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Empreendedorismo e Liderança

1. INTRODUÇÃO

Nos últimos anos, no ambiente organizacional se tem observado uma


relevante mudança no sistema de administração. Um acelerado aumento do
número de aquisições de empresas, fusões e incorporações têm obrigado os
empresários a se preocuparem com novas formas de liderar e empreender.
As empresas atuantes no Brasil têm procurado se destacar de várias
formas em relação as suas concorrentes, fatores como, liderança e
empreendedorismo se tornaram determinantes para o sucesso do negócio.
Para que uma empresa ou departamento venha produzir resultados o
administrador tem um papel fundamental nesse processo. A liderança e o uso
adequado de incentivos para obter motivação são ferramentas que podem
auxiliar na elaboração de metas e resultados que possam satisfazer a todos da
empresa.
Empresas que se destacam, têm em comum uma liderança que se
preocupa com os diversos setores da empresa, com o ambiente organizacional,
com o bem estar de seus colaboradores, com motivação e a união da equipe por
alcançar os objetivos.
O ato de empreendedorismo vem sendo difundido no Brasil nos
últimos anos, com a economia estável o empreendedor pode como nunca antes
atuar em várias áreas distintas.
A globalização, o aumento do nível de instrução por parte dos
empresários, tem favorecido o surgimento de novos empreendimentos bem
sucedidos, nas empresas em que o empreendedor é um líder, estas se destacam
em relação às outras.
A liderança com foco no empreendedorismo acarreta ao empresário
uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes. Empresa que se
destaca no cenário nacional e de caráter empreendedor é a Itaú S/A, O senhor
Olavo Egydio Setubal é conhecido por muitos como um líder, um verdadeiro
empreendedor e visionário.

2 OBJETIVO GERAL

2.1 Relacionar a liderança e o empreendedorismo como diferencial na criação


negócio.

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Identificar, conceituar e discutir a liderança;


2. Conceituar e discutir o empreendedorismo;
3. Estabelecer e discutir relações entre o empreendedorismo e a
liderança no atual mundo globalizado, utilizando como exemplo Olavo
Egydio Setubal.

3. JUSTIFICATIVA

A falta de conhecimento das técnicas de liderança e


empreendedorismo por parte dos que administram não cabe na administração
globalizada.
Este estudo visa esclarecer a administradores, estudantes,
empresários e interessados de um modo geral, uma visão de como o
empreendedorismo aliado a liderança pode trazer um olhar diferenciado no
âmbito empresarial.
A flexibilidade, a criatividade, a tenacidade e a determinação são
aspectos fundamentais para que as empresas se tornem competitivas no
mercado, pois, a liderança e suas técnicas voltadas para o crescimento da
empresa são considerados diferenciais no mercado.
Esse trabalho foi desenvolvido para quem deseja empreender com um
foco na liderança e assim ter um diferencial em uma área competitiva do
mercado no mundo dos negócios.

4 REFERENCIAL TEÓRICO

4.1 LIDERANÇA

Segundo Robbins (2006, p.371), poucos termos no setor empresarial


despertam tanto debate em torno de sua definição como liderança. Não há
dúvida de que ele é importante.
Ainda, segundo o autor, uma análise sobre as definições de liderança
constatam que são comuns a todas as noções de que os líderes são indivíduos
que, por suas ações, facilitam o movimento de um grupo de pessoas rumo a uma
meta comum ou compartilhada. Esta definição sugere que a liderança é um
processo de influência.
Para Uris (1972, p 62), liderar envolve algo como prover um significado ao
trabalho que faça com que valha a pena o engajamento dos indivíduos, que esse
significado promove a sensação de pertencer, mas, sobretudo, conceda a
chance de participar, com o seu próprio trabalho e esforço, seu desenvolvimento
pessoal.
Uma das definições de líder é alguém que possui seguidores. Algumas
pessoas são pensadoras. Outras profetas. Os dois papéis são importantes e
muito necessários. Mas, sem seguidores, não podem existir líderes. O líder
eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as
coisas certas. Popularidade não é liderança. Resultados sim (URIS, 1972, P. 63).
Nas últimas décadas, observou-se uma sistematização de processos
após o termino da segunda guerra mundial, nota-se que o mundo se voltou para
a reconstrução dos países destruídos. Com isso, houve um aprendizado voltado
a manejar objetos e condutas, dinheiro e tempo, equipamentos e máquinas.
Porém, em algum lugar no caminho, perdeu-se a ênfase sobre a liderança.
Esqueceram-se que, embora o comando seja importante, a liderança é que
constrói e mantém as grandes nações e os grandes povos (BETHEL,1995,P.22).
Todos nós queremos ser inspirados, motivados e estimulados a fazer o melhor possível. Nós nos
sentimos assim quando somos liderados, não apenas administrados. Por isso é tão importante
distinguir entre comando e liderança.
Administrar: Trabalhar com e por meio das pessoas e dos grupos para alcançar objetivos
organizacionais.
Liderar: influenciar o comportamento humano seja qual for o objetivo.
Bethel (1995),

Segundo Araújo (2004, p.253), liderança é o ato de chefiar, comandar e


ou orientar qualquer tipo de ação, gerenciar ou linear ideias. Porém o tempo
mostrou que essa definição merece umas pequenas correções. Hoje,
entendemos que chefiar não implica em liderar. Em outras palavras, liderança é
uma forma de orientar, de fazer com que outros o sigam, de estar em evidência,
de assumir responsabilidades.
Segundo Castilho (1999, p.32), liderança é manejar com decisões que
nem sempre agradam às pessoas, é administrar conflitos de interesses, é
imprimir novas realidades que ferem as rotinas, normas, procedimentos e
condicionamentos. Saber lidar com essas resistências é um forte sinal de
liderança.
Para Bethel (1995, p.22), liderança é influenciar os outros. Para
diferenciar e ser líderes produtivos precisa influenciar os outros a pensar, além
de seguir as ideias propostas. Deve-se dar um exemplo que os outros optarão
por aceitar ou não, é o segredo para conseguir essa escolha é a própria essência
da liderança.
Segundo Bennis e Nanus (1998, p.76), líderes assumem o controle, fazem
com que as coisas aconteçam, sonham e depois traduzem esses sonhos em
realidade. As pessoas que são (verdadeiramente) líderes atraem o compromisso
voluntário dos seguidores, os influenciam, e transformam e dotam as empresas
com maior potencial de sobrevivência, crescimento e excelência. Líderes são
conhecidos pelas suas habilidades para solucionar problemas, por serem
capazes de projetar e construir instituições e empresas.
Segundo Castilho (1999, p.81), muitas pessoas desejam desenvolver
habilidades de liderança, porém nem sempre é uma tarefa fácil. A condição de
líder não é fruto de eleição, nomeação ou qualquer outro atributo do gênero. Não
importa a posição, classificação, título, idade, nacionalidade, raça, cor ou credo.
Nada disso qualifica ninguém para liderar outras pessoas. O direito de conduzir
não é uma atribuição, é uma conquista que pode levar muitos anos para ser
alcançada. Para se tornar um líder admirado e respeitado não se deve
concentrar-se em fazer as pessoas seguirem você, mas em tornar-se o tipo de
pessoa que a maioria queira seguir.
Para Lacombe (2006 p. 201), liderança é a forma de conduzir o grupo em
um objetivo comum. Tradicionalmente a liderança superestima a importância da
contribuição do líder, e supõe que a liderança é originária das qualidades
pessoais do líder. Há várias interpretações do que é liderança, mas cada uma
continua a dar explicações incompletas e inadequadas. São mais de 130
definições de liderança e mais de cinco mil estudos sobre suas características,
o que torna praticamente impossível escolher apenas uma como sendo a mais
correta.

