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R ED AÇÃO N O E NEM

P R O F E S S O R H E R M A N I D A N TA S
AS 5
COMPETÊNCIAS
A V A L I AT I V A S
(BANCA
CEBRASPE)
COMPETÊNCIA 1
ASPECTOS LINGUÍSTICOS: ESTRUTURA SINTÁTICA E
DESVIOS

ESTRUTURA SINTÁTICA Construção dos períodos

DESVIOS Inadequações em relação à


norma padrão da língua
PROBLEMAS DE ESTRUTURA
SINTÁTICA
• JUSTAPOSIÇÃO
• TRUNCAMENTO
• DUPLICAÇÃO, EXCESSO OU AUSÊNCIA
DE ELEMENTOS SINTÁTICOS
JUSTAPOSIÇÃO

Diz respeito a construções que deveriam ser


independentes, mas foram justapostas,
formando longos períodos.
JUSTAPOSIÇÃO
TRUNCAMENTO

Um tipo de falha de estrutura sintática refere-se ao


truncamento de períodos em que
(i) se separam orações principais de subordinadas;
(ii) se separam duas orações coordenadas; ou
(iii) simplesmente se isolam, em períodos ou frases,
partes de uma oração que
deveriam constituir um único período.
TRUNCAMENTO
DUPLICAÇÃO DE ELEMENTO
AUSÊNCIA DE ELEMENTO
EXCESSO DE ELEMENTO
DESVIOS
DE CONVENÇÃO ACENTUAÇÃO, ORTOGRAFIA, EMPREGO
DA ESCRITA DAS LETRAS MAIÚSCULA E MINÚSCULAS,
TRANSLINEAÇÃO

CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL,


GRAMATICAIS REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL,
DESVIOS

PONTUAÇÃO, USO DOS PRONOMES E CRASE

DE ESCOLHAS ADEQUAÇÃO AO REGISTRO FORMAL DA


DE REGISTRO LÍNGUA, OU SEJA, O TEXTO NÃO DEVE
APRESENTAR MARCAS DE INFORMALIDADE /
ORALIDADE

PALAVRAS EMPREGADAS NO SEU


DE ESCOLHA SENTIDO CORRETO (HOMONÍMIA E
VOCABULAR PARONÍMIA)
DE
SV
ES
T

IO
“As mulheres que trabalham com cuidados, não são
SIN RUT
T Á UR
TIC A
valorizadas. O que tem gerado graves problemas para
A

essas pessoas.”
“As mulheres que trabalham com cuidados não são
valorizadas, o que tem gerado graves problemas para
essas pessoas.”
COMO OBTER 0S 200 PONTOS NA C1?

Seu texto deve apresentar, no máximo:

• 1 erro de estrutura sintática e


• 2 desvios
GRADE DE NÍVEIS DA COMPETÊNCIA I

Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Estrutura sintática Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura Estrutura


inexistente sintática sintática sintática sintática boa sintática
(independentemente deficitária deficitária OU regular E e poucos excelente e,
da quantidade de com muitos muitos alguns desvios no máximo,
desvios) desvios desvios desvios dois desvios
COMPETÊNCIA 2
•Nessa competência, sua redação será avaliada em três
aspectos:

• Abordagem do tema;
• Estrutura do texto;
• Uso do Repertório.
ABORDAGEM DO TEMA
ABORDADO APENAS O
ABORDAGEM
ASSUNTO MAIS GERAL
TANGENCIAL
DA PROPOSTA
TEMA

TODOS OS ELEMENTOS DA
ABORDAGEM PROPOSTA SÃO
COMPLETA ABORDADOS
MODELO: FRASE TEMÁTICA – ENEM 2023

OS DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO DA


INVISIBILIDADE DO TRABALHO DE CUIDADO
REALIZADO PELA MULHER NO BRASIL

ELEMENTO PRINCIPAL
(ASSUNTO MAIS GERAL)
FUGA
Não se faz referência ao tema ou o assunto mais
geral da frase temática não chega a ser mencionado

