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Experiência 1
O objectivo da experiência 1 é determinar se os recém-nascidos são
capazes de descriminar entre formas de classes diferentes.
Cada criança é familiarizada com um exemplar de uma categoria de
formas e, então, testada com esse exemplar já familiarizado
emparelhado com um novo exemplar de uma nova categoria.
Experiência 2
O objectivo da experiência 2 é determinar se os recém nascidos são
capazes de descriminar entre vários exemplares seleccionados dentro de
uma mesma categoria de formas.
Cada criança foi familiarizada com um exemplar de uma das categorias
de forma e então testada com o exemplar familiar emparelhado com um
novo exemplar da mesma categoria.
Experiência 3
O objectivo da experiência 3 é determinar se os recém-nascidos e as
crianças de 3,4 meses de idade conseguem formar representações
categóricas para as várias classes de formas geométricas.
Cada criança foi familiarizada a 6 exemplares diferentes da mesma
categoria de formas. Posteriormente foi lhe mostrado um novo exemplar
da categoria de forma a que ele havia sido familiarizado, juntamente
com um exemplar de uma nova categoria de formas. Foram feitas duas
exposições com os cartões emparelhados, sendo a posição de exposição
invertida a cada uma das exposições.
Se as crianças tivessem formado uma representação categórica da forma
dos exemplares apresentados durante os testes de familiarização, logo o
novo exemplar da nova categoria deveria atrair mais atenção do que o
novo exemplar da categoria familiarizada.
Instrumentos
Resultados
Experiência 1
• As crianças recém nascidas conseguem discriminar entre exemplares
de formas geométricas de diferentes classes.
Experiência 2
• As crianças recém nascidas conseguem descriminar diferentes formas
dentro da mesma classe.
Experiência 3
• As crianças recém nascidas não são capazes de formar representações
categóricas para as várias classes de formas geométricas.
• As crianças de 3-4 meses conseguiram formar categorias de
representação para as diferentes classes de formas geométricas.
Estas experiências mostram que pode existir uma dissociação entre a
discriminação perceptual e a categorização perceptual, o que se verifica
pelo facto de as crianças recém-nascidas terem conseguido distinguir
formas geométricas de diferentes classes (Exp. 1) e da mesma classe
(Exp. 2), mas não terem conseguido formar categorias de representações
de uma mesma classe de formas(Exp. 3).
Conclusões
As experiências demonstram que:
Os recém-nascidos têm a capacidade de discriminar entre
exemplares de uma forma geométrica vs. Outra (ex. círculo vs.
quadrado, Exp. 1) e entre exemplares diferentes da mesma classe de
formas (ex. um círculo vs. outro, Exp. 2);
Os recém-nascidos não dão provas de conseguirem formar uma
representação categórica de uma classe de formas (ex. círculos) que
inclua novos exemplares dessa classe (ex. novos círculos), mas que
exclua novos exemplos de outras classes de formas (ex. quadrados,
cruzes e triângulos);
Os bebés entre os 3 e 4 meses são capazes de representar
categoricamente classes de formas geométricas simples;
A discriminação perceptiva e a categorização perceptiva não são
processos semelhantes em que a primeira depende da segunda.
As capacidades envolvidas na constância da forma (ao longo de
mudanças de perspectiva) não são as mesmas envolvidas na
categorização perceptiva (ao longo das mudanças de exemplares);
Talvez os recém-nascidos consigam apenas formar categorias mais
gerais e abrangentes (ex. formas abertas vs. formas fechadas), em
vez de formarem categorias mais definidas e restritas (ex. uma forma
geométrica).
Esquema