4.1.1 CARACTERÍSTICAS DA LIDERANÇA

Lacombe (2005, p.204), afirma que as características que a liderança


defende é a vontade coletiva; do contrário os líderes não são capazes de
mobilizar os liderados à ação. A variedade dos tipos de liderança torna difícil
estabelecer com precisão o que faz um líder. Ainda assim Lacombe nos
apresenta quatro características:
 O líder deve ter desenvolvido uma imagem mental de um estado
futuro possível e desejável da organização;
 O líder deve comunicar a nova visão, saber comunicar de forma
simples e precisa;
 O líder precisa criar confiança por meio do posicionamento, mostrar
coerência, energia, honestidade e coragem. As pessoas confiam em líderes
assim;
 Líderes são aprendizes perpétuos, a aprendizagem é o
combustível essencial para o líder.
Chiavenato (1994, p.23), cita que as características de liderança podem
ser eminentemente sociais. Há pessoas capazes de se comunicar e que estão
dispostas a contribuir com a ação conjunta a fim de alcançar um objetivo comum.
A disposição de contribuir com a ação significa, sobretudo, esforço em sacrificar
o controle da própria conduta em benefício da cooperação.
Para Dias et al (2003, p.172), muitos acreditam que por ser a liderança
uma questão relevante, as organizações deveriam definir qual o estilo de
liderança que julgam mais eficaz para si. Entretanto, não é uma questão tão
simples, já que se trata de definir algo que está diretamente relacionado à
personalidade de cada pessoa que exerce o papel de líder. Assim não cabe
definir um estilo único, mas sim compreender cada um dos possíveis estilos e, a
partir dessa compreensão, buscar formas de potencializar os resultados efetivos
de suas práticas no âmbito da organização.
Lacombe (2005, p. 211), concorda que as características de um líder são:
 Confiança em si: nenhum líder ou candidato a tal inspira mais confiança
em seus liderados ou seguidores potenciais do que a ele mesmo deposita em si
e o demonstra;
 Crença no que faz: os líderes atraem os seguidores por sua fé na
capacidade das pessoas de se adaptar, crescer e aprender;
 Visão clara de onde quer chegar: a criação e a transmissão da visão para
os seguidores são qualidades indispensáveis ao líder;
 Capacidade de comunicação: o bom líder conhece seus seguidores, seus
valores, costumes, necessidades e desejos e fala uma linguagem que eles
entendem;
 Expectativas elevadas e reconhecimento do mérito: os líderes bem-
sucedidos têm níveis elevados de expectativas para si e para seus seguidores.

4.1.2 PODER NA LIDERANÇA

Segundo Bateman, e Snell (1998 p. 337), um ponto crucial da liderança é


o poder, a habilidade de influenciar outras pessoas. Nas organizações, isso
muitas vezes significa fazer com que as tarefas sejam realizadas ou atingir as
próprias metas apesar da resistência dos outros.
Ainda o mesmo autor sugere, para uma abordagem mais antiga e ainda
útil, para entender o poder que os líderes têm cinco fontes potenciais importantes
de poder nas organizações. Conforme a figura 1.

FIGURA 1: Fontes de poder


FONTE: Bateman, Snell. 1998, p 338.
Para Dias et al (2003 p. 173), os aspectos relativos ou poder no âmbito
das organizações estiveram ligados à questão da liderança. Desta forma,
quando se assume algum cargo de liderança na organização, automaticamente
leva-se junto à fama de ter o poder. Considerando esse aspecto, a percepção é
que quanto maior for o cargo de liderança dentro da estrutura hierárquica da
empresa, maior também é a fama de que esse líder possui o poder.
Stevem et al ( 2003, p. 88), usa um modelo interessante para
representar o poder nas organizações. Usa deuses gregos para ilustrar quatro
estilos de liderança:
 Zeus, líder forte e carismático. O poder e influência dos indivíduos no clube ou
gangue, pode se dizer, são totalmente dependentes de seu relacionamento com
o líder. Um exemplo são as organizações empresariais jovens, grupos políticos
e empresas de serviços profissionais especializados.
 Apolo, líder altamente estruturado e estável: todos os membros da organização
conhecem suas funções e posições em relação ao poder na hierarquia.
Tornando a liderança um ato de fácil aceitação.
 Atena, talentoso, enérgico e ambicioso. Os indivíduos são reconhecidos e
recompensados de acordo com a maneira como realizam suas tarefas.
 Dionísio, serve principalmente como infraestrutura para a existência e satisfação
dos interesses de seus membros individuais.[1]

Dias et al (2003 p. 175), relatam que, apesar de o líder ter a autoridade


formal para influenciar o comportamento das pessoas, esse controle tem suas
limitações. Por essa razão, cabe analisar a questão do poder quando se busca
implantar as estratégias organizacionais até porque os liderados podem não
aceitar passivamente as ordens do ocupante do cargo ou da função do chefe
que é exercido pelo líder.
Ainda segundo Dias (2003, p. 175), o líder pode exercer o poder por meio
das seguintes formas:
O líder pode ser um perito: isso confere ao líder poder, pois é reconhecido pelos liderados
como capaz de resolver os problemas que estão sob sua responsabilidade, o que o deixa com
mais condição de influenciar as pessoas;
O líder pode ter o controle de informações: também é uma forma de poder, já que é o
líder quem divulga as informações mais importantes e é ele, também, quem decide sobre a
disponibilidade ou não dessas informações aos seus liderados;
O líder pode tirar vantagens do liderado: este é um tipo de poder meio velado já que é
aquele exercido pelo líder quando pede ao liderado que o forneça em alguma situação como
retribuição a algum favor, feito por ele, para o liderado no passado;
O líder pode ter influência direta sobre situações que estão relacionadas ao alcance das
metas / objetivos: é o tipo de poder exercido pelo líder quando modifica a situação em que as
pessoas ou grupos trabalham, a fim de que as estratégias sejam implementadas mais facilmente
como, por exemplo, alterar a posição hierárquica de uma pessoa ou grupo, mudar a estrutura
física de pessoas ou grupo que o apóiam na implantação da estratégia, deixando-os mais
próximos de sua vista;
O líder pode ter carisma: é um tipo de poder exercido pelo líder quando este possui a
capacidade e influenciar os outros por meio de seu magnetismo pessoal, entusiasmo e
convicções fortemente estabelecidas.

Para Bateman e Snell (1998 p. 338), os poderes que um líder exerce sobre
seus liderados são:
 O poder legítimo: O líder com o poder legítimo tem o direito, ou a autoridade, de
dizer aos subordinados o que fazer; os subordinados são obrigados a obedecer
às ordens legítimas;
 Poder sobre recompensas: O líder que tem poder sobre recompensas influência
os outros porque controla recompensa valorizada; as pessoas obedecem aos
desejos do líder para receber essas recompensas;
 O poder de coerção: o líder tem o poder de coerção e o controle sobre as
punições; as pessoas obedecem para evitar essas punições;
 O poder de referência: o líder com poder de referência tem características
pessoais que atraem os outros: as pessoas obedecem devido à admiração, ao
desejo de aprovação, à estima pessoal, ou à vontade de ser apreciadas pelo
líder;
 O poder de competência: o líder com poder de competência possui certas
habilidades ou conhecimentos: as pessoas obedecem porque acreditam nessas
habilidades e podem aprender ou obter vantagens dela.

