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PRIMEIROS SOCORROS

URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Enf: Edna Maria


PRIMEIROS SOCORROS

O que significa?

• Refere-se ao atendimento prestado a uma vítima de


um acidente ou mal súbito. Consiste num primeiro
atendimento até que o socorro avançado esteja no
local (pré-hospitalar).
PRIMEIROS SOCORROS
• É a ação de que cada cidadão dentro de suas
limitações possa ajudar ao outro.
EMERGÊNCIA

• Emergência: Todo caso de emergência requer uma


medida imediata, da qual a vida do indivíduo irá
depender, exemplos: infarto, AVC e grandes
hemorragias.
URGÊNCIA
• Urgência: são casos de menor gravidade, mas que
devem ser socorridos a tempo para que o indivíduo
não tenha complicações mais graves. Exemplo:
vômito ou diarréia intensos, ausência de urina por
mais de 24hs.
Fases do Socorro
• AVALIAÇÃO PRIMÁRIA.
• Ao chegar à cena, o socorrista deverá inicialmente
verificar as condições de segurança e prevenir-se
escolhendo adequadamente seus equipamentos de
proteção individual (EPIs).
• A avaliação primária é sempre o primeiro passo
do socorrista após a verificação das condições de
segurança no local do acidente.
• Podemos conceituá-la como sendo um processo
ordenado para identificar e corrigir de imediato,
problemas que ameacem a vida em curto prazo.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA.

• O socorrista deverá posicionar-se ao lado da vítima e


executar a avaliação rapidamente, geralmente em
um prazo inferior a 45 segundos, para determinar
as condições da vítima de TRAUMA nas seguintes
áreas:
• ABC
• 1. Forme a impressão geral do paciente;
• 2. Verifique a consciência;
• 3. Vias aéreas e coluna cervical;
• 4. Respiração;
• 5. Circulação.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA.

• Em caso de vítimas de emergências clínicas existe


uma alteração na sequência para:
• CAB
• 1. Avalie a consciência;
• 2. Respiração;
• 3. Circulação, se necessário faça compressões;
• 4. Abra a via aérea se necessário ou se puder inicie
as ventilações.
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA.

• Antes de começar a avaliar a vítima, o socorrista


deverá apresentar-se dizendo seu nome,
identificando-se como pessoa tecnicamente
capacitada e, perguntando à vítima se poderá
ajudá-la (pedido de consentimento para prestar o
socorro).
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA.

• Os problemas que ameaçam a vida, por ordem de


importância são:
• 1. Vias aéreas = estão obstruídas? (Pela língua ou
corpo estranho);
• 2. Respiração = existe respiração adequada?
• 3. Circulação = existe pulso para indicar que o
coração está circulando sangue?
• Existe algum sangramento grave?
AVALIAÇÃO PRIMÁRIA.
• São fontes de informação no local da cena:
• A cena por si só;
• A vítima (se estiver consciente e orientada);
• Familiares, testemunhas ou curiosos;
• O mecanismo da lesão;
• Qualquer deformidade maior ou lesão óbvia;
• Qualquer sinal ou sintoma indicativo de emergência
médica.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
• A avaliação secundária visa obter os componentes
necessários para que o socorrista possa fazer a
decisão correta dos cuidados merecidos pela
vítima. Podemos defini-la como um processo
ordenado para descobrir lesões ou problemas médicos
que, se não tratados, poderão ameaçar a vida.
• A avaliação secundária é dividida em três etapas
distintas, são elas:
• 1. Entrevista com a vítima ou testemunhas;
• 2. Aferição dos sinais vitais; e
• 3. Exame padronizado da cabeça aos pés.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA.
1. Entrevista 2.Sinais Vitais
• Etapa da avaliação onde o • Respiração, pulso,
socorrista conversa com a pressão arterial e
vítima buscando obter
temperatura relativa da
informações dela própria,
de familiares ou de pele.
testemunhas, sobre o tipo
de lesão ou enfermidade
existente e outros dados
relevantes.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
3. Exame Físico da cabeça aos pés.
3. Exame Físico da cabeça aos pés.
• Palpação e inspeção visual • Na avaliação secundária, o
realizada pelo socorrista, de socorrista deverá
forma ordenada e sistemática,
buscando identificar na vítima, estabelecer um contato com
indicações de lesões ou a vítima consciente,
problemas médicos.
identificando-se e
posteriormente obtendo e
usando o nome do vitimado
para explicar movimentos
pretendidos, de forma a
transmitir segurança e
tranquilidade à vítima.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA

3. Exame Físico da cabeça aos pés.


• Se a vítima estiver
inconsciente, questione
testemunhas ou
familiares, tentando
identificar dados
relevantes e o que
aconteceu no local.
AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA
Exame Físico da cabeça aos pés. Exame Físico da cabeça aos pés.

• Após observar o local e • 1. Nome e idade (se é menor,


contatar com seus pais ou um
assegurar-se das condições adulto conhecido).
de segurança, o socorrista • 2. O que aconteceu?
(Identificar a natureza da lesão
deverá verificar lesões ou doença)
óbvias e buscar na vítima • 3. Isso já ocorreu antes?
alguma identificação • 4. Algum outro problema ou
enfermidade atual?
médica de alerta. • 5. Está em tratamento médico?
• Entreviste o acidentado, • 6. É alérgico a algum
utilizando as seguintes medicamento ou alimento?
• 7. Ingeriu algum tipo de droga,
perguntas chaves: ou alimento?
PRIMEIROS SOCORROS – ATENDIMENTO
PRÉ – HOSPITALAR.
• É o atendimento realizado a uma vítima de
TRAUMA ou EMERGÊNCIA CLÍNICA fora do
ambiente hospitalar de forma imediata e temporária.
Com o objetivo de:

