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Introdução à Pesquisa Científica

2. Pesquisa como instrumento de


gestão

Prof. Samuel Martim de Conto


Situação atual...

 Crise sanitária, econômica, guerra: apreensão,


redução do consumo, desemprego, aumento da
competitividade;
 Novos modelos de negócios, novas relações
organizacionais, novas formas de trabalho, “novo
normal”;
 A velocidade com que as decisões precisam ser
tomadas e o embasamento na tomada dessas
decisões.
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Para ser considerada CIENTÍFICA e, portanto, útil
para subsidiar a tomada de decisão, uma pesquisa
deve seguir um procedimento racional e sistemático
denominado de método científico (GIL, 2017). A
cientificidade de uma pesquisa pode ser confirmada
por meio de dois aspectos:
Validade: refere-se à eficácia da pesquisa, ou seja,
sua capacidade de ter medido aquilo que realmente
nos propomos a medir.
Confiabilidade: é a característica de uma
metodologia de pesquisa que permite repetir o
processo e obter o mesmo resultado (dentro das
margens de erros e intervalos de confiança) por
qualquer outro pesquisador.
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Classificação das Pesquisas
Natureza Problema Objetivos Procedimentos
Técnicos
Básica Quantitativa Exploratória Bibliográfica
Aplicada Qualitativa Descritiva Documental
Explicativa Experimental
Levantamento
Estudo de caso
Estudo de coorte
Estudo de campo
Pesquisa ex-post-facto
Pesquisa-ação
Pesquisa participante

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 A pesquisa básica possui um caráter mais amplo e tem como objetivo gerar
novos conhecimentos científicos, contribuindo para o avanço da ciência, mas sem
a pretensão de uma aplicação prática imediata. Esse tipo de pesquisa busca
envolver verdades e interesses universais;
 A pesquisa aplicada tem um caráter objetivo e busca gerar conhecimentos que
permitam uma aplicação prática imediata, buscando resolver um problema
específico. Com isso, nas pesquisas de natureza aplicada, o pesquisador possui
interesses locais, mas isso não significa que ele descarte as contribuições da
pesquisa básica.
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 A pesquisa qualitativa considera que há uma relação dinâmica entre o mundo
real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a
subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. A interpretação
dos fenômenos e a atribuição de significados são básicos no processo de pesquisa
qualitativa. Não requer os uso de métodos e técnicas estatísticas. Não é
conclusiva;
 A pesquisa quantitativa considera que tudo pode ser quantificável, que significa
traduzir em números opiniões e informações para classificá-los e analisá-los.
Requer o uso de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, moda,
mediana, desvio padrão, coeficiente de correlação, análise de regressão, etc...). É
conclusiva.
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 A exploratória visa proporcionar maior familiaridade com o problema com
vistas a torná-lo explícito. Envolve levantamento bibliográfico; entrevistas com
pessoas que tiveram experiências práticas com o problema pesquisado; análise
de exemplos que estimulem a compreensão. Assume, em geral, as formas de
Pesquisas Bibliográficas, Documentais, Pesquisas em Profundidade, Grupos
Focais ou Estudos de Caso. Também pode se constituir na fase preliminar de
pesquisas com delineamento descritivo;

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 A descritiva tem como objetivo descrever as características de uma população
ou situação, bem como esclarecer quais fatores contribuem, de alguma forma,
para a ocorrência de determinado fenômeno com a maior precisão possível,
definindo a frequência com que o fenômeno em questão ocorre, sua relação e
conexão com outros elementos, sua natureza e suas características;

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 A explicativa ou causal consiste na explicação de fenômenos ou na comprovação
de causalidade, ou seja, ela é utilizada para identificar e/ou estabelecer a relação
de causa e efeito entre variáveis ou acontecimentos. As pesquisas explicativas
são mais frequentes nas Ciências Naturais, valendo-se, quase que
exclusivamente, do método experimental.

