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Antibioticos Beta-Lactamicos - Curso de Atualização em Farmacologia
Antibioticos Beta-Lactamicos - Curso de Atualização em Farmacologia
HOJE NÃO,
BACTÉRIAS!
Mestrando:
M. V. Mikael Almeida Lima
CONCEITOS
o Antibiótico: substância produzida naturalmente por
microrganismos capaz de inibir ou destruir outros micro-
organismos.
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ESPECTRO DE AÇÃO
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FATORES QUE INTERFEREM NA AÇÃO DO
ANTIMICROBIANO
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ANTIOBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS
São antibióticos que inibem a síntese da parede
celular de bactérias, impedindo que as ligações
cruzadas entre as fitas de peptideoglicano se
formem.
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ANTIOBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS
Formado pelas penicilinas, cefalosporinas, cefamicinas, ácido
clavulânico, carbapenens, nocardicinas e monobactâmicos.
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ANTIOBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS
Derivados semi-sintéticos e sintéticos permitiram o uso dos
betalactâmicos no combate também ás bactérias Gram- negativas;
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HISTÓRIA DA PENICILINA
Descoberta em 1928 por Alexander Fleming quando saiu de férias e
esqueceu algumas placas com culturas de microrganismos em seu
laboratório. Quando voltou, reparou que uma das suas culturas de
Staphylococcus tinha sido contaminada por um bolor, e em volta das
colônias deste não havia mais bactérias;
Então Fleming e seu colega, Dr. Pryce, descobriram um fungo do
gênero Penicillium, e demonstraram que o fungo produzia uma
substância responsável pelo efeito bactericida: a penicilina. Eles
comprovaram as suas qualidades antibióticas, assim como a sua não-
toxicidade e a utilizaram clinicamente em 1941.
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HISTÓRIA DA CEFALOSPORINA
Em 1945 o professor da Universidade de Cagliari em Itália, Giuseppe
Brotzu descobriu a primeira cefalosporina, produzida pelo fungo
Cephalosporium acremonium. Detectou ainda, que esta nova molécula
tinha um espetro de ação mais alargado do que o conhecido pela
penicilina G, o que o tornou desde logo muito interessante para
desenvolvimento;
Só três anos mais tarde, uma equipe de investigadores de Oxford
conseguiu identificar mais que um antibiótico produzido por este fungo
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-LACTÂMICOS
PENICILINAS
Penicilinas naturais
- Penicilina G
- Penicilina V
Penicilinas semi-sintéticas
1. Resistentes à ação das -lactamases
- Oxacilina
Associação de -lactâmico +
- Meticilina inibidor da -lactamase
- Amoxicilina/clavulanato (® Clavulin)
2. De amplo espectro - Amoxicilina/sulbactam (® Unasyn)
- Ampicilina - Piperacilina/tazobactam (® Tazocin)
- Amoxicilina
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-LACTÂMICOS
CEFALOSPORINAS
1 Geração:
a 3a Geração:
- Cefotaxima (® Claforan)
- Cefalotina (® Keflin)
- Ceftriaxona (® Rocefin)
- Cefalexina (® Keflex)
- Ceftazidima (® Fortaz)
2a Geração:
- Cefoxitina (® Mefoxin) 4a Geração:
- Cefuroxima (® Zinacef) - Cefpirona (® Cefron)
- Cefepima (® Maxcef)
5a Geração:
- Ceftaroline (® Zinforo)
- Ceftobiprole
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-LACTÂMICOS
MONOBACTÂMICOS
- Aztreonam (® Azactam)
CARBAPENÊMICOS
- Imipenem (® Tienam)
- Meropenem (® Meronem)
- Ertapenem (® Invanz)
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FARMACOCINÉTICA
ABSORÇÃO: Quando um beta-lactâmico natural é administrado
por via oral, ele é pouco ou nada absorvido.
