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As Psicoterapias Psicodinâmicas:

Psicanálise e Terapias de Base Analítica

Angela Perez de Sá
UNESA - AKXE
Modelo Teórico
• De acordo com Freud [1905(1976)] o aparelho psíquico está
dividido em: consciente, pré-consciente e inconsciente. 

• Principal característica: a relevância


atribuída aos conteúdos inconscientes.
Segundo Freud [1905(1976)], o
inconsciente é regido pelo princípio do
prazer , composto de ideias
desorganizadas (ideias reprimidas, por
exemplo), atemporal (portanto, sempre
atual). Este tipo de psicoterapia viabiliza
o acesso a tais conteúdos. Isso pode
ocorrer por meio da associação livre e
dos sonhos. 
• Na psicanálise e na
psicoterapia de orientação
psicanalítica, o inconsciente é o
objeto principal a ser
trabalhado. Neste tipo de
psicoterapia a comunicação se
dá de inconsciente do terapeuta
para inconsciente do paciente,
o que envolve os sentimentos
da dupla. (perspectiva
fundamental para o
entendimento de outro
elemento chave para o
processo: a transferência /
contratransferência) 
• O processo compreende 3 fases: início, fase
intermediária e término. 
O  início do tratamento (Luz, 2005) compreende desde o primeiro
contato com o paciente até o estabelecimento da aliança
terapêutica, o que varia de sessões a meses, conforme cada
caso. 
•  O principal objetivo da fase inicial
é  estabelecer e fortalecer a aliança
terapêutica, por meio de um
contrato claro e objetivo,
identificando os motivos
inconscientes do sofrimento do
paciente. A intervenção, portanto,
precisa ser de acolhimento e focada
na interpretação das ansiedades
paranóides, isto é, na dicotomia
confiança-desconfiança (LUZ,
• Cabe ao terapeuta auxiliar o

Fase Inicial paciente a se tratar, a despertar


seu interesse pelos conflitos e
pelas formas de funcionamento
de sua personalidade.
• A postura do terapeuta não deve
ser de silêncio exagerado e nem
tão amistosa. 

Riscos: interrupção precoce do


tratamento. 
• Recurso útil para a prevenção dos
mesmos: elaborar os conteúdos
contratransferências (os
sentimentos que o paciente
desperta no terapeuta). 
Fantasias Iniciais
• São inúmeras (de ambos).
• O paciente pode temer
entrar em contato com
seus conflitos mais infantis
porque foram desastrosos,
de ficar dependente do
terapeuta, de perder o
controle de suas emoções
ou de aflorar fantasias
eróticas.
• Ao terapeuta cabe
interpretar tais fantasias,
destituindo das mesmas o
caráter de resistências. 
Fase Intermediária
• É a mais longa – do início da aliança terapêutica à alta (Luz, 2005)
• Objetivo - “examinar, analisar, explorar e resolver os sintomas e as
dificuldades emocionais do paciente”.
• Técnica principal - a interpretação das resistências iniciais e dos
conflitos inconscientes do paciente em vínculo transferencial. 
• A psicoterapia é como um
jogo de xadrez
[Freud,1913(1976)],
existem técnicas que
definem o início e o fim,
mas o decorrer é sempre
um desafio, pois é quando
ocorrem as principais
mudanças. 

• Em relação à temática abordada nesta fase, o foco são os assuntos


trazidos pelo próprio paciente durante as sessões. Geralmente são
temas referentes às situações vividas no dia a dia, como conflitos
de relacionamento familiar, no trabalho; ambições, planos e
decepções. Enfim, sofrimentos cotidianos (LUZ, 2005). 
• Postura do terapeuta – respeitosa e atenta, de modo que o paciente
possa sentir-se à vontade para falar, aguardando o momento oportuno
(timing) para intervir, seja pontuando, assinalando ou interpretando. 

Pode ocorrer uma estagnação temporária, em função das


resistências, impasses, acting out, perturbação da aliança terapêutica,
etc. 
Fase de Término
• A alta, ou ao término da
psicoterapia, não ocorre em uma
única sessão, pois são trabalhadas
as ansiedades de separação. Inicia-
se com a primeira comunicação da
alta e culmina com a última sessão
em que a dupla terapeuta-paciente
se encontra. 