OS DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO DA


INVISIBILIDADE DO TRABALHO DE CUIDADO
REALIZADO PELA MULHER NO BRASIL

TANGENCIAMENTO
O assunto mais geral da frase temática é
abordado, mas não se relaciona aos demais
elementos

OS DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO DA


INVISIBILIDADE DO TRABALHO DE CUIDADO
REALIZADO PELA MULHER NO BRASIL

EXEMPLO DE
TEXTO
TANGENTE-
TEMA ENEM
2022:
DESAFIOS
PARA A
VALORIZAÇÃO
DAS
COMUNIDADES
E POVOS
TRADICIONAIS
DO BRASIL
ABORDAGEM COMPLETA DO TEMA
Todos os elementos da frase temática são
abordados

OS DESAFIOS PARA O ENFRENTAMENTO DA


INVISIBILIDADE DO TRABALHO DE CUIDADO
REALIZADO PELA MULHER NO BRASIL

TIPOLOGIA TEXTUAL
Nessa parte, serão avaliados:

• PERTINÊNCIA OU NÃO À TIPOLOGIA


DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVA;
• SE AS 3 PARTES (INTRODUÇÃO,
DESENVOLVIMENTO E CONCLUSÃO) ESTÃO
COMPLETAS, OU SEJA, DESENVOLVIDAS.
EXEMPLO DE TEXTO QUE MISTURA
TIPOLOGIAS TEXTUAIS
USO DO REPERTÓRIO
BASEADO APENAS NOS
TEXTOS MOTIVADORES
REPERTÓRI

NÃO LEGITIMADO
PELAS ÁREAS DO
CONHECIMENTO
O

NÃO PERTINENTE
AO TEMA
LEGITIMADO PELAS
ÁREAS DO USO NÃO
CONHECIMENTO PRODUTIVO
PERTINENTE
AO TEMA
USO PRODUTIVO
REPERTÓRIO BASEADO NOS TEXTOS
MOTIVADORES
Será considerado “repertório baseado nos textos motivadores” se sua
redação contiver apenas:

• USO DE PARÁFRASES ou
• TROCA DE PALAVRAS E/OU EXPRESSÕES ou
• APROPRIAR-SE MELHOR DO QUE LEU (REALIZAR
INFERÊNCIAS), MAS AINDA SEM COMPLEMENTAR COM
INFORMAÇÕES QUE EXTRAPOLEM OS TEXTOS
MOTIVADORES.
REPERTÓRIO NÃO LEGITIMADO

