Heredograma Medicina Env 19042017 PDF

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HEREDOGRAMA

UESB - DCN
Módulo - Concepção
Profa. Dra. Sandra Mara Bispo Sousa –
marasbs@yahoo.com.br
Padrões de Herança

• Estudos com ervilhas entre 1856


e 1865.

• Somente no século XX seus


trabalhos foram aceitos.

• Determinou a Lei da
segregação dos fatores (1ª Lei)
e a Lei da segregação
independente dos fatores (2ª
Lei).
Definições

• Gene
• Cromossomo
• Cromossomos Homólogos
• Cromossomos Autossômicos
• Cromossomos Sexuais
Cromossomos Autossômicos e Sexuais
Definições
Distúrbios Genéticos

Classificação dos distúrbios genéticos

Distúrbios Monogênicos

Distúrbios Cromossômicos

Distúrbios Multifatoriais
Distúrbios Genéticos

Classificação dos distúrbios genéticos

Distúrbios Monogênicos

Distúrbios Cromossômicos

Distúrbios Multifatoriais
Distúrbios Genéticos

Distúrbios Monogênicos

São determinados por um alelo


especifico num único locus em um
ou ambos os membros de um par
de cromossomos homologos
Conceitos Básicos
Distúrbios monogênicos

Herança Monogênica
É o tipo de herança determinada por um único gene
Autossômica

Ligada ao sexo

21
Conceitos Básicos
Genealogia ou Heredograma

É um método usado para o estudo


da herança de uma característica
a partir das informações coletadas
dos familiares
Figure 7.1 Symbols used to represent individuals and
relationships in family trees

Downloaded from: StudentConsult (on 17 June 2010 07:02 PM)


© 2005 Elsevier
Padrões de herança

• Herança Autossômica
– Dominante
– Recessiva
• Herança Ligada ao X
– Dominante
– Recessiva
Herança Autossômica Dominante

• Características
– Múltiplas ou sucessivas gerações afetadas
– homens e mulheres afetados
– homens e mulheres transmissores
– ao menos uma ocasião de transmissão
homem-homem
• Riscos
– 50% para prole de heterozigotos
Herança
Autossômica Recessiva

• Características
– homens e mulheres afetados
– Pais podem ser consanguíneos
– ocorrência em uma única geração,
geralmente em uma irmandade
• Riscos
– 25% para prole de casal heterozigoto
Anemia falciforme e Erros Inatos do Metabolismo (EIM)
Seleção no alelo da anemia falciforme
aa – hemoglobina ß anormal
Fitness
anemia falciforme
muito baixo

AA – hemoglobina ß normal Fitness


vulnerável a malária
intermed.

Aa – ambas as hemoglobinas ß
resistente a malária alto
fitness

Seleção favorece os heterozigotos (Aa).


Ambos os alelos mantidos na população (a: nível baixo).
Herança
Recessiva ligada ao X

• Características
– Quase exclusivamente homens afetados
– Transmissão de mulheres não afetadas ou
portadoras para seus filhos
– Transmissão homem-homem não é
observada
– Homens afetados podem transmitir para
seus netos através de suas filhas
Exemplos clínicos
Distúrbios monogênicos Padrões de Herança nas Populações Humanas

Distúrbios ligados ao cromossomo X


Distrofia Muscular de Duchenne (DMD)

O exercício, a orientação e o acompanhamento do fisioterapeuta são importantes


para detectar em que fase o indivíduo se encontra e intervir de forma adequada na
tentativa de quebrar o ciclo e evitar a progressão rápida deste processo.
Herança
Dominante ligada ao X

• Características
– Filhas de homens afetados sempre são
afetadas
– Filhos de homens afetados nunca
herdam o distúrbio
– Mulheres afetadas podem transmitir
para prole de ambos os sexos
– Excesso de mulheres afetadas nos
heredogramas
• Riscos
Conceitos Básicos
Distúrbios monogênicos

Inativação do X e a expressão dos


Genes ligados ao X – Hipótese de Lyon

• Compensação da dosagem
• Variabilidade da expressão em heterozigotos
• Mosaicismo
Fatores que interferem nos Padrões de Herança

• Heterogeneidade (alélica ou de locus)

