aprendido é a reação de desistir, o ato de renúncia decorrente de que nada do que se faça tem importância. • O que é crucial é o que você pensa ao fracassar. 5. O ESTILO EXPLICATIVO • A forma como você explica os acontecimentos para si mesmo determina quanto você se desarma, ou se energiza. • A forma como o ALUNO explica os acontecimentos para ele mesmo determina quanto ele se desarma, ou se energiza. • A forma como os PAIS explicam os acontecimentos para o filho determina quanto ele se desarma, ou se energiza. • A forma como o PROFESSOR explica os acontecimentos para o aluno determina o desamparo ou a mobilização para aprender. 6. Os três fatores do sucesso segundo Seligman Cursos intensivos pré-vestibulares podem até aumentar as notas dos alunos, porém o verdadeiro grau de talento continua desconhecido. Seminários podem aumentar a motivação e deixar funcionários empolgados e exuberantes. Porém, essas vontades são efêmeras. • Segundo Seligman, existe um terceiro fator: a atitude otimista é tão importante quanto o talento ou a vontade. • O otimismo - como o pessimismo - é uma habilidade passível de aprendizagem, que pode ser adquirida permanentemente. E se pudemos incutir essa habilidade nos nossos filhos e nos nossos alunos? Eixo da atitude OTIMISTA ────────────── PESSIMISTA 7. Três dimensões em seu estilo explicativo (p.69-79)
a. Permanência: explicação permanente (sempre) vs
explicação temporária (às vezes) b. Abrangência: explicação universal vs explicação específica c. Personalização: procura de um culpado vs procura de explicação objetiva.
OBS. Responsabilidade – Objetividade – Boa fé
a. PERMANÊNCIA: causa permanente x causa temporária Aqueles que desistem facilmente acreditam que a causa das situações ruins que lhes acontece é permanente (desamparo - pessimismo). As pessoas que resistem ao sentimento de desamparo acreditam que as causas dos eventos negativos são temporárias (controle - otimismo). Exemplos: 1. “Dietas nunca funcionam”. “Dietas não dão certo quando a gente come fora”. 2. “O professor sempre reclama”. O professor reclama quando não trago o dever de casa”. 3. “O professor é um cretino”. ”O professor está de mau humor”. b. ABRANGÊNCIA: universal x específica (p.72-73). • Pessoas que elaboram explicações universais / permanentes para seus fracassos desistem de tudo quando uma área da vida é atingida. • Aqueles que criam explicações específicas podem ficar desamparados em relação a uma parte da vida sem que isso influencie as demais. • Explicações permanentes e universais para eventos negativos produzem um desamparo duradouro, enquanto as explicações temporárias e específicas geram resiliência. c. PERSONALIZAÇÃO: internalização x externalização (p.76-77). • Quando coisas ruins acontecem, podemos botar a culpa em nós mesmos (internalizar) ou culpar outras pessoas ou circunstâncias (exteriorizar). • Aqueles que se culpam quando fracassam costumam ter autoestima mais baixa. A baixa autoestima está presente quando a pessoa internaliza os eventos negativos. Exemplos: 1. Internalização: “Sou burro em matemática”. (baixa autoestima). Externalização: “O professor não explicou bem”. 2. Internalização: “Não tenho dom para matemática”. (baixa autoestima). Externalização: “Ontem estava sem o manual” d. RESPONSABILIDADE: permanente x temporária (p. 79).
É correto culpar os outros pelos nossos fracassos?
• Queremos pessoas que assumam as bagunças que fazem, que sejam responsáveis pelos próprios atos. Por que? Queremos que elas mudem e sabemos que não vão mudar sem assumir a responsabilidade por seus atos. • No entanto, se você acreditar que a causa da sua desordem é permanente – burrice, falta de talento -, não tomará atitudes para mudá-la. • Se, no entanto, acreditar que a causa é temporária – pouco esforço, falta de sorte etc. – você pode tentar muda-la. 8. Relação entre Depressão e Desamparo (p. 100). • Pessoas e animais desamparados não raciocinavam muito bem e eram desatentas. Tinham dificuldade de aprender algo novo e dificuldade de prestar atenção às pistas cruciais que indicavam recompensas ou segurança. • A depressão tem a ver com o desamparo: a crença de que seus atos são inúteis. Essa crença engendrada pela derrota e pelo fracasso, enquanto situações incontroláveis e a consequente crença de que quaisquer atitudes tomadas seriam em vão. • A emoção vem diretamente do que pensamos: pense “estou em perigo” e você sentirá angústia. Pense “estão violando meus direitos” e você sentirá raiva. Pense “perda” e você sentirá tristeza (p. 105). • A hipótese de Seligman é que haveria dois grandes fatores de risco para a depressão e o baixo desempenho acadêmico em crianças: • Estilo explicativo pessimista: Crianças que consideram eventos negativos permanentes, abrangentes e personalizados com o tempo ficam deprimidas e se saem mal na escola. • Fatores de risco. Crianças que passam por acontecimentos ruins têm o desempenho pior: divórcio dos pais, morte de um familiar, desemprego na família (p. 184). • E também, “um dos pais se casa de novo. Um dos pais adere a uma nova religião . A criança é reprovada numa matéria na escola” (p.187). 9. O otimismo flexível com responsabilidade • A vida inflige os mesmos contratempos ao pessimista e ao optimista, mas o optimista suporta-os melhor. Ele se recupera da derrota mais rápido, se levanta e continua. O pessimista desiste mais fácil e, as vezes, cai em depressão. • O otimismo flexível aumenta seu domínio sobre a forma de pensar a adversidade. Por causa da sua maior Resiliência, o otimista conquista mais no trabalho, nos estudos e nos esportes (p.259-260). Considerações finais
Qual é sua consideração final?
