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CENTRO DE ESTUDOS SUPERIORES DE ITAITUBA

FACULDADE DE ITAITUBA - FAI

GRAU DO TUMOR

Acadêmica: Wanessa da Silva Ferreira


• O grau do tumor é baseado na aparência anormal das células
tumorais e do tecido tumoral ao microscópio. É um indicador da
rapidez que um tumor pode crescer e se espalhar. O grau do
tumor não é o mesmo que o estágio de um câncer.
• Em geral, os tumores são classificados como grau 1, 2, 3 ou 4,
dependendo da quantidade de anormalidade;
• Em tumores de grau 1, as células tumorais e a organização do
tecido tumoral parecem quase normais, tendem a crescer e se
espalhar lentamente;
• Em contraste, as células e tecidos dos tumores de Grau 3 e 4
não se parecem com células e tecidos normais, e tendem a
crescer rapidamente e se espalhar mais rápido do que os
tumores de grau inferior.
Classificação em graus do tumor:
Gx= grau não pode ser avaliado (grau indeterminado);
G1= bem diferenciado, semelhante ao tecido original (baixo
grau);
G2= tecido maligno moderadamente diferenciado (grau
intermediário);
G3= tecido maligno pouco diferenciado (alto grau);
G4= tecido maligno indiferenciado: O tecido original que deu
origem ao tumor só pode ser determinado por avaliação imuno-
histoquímica ou não pode ser determinado (alto grau).
Estadiamento
Processo para determinar a localização e a extensão do câncer
presente no corpo de uma pessoa. É a forma como o médico
determina o avanço da doença no organismo de um paciente.
Objetivos do estadiamento:
• obtenção de informações sobre o comportamento biológico do
tumor;
• definir, dentre as possibilidades, qual a terapia mais adequada;
• previsão sobre o andamento do tratamento, respostas
terapêuticas, complicações;
• prognóstico de cada caso;
• contribuição para pesquisa clínica e publicação científicas.
Tipos de estadiamento:
• Estadiamento clínico: é uma estimativa da extensão da
doença com base nos resultados do exame físico, exames de
imagem (raios X, tomografia computadorizada, etc.) e biópsia
de tumor.
• Para alguns tipos de câncer, os resultados de outros exames,
como os de sangue.
• É uma parte fundamental do diagnóstico para decidir o melhor
tratamento a ser iniciado e ver se a doença responde ao
tratamento.
• Estadiamento patológico: se baseia nos exames anátomo
patológico do tumor após a realização da cirurgia com a
retirada do tumor (parte ou todo) e dos linfonodos.
• Às vezes, o estadiamento patológico pode ser diferente do
estadiamento clínico, por exemplo, se a cirurgia mostra que o
câncer se disseminou mais do que pensava.
• O estadiamento patológico oferece informações mais precisas,
que podem ser utilizadas para prever a resposta ao tratamento
e seus resultados (prognóstico).
Reestadiamento:
• usado para determinar a extensão da doença se um câncer
recidiva após o tratamento. Serve para determinar qual a
melhor opção de tratamento naquele momento.
Sistema TNM
• ferramenta usada para estadiamento de diferentes tipos de
câncer com base em determinadas normas.
• Atualizado a cada 6 a 8 anos para incluir os avanços na
compreensão de uma doença como o câncer.
• No sistema TNM, a cada tipo de câncer é atribuída uma letra
ou número para descrever o tumor, linfonodos e metástases.
• T para o tumor primário.
• N para linfonodos. O câncer que se disseminou para os
linfonodos próximos.
• M para metástase. O câncer que se disseminou para partes
distantes do organismo.
• A categoria T fornece informações sobre aspectos do tumor
primário.
• TX: o tumor não pode ser avaliado
• T0: não existe evidência de tumor primário (não pode ser
encontrado).
• Tis: as células cancerígenas estão se desenvolvendo apenas
na camada mais superficial do tecido, sem invadir tecidos mais
profundos. Chamado de câncer in situ.
• Os números que aparecem após o T (como T1, T2, T3 e T4)
descrevem o tamanho do tumor e/ou a disseminação da
doença nas proximidades. Quanto mais alto o número atribuído
a T, maior o tumor e/ou mais disseminado nos tecidos próximos
se encontra.
A categoria N descreve se o câncer se disseminou para os
linfonodos próximos:
• NX: os linfonodos não podem ser avaliados.
• N0: os linfonodos vizinhos não contêm câncer.
• Os números que aparecem após o N (por exemplo, N1, N2 e
N3) descrevem o tamanho, localização e/ou o número dos
linfonodos com a doença. Quanto mais alto o número atribuído
a N, mais o câncer está disseminado para os linfonodos.
A categoria M descreve se o câncer se disseminou (metástases)
para locais distantes do corpo:
• M0: nenhuma disseminação foi encontrada.
• M1: o câncer se disseminou para tecidos e órgãos distantes.
• Estágio 0 é o carcinoma in situ, para a maioria dos cânceres.
Isso significa que o câncer se encontra numa fase muito
precoce, localizado apenas na área onde originalmente se
iniciou e não se disseminou. Nem todos os cânceres têm um
estágio 0.

