Você está na página 1de 90

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE

LONDRINA

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE

CÂNCER DE PRÓSTATA
Antonio Fernandes Neto
PROLIFERAÇÃO CELULAR

CÂNCER DA PRÓSTATA
Antonio Fernandes Neto

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Centro de Ciências da Saúde


Departamento de Cirurgia
Setor de Urologia
ANATOMIA - PRÓSTATA
Peso:
15 a 20 gramas.

Localização:
Abaixo da bexiga.
Atravessada pelo canal
uretral.

Função:
Reprodutiva.
ANATOMIA - PRÓSTATA
ANATOMIA ZONAL
ANATOMIA - PRÓSTATA
ZONA DE TRANSIÇÃO
ANATOMIA - PRÓSTATA
ZONA CENTRAL
ANATOMIA - PRÓSTATA
ZONA PERIFÉRICA
PORQUE A PRÓSTATA CRESCE ?

 Importância da testosterona.

Nos primeiros 20 anos a próstata cresce e


a testosterona é importante nesta fase.

Dos 20 aos 30 anos a próstata não cresce


e volta a cresce aos 30 anos.
PORQUE A PRÓSTATA CRESCE ?
REDESPERTAR EMBRIOLÓGICO

TESTOSTERONA

PRODUZ FATORES DE CRESCIMENTO 5 alfa redutase

DIIDROTESTOSTERONA
PORQUE A PRÓSTATA CRESCE ?

 Os estrógenos também podem ser


estimuladores dos fatores de crescimento.
Com a idade a quantidade sanguínea de testosterona diminui, havendo uma
maior percentagem de estrógeno.

 Inflamação na próstata (linfócitos produz


citosina que provoca hiperplasia).
A inflamação produz expressão de genes ontogênicos que faz a
próstata proliferar.
Fatores de risco - CaP

 Idade;
 Raça / Afro-americano;
 Historia familiar;
 Dieta rica em gordura / carne vermelha;

Ann Internal Med 1993;118:798-803


Fator de risco para CaP –Idade
Prevalência do Câncer da Próstata em Autópsia
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
40-49
Idade

Ann Internal Med 1997;126:394-406


Fator de risco para CaP –Idade
Prevalência do Câncer da Próstata em Autópsia
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
40-49 50-59
Idade

Ann Internal Med 1997;126:394-406


Fator de risco para CaP –Idade
Prevalência do Câncer da Próstata em Autópsia
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
40-49 50-59 60-69
Idade

Ann Internal Med 1997;126:394-406


Fator de risco para CaP –Idade
Prevalência do Câncer da Próstata em Autópsia
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
40-49 50-59 60-69 70-79
Idade

Ann Internal Med 1997;126:394-406


Fator de risco para CaP –Idade
Prevalência do Câncer da Próstata em Autópsia
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
40-49 50-59 60-69 70-79 80+
Idade

Ann Internal Med 1997;126:394-406


Fator de risco para CaP – Raça
Taxa de CaP por 100.000 homens
140

120

100

80 Branca

Negra
60

40

20

0
Incidência
1985
Cancer Epid, Biomarkers Prev 1997;6:763-768
J Urology 1986;136:948-954
CA Cancer J Clin 2002;52:23-47
Fator de risco para CaP – Raça
Taxa de CaP por 100.000 homens
250

200

150 Branca

Negra
100

50

0
Incidência Incidência
1985 1992-1998
Cancer Epid, Biomarkers Prev 1997;6:763-768
J Urology 1986;136:948-954
CA Cancer J Clin 2002;52:23-47
Fator de risco para CaP - Genética

Urologia: princípios e prática: 1.ed. 1999


J Urol 1993; 150(3): 797-802.
Fator de risco para CaP – Alimentação

Carne vermelha Carne assada


gordurosa
Sinopse de Urologia 2003; 7(1):3.
Urology 1999; 53(4): 769-74.
J Clin Endocrinol Metab 1982; 54(6): 1104-8.
Epidemiologia - Incidência Mundial
Taxa de Incidência por 100.000 habitantes

