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Professora Patrícia Franco

Gênero textual Tipologia textual

Os tipos textuais são


É identificado com base no
caracterizados por propriedades
objetivo, na função
linguísticas, como vocabulário,
sociocomunicativa e no contexto do
relações lógicas, tempos verbais,
texto, considerando-se, além da
construções frasais.
estrutura linguística, os aspectos
extralinguísticos.
Narração
Descrição
São as características do texto que
Injunção/preescrição
determinam a qual gênero ele
Exposição
pertence.
Argumentação
Fazendo pipa em casa
Você vai precisar:
2 varetas de bambu ou de palha de coqueiro;
• Fita adesiva colorida;
• Tesoura sem ponta;
• Papel de seda;
• Papel crepom ou seda (para a rabiola);
• Linha nº10.

Como Fazer:
• Recorte o papel de seda em forma de quadrado, com aproximadamente 30cm;
• Cole um dos palitos na diagonal;
• Faça um arco com o outro palito e cole -o cruzando por cima do palito que já está colado;
• Faça dois furinhos no lugar onde as duas varetas se cruzam (um furo de cada lado);
• Passe a linha pelos buracos e, sem cortá-la, dê um nó. Amarre a linha para puxar a pipa a partir do nó;
• Por último, faça uma rabiola bem colorida, com o papel crepom (é só cortar umas tiras de papel crepom
colorido) ou papel seda (corte uns pedaços do papel e cole num fio de linha) e depois é só amarrar na pipa
(na parte de baixo da vareta reta). Sua pipa está pronta para você brincar!
Texto Injuntivo

→ Instrui ou induz o leitor a proceder de determinada


forma;
→ Utiliza uma linguagem simples e objetiva;
→ Permite a liberdade de ação do leitor;
→ Emprega verbos no infinitivo, imperativo ou presente
do indicativo, sempre indeterminando o sujeito.
TÍTULO II
DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO I
DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros
e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à
segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição;
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material,
moral ou à imagem;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos
religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
Texto Prescritivo

→ Instrui o leitor sobre um determinado procedimento;


→ Exige que o leitor siga suas determinações;
→ Não permite a liberdade de ação do leitor;
→ Emprega verbos no infinitivo, imperativo ou presente
do indicativo, sempre indeterminando o sujeito.
...“Não queria arrancar-lhe as ilusões. Também
ele, em criança, e ainda depois, foi supersticioso,
teve um arsenal inteiro de crendices, que a mãe
lhe incutiu e que aos vinte anos desapareceram.
No dia em que deixou cair toda essa vegetação
parasita, e ficou só o tronco da religião, ele, como
tivesse recebido da mãe ambos os ensinos,
envolveu-os na mesma dúvida, e logo depois em
uma só negação total. Camilo não acreditava em
nada. Por quê? Não poderia dizê-lo, não possuía
um só argumento; limitava-se a negar tudo. E
digo mal, porque negar é ainda afirmar, e ele não
formulava incredulidade; diante do mistério,
contentou-se em levantar os ombros, e foi
andando”.
.... [12º parágrafo]
Texto Narrativo

→ revela a sequência de acontecimentos de uma história;


→ os fatos e as ações são relatados por um narrador (foco
narrativo) que participa ou não da trama;
→ presença de personagens;
→ marcação de tempo - tempo cronológico/tempo psicológico;
→ indicação do espaço – local.
A Polícia Militar encontrou, na manhã
de sexta-feira (18/05), o corpo da
vítima. Ela era magra, com meia altura,
olhos castanhos e cabelos longos e
loiros.
“Ficara sentada à mesa a ler o Diário de
Notícias, no seu roupão de manhã de
fazenda preta, bordado a sutache, com
largos botões de madrepérola; o cabelo
louro um pouco desmanchado, com um tom
seco do calor do travesseiro, enrolava-se,
torcido no alto da cabeça pequenina, de
perfil bonito; a sua pele tinha a brancura
tenra e láctea das louras; com o cotovelo
encostado à mesa acariciava a orelha, e, no
movimento lento e suave dos seus dedos,
dois anéis de rubis miudinhos davam
cintilações escarlates.”
(O Primo Basílio, Eça de Queiroz)
Texto descritivo

→ predominância de adjetivos, substantivos e locuções,


→ uso de verbos de ligação;
→ detalhamento psicológico ou físico;
→ emprego das orações coordenadas justapostas;
→ prevalência do tempo verbal passado.