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A pesquisa bibliográfica é desenvolvida a partir de um material já elaborado (dados
secundários). Suas fontes principais podem ser classificadas em: livros de leitura corrente,
livros de referência, publicações periódicas (jornais e revistas), dissertações e teses,
informações publicadas por organizações governamentais ou não governamentais e demais
impressos;
A pesquisa documental são materiais que não foram publicados ou que ainda não receberam
tratamento analítico (LAKATOS; MARCONI, 2017). Exemplos: Documentos conservados
em arquivos de órgãos públicos e instituições privadas: associações científicas, igrejas,
sindicatos, partidos políticos, arquivos históricos etc; Documentos diversos: cartas pessoais,
diários, fotografias, gravações, regulamentos, ofícios, boletins, registros de batismo etc.
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A pesquisa experimental, como o nome já diz, realiza experiências a fim de identificar
fatores que provocam determinado fenômeno. Por exemplo, a hipótese de que salários mais
elevados impactarão no clima da organização pode ser comprovada por duas variáveis: o
valor do salário e o nível do clima organizacional. Há uma grande limitação de aplicação
desse tipo de pesquisa em função da ética nas Ciências Humanas;
O levantamento ou survey caracteriza-se pela coleta de informações de grande quantidade de
respondentes. Pode ter caráter de censo, quando toda a população é entrevistada, ou
amostra, quando uma parte representativa da população é pesquisada. Quando aborda-se o
censo, não significa necessariamente que haverá uma quantidade gigantesca de
questionários, e sim que praticamente todos indivíduos daquela população serão
pesquisados.
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O estudo de caso é caracterizado pelo estudo profundo e exaustivo de um ou de poucos objetos,
de maneira que permita o seu amplo e detalhado conhecimento. Esse procedimento pode
envolver a análise de registros existentes sobre o caso em estudo, observação da ocorrência do
fato, entrevistas estruturadas ou não estruturadas, entre outros;
O estudo de coorte é utilizado com uma determinada amostra, com características semelhantes,
que pode ser observada de forma contínua durante um dado período (podendo ser de um ano ou
durante décadas), com o intuito de analisar a sua evolução;
O estudo de campo diz respeito às atividades realizadas in loco (no próprio local) pelo
pesquisador, quando ele trata com as pessoas que são o objeto do seu estudo.

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A pesquisa ex-post-facto analisa situações que se formaram após algum acontecimento. De
acordo com Fonseca (apud SILVEIRA; CÓRDOVA, 2009, p. 40), “é utilizada quando há
impossibilidade de aplicação da pesquisa experimental, pelo fato de nem sempre ser possível
manipular as variáveis necessárias para o estudo da causa e do seu efeito”. É muito
empregada nas ciências sociais e nas ciências da saúde. Um exemplo de pesquisa ex-post-
facto seria um estudo em que se tenta analisar as causas da evasão escolar (SILVEIRA;
CÓRDOVA, 2009).

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A pesquisa-ação é entendida como um tipo de “pesquisa social com base empírica que é
concebida em estreita associação com uma ação ou com a resolução de um problema
coletivo e no qual os pesquisadores e os participantes da situação ou do problema estão
envolvidos de modo cooperativo ou participativo” (THIOLLENT apud PRODANOV;
FREITAS 2013, p. 65). É utilizada em ciências sociais, mas pode ser aplicada em diferentes
áreas, como educação, comunicação social, serviço social, organização, tecnologia, práticas
políticas e sindicais e urbanismo e saúde.

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A pesquisa participante se desenvolve a partir da interação entre pesquisadores e membros
das situações investigadas. Sua metodologia “está direcionada à união entre conhecimento e
ação”, ou seja, à medida que a ação acontece são descobertos “novos problemas antes não
pensados, cuja análise e consequente resolução também sofrem modificações, dado o nível
maior de experiência tanto do pesquisador quanto [...] da comunidade” (PRODANOV;
FREITAS, 2013, p. 69).

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Fontes de dados primários e secundários

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