Maior Taxa de Incidência


America do Norte
Cancer Biol 1998; 8(4): 219-35
Br J Urol 1987; 59(6): 493-502 Europa
London, Mosby, 1996; p. 170.
Oceania
Epidemiologia - Incidência Mundial
Taxa de Incidência por 100.000 habitantes

Taxa baixa

Cancer Biol 1998; 8(4): 219-35 Asia


Br J Urol 1987; 59(6): 493-502
London, Mosby, 1996; p. 170.
Epidemiologia - Incidência Mundial
Taxa de Incidência por 100.000 habitantes

Taxa intermediária
América do Sul e Central
Cancer Biol 1998; 8(4): 219-35
Leste Europeu
Br J Urol 1987; 59(6): 493-502 Africa
London, Mosby, 1996; p. 170.
Epidemiologia – Incidência nos Estados Unidos

Incidência anual
Incidência dede
anual casos dede
casos Câncer dede
Câncer Próstata
Próstata
350.000

300.000
Introdução do PSA
250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0
1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003

CA Cancer J Clin 2003;53:5-26


CA Cancer J Clin 1985-2002
Epidemiologia - Câncer da Próstata

 É o câncer não cutâneo mais comum no


homem.
De cada 6 homens 1 vai ter câncer na próstata.
Somente 1/30 morre do CaP.

 Sério problema de saúde pública no Brasil com


altas taxas de incidência e mortalidade.
É o segundo tipo mais comum de câncer nos homens Brasileiros.
É a segunda causa mais comum de morte por câncer nos homens Brasileiros.

INCA, 2003
USPSTF, Williams and Wilkins;1996:119-131
Cancer 1997;80:1805-1807
CA Cancer J Clin 2001;51:15-36
American Cancer Society, 2003
Diagnóstico precoce

Curável quando diagnosticado


precocemente.
Rastreamento - CaP
Sociedade Brasileira de Urologia
 Realização anual de EDR e
dosagem de PSA nos homens com
mais de 50 anos ou acima de 45
anos se forem negros ou tiverem
história de antecedentes de câncer
de próstata em parentes de
primeiro grau.

I Consenso Brasileiro do Câncer de Próstata, 1998


Diagnóstico clínico do CaP

Sinais e Sintomas
Exame digital Retal (EDR)
PSA
Sinais e Sintomas

As manifestações clínicas são um


evento tardio. Ocorre quando a
doença avançou localmente ou
metastizou. Destacam-se a retenção
urinária e a hematúria.

Câncer urológico. Platina, 1990; p. 460.


Lancet.1991; 338(8765): 469-71.
Exame Digital Retal

Nódulo ou área endurecida


Problemas: Falso Positivo
 Hiperplasia prostática benigna;
 Calculose prostática;
 Prostatite crônica;
 Fibrose;
 Infarto prostático;
 CaP.
Câncer urológico. São Paulo, Platina, 1990; p. 460.
Exame Digital Retal
Problemas
 Dos nódulos prostáticos endurecidos
apenas 50% são malignos.

 40 a 60% não são palpáveis.

 25% com doença metastática apresentam


toque normal.

.Brit J Urol 1993; 72(2): 173-6 Radiology 1981; 141(3): 757-62


Med Clin North Am 1996; 80(1):83-98. Acta Oncol 1991; 31(8): 815-21.
PSA

 Alto se > que 4 ng/ml.

 Entre 4 e 10 ng/ml, possibilidade


de CaP em cerca de 35% dos casos.
- zona cinzenta -

 > 10 ng/ml possibilidade de CaP


aumenta para 60%.
Damião e Carretie, 1997
Exame Digital Retal e PSA
4 e 10 ng/ml Probabilidade
de CaP de 35%
PSA
+ Nódulo

Nódulo presente Nódulo ausente


PROBABILIDADE PROBABILIDADE
CaP DE 80 a 90% CaP DE 15 a 20%
PSA
Problemas
 PSA normal até 4.0 ng/ml.
20% de falso negativo (pode ter CaP).
PSA RICO DE CaP (%)
< 0,6 0,4%
> 0,6 e < 2,5 4% (10x mais)
2,5 – 4,0 24% (60x mais)