*Com base na leitura, o leitor deve ser capaz, de visualizar o


objeto descrito.
“Este artigo tem como objetivo discutir a estrutura e o funcionamento da Educação
Básica no Brasil, assim como ressaltar a necessidade de um ensino básico de
qualidade para o desenvolvimento da sociedade. Levando em consideração as
mudanças contínuas do mundo globalizado, esse estudo também se propõe a situar o
papel das mídias e tecnologias de informação e comunicação, como uma das
ferramentas capazes de potencializar a aprendizagem em sala de aula.”
( SANTOS, Esther. A Educação Básica no Brasil : desafios e possibilidades do mundo globalizado.)
Significado de Nostalgia (s.f).
Tristeza causada pela saudade de sua terra ou de sua
pátria; melancolia. Saudade do passado, de um lugar etc.
Disfunções comportamentais causadas pela separação
ou isolamento (físico) do país natal, pela ausência da
família e pela vontade exacerbada de regressar à pátria.
Saudade de alguma coisa, de uma circunstância já
passada ou de uma condição que (uma pessoa) deixou
de possuir.
Condição melancólica causada pelo anseio de ter os
sonhos realizados.
Condição daquele que é triste sem motivos explícitos.
(Etm. do francês: nostalgie)
Texto expositivo

→objetivo transmitir uma mensagem da forma mais clara


possível. Ele é descritivo, preciso, esclarecedor e
compreensível.
No célebre texto “As Cidadanias Mutiladas”, o geógrafo brasileiro Milton Santos afirma que a
democracia só é efetiva à medida que atinge a totalidade do corpo social, isto é, quando os direitos
são desfrutados por todos os cidadãos. Todavia, no contexto hodierno, a invisibilidade intrínseca à
falta de documentação pessoal distancia os brasileiros dos direitos constitucionalmente garantidos.
Nesse cenário, a garantia de acesso à cidadania no Brasil tem como estorvos a burocratização do
processo de retirada do registro civil, bem como a indiferença da sociedade diante dessa
problemática.
Nessa perspectiva, é importante analisar que as dificuldades relativas à retirada de documentos
pessoais comprometem o acesso à cidadania no Brasil. Nesse sentido, ainda que a gratuidade do
registro de nascimento seja assegurada pela lei de número 9.534 da Carta Magna, os problemas
associados à documentação civil ultrapassam a esfera financeira, haja vista que a demanda por
registros civis é incompatível com a disponibilidade de vagas ofertadas pelos órgãos responsáveis, o
que torna o processo lento e burocrático. Sob tal óptica, a realidade brasileira pode ser sintetizada
pelo pensamento do sociólogo francês Pierre Bourdieu, o qual afirma que a “violência simbólica” se
expressa quando uma determinada parcela da população não usufrui dos mesmos direitos, fato
semelhante à falta de acesso à cidadania relacionada aos imbróglios da retirada de documentos de
identificação no País.
...
Maitê Maria (PB)
“Semelhantemente, essas mesmas autoridades possuem interesses
financeiros na má alimentação dos brasileiros. Conforme Marx, em um
mundo capitalizado, a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e
morais. Nesse sentido, as grande empresas alimentícias vendem a
imagem dos seus produtos atrelados à felicidade e à realização pessoal,
quando, na maioria das vezes, essas mercadorias são responsáveis pela
degradação da saúde do consumidor. Ainda, de acordo com dados da
UnB, as propagandas dessas indústrias induzem a uma má alimentação
e atingem fortemente o público infantil.”
Dissertativo-argumentativo

→ Objetiva defender uma ideia, hipótese, teoria ou opinião e o objetivo


de convencer o leitor para que acredite nela. Tem uma estrutura bem
definida: apresenta sua tese e depois a defende.
Enem (2013) - Na verdade, o que se chama genericamente de índios é um grupo de mais de trezentos povos que, juntos,
falam mais de 180 línguas diferentes. Cada um desses povos possui diferentes histórias, lendas, tradições, conceitos e
1
olhares sobre a vida, sobre a liberdade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em comum, tais comunidades apresentam a
profunda comunhão com o ambiente em que vivem, o respeito em relação aos indivíduos mais velhos, a preocupação
com as futuras gerações, e o senso de que a felicidade individual depende do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é
resultado de uma construção coletiva. Estas ideias, partilhadas pelos povos indígenas, são indispensáveis para construir
qualquer noção moderna de civilização. Os verdadeiros representantes do atraso no nosso país não são os índios, mas
aqueles que se pautam por visões preconceituosas e ultrapassadas de “progresso”.
AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá. Disponível em: www.outraspalavras.net. Acesso em: 7 dez. 2012.
Considerando-se as informações abordadas no texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na verdade”, o autor tem como
objetivo principal

a) expor as características comuns entre os povos indígenas no Brasil e suas ideias modernas e civilizadas.
b) trazer uma abordagem inédita sobre os povos indígenas no Brasil e, assim, ser reconhecido como especialista no
assunto.
c) mostrar os povos indígenas vivendo em comunhão com a natureza, e, por isso, sugerir que se deve respeitar o meio
ambiente e esses povos.
d) usar a conhecida oposição entre moderno e antigo como uma forma de respeitar a maneira ultrapassada como vivem
os povos indígenas em diferentes regiões do Brasil.
e) apresentar informações pouco divulgadas a respeito dos indígenas no Brasil, para defender o caráter desses povos
como civilizações, em contraposição a visões preconcebidas.
2 Qual tipologia textual predomina?