Será considerado “repertório não legitimado” o texto


que contiver apenas as suas ideias, sem algo que as
legitime; ou se não indicar a fonte de uma citação,
pesquisa, reportagem etc.
O QUE LEGITIMA UM REPERTÓRIO?
• FATOS OU PERÍODOS HISTÓRICOS CONHECIDOS.
• NOMES DE AUTORES, FILÓSOFOS, POETAS ETC.
• REFERÊNCIAS A LIVROS, PEÇAS, FILMES, ESCULTURAS
ETC.
• REFERÊNCIA A PERSONALIDADES, FIGURAS,
CELEBRIDADES, PERSONAGENS ETC.
• CONCEITOS E SUAS DEFINIÇÕES.
• ESTUDOS E/OU PESQUISAS.
• MEIOS DE COMUNICAÇÃO CONHECIDOS (EMISSORAS
DE TV/RÁDIO, JORNAIS, REDES SOCIAIS ETC.
EXEMPLO DE REPERTÓRIO
LEGITIMADO SEM USO PRODUTIVO
EXEMPLOS DE REPERTÓRIOS
LEGITIMADOS E COM USO PRODUTIVO
Na primeira fase do Romantismo, os aspectos da natureza
brasileira e os povos tradicionais foram intensamente valorizados
nas obras, criando um movimento ufanista em relação a
características nacionais. Tal quadro de valorização, quando
comparado à realidade, não foi perpetuado, apresentando
preocupantes desafios para a exaltação das comunidades nativas
na contemporaneidade. Nesse sentido, a problemática não só
deriva da inércia estatal, mas também do descaso social.
Na minissérie documental “Guerras do Brasil.doc”, presente na
plataforma Netflix, o professor indígena Ailton Krenak propõe a
reflexão acerca da dizimação dos povos originários a partir de
perspectivas atuais, em que é retratada a história sob o olhar do
esquecimento e da violência contra esses povos, a despeito da
sua riqueza cultural e produtiva. Essas formas de desvalorização
das comunidades tradicionais do Brasil são respaldadas, dentre
outros fatores, pela invisibilização histórica desses atores sociais
no ensino básico e pelo preconceito que rege o senso comum.
Dessa forma, é imprescindível a intervenção sociogovernamental,
a fim de superar os desafios mencionados.
Com efeito, cabe destacar a exclusão generalizada dos aspectos históricos e
culturais referentes às etnias tradicionais dentro do sistema educacional como
fator proeminente à perpetuação da desvalorização do grupo em questão, uma
vez que, sendo a escola um dos núcleos de integração social e informacional, a
carência de estímulos ao conhecimento dos povos nativos provoca
desconhecimento, e consequentemente, o cidadão comum não tem base da
informação acerca da indispensabilidade das comunidades originárias à
formação do corpo social brasileiro. Nesse sentido, os versos “Nossos índios em
algumas poucas memórias/Os de fora nos livros das nossas escolas”, da banda
cearense Selvagens a Procura de Lei, ilustram a construção do ensino escolar
pautada no esquecimento dessa minoria, de maneira a ampliar sua
desvalorização. Assim, é constatável a estreita relação entre as lacunas na
educação e o fraco reconhecimento dos povos e das comunidades tradicionais.
Ademais, vale ressaltar o preconceito cultivado no ideário popular como empecilho
à importância atribuída aos povos nativos, posto que, em decorrência da baixa
representatividade em ambientes escolares, como mencionado anteriormente, e do
baixo respaldo cultural, marcado por estereótipos limitantes e etnocentristas, isto é,
que supõem superioridade de uma etnia em relação à outra, há formação de