 Questiona-se o ponto de corte do PSA


para 2,5 ou 3,0 – 4,0 ng/ml.
New Engl. J. Med 1991; 324(17): 1156-61.
Jornal CFM 1997; p.13.
JAMA 1996; 276(16): 1309-15.
PSA
Problemas
Aumenta o PSA: Falso Positivo

 Idade;
 HPB;
 Biópsia prostática;
 Prostatite, Infecção urinária;
 Ejaculação recente;
 Retenção urinária;
 Massagem vigorosa.
American Urological Society, 2000
PSA - Aumento da especificidade
PSA ajustado pela Idade / Raça

Antígeno Prostático Específico Sérico ng/ml


Limite superior normal do PSA sérico
Idade (anos)
Negro Amarelo Branco
40 - 49 2,0 2,0 2,5
50 - 59 4,0 3,0 3,5
60 - 69 4,5 4,0 4,5
70 - 79 5,5 5,0 6,5

Oesterling, JAMA 1993; 270(7): 860-4.


Vashi, Mayo Clinic Proceedings, 72(4):337-344, April 1997.
PSA - Aumento da especificidade
Relação PSA livre/ PSA total
Útil para pacientes com PSA entre 4 e 10 ng/ml
HPB produz mais PSA livre que CaP.

CaP produz menos PSA livre que HPB.

PSA
PSA livre Complexado
Sintetizariam concentrações maiores de:
∝-1-antiquimotripsina
∝-2-macroglobulina
PSA L / PSA T < 0,15
Aumenta Probabilidade de CaP
PSA - Aumento da especificidade
Relação PSA livre/ PSA total
HPB produz mais PSA livre que CaP.
PSA livre = 2,5 PSA total = 7,5

PSA L / PSA T = 2,5/7,5 = 0,33 > 0,15


10% probabilidade de CaP.
CaP produz menos PSA livre que HPB.

PSA livre = 1.0 PSA total = 7,5

PSA L / PSA T = 1,0/7,5 = 0,08 < 0,15


59% probabilidade de CaP.
Catalona et al 1997, J of Urology
PSA - Aumento da especificidade
Relação PSA livre/ PSA total
 Indica biópsia se < 0,15.
 PSA livre diminui no CaP
60% 56%

50%

40%
Probabilidade 28%
de CaP 30%
20%
16%
20%
8%
10%

0%
0-10 10-15% 15-20% 20-25% > 25%

% de PSA livre Catalona, JAMA 1993; 270(8): 948-54.


Catalona, JAMA 1998; 279(19): 1542-7.
PSA - Aumento da especificidade
 Densidade do PSA = PSA/Peso da próstata
Útil para pacientes com PSA entre 4 e 10 ng/ml.
Anormal se > que 0.15 ng/ml/cm³
PSA=7 PSA=7
Peso=70 gramas Peso=30 gramas
PSA/Peso = 0,10 PSA/Peso = 0,23
Probab. CaP = 19% Probab. CaP = 68%

 Velocidade do PSA
Anormal se > que 0,75 ng/ml/ano.
JAMA 1992;267:2215-2220
Urol Clin N America 1997;24:339-350 J Urology 1992;147:815-821
JAMA 1998;279:1542-1547 Fernandes NA 2007, Tese doutorado
Diagnostico por imagem
 USTR;
 Tomografia computadorizada (TC);.
 Ressonância magnética com bobina endo-retal;
 Cintilografia óssea;
 Radiografia do esqueleto.

Nenhuma modalidade de imagem


efetivamente diferencia tecido prostático
canceroso do normal.
USTR

 É útil para guiar a agulha de biópsia.

 Permite ver áreas sugestivas de CaP.

 67% dos tumores são hipoecogênicos.