O objetivo principal - trabalhar os


sentimentos de luto vivenciados
pelo término do tratamento, bem
como avaliar os ganhos e
benefícios conquistados durante o
mesmo (LUZ, 2005). 
A alta é uma questão de
comum acordo entre a dupla.
• Indicadores que subsidiam tal fase:
• Melhora ou supressão do sintoma trazido inicialmente pelo
paciente.
• Alguma mudança nos vínculos afetivos, com os familiares. 
• Alguma alteração nos processos de trabalho, de modo que possa
almejar novos projetos. 
• Ampliação dos contatos sociais. 
• Maior satisfação na vida sexual. 
• Mudança no contato com a realidade, de modo que o paciente a
suporte melhor. 
Interrupção do Processo
• Porém o tratamento pode ser abandonado. A literatura sugere as
seguintes explicações:
Segundo Etchegoyen (2004), na fase do
contrato do processo psicoterápico está

incluída a ideia de que o tratamento deve
finalizar por acordo de ambas as partes e,
por isso, se apenas um lado decide, não
se fala em término da análise, mas sim
em interrupção. O analisado tem liberdade
para rescindir o contrato a qualquer
momento, assim como o analista.
Os motivos podem ser externos ou
internos (mais comuns, podendo vir do
analisando ou do analista)
Fenômenos Associados à Interrupção
do Tratamento
• RESISTÊNCIAS - De acordo com Laplanche e Pontalis (2008, p. 458)
“chama-se resistência a tudo o que nos atos e palavras do analisando,
durante o tratamento psicanalítico, se opõe ao acesso deste ao seu
inconsciente”. 

• ACTING OUT (agieren de Freud) - Designa as ações que apresentam,


quase sempre, um caráter impulsivo, relativamente isolável no decurso
das suas atividades, e que toma muitas vezes uma forma auto ou
hetero-agressiva. Marca da emergência do recalcado, encontra-se a
serviço das “lembranças encobridoras”. Ao invés de lembrar, o indivíduo
atua, uma vez que se trata de experiências infantis bastante remotas e
que não foram compreendidas na ocasião. Pode se referir a várias
situações que se opõem ao processo analítico, como o silêncio,
esquecimento de sessões, decisão súbita de deixar a análise, dentre
outros.
• De acordo com Gus (2005) atuações e encenações (enactments)
refere-se a sensações e sentimentos pré-verbais, portanto anterior
a palavra, denotando expressões primitivas. 

Em um estágio primitivo do desenvolvimento psíquico, narra Gus


(2005), quando a linguagem ainda não existia (pré-verbal), não era
possível expressar os sentimentos por meio da palavra. Sendo
assim, o ato é a única forma de expressão de vivências emocionais
primitivas e afetos perigosos da dupla terapêutica. Trata-se de uma
obstrução ao processo de crescimento e desenvolvimento
psicoterápico, uma vez que, ao invés de atingir o insight, o indivíduo
realiza um ato. 
• Entretanto, como aponta Gus (2005), o fenômeno do acting out
pode ser útil ao tratamento, desde que compreendidos e bem
encaminhados àqueles pacientes de difícil acesso, em que
predominam o pré-verbal, a desorganização psíquica, o caos e o
vazio mental. 

A realidade psíquica é resultante das percepções que o indivíduo


tem do mundo externo, somado às fantasias do mundo interno.
Portanto, é uma experiência subjetiva, individual e nem sempre
traduz a realidade externa (GUS, 2005). 
• Sendo assim, afirma Gus (2005) que, no acting out e enactment a
realidade psíquica ganha expressão, por meio do ato, de vivências
primitivas dolorosas (como ansiedades persecutórias, etc.), as
quais o indivíduo não se lembra e que podem ser percebidas por
meio da transferência e da contratransferência. Portanto, trata-se
de revivências de conflitos primitivos da dupla terapêutica. 