4.1.3 TRAÇOS DE LIDERANÇAS


Para Bateman e Snell (1998 p. 339), Há três abordagens tradicionais no
estudo da liderança: a que enfoca traços, a que enfoca comportamento e a que
focaliza situações.
De 1904 a 1948, foram realizados mais de 100 estudos sobre traços de
liderança. No final desse período, observou-se que não é necessário nenhum
conjunto particular de características para que a pessoa se torne líder de
sucesso. Em meados da década de 70, surgiu uma visão mais equilibrada,
embora nenhum traço garanta o sucesso da liderança, certas características são
potencialmente úteis. Nos anos 90 a perspectiva é de que algumas
características de personalidade, muitas das quais não precisam ser inatas,
podendo as pessoas lutar para adquiri-las de fato, distinguem os líderes eficazes
das outras pessoas (BATEMAN, SNELL 1998 p.339).
Para Lacombe (2005, p.211), confiança em si, crença no que faz, visão
clara de onde quer chegar, capacidade de comunicação, expectativa elevada e
reconhecimento de mérito são traços que um líder deve se preocupar em adquirir
ou melhorá-los em seu dia a dia. Hoje, já não se fala em liderança como um traço
psicológico, intrínseco a um indivíduo, que alguns têm sorte de ter e outros não.
Na maioria dos livros sobre psicologia industrial encontra-se uma lista, maior ou
menor de traços de liderança que nos falam, por exemplo, que o líder deve ter
inteligência e bom julgamento, discernimento e imaginação, habilidade em
aceitar responsabilidades, senso de humor, personalidade equilibrada e senso
de justiça.
Ainda segundo Bateman e Snell (1998 p.339), há cinco traços de
liderança que devem ser notados:
Empenho; o empenho refere-se a um conjunto de características que refletem um alto
nível de esforço. O empenho inclui alta necessidade de realização, esforço constante no sentido
de melhorar, ambição, alto nível de energia, tenacidade (persistência em face de obstáculos) e
iniciativa.
Motivação de liderança; grandes líderes não têm somente empenho; eles querem
liderar. Têm alta necessidade de poder, preferindo as posições dos líderes às dos seguidores.
Integridade; a integridade é a correspondência entre ações e palavras. Honestidade e
credibilidade, além de serem em si mesmas características desejáveis, são especialmente
importantes para os líderes, porque esses traços inspiram a confiança dos outros.
Autoconfiança; a autoconfiança é importante por várias razões. O papel de líder é
desafiador e as contrariedades são inevitáveis. A autoconfiança permite que o líder supere
obstáculos, tome decisões apesar das incertezas e inspire confiança nos outros. Todas essas
qualidades são vitais para a realização da visão do líder.
Conhecimento do negócio; líderes eficazes têm alto nível de conhecimento sobre seus
setores, empresas e questões técnicas. Os líderes também têm inteligência para interpretar
amplas qualidades de informação. Diplomas de curso avançados são úteis numa carreira, mas
em última instância, menos importante que a expertise adquirida em questões relevante para a
organização.

Robbins (2006 p.374), diz que uma visão completa dos dados nos leva ao
conhecido cenário das vantagens e desvantagens. Seis características parecem
ser constantes na diferenciação dos líderes em relação às outras pessoas. São
elas:
 Ambição, energia,
 Desejo de liderar,
 Honestidade e integridade,
 Autoconfiança, inteligência,
 Conhecimento relevante ao cargo,
 Além disso, surgiu recentemente outra característica, a de auto monitoração, ou
seja, altamente flexível para adaptar seu comportamento a situações diferentes.
As desvantagens: (i) é que as características não fornecem nenhuma
garantia. Algumas características parecem estar associadas com o sucesso
como líder, mas nenhuma delas garante o sucesso, (ii) é que os dados não
indicam com clareza a separação de causa e efeito. Os líderes é que são
autoconfiantes.
Para Tejon (2006 p.125) há sete traços que podem ser observados na
liderança:
 Conhecer o negócio da empresa suas peculiaridades,
 Administrar o presente enquanto cria o futuro;
 Transformar ameaças em oportunidades;
 Criar paixão por resultados;
 Facilitar o aparecimento de novos líderes;
 Formar equipes integradas e comprometidas;
 Evoluir sempre;
Esses traços são observados em vários líderes que assumem
responsabilidades, além de suas obrigações.

4.1.4 ESTILOS DE LIDERANÇA

Segundo Faria (1997 p. 55), à pelo menos três estilos de liderança:


autoritário, liberal e democrático;
Autoritário: apenas o líder fixa as diretrizes, sem qualquer participação do grupo o líder
determina as providências as técnicas para a execução das tarefas, cada uma por vez, na
medida em que se tornam necessárias e de modo imprevisível para o grupo. O líder determina
qual tarefa que cada um deve executar e qual o seu companheiro de trabalho. O líder é
dominador e é pessoal nos elogios a nas críticas ao trabalhado de cada membro.
Democrático: as diretrizes são debatidas e decididas pelo grupo, estimulado e assistido
pelo líder. O próprio grupo esboça as providências e as técnicas para atingir o alvo, solicitando
aconselhamento técnico ao líder quando necessário, passando este a sugerir duas ou mais
alternativas para o grupo escolher. As tarefas ganham novas perspectivas com os debates. A
divisão das tarefas fica a critério do próprio grupo e cada membro tem liberdade de escolher os
seus companheiros de trabalho. O líder procura ser um membro normal do grupo, em espírito,
sem se encarregar muito das tarefas. O líder é objetivo e limita-se aos fatos em suas críticas e
elogios.
Liberal (laissez-faire): há liberdade completa para as decisões grupais, com
participação mínima do líder. A participação do líder no debate é limitada, apresentando apenas
material variado ao grupo, esclarecendo que poderia fornecer informações desde que as
pedissem. Tanto as divisões das tarefas como a escolha dos companheiros ficam totalmente a
cargo do grupo. Absoluta falta de participação do líder. O líder não faz nenhuma tentativa de
avaliar ou de regular o curso dos acontecimentos. O líder somente faz comentários irregulares
sobre as atividades dos membros quando perguntado.

Para Maximiano (2004 p. 313) a autoridade é um tipo específico de


habilidade. A habilidade no uso da autoridade é outro foco importante no estudo
da liderança. Os termos autocracia e democracia, tirados dos termos políticos
para a administração são empregados para definir duas formas (ou estilos) de
usar a autoridade:
 Autocracia: quanto mais concentrado o poder de decisão no líder, mais
autocrático é o seu comportamento ou estilo. Muitas formas de comportamento
abrangem prerrogativas de gerência, como as decisões que impedem de
participar ou aceitar, este estilo pode degenerar e tornar-se patológico,
transformando-se no autoritarismo. Arbitrariedade, despotismo e tirania, que
representam violência contra os liderados.
 Democracia: quanto mais as decisões forem influenciadas pelos integrantes do
grupo, mais democrático é o comportamento do líder. Os comportamentos
democráticos envolvem alguma espécie de influência ou participação dos
liderados no processo de decisão ou de uso da autoridade por parte do dirigente.
Ainda para Maximiano (2004 p.313), esses estilos de liderança colocam
dois comportamentos – autocracia e democracia – como pontos opostos de uma
escala, conforme a figura a baixo:
FIGURA 2: Estilos de liderança.

