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UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA – UNIP

CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS


GERENCIAIS

PROJETOS INTEGRADOS MULTIDISCIPLINARES

PIM III

AMBEV

POLO JAGUARIÚNA – SP

2012
UNIVERSIDADE PAULISTA INTERATIVA – UNIP

CURSOS SUPERIORES DE TECNOLOGIA EM PROCESSOS


GERENCIAIS

PROJETOS INTEGRADOS MULTIDISCIPLINARES

PIM III

AMBEV

NOME: RODRIGO FRAISLEBEN PEREIRA

RA: 1200215

NOME: CAMILA APARECIDA MORETTI

RA: 1231603

CURSO: PROCESSOS GERENCIAIS

SEMESTRE: 2º

ORIENTADOR: PROF. MAURO TRUBBIANELLI

ORIENTADORA: PROF. ANDREA MAROTTI

POLO JAGUARIÚNA – SP

2012
RESUMO

O trabalho de pesquisa para o PIM III ( Projeto Multidisciplinar ) teve como


foco principal o estudo financeiro da Companhia de Bebidas das Américas – AMBEV
– que integra a maior plataforma de produção e comercialização de cervejas do
mundo: a Anheuser-Busch Inbev (AB InBev).

A pesquisa abordará as disciplinas de Contabilidade, Fundamentos da


Gestão Financeira e Estatística, seus conceitos e aplicações na empresa.

Sua reconhecida excelência em gestão gera retorno aos acionistas e


garante atuação sustentável. No ano 2010, atingiu volume de vendas de 165,14
milhões de hectolitros de bebidas e receita líquida de R$ 25 bilhões, um crescimento
de 13,2% em relação ao ano de 2009.

O maior patrimônio da Ambev, no entanto, é a sua gente. A companhia


investe de modo contínuo no desenvolvimento de seus funcionários -
aproximadamente 44,9 mil funcionários (ao final de 2010) no Brasil e em mais 13
países. A gestão dos treinamentos, bem como dos cursos internos e externos, é
realizada pela Universidade Ambev, que, em 2010, recebeu investimento de R$ 22,5
milhões, promovendo 74 programas, 712 cursos e mais de 38 mil horas de
treinamento, em módulos presenciais e on-line.
ABSTRACT

The research work for the PIM III (Multidisciplinary Design) had as its main
focus the Company's financial study of the Americas Beverages - AMBEV - the
largest platform that integrates production and sale of beer in the world: Anheuser-
Busch InBev (AB InBev ).

The research will address the disciplines of Accounting, Fundamentals of


Financial Management and Statistics, concepts and applications in the enterprise.

Its recognized excellence in management generates returns for shareholders


and ensures sustainable performance. In 2010, sales volume reached 165.14 million
hectoliters of beverages and net income of $ 25 billion, an increase of 13.2%
compared to 2009.

The largest shareholders of AmBev, however, is its people. The company


continuously invests in developing your employees - approximately 44 900
employees (at end 2010) in Brazil and in over 13 countries. The management
training, as well as internal and external courses, is conducted by the University
Ambev, which, in 2010, received an investment of R $ 22.5 million, providing 74
programs, 712 courses and more than 38,000 hours of training in modules and
attendance online.
SUMÁRIO

1.0 - INTRODUÇÃO...................................................................................................01

2.0 – CONTABILIDADE..............................................................................................03

2.1 – CONCEITO........................................................................................................03

2.2 – FUNÇÕES.........................................................................................................04

2.3 – A ESTRUTURAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL...........................................05

2.4 – O PATRIMÔNIO: BENS, DIREITOS E DEVERES............................................05

2.5 – ATIVO................................................................................................................05

2.5.1 – CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO ATIVO..................................................06

2.6 - PASSIVO............................................................................................................07

2.6.1 – CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PASSIVO.............................................08

2.7 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO....................................................................................08

2.7.1 – CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO......................09

2.8 – BALANÇO PATRIMONIAL................................................................................09

2.9 – REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO.......................10

3.0 – CONTABILIDADE APLICADA NA EMPRESA..................................................10

3.1 – ATIVO, PASSIVO E BALANÇO PATRIMONIAL DA AMBEV (GRÁFICOS).....11

3.2 – RECEITA E LUCRO LÍQUIDO..........................................................................12

3.3 – INVESTIMENTOS DA AMBEV EM 2011 E 2012..............................................13

4.0 – FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA..................................................14


4.1 – INTRODUÇÃO..................................................................................................14

4.2 – OS CONCEITOS DE GESTÃO, ANÁLISE E FUNÇÃO FINANCEIRA.............15

4.2.1 – A FUNÇÃO FINANCEIRA..............................................................................15

4.2.2 – OS CONCEITOS DE GESTÃO, ANÁLISE E FUNÇÃO FINANCEIRA..........16

4.2.3 – PRINCIPAIS OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA.................................18

4.2.4 – O GESTOR FINANCEIRO.............................................................................20

4.2.5 – ANÁLISE FINANCEIRA..................................................................................21

4.2.6 – AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA ANÁLISE FINANCEIRA..............................21

4.3 – O EFEITO TESOURA.......................................................................................22

4.4 – EBITDA: INDICADOR IMPORTANTE PARA O INVESTIDOR.........................22

4.5 – AMBEV: BONS NÚMEROS NO 2º TRIMESTRE..............................................23

5.0 – ESTATÍSTICA...................................................................................................26

5.1 – CONCEITO........................................................................................................26

5.2 – POPULAÇÃO....................................................................................................26

5.3 – AMOSTRA.........................................................................................................27

5.4 – VARIÁVEL.........................................................................................................27

5.4.1 – VARIÁVEL QUALITATIVA..............................................................................27

5.4.2 – VARIÁVEL QUANTITATIVA...........................................................................28

5.5 – MÉDIA, MODA E MEDIANA..............................................................................28

5.5.1 – MÉDIA............................................................................................................28

5.5.2 – MODA.............................................................................................................28
5.5.3 – MEDIANA.......................................................................................................29

5.6 – ESTATÍSTICA APLICADA NA EMPRESA........................................................29

6.0 – CONCLUSÃO....................................................................................................34

7.0 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................35


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1.0 – INTRODUÇÃO

Vista aérea da Indústria de cerveja Ambev em Campo Grande - RJ

A apresentação deste projeto tem a finalidade de integrar os conhecimentos


teóricos adquiridos nas aulas interativas com os conhecimentos práticos até agora
adquiridos, coletando dados de uma empresa real.
A pesquisa foi realizada em uma empresa denominada Ambev.
A fusão da Companhia Antarctica Paulista e da Companhia Cervejaria
Brahma anunciada em 1º de julho de 1999 para a criação da AmBev - Companhia de
Bebidas das Américas só foi aprovada em 30 de Março de 2000 pelo Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Já de início a AmBev foi considerada a
quinta maior empresa de bebidas do mundo, além de ser a maior da América Latina.
A fusão dessas duas grandes empresas de bebidas, a Brahma e a Antarctica, foi
considerada um marco histórico no mercado brasileiro. Apesar disso, os órgãos
reguladores do governo só aprovaram essa fusão com a condição de que algumas
medidas deveriam ser tomadas.A marca Bavária deveria ser vendida, assim como
cinco fábricas, cada uma em uma região do país. A AmBev também não poderia
fechar nenhuma fábrica até o ano de 2004, sem oferecê-la ao mercado antes.
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Também deveria ser feitos programas de treinamento e recolocação de


