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CICLO DO ÁCIDO ÚRICO

METABOLISMO DE
NUCLEOTÍDEOS
Os alimentos contêm diversas substâncias constituídas por moléculas
que são:

- hidratos de carbono;
- ácidos graxos;
- aminoácidos

Os aminoácidos se decompõem no organismo em:

- ácidos nucleicos;
- nucleotídeos;
- bases púricas.
As purinas sofrem um processo de degradação em hipoxantina
e esta se transforma em xantina.

xantina oxidase

ácido úrico

urato de sódio

A maior parte dos uratos são produzidos no fígado


provenientes do desdobramento das proteínas endógenas
e exógenas.
Base Purina
ou
Pirimidina

Fosfato
Pentose:
Ribose ou
desoxiribose
Fosfato
Nucleotídios e bases nitrogenadas
-Os nucleotídios tem diversas funções importantes nas
células. São os precursores do DNA e RNA.

- São os transportadores da energia nas células.


- Transporte de intermediários ativados na síntese de
carboidratos, lípides e proteínas.

- São componentes dos fatores


NAD
FAD
Coenzima-A.

- São moléculas importantes na mediação da sinalização


intracelular (cAMP, cGMP)
Nucleotídeos

São compostos ricos em energia e que auxiliam os processos


metabólicos, principalmente as biossínteses, na maioria
células.

Funcionam ainda como sinais químicos, respondendo assim a


hormônios e outros estímulos extracelulares; eles são
também componentes estruturais de cofatores
enzimáticos, intermediários metabólicos e ácidos nucleicos.

Reguladores de rotas do metabolismo intermediário, inibindo


ou ativando enzimas.
AMP - Adenosina monofosfato

- Baixa energia.
- Grandes concentrações na célula em situação
de extrema baixa energética;
- ATP e ADP - defosforiladas para a obtenção
de energia para funções celulares
fundamentais.
AMPc é um importante sinalizador celular dos
hormônios.
O AMP é um também efetor alostérico muito
comum.
Regulação celular do anabolismo/catabolismo
celular, já que compete pelos sítios
alostéricos das enzimas com suas
derivações di e trifosfatadas.
Adenosina difosfato

Nucleotídeo - um composto
químico formado por um
nucleosídeo e dois radicais fosfato.

Nucleosideo: uma base purínica, a


adenina, e um açúcar - ribose.

É a parte sem fosforilação do ATP.

O ADP é produzido quando há alguma descarboxilação em


alguns compostos da glicólise e no ciclo de Krebs.
ATP

Armazenamento de energia em suas ligações químicas entre os fosfatos.


ATP armazena energia proveniente da respiração celular.
Energia utilizada em diversos processos biológicos:
(transporte ativo de moléculas, síntese e secreção de
substâncias, locomoção e divisão celular, etc).
Estoque a longo prazo: energia transferida
para carboidratos e lipídeos.
Fosforilaçao oxidativa: principal forma de
produção do ATP.

Existem enzimas especializadas no rompimento desta ligação,


liberando fosfato e energia, usada nos processos celulares, gerando
novamente moléculas de ADP.
Em certas ocasiões, o ATP é degradado até sua forma mais simples, o
AMP, liberando dois fosfatos e uma quantidade maior de
energia.
(desoxi) Nucleotídeos - Mono, di ou trifosfato de nucleosídeos.
- Grupo unido por ligação éster ao 5’OH por isso são 5’-nucleotídeos.
- Temos trifosfato (mono ou di fosfato) de ADENOSINA,
GUANOSINA, CITIDINA, TIMIDINA e URIDINA.
Síntese dos nucleotídios
-Duas vias de síntese podem ser utilizadas para produzir os
nucleotídios numa célula:

a via de novo, e a via de recuperação.

- De novo: os nucleotídeos são sintetizados a partir de seus


precursores metabólicos: aminoácidos, ribose-5-fosfato, CO2
e NH3.

- Via de recuperação recicla as bases nitrogenadas e os


nucleotídeos livres gerados pela degradação dos ácidos
nucleicos.

Ambas as vias são essenciais para o organismo.


Síntese de purinas e pirimidinas

As vias de síntese de novo de purinas e pirimidinas são


praticamente idênticas em todos os organismos vivos.