FONTE: Maximiano 2004 p.315

Dois autores Tannenbaum e Schmidt desenvolveram a idéia de uma


régua dos estilos de liderança, dentro do qual a autoridade do gerente e a
liberdade dos integrantes da equipe combinam-se. Conforme a autoridade se
concentra no líder, a autoridade do liderado diminui, e vice-versa, como mostrado
na figura a baixo.

FIGURA 3: Modelo de liderança.

FONTE: Tannenbam e Schmidt Citado por Maximiano 2004 p.315.

Segundo Faria (1997 p. 55), há uma forma que devemos cogitar, é a


liderança eficaz, qualidade do líder, estilos de liderança, fatores situacionais e
características do liderado.

Figura 4: Liderança eficaz


Fonte Adaptado de Bateman e Snell 1998 p.339.

4.2 EMPREENDEDORISMO

Dornelas (2001, p.37), define o empreendedor como, “aquele que detecta


uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ele, assumindo riscos
calculados”
Segundo Drucker (1987, p.36), o empreendedor “é aquele que sempre
está buscando a mudança, reage a ela, e a explora como sendo uma
oportunidade”.
Dolabela (2003, p. 38), nos traz outra forma essencial ao
empreendedorismo, a capacidade de transformar a idéia em ação, quando
propõe o conceito de que “é empreendedor, em qualquer área, alguém que
sonha e busca transformar seu sonho em realidade”.
O empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem,
pois é dotado de forte sensibilidade para os negócios, tino financeiro e
capacidade de identificar oportunidades que passam despercebidas para os
outros. Com todo esse arsenal transforma idéias em realidade, para benefício
próprio e para o benefício da organização ou da comunidade. (CHIAVENATO E
SAPIRO, 2004, P. 346),
Segundo Bacic e Carpintéro (2003 p.263), que evidencia o
empreendedorismo não sendo uma ação isolada. Deve-se enxergar o
empreendedorismo como resultado de um processo de desenvolvimento
econômico, social e cultural, objetivando cooperação entre empreendedores e
não somente ações empreendedoras isoladas.
Para Araujo (2004 p. 216), o ser empreendedor é marcado pelo espírito
de inovação, e está na busca constante de algo essencialmente novo; não se
satisfazendo em manter seu negócio, quer inovar sempre. Para tanto, porém, é
preciso competência, ou seja, não basta querer inovar, é preciso agir.
Ainda para Araujo o empresário deseja a manutenção de seu negócio,
seu lema é administrar de forma à sobreviver, e note que poder abrir um negócio
sem inovar, ou seja, não sendo uma pessoa empreendedora. Logo abrir um
negócio não é sinônimo de empreendedorismo.
Para Megginson et al (1998, p. 595), o trabalho do empreendedor,
envolve conceber, juntar recursos, organizar e presidir negócios. Apesar de
novos empreendedores começarem pequenos, eles podem acabar ficando
grandes e lucrativos, como o exemplo seguinte:
Cliffs Notes, Inc. começou em 1958, quando Clifiton Hillegass, então com 40 anos, obteve os
direitos de fazer esquemas de 16 peças de Shakespeare. Como era comprador e vendedor de
textos acadêmicos,Hillegass hesitou. Porém, depois ele tomou emprestado US$ 4.000 do banco
e começou a imprimir cópias. Sua esposa datilografou cerca de 1.000 cartas para livrarias de
faculdades em máquinas portátil e nunca mais olharam para traz. Hoje a Cliffes Notes atinge
80% do mercado, e Hillegass recusou recentemente uma oferta de US$ 70 Milhões por sua
empresa.

É comum, que ao se falar de empreendedor se pense imediatamente em


inovação, quebra de paradigmas, ou até mesmo numa pessoa alucinada com
idéias mirabolantes. Os próprios estudiosos tratam a pessoa empreendedora
como um ser inovador. Todavia, veja que o empreendedor é o ser humano que
realiza coisas novas e não necessariamente, aquele que inventa, ou seja, não é
necessário que se construa uma nova organização para ser uma pessoa
empreendedora, basta tornar suas atividades inovadoras, ou melhor, executá-
las de forma jamais vista até o momento (ARAUJO, 2004, P.217).
Para Dolabella (1999, p. 156), uma definição bastante interessante e
detalhada fornecida, diz que a pessoa que empreende é:
 O indivíduo que cria uma empresa, qualquer que seja ela;
 Pessoa que compra uma empresa e introduz inovações, assumindo riscos, seja
na forma de administrar, vender, fabricar, distribuir, seja na forma de fazer
propaganda dos seus produtos e/ ou serviços, agregando novos valores;
 Empregado que introduz inovação em uma organização, provocando o
surgimento de valores adicionais.
Para Ducker (1987, p. 27), nos Estados Unidos, por exemplo, o
empreendedor é freqüentemente definido como aquele que começa o seu
próprio negócio. Na verdade, os cursos de entrepreneurship, são descendente
direto dos cursos sobre como começar o seu próprio negócio, oferecidos há trinta
anos atrás, e, em muitos casos, bastante semelhante.

4.2.1 CARACTERÍSTICAS EMPREENDEDORAS


O empreendedor tem como características a iniciativa, autonomia,
autoconfiança, necessidade de realização, perseverança e tenacidade para
vencer obstáculos, capacidade de se dedicar ao trabalho e concentrar esforços
para alcançar resultados com comprometimento no que acha certo.
(DOLABELA, 1999, p. 89).
Segundo Falcão (2008), há pelo menos quatro motivos ou características
para o empreendedorismo:
 Há empreendedorismo por necessidade;
 Empreendedorismo por vocação;
 O empreendedorismo inercial;
 O empreendedorismo pelo conhecimento.

Dolabela (2003, p.32), enfatiza o caráter cíclico e de auto-


desenvolvimento presente no empreendedorismo quando escreve que:
“empreender é essencialmente um processo de aprendizagem proativa, em que o indivíduo
constrói e reconstrói ciclicamente a sua representação do mundo, modificando a si mesmo e ao
seu sonho de auto-realização em processo permanente de auto-avaliação e autocriação”.