trabalhadores que perderam emprego em razão da fusão. Criada com o intuito de
ser uma autêntica multinacional brasileira a AmBev conseguiu consolidar sua
posição de destaque e mantém operações em 14 países das Américas, a partir de
cinco unidades de negócio: Cerveja Brasil, a maior operação, com aproximadamente
70% do mercado; RefrigeNanc Brasil, com refrigerantes, bebidas não alcoólicas e
não carbonatadas; Quinsa (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai); Hila-ex
(Equador, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Peru, República Dominicana e
Venezuela) e Canadá.
Individualmente a Ambev é quarta maior cervejaria do mundo e líder do
mercado latino-americano, produzindo e comercializando cervejas, refrigerantes e
bebidas não carbonadas.
A Ambev mantém operações em 14 países das Américas, a partir de cinco
unidades de negócio: Cerveja Brasil, a maior operação, com aproximadamente 70%
do mercado; RefrigeNanc Brasil, com refrigerantes, bebidas não alcoólicas e não
carbonatadas; Quinsa (Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai); Hila-ex
(Equador, Guatemala, Nicarágua, El Salvador, Peru, República Dominicana e
Venezuela) e Canadá. Os produtos são distribuídos em aproximadamente dois
milhões de pontos de venda, metade deles no Brasil. Tem no portfólio as principais
marcas do mercado, entre elas as cervejas Antarctica, Brahma, Bohemia,
Budweiser, Quilmes e Skol - a quarta mais consumida no mundo. São os maiores
engarrafadores da PepsiCo fora dos Estados Unidos. Tem a marca líder do mercado
brasileiro no segmento guaraná, o Guaraná Antarctica, e lançam inovações como
H2OH!, Fusion e Antarctica Citrus.
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“Missão e Visão”

A missão da Ambev é sua razão de ser e seu compromisso como empresa.


"Criar vínculos fortes e duradouros com os consumidores e clientes, fornecendo-lhes
as melhores marcas, produtos e serviços."

A visão da Ambev traduz a representação do seu sonho.


"Ser a melhor empresa de bebidas do mundo em um mundo melhor."

2.0 – CONTABILIDADE

2.1 - CONCEITO

A Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, objetivando


representá-lo graficamente, evidenciar suas variações, estabelecer normas para sua
interpretação, análise e auditagem e servir como instrumento básico para a tomada
de decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa.

É a ciência que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no


patrimônio das entidades, mediante o registro, a demonstração expositiva e a
revelação desses fatos, com o fim de oferecer informações sobre a composição do
patrimônio, suas variações e o resultado econômico decorrente da gestão da riqueza
econômica.
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2.2 - FUNÇÕES

As principais funções da Contabilidade são: registrar, organizar, demonstrar,


analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade
econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico.

 Registrar: todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor


monetário;
 Organizar: um sistema de controle adequado à empresa;

 Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por


meio de demonstrativos, a situação econômica, patrimonial e financeira da empresa;

 Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de


apuração dos resultados obtidos pela empresa;

 Acompanhar: a execução dos planos econômicos da empresa, prevendo os


pagamentos a serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e
alertando para eventuais problemas.

Desde os seus primórdios que a finalidade básica da Contabilidade tem sido


o acompanhamento das atividades realizadas pelas pessoas, no sentido
indispensável de controlar o comportamento de seus patrimônios, na função
precípua de produção e comparação dos resultados obtidos entre períodos
estabelecidos.

A contabilidade faz o registro metódico e ordenado dos negócios realizados


e a verificação sistemática dos resultados obtidos. Ela deve identificar, classificar e
anotar as operações da entidade e de todos os fatos que de alguma forma afetam
sua situação econômica, financeira e patrimonial. Com esta acumulação de dados,
convenientemente classificados, a Contabilidade procura apresentar de forma
ordenada, o histórico das atividades da empresa, a interpretação dos resultados, e
através de relatórios produzirem as informações que se fizerem precisas para o
atendimento das diferentes necessidades.

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As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se à orientação da


administração das empresas no exercício de suas funções. Portanto a Contabilidade
é o controle e o planejamento de toda e qualquer entidade sócio-econômica.

 Controle: a administração através das informações contábeis, via relatórios


pode certificar-se na medida do possível, de que a organização está agindo em
conformidade com os planos e políticas determinados.
 Planejamento: a informação contábil, principalmente no que se refere ao
estabelecimento de padrões e ao inter-relacionamento da Contabilidade e os planos
orçamentários, é de grande utilidade no planejamento empresarial, ou seja, no
processo de decisão sobre que curso de ação deverá ser tomado para o futuro.

2.3 – A ESTRUTURAÇÃO DO PROCESSO CONTÁBIL

2.4 – O PATRIMÔNIO: BENS, DIREITOS E OBRIGAÇÕES

O patrimônio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominada


ativo, e de uma parte com valores negativos denominada passivo. O ativo é formado
pelos bens e direitos e o passivo pelas obrigações. O excesso do ativo sobre o
passivo é o capital, conhecido como patrimônio líquido que aparece no passivo, para
completar a igualdade entre o total do ativo e o do passivo, resultando na equação
patrimonial.

2.5 - ATIVO: Representa a parte dos valores positivos do patrimônio, tudo aquilo que
a entidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjunto de bens
e direitos da entidade.

Os elementos que compõe o ativo são revestidos de algumas características


especiais, tais como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefícios
econômicos para a entidade, devem ser um recurso econômico, devem ser de
propriedade ou estar na posse de alguma entidade contábil e devem ser
mensuráveis monetariamente.

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Assim, todo o elemento ativo que não seja mais útil à entidade e, portanto
tenha perdido sua capacidade de gerar fluxo de caixa, não deve ser classificado
como um elemento ativo. Existem entidades que apresentam de 10 a 15% do seu
ativo totalmente obsoleto, não tendo nenhuma utilidade, devendo ser excluído do
patrimônio.

2.5.1 - CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO ATIVO

De acordo com a Lei nº 6.404/76 que regulamenta as sociedades por ações


(S.A.), as contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de
liquidez (capacidade de pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser
alocadas de acordo com o prazo das exigibilidades.

Podemos visualizar esta obrigação no balanço patrimonial que é um


instrumento contábil que indica em um determinado momento a situação financeira,
econômica e patrimonial de uma entidade e no qual as contas são classificadas nos
seguintes grupos:

 Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que irão ser convertidos em
dinheiro, no prazo de até 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponível,
realizável a curto prazo, estoques e despesas antecipadas.

 Disponível: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas


contas de caixa, bancos conta movimento, cheques para cobrança e aplicações no
mercado aberto. Ex: caixa, bancos e fundo de aplicação financeira.

 Realizável a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de até 12


(doze) meses. Ex: impostos a recuperar, duplicatas a receber ou clientes, (-)
duplicatas descontadas, (-) provisão para devedores duvidosos. Estas duas últimas
contas representam contas retificadoras da conta duplicatas a receber ou clientes e
são classificadas no ativo, tendo saldos credores, por isso são demonstradas com o
sinal (-).
 Estoques: representam os bens destinados à venda e que variam de acordo
com a atividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaboração,
matérias-primas e mercadorias.