• 1. Salvar a vida.
• 2. Evitar o agravamento das lesões.
• 3. Encaminhar a vítima para o hospitaL.
ATENDIMENTO PRÉ-HOSPITALAR.
PRINCÍPIOS DA REANIMAÇÃO
SBV SAV
• Esta última consiste no
• As manobras de suporte
emprego de profissionais
básico de vida (SBV) são
devidamente capacitados e
diferentes das manobras
no uso de equipamentos
de suporte avançado de
adicionais tais como:
vida (SAV).
monitores cardíacos,
desfibriladores, terapêutica
líquida intravenosa, infusão
de medicamentos,
entubação orotraqueal, etc.
PRINCÍPIOS DA REANIMAÇÃO
• Atualmente, o conceito • A "corrente da
da “Corrente da sobrevivência" integra
Sobrevivência” da um conjunto de
Associação Americana do
atitudes necessárias
Coração, nos informa
que as chances de diante de um paciente
sobrevivência das com quadro de parada
vítimas de paradas cardiorrespiratória
cardíacas poderão crescer (PCR).
muito Se observarmos os
quatro elos da corrente,
ou seja:
PRINCÍPIOS DA REANIMAÇÃO
As quatro estratégias básicas, disponíveis nos centros
norte-americanos incluem:
1º Elo 2º Elo
• SEM (Serviço de • RCP IMEDIATA, manobras
Emergência Médicas), de ressuscitação
acesso precoce às vítimas cardiopulmonar (RCP)
de PCR, por equipe precoces que podem ser
iniciadas por "observador"
médica e paramédica,
atuante, treinado em um
acionada pelo sistema curso de "suporte básico de
telefônico de três dígitos; vida“.
PRINCÍPIOS DA REANIMAÇÃO
3º Elo
• DESFIBRILAÇÃO, uma • A Associação Americana do
rápida desfibrilação é o Coração recomenda que as
elo da corrente que manobras de desfibrilação
provavelmente represente externa sejam difundidas e
que organizações como os
a maior chance de
Corpos de Bombeiros sejam
sobrevivência numa treinadas e equipadas com
emergência cardíaca desfibriladores, de forma a
possibilitar seu emprego no
menor espaço de tempo
possível.
CADEIA DE SOBREVIVÊNCIA
PRINCÍPIOS DA REANIMAÇÃO
4º Elo
• CUIDADOS AVANÇADOS
SEM DEMORA, este
último elo, diz respeito às
manobras de suporte
avançado, providenciadas
no local da cena por
médicos ou paramédicos
para o tratamento do
problema cardíaco de
forma mais efetiva.
CONCEITOS IMPORTANTES
• Parada respiratória: Supressão súbita dos
movimentos respiratórios, que poderá ou não, ser
acompanhada de parada cardíaca.
• Cianose: Coloração azulada da pele e das mucosas,
causada pela falta de uma adequada oxigenação nos
tecidos.
• É um sinal de insuficiência respiratória, mas se
observa também em doenças cardíacas e em
intoxicação.
• Hipóxia: baixo teor de oxigênio nos tecidos orgânicos .
• Cefaléia- dor de cabeça.
CIANOSE
SIGLAS IMPORTANTES

• CMS- COMISSÁRIO DE VOO.


• R.A – RESPIRAÇÃO ARTIFICIAL.
• M.C.E- MASSAGEM CARDÍACA EXTERNA.
• PAX- PASSAGEIRO/ VIAJANTE.
CONCEITOS IMPORTANTES

• PARADA CARDÍACA (PC) - é uma


anormalidade grave do ritmo de condução
cardíaca. Resulta da cessação de todos os
sinais elétricos de controle no coração.

• PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR) - é a


cessação da atividade cardíaca e da atividade
respiratória, simultaneamente.
CONCEITOS IMPORTANTES.
• SUPORTE BÁSICO DE VIDA (SBV) - conjunto
de medidas e procedimentos técnicos que
visam o suporte de vida à vítima. É
importante não agravar lesões já existentes
ou gerar novas lesões.

• PARADA RESPIRATÓRIA (PR) - Situação onde


a circulação está presente, mas o paciente
não respira ou apresenta gasping .
TÉCNICAS DE ABERTURA DAS VIAS AÉREAS
• Manobra de Extensão da Cabeça ou Elevação
Mandíbula.
• 1. Colocar a vítima em decúbito dorsal
horizontal e posicionar-se ao seu lado, na altura
dos ombros;
• 2. Colocar uma das mãos na testa para
estender a cabeça para trás, e a ponta dos
dedos indicador e médio da outra mão por baixo da
mandíbula para levantá-la.
Manobra de Extensão da Cabeça ou
Elevação MandÍbula
VENTILAÇÃO DE RESGATE/METODO BOCA
MÁSCARA.
• 1. Abra as V.A.S ( vias aéreas supreriores)
empurrando a mandíbula da vítima;
• 2. Posicione a máscara sobre a face da vítima,
com o ápice sobre a ponte do nariz e a base
entre os lábios e o queixo;
• 3. Inspire e ventile através da abertura da
máscara. Os dedos indicador, médio e anular de
cada mão seguram a mandíbula da vítima em
extensão, enquanto os polegares são colocados
sobre a parte superior da máscara. A pressão firme
dos dedos mantém a máscara bem selada à face;
VENTILAÇÃO DE RESGATE/METODO BOCA
MÁSCARA.
• 4. Retire a boca e deixe o ar sair livremente. O
tempo de cada ventilação é o mesmo descrito na
técnica de boca a boca.
Pocket Mask
Método boca a boca
• 1. Abra as vias aéreas;
• 2. Feche as narinas da vítima com seus dedos
(indicador e polegar);
• 3. Inspire o ar e coloque sua boca com firmeza
sobre a boca da vítima e ventile lentamente (1
segundo) seu ar para dentro dos pulmões da vítima;
• 4. Retire sua boca e deixe o ar sair livremente;
• 5. Repita a ventilação artificial a cada 5 segundos
(12 por minuto) no socorro de adultos, e a cada 3
segundos (20 por minuto) no socorro de crianças e
lactentes.
Método boca-nariz
• Utilizada em crianças e lactentes (bebês).
• A técnica segue os mesmos passos da ventilação
de boca a boca, incluindo no item 3 a colocação
da boca do socorrista sobre a boca e o nariz da
vítima e em seguida uma ventilação bem lenta.
• Considerar os seguintes parâmetros da Associação
Americana do Coração:
• Lactente: de 0 a 1 ano
• Criança: de 1 a 8 anos
• Adulto: todos os maiores de 8 anos
PROTEÇÃO/RESPIRAÇÃO BOCA A
BOCA.
PARADA RESPIRATÓRIA
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA (PCR).

• A parada cardiorrespiratória (PCR) é a


cessação das atividades cardíaca e
respiratória, simultaneamente.