Apenas as formas sintéticas e semi-sintéticas, como a amoxicilina,
são melhor absorvidas. Com o intuito de contornar esta situação, é
necessário recorrer à via parenteral;
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MECANISMO DE AÇÃO
A parede celular das bactérias: peptideoglicanos
esqueleto de açúcares: ácido N-acetilmurâmico (NAM)
N-acetilglucosamina (NAG).
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TOXICIDADE, HIPERSENSIBILIDADE E OUTRAS
REAÇÕES ADVERSAS
Drogas de elevado índice terapêutico e relativamente atóxicas para o
homem.
Reações alérgicas ou de hipersensibilidade à droga
As formas farmacêuticas atuais mais responsáveis por essas reações
são as parenterais e as orais.
As reações alérgicas às penicilinas são classificadas como imediatas,
aceleradas, tardias.
30 minutos após a administração: liberação de histamina e outras
substâncias por mastócitos e basófilos.
Reações aceleradas: 01 a 72 horas, geralmente não põem a vida em
risco.
Reações tardias: mais frequentes, aparecem dias ou semanas após sua
administração
- Febre, anemia hemolítica, infiltração pulmonar, eosinofília, vasculite,
eritrema multiforme, etc.
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PENICILINA V
A penicilina V é um derivado semi-sintético, do
grupo das fenoxipenicilinas.
INDICAÇÕES
Faringite estreptocócica por estreptococos beta-hemolíticos
do grupo A, durante 10 dias;
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PENICILINAS PENICILINASES- RESISTENTES
Também chamadas de antiestafilocócicas, caracterizam-se
por sua capacidade de resistir a ação de penicilinases,
especialmente produzidas por Staphylococcus aureus.
METICILINA
ESPECTRO ANTIBACTERIANO
Ativada contra a maioria das subespécies de Staphylococcus aureus,
mesmo as que produzem beta- lactamases;
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METICILINA
INDICAÇÕES
São indicadas em infecções causadas por estafilococos produtores da
penicilinase, motivo pelo qual se tornam as penicilinas de primeira linha
nas infecções por estafilococos resistentes a benzilpenicilina
INDICAÇÕES
Idênticas àquelas da meticilina, sendo a principal indicação representada
pelas infecções graves provocadas por Staphylococcus aureus. Não é
recomendada em lactantes nem em pacientes com disfunção hepática
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PENICILINA DE ESPECTRO AMPLIADO
Penicilinas da segunda geração ou Aminopenicilinas:
Ampicilina, Amoxilina, Bacompicilina, Ciclacilina
Penicilinas da terceira geração ou Antipseudomonas:
Carbenicilina, Ticarcilina
Penicilinas da quarta geração:
Azlocilina, Mezlocilina:
• Piperazinopenicilina: piperacilina
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AMPICILINA
A ampicilina é uma penicilina de amplo espectro,
resistente à ação do suco gástrico, porém sensíveis
às beta-lactamases
FARMACOCINÉTICA
Vias oral, intramuscular e intravenosa;
Apesar de resistir à ação do suco gástrico, sua absorção, ao nível
gastrointestinal, varia de 30 a 50% da dose ingerida;
O alimento, no trato gastrointestinal, reduz a absorção do antibiótico;
A ampicilina se liga às proteínas plasmáticas na taxa de 20%;
É principalmente eliminada por via renal, através da secreção tubular;
Após a administração parenteral, a ampicilina pode ser recuperada na
urina na taxa de 90% e, após a administração oral na taxa de 40%;
Apenas 10% da droga é metabolizada;
A meia- vida na fase beta da eliminação dura cerca de 1 hora, na
presença de função renal normal;
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AMPICILINA
ESPECTRO ANTIBACTERIANO
É ativa in vitro contra a maioria das bactérias Gram-positivas, estafilococos,
estreptococos, com exceção dos estafilococos produtores de beta-
lactamases. Além de cocos Gram-positivos, bactérias anaeróbias com
exceção de algumas bactérias;
Ativa contra algumas bactérias Gram-Negativas;
A ampicilina é hidrolisada pelas beta-lactamases produzidas por diversas
bactérias;
TOXICIDADE
A ampicilina é bem tolerada e os efeitos colaterais são brandos,
representados por exantemas e diarréia;
INDICAÇÕES
É bactericida, possui elevado índice terapêutico;
Cistite aguda bacteriana, pielonefrite aguda, epidídimo-orquite aguda,
gonorréia não complicada ou disseminada, meningite, pneumonia, infecções
cultâneas, otite média aguda, sinusite aguda, entre outros.
