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LICENCIATURA EM FISIOTERAPIA

PSICOLOGIA
DA SAÚDE E DA DOENÇA

PROCESSO DE ADAPTAÇÃO
Mediadores do processo de adaptação
-Representação da doença

- Tarefas adaptativas
-Estratégias de confronto
MODELO DE AUTO-REGULAÇÃO DA SAÚDE
- Leventhal 1984

Fase 3
Representação
Avaliação do
da doença
Fase 1 Coping
Interpretação Fase 2 “a minha
-percepção Coping estratégias de
de sintomas coping foi
Resposta efectiva?”
-mensagem
emocional
social
PROCESSO DE RESOLUÇÃO DA CRISE EM SAÚDE

Características
Mediadores
Pessoais

Características 1 -Avaliação
Cognitiva 2 -Tarefas 3 -Coping
da doença Adaptativas Skills
(Representação
da doença)
Características (Compreensão da
Doença)
do Meio

Resolução
1 - Avaliação Cognitiva
(Representação da doença)
REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA
–Modelo de LEVENTHAL MEYER E NERENZ (1984)

“Processo que pode mudar e torna-se mais ou menos elaborado


no decurso temporal”
A
D Envolve: PLANEAMENTO E ACÇÃO
A
P
T
A Conceptualização da doença Estratégias de confronto
Ç Representação da doença
Â
O
“ que é que o doente pensa “como é que o doente lida
sobre a doença” com a doença/tratamento”
Modelo de Auto Regulação das Representações
Leigas da Doença - (Leventhal 1975;1982)

O indivíduo é um “resolvedor de problemas” e perante


sintomas que o ameaçam vai desenvolver esforços de adaptação

A reposta aos sintomas; a vivência da doença;


a adesão ao tratamento é determinada por crenças
individuais Leventhal, Diefenbach, & Leventhal, 1992

Incluem-se no modelo 5 construtos ( tipos de crenças) que, no


seu conjunto, determinam as reações emocionais e
comportamentais à doença
Representação da doença –
O que é que o doente pensa da doença
Como se pensa sobre a doença/sintomas
MODELO DE REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA E SEU CONFRONTO
- Leventhal Meyre e Nerenz, 1984

CONSEQUÊNCIAS
5 COMPONENTES

RÓTULO Crenças em relação CAUSALIDADE


à doença

DURAÇÃO E CURA
REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA
–Modelo de LEVENTHAL MEYER E NERENZ (1984)

RÓTULO/ Sintomas - Rótulo da “ameaça”


IDENTIDADE /doença “o que sinto, o que tenho?:
qual a severidade do diagnóstico ”
Atribuição Causal “quais as
CAUSAS
causas? porque é que tenho isto?”
Antecipação das Repercussões “que
CONSEQUÊNCIAS impacto tem isto na minha vida?”

O que se espera que seja curso da


DURAÇÃO doença “É agudo ou crónico?”
Probabilidade/possibilidade de
CONTROLO/CURA
Controlo “ a cura é possível? qual a
possibilidade de isto ser controlado?”
Representação da doença –
O que é que o doente pensa da doença
Como se pensa sobre a doença/sintomas
MODELO DE REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA E SEU CONFRONTO
- Leventhal Meyre e Nerenz, 1984

CONSEQUÊNCIAS
5 COMPONENTES

Dores
RÓTULO musculares CAUSALIDADE

Depois de um
dia com DURAÇÃO E CURA
aumento de
exercício físico
Representação da doença –
O que é que o doente pensa da doença
Como se pensa sobre a doença/sintomas
MODELO DE REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA E SEU CONFRONTO
- Leventhal Meyre e Nerenz, 1984

CONSEQUÊNCIAS
5 COMPONENTES Dores de cabeça e
Pertubação
de visão
RÓTULO Dores CAUSALIDADE
musculares

Continuadas
sem causa
aparente DURAÇÃO E CURA
REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA - DIAGNÓSTICO ARTRITE REUMATÓIDE

Sintomas - Rótulo da “ameaça”


RÓTULO/ /doença “É a pior doença que se
IDENTIDADE pode ter. É o fim de uma pessoa”

Atribuição Causal “Não sei. Pode


CAUSAS até ser porque eu me desleixei. Vivi
muito nervosa e agora é isto?”
Antecipação das Repercussões “ A
CONSEQUÊNCIAS
minha vida acabou. A minha e da
minha família”
O que se espera que seja curso da
DURAÇÃO
doença “ Eles dizem que sim mas
CONTROLO/CURA acho que não controlam nada. Isto
não tem cura e é sempre a piorar”
REPRESENTAÇÃO DA DOENÇA - DIAGNÓSTICO ARTRITE REUMATÓIDE

Sintomas - Rótulo da “ameaça”


RÓTULO/
/doença “É uma doença grave, mas eu
IDENTIDADE
vou conseguir ser funcional muito
tempo”
Atribuição Causal “Não há uma
CAUSAS causa específica. São muitas as
possibilidades?”
Antecipação das Repercussões” Tem
CONSEQUÊNCIAS consequências sim, negativas mas
também algo de menos negativo. Eu
vou enfrentar”
DURAÇÃO
O que se espera que seja curso da
doença “Não há cura mas
CONTROLO/CURA podemos ir controlando a
progressão da doença. Isso sim”
2 -Tarefas Adaptativas

Relacionadas Relacionadas
com 7 categorias com aspectos
a Doença mais gerais
(3 categorias) (4 categorias)
2 - Tarefas Adaptativas

Lidar com a dor a incapacidade e os sintomas

Relacionadas
Lidar com a hospitalização
com
e os procedimentos de tratamento
a Doença (3)