• Estágio I corresponde ao estágio seguinte e têm um bom


prognóstico. Lembrando que o prognóstico vai piorando a
medida que o estágio aumenta.
Outros fatores que podem afetar o estadiamento:
• Para alguns tipos de câncer, os valores de T, N e M não são os
únicos que determinam o estágio da doença. Alguns outros
fatores que devem ser considerados, como:
• Grau: Para a maioria dos cânceres, o grau mede quão anormal
as células cancerígenas aparecem ao microscópio, o que é
denominado diferenciação.
• Mesmo quando o grau não afeta o estágio do câncer, ele ainda
pode afetar o prognóstico e/ou tratamento.
• Tipo de célula: Alguns tipos de câncer podem ter diferentes tipos de
células. De modo que o tipo celular pode afetar o tratamento e o
prognóstico, esse é um fator importante no estadiamento.
• Por exemplo, os cânceres de esôfago são principalmente cânceres de
células espinocelulares ou adenocarcinomas.
• O câncer espinocelular do esôfago é estadiado de forma diferente do
que o adenocarcinoma de esôfago.
• Localização do tumor: Para alguns tipos de câncer, a localização do
tumor afeta o prognóstico e deve ser considerada no estadiamento da
doença.
• Marcadores tumorais: Em
alguns tipos de câncer, os
níveis sanguíneos de
determinadas substâncias,
denominadas marcadores
tumorais, podem afetar o
estadiamento da doença.
Por exemplo, no câncer de
próstata, o nível do antígeno
prostático específico (PSA)
no sangue é considerado no
estadiamento da
enfermidade.
Mestastização
• Quando o câncer se dissemina além do
local onde começou (sítio primário) para
outras partes do corpo é denominado
metástase. A metástase pode ocorrer
quando as células cancerosas viajam
através da corrente sanguínea ou dos
vasos linfáticos para outras áreas do
corpo.
• A imagem mostra algumas partes do
sistema linfático, como linfonodos e
vasos linfáticos, além de órgãos e
tecidos que contêm os linfócitos (células
do sistema imunológico).
• Antes das células cancerígenas se disseminarem, elas passam
por várias mudanças:
• Precisam se desprenderem do tumor primário e entrar na
corrente sanguínea ou sistema linfático, que as transportará
para outra parte.
• Depois precisam aderir à parede de um vaso sanguíneo ou
linfático e alcançar um novo órgão.
• Precisam ser capazes de crescer e se multiplicar.
• Precisam ser capazes de evitar ataques do sistema
imunológico.
• Após passar por todas essas etapas, as células que formam os
novos tumores podem já não ser exatamente as mesmas que
iniciaram o tumor primário, no entanto terão as características
das células onde se originaram. Isso pode torná-las mais difícil
de serem tratadas.
Sinais e sintomas mais comuns de metástase de alguns tipos de
câncer
• Câncer ósseo - a dor nos ossos que piora de noite é um dos
primeiros sinais da metástase óssea. Mas existem outros:
• Ossos fragilizados;
• Dores fortes nas costas e no pescoço;
• Dificuldade de urinar;
• Níveis elevados de cálcio no sangue.
• Câncer no fígado - geralmente, os seguintes sinais e sintomas
só aparecem quando a doença já está em uma fase avançada:
• Perda de peso;
• Falta de apetite;
• Náuseas;
• Vômitos;
• Febre;
• Dor e inchaço abdominal;
• Coceira e coloração amarela na pele (icterícia).
• Câncer no cérebro - tumores localizados em qualquer parte do
cérebro podem crescer, inchar e pressionar o órgão, causando
os seguintes sinais e sintomas:
• Dor de cabeça;
• Vômitos;
• Alterações na visão;
• Problemas de equilíbrio;
• Alterações na personalidade;
• Sonolência;
• Convulsões.
Câncer nos pulmões - os sinais e sintomas mais frequentes
são:
• Falta de ar;
• Chiado no pulmão;
• Sangue no escarro;
• Dor no peito;
• Rouquidão;
• Complicações, como bronquite e pneumonia, que voltam a
aparecer com frequência.
Opções de tratamento para a metástase:
• Quimioterapia, terapia hormonal (controla o crescimento do
câncer por meio dos hormônios), imunoterapia (usa o sistema
imunológico para combater o câncer), radioterapia ou cirurgia –
que podem ser usadas de forma isolada ou combinada. Seja
qual for a opção de tratamento, o objetivo é conter o
crescimento e a propagação do câncer.

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