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6.

DIMENSÃO FÍSICA
Curso de Formação de Gestores
6.3.4

Espaços de convivência e infraestrutura para o desenvolvimento


de atividades esportivas, de recreação, culturais e pedagógicas
Há algum tempo, nossos estudantes estão vivendo
em um novo universo, especialmente planejado para
eles.
Diante desse novo ambiente que acolhe as crianças,
as possibilidades são inúmeras a partir dos espaços
de aprendizagem disponíveis que tem como objetivo
oportunizar ambientes educativos organizados e
que possibilitem o protagonismo infantil/infanto
juvenil e seu potencial, ampliando as possibilidades
de qualificação e inovação das práticas pedagógicas
a partir da exploração dos ambientes que estes
espaços propiciam.
Quem não se lembra do pátio da sua escola?
Fosse ele pequeno e apertado ou tivesse uma
área grande com árvores e gramado, todo
mundo guarda na memória pelo menos uma
história para contar desse lugar. O pátio se
tornou por muito tempo um espaço oficial, tem
um valor simbólico muito importante para os
alunos .
"É um ambiente fundamental na formação do estudante*
como cidadão por representar um local onde eles se
relacionam com os outros de maneira espontânea", afirma
Frederico Flósculo, professor da Faculdade de Arquitetura e
Urbanismo da Universidade de Brasília (UnB). Sendo assim,
vale lembrar que o tipo de convivência que ocorre durante
esse tempo livre é um bom indicador do clima escolar* e
pode ajudar a entender os problemas que emergem de um
grupo. Um olhar atento sobre as áreas mais concorridas e as
que os estudantes gostam de ficar mais tempo também
contribui para a definição dos investimentos e das
intervenções necessárias.
Assim, podemos entender o ambiente na perspectiva
material, funcional e relacional, logo a instituição de Ensino
não pode pensar um único espaço para a aprendizagem. É
preciso fazer com que os espaços dialoguem entre si,
considerando as relações entre crianças-adultos; crianças-
crianças; crianças-objetos; a fim de construir um ambiente
acolhedor, propício à criação, experimentação, imaginação,
brincadeira e interação.
O ambiente configurado de maneira integrada e acessível
potencializa as relações humanas estabelecidas no local,
propiciando a autonomia da criança e fazendo com que o
seu processo de aprendizagem não seja exclusivamente
dependente de um adulto. Nesse sentido, a criança passa a
ser protagonista da sua construção de conhecimento, pois
tem liberdade para tomar decisões e escolher o que quer
explorar.
Os ambientes físicos da instituição de educação
devem refletir uma concepção de educação e
cuidado respeitosa das necessidades de
desenvolvimento das crianças, em todos seus
aspectos: físico, afetivo, cognitivo, criativo. […]
espaços externos bem cuidados, com jardim e
áreas para brincadeiras e jogos, indicam a
atenção ao contato com a natureza e à
necessidade das crianças de correr, pular, jogar
bola, brincar com areia e água, entre outras
atividades. (MEC/SEB, 2009, p. 50)
Reconhecer o espaço externo como local necessário na Instituição de Ensino, é reconhecer a importância da coletividade e troca
de experiências entre crianças de idades diferentes, ou seja, é um local integrador e dinamicamente ressignificado. Atualmente,
nenhum dos espaços das escola/unidade são ou devem ser neutros e, por esse motivo, necessitam de uma organização, visando
respeitar as necessidades biológicas, motoras e psicológicas das crianças. Por isso, a importância de planejar os espaços para
assegurar que as experiências sejam tanto prazerosas quanto significativas para todos os envolvidos.
PLANEJAMENTO ESTÉTICA DE
ACONCHEGO
A importância do Gestor no Desenvolvimento Sustentável