• Em determinados eventos, mesmo havendo


atividade elétrica ou movimentos disformes,
o coração não é capaz de gerar circulação.
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR.
ADULTOS
CRIANÇAS
REANIMAÇÃO CARDIOPULMONAR
CRIANÇAS ADULTOS

• 30 Compressões ( entre 15 • 30 Compressões (entre 15 E


e 18 segundos) ou 15 18 segundos) X 2
Compressões se 2 Ventilações .
Socorristas x 2 Ventilações. • 1 ou 2 socorristas.
SOCORRISTAS
• Realizar a exposição do tórax do paciente.
• Realizar as compressões em superfície plana
e rígida.
A RCP deverá continuar até que:
• Ocorra o retorno espontâneo da circulação
(retorno do pulso).
• Não esquecer de continuar ventilando;
• Ocorra o retorno da respiração e circulação;
• Pessoal mais capacitado chegar ao local da
ocorrência a assumir o socorro;
• O socorrista esteja completamente exausto e não
consegue mais realizar as manobras de reanimação
cardiopulmonar.
XABCDE DO TRAUMA. O QUE É?
• É um mnemônico
(relativo á memória)
para padronizar o
atendimento inicial da
vítima politraumatizado,
serve para definir a
prioridade do trauma no
atendimento e para a
rápida identificação de
condições de risco a
vida.
XABCDE DO TRAUMA
• X: controle de sangramentos
(HEM.EXSANGUINANTE/ SANG. GRAVE)
• A: vias aéreas/ coluna cervical
• B: ventilação e oxigenação
• C: circulação e perfusão (e outras hemorragias)
• D: avaliação neurológica
• E: expor a vítima
XABCDE DO TRAUMA
X: CONTER HEMORRAGIAS A: VIAS AÉREAS E CERVICAL

• HÁ HEMORRAGIA • ESTÁ PERMEÁVEL?


EXTERNA? • EXISTEM CORPOS
• EXISTE FERIMENTO ESTRANHOS? SANGUE,
COM SANGRAMENTO? VÔMITO, ETC?
XABCDE DO TRAUMA
B: RESPIRAÇÃO, VENTILAÇÃO E C: CIRCULAÇÃO E PERFUSÃO
O2
• ESTÁ PRESENTE? • EXISTE PULSO?
• É ADEQUADA? OU É • EXISTE SAÍDA DE SANGUE OU
GASPING? GRANDES HEMORRAGIAS?
• TEM EXPANSÃO TORÁXICA? • EXISTEM SINAIS DE CHOQUE?
• É NECESSÁRIO COMPRESSÕES
• SINAIS DE HIPÓXIA?
TORÁXICAS?
• É NECESSÁRIO COMPRESSÃO
• V: ver DIRETA OU TORNIQUETE?
• O: ouvir
• S: sentir
XABCDE DO TRAUMA
D: AVALIAÇÃO NEUROLÓGICA E: EXPOR A VÍTIMA
• EXPOR LOCAIS AFETADOS
• A: ALERTA (cortar roupas).
• V: ESTÍMULO VERBAL
• EVITAR HIPOTERMIA.
• D: ESTÍMULO DOLOROSO
• I: INCONSCIENTE • COLOCAÇÃO DO COLAR
CERVICAL.
• L: LÚCIDO
• O: ORIENTADO
• T: TEMPO
• E: ESPAÇO
• P: PESSOA
DESFIBRILADOR
SINAIS VITAIS
• Evidenciam o funcionamento e as alterações da
função corporal.
• Dentre os inúmeros sinais que são utilizados na
prática diária para o auxílio do exame clínico,
destacam-se pela sua importância e por nós
abordados: a pressão arterial, o pulso, a temperatura
corpórea e a respiração. Por serem os mesmos
relacionados com a própria existência da vida,
recebem o nome de sinais vitais
SINAIS VITAIS E DIAGNÓSTICOS.
• Em todas as situações em que o socorrista estiver
envolvido, será necessário o uso de seus
conhecimentos quanto à verificação e monitorização
dos sinais vitais e diagnósticos que a vítima apresente.

• Considera-se que toda lesão ou doença tem


formas peculiares de se manifestar e isso pode
ajudar o socorrista no diagnóstico da vítima.

• Estas formas de manifestação são concretizadas


com os sinais vitais, diagnósticos e sintomas, os
quais serão descritos a seguir:
Sinal
• Sinais são detalhes que o socorrista pode descobrir
fazendo uso dos sentidos - visão, tato, audição e
olfato - durante a avaliação da vítima.
• Exemplo:
• Em lesões: sangramento, inchaço (edema),
aumento de sensibilidade ou deformação.
• Em doenças: pele pálida ou avermelhada, suor,
temperatura elevada e pulso rápido.
Sintoma
• Sintomas são sensações que a vítima experimenta e é
capaz de descrever ao socorrista.

• Caso a vítima esteja consciente, é importante que o


socorrista faça perguntas (se sente e localiza a dor)
para definir a presença ou ausência de sintomas.

• Obs.: Dor intensa numa região pode mascarar outra


lesão mais séria, embora menos dolorosa.

• Exemplos: Náuseas, Vertigem, Fraqueza, Sensação de mal-


estar...
SINAIS VITAIS
• Respiração
• É o processo pelo qual o oxigênio e dióxido de
carbono são trocados nos pulmões e nas células do
corpo.
• Respiração e ventilação significam a mesma coisa, ou
seja, o ato de inspirar e expirar o ar.
• A respiração normal é fácil, sem dor e sem
esforço. A sua frequência pode variar bastante e
é denominada frequência respiratória (FR).
RESPIRAÇÃO
• O socorrista deverá avaliar a presença da respiração
e a FR através da técnica do VER, OUVIR e SENTIR
(VOS) ou se for fácil, simplesmente observando e
contando os movimentos respiratórios.
• Normalmente no homem observa-se os movimentos
do abdômen, e na mulher, observa-se os
movimentos do tórax.
RESPIRAÇÃO
• Adulto: 12 a 20 respirações por minuto
• Criança: 20 a 30 respirações por minuto
• Lactente: 30 a 40 respirações por minuto
• Recém-nascido: 40 a 60 respirações por minuto
• Taquipnéia: respiração acima do normal
• Bradipnéia: respiração abaixo do normal.
Pulso
• É uma onda de sangue gerada pelo batimento
cardíaco e propagada ao longo da O pulso é
palpável em qualquer área onde uma artéria
passe sobre uma proeminência óssea ou se
localiza próxima à pele.
• Os pulsos mais comumente utilizados são: nos
adultos - carotídeo, radial e femoral e, nas
crianças - braquial.
• O pulso deve ser avaliado quanto à sua
frequência (batimentos por minuto) e qualidade
(força e ritmo).
PULSO
• Adulto: 60 a 100 batimentos por minuto
• Criança: 80 a 140 batimentos por minuto
• Lactente: 90 a 160 batimentos por minuto
• Recém-nascido: 120 a 190 batimentos por minuto
• Considerar:
• Recém-nascido: até 28 dias
• Lactente: de 28 dias a 1 ano
• Criança: 1 a 8 anos
• Adulto: acima de 8 anos
• Taquicardia: pulso acima do normal
• Bradicardia: 0 pulso abaixo do normal
OXÍMETRO DE PULSO
ARTÉRIAS

