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A QUESTÃO DA

BELEZA
FILOSOFIA 1 SÉRIE
CAP 12
Augeste Rodin
(1840-1917) -
Escultor Francês.
La Danaide,
1889
■ Questões estéticas:
■ O que é o belo?
■ Qual a importância da beleza na vida?
■ Qual a relação entre o belo, a moral e o conhecimento?
■ A arte é uma característica da natureza humana?
ESTÉTICA
■ A estética é um ramo da filosofia, que:
■ >estuda racionalmente o belo e o
sentimento que suscita nos seres
humanos.
■ O termo estético tem sua origem no
grego aisthetikos, “relativo à
percepção”. Na Filosofia, a Estética é
o ramo voltado para a reflexão acerca
da beleza sensível e também das
manifestações do belo na arte.
A beleza para o pensamento grego antigo

■ Para o pensamento grego, o belo possui três sentidos


fundamentais: o estético, o moral e o intelectual (ou
espiritual). Os três estão entrelaçados entre si e formam uma
unidade.
■ Do ponto de vista estético, o belo é, em síntese, harmonia.
Harmonia de sons e de cores agradáveis, é simetria e
proporção etc. Aquilo que é belo, o é porque apresenta, de
alguma forma, harmonia.
■ Dos cincos sentidos clássicos do corpo humano, a visão e a
audição são consideradas aquelas pelas quais se consegue
captar a beleza das coisas. Segundo Platão, pois estabelecem
uma ponte entre o sensível e inteligível e estão mais próximos
da essência imaterial da alma , resultando em prazer .
PLATÃO
■ Prazer estético é diferente de prazer carnal ,
■ O sentido estético do belo está ligado ao sentido moral
■ A beleza seria um patrimônio das almas elevadas.
■ O que é belo é entendido como bom
■ Para Platão, o Belo está pautado na noção de perfeição, de verdade. Para ele,
a Beleza existe em si mesma, no mundo das ideias, separada do mundo
sensível (que é o mundo concreto, no qual vivemos).
■ O filósofo critica as obras de arte que se limitam “copiar” a natureza, já que
elas acabam afastando o homem da real Beleza
O BELO
■ Assim, temos em Platão, uma
concepção de belo que se afasta da
interferência e da participação do
juízo humano, ou seja, o homem
tem uma atuação passiva no que
concerne ao conceito de belo: não
está sob sua responsabilidade o
julgamento do que é ou não é belo.
■ é algo que existe
independentemente de existir o
ser humano
Belo na acepção intelectual (ou
espiritual) Sócrates
■ O que pode ser chamado de belo também pode ser chamado de útil
■ Aquilo que é belo consegue cumprir a função para a qual foi criado
■ O belo está ligado ao exercício pleno da essência de um ser.
■ A realização da função do ser, segundo a finalidade e a função que lhe tiverem sido
reservadas por sua natureza.
■ O belo é sinônimo de bem
■ Se o belo é útil, o bem também é útil.
■ O belo estético (Belo), o belo moral (Bem) e o belo intelectual (Verdade)
O Belo, o Bem e a Verdade se encontram,
então, fundidos no ser. São as três dimensões
do ser.

■ O belo estético é o estado de harmonia dos seres.

■ O belo moral é o estado de harmonia da alma.

■ E o belo intelectual é conhecimento dessa harmonia.


Sócrates/Platão Estética: Corpo e Alma

■ As sensações nos ajudam a estimular o entendimento, as ideias, as abstrações. Há um


