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TEORIAS DO ENVELHECIMENTO

Profª Esp. PRISCILLA RODRIGUES CAMINHA CARNEIRO


Enfermagem Geronto-Geriátrica

22/04/24 priscillarcaminha@hotmail.com
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E foram todos os dias que Adão viveu,
novecentos e trinta anos, e morreu.

Gênesis 5:5

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• Reflexão de Eclesiastes sobre o envelhecer é que o
significado na vida é cumprido em
nosso propósito dado por Deus, e nosso propósito só
é cumprido quando aproveitamos a
nossa porção dada por Deus em Cristo, o Salvador
prometido de Deus. Embora esta porção possa
parecer menos justa para alguns que para outros, o
significado da vida será consumado somente no
julgamento final quando recebermos nossa herança
(Eclesiastes 7:11) pela maneira como investimos
aquilo que recebemos de Deus, seja essa maneira
boa ou ruim (Eclesiastes 12:14). Naquele dia,
veremos Deus como eminentemente justo em Suas
recompensas, independentemente de quão injusta ou
desigual essa distribuição pareça nesta vida
presente.

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• Mito grego Eos e Titonus, uma
lição para o envelhecimento

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Teorias Biológicas do Envelhecimento
1. Teorias Genéticas
2. Teoria da Ligação cruzada
3. Teorias Evolucionistas
4. Teoria dos radicais livres
5. Reações autoimunes
6. Teorias do uso e desgaste
7. Estresse
8. Biogerontologia
9. Teorias neuroendócrina e neuroquímica
10. Teorias da radiação
11. Teorias nutricionais
12. Teorias ambientais

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Teorias Psicossociais do
Envelhecimento

1. Teorias do desengajamento
2. Teoria da atividade
3. Teoria da continuidade
4. Etapas do desenvolvimento
5. Transcedência gerontológica

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TEORIAS BIOLÓGICAS
DO ENVELHECIMENTO

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Teorias Biológicas do
Envelhecimento

O processo de envelhecimento varia não


somente entre pessoas, mas também nos
diferentes sistemas do organismo de um
mesmo indivíduo.
Para explicar o envelhecimento biológico,
os teóricos investigaram muitos fatores,
internos e externos ao corpo humano.

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Teorias Genéticas

Há teóricos que acreditam que as pessoas


herdam um programa genético que determina
sua expectativa de vida específica.
Por exemplo, alguns mostram uma relação
positiva entre a idade dos pais e tempo de vida
dos filhos. Além disso, ensaios de proliferação
celular in vitro demostram que várias espécies
têm um número finito de divisões celulares.

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Teorias Genéticas
A teoria do erro também propõe uma
determinação genética do
envelhecimento.
Ela defende que mutações genéticas
são responsáveis pelo envelhecimento,
ocasionando o declínio de órgãos em
consequência de mutações celulares
que autoperpetuam:

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• Mutação do DNA

• Perpetuação da mutação durante a


divisão celular

• Número cada vez maior de células


mutantes no corpo

• Mau funcionamento de tecidos, órgãos


e sistemas

• Declínio das funções corporais

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????????????????????

•QUAIS OS PADRÕES DE
ENVELHECIMENTO QUE SÃO
APARENTES EM SUA FAMÍLIA
BIOLÓGICA? O QUE VOCÊ PODE
FAZER PARA INFLUENCIÁ-LOS?

????????????????????????

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• Faça um Genograma:
informações médica sobre sua
família.

• Veja o exemplo a seguir...


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Legenda

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Teoria da ligação cruzada
A teoria da ligação cruzada propõe que a
divisão celular é ameaçada por radiação ou uma
reação química em que um agente da ligação
cruzada agrega-se a uma linhagem do DNA e
que evita a repartição normal das linhagens
durante a mitose. Com o tempo, mediante o
acúmulo desses agentes da ligação cruzada,
dá-se a formação de agregados densos que
impedem o transporte intracelular;
consequentemente, os órgãos e os sistemas do
corpo fracassam.

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Teorias Evolucionistas

As teorias evolucionistas sugerem que


envelhecer “é fundamentalmente, consequência
de forças evolucionistas e não bioquímicas ou
celulares...um fenômeno darwiniano mais que
bioquímico” (Rose, 1998).

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Teorias dos radicais livres
Os radicais livres são moléculas
geradas pelo metabolismo do oxigênio.
Podem advir do metabolismo normal, de
reações com outros radicais livres, ou
oxidação do ozônio, de pesticidas e outros
poluentes. Essas moléculas causam danos
às proteínas, às enzimas e ao DNA pela
substituição de moléculas com
informações biológicas úteis por moléculas
defeituosas que criam alterações
genéticas.
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O organismo, entretanto, possui
antioxidantes naturais capazes de
contra-atacar, até certo ponto, os
efeitos dos radicais livres. Além
disso, o betacaroteno e as
vitaminas C e E são antioxidantes
que oferecem proteção contra
esses radicais.