POSTERIOR
ATENÇÃO
O pulso e a respiração
devem ser verificados no
mesmo procedimento, pois o
paciente pode interferir,
parando ou alterando o ritmo
respiratório.

O examinador deve contar os movimentos


respiratórios, direcionando o olhar para o tórax e
abdome do paciente durante 1 minuto
Pressão Arterial
• Também conhecida como pressão sanguínea, é
definida como a pressão exercida pelo sangue
circulante contra as paredes internas das artérias.
• A pressão arterial (PA) é aferida em dois níveis: a
PA sistólica e a PA diastólica.
Pressão Arterial

• A sistólica, é a PA máxima à qual a artéria


está sujeita durante a contração do
coração (sístole).
• A diastólica, é a PA remanescente no
interior do sistema arterial quando o
coração fica relaxado, na fase de
enchimento de sangue (diástole).
Pressão Arterial.
• A leitura da pressão é feita em milímetros
(mm ) de mercúrio (Hg). A pressão arterial
é determinada pelo aparelho determinado
de esfigmomanômetro, o qual é utilizado
em conjunto com o estetoscópio.
Aparelhos de PA.
Pressão Arterial.
• Hipertensão: PA acima do normal: maior ou
igual a 140X90mmhg

• Hipotensão: PA abaixo do normal: menor ou


igual a 90X60mmhg
Temperatura
• A temperatura normal do corpo humano é de
37ºC (graus Celsius).

• A regulação da temperatura se faz pela pele,


por perda de calor irradiado ou pela evaporação
da água.
Temperatura

• O socorrista estima a temperatura da


pele pelo tato usando o dorso da
mão (sem luva) mas, em alguns
casos específicos, ela poderá ser
aferida mais adequadamente com
um termômetro clínico.
TERMÔMETRO
Temperatura.
• Conduta:
• Hipertermia: envolvê-la
com panos ou toalhas
úmidas e frias e banho de
imersão à temperatura
ambiente. Toalhas frias
(com gelo) na região da
fronte.
• Em caso de convulsão e
delírio não se deve dar
banho.
Temperatura
• Conduta:
• Hipotermia:
• Levar a pax para um lugar quente e
protegido do frio;
• Retirar roupas molhadas, se
necessário;
• Colocar cobertores sobre a pessoa e
manter o pescoço e a cabeça bem
agasalhados;
• Colocar bolsas de água quente sobre o
cobertor ou outros dispositivos que
ajudem a aumentar a temperatura
corporal;
• Oferecer uma bebida quente, evitando
que seja café ou uma bebida alcoólica,
pois aumentam a perda de calor.
BIOSEGURANÇA
• Existem situações em
que o socorrista
sofre risco de
contaminação de
doenças infecciosas.
• É muito importante
conhecê-las e seguir
normas sanitárias de
controle de infecção.
BIOSEGURANÇA
• Compreender os
processos das
doenças infecciosas,
ajuda a reduzir sua
propagação, elimina a
má informação e o
atendimento errôneo
quando trabalhamos
com pacientes
infectados.
BIOSEGURANÇA

• Para proteger-se de • Nas situações de


microrganismos emergência, os quatro
patogênicos, use principais tipos de
sempre equipamentos microrganismos
de proteção individual patogênicos que
(EPI), tais como: luvas, constituem riscos para
máscaras de proteção os socorristas são:
facial e óculos de
proteção.
BIOSEGURANÇA
• HIV e hepatite
• Estão potencialmente
(transmitidos pelo sangue)
infectadas e assim
qualquer paciente
• Tuberculose e deve ser tratado com
meningite (transmitidas a mesma precaução.
pelas vias aéreas)
BIOSEGURANÇA
• Um programa de prevenção de doenças infecciosas
exige:
• Vacinações, educação, uso de EPIs;
• Procedimentos de rotina padronizados;
• Descarte adequado de material sujo e lixo;
• Controle dos processos de limpeza, etc.
EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO
INDIVIDUAL (EPI’s)
• Dispositivo destinado à • Luvas descartáveis de
proteção da látex.
integridade física do • Máscaras faciais
socorrista, durante a
• Óculos de proteção
realização de atividades
onde possam existir • Aventais
riscos potenciais à sua
pessoa.
EPI’S.
SINAIS DIAGNÓSTICOS.

• Pupilas
• As pupilas são normais quando possuem o mesmo
diâmetro e possuem contornos regulares.
• As pupilas são classificadas em:
• Isocórica: pupilas iguais .
• Anisocórica: pupilas desiguais .
• Miose: pupilas contraídas .
• Midríase: pupilas dilatadas.
Pupilas
• As pupilas contraídas podem ser encontradas nas
vítimas viciadas em drogas depressoras (maconha e
venenos).
• As pupilas dilatadas indicam um estado de
excitação (cocaína, heroína, antiasmáticos,
emagrecedores).
• As pupilas desiguais são geralmente encontradas
nas vítimas com lesões de crânio ou acidente
vascular cerebral (encefálico).
Pupilas.
Coloração da Pele
• A cor da pele depende primariamente da
presença de sangue circulante nos vasos
sanguíneos subcutâneos.

