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SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA

I Curso de Pneumologia na Graduação

PNEUMOPATIAS EM
IMUNOCOMPROMETIDOS

Faculdade de
Medicina da Bahia
29 a 31
Maio de 2008
Rodney Frare e Silva
Prof. Adjunto de Pneumologia
da Universidade Federal do Paraná
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

HCG 28 anos,solteira, 2 filhos, sem trabalho fixo. Há 2 meses


com tosse e escassa expectoração, dor torácica esq. Dois
episódios de hemoptoicos. Emagrecimento de 4 kg no período.
Companheiro falecido por AIDS.Nega outras enfermidades. Em
uso de anticoncepcional oral.
Dados vitais normais. Monilíase oral.alt:1,55 peso:45 kg.
Diminuição do MV em ½ sup Hemitórax esquerdo.Restante do
exame segmentar normal.
Exames de imagem:
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

CASO CLÍNICO
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pesquisa de BAAR no escarro: Negativa


PPD: não reator
Fibrobroncoscopia com LBA: Neg. BAAR e
Fungos
Teste antiHIV: Positivo
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Quanto à conduta, pergunta-se:

A) Seria correto aguardar a cultura para BAAR?


B) Seria correto iniciar tratamento empírico?
C) Seria correto indicar radioterapia?
D) Seria correto indicar biopsia a céu aberto?
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Rendimento da cultura de escarro na comparação de um


sistema de diagnóstico automatizado com o meio de
Lovenstein-Jensen para o diagnóstico de tuberculose
pulmonar
Almeida EA et al JBP 2005 –231

N:844 amostras

L-J 34,7% (+)


SA 37,1% (+)
Tempo positividade: L-J:34,7 d S A:10,5 d
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

B) Seria correto iniciar tratamento empírico?

Embora os dados clínicos sejam bastante


sugestivos, a negatividade dos exames
microbiológicose e a imagem com aspecto tumoral
em paciente HIV positivo colocam em cheque esta
alternativa.
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

C) Seria correto indicar radioterapia?

Obviamente sem o diagnóstico de neoplasia


esta opção deve ser rechaçada
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

D) Seria correto indicar biopsia a céu aberto?

Pelas características da lesão, a possibilidade


de Tuberculose, ou infecção fúngica que a
mimetize, ou ainda Kaposi, nos indicam ser este o

melhor meio para o diagnóstico

Laudo A-P: Fragmento de pulmão com processo


granulomatoso crônico com necrose caseosa
e presença de BAAR
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Open lung biopsy for investigation of acute


respiratory episodes in patiets with infection and
AIDS Miller Gen Med 1995

Diagnóstiocs mais frequentes , em ordem:

Kaposi
Tuberculose
BOOP – Pn Pseudomonas
Linfoma
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Autopsy findings in AIDS from a reference hospital


in Brazil: analysis of 92 cases
Cury PM Pathol Res Pract 2003;199

Tuberculose: 25
Pneumocistose:16
CMV: 17
Toxoplasmose: 8
Inf Candida: 12
Histoplasmose: 5
Criptococose: 4
Blastomicose: 1
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido
SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA
I Curso de Pneumologia na Graduação

INFECÇÕES PULMONARES NOS


PACIENTES IMUNODEPRIMIDOS HIV
NEGATIVOS

Faculdade de
Medicina da Bahia
29 a 31
Maio de 2008
Rodney Frare e Silva
Prof. Adjunto de Pneumologia
da Universidade Federal do Paraná
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Fatores Clínicos

Grau de neutropenia
Condição do cateter
Quimiot / Antibiot
DECH
Lesões de mucosa
Corticoterapia
VEF1 < 80% Pré-TMO
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

COMPLICAÇÕES PULMONARES INFECCIOSAS APÓS O TCTH


A Risk Score For Mortality After Allogeneic Hematopoietic Cell
Transplantation
N = 2.802 pates Parimont et al Ann Intern Med 2006;144:407-14