Promover experiências fora das salas de aula é uma forma de multiplicar as maneiras de
ensinar e aprender, abrindo o leque de possibilidades de aprendizado.
Memória Estética
A estética é a criação contínua de conceitos para explorar o campo do sensível, do gosto, da
imaginação, das paixões, das intuições, das emoções, exigindo uma competência sobre tais
assuntos, quando se quer aplicá-los a um tema como o da arte e da cultura em si. Fazer estética
não é adaptar-se ao mundo como ele é, ou assimilar esse mundo com parâmetros impostos,
ainda que liberais, libertadores, democráticos. È mostrar o que pode fazer sentido, o que põe
em crise os significados e as práticas, através da reflexão sobre o imprevisível, o imponderável, o
complexo e o incalculável (MEIRA, 2003, p.27).
Sustentabilidade e nossos velhos aliados
Como pensar em espaços que promovam mais pertencimento? Como
pensar em lugares de convivência e aprendizagem, do convite ao estar? É
nesse contexto que a ação propõe, somar arquitetura patrimônio
(instituição e espaço) e memória, em um lugar de convívio que marca o
pertencimento, ultrapassando a esfera física, palpável, ao criar um
modelo de espaço simbólico.
As salas de aula são espaços de
interação que possibilitam a
convivência, o protagonismo
L A S
SA infantil e o aprendizado criativo e
significativo.
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DEPOIS O
RECURSOS

Parcerias e
ações
comunitárias
Portanto defender os espaços como
parte do trabalho educativo é de suma
importância. Este além de ser bonito e
arrumado, requer qualidade em sua
organização estrutural, disposição de
materiais bem como dialogar com as
diferentes infâncias que ali circulam.
Sendo assim, é preciso lutar por algo
que muitas vezes as crianças não têm
fora da escola, ou seja, um lugar em
que possam ser livres, se desafiem,
vivenciem e produzam cultura.
Pensando sobre a prática
humanizadora,entende-se que saber
valorizar o que há de melhor nas pessoas,
saber delegar funções e administrar
democraticamente a vida do seu espaço
escolar, são necessidades que precisam de
pessoas que se sintam motivadas para a
realização efetiva da gestão escolar.
Portanto, diante do tamanho do
envolvimento e das ações que a vida escolar
demanda, fica clara a importância de uma
Gestão que se preocupa com o todo e que
busca em suas ações a humanização através
da valorização de cada indivíduo.
Como dizia Freire (2013, p. 104): “É decidindo
que se aprende a decidir”. Contudo, traçar
um caminho que leve à gestão democrática
na escola não é tarefa fácil, pois não se
obtém a participação da comunidade escolar
da noite para o dia. É preciso transformar
pensamentos em ações; é preciso coesão,
dinâmica, força de vontade e
comprometimento para que, de fato, o
envolvimento ocorra.
Entende-se a necessidade de se consultar a comunidade e de tratar os assuntos
do espaço escolar de forma transparente, honesta e franca. Dessa forma, vemos
que uma escola participativa, vai muito além das regras positivadas. Cada escola,
deve estabelecer o seu próprio caminho a ser trilhado, considerando suas
necessidades e particularidades próprias, mas se abrindo e se moldando de
acordo com a necessidade das suas crianças e da comunidade escolar. Temos
então, a gestão democrática, como um processo de construção permanente, que
busca uma horizontalidade que valorize ideias que promovam o aprimoramento
de ações pedagógicas, desenvolvendo assim, um ensino cada vez mais efetivo e
significativo na vida de seus educandos.
Referências
1.BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Indicadores
da Qualidade na Educação Infantil. Secretaria da Educação Básica. Brasília:
MEC, SEB,
2.Secretaria de Educação de Barueri
3.Cidade, identidade e os lugares de memória | Revista Unimontes Científica
4.Promove aprendizagem vivencial que valoriza a voz da criança na cocriação
de espaços de brincar inovadores (cocrianca.com.br)
5.HADDAD, Lenira; HORN, Maria da Graça Souza. Criança quer mais do que
espaço. Revista Educação – Edição especial “Educação Infantil”. São Paulo,
volume 1, 2011, p. 42-59.
6.Escolas Inovadoras: https://porvir.org/?s=escolas+inovadoras&t=1
7.Inovãções em Educação: https://porvir.org/escola-publica-envolve-as-
criancas-e-a-comunidade-para-transformar-o-espaco/
8.O QUE REVELA O ESPAÇO ESCOLAR? UM LIVRO PARA DIRETORES DE ESCOLA
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/file/gestao_em_foco/
revela_espaco_escolar.pdf
9.LÜCK, Heloísa. Perspectivas da Gestão Escolar e Implicações quanto à
Formação de seus Gestores. In: Em Aberto. Brasília, fev./jun, 2000, v. 17, n. 72,
p. 1-195.
10.BAZARRA, Lourdes. Ser professor e dirigir professores em tempos de
mudanças. São Paulo: Paulinas, 2006.

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