• Uma pele pálida, branca, indica circulação


insuficiente e é vista nas vítimas em choque ou
com infarto do miocárdio.
• Uma cor azulada (cianose) é observada na
insuficiência cardíaca, na obstrução de vias aéreas, e
também em alguns casos de envenenamento.
Poderá haver uma cor vermelha em certos
estágios do envenenamento por monóxido de
carbono (CO) e na insolação.
INSOLAÇÃO
Estado de Consciência
• Normalmente, uma pessoa está alerta, orientada
e responde aos estímulos verbais e físicos.

• Qualquer alteração deste estado pode ser indicativo


de doença ou trauma.

• O estado de consciência é provavelmente o sinal


isolado mais seguro na avaliação do sistema
nervoso de uma pessoa.
• Uma vítima poderá
apresentar desde leve
confusão mental por
embriaguez, até coma
profundo, como
resultado de uma lesão
craniana ou
envenenamento.
Capacidade de Movimentação
• A incapacidade de uma pessoa consciente em se
mover é conhecida como paralisia e pode ser o
resultado de uma doença ou traumatismo.

• A incapacidade de mover os membros superiores


e inferiores, após um acidente, pode ser o
indicativo de uma lesão da medula espinhal, na
altura do pescoço (coluna cervical).
Capacidade de Movimentação
• A incapacidade de
movimentar somente os
membros inferiores
pode indicar uma lesão
medular abaixo do
pescoço.
• A paralisia de um lado
do corpo, incluindo a
face, pode ocorrer como
resultado de uma
hemorragia ou coágulo
intraencefálico (acidente
vascular cerebral).
Reação à Dor
• A perda do movimento • É extremamente
voluntário das importante que este fato
extremidades, após uma seja reconhecido como um
lesão, geralmente é sinal de provável lesão da
acompanhada também de medula espinhal, de forma
perda da sensibilidade. que a manipulação do
acidentado não agrave o
• Entretanto, ocasionalmente trauma inicial.
o movimento é mantido,
e a vítima se queixa
apenas de perda da
sensibilidade ou dormência
nas extremidades.
Reação à Dor
OBSTRUÇÕES DAS VIAS AÉREAS POR CORPO ESTRANHO(OVACE)

• Obstrução por corpo estranho (OVACE)


• CAUSAS MAIS FREQÜENTES:

• 1. ALIMENTOS - CARNE
• 2. PRÓTESES DENTÁRIAS, FRAGMENTOS DENTÁRIOS
• 3. CHICLETES, BALAS ETC
• 4. ASPIRAÇÃO DE MATERIAL REGURGITADO, SANGUE

• LACTENTES E CRIANÇAS

• 1. ASPIRAÇÃO DE PEQUENOS OBJETOS


• 2. ASPIRAÇÃO DE LEITE REGURGITADO
RECONHECIMENTO

VÍTIMA BOM ESTADO

SUBITAMENTE PÁRA DE RESPIRAR

CIANOSE E INCONSCIÊNCIAS
TIPOS DE OBSTRUÇÃO
PARCIAL
MANTÉM ALGUMA TROCA GASOSA
SINTOMAS: TOSSE FORTE, SIBILOS CONDUTA: NÃO INTERFERIR

TOTAL
TROCA DE AR SE TORNA INSUFICIENTE

SINTOMAS: TOSSE INEFICAZ, FRACA,RUIDOS RESPIRATÓRIOS


ESTRIDENTES,GEMENCIA,DIFICULDADERESPIRATÓRIA
ACENTUADA, CIANOSE.

CONDUTA: MANOBRAS
OBSTRUÇÃO POR LÍQUIDO
ROLAMENTO 90º - lateralização da vítima em
monobloco - libera as V.A.S de secreções e sangue.

OBSTRUÇÃO POR SÓLIDOS


REMOÇÃO DIGITAL - somente se o corpo estranho for
visível e facilmente acessível.
Caso seja impossível a remoção digital, realizar
manobra de HEIMILICH (5 compressões sobre região
superior do abdômen, entre apêndice xifóide e
cicatriz umbilical)
Manobra de HEIMILICH
• Caso não resolva e for constatado que a
vítima não tem pulso deve-se iniciar a RCP.

OBS: Não inicie RCP em indivíduo que tem


pulso.
Rolamento 90º
Rolamento 180º
Elevação á Cavaleiro
Chave de Rauteck
Colar de Ked
Prancha rígida, estabilizadores,red
block, laterais e tirantes
HEMORRAGIAS
“Perda de sangue circulante para fora dos vasos
sanguíneos”.
Tipos de hemorragias:
• Interna
• Externa

• Arterial
• Venosa
• Capilar
CONTROLE DE SANGRAMENTOS
• COMPRESSÃO DIRETA: pano ou compressa limpa,
não deve ser trocada quando estiver encharcada
ELEVAÇÃO DO MEMBRO
• Obs: Só deve ser feito se não houver suspeita
de fratura
TORNIQUETE
• Deve ser o último recurso a ser utilizado para
estancar uma hemorragia
• Está praticamente em desuso.
• Considerar uso do torniquete quando:
-Não houver atendimento médico/hospitalar nas
proximidades;
-Houver rompimento de uma artéria;
-O membro tiver sido parcial ou totalmente decepado;
-O sangramento estiver incontrolável.
SINAIS E SINTOMAS DA
HEMORRAGIA INTERNA
• Presença de hematoma
• Rigidez da parede abdominal
• Fraqueza
• Sede
• Frio
SINAIS E SINTOMAS DA
HEMORRAGIA INTERNA

• Alteração do nível de consciência


• Tremores e arrepios do corpo
• Pulso rápido e fraco
• Respiração rápida e artificial
• Pele pálida, fria e úmida
• Sudorese
• Pupilas dilatadas
Tratamento Pré- hospitalar.
1. Alertar o SEM;
2. Abrir as V.A.S e vigiar a respiração e a circulação;
3. Tratar o choque;
4. Manter membros inferiores elevados;
5. Manter a temperatura corporal;
6. Afrouxar roupas apertadas;
7. Estar preparado para o vômito;
8. Não dar nada de comer ou beber;
9. Ministrar oxigênio suplemento.
OTORRAGIA
• Sangramento pelo conduto da orelha externa

A hemorragia auricular, ou otorragia, pode ser:


⦿ 1) Traumática, ou provocada - é a mais comum. São as
hemorragias consecutivas a deflagrações; a diferenças
de pressão (aviação, trabalho em escafandros, etc.); a
fraturas da base do crânio; a traumatismos diretos
sobre o tímpano, etc.