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Reações autoimunes
Acredita-se que os órgãos primários do
sistema imune, o timo e a medula óssea,
possam ser influenciados pelo processo de
envelhecimento. A reação imune reduz-se
após a fase de adulto jovem. O peso do
timo diminui durante a vida adulta, da
mesma forma que a capacidade de
produzir diferenciação das células T. O
nível do hormônio do timo é menor após
30 anos e não é detectável no sangue de
pessoas com mais de 60 anos.
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Desencadeamento da resposta imune no
jovem e no idoso

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As células-tronco da medula óssea
funcionam com menos eficiência. A
redução da função imune fica evidente por
um aumento na incidência de infecções e
de muitos cânceres com a idade.

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Teorias do uso e desgaste
As teorias do uso e desgaste atribuem o
envelhecimento ao uso do corpo e as
lesões repetidas a ele causadas com o
passar do tempo enquanto desempenha
suas funções.
Tal como qualquer máquina complicada, o
corpo funciona com menos eficiência
devido ao uso prolongado e às inúmeras
lesões.

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Estresse
O estresse sofrido pelo organismo
pode causar efeitos variados e levar a
condições como úlceras gástricas, ataques
cardíacos, tireoidite e dermatoses
inflamatórias. Essa teoria, entretanto, está
limitada em sua universalidade, porque as
pessoas reagem de forma diversa aos
estresses da vida.

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Biogerontologia
O estudo sobre a relação entre
envelhecimento e processos de doença é
chamado de biogerontologia. Bactérias,
fungos, vírus e outros organismos podem
ser responsáveis por algumas mudanças
fisiológicas no processo de
envelhecimento.

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Ainda que não haja evidências
conclusivas ligando esses organismos
aos declínio corporal, vem sendo
estimulado o interesse por essa teoria
pelo fato de tanto as pessoas como os
animais terem expectativas de vida
maiores mediante o controle ou
eliminação de alguns patógenos, por
meio de imunizações e uso de
fármacos antimicrobianos.

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Teorias neuroendócrina e
neuroquímica
As teorias neuroendócrinas e a
neuroquímica sugerem que envelhecer é a
consequência de mudança no cérebro e
nas glândulas endócrinas. Alguns teóricos
alegam que hormônios específicos da
hipófise anterior promovem o
envelhecimento.
Outros acreditam que um desequilíbrio
químico no cérebro prejudica a divisão
celular saudável por todo o corpo.

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Teorias da radiação
Sabe-se que a exposição repetida de
pessoas à radiação ultravioleta causa o
enrugamento da pele semelhante ao que
se dá na “velhice”, consequência da
substituição do colágeno pela elastina. A
radiação pode induzir mutações celulares
que promovem o envelhecimento além do
câncer de pele.

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Teorias nutricionais
Sabe-se que a obesidade aumenta o risco
de muitas doenças, além de reduzir a vida.
Recentemente, vem sendo dada mais
atenção à influência dos suplementos
alimentares no processo de
envelhecimento; vitamina E, pólen da
abelha, ginseng, centelha asiática, menta e
algas estão entre os nutrientes que
parecem promover uma vida saudável e
longa.

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Teorias ambientais
São conhecidos vários fatores ambientais
que ameaçam a saúde, possivelmente
associados ao processo de
envelhecimento.
A ingestão de mercúrio, chumbo, arsênico,
isótopos radiativos, alguns pesticidas e
outras substâncias podem causar
mudanças patológicas nos seres humanos.
Fumar e respirar a fumaça do tabaco e
outros elementos que poluem o ar também
causam efeitos adversos.
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Ademais, condições de vida com
excesso populacional, elevados
níveis de ruído e outros fatores
podem influenciar a forma como
envelhecemos.

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Considerações Finais
A quantidade, a diversidade e
complexidade de fatores com potencial de
influenciar o processo de envelhecimento
mostram que não há uma só teoria
biológica que possa, de forma adequada,
explicar a causa desse fenômeno.
Os enfermeiros podem adaptar essas
teorias, identificando elementos que,
reconhecidamente, influenciam o
envelhecimento, utilizando-os como
fundamento para a promoção de práticas
positivas.
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Teorias psicossociais do
envelhecimento
As teorias psicológicas do envelhecimento
investigam os processos mentais, o
comportamento e os sentimentos das
pessoas durante seu ciclo de vida.
As teorias sociológicas tratam do impacto
da sociedade nos adultos idosos e vice-
versa.

