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→ Antimicrobianos Betalactâmicos
• Inibem a atividade da transpeptidase e de outras enzimas chamadas proteínas de ligação da penicilina (PLP)
• Bactericidas
• Não são capazes de atuar na parede celular já formada
• Bactericida em MO que estejam se multiplicando
- Tempo-dependente (T>CIM)
• Gram+: CIM mais baixas
• Gram - : CIM mais alta
→ Produção da betalactamase
• Genes que codificam as betalactamases (190)
- Mutações do cromossomo bacteriano
- Transferido por plasmídeos
PENICILINAS
→ Farmacocinética
• Via de administração: injetável ou oral
- Algumas são mais sensíveis ao pH do suco gástrico e não podem ser administradas por via oral
- Injetável é preferida em casos mais graves
• Absorção:
- Oral pouco eficiente (exceto amoxicilina)
- Absorção reduzida na presença de alimentos (tempo de esvaziamento gástrico prolongado e
destruição do fármaco em pH ácido)
• Distribuição:
- Suficiente para combater microrganismos na maior parte dos tecidos e fluídos corporais. Doses altas
em articulações, cavidades pleurais e peritoneais
- Incapazes de penetrar no SNC, próstata e olhos
- pH fisiológico: estão carregadas e insolúveis em lipídeos, de modo que não entram facilmente nas
células
• Biotransformação:
- Na maioria, mínima biotransformação hepática, exceto ampicilina
• Excreção:
- Secreção tubular e filtração glomerular em sua forma original - altas concentrações na urina
→ Efeitos adversos
• Altos índices terapêuticos
• Hipersensibilidade
• Pode ter efeito tóxico devido ao potássio
→ Interações medicamentosas
• Sinérgicas com aminoglicosídeos contra muitas bactérias
• Penicilinas de amplo espectro agem sinergicamente com fármacos que se ligam às enzimas betalactamase,
cloxacilina, clavulanato e algumas cefalosporinas
Penicilinas naturais
→ Penicilina G
• Obtidas pelo fungo Penicillium
• Penicilinas K, F, G e X
• Doses em UI
• G = Benzilpenicilina, inativa pelo pH estomacal, somente uso parenteral
→ Penicilina V
• Fenoximetilpenicilina
• Fermentação + ácido fenoxiacético
• Difere da G por ser resistente ao pH ácido do estômago - VO
• Eliminação completa após 6 horas
→ Espectro de ação (G e V)
• Aeróbios gram +
• Anaeróbios obrigatórios
• Curto
• Gram +: estreptococos e estafilococos não produtores de penicilinase
• Inativas: Pseudomonas e maioria das Enterobacteriaceae e estafilococos produtores de penicilinase
→ Aplicações clínicas
• Clostridiose
• Listeriose
• Actimomicose
• Abscesso, feridas e piotórax
• Infecções por estreptococos
→ Aplicação clínica
• Mastite bovina
• Infecções estafilocócicas de pele
• Profilaxia cirúrgica (ortopedia)
• Osteomielite e discoespondilite
PENICILINAS DE AMPLO ESPECTRO DE AÇÃO
I. Ampicilina
- Primeira ampicilina de amplo espectro
- Cocos: Gram + e Gram -
- Grande número de Bacilos gram -
- Acidoestável
- Eliminadas na forma ativa: urina e bile
II. Amoxicilina
- Semelhante a estrutura química e espectro de ação
- Absorção mais efetiva do sistema digestório podendo alcançar 90% da dose administrada
III. Aminopenicilina
→ Aplicações clínicas
- Alta prevalência de resistência adquirida
- Abscesso
- Infecções em tecidos moles por staphylococcus
- Infecções do trato urinário associado ao clavulanato
- Algumas infecções entéricas
- Não deve ser usada na profilaxia cirúrgica de staphylococcus
- IV ou IM
INIBIDORES DE BETALACTAMASE
• Ácido Clavulânico
• Sulbactam
• Tazobactam
→ Ácido Clavulânico
- Isolado de culturas de Streptomyces clavuligerus
- Possui anel betalactâmico
- Bem absorvido pela VO
- Associado a bactericidas mais potentes
→ Sulbactam e Tazobactam
- Semelhante ao ácido clavulânico
• Sulbactam: pouco absorvido por VO, associação com ampicilina gera boa absorção VO
- Consegue se ligar a betalactamase de Citrobacter, Enterobacter, Proteus e Serratia
• Tazobactam: associado a piperacilina aumenta o espectro de ação
→ Cefalosporinas e Cefamicinas
• Mecanismo de ação: impedem a síntese da parede celular através da prevenção de ligações cruzadas do
peptidoglicano
• Custo do tratamento: fator limitante (++)
• Cefalosporinas são resistentes à betalactamase produzida por Staphylococcus spp.
