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A Confederação do Equador

O Nordeste independente
- Primeiro Reinado: crise econômica, social e
política
- Choques entre as classes dominantes do
Sudeste e o imperador pelo controle do
país
- Dissolução da Assembleia Constituinte
- Outorga da Constituição de 1824 (de
caráter centralizador)
- Eclosão de uma revolta no Nordeste (liberal,
nacionalista e separatista): criação de uma
República confederada independente no Norte do
Brasil (a Confederação do Equador)
- Revolta iniciada em
Pernambuco e propagada para
o Ceará, Paraíba, Rio Grande
do Norte e Alagoas, contando
com o apoio popular
- Brutal punição aos
revoltosos com a morte dos
principais líderes
A adesão do Ceará
- Certa vinculação e influência político-econômica
a Pernambuco
- Descontentamento geral ante a grave crise
econômica e a submissão do Nordeste aos
interesses do Sudeste
- Interesses do grupo “patriota” local em
conservar o domínio da província frente a vitória
dos “corcundas” com a centralização imposta por
Pedro I
- Temor de uma recolonização
Ceará em 1824
- Antecedentes: agitação política e duras disputas entre
os “patriotas” e os “corcundas” (ameaças, agressões e
prisões arbitrárias)
- Dissolução da Assembleia Constituinte põe em risco o
domínio “patriota”
Janeiro
- Retorno das tropas cearenses que lutaram contra os
portugueses no Piauí e Maranhão, permanecendo
mobilizadas
- Câmara de Quixeramobim, sob a influência do Padre
Inácio de Loiola Albuquerque e Melo (Padre Mororó)
declara Dom Pedro excluído do trono e proclama a
República
- Crato, Aracati, Icó e outras vilas se recusam a
jurar a constituição outorgada
Fevereiro
- Chegada em Fortaleza de Pereira Filgueiras e
Tristão Gonçalves para dar apoio ao governo
provisório chefiado pelo Padre Pinheiro Landim
- Chegada em Fortaleza do deputado José
Martiniano, com passagem por Recife, onde
assistiu a eleição de Paes de Andrade para a
presidência do governo revolucionário de
Pernambuco (veio como emissário)
Março: manifesto do governo cearense contra o
autoritarismo de D. Pedro I
Abril
- Circula o primeiro jornal cearense (“Diário do Governo
do Ceará), sob a direção do Pe. Mororó, porta-voz da
revolução na província
- Chegada de Pedro José Costa Barros, governador
nomeado por D. Pedro (ápice da tensão política)
- Organização de uma resistência liderada por Pereira
Filgueiras a partir da vila de Arronches (atual Parangaba)
-Acordo de conciliação proposto por Costa Barros,
quando Pereira Filgueiras é convidado a reassumir o
comando de armas das província)
A República no Ceará
- Com a eclosão da Confederação do
Equador o acordo é rompido
- Os liberais vão para Aquiraz e fazem novos
preparativos militares
- Ocupação de Fortaleza pelos rebeldes
- Renúncia de Costa Barros
- Eleição de Tristão para a presidência
temporária
- Substituição de sobrenomes portugueses
por nomes nativos e do vinho pela cachaça
- O governo revolucionário cearense não propõe
nenhum plano de ação administrativa, apenas
uma preocupação com a educação e melhor
tratamento com os nativos
- Demissão de portugueses de cargos civis e
militares
- Organização de uma força armada (recrutamento
de moradores, índios e indivíduos ociosos)
- Aquisição de armas e munições aos EUA e
Inglaterra (canhões, granadeiras e espadas)
- Armamentos e estrategistas vindos de
Pernambuco
- Envio de emissários ao Rio Grande do Norte,
Paraíba, Piauí e Maranhão
- Proclamações de adesão às câmaras das vilas à
Confederação do Equador (criada oficialmente no
dia 2 de julho de 1824)
- Reunião do Grande Conselho com a presença de
455 pessoas: oficialização da adesão cearense e
eleição de Tristão Araripe como presidente e Pe.
Mororó como secretário (26/08/1824)
- Reunião do colégio eleitoral para escolha dos
delegados à Assembleia Constituinte a se realizar
em Recife (28/08)
- Expedição comandada por Pereira Filgueiras
com objetivo de libertar o emissário Luís
Chaves (preso na PB) e escoltar os deputados
eleitos para a Constituinte
O Império contra-ataca
- Ataques por terra e mar a Recife (que
capitula em 12 de setembro)
- Formação de milícias por grandes
proprietários de terras antirrepublicanos
- Estratégia de combater as províncias
separadamente
- Rebeldes pernambucanos, liderados por Frei
Caneca (Joaquim do Amor Divino Rabelo) fogem
para o interior visando unir forças com os
rebeldes cearenses e paraibanos, mas se rendem
após renhidos combates em Icó e São João do Rio
do Peixe. O Ceará continua resistindo.
- Em retaliação ao assassinato do tio de Tristão,
Leonel Alencar, Filgueiras ataca Jardim
- Filgueiras enfrenta insubordinações e deserções
de seus comandados, que roubam fazendas e
assassinam desafetos (atraindo a vingança dos
latifundiários)
- Com o enfraquecimento da revolta no Ceará, ocorre a
desforra dos “corcundas” (destaque para Pinto Madeira)
- Organização da “Comissão Matura” (Icó), um
simulacro de tribunal que julga e condena à morte
diversos republicanos
A derrota
- Tristão deixa Fortaleza para combater os monarquista
em Aracati
- Fortaleza capitula após ataque comandado pelo
mercenário escocês Lord Cochrane
- Tristão, cercado por tropas inimigas, acaba morto nas
imediações do povoado de Santa Rosa (Antiga
Jaguaribara, hoje inundada pelo açude Castanhão)
- No Cariri, Filgueiras dissolve o exército
republicano e junto a Martiniano empreendem
fuga por Pernambuco
- Filgueiras é preso e conduzido para o Rio de
Janeiro, mas, debilitado, falece em Minas Gerais]
- Martiniano também é preso e levado para o Rio
de Janeiro´, onde escreve uma súplica ao
Imperador. Posteriormente é libertado (1825)
- Em abril de 1824 é instalada a comissão militar
em Fortaleza, que julga e condena à morte os
principais líderes da revolução no CE, dentre eles o
padre Mororó.

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