Segundo Maximiano (2009, p.65), inovação, riscos e criatividade são


características associadas ao empreendedor, pessoa que está disposta a aplicar
seus recursos em um novo negócio, sem ter garantias de sucesso ou retorno.
Esse era o perfil que os novos colaboradores da 3M deveriam ter, essa empresa
era um exemplo de ambiente favorável a esse tipo de profissional.
Para Denger (2005 p.10), certas características podem ser observadas
em empreendedores de sucesso, são elas:
 A necessidade de realizar, ser empreendedor significa ter, acima de tudo, a
necessidade de realizar coisas novas;
 A disposição para assumir riscos, nem todas as pessoas têm mesma disposição
para assumir riscos. Essa disposição é um fator de diferenciação dos
empreendedores.
Essas características podem ser observadas na maioria dos
empreendedores.
Segundo Araujo (2004, p.219), para entender melhor o que significa ser
empreendedor, segue algumas características marcantes que são essenciais:
 Arrojado: define metas desafiadoras, visão clara no longo prazo e objetivos de
curto prazo mensuráveis, é calculista possui metas claramente definidas e sabe
exatamente onde quer chegar, e como;
 Autoconfiante: a pessoa empreendedora acredita em si, fato que faz a pessoa
se arriscar mais, ousar, oferecer-se para realizar tarefas desafiadoras, enfim,
torna-a mais empreendedora;
 Busca informação: sempre buscar saber mais e mais, é preciso saber também
filtrar os dados de forma a transformá-los em informações úteis para o sucesso
da organização;
 Busca oportunidades: a pessoa empreendedora está sempre buscando novas
oportunidades e uma forma de aproveitá-las;
 Capaz de persuadir: como verdadeiro líder, possui alta capacidade de influenciar
ou persuadir os outros com bons argumentos, de forma a fazer de seus objetivos
os objetivos comuns;
 Comprometido: é a característica da pessoa empreendedora estar envolvido de
corpo e alma em seus projetos; para tanto não mede esforços e exerce
sacrifícios pessoais para realização dos projetos.
 Exigente: sendo uma pessoa extremamente exigente consigo mesma, busca
fazer sempre o melhor;
 Inovador: busca realizar suas tarefas de maneira nunca jamais vista, sendo uma
característica marcante essa busca pelo essencialmente novo;
 Negociador: negociar nos limites não é para qualquer um;
 Otimista: é importante que não se confunda o otimista com um sonhador; pelo
contrário, o otimista é alguém que acredita nas possibilidades que o mundo
oferece, acredita na possibilidade de solução, no potencial de desenvolvimento;
 Persistente: deve ser capaz de persistir até que os obstáculos sejam superados
e tudo comece a funcionar adequadamente.
Essas são as características que podem ser determinantes para se tornar
um empreendedor de sucesso ou mesmo um empresário com a mente voltada
para o empreendedorismo.
Segundo Chiavenato e Sapiro (2004, p.345), as características dos
empreendedores são de pessoas populares do mundo dos negócios. Fornecem
empregos, introduzem inovações e incentivam o crescimento econômico. Não
são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mais fontes de
energia que assumem riscos inerentes em uma economia em mudanças,
transformação e crescimento.
Segundo o Relatório do SEBRAE (2009), as características dos
empreendedores são complementadas aos atributos presentes:
 Saber aproveitar oportunidades: o empreendedor tem que estar sempre atento e ser capaz de
perceber o momento certo para dinamizar as oportunidades de negócio que o mercado oferece;
 Conhecer o mercado: quanto maior for o seu conhecimento sobre o mercado, maiores serão as
suas chances de êxito na atividade. Se o indivíduo não possui nenhuma experiência no setor é
necessário aprender através de livros, cursos ou conversando com empresários;
 Ser organizado: o empreendedor deve ter senso de organização e capacidade de utilizar
recursos humanos, materiais e financeiros de forma lógica e racional. A organização leva a
execução de um trabalho mais eficiente, economizando tempo e dinheiro;
 Saber tomar decisões: o empreendedor deve tomar decisões corretas, para isso, precisa estar
bem informado, analisar friamente as situações, avaliá-las e assim, ter maiores chances de
escolher a solução mais adequada;
 Liderança: saber definir objetivos, orientar a realização, combinar métodos e procedimentos
práticos, incentivar pessoas e motivá-las, ter relacionamento equilibrado com empregados, tudo
isso é fundamental para que o empreendedor atinja o sucesso;
 Ter talento: todas as características relacionadas são importantes, mas esta é fundamental, pois
com ela, o indivíduo transforma simples idéias em negócios lucrativos;
 Ser otimista: nunca perder as esperanças é uma característica forte dos empreendedores de
sucesso.

Dornelas (2007, p.13), cita que características dos empreendedores


podem ser tanto corporativo quanto de “start-up”:
Empreendedorismo corporativo – procura trabalhar os conceitos do
empreendedorismo e da inovação através de programas voltados ao
desenvolvimento do perfil empreendedor de funcionários e executivos e na
implementação de novos projetos e negócios corporativos. Aplica-se a empresas
já constituídas, de médio e grande porte, através de treinamentos, palestras,
seminários, workshops e consultorias.
Empreendedorismo de start-up – procura trabalhar com potenciais
empreendedores e empresas inovadoras em estágio inicial de desenvolvimento,
através de treinamentos, palestras e consultorias relacionadas ao
empreendedorismo, plano de negócios, inovação e capital de risco.

4.3 LIDERANÇA E EMPREENDEDORISMO

Para Jordão (2010), o empreendedor precisa atentar para o fato de que a


presença de um líder é fundamental para o sucesso de qualquer negócio. O ideal
é que procure desenvolver habilidades de liderança caso não seja um líder nato.
É necessário que tenha alguém para conduzir o grupo de onde está até onde
precisa estar. Para fazer com que a equipe faça voluntariamente o que precisa
ser feito. Para extrair o melhor de cada colaborador e com isso conseguir obter
os resultados positivos. Os pequenos empresários costumam cometer alguns
erros na administração de seus negócios, muitos por falta de liderança, entre
eles são:
Não se conhecem suficientemente para saber as competências que lhes falta para
buscar treinamento ou pessoas com tais capacidades;
Não conhecem o ponto de equilíbrio de seu negócio e gastam mais do que podem;
Contratam pessoas que não são adequados às funções. Não é proibido contratar amigo
ou parente, mas é proibido contratar gente incompetente para a função;
Adiam decisões que precisam ser tomadas rapidamente;
Não suprem seus colaboradores e a si mesmos com os treinamentos necessários. Não
têm uma política de treinamentos e;
Assumem compromissos que não têm capacidade de cumprir;
Esquecem que os clientes são o maior patrimônio das empresas. Todos os
colaboradores na organização precisam “servir” o cliente e não “servir” o patrão. Sem clientes o
negócio está fadado ao fracasso.

