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Problemas em discussão
Ciência e pseudociência
Ciência
Atividade e um tipo de
conhecimento que nos Permite-nos atualmente
tem proporcionado a viver mais tempo e com
compreensão do mundo mais qualidade – valor
na sua diversidade de prático da ciência.
seres e fenómenos.
Ciência
Cientismo Pseudociência
Exemplos:
Astrologia
Tipo de teoria ou atividade
Homeopatia
sem qualquer base
científica, mas que procura Terraplanismo
passar por científica. Cristaloterapia
Doutrina que considera o
conhecimento científico
como a única forma de
conhecimento fiável, seguro
e rigoroso. A divulgação da cultura
científica é uma das armas
em que se deve apostar
para fazer face à
pseudociência.
O que é o
conhecimento
científico?
Conhecimento do senso comum
Mendo Henriques e Nazaré Barros, Olá, Consciência! Uma Viagem pela Filosofia, Lisboa, Objetiva, 2013, p.61.
Senso comum vs. conhecimento científico
• Pode variar de pessoa para pessoa e é • Envolve uma sistemática preocupação com o
utilizado sem uma preocupação rigor e a justificação das afirmações.
sistemática de rigor e de justificação.
• Caracteriza-se pela procura das causas dos
• Inclui, também, algumas superstições, fenómenos e pela tentativa de construir um
como, por exemplo, acreditar que o conjunto organizado e coerente de
número 13 dá azar. conhecimentos.
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Exemplo Ativia
enganosa/#3
O PROBLEMA DA DEMARCAÇÃO
O problema da demarcação
A frase 1 é verificável, pois a sua verdade ou falsidade pode ser estabelecida através da experiência.
Contudo, a frase 2 não é verificável, pois não há observações que possam evidenciar a sua verdade
ou falsidade.
Afirmações verificáveis
A essência da realidade é de
natureza espiritual.
Verificação
Critério da verificabilidade
Não podemos verificar estas proposições no sentido em que nunca poderemos provar de forma
conclusiva que elas são verdadeiras, pois isso implicaria algo que ninguém consegue fazer: observar
todos os casos.
2- CONFIRMAÇÃO
Devido às objeções apontadas ao critério de verificabilidade, outros filósofos positivistas – nomeadamente
Carnap – apresentam um critério de cientificidade alternativo: a confirmação.
Se uma teoria é científica, então é empiricamente confirmável. Ou seja, pode acumular-se um número
significativo de evidências empíricas a favor de uma hipótese. Se assim for, esta pode ser considerada
verdadeira e tomada como lei científica. Contudo, o número de casos será sempre finito.
A verificação empírica parcial é suficiente, desde que o “grau de confirmação” das teorias possa
ser estabelecido e, assim, possa ser escolhida aquela hipótese científica que estiver em
conformidade com o maior número de dados empíricos
Todavia, também a confirmação das hipóteses coloca dificuldades: como definir, em cada
contexto, quais são os indícios empíricos relevantes e em que número para confirmar a
hipótese em causa? O próprio Carnap reconhece esta dificuldade apontada ao seu critério de
cientificidade.
3 - A RESPOSTA DE POPPER: FALSIFICABILIDADE
Uma teoria é falsificável se for possível pensar numa circunstância que caso, ocorresse, a
desmentiria (a tornaria falsa).
Popper salienta que essas condições empíricas que permitem refutar (ou falsificar) as teorias
científicas têm de ser logicamente pensáveis ou imagináveis; não significa que tenham de vir
a ocorrer, podem acontecer ou não.
O critério de demarcação da ciência: falsificabilidade
De acordo com Popper, os cientistas devem adotar uma atitude crítica. Ou seja, devem formular teorias claras,
onde se explicitem as condições em que estas podem revelar-se falsas e depois realizar testes exigentes,
procurando eventuais erros nessas teorias – ou seja, devem procurar falsificá-las.
O próximo ano trará energias positivas Esta afirmação é vaga. Nenhuma observação
aos nativos de Peixes. poderia mostrar que ela é falsa.
O critério de demarcação da ciência: falsificabilidade
Falsificação
Exemplo: Falsificabilidade
“Todos os corvos são negros.”
Assim, a experiência não serve para mostrar se uma teoria é verdadeira, mas
antes para testar a sua resistência à falsificação
A RESPOSTA DE POPPER: FALSIFICABILIDADE
Quando uma teoria não resiste às tentativas de falsificação dos testes empíricos, diz-se
que foi falsificada e terá de ser substituída por outra (na totalidade ou em parte) que
corrige os erros da anterior.
Se, pelo contrário, os dados observacionais não conseguem pôr em causa a teoria, diz-
-se que foi corroborada (saiu fortalecida). A corroboração permite a aceitação
provisória da teoria enquanto resistir aos testes que procuram falsificá-la. Mas, ainda
assim, essa teoria continua a ser falsificável.