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FEEDBACK & FEEDFORWARD

Por Myrle GM Zanatta – jul2008.

Explicações e justificativas a parte os fatos revelam o conforto e o


desconforto das pessoas, diante da intenção do bom uso do feedback.

O feedback na versão utilizada pelo emissor do falarei como te percebo.


Na intenção de tudo que direi será para o seu bem.

O feedback na versão utilizada pelo receptor lá vem o feetback ou o


fodeback. São termos em uso dos estudantes de MBA e dos funcionários dos
mais variados contextos organizativos e níveis hierárquicos.

Não surpreende a manifestação do desconforto de ambas as partes.


Quando é percebido desta maneira parece que as pessoas e/ou instituições
atentos aos ruídos da comunicação se valem de programas ou de treinamento
ou de desenvolvimento para aprimorar cada vez mais a habilidade da
conversação. De outro modo, os julgamentos provenientes da autoestima
fragilizada tendem a encaminhar um relacionamento futuro à sorte das
conveniências dos caracteres presentificados nos humanos que conversam e
nas relações de mando inerentes à hierarquia estabelecida.

O aparato da comunicação para além da explicação didática da sua


composição, manifesta-se na prática onde os princípios ficam reduzidos a uma
relação EU-ISTO ao invés da relação EU-OUTRO.

As leis das ciências dos sistemas têm nos sido útil quando nos valemos
de suas propriedades para metaforizar as interações “humanas”. No entanto,
ao empregá-las tendemos a verticalizá-las e estabelecer vieses conforme as
raízes da suas origens. Entre outros componentes o feedforward pode ser
outro ingrediente que venha a minimizar o efeito desconfortável das partes
envolvidas na comunicação, por ocasião do feedback.

No modelo a seguir, vemos a proposta de Mainelli:

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Kaplún propõe um modelo de comunicação que em lugar de partir do
emissor como fonte, parta do destinatário, de suas necessidades e aspirações,
e que em lugar de legitimar-se como um hipotético feedback, seja valorizado o
“feed-forward” ou prealimentação, num modelo de comunicação dialogal.

O autor nos propõe uma prática educativa que coloca como base do
processo de ensino-aprendizagem a participação ativa dos educandos, que os
considera como pessoas-educação e não como objetos-receptáculos; e define
a aprendizagem como um processo ativo de construção e re-criação do
conhecimento. Acrescenta que o melhor formato é o que se rompe. Estudamos
a técnica, conhecemos as leis e as possibilidades que oferece os meios de
transmissão. Depois, pomos de lado todas as normas e damos asas à
imaginação complementa Kaplun.

A proposta não é nova. Encontramos nos diversos programas embutidos


propósitos semelhantes. No entanto, coloca-se em questão não a sua validade,
pois se entende que algo está sendo realizado e apropriado com a certeza da
crença do dar certo. Mas, nos chama a atenção mais uma vez a fonte da
comunicação ser o destinatário da mensagem. Uma forma de enaltecer o mote
perceba o outro. Não há percepções erradas, apenas percepções diferentes.
Feedforward: é proativo, visa predizer como as trocas nos inputs
afetam o comportamento do sistema e se tomam ações para obter o
comportamento previsto

A partir de outra perspectiva, Luís Filipe G. Morgado em sua dissertação


Integração de Emoção e Raciocínio em Agentes Inteligentes, do Departamento
de Informática Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa Campo
Grande, 1749-016 Lisboa Portugal, nos mostra que o padrão de reação
emocional é o resultado cumulativo de todas as modificações resultantes das

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apreciações efetuadas e das conseqüentes interações por realimentação
(“feedback”) ou alimentação direta (“feedforward”).

Conforme o diagrama:

Tanto o feedback quanto o feedforward são dimensões importantes no


processo de comunicação. Ensaiando um modelo básico e arriscando
enaltecer características do seu uso concomitante assinalamos a seguir
algumas características por ora construídas pelos autores das interações
enquanto dão e recebem:

Combinaçã
o
de
entradas

FEEDBACK
&
FEEDFORWARD

Características ao uso do FEEDFORWARD:

Observar os atos-da-fala (speechs-acts)

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Gerir complexidade

• Antecipar-se: proativo
• Visão
• Intuição
• Controle antecipado
• Capacidade de correr riscos
• Disposição à aprendizagem
• Compensação dinâmica
• Pensar criticamente

• Acuidade estática e dinâmica;


• Sensibilidade ao contraste;
• Percepção de profundidade;
• Visão periférica
• Capacidade de se autocuidar
• Conviver com mudanças
• Lidar com a “coragem”: os “medos”
• Reações Posturais, automáticas e antecipatórias.
• ...............................outros..........

Referências:

KAPLUN, Mario. Hacia nuevas estrategias de comunicación en la


educación de adultos. Santiago do Chile: OREALC/UNESCO, 1983. 82 p.
KAPLUN, Mario. Video, Comunicación y Educación Popular: derroteros
para una búsqueda. In:
L.D. Desborough, T.J. Harris, Performance assessment measures for
univariate feedforward/feedback control, Canadian Journal of Chemical
Engineering 71 (1993) 605–616.
Michael Mainelli, Z/Yen Limited. "Industrial Strengths: Operational Risk
and Banks", Balance Sheet, Volume 10, Number 3, pages 25-34, MCB
University Press (August 2002) [Highly Commended Award 2003, Emerald
Literati Club].]
M.J. Grimble, Non-linear generalized minimum variance feedback,
feedforward and tracking control, Automatica 41 (2005) 957–969.

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