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 Despesas Antecipadas: compreende as despesas pagas antecipadamente


que serão consideradas como custos ou despesas no decorrer do exercício
seguinte. Ex: seguros a vencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.

 Ativo Realizável a Longo Prazo: composto pelos direitos que serão


recebidos após o término do exercício seguinte, isto é, após 12 (doze) meses. Ex:
duplicatas a receber (+12 meses), aluguéis a receber e contas a receber.

Independente do prazo, ainda são classificadas neste grupo, de acordo com


a Lei nº 6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a sócios, adiantamentos à
acionistas, empréstimos à coligadas, empréstimos à controladas, etc...

 Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessários para que a


entidade alcance seus objetivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos,
imobilizado e diferido.

 Investimentos: são todas as aplicações de recursos que não tem por


finalidade o objetivo principal da entidade. Ex: imóveis para aluguel, terrenos para
expansão, ações em outras empresas, participação em empresas coligadas,
participação em empresas controladas e obras de arte.

 Imobilizado: representam as aplicações de recursos em bens instrumentais


que servem de meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais
sofrem depreciação, os bens imateriais sofrem amortização e os terrenos sofrem
exaustão. Ex: veículos, máquinas e equipamentos, imóveis, embarcações, marcas e
patentes e direitos autorais.

 Diferido: representa as aplicações de recursos em despesas que irão


influenciar o resultado de mais de um exercício. Ex: gastos de implantação, gastos
pré-operacionais, gastos com modernização e reorganização.

2.6 - PASSIVO: Representa todas as obrigações financeiras que uma empresa tem
para com terceiros, provenientes de transações passadas, realizadas a prazo, com
data de vencimento e beneficiário certo e conhecido. Todas as contas do passivo
representam os valores negativos do patrimônio.

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Neste grupo está incluído por força de lei o capital próprio, apesar de não ser uma
obrigação do patrimônio. A classificação do capital próprio no grupo do passivo é
uma mera questão para atender à necessidade da Contabilidade para garantir a
igualdade entre os dois grupos (ativo e passivo).

O passivo abrange então o capital de terceiros (obrigações) e o capital


próprio e suas variações.

2.6.1 - CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PASSIVO

 Passivo Circulante: composto por todas as obrigações com prazo de


vencimento em até 12 (doze) meses. Ex. fornecedores, duplicatas a pagar, salários
a pagar, provisão para férias, provisão para imposto de renda e empréstimos
bancários.

 Passivo Exigível a Longo Prazo: representa as obrigações com prazo de


vencimento após 12 (doze) meses. Ex: empréstimos bancários e financiamentos.
Neste grupo também são classificadas as seguintes contas: adiantamentos de
sócios, adiantamentos de acionistas, empréstimos de coligadas e empréstimos de
controladas.

 Resultado de Exercício Futuro: compreende as receitas recebidas


antecipadamente que de acordo com o regime de competência pertence a exercício
futuro. Ex: receita antecipada e custos atribuídos à receita antecipada.

2.7 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO: É a diferença entre os valores positivos do ativo (bens


e direitos) e os valores negativos do passivo (obrigações) de uma entidade em um
determinado momento. É a parte do balanço que representa o capital investido pelos
sócios e está graficamente localizado no seu lado direito.

“Sendo o patrimônio líquido a diferença algébrica entre o ativo e o passivo,


não tem sentido falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim concluímos que a
entidade terá sempre A > ou = zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero . Se a
entidade possuir ativos e/ou passivos, ela os terá positivamente, ou não os terá. “

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2.7.1 - CLASSIFICAÇÃO DE GRUPOS DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

 Patrimônio Líquido: representa o capital que pertence aos proprietários. Ex:


capital social, reservas de capital, reservas de lucros (legal, estatutária,
contingência, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuízos
acumulados.

 Capital Social: discrimina o valor subscrito e o valor que ainda será realizado
pelos sócios ou acionistas.

 Reservas de Capital: são as contas que registram doações recebidas,


eventualmente, pela entidade.

 Reservas de Lucros: são as contas formadas pela apropriação de lucro da


empresa.

 Lucros ou Prejuízos Acumulados: registra os resultados acumulados pela


entidade, quando ainda não distribuídos aos sócios, ao titular ou ao acionista.

2.8 - BALANÇO PATRIMONIAL

ATIVO PASSIVO

Ativo Circulante Passivo Circulante

Disponível Exigível a Longo Prazo

Realizável a Curto Prazo Resultado de Exercício Futuro

Estoques PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Despesas Antecipadas Capital Social

Ativo Realizável a Longo Prazo Reservas de Capital

Ativo Permanente Reservas de Reavaliação

Investimentos Reservas de Lucros


Imobilizado Lucros ou Prejuízos Acumulados

Diferido

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2.9 - REPRESENTAÇÃO ALGÉBRICA DO PATRIMÔNIO:

Sendo o patrimônio o conjunto de bens, direitos e obrigações com terceiros e


capital próprio, a equação fundamental do patrimônio é assim definida :

CAPITAL PRÓPRIO = BENS + DIREITOS – OBRIGAÇÕES COM TERCEIROS

P.L. = A – P

3.0 – CONTABILIDADE APLICADA NA EMPRESA

3.1 – ATIVO, PASSIVO E BALANÇO PATRIMONIAL DA AMBEV


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3.2 - RECEITA E LUCRO LÍQUIDO

A companhia COMPANHIA DE BEBIDAS DAS AMÉRICAS-AMBEV


apresentou no último trimestre um lucro líquido de R$ 1.957.593.000. Atualmente,
esta companhia possui um total de 620.872.000 ações e um valor de mercado de R$
43.561.920.480.
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3.3 – INVESTIMENTOS DA AMBEV EM 2011 E 2012

“De Janeiro a Setembro a Companhia investiu R$ 2,1 Bilhões no Brasil”

Em 2011, a AmBev investiu mais de R$ 2 bilhões no Brasil para expandir em


10% sua capacidade total de produção e assim atender a demanda de curto e médio
prazo. Os recursos foram empregados em obras de ampliação, manutenção e
modernização de unidades por todo o Brasil.
O Sudeste recebeu R$ 1,112 bilhão. A região é estratégica. Em seus estados
a Ambev possui 13 fábricas, 26 Centros de Distribuição Direta (CDDs) e mantém
cerca de 15.400 empregos diretos.
No Centro-Oeste, destinamos R$ 245 milhões para duplicar a capacidade da
nossa fábrica em Anápolis (GO).
No Nordeste, três grandes ampliações - que fizeram parte do pacote de
investimento realizado pela Ambev em 2010 - foram inauguradas esse ano nas
cidades de Camaçari (BA), São Luís (MA) e João Pessoa (PB). O cronograma prevê
ainda o início das operações da nova fábrica da companhia construída na cidade de
Itapissuma (PE).
A região Sul recebeu R$ 181 milhões em investimentos - dos quais R$ 75
milhões foram para o Rio Grande do Sul.

“Ambev – Investimentos de R$ 2,5 Bilhões em 2012”

A Ambev, maior companhia de bebidas do país, está investindo cerca R$ 2,5


bilhões em 2012, tendo como estratégia principal aumentar seu volume de vendas
nas regiões Norte e Nordeste.

De acordo com a empresa, essas duas praças estão abaixo da média de


participação de 69% do mercado obtida em 2011, o que demonstra o potencial de
crescimento da companhia nesses locais.