32% isoecogênicos.
1% hiperecogênicos.
J Urol 1996; 155(4): 1299-300.
Urol ClinNorth Am. 1989; 16(4): 635-55.
Diagnóstico do CaP
Indicações de biópsia

 EDR anormal.
 e/ou PSA elevado (> 2,5 ng/ml);
 PSA anormal ajustado para a idade.
 e/ou velocidade aumentada do PSA;
 PIN, ASAP.
Diagnóstico do CaP
Biópsia prostática
– Insere agulha através da parede do reto até a próstata.
– Remove fragmentos da próstata.
– Exame ao microscópio.
Diagnóstico do CaP
Biópsia prostática
Diagnóstico do CaP
Biópsia prostática
Não existe ainda uma técnica aceita universalmente

sextante 8 a 10 fragmentos

J Urol 2003; 169(1): 12-9.


J Urol 2000; 163(3): 179-80.
J Urol 1989b; 142(1): 71-4.
J Urol 2001; 165(3): 757-60.
J Urol 2000 164(2):388-392
12 fragmentos 13 a 18 fragmentos
Diagnóstico Histológico do
CaP
Patologia: epitélio normal,PIN e CaP

Epitélio normal PIN CaP

Histoquímica: Histoquímica: Histoquímica:


citoqueratina Perda parcial Ausência da
34 beta E12 da Membrana Membrana
evidencia a
Membrana Basal Baixo grau Alto grau

Seabra DDG. Tese de Doutorado 2000.


Cancer 1988; 61(3): 555-61. 30% de possibilidade de ter câncer
Patologia: ASAP – Imunohistoquimica
ASAP = Proliferação atípica de pequenos ácinos

ASAP 34βE12 P504S


Marcador positivo Marcador negativo
50% de
probabilidade de Positivo = Normal Negativo = Normal
CaP
Negativo = CaP Positivo = CaP
www.medscape.com/viewarticle/466981_3
Patologia

Baseada em arranjo arquitetural

Hum.Patholo 1992; 3(23): 273-9.


J.Chol 1974; 111: 58-64.
História natural do CaP
 Não é bem compreendida.

 Grande parte não progride/ ou


progride lentamente: 1 a 2 cm a cada
2 a 4 anos.
Progressão do Após 5 anos Após 10 anos Após 15 anos
tumor com <
de 5% da 5% 15 a 20 % 25 a 35%
glândula

J Urol 1986; 136(4): 840-3. Lancet ii 1965; 1037-9.


JAMA 1992; 267(16): 2191-6. J Urol 1980; 124(5): 626-31.
História natural do CaP -
Estágios

Epitélio Câncer da Câncer da


prostático Câncer da
próstata próstata
normal próstata localmente
histológico localizado avançado

10 a 15
anos
Câncer da próstata Câncer da
ÓBTO andrógeno próstata
independente metastático
Estadiamento do CaP
 Estimar a extensão da doença.
 Auxiliar a decisão terapêutica.
 Prever os resultados (prognósticos).

Estadiamento clínico
 Toque e PSA;
TC ou ressonância magnética da próstata;
 RX do esqueleto;
 Cintilografia óssea.
Estadiamento do CaP

Cintilografia óssea:
Múltiplas áreas de
metástases ósseas
no esqueleto axial e
apendicular
(fêmures e
úmeros). Portador
de neoplasia
prostática
Estadiamento do CaP