II - TAREFA, CARREIRA, VOCAÇÃO
Três formas de encarar sua vida profissional
segundo a Psicologia Positiva 1. FONTE BIBLIOGRÁFICA SELIGMAN, Martin. Felicidade autêntica: use a Psicologia Positiva para alcançar todo seu potencial. Rio de Janeiro -RJ: Objetiva, 2002/2019. 2.Trabalho e satisfação pessoal (p.187-207).
• A reformulação do trabalho, de modo a aperfeiçoar
diariamente forças e virtudes, não somente torna as tarefas mais agradáveis, mas transforma em vocação a rotina de uma carreira estagnada. • A vocação é a forma mais satisfatória de trabalho porque, gerando gratificação, é exercida pela atividade em si, não pelos benefícios materiais que acarreta. 3. A Vocação é um compromisso apaixonado com o trabalho. • Aquele auxiliar de enfermagem não definia seu trabalho como retirar comadres e limpar bandejas, mas como proteger a saúde dos pacientes e procurar objetos que levassem beleza àqueles momentos difíceis da vida deles. Ele transformou um trabalho modesto em uma grande vocação (p.190). • Os indivíduos que tem uma vocação veem seu trabalho como uma contribuição para o bem maior, para algo além deles. O próprio trabalho é e continua sendo fator de realização, ainda que não haja dinheiro ou promoções. • É o sentido que você dá ao seu trabalho que pode transformá-lo em vocação. 4. Qualquer tarefa pode tornar-se uma vocação e qualquer vocação pode tornar-se uma tarefa (p.191). • Um medico que veja seu trabalho como uma tarefa e esteja interessado simplesmente em ganhar dinheiro não tem vocação; um gari que veja seu trabalho como a missão de fazer do mundo um lugar mais limpo e saudável para se viver tem uma vocação. • Os serventes que veem o trabalho como vocação fazem de tudo para torna-lo significativo. Eles se consideram importantes para o processo de cura e se organizam de modo a conseguir o máximo de eficiência. Chegam a fazer mais do que seria sua obrigação, tentando alegrar a vida dos pacientes. Os serventes sem vocação veem seu trabalho como simples limpeza dos quartos. 5. Exemplos TAREFA- CARREIRA- VOCAÇÃO (p.191-192)
A sra. A trabalha principalmente para se sustentar. Se estivesse
bem financeiramente, não estaria na atual profissão, mas em outra, completamente diferente. (TAREFA). A sra. B basicamente gosta do trabalho que faz, mas não espera estar no mesmo cargo daqui a cinco anos. Espera estar ocupando um cargo melhor. Para ela, uma promoção significa reconhecimento por sua boa atuação e é sinal de sucesso na competição com os colegas de trabalho. (CARREIRA). • Para a sra. C, o trabalho é uma das partes mais importantes da vida. Ela está muito satisfeita com a profissão que escolheu. Ela sente-se bem em relação a seu trabalho porque gosta dele e acredita que é capaz de fazer do mundo um lugar melhor. Ela ficaria muito chateada se fosse forçada a parar de trabalhar e não tem pressa alguma para se aposentar. (VOCAÇÃO). Para você, ser professor é um conjunto de tarefas, uma carreira ou uma vocação? 6. A chave não é encontrar o emprego certo, mas o emprego que você possa tornar adequado por meio da recriação (p.193).
Uma vocação precisa aproveitar as suas forças pessoais ( p.194).
• Se você consegue um meio de utilizar com frequência as suas forças pessoais no trabalho e percebe a sua atividade profissional como uma contribuição para o bem maior, é porque tem uma vocação. • O aspecto mais bem compreendido da felicidade durante um dia de trabalho é o flow, a experiência de fluir, de sentir-se completamente à vontade dentro de si mesmo enquanto trabalha (p.196). 7. Flow é uma emoção positiva a respeito do presente, sem qualquer raciocínio consciente (p.196). • O flow acontece quando os desafios que você enfrenta combinam com a sua capacidade de enfrenta-los. • Se você é um administrador, ofereça condições para que os empregados reinventem o trabalho dentro dos limites das suas metas. • O ensino é uma prática que tem a aprendizagem como vantagem. A medicina é uma prática que tem a cura como vantagem. REINVENTE O SEU TRABALHO ATUAL, de modo a utilizar mais suas forças pessoais. 8. O Flow aparece em jogos em que os dois lados ganham. Medico e paciente. Comerciante e cliente. Empregador e empregada. Professor e aluno. • Professor e aluno crescem juntos. • Um tratamento bem-sucedido é benéfico para o paciente e para o médico. • As emoções positivas são o combustível dos jogos em que os dois lados ganham, enquanto as emoções negativas, como a raiva, a ansiedade e a tristeza, evoluíram para surgir durante jogos que, para um ganhar, o outro tem que perder, como na profissão dos advogados (p.204). O mal-estar profissional é um índice de vitimização, de visão pessimista do futuro profissional. Como você consegue seu bem-estar profissional?
A chave não é encontrar o emprego certo,
mas o emprego que você possa tornar adequado por meio da recriação!
Obrigado pela atenção!
M. Seligman: ─ “Quando comecei a estudar, a educação se baseava na humilhação: orelhas de burro, palmatória, nota zero. Entretanto, os educadores descobriram um caminho melhor para chegar à aprendizagem: • favorecimento dos pontos fortes, • acompanhamento com gentileza, • estudo profundo de um assunto em vez de se decorar uma infinidade de fatos, • ligação emocional entre aluno e professor • ou entre aluno e matéria e • atenção individual” (p.190).