Com esse investimento, a Ambev mantém o mesmo nível dos aportes


realizados no ano passado, mas a companhia ressalta que o montante final
dependerá da manutenção da carga tributária pelo governo, que no ano passado
ficou em torno de 15% para o segmento, segundo a própria empresa.

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"Será o terceiro ano consecutivo de altos investimentos pela empresa e


visamos ampliar nosso mix de produtos, realizar inovações em nosso portfólio e
expandir os negócios nas regiões Norte e Nordeste", comenta Nelson Jamel, vice-
presidente financeiro e de relações com investidores da Ambev.
No ano passado, foram destinados R$ 800 milhões para iniciativas nos
estados do Nordeste, o que correspondeu a 32% do total investido pela empresa.

Com relação à Bahia, ele antecipou que já estão fechados os patrocínios


que garantem exclusividade na venda de bebidas nos festejos juninos do projeto
Transbaião (trem que percorre 13 municípios do Recôncavo e Litoral Norte) e das
cidades de Amargosa, Santo Antônio de Jesus, Jequié e Cruz das Almas.

“Além desses patrocínios, em fevereiro inauguramos o centro de distribuição


de Vitória da Conquista e, no mês de julho, devemos inaugurar o de Feira de
Santana. No segundo semestre, está prevista a inauguração do centro de
distribuição em Ilhéus. Cada centro está orçado em cerca de R$ 6 milhões. Esses
empreendimentos atendem ao plano de ampliação da Ambev no Nordeste nos
próximos cinco anos”, explicou.

4.0 - FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

4.1 – INTRODUÇÃO

O presente trabalho pretende dar uma visão geral sobre a gestão financeira,
procurando explicar o objetivo da maximização do valor da empresa referindo ainda
os mais importantes conceitos relacionados com as trocas de valores (económicos e
financeiros)da empresa, como se organiza a função financeira na empresa e
anunciando os principais documentos contabilísticos para análise da situação
financeira da empresa.

Gerir é procurar a optimização, implementando as competências e os meios


humanos,técnicos e financeiros, com vista a atingir os objetivos fixados.

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Devido a esta necessidade surge a gestão financeira nas empresas na qual


se concentra sobre o estudo das decisões financeiras necessárias ás empresas,
ocupando sempre um lugar privilegiado na sua gestão porque diz respeito á sua
política geral: o seu nascimento,crescimento e autonomia. Numa economia de
mercado, baseada nas trocas, é sob forma monetária que aparecem ligações entre
os agentes econômicos.

A gestão financeira procura combinar recursos dentro da empresa quer


através dos acionistas, quer através de financiamentos que deveram ser investidos
num processo de produção e troca que liberte um excedente (lucro).

4.2 – OS CONCEITOS DE GESTÃO, ANÁLISE E FUNÇÃO FINANCEIRA

4.2.1 – A FUNÇÃO FINANCEIRA

A função financeira reporta-se através de valores que a empresa realiza com


o exterior e internamente. A empresa integra nas suas funções a de adquirir bens e
serviços, a de produzir ou de transformar e adequar à venda e a de vender bens ou
prestar serviços a outros sujeitos econômicos.

Para que a empresa se mantenha em atividade, isto é, para que compre,


produza, venda, ou simplesmente troque, carece de meios ou recursos financeiros.

A função financeira trata de os obter, procurando assegurar que a soma dos


resultados obtidos seja o mais elevado possível.

Para alem do lucro imediato, à que pensar nos lucros futuros; para isso a
empresa deve procurar manter o seu capital e desenvolver-se.

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A gestão financeira clarificada pela política e pela estratégia financeira, visa:


 Alimentar a empresa de disponibilidades quando necessário;
 Assegurar a melhor situação dos recursos financeiros da empresa;

 Controlar para que nenhum bem seja inutilizado ou mal utilizado;

 Optimizar a rotação dos recursos e das aplicações.

4.2.2 – A GESTÃO FINANCEIRA

A razão mais importante pela gestão financeira em qualquer organização é


de assegurar que a empresa saiba de quanto dinheiro vai necessitar, como obter o
dinheiro de que necessita e como deve empregar esse dinheiro para alcançar os
seus objetivos de forma ética, responsável e sustentável.

É impossível uma organização sobreviver sem uma gestão financeira


apropriada.

Um elemento importante a lembrar é que, a menos que a organização


empregue os seus recursos financeiros de forma aberta e responsável, a
probabilidade de receber dinheiro dos doadores é nula. Os doadores querem estar
seguros que o dinheiro deles está a ser bem empregue e, para este fim, a
organização que recebe o financiamento deve estar dotada de uma forte gestão
financeira.

Estruturas fortes de gestão financeira facilitam a prestação de contas por


parte da organização perante os doadores, o que, por sua vez, instala confiança nos
doadores a respeito da gestão da organização. É lógico que os doadores preferem
dar dinheiro a organizações em que têm confiança do que àquelas em que não
confiam.

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A gestão financeira trata-se de uma tarefa e responsabilidade que abarca o
passado, o presente e o futuro. Em primeiro lugar, uma boa gestão financeira exige
que seja mantido um registro de todo o dinheiro que a sua organização já recebeu
ou gastou (o passado).

Segundo, há que controlar o dinheiro na posse da organização (o presente)


e, por último, a gestão financeira ajuda-o a tomar decisões acerca do futuro da
organização.

Uma boa gestão financeira ajuda a direção da organização a planejar o


futuro, uma vez que indica quanto dinheiro tem em mão, quanto dinheiro é
necessário e quanto custarão os planos que tem para o futuro. A administração das
finanças do passado, do presente e do futuro da sua organização passa por três
tarefas de gestão financeira que, embora distintas, estão interligadas. Estas são:

Planejamento Financeiro:

Ajuda-o a identificar os objetivos da organização para o futuro, de quanto


dinheiro irá precisar para alcançar esses objetivos e como ou onde encontrará
recursos financeiros suficientes para alcançar esses objetivos e manter a
organização em atividade no futuro.

Controle Financeiro:

 Fixar uma política: A organização deve decidir quais as normas e


procedimentos que devem ser seguidos para assegurar que o dinheiro seja gasto
prudente e seguramente;

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 Fixar as atribuições: A organização deve decidir quem será permitido a
gastar o dinheiro, quanto lhes será permitido gastar e quando poderão gastá-lo. É
importante também decidir quem pode vincular a organização do ponto de vista
financeiro;
 Fixar a responsabilidade: Há que decidir quem é responsável pelos recursos
financeiros da organização. É importante que a responsabilidade pelo dinheiro da
organização seja assumida por uma determinada pessoa ou pessoas. Nem todos
podem estar encarregues das finanças.

Monitorização:

Essa atividade envolve: Registrar a informação financeira (tesoureiro),


preparar demonstrações financeiras, analisar as informações financeiras e reporte
financeiro.

4.2.3 – PRINCIPAIS OBJETIVOS DA GESTÃO FINANCEIRA

As ações e decisões dos gestores financeiros têm essencialmente os


seguintes objetivos:

 Assegurar à empresa a estrutura financeira mais adequada;

Tal estrutura caracteriza-se pela importância relativa das diferentes


aplicações dos capitais obtidos pela empresa, comparada com a importância relativa
das fontes desses capitais. A estrutura financeira obedece a certas regras de
equilíbrio, devendo corresponder a uma perfeita adequação dos meios financeiros
postos à disposição da empresa para a realização dos seus objetivos econômicos.