Avaliação de Mortalidade Pré-Transplante (1ºs 2 anos)


8 variáveis significativas (p<0,05)

Idade
Tipo de doador
Risco de Doença de base
Regime de condicionamento
% VEF1
% DL CO
Creatinina sérica
Alanina Aminotransferase sérica
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

COMPLICAÇÕES PULMONARES INFECCIOSAS APÓS O TCTH

Importância do Tempo nas Causas Infecciosas

Precoce Tardio

Bacteria (nosocomial) CMV (e outras HV)


Aspergillus PPC
Viroses Respiratórias Bacteria (comunidade)
Aspergillus
Viroses Respiratórias
Nocardia
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

COMPLICAÇÕES PULMONARES INFECCIOSAS APÓS O TCTH

Importância do Tipo de Infiltrado

DIFUSO NODULAR(FOCAL)
Viral Bactéria
Família Herpes Aspergillus
Respiratórios Nocardia
PPC Mycobacteria
Aspergillus
S. Pneumonia Idiopática
Edema Pulmonar
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

COMPLICAÇÕES PULMONARES INFECCIOSAS APÓS O TCTH

SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS

Hemoptise Aspergillus
TEP
Hemorragia alveolar
Rinite/sinusite Virose Respiratória
Aspergillus
DECH CMV

Mucosite Grave Bacteria anaeróbia

Atrito Pleural Aspergillus - TEP


Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Procedimentos Diagnósticos para Infecções em


Pacientes Imunocomprometidos

Tipo de Infecção Diagnóstico Exame


Bactéria Sangue Hemocultura - PCR
Escarro Gram-Ziehl
LBA Direto+cultura+PCR
Vírus ANF Imunofluorêscencia
LBA + BxTB Culturas virais
Sangue Shell vial – PCR

Fungos LBA/BxTB Direto/Cultura


Escarro induzido Direto/Cultura
PAF Direto/Cultura
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido
Sintomas e Sinais de Via Aérea Inferior com
Alteração Radiológica
Infiltra do Pulm ona r

D ifuso Foc a l

A fa s ta r e d e m a
(d iu ré tic o ? ) T AC
a lve o la r / s in a l d o h a lo
LBA (1 )

T AC
in te rs tic ia l / a lve o la r Antibiótic o de a m plo e spe c tro/a nfo B

S IM NÃO
LBA C ontinua r T ra ta m e nto LBA (2 )
Bx
PAF
D ia gnóstic o N ã o dia gnóstic o

T ra ta m e nto R e pe tir LBA + Bx T B

D ia gnóstic o N ã o D ia gnóstic o

T ra ta m e nto T ra ta m e nto E m píric o


(C o n s id e ra r B X C A )
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

5 anos, fem portadora de Anemia de Fanconi,


encontra-se no dia + 5 de um TCTH, por sangue
de cordão umbelical. Inicia febre de 39ºC com
calafrios e tosse seca. Normotensa, FC:120
bpm;FR:28mpm;Sat O2:94% em ar
ambiente.Ex: mucosite discreta, ausculta
pulmonar normal. Hb:8g/dl Leucócitos:100 com
3 segmentados em 10 células contadas.Raio X
de Tórax Normal.
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

DIAGNÓSTICO CLÍNICO

NEUTROPENIA FEBRIL
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

CONDUTA:
1. Hemocultura
2. LBA
3. TAC
4. Tratamento Empírico
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Neutropenia Febril

HEMOCULTURA

Realização obrigatória A1
Positividade máxima 30%
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Neutropenia Febril

LBA

Positividade baixa em Rx e TAC de Tx normais


Inferior a Biopsia a céu aberto

Ellis et al Scand J Inf Dis 1995


Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Neutropenia Febril

TAC alta resolução com Rx de Tórax Normal


Todos os pacientes devem fazer
50% de melhora no rendimento
Ganho de 5 dias na identificação da lesão

Heussel,CP et al
J Clin Oncol 1999
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Neutropenia Febril
Infecção bacteriana - Hemocultura
Tratamento empírico - Cefepime

E s tad o ge ral p res e rv a do S e m re sp o sta em 5 d ias


S e m s e ps is se v e ra P io ra c línic a a p ó s 7 2h
M e lh o ra c lín ica

M ANTE R C A R B A P E N Ê M IC O
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Neutropenia Febril
Considerar VANCOMICINA
Condições do cateter
Crescimento de cocos gram positivos (MRSA?)

