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CONT. MET.

E PRÁTICA DE ENSINO DE LÍNGUA PORTUGUESA


AULA 16: COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS NA UTILIZAÇÃO DA
LÍNGUA PORTUGUESA
Cont. Met. E Prática de Ensino de Língua Portuguesa
Conteúdo desta aula
De nada adiantaria um longo percurso do ensino de Língua Portuguesa se, ao final da jornada, os alunos não
estivessem aptos a serem produtores de textos competentes. Além das normas gramaticais e dos demais recursos
linguísticos dos quais eles se apropriaram como leitores, é preciso que seu texto possua coesão e coerência para se
legitimar diante do receptor. Essa abordagem finaliza o nosso estudo da disciplina, embora seja o desejo de todo
professor de Língua Portuguesa que seus alunos continuem a se dedicar à língua materna, desenvolvendo ad
infinitum a sua proficiência como produtores de textos orais e escritos.

COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS REFLEXÕES FINAIS SOBRE O ENSINO


COERÊNCIA TEXTUAL
NA UTILIZAÇÃO DA LP DE LÍNGUA PORTUGUESA

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COESÃO TEXTUAL A PRÁTICA DO TEXTO

AULA 16: COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS NA UTILIZAÇÃO DA LÍNGUA PORTUGUESA


Cont. Met. E Prática de Ensino de Língua Portuguesa
Coesão e Coerência Textuais na utilização da Língua Portuguesa

Um texto, para ser inteligível e alcançar seu princípio básico, que


é a comunicação, precisa obedecer a duas regras fundamentais:
a coesão e a coerência. Sem isso, torna-se caótico e contraditório.
A Língua Portuguesa possui suas normas de organização que
precisam ser observados na produção de um texto.

É assim que se obtém a coesão textual; e os mecanismos de


coesão textual, por sua vez, promovem a coerência textual.
Portanto, coesão e coerência textuais são elementos intrínsecos,
embora possam ser compreendidos separadamente.

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Coesão e Coerência Textuais na utilização da Língua Portuguesa

O estudo de coesão e coerência textuais insere-se na Linguística Textual, uma ciência que estuda a
estrutura e o funcionamento dos textos, e que começou a se desenvolver na Europa, especialmente
na Alemanha, a partir da década de 1960. Considerando-se que o texto não se limita à frase ou ao
enunciado, compreendeu-se a necessidade de desenvolver estudos que dessem conta da
textualidade, ou seja, do encadeamento lógico entre as frases. O texto – considerado como tal desde
uma simples palavra até um romance; seja ele verbal ou não verbal – precisava ser estudado em sua
estrutura completa, e não apenas como uma junção de frases e enunciados analisados isoladamente.
Em virtude disso, a coesão e coerência passaram a ser destacadas nos estudos linguísticos.

oficinaenem.wordpress.com oficinaenem.wordpress.com
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Coesão Textual

Coesão textual é a conexão e harmonia entre os elementos do texto


(palavras, frases e parágrafos). Há inúmeras classificações de
coesão textual. Para incluir o tema nas propostas para o ensino de
Língua Portuguesa, adotaremos as que são selecionadas por Leonor
Lopes Fávero em seu livro Coesão e Coerência Textuais (FÁVERO,
Leonor Lopes. Coesão e coerência textuais. São Paulo: Ática, 2007).
www.bloguedovalentim.com
Coesão por Referência: função pela qual um
signo linguístico se relaciona a um objeto
extralinguístico. Ela pode ser textual ou
endofórica (a referência é feita a um elemento
que está no texto) e situacional ou exofórica (a
referência é feita a um elemento que está fora do
texto). A coesão referencial, portanto, refere-se a gustavoinfol.blogspot.com
um elemento sobre o qual se fala/escreve.

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Coesão Textual

Coesão por Substituição: colocação de um item no lugar de outro(s) ou até de uma


oração inteira. Pode ser nominal (feita por meio de pronomes pessoais, numerais,
indefinidos, nomes genéricos como coisa, gente, pessoa) e verbal (o verbo “fazer” é
substituto dos causativos, “ser” é o substituto existencial).

arteemanhasdalingua.blogspot.com
www.filologia.org.br

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Coesão Textual

Coesão por Elipse: ocorre quando omitimos um item lexical que se apresentou,
anteriormente, no mesmo texto. Esse tipo de coesão evita repetições desnecessárias,
tornando o texto mais ágil e elegante.