19
 Manter a integridade do capital e promover o seu reforço;

Este objetivo traduz-se em estudar a realização dos ciclos de exploração da


empresa de modo a evitar que nos mesmos se verifiquem insuficiências dos
proveitos e receitas obtidos relativamente aos custos e despesas, mantendo uma
taxa de lucro adequada para remunerar capital e constituir autofinanciamento
necessário. Os resultados positivos aumentam as possibilidades financeiras da
empresa mas não se deverá distribuir aos sócios esse excedente sem
comprometimento da integridade do capital. A manutenção na empresa de uma
parte dos resultados sob a forma de reservas (autofinanciamento) permite aumentar
o capital investido.

 Permitir a constante solvibilidade da empresa;

Este objetivo atinge-se vigiando as evoluções dos recursos financeiros e das


suas aplicações, de modo a encontrar-se a empresa em condições de vir
satisfazendo as suas dívidas nos vencimentos. A solvibilidade é a aptidão para pagar
as suas dívidas. A solvibilidade final de uma empresa determina-se admitindo ou
considerando a hipótese da liquidação da empresa, na qual corresponde à
demonstração de que no caso de a empresa ter de extinguir-se, a realização forçada
dos ativos permite ou não pagar as dívidas existentes e as que derivam de
indemnizações e outros encargos dos atos de dissolução e liquidação. Os fatores de
solvibilidade são pois o grau de liquidez dos capitais investidos, isto é, a sua aptidão
a transformar-se em disponibilidades, e o prazo das exigibilidades.

 Assegurar a rendibilidade dos capitais

A rendibilidade dos capitais analisa-se comparando os rendimentos obtidos


com os capitais próprios ou alheios. Normalmente os capitais próprios são
remunerados pelos lucros enquanto que os capitais alheios são remunerados pelos
juros. A ausência de rendibilidade vai desencorajar os sócios e eventualmente os
credores, pois a manutenção do capital garante a estabilidade e o reembolso.

20
4.2.4 – O GESTOR FINANCEIRO

Perfil de um Gestor Financeiro:

O objetivo do gestor financeiro é aumentar o valor do patrimônio líquido da


empresa, por meio da geração de lucro líquido, decorrente das atividades
operacionais da empresa. Para realizar essa tarefa, o gestor financeiro precisa ter
um sistema de informações gerenciais que lhe permita conhecer a situação
financeira da empresa e tomar as decisões mais adequadas, maximizando seus
resultados.

“Segundo um estudo realizado na London School of Economics, intitulado


“The Changing Role of the Finance Director”, o gestor financeiro gasta em média
20% do seu tempo nas decisões estratégicas da empresa sendo considerados
elementos chave nas suas organizações. “

Neste sentido, designou-se para esta função um executivo financeiro


(diretor, gestor ou administrador), que deverá ter certas qualificações especiais e
características chave para exercer a sua função.

Da responsabilidade do gestor financeiro estão as decisões financeiras da


empresa. A função financeira, contrariamente a outras funções da empresa, implica
a previsão de acontecimentos futuros, visto que as decisões financeiras dizem
respeito ao futuro. É este fato que torna imprescindível a integração das dimensões
tempo e risco na função financeira. São normalmente classificadas em função da
duração da operação.

As decisões financeiras podem ser também de investimento e


financiamento, a curto prazo ou a longo prazo.

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4.2.5 - ANÁLISE FINANCEIRA

Por si, os valores têm pouco significado mas, ao compará-los a


determinados outros valores, pode-se perceber a situação da organização. Por
exemplo, pode-se comparar as despesas previstas no orçamento às despesas
atuais, para ver se a despesa está no bom caminho.

Outro tipo de comparação assenta nos rácios. Um rácio trata-se de uma


comparação feita ao dividir um valor por outro. Por exemplo, as organizações não
governamentais devem reduzir os custos de modo a disponibilizar mais dinheiro aos
programas. Ao dividir as despesas de um programa pelo total das despesas revela o
custo da administração do seu programa. Ao fazer este exercício com regularidade,
irá estabelecer-se muito rapidamente se o valor que se está a gastar na
administração está a estagnar, a aumentar, ou a decrescer.

A interpretação dos resultados dos diversos tipos de comparações depende


do caráter da organização. Por exemplo, uma associação pode esperar gastar muito
menos em despesas administrativas do que uma agência de serviços sociais. A
informação que se espera obter da análise depende do tipo de organização que
administra, bem como dos objetivos particulares da organização.

4.2.6 – AS PRINCIPAIS FUNÇÕES DA ANÁLISE FINANCEIRA

 Análise e Planejamento Financeiro: analisar os resultados financeiros e


planejar ações necessárias para obter melhorias.
 Captação e Aplicação de Recursos Financeiros: analisar e negociar a
captação dos recursos financeiros necessários, bem como a aplicação dos recursos
financeiros disponíveis.

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 Crédito e Cobrança: analisar a concessão de crédito aos clientes e
administrar o recebimento dos créditos concedidos.
 Caixa: efetuar os recebimentos e os pagamentos, controlando o saldo de
caixa.

 Contas a Receber: controlar as contas a receber relativas às vendas a


prazo.

 Contas a Pagar: controlar as contas a pagar relativas às compras a prazo,


impostos, despesas operacionais, e outras.

 Contabilidade: registrar as operações realizadas pela empresa e emitir os


relatórios.

4.3 – O EFEITO TESOURA

O efeito tesoura é um indicador que evidencia o descontrole no crescimento


das fontes onerosas de recursos no curto prazo. Ocorre quando a empresa financia
a maior parte da NCG (Necessidade de capital de giro) através de créditos de curto
prazo. Nesse caso, o Saldo de Tesouraria (T) se apresenta negativo e crescendo,
em valor absoluto, proporcionalmente mais do que a NCG.

4.4 - EBITDA: Indicador importante para o investidor

Um indicador financeiro bastante utilizado pelas empresas de capital aberto


e pelos analistas de mercado é o chamado EBITDA, também conhecido como
Lajida, cujo conceito ainda não é claro para muitas pessoas. A sigla corresponde
a Earning Before Interests, Taxes, Depreciation and Amortization, ou seja, Lucro
Antes dos Juros, Impostos, Depreciação e Amortização.

O EBITDA representa a geração operacional de caixa da companhia, ou


seja, o quanto a empresa gera de recursos apenas através de suas atividades
operacionais, sem levar em consideração os efeitos financeiros e de impostos. Por
isso, alguns profissionais chamam o EBITDA de fluxo de caixa operacional. Difere
do EBIT, conhecido como o lucro na atividade, no que se refere à depreciação e
amortização.

23
A utilização do EBITDA ganhou importância porque analisar apenas o
resultado final da empresa (lucro ou prejuízo) muitas vezes não ilustra bem o
potencial de desempenho em um dado período, já que muitas vezes os dados finais
são influenciados por fatores difíceis de serem mensurados. Popularizada nos EUA
dos anos 70, a análise através do EBITDA é muito comum também por analistas
brasileiros, especialmente aqueles voltados para o mercado de ações.

Segundo especialistas, o indicador pode ser utilizado na análise da origem


dos resultados das empresas e, por eliminar os efeitos dos financiamentos e
decisões contábeis, é capaz de medir com mais precisão a produtividade e a
eficiência do negócio. E isso é essencial na hora de investir, especialmente se
levado em conta o longo prazo.