estigmas sobre pessoas dessas minorias e, por conseguinte, não há o
reconhecimento de suas ricas peculiaridade. Seguindo essa linha de raciocínio, é
possível estabelecer conexões entre a atualidade e a carta ao rei de Portugal
escrita por Pero Vaz de Caminha, no momento da chegada dos portugueses ao
Brasil, de forma que a perspectiva do navegador em relação ao indígena,
permeada de suposta inocência, maleabilidade e passividade, pouco alterou-se na
concepção atual, evidenciando a prepotência e a altivez que são implicações da
ignorância e do silenciamento das fontes tradicionais. Então, são necessárias
medidas de mitigação dessa problemática para o alcance do bem-estar da
sociedade.
Ademais, é nítido que as dificuldades de promover um verdadeiro reconhecimento
e valorização das comunidades tradicionais ascendem à medida que raízes
preconceituosas são mantidas. De fato, com base nos estudos da filósofa Sueli
Carneiro, é perceptível a existência de um “Epistemicídio Brasileiro” na sociedade
atual; ou seja, há uma negação da cultura e dos saberes de grupos
subalternizados, a qual é ainda mais reforçada por setores midiáticos. Em outras
palavras, apesar da complexidade de cultura dos povos tradicionais, o Brasil
assume contornos monoculturais, um vez que inferioriza e “sepulta” os saberes de
tais grupos, cujas relações e produções, baseadas na relação harmônica com a
natureza, destoam do modelo ocidental, capitalista e elitista. Logo, devido a um
notório preconceito, os indivíduos tradicionais permanecem excluídos socialmente e
com seus direitos negligenciados.
Diante desse cenário, nota-se a inoperância governamental como fator agravante
do descaso em relação às culturas tradicionais. Para a pensadora contemporânea
Djamila Ribeiro, é preciso tirar as situações da invisibilidade para que soluções
sejam encontradas, perspectiva que demonstra a falha cometida pelo Estado, uma
vez que existe uma forte carência de conscientização popular sobre o assunto –
causada pelo baixo estímulo governamental a essas discussões, tanto nas salas de
aula quanto no âmbito político. Nesse sentido, fica evidente que, por não dar
notoriedade à luta desses povos, o governo permite o esquecimento e a
minimização de seus costumes, o que gera não somente a massiva perda cultural
de um legado cultivado por gerações, mas também o prejuízo da desestruturação
econômica de locais baseados nessas técnicas.
Na obra literária “Triste fim de Policarpo Quaresma”, do autor
brasileiro Lima Barreto, a figura do protagonista é construída a partir
de um ideal ultranacionalista baseado na valorização das questões do
próprio país. Analogamente, fora da ficção, a sociedade brasileira não
se comporta com Policarpo, visto que esta não se preocupa em
valorizar a memória dos povos tradicionais brasileiros, embora sejam
tão importantes para a identidade nacional. Nesse interím, entende-se
a negligência estatal e a não eficiência da legislação como causas
desse desafio.
GRADE DE NÍVEIS DA COMPETÊNCIA II
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Não há (Fuga ao tema ou Tangente ao Abordagem Abordagem Abordagem Abordagem