Ex.: As bases nitrogenadas guanina, adenosina, timidina, citosina e


uracila NÃO são sintetizadas e depois adicionadas à ribose.

As purinas são sintetizadas átomo por átomo já ligadas à ribose.

As pirimidinas são sintetizadas como orotato, adicionadas à ribose


fosfato e transformadas nos nucleotídios A, T e U.

Já nas vias de recuperação, as bases livres podem servir de


intermediário na biosíntese.
Síntese de purinas e pirimidinas

Vários precursores são compartilhados nas vias de síntese das purinas


e pirimidinas.

- O fosforibosilpirofosfato(PRPP) é importante para ambas as vias.

- Em cada uma delas, um aminoácido é importante para a síntese:


glicina para as purinas e aspartato para as pirimidinas.
O glutamato, novamente, é o principal doador de grupos amino.

- Como o estoque intracelular de nucleotídios é pequeno (~1%), as


células precisam sintetizar nucleotídios durante a divisão celular.
Síntese de purinas

As purinas formam-se a partir de precursores:

- Glicina
- Formilo
- Glutamina
- Ácido aspártico
- Dióxido de carbono

Síntese ocorre em várias etapas.


Síntese de Purinas
Primeiras etapas: síntese do IMP
Primeiras etapas: síntese do IMP
Síntese do IMP
Síntese do IMP
Síntese do IMP
Folato
-Ácido fólico e outros compostos com atividade biológica similar.

-É requerido para o crescimento normal, na fase reprodutiva


(gestação e lactação), e na formação de anticorpos.

- Atua como coenzima no metabolismo de aminoácidos (glicina) e


síntese de purinas e pirimidinas, síntese de ácido nucleico DNA e
RNA e é vital para a divisão celular e síntese proteica.
SÍNTESE DE dTMP: A partir da dUMP e usa folato como cofator
SÍNTESE DE dTMP: A partir da dUMP e usa folato como cofator
Em seguida... Síntese do IMP
Síntese do IMP
Síntese do IMP
Síntese do IMP
Síntese do IMP

IMP IMP
IMP – inosina monofosfato
precursor AMP/ GMP

AMP

IMP

GMP
ROTA DE SALVAMENTO DE PURINAS

Doença de Lesch-Nyhan:
mutilação, demência,
 urato
 Síntese de 5’- fosforribosilamina regulada pelos produtos:

(AMP, GMP e IMP) e substratos (PRPP, Glutamina)


 Síntese total requer 4 ATP como fonte de energia
 Inosina monofosfato: purina-mãe.
 A partir de IMP faz-se:
 GMP (utilizando ATP como energia ) e
 AMP (utilizando GTP como fonte de energia).

SERVE PARA DESVIAR O IMP PARA A SÍNTESE DA PURINA EM MENOR


CONCENTRAÇÂO.

SE AMP E GMP ESTÃO EM CONCENTRAÇÕES ADEQUADAS, A SÍNTESE


DE NOVO É DESATIVADA
• Do UMP forma-se UTP por fosforilações
(nucleosídeo monofosfato quinases específicas: UMP quinase )
UMP+ ATP = UDP + ADP

• Di e trifosfato nucleosídeos são interconvertidos pela


nucleosídeo difosfato quinase bem menos específica.
X e Y podem ser qualquer um.

XDP + YTP = XTP + YDP


CATABOLISMO DE PURINAS

A degradação dos ácidos nucleicos e nucleotídeos


ocorre principalmente no fígado e inicia-se por
enzimas ditas nucleases e nucleotidases.

Os nucleotídeos de guanina geram:


guanosina, guanina e xantina.