É muito comum notar o termo margem EBITDA sendo usado no mercado.


Desta forma, o percentual pode ser usado para comparar as empresas quanto à
eficiência dentro de um segmento. Mais interessante, a variação do indicador de um
ano em relação a outro mostra aos investidores se uma empresa conseguiu ser mais
eficiente ou aumentar sua produtividade.

4.5 – AMBEV: BONS NÚMEROS NO 2º TRIMESTRE

Uma das maiores empresas do ramo cervejeiro tem lucro líquido


consolidado 5,4% maior do que o ano passado. Esse é o trunfo
da AmBev (BOV:AMBV4) quando do lançamento do seu balanço do 2T12, com o
percentual representando R$ 1,932 bilhão (no ano passado, no mesmo período, o
valor foi de R$ 1,832 bilhão.
Outros valores que merecem destaque são a receita líquida (no 2t12 cresceu
17,4%, R$ 6,825 bilhões contra R$ 5,811 bilhões no mesmo período do ano
passado) e o lucro bruto (subiu 19,3% no 2t12 (R$ 4,525 bilhões, ante R$ 3,793
bilhões no 2t11). Já o Ebitda avançou 14,3% na comparação entre os segundos
trimestres de 2011 e 2012, e agora já ultrapassa os R$ 2,57 bilhões no ano passado
e atinge a marca de R$ 2,95 bilhões agora.

24
O desempenho no segundo trimestre foi marcado por uma melhora no
EBITDA (R$ 2.975,7 milhões, um crescimento orgânico de 9,3%) graças a um
melhor desempenho geral da receita líquida (aumento de 10,4%), do CPV por
hectolitro crescendo abaixo da inflação (+3,4%), e apesar do aumento do SG&A
(+18,7%). Além disso, devido ao fechamento da aliança estratégica no Caribe, os
resultados incluem pela primeira vez o desempenho dos meses de maio e junho da
Cervecería Nacional Dominicana (CND), que é reportado como escopo na nossa
divisão HILA-ex juntamente com o resultado da Ambev Dominicana nestes dois
meses.

O crescimento de volume no Brasil foi de 3,9% no trimestre, gerando no ano


um crescimento acumulado de 4,4%. O volume de cerveja aumentou 2,8% no 2T12,
ligeiramente abaixo da indústria, que cresceu em linha com o primeiro trimestre
deste ano, com uma perda de participação de mercado de 20 pontos-base (uma
média de 68,8% no 2T12 e 68,9% no acumulado até a data, +30 pontos-base
comparado com o ano anterior). Os esforços para introdução da garrafa retornável
de 300 ml em outros mercados combinados com o sólido desempenho da Antártica
Sub-Zero ajudaram a impulsionar o crescimento de volume. A estratégia de premium
continua conforme esperado, tendo a Budweiser e a Stella Artois como maiores
destaques. No Brasil o Guaraná Antarctica e o peso das embalagens multi-serve
foram os principais responsáveis pelo crescimento do volume de 6,9%, com uma
participação de mercado estável em 17,8% no trimestre. O desempenho da receita
líquida melhorou consideravelmente se comparado ao primeiro trimestre, sendo que
o crescimento de receita líquida por hectolitro no Brasil foi de 7,2% em cerveja e de
10,9% refrigerante. Em relação aos custos e às despesas, o CPV por hectolitro
aumentou 0,8% no Brasil, e os maiores gastos administrativos e logísticos causaram
um aumento de 19,7% do SG&A. O EBITDA normalizado no Brasil cresceu 12,2%
no 2T12, com expansão da margem de 30 pontos-base.

25
"Mesmo diante de sinais de uma desaceleração da economia brasileira no
curto prazo, o time da ambev conseguiu entregar ao mesmo tempo crescimento de
volume e de receita líquida em cerveja, executando com disciplina os planos
comerciais. O volume de refrigerante foi ainda melhor, o que mostra que os esforços
ao longo dos últimos anos para melhorar o portfólio de produtos, não só em termos
de inovação de embalagens, mas também em desenvolvimento de novos sabores e
entrando em novas categorias de bebidas não-alcoólicas, estão dando resultados.
Ainda há muito a fazer, mas creio que a AmBev está no caminho certo", diz João
Castro Neves, Diretor Geral da Ambev.
O plano de integração já está em curso para entregar a estimativa de EBITDA
combinado de USD 190 milhões para os primeiros 12 meses de operações
conjuntas".

O caixa gerado pelas operações no 2T12 totalizou R$ 2.749,0 milhões, e


encerrou o trimestre com uma posição de caixa líquido de R$ 989,8 milhões.
Segundo Nelson Jamel, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores da
Ambev: "O fluxo de caixa operacional cresceu 6,2% no trimestre devido ao
crescimento do EBITDA e à diferente alocação no tempo dos investimentos em
capex comparada ao ano anterior. Já a posição de caixa líquido em 30 de junho de
2012 reduziu significativamente, como se havia antecipado em trimestres anteriores,
e ainda não contempla o pagamento de cerca de R$ 1,2 bilhão de dividendos e
JCP pagos a partir de 27 de julho”.

Por fim, com relação às perspectivas para o Brasil, o crescimento de volume


no ano deverá ser maior do que no ano passado, e a ambev continuará buscando
um maior equilíbrio entre preço e volumes do que o observado em 2011. Além disso,
a receita líquida por hectolitro deve crescer pelo menos em linha com a inflação no
ano, enquanto a expectativa para o CPV por hectolitro ainda é de aumento abaixo
da inflação. Devido ao aumento nos impostos federais no Brasil a partir de outubro
de 2012, a magnitude dos investimentos no país em 2012, que estavam inicialmente
planejados para ser de até R$ 2,5 bilhões, poderá ser revista.

26
5.0 – ESTATÍSTICA

5.1 – CONCEITO

A estatística trata do conjunto de métodos utilizados para a


obtenção de d a d o s , s u a o r g a n i z a ção em tabelas e gráficos e a análise
desses dados. Grande parte das informações divulgadas pelos meios de
comunicação atual provém de pesquisas e estudos estatísticos.

A estatística, hoje, está presente em quase todas as atividades do homem,


ainda mais com o desenvolvimento da tecnologia, que facilita e agiliza os cálculos
matemáticos. Através das análises feitas a partir de dados organizados podemos,
em muitos casos fazer previsões, determinar tendências, auxiliar na tomada de
decisões e, portanto, elaborar um planejamento com mais precisão.

Em estatística ao estudarmos um conjunto de objetos, de indivíduos ou de


ocorrências, podemos considerar todo o conjunto, chamado de população, ou parte
deste conjunto,chamado de amostra.

5.2 – POPULAÇÃO

População ou universo é o conjunto de elementos (pessoas ou objetos) que


interessam à pesquisa.

Numa pesquisa sobre a qualificação dos professores do Brasil em


determinado período, por exemplo, a população é todo o conjunto de professores do
país de todos os níveis de ensino, durante um período. Se a estatística estiver
voltada apenas para as professoras de matemática, de 1ªsérie, na Cidade de
Goiânia (GO), a população será bem mais reduzida.