⦿ 2) Atraumática, ou espontânea – são raras e


decorrentes de doenças infecciosas ou síndromes e
afecções pouco comuns.
OTORRAGIA/CONDUTA
• Não fazer tamponamento
• Manter em posição de segurança com a orelha
que esteja sangrando para baixo.
EPISTAXE

Sangramento pelas narinas


EPISTAXE/CONDUTA
• Compressão manual com a cabeça posicionada à
frente 45º.

• Pode-se utilizar gelo juntamente com a compressão.

• Tamponamento utilizando roletes de gaze.


Cuidados da epistaxe
Ferimentos nos Olhos
• Não comprimir diretamente sobre os olhos;
• Cobrir o globo ocular lesado com curativo úmido e
proteger com copo plástico ou bandagem triangular em
anel e compressas de gaze e esparadrapo;
• Estabilizar objetos cravados e nunca tentar removê-
los;
• Tampar os dois olhos;
• Apoio emocional.
ESTADO DE CHOQUE
• Ocorre quando o coração não bombeia sangue
suficiente para encher as artérias a uma pressão
suficiente para fornecer/enviar oxigênio para os
órgão e tecidos. Deixa de ocorrer a perfusão.

• Danos em 4 a 6 minutos

• Acomete coração, pulmões, cérebro


CAUSAS DO CHOQUE
• Perda de líquidos pelo sist. circulatório;

• Coração não bombeia sangue suficiente;

• Vasos sanguíneos dilatam/contraem, o


sangue se acumula longe das áreas vitais;

• Suprimento de oxigênio inadequado.


FATORES QUE CONTRIBUEM PARA
SEVERIDADE DO CHOQUE
• Idade;
• Lesões múltiplas;
• Infarto agudo do miocárdio;
• Gestação;
• Condição física.
TIPOS DE CHOQUE

1. Hemorrágico ou hipovolêmico;
2. Neurogênico;
3. Cardiogênico;
4. Séptico;
5. Anafilático.
Choque
1. HEMORRÁGICO ou HIPOVOLÊMICO

Perda de sangue, geralmente por trauma


múltiplo e queimaduras severas.

Não existe sangue suficiente no sistema


para fornecer circulação adequada a todas
as partes do corpo.
Sinais e Sintomas
• Respiração e pulso rápido;
• Palidez ou pele azulada;
• Lentidão no repreenchimento capilar;
• Pele úmida e fria;
• Transpiração forte;
• Pupilas dilatadas;
• Olhos escuros e fundos;
• Ânsia, vômito e náusea;
• Perda da consciência em choque profundo.
2. NEUROGÊNICO
Lesão medular ou cefálica ocasionando perda do
controle nervoso. Os vasos sanguíneos dilatam e
não existe sangue suficiente para enchê-los.
O traumatismo de coluna vertebral (traumatismo
raquimedular) é a lesão da medula espinhal que
provoca alterações, temporárias ou permanentes,
na função motora, sensibilidade ou função
autonômica;
NEUROGÊNICO
• Pode ser o resultado de várias lesões, incluindo:
• Acidente automobilístico, motociclístico ou ciclístico,
• Quedas,
• Ferimentos por arma de fogo,
• Ferimentos por arma branca (ex. faca),
• Agressão física,
• Acidentes na prática desportiva, etc.
• 60% dos casos ocorrem em indivíduos na faixa dos 15 aos 30 anos.
Sinais e sintomas
• Dor associada ao movimento do pescoço, costas e
pernas;
• Lacerações, cortes, equimoses na área da coluna;
• Perda de sensibilidade nos braços e/ou pernas;
• Dormência, fraqueza ou formigamento nos braços e/ou
pernas;
• Deformidade na coluna;
• Paralisia;
• Choque neurogênico;
• Incontinência urinária ou fecal, priapismo.
CONDUTA
• Sempre suspeitar de trauma na coluna em vítima de qualquer
lesão séria;
• Na dúvida, trate como se houvesse lesão;
• Não oferecer líquido.
• Nunca permitir que a vítima se movimente e não movimentar
a vítima para verificar se ela sente dor;
• Manter vias aéreas permeáveis;
• Imobilizar o pescoço utilizando o colar cervical;
• Movimentar a vítima em bloco, evitando movimentos
bruscos;
• Colocar a vítima em prancha de madeira e encaminhar para
atendimento hospitalar.
Colar Cervical
3. PSICOGÊNICO
Algo psicológico afeta a vítima.
Perda de consciência que é mediado pelo sistema nervoso
parassimpático, provocando bradicardia, vasodilatação
periférica e hipotensão transitória.
Falha na atividade de bombeamento do coração.
4. CARDIOGÊNICOS

O miocárdio não bombeia com eficiência


suficiente para circular o sangue,
geralmente devido lesão, doença cardíaca
ou infarto do miocárdio.
6. SÉPTICO
As toxinas de infecções graves causam
vasodilatação, acúmulo de sangue nos capilares
e invasão de bactérias nos vasos sanguíneos.
7. ANAFILÁTICO

Reação alérgica intensa, geralmente por picada


de inseto, alimentos ou medicamentos.
Atendimento em Primeiros Socorros
em Estado de Choque.
• Observar se não há objetos ou secreções na
boca da vítima, de maneira que ela possa se
asfixiar com ele. Ex. bala, chiclete, prótese,
etc.
• Descobrir a causa do estado de choque
(hemorragia interna, externa, queimadura,
etc.)
• Tentar eliminar a causa , ex.: hemorragias.
Afrouxar as roupas, cintos.
Atendimento em Primeiros Socorros
em Estado de Choque.
• Temperatura adequada, evite abafá-la.
• Conversar com a vítima, se consciente.
• Manter Jejum
• Mantê-la avaliada até a chegada do socorro
médico. (avaliação primária e secundária).
TRAUMATISMO CRANIANO

Também conhecido como traumatismo


cranioencefálico – TCE.