• Bactericidas
• Tempo dependente: T>CIM
• Mecanismos de resistência:
- Menor permeabilidade; inativação enzimática; ausência da proteína ligante de penicilina específica
- Bombas de efluxo e betalactamase: limitação do uso
CEFALOSPORINAS
- Mesma estrutura química e mecanismo de ação que as penicilinas
- Maior resistência natural às betalactamases
- Separação em gerações
→ Farmacocinética
• Via de administração: injetável
- Absorção via oral escassa, com raras exceções
• Distribuição:
- Boa distribuição nos fluídos corporais
- Raras medicações atingem o SNC
• Biotransformação: mínima
• Excreção: secreção tubular e filtração glomerular
Cefalosporinas de 1° geração
• Visto como um potencial substituto a benzilpenicilina
• Atividade contra Gram -
• Cefazolina, cefalotina, cefapirina e cefradina: administração parenteral
• Cefalexina e cefadroxila: administração oral
→ Espectro de ação
Excelente atividade em:
- Aeróbicos Gram +
- Staphylococcus produtores de betalactamase
Moderada a baixa atividade em:
- Aeróbicos Gram -
- Anaeróbicos obrigatórios
→ Aplicações clínicas
• Infecções de pele causadas por Staphylococcus
• Infecções de tecidos moles por Gram +
• Infecções de trato urinário por Gram +
• Conjuntivite bacteriana
• Osteomielite e discoespondilite
Cefalosporinas de 2ª Geração
– boa aeróbios G+, anaeróbios obrigatórios e aeróbios G-;
- excelente Staphylococcus β lactamase
• Cefoxitina e cefuroxima: adm parenteral
• Cefaclor: oral
→ Aplicações clínicas
• As mesmas utilizadas para cefalosporinas de 1 geração
Cefalosporinas de 3ª Geração
– excelente aeróbios G-
- boa anaeróbios obrigatórios e Staphylococcus β lactamase
- regular aeróbios G+
• Podem atingir o SNC e ser utilizados para tratamento de meningites
• Todas são administradas via parenteral
• Ceftriaxona, ceftiofur e cefovecina
→ Aplicações clínicas
• Infecções graves causadas por aeróbicos Gram - e anaeróbios
• Infecções de trato urinário
• Cefovecina: uso em pele
• Ceftriaxona: uso no SNC
Cefalosporinas de 4° geração
• Ainda muito amplamente utilizadas na medicina para o tratamento de infecções hospitalares e infecções em
trato respiratório, urinário e nervoso
• Cefepima
→ Espectro de ação
Excelente:
- Staphylococcus produtores de betalactamase
- Aeróbicos Gram -
- Aeróbicos Gram +
Moderada a baixa:
- Anaeróbios obrigatórios
Carbapenemas
Atividade:
- Gram +
- Gram -
- Várias betalactamases
→ São eles:
• Imipeném
- Não é a primeira escolha
- Infecções graves e resistentes
- Resistente a pseudomonas aeruginosa
- Não tem absorção VO; IV em ampla distribuição
- Promove formação de metabólito tóxico; associado a cilastatina bloqueia a formação
Efeitos adversos: distúrbios gastrointestinais, hipersensibilidade cutânea, convulsões e tremores raros
• Meropeném e Ertapeném
- Mais novos
- Não promovem formação do metabólito tóxico, logo não precisa estar associado a cilastatina
Monobactâmicos
São aqueles em que o anel betalactâmico não está associado a outro anel em sua estrutura química
- O anel monobactâmico confere mais resistência
→ Espectro de ação
Excelente:
- Aeróbicos Gram -
- Staphylococcus prod. de betalactamase
Nenhuma atividade:
- Aeróbios Gram +
- Anaeróbios obrigatórios
• Aztreonam
- Primeiro da classe
- IV ou IM
- Pode substituir os aminoglicosídeos em infecções sensíveis
• Tigemonam
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AULA 3 - ANTIMICROBIANOS QUE INTERFEREM NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA CELULAR E NA SÍNTESE
PROTEICA
→ Membrana celular
• Permeabilidade seletiva
• Importante para manter o microorganismo vivo
• Alterações na estrutura causam a morte do MO
Polimixinas
• Decapeptídeo cíclico
• A, B, C, D, E e M
• E = COLISTINA
• Via tópica e intramamária
• Toxicidade sistêmica
• IM e IV
• Excreção renal de forma ativa - filtração glomerular
→ Mecanismo de ação
Interfere na permeabilidade da membrana; ligam-se a constituintes lipoproteicos da membrana