não atendimento à tipologia tema e/ou completa do completa do completa do completa do
textual zera a redação) presença tema, porém as tema, 2 ou 3 tema, 3 partes tema, 3 partes
constante de partes do texto partes desenvolvidas e desenvolvidas e
outros tipos pouco desenvolvidas e uso improdutivo uso produtivo do
textuais e/ou desenvolvidas repertório do repertório repertório
aglomerado baseado nos sociocultural sociocultural
caótico de textos legitimado legitimado
palavras motivadores OU
repertório não
legitimado OU
repertório
legitimado, mas
não pertinente ao
tema
COMPETÊNCIA 3

Dois aspectos serão avaliados nessa competência:

• Projeto de texto;
• Desenvolvimento da argumentação.
PROJETO DE TEXTO

• Quais as ideias selecionadas?


• Como elas são apresentadas?
• Como elas são articuladas?
PA R A U M P R O J E T O D E T E X T O A D E Q U A D O , S E U T E X T O D E V E R E S P O N D E R A O S S E G U I N T E S
QUESTIONAMENTOS:

I) QUAL O PROBLEMA? (INTERPRETE O TEMA)


II) POR QUE É UM PROBLEMA? (ELABORE A SUA TESE)
III) QUAIS AS CAUSAS DESSE PROBLEMA?
I V ) Q U A L A S O L U Ç Ã O ? ( A P R E S E N TA R P R O P O S TA S PA R A A S C A U S A S A P O N TA D A S )
DESENVOLVIMENTO
Refere-se à fundamentação dos argumentos,
explicitando e explicando as relações existentes
entre as informações, fatos e opiniões e o ponto
de vista defendido.
COMO ATINGIR OS 200 PONTOS NA
C3?
• o projeto de texto deve ser estratégico, ou seja, deve ser
clara a relação de interdependência entre as 3 partes do
texto: introdução, desenvolvimento e conclusão (sem
incoerência).
• Os argumentos e as opiniões devem estar bem
desenvolvidos em todo o texto (sem lacunas).
EXEMPLO DE PROJETO DE TEXTO N O TA 200
O P O E TA M O D E R N I S TA O S WA L D D E A N D R A D E R E L ATA , E M " E R R O D E P O R T U G U Ê S " , Q U E , S O B U M D I A D E C H U VA , O Í N D I O F O I V E S T I D O P E L O
P O RT U G U Ê S - U M A D E N Ú N C I A À A C U LT U R A Ç Ã O S O F R I D A P E L O S P O V O S I N D Í G E N A S C O M A C H E G A D A D O S E U R O P E U S A O T E R R I T Ó R I O B R A S I L E I R O.
PA R A L E L A M E N T E , N O B R A S I L AT U A L , H Á A M A N U T E N Ç Ã O D E P R Á T I C A S P R E J U D I C I A I S N Ã O S Ó A O S S I LV Í C O L A S , M A S TA M B É M A O S D E M A I S P O V O S
E C O M U N I D A D E S T R A D I C I O N A I S , C O M O O S P E S C A D O R E S . C O M E F E I TO , AT U A M C O M O D E S A F I O S PA R A A VA L O R I Z A Ç Ã O D E S S E S G R U P O S A
CONTEXTUALIZAÇÃO
E D U C A Ç Ã O D E F I C I E N T E A C E R C A D O T E M A E A A U S Ê N C I A D O D E S E N V O LV I M E N TO S U S T E N T Á V E L .

APRESENTAÇÃO
DO TEMA E DA
TESE

CAUSA 1
CAUSA II
EXEMPLO DE PROJETO DE TEXTO
RETOMADA
DI ANTE DESSE CENÁRI O, EXI STE A FALTA DA PROMOÇÃO DE UM ENSI NO EFI CI ENTE SOBRE AS POPULAÇÕES TRADI CI ONAI S. SOB ESSE VI ÉS, AS ESCOLAS, AO ABORDAREM TA I S POVOS POR MEI O DE UM
PONTO DE VISTA HISTÓRICO EUROCÊNTRICO, ENRAÍZAM NO IMAGINÁRIO ESTUDANTIL A IMAGEM DE ABORÍGENES CUJAS VIVÊNCIAS SÃO MARCADAS PELA DEFASAGEM TECNOLÓGICA. A EXEMPLO DISSO, HÁ O
SENSO COMUM DE QUE OS INDÍGENAS SÃO SELVAGENS, ALHEIOS AOS BENEFÍCIOS DO MUNDO MODERNO, O QUE, CONSEQUENTEMENTE, GERA UM PRECONCEITO, MANIFESTADO EM INDAGAÇÕES COMO “O
ÍNDIO TEM ‘SMARTPHONE’ E ESTÁ LUTANDO PELA DEMARCAÇÃO DE TERRAS?” – IDEIA ESSA QUE DESLEGITIMA A LUTA DOS SILVÍCOLAS. ENTRETANTO, DE ACORDO COM A TEORIA DO INDIGENATO, DEFENDIDA

DA CAUSA 1
PELO MINISTRO EDSON FACHIN, DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, O DIREITO DOS POVOS TRADICIONAIS À TERRA É INATO, SENDO ANTERIOR, ATÉ, À CRIAÇÃO DO ESTADO BRASILEIRO. DESSA FORMA, POR
N ÃO EN SI N AR EM TA L VI SÃ O , O S CO LÉG I O S FO M ETA M A D ES VA LO RI ZAÇ ÃO D AS C O M U NI D AD ES TR A D I C I O N A I S, M ED I A NTE O DE SE NV O LV I M E N TO D E U M PEN S AM EN TO D I SC R I M I N AT Ó R I O N O S A LU N O S.