Considerar ANFOTERICINA B
Tempo de neutropenia
Corticosteróide
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

19 anos, fem, submetida a TCTH aparentado


compatível, está no dia + 22 do Transplante.
Inicia febre, calafrios e mucosite grau III. Alem
da febre, tem taquicardia e taquipnéia, com
Pressão arterial normal e sat O2 93% Ausência
de ruidos adventícios à ausculta pulmonar.
Hiperemia na inserção do cateter. Hb:10g/dl 500
leucócitos com 10 granulócitos contados.Devido
à mucosite não fez LBA. Colhido Hemocultura
Realizou TAC de Tórax
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pulmonary infections after bone marrow


transplantation: High resolution CT findings in 111
patients
Escuissato et al Br J Radiol 2004

Nódulos com 1 cm ou > 62%Fungos


13% Bacteria
Características específicas da TC AR para
Estafilococo
Uso precoce da Vancomicina
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

19 anos, fem, submetida a TCTH aparentado


compatível, está no dia + 22 do Transplante.
Inicia febre, calafrios e mucosite grau III. Alem
da febre, tem taquicardia e taquipnéia, com
Pressão arterial normal e sat O2 93% Ausência
de ruidos adventícios à ausculta pulmonar.
Hiperemia na inserção do cateter. Hb:10g/dl 500
leucócitos com 10 granulócitos contados.Devido
à mucosite não fez LBA. Colhido Hemocultura
Realizou TAC de Tórax
HEMOCULTURA RESULTOU POSITIVA
Staphylococcus aureus
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

29 anos, masc, encontra-se no 63º dia pos


TCTH alogênico,vem à consulta por tosse seca,
dispnéia e febre. Normotenso, taquipneico,
taquicardico,T:38,7ºC. Crepitantes em bases
bilateralmente. Hb 10g/dl 2.100 leucócitos,
plaquetas 33.000. Sat O2:88% em ar ambiente.
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Exame de imagem

Infiltrado intersticial - Rx

Lesão intersticial
Vidro fosco - TAC
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

INVESTIGAÇÃO DE LESÃO INTERSTICIAL EM


PACIENTE IMUNODEPRIMIDO
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

INVESTIGAÇÃO DE LESÃO INTERSTICIAL EM PACIENTE


IMUNODEPRIMIDO

Antigenemia
LBA
PCR (tempo real)
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Virais
Antigenemia

A partir de 3 céls/50.000
leucócitos
Positiva 10 dias antes
das culturas
Valor: tratamento precoce
em pacientes de alto
risco
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Virais
Lavado Broncoalveolar

Citologia
Imunofluorescência
Cultura viral de rotina
Cultura em shell vial
PCR
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Virais
LBA no Diagnóstico de CMV - Infecção
Citologia Imunofluorescênci Cultura Shell vial
a convencional
Sensibilidade 29% 59% 91% 96%
(6/21) (13/22) (21/23) (22/23)

Especificidade 100% 100% 100% 100%


Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

PCR real time em CMV


Early detection of plasma Cytomegalovirus DNA
realtime PCR after allogeneic hematopoietic stem
cell transplantation Onisshi et al Tohoku J Exp Med oct-2006

64 pctes 357 amostras


PCR(rt) X Antigenemia (p<0,0001)

PCR precedeu a POS da antigenemia em 14 dias


Dos 64 pacientes 10 desenvolveram doença
Antigenemia positivou precocemente em 4/10
PCR positivou precocemente em 8/10
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias por CMV