mínimo de reciprocidade entre “o olho e o espírito”.
■ Sócrates/Platão: a beleza seria atestada pela alma. Estrutura racional das coisas tidas
como belas. A beleza é uma ideia, uma abstração, objeto do pensamento. Sócrates é o
exemplo vivo desse modo de pensar: feio por fora e belo por dentro. Sua essência é
bela, mas a sua aparência é feia.
■ Alma – entendimento – abstração.
■ Corpo – sentimento – percepção sensível.
Conclusão: Mímeses
(imitação, cópia, simulacro)
■ Tentativa de ponderação ao julgar Platão como inimigo ou amigo dos
artistas. Parece que a questão é um pouco mais complexa.
■ Platão – Mímeses
■ Afastamento da verdade
■ Afastamento do belo e do bem
■ Platão não é contra aos artistas, mas será quando eles ficarem no campo
da imitação do mundo sensorial. Sua preocupação com a arte reside num
modelo ideal que deve possuir certas ideias universais: bem e belo.
Certamente, muitos outros atributos serão inseridos nesse ideal de beleza Mímese: imitação das
platônica. aparências, das
essências, das ações,
■ BELO-BOM-ÚTIL E VERDADE ou dos estados de
alma?
PLATÃO
■ A Beleza, para Platão, é uma ideia, uma essência que está no mundo inteligível. As coisas
do mundo sensível são belas porque participam dessa Beleza transcendente. Essa Beleza se
comunica com o mundo sensível passando para ele algumas de suas qualidades (como você já
viu, harmonia, proporção e unidade na multiplicidade).
■ A arte para Platão é, portanto, uma imitação das coisas que são percebidas no mundo sensível.
Essa concepção é chamada de mimese, palavra que vem do grego mímesis, “imitação”. Como é
imitação das coisas sensíveis, que já são cópias das coisas inteligíveis, então os produtos da arte
são “cópias das cópias”, ainda mais distantes da verdade do mundo inteligível
■ A poesia e a música têm maior afinidade com a inteligência, isto é, com a parte imaterial
da alma.
■ Pintores e os escultores – estariam, portanto, em uma posição inferior. E isso por dois
motivos. Primeiro, porque trabalham com a matéria, isto é, com o mundo sensível, que é
necessariamente imperfeito. Segundo, porque imitiam a aparência das coisas sensíveis, e não
a Beleza transcendental.
PLATÃO

■ O poeta imita a Beleza, e chega até mesmo a vislumbrá-la. Os


outros artistas apenas conseguem enxergar uma forma precária
(material, sensível, imperfeita) de beleza.
Aristóteles e a Poética
■ As ciências produtivas, as quais dependeriam da criação humana para vir a existir. Atualmente, as
ciências produtivas seriam chamadas de técnicas. E tekhné, “técnica” em grego, corresponde
justamente ao termo arte (este do latim ars).
■  As belas-artes formam também uma técnica humana, apresentando, porém, esta diferença:
elas procuram mimetizar (imitar) a natureza, aproximando-se dela.
■ [...] o ofício do poeta não é descrever coisas realmente acontecidas, mas as que podem, em
dadas circunstâncias, acontecer, isto é, coisas que são possíveis segundo as leis da
verossimilhança1 ou da necessidade. De fato, o historiador e o poeta não diferem porque um
escreve em versos e outro em prosa; a história de Heródoto, por exemplo, poderia muito bem ser
posta em versos, e mesmo em versos não seria menos história do que é em prosa. A verdadeira
diferença é esta: o historiador descreve fatos realmente acontecidos; o poeta, fatos que podem
acontecer. Por isso a poesia é algo mais filosófico e mais elevado que a história: a poesia tende
mais a representar o universal; a história, o particular. [...]
■ Poética, de Aristóteles.
TRAGÉDIA

■ Tragédia é a imitação das ações


humanas, de uma ação completa e
acabada, e representa o essencial
do destino humano, no que este tem
de grande, nobre e exemplar.
■ A utilidade da tragédia é a catarse,
uma depuração, purificação ou
neutralização de sentimentos Édipo e Antígona (1842), pintura a óleo do
excessivos vivenciados pelo francês Charles Jalabert (1819-1901). A
espectador ao assistir ao espetáculo história da personagem mitológica
trágico. Antígona, filha de Édipo, é contada, em
sua versão clássica, na tragédia Antígona,
de Sófocles.
COMÉDIA

■ Já a comédia representa o que é
tido por feio e moralmente
disforme, provocando, por
conseguinte, o riso. Se, por um lado,
esse gênero apresenta coisas
desagradáveis à vista, a imitação
artística do feio as torna, de alguma
forma, atraentes, dando prazer aos
espectadores ao contemplá-las.
EPOPEIA

■ A epopeia, de maneira
semelhante à tragédia,
também conta feitos
de grandes
personagens, mas o
faz de forma narrativa.

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