REPERTÓRIO
CONFIRMAÇÃO
DA CAUSA 1
EXEMPLO DE PROJETO DE TEXTO
RETOMADA
DA CAUSA II
Além disso, outro desafio para o reconhecimento desses indivíduos é a carência
do progresso sustentável. Nesse contexto, as entidades mercadológicas que
atuam nas áreas ocupadas pelas populações tradicionais não necessariamente se
preocupam com a sua preservação, comportamento no qual se valoriza o lucro em
detrimento da harmonia entre a natureza e as comunidades em questão. À luz

REPERTÓRIO
disso, há o exemplo do que ocorre aos pescadores, cujos rios são contaminados
devido ao garimpo ilegal, extremamente comum na Região Amazônica. Por
conseguinte, o povo que sobrevive a partir dessa atividade é prejudicado pelo que
ONFIRMAÇÃO DA

a Biologia chama de magnificação trófica, quando metais pesados acumulam-se


nos animais de uma cadeia alimentar – provocando a morte de peixes e a infecção
CAUSA 1I

de humanos por mercúrio. Assim, as indústrias que usam os recursos naturais de


forma irresponsável não promovem o desenvolvimento sustentável e agem de
maneira nociva às sociedades tradicionais.
EXEMPLO DE PROJETO DE TEXTO
APONTAMENTO
PORTAN TO, É ESSENC I AL QUE O GOVERN O M I T I GU E OS D ESAF I OS SU PR AC I TAD OS . PAR A I SSO, O MI N I ST ÉRI O DA EDU C AÇ ÃO – ÓRGÃO R ESPONSÁVEL PELO ESTABELEC I M EN TO D A

PARA UMA SOLUÇÃO


GR AD E C U R R I C U LAR D AS ESC OLAS – D EVE ED U C AR OS ALU N OS A R ESPEI TO D OS EM PEC I LH OS À PR ESERVAÇ ÃO D OS I N D Í GEN AS, POR M EI O D A I N SER Ç ÃO D A M AT ÉR I A “EST U D OS
I N D I G EN I STAS” N O EN SI N O BÁSI C O, A F I M D E EXPLI C AR O C ON T EXTO D OS SI LVÍ C OLAS E D ESC ON ST R U I R O PR EC ON C EI TO. AD EM AI S, O M I N I ST ÉR I O D O D ESEN VOLVI M EN TO –
PAS TA I N S T I T U I D O R A D A P O L Í T I C A N A C I O N A L D E D E S E N V O LVI M E N TO S U S T E N T Á V E L D O S P O V O S E C O M U N I D A D E S TR A D I C I O N A I S – P R E C I S A F I S C A L I Z A R AS AT I V I D A D E S
EC ON ÔM I CAS D AN OSAS ÀS SOC I ED ADES VU LN ERÁVEI S, VI SAN D O À VALOR I Z AÇ ÃO D E TAI S PESSOAS, M EDI AN T E CAN AI S D E DEN Ú N CI AS.