A mesma variação pode ocorrer no caso de a população ser constituída de


objetos. Pode-se querer ter uma ideia, por exemplo, sobre a porcentagem de
alimentos vencidos disponíveis nos supermercados do Estado de Goiás.

27
5.3 – AMOSTRA

Para que os resultados obtidos através da amostra possam ser estendidos a


toda população, é necessário que essa parcela seja representativa do universo,
incluindo elementos de todos os grupos que o compõem.

Uma série de critérios orienta o pesquisador na seleção da amostra, ou seja,


na escolha dos elementos do todo que serão observados.

Se o objeto da pesquisa, por exemplo, é verificar se houve aumento da


aquisição de eletrodomésticos no ano de 2002 no Brasil, nas camadas populares, a
amostra será composta de pessoas de baixa renda, preferencialmente das várias
regiões do Brasil, de ambos os sexos, diversas faixas etárias, etc. Desse modo
pretende-se dar uma maior fidelidade à amostra com menor margem de erro para a
generalização dos resultados a todo universo.

5.4 – VARIÁVEL

Numa pesquisa, os aspectos que estão sendo considerados são as


variáveis.

Uma indústria automobilística que pretende lançar um novo modelo de carro


faz uma pesquisa para sondar a preferência dos consumidores sobre o tipo de
combustível, número de portas, potência do motor, preço, cor, tamanho, etc., cada
uma dessas características é uma variável de pesquisa. Na variável “tipo de
combustível”, a escolha pode ser, por exemplo, entre o álcool e a gasolina. Dizemos
que esses são valores ou realizações da variável “tipo de combustível”.

5.4.1 – VARIÁVEL QUALITATIVA

Em uma pesquisa que envolve pessoas, por exemplo, as variáveis


consideradas pode ser: sexo, cor de cabelo, esporte favorito e grau de instrução.
Nesse caso dizemos que as variáveis são qualitativas, pois apresentam como
possíveis valores uma qualidade (ou atributo) dos indivíduos pesquisados.

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Além disso, dizemos que as variáveis qualitativas podem ser ordinais,
quando existe uma ordem nos seus valores, ou nominais, quando isso não ocorre.

5.4.2 – VARIÁVEL QUANTITATIVA

Quando as variáveis são, por exemplo, altura, peso, idade em anos e


número de irmãos, dizemos que elas são quantitativas, pois seus possíveis valores
são números.

As variáveis quantitativas podem ser discretas, quando se trata de


contagem (números inteiros) ou contínuas, quando se trata de medida (números
reais).

5.5 – MÉDIA, MODA E MEDIANA

5.5.1 - MÉDIA

A média é o valor que aponta para onde mais se concentram os dados de


uma distribuição. Pode ser considerada o ponto de equilíbrio das frequências, num
histograma.

Média é um valor significativo de uma lista de valores. Se todos os números


da lista são os mesmos, então este número será a média dos valores. Caso
contrário, um modo simples de representar os números da lista é escolher de forma
aleatória algum número da lista. Contudo, a palavra 'média' é usualmente reservada
para métodos mais sofisticados. Em último caso, a média é calculada através da
combinação de valores de um conjunto de um modo específico e gerando um valor,
a média do conjunto.

5.5.2 - MODA

Define-se moda como sendo: o valor que surge com mais freqüência se os
dados são discretos, ou, o intervalo de classe com maior freqüência se os dados são
contínuos.

29
Assim, da representação gráfica dos dados, obtém-se imediatamente o valor
que representa a moda ou a classe modal.

Esta medida é especialmente útil para reduzir a informação de um conjunto


de dados qualitativos, apresentados sob a forma de nomes ou categorias, para os
quais não se pode calcular a média e por vezes a mediana.

5.5.3 - MEDIANA

A mediana, é uma medida de localização do centro da distribuição dos


dados, definida do seguinte modo: Ordenados os elementos da amostra, a mediana
é o valor (pertencente ou não à amostra) que a divide ao meio, isto é, 50% dos
elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os outros 50% são
maiores ou iguais à mediana. Para sua determinação utiliza-se a seguinte regra,
depois de ordenada a amostra de n elementos:

Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio, e se n é par, a mediana é a


semi-soma dos dois elementos médios.

5.6 – ESTATÍSTICA APLICADA NA EMPRESA

“Segundo um executivo de Vendas da Ambev, algumas área como, como


o Norte e o Nordeste vem crescendo três vezes mais que a média nacional.”

A Ambev aumentou a venda direta de produtos no segundo trimestre de


2012, a fim de enfrentar melhor a concorrência no Nordeste. Com isso, as despesas
com distribuição no Brasil cresceram, conforme apontou o balanço da companhia
para os meses de abril a junho.

No Brasil, as despesas com vendas gerais e administrativas cresceu 19,7%


para R$ 1,35 bilhão, puxadas principalmente pelos custos de distribuição, além de
investimentos em marketing para o mercado de refrigerantes. No país, a empresa
somou receita líquida de R$ 4,34 bilhões no segundo trimestre, com aumento de
11,5% em relação ao mesmo período de 2011. O valor equivale a 63,5% da receita
líquida total.

30
A Ambev opera com dois modelos de venda no Brasil: via revendedores,
reunidos na Confederação Nacional das Revendas Ambev e das Empresas de
Logística da Distribuição (Confenar), que buscam os produtos nos armazéns da
fábrica para levá-los ao ponto de venda. No outro modelo, de venda direta, a Ambev
contrata operadores logísticos para transportar a carga da fábrica ao depósito da
companhia (são mais de 70 em todo o país), e depois para entregá-la em até 50
pontos de venda por dia.

"Como o volume de distribuição direta cresce mais do que a média, o custo


logístico é maior. Por outro lado, o preço de venda para o bar é maior do que quando
venda é para o revendedor".

Segundo o executivo, em algumas áreas, como o Norte e o Nordeste do


país, a distribuição direta foi mais intensa no trimestre. "É uma área que vem
crescendo três vezes mais que a média nacional", diz Jamel, ressaltando que o
incremento da venda direta da Ambev no período procurou atender essas regiões e
também a maior venda de refrigerantes em nível nacional.

No Norte e Nordeste, a maioria dos revendedores da Ambev atua em


cidades do interior, apurou o Valor. Para garantir presença mais competitiva nas
capitais, a companhia precisa assumir a distribuição direta. "Se aumentaram a venda
direta, é porque estão enfrentando maior concorrência na região", diz uma fonte do
setor.

No segundo trimestre, segundo a Ambev, a sua participação de mercado


caiu dois décimos, para 68,8%. "O volume de cerveja cresceu 2,8%, ligeiramente
abaixo do crescimento da indústria no trimestre", informou a companhia em relatório
de resultados. A venda de não alcoólicos cresceu 6,9%.

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“Ambev escala torcedores fiéis para elevar vendas da Brahma.”

Na briga para aumentar as vendas, a Ambev quer ocupar todos os campos –


inclusive os de futebol. Para isso, escalou um time de clubes e supermercados para
transformar a Brahma na marca preferida dos torcedores, uma estratégia que
demorou dois anos para ser traçada.

A Ambev entrou em contato com times de futebol, redes varejistas e outras


empresas de bens de consumo para estruturar uma espécie de programa de
benefícios voltado para os torcedores. A partir do dia 15 deste mês, os consumidores
que forem sócios de dez clubes do eixo Rio-São Paulo ganharão um desconto de
7% na compra da cerveja, bastando informar o CPF na boca do caixa dos
supermercados que fazem parte da iniciativa.