Segundo Pinheiro (2009), a liderança empreendedora, que produz


inovações e incrementa a transformação do mundo, não conhece fronteiras. Ela
globaliza culturas, valores e moldam novos cidadãos, capazes de gerar seus
próprios aprendizados, de serem seus próprios líderes e empreendedores. A
liderança e o empreendedorismo estão um nível acima, orbitam o universo das
capacidades.
Ainda para Pinheiro a pergunta é, liderança e empreendedorismo são
dons ou habilidades que podem ser desenvolvidas? São habilidades que podem
ser desenvolvidas. Como fazer isso? Uma das mais poderosas ferramentas para
o desenvolvimento de habilidades e de transformação comportamental da
atualidade é a Programação Neurolinguística. A PNL é uma metodologia que
atua diretamente no SNC, (sistema nervoso central) através da estimulação
sensorial, com isso ela trabalha as habilidades essenciais: abstração,
pensamento sistêmico, experimentação e colaboração. O que leva seu detentor
às capacidades de: identificar problemas, solucionar problemas e de fazer o
gerenciamento estratégico, de si mesmo e do que empreende. A PNL é uma
ferramenta disponível a todos, mas utilizada por pessoas que são boas e
desejam serem ainda melhores, sempre.
Segundo Ferruccio (2009), líder empreendedor assume riscos calculados,
gosta de trabalhar com pessoas e acompanha as mudanças tecnológicas que
aparecem em uma velocidade estonteante, assim como desenvolve sua
competência técnica para formular conhecimentos necessários e
imprescindíveis que suportem as decisões estratégicas que ele terá que tomar
diariamente.
Ainda segundo Ferruccio (2009), um líder empreendedor tem uma visão
mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve desempenhar,
devendo ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu comportamento para o
alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta trajetória. A
liderança empreendedora deve ser levada em consideração para a eficácia das
organizações, uma vez que pode ser um fator que influência na motivação e no
comportamento do grupo de trabalho.
Dornelas (2007,p.85), cita que pesquisas feitas com empresários de
sucesso identificaram qualidades especiais comuns a todos eles e que foram
responsáveis por garantir o seu lugar no mercado. Dentre uma destas
qualidades, está a importância que os empresários dão ao empreendedorismo e
a liderança, o utilizando não apenas como um empreendimento mais assumindo
responsabilidades do negócio e seus desafios.
 Assumir riscos é uma das maiores qualidades do verdadeiro
empreendedor. Arriscar conscientemente é ter coragem de enfrentar desafios,
de tentar um novo empreendimento, de buscar, por si só, os melhores caminhos.
É ter autodeterminação. Os riscos fazem parte de qualquer atividade e é preciso
aprender a lidar com eles. Liderando e tomando a iniciativa motivando a equipe
e todos envolvidos no empreendimento;
 Identificar oportunidades é ficar atento e perceber, no momento certo, as
oportunidades que o mercado oferece e reunir as condições propícias para a
realização de um bom negócio é outra marca importante do empresário bem-
sucedido. Ele é um indivíduo curioso e atento a informações, pois sabe que suas
chances melhoram quando seu conhecimento aumenta;
 Conhecimento, organização e independência, quanto maior o domínio de
um empresário sobre um ramo de negócio, maior será sua chance de êxito. Esse
conhecimento pode vir da experiência prática, de informações obtidas em
publicações especializadas, em centros de ensino, ou mesmo de "dicas" de
pessoas que montaram empreendimentos semelhantes;
 Possuir senso de organização, ou seja, ter capacidade de utilizar recursos
humanos, materiais, financeiros e tecnológicos de forma racional. É bom não
esquecer que, na maioria das vezes, a desorganização principalmente no início
do empreendimento compromete seu funcionamento e seu desempenho;
 Determinar seus próprios passos, abrir seus próprios caminhos, ser seu
próprio patrão, enfim, buscar a independência é meta importante na busca do
sucesso. O empreendedor deve ser livre, evitando protecionismos que, mais
tarde, possam se transformar em obstáculos aos negócios. Só assim surge a
força necessária para fazer valer seus direitos de cidadão-empresário;
 Tomar decisões, o sucesso de um empreendimento, muitas vezes, está
relacionado com a capacidade de decidir corretamente. Tomar decisões
acertadas é um processo que exige o levantamento de informações, análise fria
da situação, avaliação das alternativas e a escolha da solução mais adequada.
O verdadeiro empreendedor é capaz de tomar decisões corretas, na hora certa;
 Liderança, dinamismo e otimismo, liderar é saber definir objetivos, orientar
tarefas, combinar métodos e procedimentos práticos, estimular as pessoas no
rumo das metas traçadas e favorecer relações equilibradas dentro da equipe de
trabalho, em torno do empreendimento. Dentro e fora da empresa, o homem de
negócios faz contatos. Seja com clientes, fornecedores e empregados. Assim, a
liderança tem que ser uma qualidade sempre presente;
 Um empreendedor de sucesso nunca se acomoda, para não perder a
capacidade de fazer com que simples idéias se concretizem em negócios
efetivos. Manter-se sempre dinâmico e cultivar certo inconformismo diante da
rotina é um de seus lemas preferidos;
 O otimismo é uma característica das pessoas que enxergam o sucesso,
em vez de imaginar o fracasso. Capaz de enfrentar obstáculos, o empresário de
sucesso sabe olhar além e acima das dificuldades;
 Liderar é saber definir objetivos, orientar tarefas, combinar métodos e
procedimentos práticos, estimular as pessoas no rumo das metas traçadas e
favorecer relações equilibradas dentro da equipe de trabalho, em torno do
empreendimento;
 Existe uma importante ação que somente o próprio empreendedor pode
e deve fazer pelo seu empreendimento: planejar, planejar e planejar. No entanto,
é notória a falta de cultura de planejamento do brasileiro, que por outro lado é
sempre admirado pela sua criatividade e persistência;
 Os fatos devem ser encarados de maneira objetiva. Não basta apenas
sonhar, deve-se transformar o sonho em ações concretas, reais, mensuráveis.
Para isso, existe uma simples, porém para muitos, tediosa, técnica de se
transformar sonhos em realidade: o planejamento;
 Muito do sucesso creditado às micro e pequenas empresas em estágio
de maturidade é creditado ao empreendedor que planejou corretamente o seu
negócio e realizou uma análise de viabilidade criteriosa do empreendimento
antes de colocá-lo em prática;
 Toda empresa necessita de um planejamento do seu negócio para poder
gerenciá-lo e apresentar sua idéia a investidores, bancos, clientes e para seus
parceiros, sejam eles fornecedores ou seus colaboradores;
 Tino empresarial: O que muita gente acredita ser um "sexto sentido",
intuição, faro empresarial, típicos de gente bem-sucedida nos negócios é, na
verdade, na maioria das vezes, a soma de todas as qualidades descritas até
aqui. Se o empreendedor reúne a maior parte dessas características terá
grandes chances de êxito. Quem quer se estabelecer por conta própria no
mercado brasileiro e, principalmente, alçar vôos mais altos na conquista do
mercado externo deve saber que clientes, fornecedores e mesmo os
concorrentes só respeitam os que se mostram à altura do desafio.

Para Wagner (2006), as figuras do líder e do empreendedor se


confundem, pois, normalmente andam juntas. Mas, se perguntarmos se o
empreendedor é sempre um líder ou se o líder precisa ser empreendedor, a
resposta é: não necessariamente. A seguir, estabeleço uma série de distinções
entre liderança e empreendedorismo. Entretanto, deve-se ter em mente que as
duas qualidades não se opõem. Aliás, muito pelo contrário, se complementam e
o ideal é cultivá-las em conjunto.
Liderança e empreendedorismo têm a ver com poder. Entretanto, o poder do
empreendedor é fazer, enquanto o do líder é influenciar. Liderança é a capacidade de influenciar
os outros. Requer cooperação, empatia e respeito. O poder do líder lhe é concedido e deriva da
sua autoridade moral reconhecida e concedida pelos outros.
Já empreendedorismo é a capacidade de agir sobre as coisas, inclusive sobre os outros
(como objetos da ação). O empreendedor é empático e seu poder é conquistado pela
acumulação de atributos: força, conhecimento e propriedade.
Liderança e empreendedorismo são qualidades derivadas de virtudes de caráter mais
fundamentais. A principal virtude do líder é a moderação, enquanto a virtude maior do
empreendedor é a coragem. Tanto o líder quanto o empreendedor precisam ter uma auto-estima
profunda, bem como elevada transcendência – virtual esquecimento do ego em função de algo
maior– uma causa, uma idéia ou o coletivo.
Entretanto, a liderança requer uma transcendência maior do que o empreendedorismo.
É comum pensar que o empreendedor é um egoísta enquanto que o verdadeiro líder é um
altruísta. Porém, um ego forte não está em oposição ao idealismo. Na verdade, o empreendedor
também precisa ter uma elevada capacidade de transcendência.
Ambos têm um temperamento persistente, mantendo a motivação por longos períodos
de tempo, apesar das adversidades. Entretanto, o líder é mais sensível ao risco e age mais no
sentido de evitá-lo, além de ser meticuloso. O empreendedor é mais tolerante ao risco e enfrenta
melhor as situações em que não tem muito controle.
O líder avalia, pondera e busca o consenso para a ação coletiva e, assim tem menos
capacidade de reação do que o empreendedor, e é mais lento. Com isso, pode perder
oportunidades ou tardar a responder a ameaças imediatas. Em contrapartida, diante de uma
oportunidade ou desafio, o empreendedor age rápido.
Com isso, comete mais erros e é mais propenso à ansiedade. Como é rápido também
para corrigir erros, pode-se dizer que, ao longo da vida, o empreendedor aprende mais do que o
líder, o que o faz acumular mais conhecimento.