PROPOSTA PARA
A CAUSA I
PROPOSTA PARA
A CAUSA 1I
GRADE DE NÍVEIS DA COMPETÊNCIA III
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Tangente ao tema e Tangente ao Projeto de texto Projeto de texto com Projeto de texto Projeto de texto
sem direção tema ou sem com muitas algumas lacunas e com poucas estratégico e
foco temático ou lacunas e sem desenvolvimento de lacunas desenvolvimento
com foco desenvolvimento algumas e das informações,
temático ou com informações, fatos e desenvolvimento fatos e opiniões
distorcido desenvolvimento opiniões da maior parte em todo o texto
de das informações,
fatos e opiniões
apenas uma
informação, fato
ou opinião
COMPETÊNCIA 4
Nessa competência, avaliam-se:
• A presença e variedade de recursos de
coesão textual (de referenciação e de
sequenciação).
• Uso de operadores argumentativos inter e
intraparágrafos.
COMO OBTER OS 200 PONTOS NA C4
• Apresentar recursos coesivos variados ao
longo do texto;
• Apresentar, obrigatoriamente, elementos do
tipo operador argumentativo iniciando dois
parágrafos (pelo menos) e dentro de cada
parágrafo.
O poeta modernista Oswald de Andrade relata, em "Erro de Português",
que, sob um dia de chuva, o índio foi vestido pelo português - uma
denúncia à aculturação sofrida pelos povos indígenas com a chegada dos
europeus ao território brasileiro. Paralelamente, no Brasil atual, há a
manutenção de práticas prejudiciais não só aos silvícolas, mas também
aos demais povos e comunidades tradicionais, como os pescadores. Com
efeito, atuam como desafios para a valorização desses grupos a educação
deficiente acerca do tema e a ausência do desenvolvimento sustentável.
Diante desse cenário, existe a falta da promoção de um ensino eficiente sobre as
populações tradicionais. Sob esse viés, as escolas, ao abordarem tais povos por meio
de um ponto de vista histórico eurocêntrico, enraízam no imaginário estudantil a
imagem de aborígenes cujas vivências são marcadas pela defasagem tecnológica. A
exemplo disso, há o senso comum de que os indígenas são selvagens, alheios aos
benefícios do mundo moderno, o que, consequentemente, gera um preconceito,
manifestado em indagações como “o índio tem ‘smartphone’ e está lutando pela
demarcação de terras?” – ideia essa que deslegitima a luta dos silvícolas. Entretanto,
de acordo com a Teoria do Indigenato, defendida pelo ministro Edson Fachin, do
Supremo Tribunal Federal, o direito dos povos tradicionais à terra é inato, sendo
anterior, até, à criação do Estado brasileiro. Dessa forma, por não ensinarem tal visão,
os colégios fometam a desvalorização das comunidades tradicionais, mediante o
desenvolvimento de um pensamento discriminatório nos alunos.
Além disso, outro desafio para o reconhecimento desses indivíduos é a carência do
progresso sustentável. Nesse contexto, as entidades mercadológicas que atuam nas áreas
ocupadas pelas populações tradicionais não necessariamente se preocupam com a sua
preservação, comportamento no qual se valoriza o lucro em detrimento da harmonia entre
a natureza e as comunidades em questão. À luz disso, há o exemplo do que ocorre aos
pescadores, cujos rios são contaminados devido ao garimpo ilegal, extremamente comum
na Região Amazônica. Por conseguinte, o povo que sobrevive a partir dessa atividade é
prejudicado pelo que a Biologia chama de magnificação trófica, quando metais pesados
acumulam-se nos animais de uma cadeia alimentar – provocando a morte de peixes e a
infecção de humanos por mercúrio. Assim, as indústrias que usam os recursos naturais de
forma irresponsável não promovem o desenvolvimento sustentável e agem de maneira
nociva às sociedades tradicionais.
Portanto, é essencial que o governo mitigue os desafios supracitados. Para isso, o
Ministério da Educação – órgão responsável pelo estabelecimento da grade
curricular das escolas – deve educar os alunos a respeito dos empecilhos à
preservação dos indígenas, por meio da inserção da matéria “Estudos
Indigenistas” no ensino básico, a fim de explicar o contexto dos silvícolas e
desconstruir o preconceito. Ademais, o Ministério do Desenvolvimento – pasta
instituidora da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais – precisa fiscalizar as atividades econômicas danosas
às sociedades vulneráveis, visando à valorização de tais pessoas, mediante
canais de denúncias.
GRADE DE NÍVEIS DA COMPETÊNCIA IV
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Ausência de elementos Presença rara Presença pontual Presença regular Presença Presença
coesivos de elementos de elementos de elementos constante de expressiva de
coesivos inter coesivos inter coesivos inter elementos elementos
e/ou e/ou e/ou coesivos inter e coesivos inter e
intraparágrafos intraparágrafos intraparágrafos, intraparágrafo, intraparágrafos,
E/OU E/OU muitas E/OU algumas com pelo menos com operadores
excessivas repetições E/OU repetições e 1 operador argumentativos
repetições muitas inadequações argumentativo no início dos
E/OU inadequações ligando parágrafos, além
excessivas parágrafos, com de raras ou
inadequações poucas ausentes
repetições e/ou repetições ou
inadequações inadequações
COMPETÊNCIA 5