Desenvolvimento e manutenção da relação adequada


com o pessoal médico
Tarefas Adaptativas

Preservar um razoável equilíbrio emocional

Preservar uma
boa relação com Gerais Preparar para
a família e amigos; (4) um futuro incerto
rotina de vida

Preservar uma auto-imagem satisfatória e


sentido de controlo e competência
3 . COPING SKILLS

COPING - DEFINIÇÃO

Esforços dinâmicos, cognitivos e comportamentais, que têm por


objetivo lidar com as exigências externas e internas, avaliadas
pelo indivíduo como excedendo os seus recursos”
(Lazarus e Folkman 1984 pp.141).
3 . COPING SKILLS

COPING - DEFINIÇÃO

Esforços volitivos e conscientes para regular emoções,


cognições, comportamento, fisiologia e ambiente em
resposta a circunstâncias ou acontecimentos stressantes
(Compas et al., 2001; Skinner & Zimmer-Gembreck 2007)

Regulação dos processos fisiológicos e


psicológicos (emoção, comportamento e cognição)
e de interacção social
3 . COPING SKILLS

COPING – EXISTEM ESTRATÉGIAS MAIS O MENOS EFETIVAS?

A efetividade da resposta de coping (i.e o grau de adaptabilidade


e ajustamento associada à utilização estratégias coping )
depende das exigências do stressor e dos objetivos da estratégias
de coping (e.g nos casos em que a situação não tem resolução (doença
sem cura; doença crónica) O COPING DE EVITAMENTO pode ser adequado-
3 . COPING SKILLS

COPING O Modelo Transacional do Stress


(Folkman & Lazarus, 1980; Lazarus & Folkman 1984)

DOIS TIPOS DE COPING


 Coping centrado na emoção: esforços para reduzir ou regular
a resposta emocional associada ao stress, ou que resulta da
situação stressant

 Coping centrado no problema: esforços ativos diretos e


construtivos para gerir ou modificar a situação indutora de stress.
DOIS TIPOS DE COPING

 Coping centrado na emoção:


 estratégias de afastamento do individuo das situações
ou dos pensamentos indutores de stress:
- o evitamento (i.e., afastamento/fuga, ou a distração)

EXEMPLO

Quando me vem à cabeça que isto da artrite vai ser para


oda a vida eu tento distrair-me com qualquer coisa”;

Eu evito pensar nisso”


DOIS TIPOS DE COPING

 Coping centrado na emoção:



 estratégias de avaliação mais positiva da situação, que
permitem regular as emoções mais intensas
- comparação positiva (i.e., a avaliação, por comparação)
- a minimização (i.e., a relativização);
- a reavaliação positiva (RP), centrada na forma como o
indivíduo avalia a situação (i.e., a procura de aspetos/
significados positivos) e não na sua modificação

“ Eu penso que já estive bem pior” (Comparação positiva)


“ Eu penso que apesar da minha esclarose múltipla e consigo
consigo alcançar alguns dos meus objectivos “( Minimização)
“ Isto de ter ficado doente fez-me ver muita coisa” (RP)
DOIS TIPOS DE COPING

Coping centrado no problema:


estratégias cognitivas e motivacionais ativas a procura
de informação e a aquisição de competências
a resolução planeada do problema (i.e., a estruturação de
ações dirigidas à gestão/resolução da situação através da
análise analítica do problema);
a procura de recursos (e.g., a procura de especialistas que
ajudem na gestão e/ou na resolução do problema);
as estratégias de reavaliação cognitiva centrada
na gestão do problema (e.g., a alteração de expectativas; ou
a motivação).
COPING

 Estratégias de evitamento e distanciamento está


associada a pior ajustamento
 Estratégias de evitamento mais usadas em situações de
elevado stress e têm melhores resultados quando a
situação não tem resolução concreta, quando o
evitamento é temporário, ou quando não impede a
utilização de outras estratégias mais ativas
COPING

 A minimização, a comparação positiva e a reavaliação


positiva permitem a gestão mais adequada dos recursos
pessoais e familiares

 Aceitação resignada (i.e., aceitar que a doença do filho


implica alterações de vida e alguma perturbação
emocional) associada a forma menos perturbada de
resolver tarefas como a normalização do funcionamento
familiar
COPING

 Envolvimento ativo nos cuidados e a resolução planeada


do problema têm sido identificadas como estando,
associadas a melhores resultados na adaptação

 A utilização de estratégias de evitamento de


culpabilização dos outros, pensamento mágico,
resignação, e regulação emocional negativa associada a

ansiedade e depressão (adolescentes)


TAREFAS DOS TÉCNICOS DE SAÚDE: gestão da doença

Competência na identificação do

diagnóstico e do tratamento
Controlo dos
sintomas Competência :
-Dor Funcionalidade física

Competência Relacional:
- Relacionamento positivo
TAREFAS DOS TÉCNICOS DE SAÚDE: gestão da doença

Apoio emocional
-expressão emocional
-gestão emocional

Informação
-controlo Apoio na facilitação
-competência de alternativas
-recursos - Reacções

Identidade
-manutenção ou adaptação
-papéis e estatutos
REQUESITOS PARA TÉCNICOS DE SAÚDE

Compreensão das suas próprias reacções à doença

Compreensão das fases de reacção e adaptação dos doentes


à doença e ao tratamento

Compreensão das tarefas adaptativas adequadas a cada


Situação e a cada doente

Skills comunicacionais – apoio e na informação

Estratégias para lidar com as suas próprias emoções

Conhecimentos ; doença, tratamento, recursos

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