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10903- Politicas e serviços

sociais
Que tipo de proteção social dá a

Constituição?
A Constituição da Republica Portuguesa
congrega dois princípios orientadores do
ordenamento jurídico português: o da dignidade
da pessoa humana e o da igualdade.
Há um conjunto de relevantes direitos sociais na
Constituição da República Portuguesa que
permitiram que, desde a sua vigência em 1976, se
tenha percorrido no nosso país um profícuo
trajeto de mudança em dimensões fundamentais
da sociedade como, por exemplo, a saúde, a
educação , habitação, o trabalho, o ambiente, etc..
No que respeita ao direito à saúde, a
Constituição consagra não só um direito à
proteção da saúde mas também um dever de a
defender, sendo obrigação do Estado realizar o
direito à proteção da saúde mediante um serviço
nacional de saúde que tenha em conta as condições
económicas e sociais dos cidadãos, garantindo o
acesso de todos independentemente da sua
condição económica, assim como uma eficiente
cobertura de todo o País em unidades de saúde.
Assim como decorre do articulado da Constituição
Portuguesa, mais exatamente da alínea a) do
ponto 2 do artigo 64.º, o direito à proteção da
saúde é realizado através de um Serviço Nacional
de Saúde "universal e geral e, tendo em conta as
condições económicas e sociais dos cidadãos,
tendencialmente gratuito".
Também, no seu artigo 73.º, prevê o direito à
educação e o propósito de democratização da
educação, contribuindo para a igualdade de
oportunidades e para a superação das desigualdades
económicas, sociais e culturais. E, reforçando o
desígnio de democratização da educação, dispõe que
incumbe ao Estado não só assegurar o ensino básico
universal, obrigatório e gratuito como estabelecer,
progressivamente, a gratuitidade de todos os graus
de ensino.
Porém, muito se debate sobre o papel dos
diferentes agentes educativos no desenvolvimento
das crianças, jovens e adultos, sendo por vezes difícil
estabelecer os limites entre ensino e educação, e
entre as funções dos pais dos professores e de
outros educadores no vários contextos de educação
formal, não formal e informal onde nos movemos
São deveres do Estado Português no campo da
educação:
•​Assegurar o ensino básico universal, obrigatório e
gratuito;
•Criar um sistema público de educação pré-escolar;
•Garantir a educação permanente e eliminar o
analfabetismo;
• Garantir a todos os cidadãos, segundo as suas capacidades, o
acesso aos graus mais elevados do ensino, da investigação
científica e da criação artística;
• Estabelecer progressivamente a gratuitidade de todos os graus
de ensino;
• Estabelecer a ligação do ensino com as actividades produtivas
e sociais;
• Estimular a formação de quadros científicos e técnicos
originários das classes trabalhadoras.
No que respeita à área laboral, a Constituição
destina um capítulo expressamente aos "direitos,
liberdades e garantias dos trabalhadores", sendo
significativo que o primeiro destes direitos seja,
justamente, o direito à segurança no emprego com
destaque para a garantia contra despedimentos sem
justa causa.
Seja no setor público ou privado, a legislação
protege a classe trabalhadora ao conceder-lhe
inúmeros direitos, alinhados com valores –
como a igualdade – no que diz respeito ao
acesso ao emprego e às condições de trabalho.
Esses mesmos valores devem ser promovidos pelo
Estado e são independentes de qualquer situação –
tais como: idade, ascendência, situação familiar, sexo,
situação económica, raça, nacionalidade, origem
étnica, orientação sexual, deficiência, doença crónica,
língua, cidadania, instrução, património genético,
território de origem, religião, estado civil, convicções
políticas ou ideológicas.
1. Direito a salário
Segundo a Constituição da República Portuguesa,
qualquer trabalhador tem direito a uma retribuição,
em forma de salário, pelo seu trabalho, com base em
três critérios: a quantidade, a natureza e qualidade.
2. Condições de higiene e segurança
Os trabalhadores têm direito a trabalhar em condições
dignas de higiene, segurança e saúde, que permitam a
sua realização pessoal e profissional plenas. Além
disso, têm direito a receber por parte da entidade
patronal informação que englobe a sua proteção e
segurança; por exemplo, todos devem receber
formações para prevenção de riscos profissionais.
3.Direito a Faltar
Quanto a faltas, existem situações em que os
trabalhadores podem faltar, sendo que o número
permitido depende da natureza do motivo que leva o
trabalhador a ausentar-se.
4. Direito a férias, descanso semanal…
Os trabalhadores têm direito a férias pagas, feriados,
faltas, descanso semanal, jornada de 8 horas de
trabalho e subsídios de férias e de Natal.
Os trabalhadores têm direito a 22 dias úteis de férias a
cada ano civil.
5. Proteção na parentalidade, para a mãe e para o pai
A mãe trabalhadora tem direito a licença em situação
de risco clínico durante a gravidez e dispensa para
consulta pré-natal. Após o nascimento, tanto a mãe
como o pai têm direito a licença parental e dispensa
para assistência ao filho, entre outros direitos dos
trabalhadores que visam promover uma parentalidade
mais presente e tranquila
O progresso social construído ao longo destes
mais de quarenta anos inspirou-se na ideia
fundamental de que o interesse social deve
predominar sobre o interesse individual e na
afirmação do conceito de interesse público sendo
tarefa fundamental do Estado promover o bem-estar,
a qualidade de vida e a igualdade real entre os
portugueses, bem como a efetivação dos direitos
económicos, sociais, culturais e ambientais.
Artigo 69.º da Constituição (Infância)

1. As crianças têm direito à protecção da sociedade e do


Estado, com vista ao seu desenvolvimento integral,
especialmente contra todas as formas de abandono, de
discriminação e de opressão e contra o exercício abusivo
da autoridade na família e nas demais instituições.
2. O Estado assegura especial protecção às crianças
órfãs, abandonadas ou por qualquer forma privadas
de um ambiente familiar normal.
3. É proibido, nos termos da lei, o trabalho de menores
em idade escolar.
Fim de apresentação,
obrigado pela vossa
atenção!!!!!

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