desorganizando a estrutura
→ Espectro de ação
Amicacina > Tobramicina >= Gentamicina > Neomicina = Canamicina > Estreptomicina
→ Efeitos tóxicos
• Ototóxico, nefrotóxico e risco de paralisia neuromuscular
II. Bacteriostáticos
• Macrolídeos
• Lincosamidas
• Tetraciclinas
• Cloranfenicol
→ Neomicina
• VO: suprimir bactérias do TGI e produção de amônia em pequenos animais
• Tópico: oftálmico, otológico, pele (boa atividade contra Staphylococcus)
→ Gentamicina
• Mais usado
• Surgimento de novas cepas resistentes
→ Tobramicina
• Espectro similar a gentamicina
• Resistência cruzada imprevisível
• Mais ativa contra Pseudomonas
→ Amicacina
• Resistente a maioria de enzimas que inativam os outros aminoglicosídeos
• Tratamento de infecções severas por pseudomonas e Gram -
• Pode ser administrada por mais tempo, com menos risco de nefrotoxicidade de que gentamicina
Macrolídeos
• Possuem anel lactônico macrocíclico
• MV: uso limitado por toxicidade em herbívoro VO
• Boa distribuição
(Eritromicina, Azitromicina, Claritromicina e Espiramicina)
→ Mecanismos de ação
• Ligação irreversível com a subunidade 50S dos ribossomos
• Se ligam ao sítio de ligação do tRNA e inibem a fase de transpeptidação e translocação do tRNA-peptídeo
entre os sítios do ribossomo
→ Espectro de ação
Excelente:
- Bactérias Gram +
- Anaeróbicas
Resistentes:
- Enterobactérias Gram -
• Eritromicina: excelente contra Campylobacter sp. e Mycoplasma sp
• Azitromicina e Claritromicina: Gram -, Mycobacteria, Borrelia, Brucella, Leptospira, Toxoplasma, etc
Lincosamidas
• Estrutura química diferente dos macrolídeos
• Espectro e mecanismo de ação semelhantes
• Clindamicina: maior espectro e melhor absorvida VO
→ Mecanismo de ação
• Ligação irreversível com a subunidade dos ribossomos
• São bacteriostáticos
• Tempo-dependentes
→ Espectro de ação
Excelente:
- Bactérias Gram +
- Anaeróbicas
Resistentes:
- Enterococcus sp.
• Clindamicina: maior atividade contra bactérias anaeróbias, incluindo anaeróbio gram - (Bacteroides spp)
→ Efeitos tóxicos
• Colite ulcerativa; alergias e urticária; acúmulo em doença renal e hepática
Tetraciclinas
• Formadas por 4 aneis
• Terramicina, Oxitetraciclina e Doxiciclina
→ Mecanismo de ação
• Ligação irreversível com a subunidade 30S dos ribossomos; impede que o tRNA se fixe ao ribossomo,
impedindo a síntese proteica
• Podem se ligar a unidade 40S
• Bacteriostáticos; não são 100% seletivos
→ Espectro de ação
Excelente:
- Gram + e Gram -
- Mycoplasma, Rickettsia, Ehrlichia e Anaplasma
• Muita resistência
→ Efeitos tóxicos
Irritação tecidual, hepatotoxicidade, nefrotoxicidade
→ Aplicações clínicas
• MV: doenças bacterianas atípicas (Chlamydophila, Borrelia, Rickettsia e Mycoplasma)
• Boa escolha para Ehrlichia canis
• Brucelose + rifampicina e estreptomicina
• Supercrescimento bacteriano no intestino delgado
Anfenicóis
Cloranfenicol, Tianfenicol (semelhante espectro de ação) e Florfenicol (maior espectro)
→ Mecanismo de ação
• Inibem a síntese proteica, ligando-se irreversivelmente à subunidade 50S do ribossomo - bloqueio da
peptidiltransferase (inibe a formação do peptídeo)
I. Cloranfenicol
• Bacteriostático
• Antagonismo com macrolídeos
• Podem atacar a unidade 40S - não são 100% seletivos
→ Espectro de ação
Excelente:
- Gram + e Gram -
- Riquétsias, espiroquetas e micoplasmas
Resistente:
- Pseudomonas e Chlamydia
→ Efeitos tóxicos
• Toxicidade na medula óssea, anormalidade hematológica e potencializa a toxicidade de outros fármacos
→ Mecanismo de ação
Alguns microorganismos dependem da síntese de ácido fólico como precursor para função celular adequada
– às sulfonamidas agem como um substrato falso na síntese do ácido fólico e o sinergismo com
trimetoprim/ormetoprim devido sua ação inibindo enzima dihidrofolato redutase
→ Vias de administração
• VO, tópica e IV
→ Efeitos tóxicos
Salivação, diarreia, hiperpneia, fraqueza muscular e cristalúria sulfonamida (crônica)
Quinolonas