Nesse sentido, Gus (2005) entende que as vivências primitivas são


da dupla terapeuta-paciente. As experiências de fantasias
inconscientes destrutivas, arcaicas, de ansiedade persecutória e
situações traumáticas são reeditadas por ambos. Então, o
psicoterapeuta também possui papel fundamental: há que se
compreender e manejar adequadamente o fenômeno do acting out
e enactment. 
• Atualmente há um consenso entre os psicanalistas de que o
processo psicoterápico não está focado apenas no paciente, mas
sim na dinâmica do campo analítico. Assim, são levadas em conta
as condições emocionais do terapeuta e do paciente, bem como o
inconsciente de ambos (ZIMERMAN, 2004). 

Quando o terapeuta, segundo Gus (2005), consegue compreender


a realidade psíquica do setting, conter e interpretar acting e
enactment é possível dar novo significado às fantasias primitivas.
• Ao contrário, acrescenta Gus (2005), quando não se compreende a
realidade psíquica do par terapêutico no setting, chega-se ao “ponto
cego” ou conluios inconscientes, de natureza narcísica. Podem
ocorrer ainda, piora do quadro clínico, impasses e interrupção do
tratamento. 

Longos silêncios, faltas e atrasos podem se configurar como acting


out, que, caso ocorram de forma intensa no início do tratamento,
podem levar à interrupção do tratamento (GUS, 2005). 

Há também o fenômeno do impasse que, segundo Pires (2005)


pode estar relacionado à interrupção no tratamento psicoterápico.
Trata-se de uma estagnação do desenvolvimento da terapia, que
implica num cessamento da elaboração, perceptíveis no processo
transfero-contratranferencial, caracterizada por intensas repetições
de conflitos não resolvidos envolvendo a dupla terapêutica. 
• Quando o impasse não é superado, pode ocorrer a interrupção do
tratamento. Torna-se então inevitável reavaliar o próprio trabalho do
terapeuta. De alguma forma, acrescenta Pires (2005), o paciente
confirma a validade das teorias. Nesses casos é importante a
supervisão do caso, já que fica mais difícil o terapeuta, no momento
da sessão, ter uma visão mais crítica. Além disso, como o
supervisor não está envolvido diretamente com o impasse,
possivelmente terá melhor condição de ajudar o terapeuta. 

O fenômeno do impasse muitas vezes é confundido com o acting


out, como sinaliza Pires (2005). A diferença reside no momento em
que ocorrem: o acting out pode ocorrer já no início do tratamento,
enquanto que o impasse geralmente deve ocorrer em fases
posteriores do processo psicoterápico. 
• Além disso, Pires (2005) afirma que a probabilidade de ocorrer
impasse na psicoterapia é menor que na psicanálise. Isso acontece
porque na psicoterapia o número de sessões é menor, o objetivo é
mais focal e as situações extratransferenciais são menos intensas. 

Conforme Pires (2005, p. 342), alguns autores defendem a ideia de


que, nas situações de impasse seria indicado marcar a data para
interrupção do tratamento. Isso suscita muitos questionamentos.
Entretanto:

[...] em defesa de, pelo menos parte dessa ideia, é preciso dizer
que uma interrupção é sempre mais ética do que a manutenção de
um tratamento interminável, pois esta última opção configura uma
espoliação emocional e econômica do paciente por parte do
terapeuta. 
• No decorrer do processo psicoterapêutico duas pessoas estranhas
(terapeuta-paciente), numa relação assimétrica, irão se encontrar
frequentemente estabelecendo uma relação única. Para Keidmann
(2000) a experiência com cada novo paciente mobiliza no terapeuta
ansiedades, resistências e outras emoções inconscientes. Pode
então ocorrer abandono por erros, incompetência, hostilidade ou
sedução do terapeuta. 

Freud [1913(1976)] alerta sobre a oportunidade de aprender com as


experiências de pacientes abandonantes na medida em que se
pode pensar sobre o fato, o mesmo que ocorre muitas vezes
quando se perde uma partida de xadrez. Aprende-se com os erros
também. 
• Ferenczi, citado em Freud [1937-39(1976)], afirma que o êxito
depende muito do analista ter aprendido com seus próprios erros e
de ter levado a melhor sobre os pontos fracos de sua própria
personalidade. 