Os nucleotídeos de adenina geram :


adenosina, inosina e hipoxantina.
CATABOLISMO DE PURINAS
AMP IMP XMP GMP
Nucleotidase Nucleotidase Nucleotidase Nucleotidase
H20 H20 H20 H20

Pi Pi Pi Pi
Adenosina
desaminase
Adenosina Inosina Xantosina Guanosina
Purina Purina Purina
H20 NH4 Pi nucleotideo Pi nucleotideo Pi nucleotideo
fosforilase fosforilase fosforilase
(PNP) (PNP) (PNP)
Ribose 1 - fosfato Ribose 1 - fosfato Ribose 1 - fosfato
Xantina Guanina
Hipoxantina oxidase
Xantina desaminase
Guanosina
O2 + H20 H2O2 NH4 H2O

O2 + H20 Xantina
oxidase
H2O2

Ácido Úrico
DEGRADAÇÃO DE PURINAS Formação de Ácido Úrico
[1]- grupo amino removido do
AMP ou adenosina para formar
IMP ou inosina (hipoxantina
ribose)

[2]- IMP e GMP = inosina e


guanosina pela 5’nucleotidase

[3]- inosina e guanosina


convertidas em hipoxantina e
xantina pela purino nucleosídeo
fosforilase

[4]-guanina desaminada para


formar xantina

[5]- hipoxantina oxidada pela


xantina oxidase a xantina que é
transformada em ácido úrico pela
mesma enzima

Ácido úrico excretado


urina
ADA: Deficiência em adenosina deaminase
-Deficiências na enzima adenosina desaminase - sérias consequências
para o organismo.

-Portadores dessa deficiência


apresentam altos níveis de dATP
(100X).

- dATP é um potente inibidor da


ribonucleosídioredutase.

- Isso leva a depleção de nucleotídeo


para a síntese de DNA.
As células T e B do sistema imune,
são as mais afetadas, levando a um das defesas do organismo.

-Pacientes com ADA precisam viver em isolamento (bolha).


Ácido Úrico
Resulta do catabolismo das purinas  (adenina e guanina), e é a única
via de excreção das mesmas, que se dá pela urina. 

As purinas necessárias à síntese de DNA e RNA são produzidas no


próprio organismo humano, portanto não há necessidade de
ingesta.

As purinas ingeridas não são incorporadas

a ácidos nucleicos.
São convertidas a ácido úrico por enzimas

da mucosa intestinal e do fígado e


também excretadas na urina. 
Ácido Úrico

Dietas ricas em purinas aumentam transitoriamente:


- uricemia
- uricosúria

Dietas ricas em purinas incluem alimentos ricos em núcleos celulares:


- carnes
- vísceras (p.ex. fígado)
- crustáceos (camarão)
- bebidas fermentadas. (Cerveja é rica em purinas porque
contém leveduras, usadas na fermentação).

Exemplos de alimentos pobres em purinas: queijo, leite, ovos.


GOTA
É uma doença reumatológica, inflamatória
e metabólica, que cursa com
hiperuricemia e é resultante da
deposição de cristais do ácido nos
tecidos e articulações.

É uma afecção comum, ocorrendo de 0,2 a


0,3/1000 na população geral.

Sua maior incidência ocorre entre os 30-50


anos de idade, com predomínio do
sexo masculino (95%). No sexo
feminino ocorre geralmente após a
menopausa.
GOTA
É causada pelo acúmulo de ácido úrico no sangue e nos tecidos e ocorre,
preferencialmente, em homens.

As causas da gota ainda não são bem conhecidos, embora deficiência em


enzimas do metabolismo das purinas possa ser um fator de risco.

Pacientes com gota apresentam inflamação das cartilagens e articulações


devido ao acúmulo de urato de sódio, causando dor e artrite.

Rins também são afetados por causa do acúmulo de ácido nos túbulos
renais.

A gota pode ser tratada combinando uma dieta balanceada com


medicamentos.
Hiperuricemia:
- Genética (25%)
- Insuficiência renal
- Situações que aumentam a formação de purinas (leucemia,
quimioterapia, anemia hemolítica, psoríase , linfomas , etc...)
- Dieta rica em proteínas e purinas
- Alcoolismo
- Diabetes melito
- Hipertensão arterial
- Obesidade
- Litíase renal
- Jejum
- Dieta hipocalórica
- Desidratação
- Ação de drogas (álcool , diuréticos , ácido acetilsalicílico , ácido
nicotínico , metildopa , etc...)
- Etc.
A degradação de pirimidinas
termina em amônia.

Metilmalonilsemialdeído é um
intermediário do metabolismo de valina,
gerando Succinil-CoA.

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