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Teoria do desengajamento
Desenvolvida por Elaine Cumming e
William Henry, a teoria do desengajamento
é uma das primeiras teorias do
envelhecimento.
Entende o envelhecimento como um
processo em que indivíduo e a sociedade,
gradativamente, desvinculam-se, um do
outro, para a satisfação e o benefício
mútuos..

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O valor da desvinculação para a
sociedade reside no fato de que uma
forma de ordenamento está estabelecida
para a transferência de poder dos mais
velhos para os jovens, possibilitando à
sociedade a manutenção do seu
funcionamento após a morte de cada um
de seus membros. A teoria não indica se
é a sociedade ou o indivíduo que inicia o
processo de desengajamento.

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Senadores, juízes da Suprema Corte,
professores universitários e muitos
voluntários idosos estão entre aqueles que
costumam ter satisfação quando não se
desvinculam da sociedade, oferecendo a ela
um serviço importante.
Há críticos dessa teoria que alegam que o
desengajamento não será necessário quando a
sociedade melhorar os cuidados de saúde e os
recursos financeiros para essa população,
além de aumentar a sua aceitação, suas
oportunidades e o respeito que merece.

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Teoria da atividade
A Teoria da atividade afirma que uma
pessoa idosa deve manter o estilo de vida
da meia-idade, negando, o máximo
possível, a existência da velhice; afirma,
ainda, que a sociedade deve aplicar as
mesmas normas à vida dos idosos que
aplica ao indivíduos de meia-idade, sem
defender a redução de atividade, interesse
e envolvimento, à medida que seus
membros envelhecem. Por exemplo,
substituindo as atividade físicas por
atividades intelectuais.
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Teoria da continuidade
A teoria da continuidade, em relação ao
envelhecimento, associa personalidade e
predisposição para determinadas ações na
velhice a fatores semelhantes em outras
fases do ciclo da vida.
Por exemplo, ativistas aos 20 anos de
idade serão, provavelmente, ativistas aos
70 anos.

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Embora as implicações e o impacto
completos dessa teoria promissora
estejam ainda em estágio de
pesquisa, ela oferece uma
perspectiva razoável.
Além do mais, incentiva os jovens a
considerar que suas atividades
presentes formam uma base para seu
próprio futuro como adultos idosos.

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Etapas do desenvolvimento
Alguns teóricos descrevem o processo de
envelhecimento psicológico saudável como
consequência da realização bem-sucedida das
etapas do desenvolvimento.
Erik Erikson (1963), descreveu oito estágios
pelos quais o indivíduo evolui da infância á
velhice e os desafios que eles têm que
enfrentar em cada um desses estágios. O
desafio da velhice é aceitar e encontrar
sentido na vida, o que confere ao ego a
integridade que ajuda na adaptação e no
enfretamento da realidade do envelhecimento
e da mortalidade.
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Etapas do desenvolvimento
de Erikson
Estágio Atingido Atingido
satisfatoriamente insatisfatoriamente
Infância Confiança Desconfiança

Criança que Autonomia Vergonha


começa a
andar
Infância inicial Iniciativa Culpa

Infância
intermediária Produtividade Inferioridade

Adolescência Identidade Identidade difusa


Fase adulta Intimidade Isolamento
Meia-idade Criação Autoabsorção
Adulto idoso Sabedoria Desespero
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Robert Butler e Myrna Lewis
(1982) delinearam as etapas do
desenvolvimento dos anos finais
da vida:

•Adaptação às próprias enfermidades;


•Desenvolvimento de senso de
satisfação com a vida vivida;
•Preparação para a morte.

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Transcendência gerontológica
É uma teoria recente que sugere que com o
envelhecimento, as pessoas preocupam-se
menos com posses materiais, relações sem
sentido e autointeresses, desejando, em
vez disso tudo, uma vida com mais
significado e uma conexão maior com os
outros.

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FATORES QUE CONTRIBUEM PARA
UMA VIDA LONGA E SAUDÁVEL

• Dieta
• Atividade
• Lazer e risos
• Fé
• Autonomia
• Manejo do estresse

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Considerações Finais

Os enfermeiros podem promover a alegria


e o sentimento de propósito nos idosos ao
encarar a velhice como oportunidade de
desenvolvimento e satisfação contínuos,
em vez de um período de vida depressivo e
sem sentido.

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• Diante das Teorias Biológicas e das
Teorias Psicossociais do
Envelhecimento e do Genograma da
sua família, como você se imagina
na terceira idade?

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