O tripé clássico da técnica psicanalítica consiste na transferência,


resistência e interpretação. 

Segundo Laplanche e Pontalis (2008, p. 514) a transferência é um


“processo pelo qual os desejos inconscientes se atualizam sobre
determinados objetos no quadro de certo tipo de relação
estabelecida com eles e, eminentemente, no quadro da relação
analítica”. 
• Dewald (1981, p. 213) define a transferência como “uma forma de
deslocamento na qual o indivíduo dirige para um objeto presente
todos aqueles impulsos, defesas, atitudes, sentimentos e
respostas” vivenciados nos primeiros relacionamentos infantis com
as figuras parentais. 

O fenômeno da transferência refere-se aos conteúdos


inconscientes do paciente para o analista. Já a contratransferência
vai do analista para o paciente. 

No fenômeno da transferência, parte dos impulsos eróticos do


indivíduo vai para a consciência, dirigida para a realidade. A outra
parte fica retida, ou permanece inconsciente. Então, se a
necessidade de amar não está totalmente satisfeita pela realidade,
o indivíduo vai aproximar-se de cada nova pessoa que encontrar.
Esta pessoa pode ser até seu terapeuta. Isto é natural, mesmo
porque é a transferência que move o tratamento (FREUD,
[1914(1976)]). 
• Em Psicanálise trabalha-se com a perda de um objeto. Nesse
sentido, a transferência ocorre porque o paciente acredita que o
analista é esse objeto perdido. Ele acredita que o analista detém o
saber, sabe algo dele que o próprio paciente não sabe. E esse
fenômeno move o tratamento. É necessário certo “enamoramento”,
ou seja, admiração pelo analista, para que o paciente suporte um
longo tempo na terapia. Vai chegar um dia em que, assim como a
criança quando cresce descobre que seu pai não é não perfeito e
poderoso quanto pensava, o paciente também vai chegar a essa
conclusão. E nesse momento não vai mais haver motivo para
continuar o tratamento. É quando pode ser dada a alta (FREUD
[1914-15(1976)]). 
• Mas o que o paciente transfere para o terapeuta? Transfere
sentimentos inconscientes infantis vivenciados com as figuras
parentais. 

A transferência é sempre inconsciente. É o resultado de um desejo.


O ser humano tem dois caminhos: a saúde e o sintoma. Os que
fazem sintoma são pessoas que estão doentes. Pode estar doente
porque direciona seu sintoma para uma meta impossível (está
sempre esperando, insatisfeito). Nesse sentido, a pessoa
desqualifica a saúde. O trabalho do psicoterapeuta é conscientizar
a pessoa disso. 
• O sintoma implica num ganho secundário. Funciona como uma
“bola de neve”, isto é, quanto mais o tempo passa, mais fica
prejudicial. É uma metáfora de uma resolução sexual e implica
numa homeostase (equilíbrio) do aparelho psíquico. Este equilíbrio
é dinâmico (em alguns momentos é bom, mas em outros é ruim).
Acontece que o sintoma toma bastante libido (energia) do indivíduo,
impedindo, assim, que ele não tenha energia para outras coisas. 

Então o paciente procura o terapeuta porque essa situação é


desconfortável. Mas aí vem a resistência, pois o sintoma implica em
alguns momentos, equilibrar seu aparelho psíquico. Na medida em
que seu sintoma é retirado, há uma piora de seu quadro – e isto é
sinal da cura, primeiro piora para depois melhorar. 
• Segundo Freud [1914(1976)] a transferência pode ser positiva ou
negativa. A primeira refere-se aos sentimentos amorosos, de
amizade e confiança, enquanto que a segunda diz respeito aos
sentimentos hostis, agressivos. 