545 pacientes
Maior incidência (média): dia +60
Maior risco: DECH
ICT
idade
pcte soropositivo
doador soropositivo
Meyers JID 1986
Hiemez Hem Onc Clin NA 1993
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias por CMV


Imagem
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonia por CMV


Clínica – 36 casos
Hipoxemia 100%
Dispnéia 68%
Febre 63%
Crepitantes 58%
Tosse 37%
Início do quadro(média): dia + 110
Média (exceto 5 casos tardios >150): dia +55

STMO-HC/UFPR
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias por CMV


Tratamento
Ganciclovir (DHPG)

Gamaglobulina Hiperimune
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÕES


INTERSTICIAIS DE ORIGEM INFECCIOSA
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonia por Vírus Sincicial Respiratório

Vírus Total Trato Superior Trato Inferior


VSR 47 24(51%) 23(49%)

Parainfluenza 72 56(78%) 16(27%)

Influenza 21 19(90%) 2(10%)

Rinovírus 29 28(97%) 1(3%)

Bowden, RA. Am J Med (102) 1996


Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonia por Vírus Sincicial Respiratório


em TMO
A mais freqüente das infecções virais
respiratórias adquiridas na comunidade
Cerca da metade dos paciente infectados
desenvolvem pneumonia
Mortalidade pode atingir 80% nos casos com
pneumonia
Ribavirina administrada precocemente parece
ser efetiva
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonia por Vírus Sincicial


Respiratório Pós TMO
Revisão de dados de 1000 pacientes
submetidos à TMO
Identificados 32 casos de infecção por VSR,
sendo 14 de pneumonia (43,75%)
Ribavirina aerossol administrado através de
aparelho próprio 18h/dia, 7 a 10 dias
STMO HC Curitiba PR
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonia por Vírus Sincicial


Respiratório Pós TMO
Critérios de Diagnóstico de Pneumonia por VSR
Pesquisa de antígeno para VSR por
imunofluorescencia indireta positiva
No lavado broncoalveolar ou
Na secreção de nasofaringe
com infiltrado pulmonar ao Rx ou TAC de tórax
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonia por Vírus Sincicial Respiratório


TAC
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonia por Vírus Sincicial


Respiratório Pós TMO
Resultados
6 pacientes não receberam Ribavirina aerossol
4 (66,6%) faleceram
8 pacientes receberam Ribavirina aerossol
2 (25%) faleceram
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL DE LESÕES


INTERSTICIAIS DE ORIGEM INFECCIOSA
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumocistose
Raio X

Infiltrado intersticial ou
alveolar
Infiltrados assimétricos
Cistos
Pneumotórax
Derrame pleural
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumocistose
Raio X
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumocistose
TAC
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumocistose
Diferença (A-a)O2 Diagnóstico

M = 41mmHg (Kovacs)

LDH em 90%
(< especificidade)
Escarro induzido:
S= 55-95%
Qdo (-) LBA contribui com 50%
do dx
LBA 79-98%
LBA + Biópsia 94-100%
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumocistose
P. Carinii x P. jirovecii

Carini, A Formas de schizogonia do T. lewisi


Com Soc Med São Paulo 16:204, 1910

Stringer, JR A new name (Pneumocystis


jirovecii) for
Pneumocystis from humans
Em Inf Dis 2002
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

48 anos fem, portadora de LMA, iniciou QT há 3


semanas. Há 2 dias com febre, tosse com
secreção mucosa, dor torácica em Htx esquerdo
e dor em seios da face. Mucosite grau II.
Diminuição do MV em 1/3 médio Htx esq. Em
uso de cefepime e corticosteróides.
Leucócitos:100. Rx de seios da face:
Pansinusite. Rx e TAC de Tórax .
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonia Focal
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

RACIOCÍNIO CLÍNICO

EXISTEM FATORES DE RISCO PARA Dç. INFECCIOSA?