Elaboração de uma proposta de intervenção social


para o problema apresentado. Para uma nota máxima
nessa competência, seu texto deve:

• ser coerente com o tema, com a tese e com as


causas;
• respeitar os direitos humanos;
• ser executável;
• apresentar os cinco elementos válidos.
COMPETÊNCIA 5: OS CINCO ELEMENTOS

AGENTE

MEIO AÇÃO EFEITO

DETALHAMENT
O
OS 5 ELEMENTOS

AÇÃO: O QUE DEVE SER FEITO?


AGENTE: QUEM VAI REALIZAR A AÇÃO?
MODO: COMO SE EXECUTA A AÇÃO?
EFEITO: PARA QUE SE EXECUTA A AÇÃO?
DETALHAMENTO: QUE OUTRAS INFORMAÇÕES SOBRE UM
DOS OUTROS ELEMENTOS FORAM ACRESCENTADAS?
DETALHAMENTO

O detalhamento pode vir expresso como: uma exemplificação, explicação ou


justificativa do agente, da ação, do meio ou do meio ou do efeito
EXEMPLOS DE DETALHAMENTO DA AÇÃO
EXEMPLOS DE DETALHAMENTO DO AGENTE
EXEMPLOS DE DETALHAMENTO DO MEIO
OS DIREITOS HUMANOS
Para a avaliação das redações, são considerados os seguintes princípios
norteadores dos direitos humanos, pautados no Artigo 3º da Resolução nº
1, de 30 de maio de 2012, o qual estabelece as Diretrizes Nacionais para a
Educação em Direitos Humanos:

→ Dignidade humana;
→ Igualdade de direitos;
→ Reconhecimento e valorização das diferenças e diversidades;
→ Laicidade do Estado;
→ Democracia na educação;
→ Transversalidade, vivência e globalidade;
→ Sustentabilidade socioambiental.
EXEMPLOS DE REDAÇÕES QUE
DESRESPEITARAM OS DIREITOS HUMANOS
EXEMPLOS DE REDAÇÕES QUE
DESRESPEITARAM OS DIREITOS HUMANOS
EXEMPLOS DE REDAÇÕES QUE
DESRESPEITARAM OS DIREITOS HUMANOS
EXEMPLOS DE REDAÇÕES QUE
DESRESPEITARAM OS DIREITOS HUMANOS
EXEMPLOS DE REDAÇÕES QUE
DESRESPEITARAM OS DIREITOS HUMANOS
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO COMPLETA
Portanto, é essencial que o governo mitigue os desafios supracitados. Para
isso, o Ministério da Educação – órgão responsável pelo estabelecimento
da grade curricular das escolas – deve educar os alunos a respeito dos
empecilhos à preservação dos indígenas, por meio da inserção da matéria
“Estudos Indigenistas” no ensino básico, a fim de explicar o contexto dos
silvícolas e desconstruir o preconceito. Ademais, o Ministério do
Desenvolvimento – pasta instituidora da Política Nacional de
Desenvolvimento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais –
precisa fiscalizar as atividades econômicas danosas às sociedades
vulneráveis, visando à valorização de tais pessoas, mediante canais de
denúncias.
AGENTE AÇÃO MEIO DETALHAMENTO DO AGENTE
EFEITO
GRADE DE NÍVEIS DA COMPETÊNCIA V
Nível 0 Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5

Ausência de proposta ou 1 elemento 2 elementos 3 elementos 4 elementos 5 elementos


proposta que foge ao tema válido ou válidos. Obs.: válidos válidos válidos
ou proposta que proposta estruturas
desrespeite os direitos tangente ao condicionais não
humanos tema passam desse
nível,
independentemente
da quantidade e
elementos válidos.

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