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MÉTODO
PAUL FEYERABEND
CAPÍTULOS 15 e
17
• O capítulo 15 inicia com a seguinte frase:
“Os resultados obtidos até agora sugerem abolir a distinção entre contexto de
descoberta e contexto de justificação, entre normas e fatos e entre termos
observacionais e termos teóricos. Nenhuma dessas distinções desempenha um
papel na prática científica. Tentativas de impô-las teriam consequências
desastrosas. O racionalismo de Popper fracassa pelas mesas razões” (p. 195, negrito
feito pelos apresentadores deste trabalho).
• Características do empirismo
contemporâneo:
• Feyreabend diz que são coisas diferentes, especialmente por serem feitas por
disciplinas diferentes (história da ciência e filosofia da ciência).
• Mas a questão é em que medida a distinção reflete uma diferença real, e se a
ciência pode avançar sem forte interação entre os domínios separados.
• Dois argumentos:
O aprendizado não vai da observação para a teoria, mas sempre envolve ambos
os elementos.
-Ideias significativas: deve ser possível criar regras que distinguem o comportamento crítico
de outros tipos de comportamento
-Coleção de slogans adaptáveis a qualquer situação
- Deve preferir teorias de grande conteúdo, pois maior o volume de conteúdo maior a
sua vulnerabilidade
→ Para resolver esse problema é necessário uma nova teoria que justifique as
consequências bem-sucedidas da teoria anterior, resolva o problema anterior e
faça predições adicionais não feitas antes
- NÃO
- Frequentemente o desenvolvimento real de ideias não se inicia partindo de um problema, mas partem de alguma atividade extrínseca que, mais tarde, podem ser interpretados como soluções a problemas não percebidos. Tais desenvolvimentos não deveriam ser excluídos.
- Um princípio estrito de falseamento, como denominado por Lakatos, eliminaria a ciência como a conhecemos e jamais teria permitido que começasse
- Exigência de um conteúdo aumentado. Muitas teorias que derrubam teorias anteriores muito abrangentes, tomam seu lugar mas inicialmente restringe-se a um domínio bastante reduzido, e vão se estendendo vagarosamente a outras áreas, para assim definir seus próprios problemas.
• TRÊS PERGUNTAS
1) Por que deveria uma ideologia ser restringida por problemas mais antigos que, de
qualquer modo, só fazem sentido no contexto abandonado e os quais agora parecem
tolos e artificiais?
2) Por que deveria ela sequer considerar os “fatos” que deram origem a problemas dessa
espécie ou desempenharam um papel em sua solução?
3) Por que não deveria antes proceder à sua própria maneira, delineando suas próprias
tarefas e constituindo seu próprio domínio de “fatos”?
CONCEPÇÕES
NOVAS
• Desagrado aos problemas anteriores
• Tenham que ser mantidas para sempre se o novo referencial estiver parcialmente
inacabado
• Ou são incorporadas à nova teoria como teoremas, levando uma redefinição dos termos
básicos da ideologia precedente
• A exigência de que o conteúdo de verdade da teoria mais antiga pode ser incluído no
conteúdo de verdade de sua sucessora é violada em qualquer dos casos
• O Capítulo 17 se inicia com a seguinte frase :
• Surge a ideia de que há regras e padrões gerais para nos guiar nos assuntos em
oposição ao senso comum;
• Essas interações ocorrem sempre que uma prática rica e bem articulada é
confrontada com outra de espécie diferente;
• Tais interações são acompanhadas por graus cambiantes de consciência por parte
dos participantes;
• Com efeito, ideias novas, embora fossem necessárias, não eram suficientes para
explicar as mudanças que agora ocorriam e dependiam também das circunstancias nas
quais as ideias eram aplicadas;
• Ao se considerar qualquer interação de tradições, há questões do observador e questões
do participante;
• Questões do Observador :
- dizem respeito aos detalhes de uma interação;
- dar uma explicação histórica e talvez formular leis gerais;
- o observador deseja saber o que está acontecendo;
• Questões do Participante :
- dizem respeito a atitude que se supõe que os membros de uma pratica ou tradição
irão tomar com a possível intrusão de outra;
- o participante deseja saber o que fazer;
• “Os participantes podem ser oportunistas e agir de maneira direta e prática.”(p. 277)
- Ex : príncipes protestantes;
- Ex : nas ciências, principalmente na Matemática;
• “Com efeito, as duas agências não são vistas como duas práticas que, embora talvez de
valor desigual, ainda são ambas, produtos humanos imperfeitos e cambiantes, mas como
um produto dessa espécie, por um lado, e como medidas duradouras de excelência, por
outro.”(p. 278)
RACIONALISMO GREGO: PROCESSO HISTÓRICO
Cenário conflituoso
1) Senso comum Homérico
2) Formas de Racionalismo
• Relação entre Racionalidade e Senso comum: Platonismo
“Consigo ver cavalos, Platão, mas não vejo em lugar algum seu cavalo ideal” –
Antístenes
• Conflito percorre a Antiguidade até o presente – Linguagem
RELAÇÃO OBSERVADOR X PARTICIPANTE
• Atitude do observador
• Atitude do participante
RELAÇÃO ENTRE RAZÃO E PRÁTICA
“A razão guia a prática. Sua autoridade é independente da autoridade de práticas e
tradições e molda a prática de acordo com suas exigências.” Visão idealista.
“A razão recebe da prática tanto seu conteúdo quanto sua autoridade. Descreve o modo
pelo qual a prática trabalha e formula seus princípios subjacentes.” Visão naturalista.
• Implicações:
• Troca guiada
• Troca aberta
“É racional fazer...”
“Os deuses querem você faça...”