5 MATERIAL E MÉTODO

Trata-se de pesquisa bibliográfica, com uso de literatura cientifica


existente e com os seguintes descritos: Empreendedorismo e Liderança. Foram
utilizados para referência, dados em manuais, livros, revistas, pesquisa em sites
especializados entre outros. A pesquisa em livros foi realizada utilizando acervo
de bibliotecas das Faculdades da região abertas a pesquisas particulares. Os
títulos foram publicados no período de 1972 a 2010.
Para a execução do trabalho foram utilizados computadores e programa
de edição de texto. O trabalho foi realizado no período de Novembro de 2009 a
junho de 2010.

6 DISCUSSÃO

O empreendedorismo como muitos acham, não é só abrir um negócio ou


empreender algo inovador. E um conjunto de fatores e de estudo. Podendo
incluir a liderança como fator de diferencial, é de grande ajuda para o
crescimento tanto da empresa quanto do individuo que pretende empreender.
Veremos que um modelo de empresário que conquistou grande destaque
uniu tanto o empreendedorismo quanto a liderança para que os que o
cercava pude se ter a confiança em seu sonho, e assim transformá-lo em
realidade.
Uma das definições de líder é alguém que possui seguidores. Algumas
pessoas são pensadoras. Outras profetas. Os dois papéis são importantes e
muito necessários. Mas, sem seguidores, não podem existir líderes. O líder
eficaz não é alguém amado e admirado. É alguém cujos seguidores fazem as
coisas certas. Popularidade não é liderança. Resultados sim (URIS, 1972, P. 63).
As características de um líder devem ser observadas para que se possa
lapidá-las e assim usá-las de modo mais racional.
Lacombe (2005, p.204), afirma que as características que a liderança
defende é a vontade coletiva; do contrário não são capazes de mobilizar os
liderados à ação. A variedade dos tipos de liderança torna difícil estabelecer com
precisão o que faz um líder.
De 1904 a 1948, foram realizados mais de 100 estudos sobre traços de
liderança. No final desse período, observou-se que não é necessário nenhum
conjunto particular de características para que a pessoa se torne líder de
sucesso. Em meados da década de 70, surgiu uma visão mais equilibrada,
embora nenhum traço garanta o sucesso da liderança, certas características são
potencialmente úteis. Nos anos 90 a perspectiva é de que algumas
características de personalidade, muitas das quais não precisam ser inatas,
podendo as pessoas lutar para adquiri-las de fato, distinguem os líderes eficazes
das outras pessoas (BATEMAN, SNELL 1998 p.339).
Seguindo a linha Bateman, Snell e Tejon (2006 p.125) cita que há sete
traços que podem ser observados na liderança:
 Conhecer o negócio da empresa suas peculiaridades;
 Administrar o presente enquanto cria o futuro;
 Transformar ameaças em oportunidades;
 Criar paixão por resultados;
 Facilitar o aparecimento de novos líderes;
 Formar equipes integradas e comprometidas;
 Evoluir sempre.
Esses traços são observados em vários líderes que assumem
responsabilidades, além de suas obrigações.
Características ou traços de liderança é que devemos desenvolver-se
juntarmos a esses fatores o empreendedorismo, o risco de um projeto ou
empreendimento falhar será bem menor.
Para Dornelas (2001, p.37), que define o empreendedor como, “aquele
que detecta uma oportunidade e cria um negócio para capitalizar sobre ele,
assumindo riscos calculados”
Segundo Chiavenato e Sapiro (2004, p.345), as características dos
empreendedores são de pessoas populares do mundo dos negócios. Fornecem
empregos, introduzem inovações e incentivam o crescimento econômico. Não
são simplesmente provedores de mercadorias ou de serviços, mais fontes de
energia que assumem riscos inerentes em uma economia em mudanças,
transformação e crescimento.
Ainda segundo Ferruccio (2009), um líder empreendedor tem uma visão
mais crítica e reivindicativa perante as atitudes e ações que deve desempenhar,
devendo ajudar cada membro da equipe a ajustar o seu comportamento para o
alcance das metas e a encontrar a sua satisfação pessoal nesta trajetória. A
liderança empreendedora deve ser levada em consideração para a eficácia das
organizações, uma vez que pode ser um fator que influência na motivação e no
comportamento do grupo de trabalho.
Como modelo de empreendedor e líder Segundo o ex presidente
Fernando Henrique Cardoso (2008), que relata: Há muitas maneiras pelas quais
os grandes homens deixam suas marcas na história. Olavo Setubal deixou-a de
forma incomum: a do homem discreto e firme que tinha tudo para ser um grande
engenheiro, foi um grande banqueiro e se notabilizou por seu compromisso com
o Brasil como um país sério e competente. A isso se dedicou com afinco e
exemplaridade. Dele se poderia dizer que, sendo engenheiro, lançou-se à
inovação empresarial. Buscou a qualidade dos produtos e soube, antes de quase
todos, que o futuro estava na informática.
Ainda segundo Fernando Henrique, como banqueiro, distinguiu pela
argúcia e a seriedade. Quando quase ninguém via as oportunidades, antecipava-
se e expandia o banco. O legado de Setubal como homem público iguala o do
engenheiro e homem de empresa. Prefeito de São Paulo de 1975 a 1979, sob o
governo Paulo Egydio, época em que era difícil exercer a independência política
e manter a integridade dos valores, marcou a gestão pela eficiência e pelo
respeito aos colaboradores, aos municípios, orientando suas ações pelo bem
público.
Olavo Egydio Setubal. Paulistano, nascido na outrora tradicional
Maternidade São Paulo a 16 de abril de 1923, Filho do escritor e poeta Paulo de
Oliveira Setubal e de Francisca de Souza Aranha Setubal. Paulo Setubal
(humanista que era) queria que Olavo ingressasse na faculdade de direito,
porém Olavo contrariando o pai entrou na Escola politécnica da faculdade de
São Paulo no curso de engenheiro mecânico-eletricista.
Olavo Setubal casou-se aos 23 anos com Matilde, conhecida por dona
Tide, com quem teve sete filhos - Paulo Setubal Neto (o mais velho), Maria Alice
(única filha), Olavo Junior, Roberto, José Luís, Alfredo e Ricardo (o caçula). Dona
Tide faleceu em 1977 e, há 28 anos, Setubal estava casado pela segunda vez,
com Daisy Salles, de uma família de fazendeiros em Santa Rita do Passa Quatro.
Olavão, como era chamado entre os jornalistas que acompanhavam a
sua carreira de banqueiro, empresário e político, era autêntico. Dizia o que
pensava. Mas não de forma abrupta. Ele construía boas frases de efeito. Como
a que proferiu, ao tomar posse no cargo de prefeito, em 1975: "Gerir São Paulo
é a mesma coisa que gerir uma Suíça e uma Biafra ao mesmo tempo".
Dotado de forte espírito empreendedor, construiu o império Itaú aos
poucos, corrigindo erros e consolidando acertos. Mas foi por acaso que
enveredou pelo caminho empresarial. Desde adolescente, ele queria ser
engenheiro e contrariando a vontade do pai, Olavo Setubal formou-se na
profissão em 1945, pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP).
Logo lhe deram um emprego no Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), onde
trabalhava também o colega de turma Renato Refinetti. Quando conseguiram
juntar o equivalente a US$ 10 mil, ambos decidiram abrir uma pequena empresa,
a Artefatos de Metal Deca Ltda.
Quando cuidava da expansão da Deca, Olavo Setubal foi procurado por
Alfredo Egydio de Souza Aranha, irmão da sua mãe, que o orientou
profissionalmente desde a morte prematura do pai. O tio convidou-o a dirigir o
Banco Federal de Crédito e a Companhia Ítalo-Brasileira de Seguros Gerais, que
deram origem ao Grupo Itaú. O nome Itaú, uma homenagem à cidade mineira,
foi uma escolha dos homens de marketing por ser de fácil comunicação: forte,
marcante e de grafia fácil.
A trajetória do Banco Itaú, sob o comando de Olavo Setubal, foi meteórica:
num curto período de dez anos, de 1965 a 1975, o pequeno Banco Federal de
Crédito, o 150º no ranking de 200 bancos brasileiros, fundiu-se com o
Sulamericano, de Luiz Moraes Barros; com o Banco da América, da família
Herbert Levy; com o Banco Aliança, do Rio de Janeiro; o Banco Português do
Brasil, de José da Silva Gordo; e o Banco União Comercial (BUC), dirigido pelo
ex-ministro do Planejamento Roberto Campos.
Graças à compra do BUC, o Banco Itaú saltou para o segundo lugar no
ranking. Em depoimento à Universidade de São Paulo, Setubal lembrou também
que, no meio do processo de fusões e aquisições, encontrou-se, um dia, numa
reunião, com Amador Aguiar, fundador do Bradesco. "Ele virou-se para mim e
disse: ‘Olha Olavo, você vai passar todos eles, mas a mim não’, comentou, como
curiosidade para amenizar o depoimento.
Política
Enquanto a vida empresarial de Olavo Setubal foi marcada por surpresas
preparadas pelo tio Alfredo Egydio, na vida pública, foi o então governador de
São Paulo Paulo Egydio Martins quem o surpreendeu, convidando-o, em janeiro
de 1975, a ser prefeito de São Paulo. Mas a carreira política ainda não estava
encerrada. Seis ou sete meses depois de deixar a Prefeitura de São Paulo, Olavo
Setubal recebeu a visita, em sua casa, do então senador Tancredo Neves, que
o convidou para ser o organizador do seu partido político, o Partido Popular (PP),
em São Paulo.
Dessa experiência resultou o convite para ser ministro das Relações
Exteriores, no governo do presidente José Sarney. Ocupou o cargo por 11 meses
no Itamaraty e lançou-se candidato ao governo do Estado de São Paulo, um
sonho acalentado por muito tempo. Mas se desiludiu logo com o partido e com
manifestações de sindicalistas que depredaram agências do Banco Itaú em
protesto contra algumas das aquisições feitas pelo banco.
Desde 1994, Roberto Egydio Setubal, o quarto de seus sete filhos, atua
como presidente-executivo do Itaú. Até ficar doente e ser internado, ia todos os
dias no prédio-sede do banco, no bairro do Jabaquara, onde aconselhava seu
filho e também almoçava constantemente com diretores do banco. A rotina só
não era cumprida quando viajava ao exterior. Costumava passar dois meses por
ano fora do país, (ANDRADE 2008, P. 5).
Olavo Setubal manteve sempre a visão de homem que conhecia o mundo
e estava comprometido com o bom desempenho do Brasil. Um homem público,
na acepção plena da palavra. Junto a todas essas características, havia também
a do ser humano que se encantava com a boa conversa, que não desprezava
os gostos refinados da convivência amigável e cuja companhia, com a da
esposa, tanto Ruth como eu sentíamos imenso prazer em compartilhar,
Fernando Henrique Cardoso ex presidente da república.

