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LABORAL E NORMAS
DE QUALIDADE
Índice
■ Associações coletivas de trabalho
– Noções
– Associações sindicais e patronais
– Conselho permanente de concertação social
■ Segurança social
– Direitos e deveres do trabalhador
– Direitos e deveres da entidade patronal
■ Legislação fiscal
– Noções de direito fiscal
– Regulamento
Associações coletivas de trabalho
Noções
As associações coletivas de trabalho são um dos instrumentos de regulamentação coletiva de
trabalho, previstos no Código de Trabalho.
Resulta de um processo negocial estabelecido entre os empregadores, ou associações que os
representam, e as associações que representam os trabalhadores.
Têm como objetivo essencial proteger os direitos e deveres dos trabalhadores, em termos
coletivos.
É obrigatório que a lei laboral seja respeitada no que diz respeito a qualquer convenção de
trabalho negociada entre as partes.
No entanto, para além das regras estabelecidas no Código de Trabalho, podem ser
estabelecidas regras próprias de acordo com a especificidade da atividade em questão.
As associações de empregadores regem-se por um princípio de auto-organização, que se
baseia nos respetivos estatutos, embora a lei possa impor limites neste âmbito.
Associações coletivas de trabalho
Associações sindicais e patronais
As associações sindicais, são conjuntos de trabalhadores, sindicatos, federações, uniões ou confederações,
que representam uma classe específica de trabalhadores. Existem com o objetivo de defender os direitos
profissionais, materiais, morais e sociais, coletivos e individuais dos seus associados.
Como?
Um meio para viabilizar a negociação coletiva.
Celebrar acordos coletivos de trabalho.
Prestar serviços de caráter económico e social aos seus associados.
Participar na elaboração da legislação do trabalho.
Participar nos procedimentos relativos aos trabalhadores, no âmbito de processos de reorganização de
órgãos ou serviços.
Declarar greve e organizar piquetes de modo a persuadir os trabalhadores a aderirem à mesma.
Representar os trabalhadores que decidam recorrer à greve.
Algumas empresas, que são consideradas como associações sindicais:
APROFER – Associação sindical dos Profissionais do comando e controlo ferroviário;
ASPL – Associação Sindical de Professores Licenciados; ASPP/PSP – Associação ao Sindical dos
Profissionais da Polícia;
FENPROF – Federação Nacional dos Professores, entre outras.
Associações coletivas de trabalho
Associações sindicais e patronais
As associações patronais são as entidades que agrupam e representam os empregadores (pessoas singulares ou
coletivas), tendo por escopo a defesa e promoção dos seus interesses coletivos de cariz laboral.
A aquisição de personalidade jurídica por uma associação de empregadores ocorre com o registo dos estatutos
no Ministério do Trabalho, que são objeto de posterior publicação no BTE (Boletim do Trabalho e do
Emprego).
Regem-se por um princípio de auto-organização (artigo 445.º do Código do Trabalho), que se baseia nos
respetivos estatutos.
As associações de empregadores funcionam como sindicatos e promovem os interesses económicos e sociais
das suas organizações membros:
celebração de convenções coletivas de trabalho (artigos 440.º, n.º 2 e 443.º do Código do Trabalho).
Defender os interesses dos seus associados.
colaborar para com as empresas associadas em assuntos de interesse mútuo, como durante
negociações com sindicatos de empregados (ou sindicatos laborais) e órgãos governamentais.
De acordo com INE – Instituto nacional de estatística, Portugal tem ativas 347 organizações patronais.
Algumas empresas, que são consideradas como as associações patronais,
AECOPS – Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços;
ANPME – Associação Nacional das Pequenas e Médias Empresas;
ANTP - Associação Nacional das Transportadoras Portuguesas, entre outras.
Associações coletivas de trabalho
Associações sindicais e patronais
No âmbito laboral, a lei admite a constituição de estruturas de representação coletiva de
trabalhadores e de empregadores para a defesa e promoção dos seus direitos e
interesses.
Cabe à DGERT a prática dos atos atribuídos por lei ao ministério responsável pela área
laboral relativos às referidas organizações, designadamente:
Registo e publicação no Boletim do Trabalho e Emprego (BTE) dos estatutos e
respetivas alterações, das associações sindicais, associações de empregadores,
comissões de trabalhadores e comissões coordenadoras;
Publicação no BTE da identidade dos membros de direção das associações
sindicais e das associações de empregadores;
Registo e publicação no BTE da eleição dos membros da comissão de
trabalhadores e das subcomissões de trabalhadores;
Apreciação da legalidade da constituição e dos estatutos e respetivas alterações,
concernentes às associações sindicais, associações de empregadores, comissões
de trabalhadores e comissões coordenadoras, nos termos expressamente previstos
na lei;
Associações coletivas de trabalho
Associações sindicais e patronais
Apreciação da legalidade da deliberação da extinção voluntária das associações
sindicais, associações de empregadores, comissões de trabalhadores e comissões
coordenadoras;
Cancelamento do registo dos estatutos e publicação no BTE do respetivo aviso de
cancelamento ou da sua revogação (extinção voluntária ou judicial), das
associações sindicais, associações de empregadores, comissões de trabalhadores e
comissões coordenadoras;
Publicação no BTE da declaração judicial de nulidade de normas dos estatutos
das associações sindicais, associações de empregadores, comissões de
trabalhadores e comissões coordenadoras;
Publicação no BTE da convocatória para a eleição dos representantes dos
trabalhadores para a segurança e saúde no trabalho;
Registo e publicação no BTE da eleição dos representantes dos trabalhadores
para a segurança e saúde no trabalho.
Associações coletivas de trabalho
Conselho permanente de concertação social
O direito ao trabalho e os direitos do trabalhador estão inscritos nos artigos 58º e 59º da Constituição da
República Portuguesa. Nestes dois artigos estão os direitos que são a base de qualquer relação laboral.
Um salário que constitua uma retribuição justa e adequada ao trabalho efetuado;
Normas de higiene e segurança no trabalho que permitam condições adequadas para os
trabalhadores desenvolverem a sua atividade e que permitam reduzir o risco de doenças
profissionais.
Assistência em situações de desemprego, acidentes de trabalho ou doença profissional;
A definição de um limite de duração do trabalho.
Além destes princípios, há direitos que reforçam o equilíbrio entre vida profissional e vida familiar e
que estão explícitos no Código do Trabalho.
Licença por gravidez de risco: assumida por um médico e por haver risco para a saúde da criança ou
da mãe;
licença de parentalidade: entre 120 e 180 dias após o nascimento, dependendo se é partilhada entre
pai e mãe;
Proteção social nas situações de Doença, Desemprego, Doenças profissionais , Invalidez, Velhice,
Morte.
Segurança social
Direitos e deveres do trabalhador