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AMOXICILINA
FARMACOCINÉTICA
Resistente à ação do suco gástrico, e sua absorção pelo trato gastro-
intestinal atinge 75 a 80% da dose oral;
01 a 02 horas após a administração atingem-se as concentrações séricas
máximas;
A alimentação não interfere, de maneira significativa, na absorção do
antibiótico, motivo pelo qual é preferido em lugar da ampicilina, por via oral;
A amoxicilina se liga às proteínas plasmáticas na taxa de cerca de 20%;
Atinge elevadas concentrações na bile e na urina;
É eliminada rapidamente por secreção tubular renal. Cerca de 50 a
70% são excretados pela urina, sob a forma inalterada;
É metabolizada na taxa de 10%;
Nos pacientes com função renal normal, a meia-vida da fase beta de
eliminação dura aproximadamente 01 hora;
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AMOXICILINA
ESPECTRO ANTIBACTERIANO
Similar a da ampicilina, porém exerce menor atividade contra espécie de
Shigella;
É inativada pelas beta-lactamases produzidas por diversas bactérias como
S. aureus, H. Influenze, N. gonorrhoeae e várias enterobactérias, como E.
coli e Salmonella sp.
INDICAÇÕES
01- INFECÇÕES ESTREPTOCÓCICAS
Faringite, amigdalite, otite média, sinusite, impetigo, erisipela;
02- INFECÇÕES PNEUMOCÓCICAS
Pneumonia;
03- INFECÇÕES GONOCÓCICAS
04- SÍFILIS
05- INFECÇÕES ESTAFILOCÓCICAS
Broncopneumonia, septicemia, meningoencefalites, abcessos,
osteomielites, furúnculos;
06- INFECÇÕES POR BACILOS GRAM-NEGATIVOS
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PENICILINAS ANTIPSEUDOMONAS
CARBENICILINA
A carbenicilina é uma penicilina semi-sintética,
sensível à ação do suco gástrico e das beta-
lactamases.
ESPECTRO ANTIBACTERIANO:
Ativa contra a maioria dos cocos Gram-positivos e Gram-
negativos, mas nessas indicações, é muito menos ativa que
a benzilpenicilina e a ampicilina.
A maior vantagem clínica da carbenicilina consiste na sua
atividade contra diversas subespécies de Pseudomonas
aeruginosa e também ativa contra cepas de Acinetobacter
e, entre os anaeróbios, Fusobacteruim e Bacteroides,
inclusive muitas raçãs sensíveis de B. fragilis.
Como a carbenicilina é sensível à ação de beta-lactamases,
o aparecimento de resistência de bacilos Gram-negativos é
muito comum.
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CEFALEXINA
Cefalosporina de primeira geração
ESPECTRO ANTIBACTERIANO:
Efetiva contra algumas espécies de Staphylococcus e
CEFACLOR
Cefalosporina de segunda geração
ESPECTRO ANTIBACTERIANO:
Aparece na década de 70; Grupo metoximino na posição 7;
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CEFTRIAXONA
Cefalosporina de terceira geração
ESPECTRO ANTIBACTERIANO:
Bactérias Gram-negativa e Gram-positiva;
CEFEPIME
Cefalosporina de quarta geração
ESPECTRO ANTIBACTERIANO:
Mesma atividade contra Gram-negativas, porém mais
potentes para Grampositivas do que os de 3ª geração.
Mais resistentes à degradação por beta-lactamases;
CEFTAROLINE
Cefalosporina de quinta geração
ESPECTRO ANTIBACTERIANO:
Última geração, com enorme potencial devido ao seu
espectro de ação contra bactérias multirresistentes;
Atividade contra estafilococos meticilino–resistentes;
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