A transferência que move o tratamento é a positiva (o paciente tem


confiança no terapeuta, acredita que ele é o detentor do saber),
enquanto a transferência negativa prejudica o tratamento, pois
funciona como resistência. Esta última precisa ser interpretada ou
assinalada (FREUD [1914(1976)]).

Algumas vezes a transferência negativa é silenciosa ou muito sutil.


Por exemplo: quando o paciente chega atrasado à sessão ou falta.
Quando no dia do pagamento esquece-se de assinar o cheque,
etc. 
• A contratransferência, como já foi dito, diz respeito ao “conjunto das
reações inconscientes do analista à pessoa do analisando e, mais
particularmente, à transferência deste” (LAPLANCHE E PONTALIS,
2008, p. 102). 

É fundamental e faz parte da técnica atentar para os sentimentos


que o paciente desperta no terapeuta. Na relação com o paciente o
terapeuta pode experimentar diversos sentimentos, como raiva,
prazer, desconfiança, preocupação, etc. (DEWALD, 1981). 
• Quando se trata de pacientes com quadros psicossomáticos, é
comum o psicólogo sentir sensações físicas, como alguma dor, por
exemplo. Prestar atenção nesses sentimentos auxiliará no
processo de avaliação, bem como no momento adequado de
interpretar. 

O fenômeno da resistência é definido por Dewald (1981, p. 240)


como “funções psíquicas do paciente que se opõem ativamente à
tarefa terapêutica de trazer o material inconsciente ao
conhecimento”, e, consequentemente, opondo-se às mudanças. 

A resistência expressa à forma de como o ego se mobiliza para


enfrentar as suas angústias diante da vida. Resiste como forma de
se proteger contra os ataques que sofreu no passado (carência,
abandono, incompreensão, humilhação, etc.). É o grande obstáculo
ao tratamento. 
• Algumas situações dentro do setting terapêutico podem ser
interpretadas como resistência, tais como: faltas, atrasos,
esquecimentos, silêncio, dificuldades em falar sobre determinados
assuntos que causam angústia, etc. 

O terceiro componente que faz parte do tripé da técnica


psicanalítica é a interpretação. Esta é uma técnica valiosa, em que
o psicoterapeuta permite que seu paciente entre em contato com
seus conteúdos inconscientes, ajudando-o a “traduzir” seus
sentimentos (RIBEIRO, 1988). É nesse momento, para Freud, que
é favorecida a mudança. A arte da interpretação identifica as
resistências e as torna conscientes. 
• Esta é uma técnica que deve ser usada com cautela, uma vez que
tem seu momento oportuno. A recomendação é que o terapeuta
possa identificar quando seu paciente estiver próximo de tornar o
conteúdo consciente. É difícil saber se uma interpretação está
correta. Mas alguns indícios podem ser observados. Ao interpretar,
é importante avaliar a reação do paciente, o assunto ou material
seguinte que ele vai trazer. 

Dewald (1981) discorre sobre a técnica em psicoterapia de base


analítica, elegendo a escuta, o esclarecimento e a confrontação,
além da interpretação como formas de intervenção. 
• Segundo este autor é importante deixar o paciente falar, mas cabe
ao terapeuta a função da escuta especializada. 

“A atividade do terapeuta em escutar representa muito mais que a


simples recepção passiva e compilação do material verbalizado
pelo paciente” (DEWALD, 1981, p. 198). Esta escuta significa
priorizar o significado dos conteúdos latentes, além de observar o
comportamento não verbal é importante observar o conteúdo que
foi dito pelo paciente, mas também o que foi omitido.
• A comunicação na psicoterapia pode ser: 
• Verbal: por meio da palavra, linguagem falada. 
• Não verbal: por meio de comportamentos como a expressão
corporal, por exemplo. 

O silêncio também é uma forma de comunicação, que pode


simbolizar várias situações: ansiedade, vazio mental, resistências,
etc., podendo ser do tipo paranoide, depressivo, fóbico, confusional,
etc. 

Em oposição, tem também aquele paciente que fala muito, como


uma espécie de descarga emocional. Entretanto, deixa de falar o
mais importante. Pode ser inclusive, um tipo de resistência.

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