O desenvolvimento do sistema que possibilita o negócio ficou a cargo da


gigante de bebidas. Instalado nos supermercados participantes (Walmart, Pão de
Açúcar e Carrefour estão entre eles), o programa lê a base de sócios cadastrados
que estão em dia com a mensalidade e automaticamente concede o abate nos
produtos que levam o selo do chamado "Movimento por um Futebol Melhor".

Para convencer os times a entrarem no barco, a Ambev explorou a


possibilidade de ganhos financeiros com o aumento da base de colaboradores.
Estima-se que 145 milhões de brasileiros tenham um time do coração, mas apenas
290.000 contribuam regularmente com as equipes - ínfimos 0,2% do total.

“Brasileiros precisam trabalhar pouco mais de 20 minutos para


conseguir comprar meio litro de cerveja.”

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Encabeçando o ranking dos clubes que mais ganharam em 2011, o
Corinthians deve apenas 11% da receita bruta do ano passado ao rendimento com o
clube social, algo como 32 milhões de reais. Segundo o consultor em marketing
esportivo Amir Somoggi, o Internacional foi quem mais engordou o cofre nesse
quesito, com 41 milhões de reais embolsados a título de anuidade. "Há espaço para
os times brasileiros até dobrarem essa arrecadação", afirma.

A vantagem para a Ambev com a associação seria clara, na visão de


Somoggi. Em primeiro lugar, a companhia reforça o relacionamento com os clubes,
azeitando a estratégia de fazer da Brahma a cerveja mais ligada ao esporte. De olho
nesse público, a Ambev arrematou neste ano o direito de associar a Brahma aos
quatro grandes times de São Paulo: São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras. O
acordo pertencia à Kaiser desde 2009. No Rio de Janeiro, a cerveja mantém um
fundo que destina parte do dinheiro arrecadado com vendas ao financiamento de
melhorias no Fluminense, Vasco, Flamengo e Botafogo. Recentemente, a empresa
também anunciou o lançamento de latinhas especiais, com o escudo de seis times
paulistas.

"A preferência das pessoas que gostam de futebol pela Brahma é 3% maior
que a média", diz Ricardo Tadeu, vice-presidente de vendas da empresa. Não por
menos, o investimento na plataforma de futebol da Brahma chega a 50 milhões de
reais. O montante não considera o que a Ambev ainda irá gastar para conceder o
desconto aos sócios-torcedores a partir deste mês. Na pior das hipóteses, afirma
Tadeu, a empresa ficará no zero a zero. "O investimento está atrelado ao consumo,
e não pela torcida ao consumo. Então a empresa gasta se o consumidor compra."

Se o programa de benefícios deslanchar, emenda o executivo, o aumento de


vendas compensará o abatimento de cerca de 10 centavos dado a cada latinha da
cerveja. Atrás da Skol, que também pertence à Ambev, a Brahma é a segunda marca
mais vendida no país, com 19,6% do mercado.

33
Em se tratando da famosa gelada, é bom lembrar que cada ponto percentual
corresponde a cerca de 200 milhões de reais em vendas.

Tadeu reconhece que o reflexo do programa para os negócios não deverá


ser grande no curto prazo. "No balanço da Ambev é duro mexer. Os projetos deste
porte levam cerca de três anos para se consolidar”, sustenta o vice-presidente de
vendas. "Mas sabemos que são os investimentos em inovação, como esse, que têm
impacto nos resultados", completa.

Esse direcionamento do consumo, aliás, é o argumento utilizado pela


companhia para angariar outros parceiros de peso na iniciativa. Até agora, Unilever
e Pepsico também vão carimbar seus itens com o selo da iniciativa. Omo, Elma
Chips, Pepsi, Toddynho e Kibon são algumas das marcas que poderão ser
compradas com descontos de 5% a 10% pelos torcedores fiéis. Buscando aumentar
essa rede, a Ambev mantém conversas com a Nestlé. Empresas de pagamento e
rede de postos também estão no radar.

“Essa é uma estratégia bem mais avançada para ligar a Brahma ao futebol
do que as utilizadas anteriormente", acredita Adalberto Viviani, diretor da consultoria
especializada em bebidas Conceptnet. Para ele, estampar os times nas latinhas ou a
marca da cerveja nos uniformes não se traduz, necessariamente, em aumento nas
vendas da bebida. "Levando o benefício para o bolso do consumidor, a tendência é
chamar muito mais atenção para o produto", finaliza.

34
6.0 - CONCLUSÃO

Concluiu-se com o presente trabalho que a empresa Companhia de


Bebidas das Américas – AMBEV, maior empresa do ramo de bebidas da américa
latina utiliza de todos os termos abordados nos estudos feitos, até o presente
momento, no curso superior tecnológico em Processos Gerenciais. Tais estudos
abordaram as disciplinas de Contabilidade, Fundamentos da Gestão Financeira e
Estatística aplicada.

Em Contabilidade e Gestão Financeira nota-se que a ambev a alguns anos


vem de um constante crescimento econômico como mostra o seu patrimônio líquido,
consequentemente aumentando sua receita e sua credibilidade perante a sua
grande carteira de clientes. Ano passado a ambev investiu R$ 2 bilhões no Brasil e
este ano (2012) a estimativa é que a Companhia de Bebidas das Amércias tenha
investido R$ 2,5 Bilhões, principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

Vimos também que o maior patrimônio da Ambev, no entanto, é a sua gente.


A companhia investe de modo contínuo no desenvolvimento de seus funcionários -
aproximadamente 44,9 mil funcionários (ao final de 2010) no Brasil e em mais 13
países.

Para concluir quando falamos em Estatística vimos que algumas áreas como
o Norte e o Nordeste vem crescendo 3 vezes mais que a média nacional, e a
preferência das pessoas que gostam de futebol pela Brahma é 3% maior que a
média.

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7.0 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://dc231.4shared.com/doc/1LfvRuKg/preview.html acesso em 03/06/2012 às 22:09

http://www.genteemercado.com.br/ambev-aumenta-investimentos-no-nordeste/ acesso em
04/10/2012 às 16:30

http://www.brasileconomico.ig.com.br/noticias/ambev-pretende-investir-r-25-bilhoes-em-
2012_114091.html acesso em 05/10/2012 às 09:00

http://prof.santana-e-silva.pt/gestao_de_empresas/trabalhos_06_07/word/Vis%C3%A3o%20Geral
%20sobre%20a%20Gest%C3%A3o%20Financeira.pdf acesso em 10/10/2012 às 09:00

http://pt.scribd.com/doc/272286/Apostila-Estatistica-5 acesso em 23/10/2012 às 17:30

http://www.somatematica.com.br/estat/basica/pagina6.php acesso em acesso em 23/10/2012 às


19:00

https://www.datamark.com.br/noticias/2012/8/ambev-aumenta-venda-direta-no-nordeste-130848/
acesso em26/10/2012 às 14:30

http://www.datamark.com.br/noticias/2012/10/ambev-escala-torcedores-fieis-para-elevar-vendas-
da-brahma-133696/ acesso em 26/10/2012 às 15:00

http://br.advfn.com/noticias/AmBev-Bons-numeros-no-segundo-trimestre_53673480.html acesso
em 26/10/2012 acesso em 29/10/2012 às 15:48

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