Estadiamento Patológico
É a confirmação da extensão da
doença pós cirurgia radical com
estudo da peça cirúrgica e dos
gânglios.
Estadiamento do CaP - TNM
Tumor Primário
TX Não se pode avaliar o tumor primário
T0 Nenhuma evidencia do tumor primário
T1 Tumor inaparente clinicamente, pela palpação e métodos de imagem
T1a Tumor achado incidentalmente em 5% ou menos de tecido
ressecado
T1b Achado incidental em mais de 5% do tecido ressecado
T1c Tumor identificado por biópsia por agulha (p.ex., por PSA elevado)
T2 Tumor confinado à próstata
T2a Tumor confinado a metade de um lobo ou menos
T2b Tumor em mais da metade de um lobo, ma sem atingir o outro
T2c Tumor envolvendo ambos os lobos
T3 Tumor extendendo-se além da cápsula prostática
T3a Extensão extra-capsular
T3b Extensão extra-capsular bilateral
T3c Tumor invadindo as vesículas seminais
T4 Tumor fixo invadindo estruturas adjacentes que não as vesículas seminais
T4a Tumor invadindo colo vesical, esfíncter externo ou reto
T4b Tumor invadindo músculos elevadores ou parede pélvica
Estadiamento do CaP - TNM
Linfonodos Regionais
NX Linfonodos regionais não podem ser avaliados
N0 Nenhuma metástase em linfonodos regionais
N1 Metástase em um único linfonodo com menos de 2 cm de maior diâmetro
N2 Metástase em um único linfonodo, com mais de 2 cm no maior diâmetro,
mas menos
de 5 cm no seu maior diâmetro; ou metástases em mais de um linfonodo,
nenhuma com
mais de 5 cm de diâmetro
N3 Metástase em linfonodo com mais de 5 cm de diâmetro
Metástases à Distância
MX Não se pode avaliar metástases à distância
M0 Ausência de metástases à distancia
M1 Metástases à distancia
M1a Linfonodos (exceto os regionais)
M1b Ósseas
M1c Em outros locais
Tratamento do CaP
Localizado T1 e T2
 Conduta expectante (Watchefful Waiting).
 Prostatectommia radical (disf. erétil e incontinência)
- Retropúbica;
- Perineal;
- Laparoscópica;
 Radioterapia;
- Externa:Tradicional (7.000 rads);
- Conformacional (8.000 rads);
Qual destes tratamentos oferece
benefício na sobrevida ?
10 anos de expectativa de vida em CaP localizado
90%
80%
70%
radioterape
60% utas
50% Urologistas
40%
30%
20%
10%
0%
Braquiterapia

JAMA 2000;23:3217-3222
Qual destes tratamentos oferece
benefício na sobrevida
10 anos de expectativa de vida em CaP localizado
90%
80%
70%
60% Radioterape
utas
50%
Urologistas
40%
30%
20%
10%
0%
Braquiterapia radioterapia
externa

JAMA 2000;23:3217-3222
Qual destes tratamentos oferece
benefício na sobrevida
10 anos de expectativa de vida em CaP localizado
100%
90%
80%
70% radioterape
60% utas
50% Urologistas
40%
30%
20%
10%
0%
Braquiterapia radioterapia Prostatectomia
externa radical

JAMA 2000;23:3217-3222
Tratamento do CaP
Localmente avançado T3
 Esquema BOLLA
Hormonioterapia 4 meses seguida
de radioterapia e posteriormente 6
meses de hormônio terapia.
 Prostatectomia radical já seguida de
radioterapia.
(avisa o paciente que ele vai fazer radioterapia depois da cirurgia)

 Hormonioterpia seguida de
prostatectomia radical não funciona.
Tratamento do CaP
Metastático
 Endocrinoterapia.
Orquiectomia;
Estrógenos;
Análogos do LHRH;
Anti-andrógenos periféricos.
 Quimioterapia.
 Terapia gênica – vacinas.
 Terapia alternativas – PC SPES (ervas).
Tratamento do CaP
Importância do PSA no seguimento
 Recidiva de PSA
- Maior 0,2 após 30 dias de cirurgia radical.
- Maior 0,4 após 6 a 12 meses da radioterapia.

 Doença sistêmica
- Tempo de duplicação do PSA < 10 meses.

 Doença local
- Tempo de duplicação do PSA > 10 meses.
Tratamento do CaP
 Recidiva local.
Radioterapia da loja prostática.

 Recidiva sistêmica.
Endocrinoterapia.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

DISCUSSÃO DE CASO
• Manoel 70 anos, negro.
• Assintomático vem para check-up.
• AP: hipertensão leve.
• AF: irmão com CaP.
• EF: próstata com 30 gramas sem nódulo.
• PSA total: 5,5 ng/ml.
• PSA livre:0,5 ng/ml (relação PSA T/ PSA L = 0,09
• PSA do ano anterior: 3,5 ng/ml.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

•Manoel 70 anos.
• A idade é fator de risco?