O QUE NOS INDICA O PADRÃO FOCAL DA LESÃO?
PENSANDO NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇA FÚNGICA
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Fúngicas
Fatores Predisponentes

Lesões de mucosa
Corticosteróides
Neutropenia
Cateteres
Antibióticos de amplo espectro
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

RACIOCÍNIO CLÍNICO

EXISTEM FATORES DE RISCO PARA Dç. INFECCIOSA?


O QUE NOS INDICA O PADRÃO FOCAL DA LESÃO?
PENSANDO NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇA FÚNGICA
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Fúngicas
Imagem

O Rx é inespecífico
Tendência para lesão
focal e não difusa
O sinal do HALO é
forte indicativo
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

RACIOCÍNIO CLÍNICO

EXISTEM FATORES DE RISCO PARA Dç. INFECCIOSA?


O QUE NOS INDICA O PADRÃO FOCAL DA LESÃO?
PENSANDO NO DIAGNÓSTICO DE DOENÇA FÚNGICA
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Fúngicas
Diagnóstico

Padrão ouro: identificação histológica ou cultura


Sinal do Halo
Sinal de crescente aérea
PCR
Galactomannan (ELISA)
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Fúngicas
Diagnóstico

PCR x Galactomannan (Gm)


109 pctes com Aspergilose invasiva
PCR= 49 (45%) x Gm= 57 (52%)
Costa C. J Clin Microbiol 20002
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

48 anos fem, portadora de LMA, iniciou QT há 3


semanas. Há 2 dias com febre, tosse com
secreção mucosa, dor torácica em Htx esquerdo
e dor em seios da face. Mucosite grau II.
Diminuição do MV em 1/3 médio Htx esq. Em
uso de cefepime e corticosteróides.
Leucócitos:100. Rx de seios da face:
Pansinusite. Rx e TAC de Tórax .
Aspiração cirúrgica de seio da face
Cultura: Aspergillus sp
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

TRATAMENTO DA ASPERGILOSE INVASIVA

O QUE HÁ DE NOVO?
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Fúngicas
Novas opções terapêuticas
Acetato de Caspofungina
Inibe a síntese da -1,3-D-glucana lesando a parede
Atividade in vitro contra cepas resistentes a anfo B
CANDONI 32 TMO – Aspergillus
Resposta 56% 12/18 completa
6/18 parcial
38% sem resposta – 7 mortes
6% estáveis

Candoni et al Eur J Haem 2005;75:227


Pfaller MA. Diag Micro Inf Dis 1998
Koss. J Am Ac Derm 2002
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Fúngicas
Voriconazole x Anfo B no ttº de Aspergilose invasiva 12 sem
RESPOSTA VORICONAZOLE 144 pctes ANFO B 133 pctes
Sucesso 76 (52,8%) 42 (31,6%)

Resp. completa 30 (20,8 %) 22 (16,5 %)

Resp. parcial 46 (31,9 %) 20 (15%)

Inssucesso 68 (47,2 %) 91 (68,4%)

Dç. Estável 8 (5,6 %) 8 (6%)

Falha 55 (38,2 %) 78 (58,6%)

Indeterminado 5 (3,5 %) 5 (3,8%)

Herbrecht R NEJM 2002


Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Fúngicas
Voriconazole x Anfo B no ttº de Aspergilose invasiva 12 sem

EFEITOS VORICONAZOLE ANFO B 


COLATERAIS 144 pctes 133 pctes
Comprometimento 2 19 <0,001
Renal
Hipocalemia 0 6 <0,01

Alterações Hepáticas 7 4 <0,54

Eventos Digestivos 4 1 <0,37

Eventos Sistêmicos 1 7 <0,03

Herbrecht R NEJM 2002


Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Pneumonias Fúngicas
Voriconazole x Anfo B no ttº de Aspergilose invasiva 12 sem
Infecção Pulmonar no Paciente Imunocomprometido

Curitiba os aguarda em 2010

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