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mensagensemimagens.blogspot.com

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Coesão Textual

Coesão por Conjunção: utilizam-se elementos que, não sendo coesivos por si mesmos,
estabelecem uma relação entre as diversas partes do texto. Os principais tipos de elementos
conjuntivos são: advérbios e locuções adverbiais; conjunções coordenativas e subordinativas;
locuções conjuntivas, preposições e locuções prepositivas; itens continuativos como então, daí etc.

www.frasesparaface.com.br www.carlosromero.com.br

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Coesão Textual

Coesão Lexical: é obtida pela reiteração de itens lexicais idênticos ou que possuem o
mesmo referente. Esse é um tipo de coesão textual utilizado para dar ênfase a alguns
elementos da mensagem. A repetição de vocábulos, nesse caso, não se constitui como
erro, pois se trata de um recurso linguístico.

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Coerência Textual

A coerência textual relaciona-se com o sentido do texto, manifestado, quase sempre, na estrutura
macrotextual. No entanto, um texto não é, em si mesmo, coerente ou incoerente. Ele o é em relação
ao contexto em que se apresenta ou na concepção do receptor da mensagem. A coerência textual é
resultado do pensamento lógico e das experiências adquiridas, tanto pelo enunciador quanto pelo
enunciatário. Portanto, ela opera com dois níveis de aquisição de conhecimento: a razão e a
experiência. Assim, distinguem-se dois tipos de conhecimento: conhecimento declarativo e
conhecimento procedimental.

Conhecimento declarativo: dá-se por meio de


conhecimentos do tipo lógico, como
generalização, especificação, causalidade etc.
Deve-se observar, no entanto, que generalizações
e especificações não se constituam como falácias.
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Coerência Textual

Conhecimento procedimental: é o conhecimento que atua sobre a construção do texto para que a
mensagem esteja adequada ao contexto. Esse conhecimento está armazenado na memória
através de modelos globais constituídos culturalmente. Assim, o produtor do texto aciona, muitas
vezes de forma inconsciente, a sua memória através de signos culturais que se lhe apresentam no
momento em que se dá a situação comunicativa.

capaciteredacao.forum-livre.com

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Coesão e Coerência Textuais na utilização da Língua Portuguesa
A prática do texto

Ao longo de nossos estudos, temos apresentado os conceitos


sempre associados a textos. Não se pode pensar o ensino da
língua portuguesa sem que a prática do texto seja constante,
tendo em vista que é o texto, oral ou escrito, o nosso principal
objeto de investigação e análise. Defendemos ainda, seguindo
as diretrizes dos PCNs, que o aluno seja construtor de seu
aprendizado, o que, sem os textos, isso seria impossível.

Recomenda-se, dessa forma, e consoante a aula específica


revistaescola.abril.com.br
sobre Gêneros Textuais, que o professor faça uma seleção
prévia de textos, a fim de que os conceitos estudados em aula
possam ser mais bem desenvolvidos e apreendidos.

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Coesão e Coerência Textuais na utilização da Língua Portuguesa
Reflexões finais sobre o ensino de Língua Portuguesa

A Língua Portuguesa é o nosso principal instrumento de expressão; é nossa aliada na construção da


subjetividade e da cidadania; orienta-nos na formação de nossos valores e ideologias; fundamenta os
projetos que idealizamos. Como vimos, essas máximas não se constituem como recurso de
convencimento para o estudo; elas representam o que é, de fato, a Língua Portuguesa se a tivermos
como nossa principal ferramenta de acesso às experiências, às emoções e às práticas sociais.

O professor e o aluno devem se relacionar no âmbito da escola em atitude colaborativa em favor do


ensino da língua materna. E assim, voltando à expressão de um encadeamento já apresentado
anteriormente, mas buscando sua continuidade, propomos:

AÇÃO REFLEXÃO AÇÃO REFLEXÃO AÇÃO

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