• O traumatismo craniano é uma lesão na cabeça


que pode afetar apenas o crânio, no caso de
fraturas, ou provocar danos graves no cérebro,
como contusão ou coágulo sanguíneo, passando
a ser chamado de traumatismo
cranioencefálico.
SINAIS E SINTOMAS DO TCE
• Sangramentos graves na cabeça ou rosto;
• Deformidade do crânio;
• Saída de sangue ou líquido transparente pelo nariz e ouvidos;
• Dor de cabeça intensa;
• Desmaio, perda de consciência ou sonolência excessiva;
• Olho roxo ou manchas roxas nas orelhas e atrás do ouvido;
• Pupilas com tamanhos diferentes, ou não reativas à luz;
• Confusão, perda de equilíbrio ou fala alterada;
• Crises convulsivas;
• Náuseas e vômitos;
• Perdas de memória, desorientação, visão dupla ou outros distúrbios
visuais.
CONDUTA
• Em caso de TCE, sempre suspeitar de lesão na coluna;
• Verificar sinais vitais e manter vias aéreas permeáveis;
• Avaliar o nível de consciência;
• Examinar a cabeça para verificar se há fraturas, lacerações,
equimoses, afundamentos de crânio ou deformidades;
• Conter hemorragias;
• Verificar condições das pupilas;
• Nunca retirar objetos encravados (estabilização);
• Imobilização com colar cervical;
• Transporte para serviço hospitalar.
Equimose
Classificação dos Ferimentos
Os ferimentos podem ser classificados em
abertos e fechados:
• Ferimento ou trauma aberto: é aquele onde
existe uma perda de continuidade da superfície
cutânea, ou seja, onde a pele está aberta.
• Ferimento ou trauma fechado: a lesão ocorre
abaixo da pele, porém não existe perda da
continuidade na superfície, ou seja, a pele
continua intacta.
Tratamento Pré-hospitalar dos
Ferimentos Fechados
Estes ferimentos podem variar o grau de lesão
abaixo da pele até lesões severas em órgãos
internos.
Basicamente, o tratamento pré-hospitalar
consiste em avaliar o acidentado, identificar a
lesão e tratar a hemorragia interna com
imobilização e prevenir o choque.
Tipos de Ferimentos Abertos
Existem diferentes tipos de ferimentos abertos
em partes moles. Os mais comuns são:
• Abrasões ou escoriações;
• Ferimentos incisos;
• Lacerações;
• Ferimentos penetrantes ou perfurantes;
• Amputações;
• Eviscerações.
Conduta Ferimentos Abertos.

• Orientação geral.
• Lavar o ferimento com água corrente ou soro
fisiológico, para remover partículas, depois cobrir
com gaze estéril.
• Preste atenção!!!
• A particularidade de cada ferimento deve ser
considerada. Procurar o serviço de saúde para
atualizar a imunização contra o tétano.
• Feridas incisivas ou cortantes – provocadas por bisturi,
faca, estilete, etc.
• Feridas contusas – provocadas por paus, pedras, soco,
etc.
• Feridas perfurantes – provocadas por arma de fogo e
arma branca.
• Feridas penetrantes – o objeto atinge uma cavidade
natural do corpo (tórax, abdômen).
• Feridas transfixantes – variedade de ferida perfurante ou
penetrante. O objeto penetra e atravessa os tecidos ou
determinado órgão em toda a sua espessura.
• Escoriações ou abrasões – produzidas pelo atrito
de uma superfície áspera e dura contra a pele.
Atinge somente a pele, exemplo, cinza, graxa,
terra.
• Avulsão ou amputação – parte do corpo é
arrancada ou cortada. Exemplo, membros ou
parte dos membros, orelha, nariz.
• Laceração – o mecanismo de ação é a pressão ou
tração exercida sobre o tecido, causando lesões
irregulares.
TRAUMA TORÁCICO
• O trauma torácico ocupa o terceiro lugar
(25%), atrás dos traumas das extremidades
(34%) e cranianos (32%) nos acidentes
automobilísticos.

• Trauma torácico representa aproximadamente


25% de todas as mortes por trauma.
Traumatismo Torácico
• Tórax – Contém órgãos nobres (coração, pulmões,
grandes vasos)
• Lesões potencialmente graves com comprometimento
de funções vitais
• Necessidade de identificação rápida das lesões para
tratamento adequado.
• Principais causas:
acidentes automobilísticos
quedas de altura
agressões
lesões esportivas

Trauma Torácico
Classificação do trauma:

• 1) Trauma Fechado - Causado pelo choque do tórax


contra anteparos ou de objetos contra o tórax, sem
rompimento da caixa torácica.
Conduta: verificar sinais vitais, manter vias aéreas
permeáveis, verificar possível hemorragia interna,
imobilização e encaminhar para o hospital.
Trauma Torácico
• Lesões nas costelas: Nestas lesões o principal
sintoma é a dor que aumenta com os movimentos
respiratórios e em alguns casos, há formação de
edema ou hematoma local.

O tratamento consiste no enfaixamento do tórax,


visando diminuir a amplitude dos movimentos
respiratórios.
Trauma Torácico
• Lesões pulmonares: Nestas lesões a dor também é
um sintoma importante, se intensa, em pontadas,
piorando quando se apalpa a região afetada e se
ainda piora com os movimentos respiratórios e tosse,
poderá ocorrer às seguintes complicações:
• Pneumotórax (entrada de ar na cavidade pleural);
• Hemotórax (sangue na cavidade pleural);
• Insuficiência respiratória;
• Choque.
Trauma Torácico
• Pneumotórax
Trauma Torácico
• Hemotórax
Trauma Torácico
• 1) Trauma Aberto – Perda de continuidade da
parede torácica como resultado de contusão,
penetração de objetos perfurantes ou projéteis
Trauma Torácico
Conduta:
• Verificar sinais vitais, manter vias aéreas permeáveis;
• Conter hemorragias;
• Nunca retirar um objeto encravado. Deve-se
estabilizar o objeto com um curativo volumoso;
• Evitar o choque;
• Encaminhar ao hospital.
Trauma Torácico
Trauma Abdominal
• Ocorre muitas vezes em associação com trauma
torácico.