Inclui diversos fenótipos que são


semelhantes mas determinados por
genótipos diferentes.
– Ex.: Cardiopatia Congênita

– Surdez infantil profunda – 18 tipos autossômicos


recessivos e formas autossômicas dominantes.
Fatores que interferem nos Padrões de Herança

 Pleiotropia
Quando um único gene ou par de genes
anormal produz efeitos fenotípicos diversos.
◦ Galactosemia – efeito primário, falta da
enzima galactose-1-fosfato uridil
transferase; efeitos pleiotrópicos (cirrose
hepática, cataratas, deficiência intelectual)
Fatores que interferem nos Padrões de Herança

Penetrância x Expressividade

• Frequência de expressão de um • A manifestação de um fenotipo


fenotipo é inferior a 100%; difere em pessoas que apresentam o
mesmo genotipo;

• Nem todos os individuos que • Mesmo dentro de uma familia a


possuem o gene exibem o defeito; expressão clinica de um distúrbio
pode variar;

• Ex: sindrome do X fragil – • Ex: sindrome de Marfan e distrofia


penetrancia de 80% dos homens. miotônica
Limitada ao sexo

• Forma especial de herança autossômica


dominante que se expressa apenas em um
sexo
– Produção de leite e gemelaridade dizigótica
– Puberdade precoce
• desenvolvimento de caracteres sexuais secundários
e acentuado crescimento, por volta dos 4 anos de
idade,
• não se manifesta nas mulheres,
• homem de baixa estatura – fusão precoce das
epífises ósseas
Influenciada pelo sexo

• O gene se encontra num autossomo, mas sua


manifestação fenotípica, sob a influência hormonal, se dá
em ambos os sexos, com frequências diferentes.
– Calvície hereditária, o gene se comporta como dominante
nos homens e como recessivo nas mulheres

– Hipócrates disse: “Os eunucos nunca têm gota nem ficam


calvos” e segundo Aristóteles, “nenhum rapaz, mulher ou
homem castrado fica calvo” – destacando a importância da
influência hormonal.
Herança holândrica

• Determinada por genes que ocorrem apenas no


cromossomo Y, fora da região
pseudoautossômica, não sendo expressos nas
fêmeas
No heredograma abaixo, uma mulher grávida (III.3) consultou seu médico sobre a
probabilidade de dar à luz outro filho afetado com osteogênese imperfeita
(doença em que os ossos são muito frágeis e sofrem fraturas muito facilmente).
O médico afirmou-lhe que o padrão que seguiam seus filhos vivos era que um
filho afetado era seguido de outro normal, e como seu último filho era afetado, o
próximo seria com toda certeza normal. Consulte o heredograma e responda:
a)Qual o tipo de herança envolvida?

b)Explique por que você estaria ou não de acordo com o médico.

c)Qual o grau de parentesco de II.2 e II.3? E de III.2 e III.3?

d)Suponhamos que os indivíduos IV.1 e IV.6 se casem, e recorram a você


para se informarem sobre a probabilidade de terem um filho com osteogênese
imperfeita. Qual seria a sua resposta?
 Um rapaz de 18 anos de idade vai ao dentista com um problema
caracterizado por hipoplasia do esmalte, que se mostra, na dentição
permanente, opaco e amarelo-acizentado, com grandes câmaras pulpares e
fechamento tardio dos ápices radiculares, entre outros problemas. Após exame
detalhado, o dentista constatou tratar-se de um tipo de raquitismo (raquitismo
dependente de vitamina D) e, a fim de confirmar seu diagnóstico, perguntou
ao paciente sobre a ocorrência de outros casos na família. O paciente
informou que a irmã de 16 anos e o irmão de 15 anos são normais, porém seu
irmão mais novo, com 13 anos, apresenta problema semelhante ao seu. Seus
pais são normais. Seu pai tem três irmãos mais velhos, e sua mãe, nove
irmãos mais jovens do que ela; o pai e a mãe são consanguíneos, pois o pai
de seu pai (avô paterno do probando) era irmão da mãe de sua mãe (avó
materna do probando).