A laranjeira é uma árvore da família Rutaceae. Dela, surge a laranja, seu fruto. A
história da sua origem indica um nascimento ocorrido a partir de um cruzamento
entre cimboa e tangerina, assim sendo, a fruta seria um fruto híbrido.
Em relação ao seu sabor, varia entre o doce e o ácido, aspecto que pode ter
interferência do nível de maturidade da fruta, bem como da qualidade da safra.
Seu consumo é possível de modo direto, descascando e cortando a laranja, ou
como ingrediente de sucos, bolos, doces e outras comidas. Sua casca também pode
ser utilizada para a produção de chás.
Em suas características nutricionais, entre outras, a laranja contém: vitamina C,
potássio, cálcio, fósforo e magnésio.
3 Qual tipologia textual predomina?

"Estudo de caso — Paciente em terapia


A paciente A. C. apresentou, em sua primeira sessão, alguns conflitos acerca das relações
interpessoais envolvendo família, amigos e namorado. Ela relatou insatisfação nos
relacionamentos e, consoante Freud, criou-se um Ideal do Eu — um modelo moral e
perfeito herdado dos pais — que a paciente passou a procurar em seus círculos de
amizade, em seus pais e, principalmente, em seu namorado.
A queixa principal envolve uma série de conflitos e coloca em questão uma possível união
matrimonial com o parceiro. Dentre os elementos apresentados, destacam-se críticas ao
jeito irônico e, por vezes, explosivo do companheiro. São relatados também os constantes
apontamentos de erros praticados pelo namorado. Ela exige de seu par, como ela própria
diz, “algo mais romântico e existencialista”.
A comparação é feita a partir dos conhecimentos da paciente com relação a uma série de
estudiosos existencialistas, a exemplo de Jean-Paul Sartre.Como meta terapêutica, é
preciso trabalhar as concepções idealizadoras da paciente, pois só assim ela conseguirá
escapar da busca por sujeitos “perfeitos e dotados de excessiva moralidade”. O método de
associação livre é o mais adequado na construção dessas percepções.
4
Em “Vidas secas”, obra literária do modernista Graciliano Ramos, Fabiano e sua família vivem
uma situação degradante marcada pela miséria. Na trama, os filhos do protagonista não
recebem nomes, sendo chamados apenas como o “mais velho” e o “mais novo”, recurso usado
pelo autor para evidenciar a desumanização do indivíduo. Ao sair da ficção, sem desconsiderar
o contexto histórico da obra, nota-se que a problemática apresentada ainda percorre a
atualidade: a não garantia de cidadania pela invisibilidade da falta de registro civil. A partir
desse contexto, não se pode hesitar – é imprescindível compreender os impactos gerados pela
falta de identificação oficial da população.
Com efeito, é nítido que o deficitário registro civil repercute, sem dúvida, na persistente falta de
pertencimento como cidadão brasileiro. Isso acontece, porque, como já estudado pelo
historiador José Murilo de Carvalho, para que haja uma cidadania completa no Brasil é
necessária a coexistência dos direitos sociais, políticos e civis. Sob essa ótica, percebe-se que,
quando o pilar civil não é garantido – em outras palavras, a não efetivação do direito devido à
falta do registro em cartório –, não é possível fazer com que a cidadania seja alcançada na
sociedade. Dessa forma, da mesma maneira que o “mais novo” e o “mais velho” de Graciliano
Ramos, quase 3 milhões de brasileiros continuam por ser invisibilizados: sem nome oficial, sem
reconhecimento pelo Estado e, por fim, sem a dignidade de um cidadão.
...
Fernanda Quaresma (PE)
5
Em sua obra “Os Retirantes”, o artista expressionista Cândido Portinari faz uma denúncia à condição
de desigualdade compartilhada por milhões de brasileiros, os quais, vulneráveis
socioeconomicamente, são invisibilizados enquanto cidadãos. A crítica de Portinari continua válida
nos dias atuais, mesmo décadas após a pintura ter sido feita, como se pode notar a partir do alto
índice de brasileiros que não possuem registro civil de nascimento, fator que os invisibiliza. Com
base nesse viés, é fundamental discutir a principal razão para a posse do documento promover a
cidadania, bem como o principal entrave que impede que tantas pessoas não se registrem.
Com efeito, nota-se que a importância da certidão de nascimento para a garantia da cidadania se
relaciona à sua capacidade de proporcionar um sentimento de pertencimento. Tal situação ocorre,
porque, desde a formação do país, esse sentimento é escasso entre a população, visto que, desde
1500, os países desenvolvidos se articularam para usufruir ao máximo do que a colônia tinha a
oferecer, visão ao lucro a todo custo, sem se preocupar com a população que nela vivia ou com o
desenvolvimento interno do país. Logo, assim como estudado pelo historiador Caio Prado Júnior,
formou-se um Estado de bases frágeis, resultando em uma falta de um sentimento de identificação
como brasileiro. Desse modo, a posse de documentos, como a certidão de nascimento, funcione
como uma espécie de âncora para uma população com escasso sentimento de pertencimento,
sendo identificada como uma prova legal da sua condição enquanto cidadãos brasileiros.
...

Giovana Dias (PE)


1–E
2 - dissertativo expositivo
3 - exposição
4 - dissertativo-argumentativo
5 - dissertativo-argumentativo

Professora Patrícia Franco

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