50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
40-49 50-59 60-69 70-79 80+
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

•Manoel negro.
•A raça é fator de risco?
250

200

150 Branca

Negra
100

50

0
Incidência Mortalidade Incidência Mortalidade
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

• AF: irmão com CaP.


• Antecedentes familiares é fator de risco?
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

• PSA idade 70 anos / raça negra.


• O PSA ajustado para a idade e
raça é fator de risco?

PSA ajustado pela Idade / Raça


Antígeno Prostático Específico Sérico ng/ml
Idade (anos) Limite superior normal do PSA sérico
Negro Amarelo Branco
40 - 49 2,0 2,0 2,5
50 - 59 4,0 3,0 3,5
60 - 69 4,5 4,0 4,5
70 - 79 5,5 5,0 6,5
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

• PSA 5,5.
• Qual risco de ter CaP ?

 Entre 4 e 10 ng/ml, possibilidade


de CaP em cerca de 35% dos casos.
- zona cinzenta -
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

• PSA total: 5,5 ng/ml.


• PSA livre:0,5 ng/ml
• Relação PSA T/ PSA L = 0,09 é fator de risco ?

60% 56%

50%

40%
Probabilidade 28%
de CaP 30%
20%
16%
20%
8%
10%

0%
0-10 10-15% 15-20% 20-25% > 25%

% de PSA livre
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

• Velocidade do PSA.
• PSA: 5,5 ng/ml.
• PSA do ano anterior: 3,5 ng/ml.
• A velocidade do PSA é normal ou anormal ?

 Velocidade do PSA
Anormal se maior que 0,75 ng/ml/ano.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

• Densidade do PSA.
• PSA: 5,5 ng/ml.
• Volume da próstata: 30 g
• PSA / Volume da próstata: 5,5 / 30 = 0,18
• A densidade do PSA = 0,18 é fator de risco ?

Útil para pacientes com PSA entre 4 e 10 ng/ml.


Anormal se > que 0.15 ng/ml/cm³
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Qual a probabilidade de CaP


baseado no PSA e toque retal ?

PSA: 5,5 ng/ml.


Toque retal: normal
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

4 e 10 ng/ml Probabilidade
de CaP de 35%
PSA
+ Nódulo

Nódulo presente Nódulo ausente


PROBABILIDADE PROBABILIDADE
CaP DE 80 a 90% CaP DE 15 a 20%
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Conduta ?
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Biópsia da próstata
Quantos fragmentos deve ser retirado?

12 fragmentos

 Cada fragmento identificado.


(em frasco separado )
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

• Resultado do anatomopatógico.
• Adenocarcinoma de próstata Gleason 3+4 = 7

Baseado no anatomopatológico podemos


afirmar que este é um tumor?
• Bem diferenciado
• Moderadamente diferenciado
• Indiferenciado
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Gleason 3+3 = 7
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Conduta ?
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

 Conduta expectante (Watchefful Waiting).


 Prostatectommia radical.
- Retropúbica;
- Perineal;
- Laparoscópica;
 Radioterapia;
- Externa:Tradicional (7.000 rads);
- Conformacional (8.000 rads);
- Braquiterapia.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Paciente realizou prostatectomia radical.


Opção 1

PSA 2 meses após cirurgia = 0,2


PSA 2 anos após cirurgia = 1,3

Recidiva local ou sistêmica?


Importância do PSA no seguimento

 Doença local
- Tempo de duplicação do PSA > 10 meses.
Conduta ?

Opção 1
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Opção 1
Radioterapia da loja prostática
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Paciente realizou prostatectomia radical.


Opção 2

PSA 30 dias após cirurgia = 0,2


PSA 6 meses após cirurgia = 1,3

Recidiva local ou sistêmica?


Importância do PSA no seguimento

 Doença sistêmica
- Tempo de duplicação do PSA < 10 meses.
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Conduta ?

Opção 2
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE LONDRINA

Opção 2
Endocrinoterapia.
Orquiectomia;
Estrógenos;
Análogos do LHRH;
Anti-andrógenos periféricos.

Você também pode gostar