 Qual o defeito básico no raquitismo dependente da vitamina D? Qual o


padrão de herança da doença? Há outro tipo de raquitismo? E qual seu padrão
de herança?
Hipofosfatasia - Raquitismo dependente de vitamina D
• Diminuição nos níveis de fosfatase alcalina no soro,
com aumento dos níveis de fosfoetanolamina.
• Mutação no gene ALPL, localizado 1p36.1-p34 –
codifica a fosfatase alcalina tecidual não específica

Hipofosfatemia- Raquitismo resistente a vitamina D


Herança não-clássica
• Exceções à herança mendeliana

• Afetam a transmissão ou expressão


esperadas dos distúrbios monogênicos
– Mosaicismo somático

– Mosaicismo de linhagem germinativa

– Herança Mitocondrial

– Imprinting Genômico

– Dissomia Uniparental

– Repetições de trinucleotídeos
Mosaicismo somático
• Presença em uma pessoa, ou tecido, de duas
ou mais linhagens celulares geneticamente
diferentes, mas oriundas de um único zigoto
• a mutação ocorreu durante o desenvolvimento não sendo
herdável.
Mosaicismo de linhagem germinativa
Herança mitocondrial
• Número reduzido de mitocôndria nos espermatozóides –
herança materna
– A expressão fenotípica será de acordo com o número de
mitocôndrias com a mutação em relação àquelas sem a mutação
(heteroplasmia) – miopatias e neuropatias
Imprinting Genômico
• Modificações específicas que as contribuições genéticas dos
genitores sofrem ao passar pela linhagem germinativa, tanto
paterna quanto paterna.
• Diferenças de metilação do DNA.
• Alteração não é permanente pois é especificado pela gônoda.
Síndromes de Prader-Willi e
Angelman – deleção em
15q11-13
• PW – obesidade, hiperfagia,
baixa estatura, genitália
pequena, mãos e pés
pequenos, deficiência
intelectual e acessos de raiva.
Afeta 1:16.000 nascimentos.
• Angelman – andar
desajeitado, hiperatividade,
surtos de riso impróprio,
deficiência intelectual severa,
abanar de mãos, ausência de
fala, aparência alegre e EEG
característico. Afeta 1:20.000.
Mecanismo de silenciamento gênico pela
metilação do DNA
Dissomia Uniparental

• Presença de uma linhagem celular dissômica que contém


os dois cromossomos de um determinado par herdados do
mesmo genitor.
Repetições de trinucleotídeos
• Antecipação - aparece mais cedo na prole do que nos
genitores
• É encontrada em vários genes, em número variável, nas
pessoas normais.

STRs (Short Tandem Repeats)


2
CAGATACCGCTCGCGCT CGA
CGACACAGCCAT
4
CAGATACCGCTCGCGCTCGACGACGACGACACAGCCAT
5
CAGATACCGCTCGCGCTCGACGACGACGACGACACAGCCAT
6
CAGATACCGCTCGCGCTCGACGACGACGACGACGACACAGCCAT
Repetições de trinucleotídeos
Repetições de trinucleotídeos

• Aumento do número trincas leva a várias


doenças:
– Síndrome do X frágil – (<200- CGG)

– Distrofia miotônica (200-1.000 CTG)

– Doença de Huntington (37-121 CAG)

– Atrofia espinocerebelar tipo 1 (43-81 CAG)

– Ataxia de Friedreich (200-900 GAA)


Referências

CARAKAUSHANSKY, C. Doenças Genéticas em Pediatria. 1a ed. Rio de


Janeiro: Guanabara Koogan, 2001.
BORGES-OSÓRIO, M. R. & ROBINSON, W. M. Genética Humana.
3ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
JORDE, LB, CAREY, JC, BAMSHAD, MJ, WHITE, RL. Genética Médica.
Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.
LEWIS, R. Genética Médica: conceitos e aplicações. 5ª ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2004.
NUSSBAUM, RL, McINNES, RR, WILLARD, HF. Thompson &
Thompson: Genética Médica. 7ª ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2007.
TURNPENNY, P, ELLARD, S. Emery: Genética Médica. 13a ed. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2009.
ENDEREÇOS ELETRÔNICOS
MEDLINE: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/PubMed.
OMIM: EUA: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/Omim.
Muito Obrigada!!!!!!

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