• Contusões e ferimentos penetrantes freqüentemente


atingem tórax também.
Trauma Abdominal Fechado
• Choque ou compressão contra anteparos:
Painel de carro, cinto de segurança abdominal, volante
de veículos, trauma em atividades desportivas, ondas de
choque de explosões.
Trauma Abdominal Fechado
Sinais e Sintomas:
• Dor abdominal intensa, a principio localizada, mas
que precocemente se torna difusa;
• Vômitos podem ocorrer precocemente ou
tardiamente;
• Distensão abdominal, acentuado aumento do
abdome, como ocorre nos casos em que houve lesão
de uma víscera oca como o estomago ou intestino;
Trauma Abdominal Aberto
• Ocorre com a solução de continuidade da parede
abdominal por objetos, projéteis, armas brancas ou
ruptura por esmagamentos
Trauma Abdominal Aberto
Conduta:
• Nas lesões superficiais, tratar os ferimentos com os cuidados de
uma boa assepsia;
• Nas lesões profundas, manter a vitima em jejum;
• Havendo exteriorização de alguma víscera, não tente recolocá-la
na cavidade abdominal;
• Fazer cuidadosa limpeza local com soro fisiológico ou água limpa,
evitando manipular as vísceras;
• Recobrir a lesão com gaze esterilizada umedecida em soro
fisiológico ou água e se possível, aquecida.
• Não tentar remover corpos estranhos encravados no abdome.
Lesões Osteoarticulares

• Tipos:

1. Contusões
2. Entorses
3. Luxações
4. Fraturas
Contusões
• São lesões superficiais decorrente de trauma, com
pele íntegra e de intensidade variável; (entre a pele e
o osso).

• Podem ser leves e graves.

• Os sinais e sintomas são: dor, impotência funcional


relativa, edema, equimose, hematoma, derrame
cutâneo e articular.
Tratamento nas Contusões

• Durante as primeiras 24 horas aplicar


compressas de gelo.

• Após 24 horas fazer calor local para ajudar a


absorver edemas, hematomas e relaxar a
musculatura.
Entorses
• Geralmente é conhecida por torcedura ou mau jeito.
• É o resultado de movimentos bruscos que a
articulação realiza acima do normal.
• As entorses são lesões de partes moles podendo ser
leves e graves.
• Os locais onde ocorre mais comumente são as
articulações do tornozelo, ombro, joelho, punho e
dedos.
Entorses
• Após sofrer uma entorse, o indivíduo sente dor
intensa ao redor da articulação atingida, dificuldade
de movimentação, que poderá ser maior ou menor
conforme a contração muscular ao redor da lesão.
Tratamento nos Entorses
O tratamento de entorse de grau 1 consiste,
basicamente, em repouso, compressas de
gelo e uso de anti inflamatório e analgésico.

Já no caso de entorses grau 2 e 3, é necessário


também imobilizar temporariamente a
articulação lesionada.
Luxações

• São lesões em que a extremidade de um dos ossos


que compõem uma articulação é deslocada de seu
lugar.
• São estiramentos mais ou menos violentos, cuja
consequência imediata é provocar dor e limitar o
movimento da articulação afetada.
• Perda da contiguidade das superfícies ósseas das
articulações. Necessita forte trauma.
Luxações
• Os casos de luxação ocorrem geralmente devido a
traumatismos, por golpes indiretos ou movimentos articulares
violentos, mas, às vezes uma contração muscular é suficiente
para causar a luxação.
• Dependendo da violência do acidente, poderá ocorrer o
rompimento do tecido que cobre a articulação, com exposição
do osso.
• As articulações mais atingidas são o ombro, cotovelo,
articulação dos dedos e mandíbula.
• Os sinais e sintomas são: dor intensa, impotência funcional,
aumento de volume, deformidade visível na articulação.
Podendo apresentar um encurtamento ou alongamento do
membro afetado.
Luxações
Tratamento nas luxações
• O tratamento de uma luxação (redução) é atividade exclusiva
de pessoal especializado em atendimento a emergências
traumato ortopédicas.
• Os primeiros socorros limitam-se à aplicação de bolsa de gelo
ou compressas frias no local afetado e à imobilização da
articulação, preparando o acidentado para o transporte.
• A manipulação das articulações deve ser feita com extremo
cuidado e delicadeza, levando-se em consideração, inclusive,
a dor intensa que o acidentado estará sentindo.
• Nos casos de luxações recidivantes o próprio acidentado, por
vezes, já sabe como reduzir a luxação.
Fraturas
• É a perda da continuidade de uma estrutura óssea, podendo
ser total ou parcial.
• Geralmente resultante de um mecanismo agressor
importante.
• O envelhecimento e determinadas doenças ósseas
(osteoporose) aumentam o risco de fraturas, que podem
ocorrer mesmo após traumatismos banais. Estas lesões são
chamadas fraturas patológicas.
• A fratura pode se dar por ação direta, por exemplo, um
pontapé na perna, levando à fratura no local do golpe, ou por
ação indireta, por exemplo, a queda em pé de uma altura
considerável
Tipos de Fraturas
Classificação das Fraturas
• Fratura Fechada ou Interna
São as fraturas nas quais os ossos quebrados permanecem no
interior do membro sem perfurar a pele. Poderá, entretanto
romper um vaso sanguíneo ou cortar um nervo.
Classificação das Fraturas
• Fratura Aberta ou Exposta
São as fraturas em que os ossos quebrados saem do lugar,
rompendo a pele e deixando exposta uma de suas partes, que
pode ser produzida pelos próprios fragmentos ósseos ou por
objetos penetrantes. Este tipo de fratura pode causar
infecções.
Classificação das Fraturas
• Fratura em Fissura ou fratura de estresse
São aquelas em que as bordas ósseas ainda estão muito
próximas, como se fosse uma rachadura ou fenda.
Classificação das Fraturas
• Fratura em Galho Verde
É a fratura incompleta que atravessa apenas uma
parte do osso. São fraturas geralmente com pequeno
desvio e que não exigem redução; quando exigem, é
feita com o alinhamento do eixo dos ossos. Sua
ocorrência mais comum é em crianças e nos
antebraços (punho).
Classificação das fraturas
• Fratura em Galho Verde
Classificação das Fraturas

• Fratura Cominutiva Fratura em que existe a


fragmentação do osso.
Sinais e Sintomas de Fraturas
• Dor intensa no local e que aumenta ao menor
movimento.
• Edema local.
• Crepitação ao movimentar (som parecido com o amassar
de papel).
• Hematoma (rompimento de vasos, com acúmulo de
sangue no local) ou equimose (mancha de coloração
azulada na pele e que aparece horas após a fratura).
• Paralisia (lesão de nervos).
CONTINUAÇÃO NA PARTE 2.

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