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Liderança, definições são muitas para essa palavra. O presente estudo


possibilitou uma visão voltada para o empreendedorismo, para a mudança de
atitude em relação aos liderados e a forma de liderar.
Em se tratando de pessoas, muitas vezes os lideres nato ou aqueles que
se formam líderes, têm a sensibilidade em transferir idéias e pensamentos para
que seus liderados correspondam adequadamente. Técnicas antigas ou
modernas de lideranças são colocadas a prova a todo o momento, exemplos nos
são mostrados e exaltados no meio empresarial e em revistas e literatura
especializada. O que se notou com esse trabalho é que com esforço e estudo
das técnicas de liderança eficaz pode-se adquirir o conhecimento necessário
para que essa função possa ser desempenhada da melhor maneira.
Com empresas surgindo a todo o momento a liderança acaba se tornando
um ponto crucial no desenvolvimento das empresas, líderes com
responsabilidades com seus liderados e com a empresa são cada vez mais
disputados no mercado atual, fazer com que seus liderados façam algo por você
de forma a contribuir com o crescimento da equipe e por conseqüência a
empresa é o sonho de todos os líderes de hoje, essa busca passam por fazer
com que se acredite que a forma de liderança é firme e justa e é para o bem,
tanto da empresa quanto dos colaboradores.
Vimos que a liderança não se impõe, se conquista muitos autores citam o
quanto é importante a figura do líder na empresa, o líder passa confiança, essa
confiança traz resultados para o líder. Exemplos como os de Bill Gates, na
Microsoft. A capacidade de fazer negócios de Bill Gates é algo simplesmente
sensacional. Mas não somente isto, Bill Gates demonstra fortes características
de liderança e obstinação. É uma aula de negócios.
Michel Eisner, da Disney, em sua gestão como presidente-executivo,
entre 1984 e 2005, teve um aumento no faturamento de US$ 1,7 bilhão para US$
30 bilhões anuais. Eisner revitalizou, reinventou e transformou a Disney no maior
império de entretenimento do mundo.
Comandante Rolim, da TAM, que a partir de um sonho construiu uma
empresa de classe mundial. Em 1960, com 18 anos, ele vendeu uma lambreta
para pagar o curso de piloto e tirar o seu primeiro brevê. Um grande líder, um
exímio estrategista, dentre as várias qualidades a de visionário era a que mais
impressionava.
Estes exemplos servem também para o empreendedorismo, esses
homens bem sucedidos acreditaram em um sonho e buscaram construí-los.
Porém se prepararam para tal, buscaram o conhecimento necessário para se
firmarem em seus segmentos.
Hoje no mercado competitivo onde se há quase todo tipo de negócio, o
empreendedorismo se torna muitas vezes complicado, pesquisas que são
mostradas em sites especializados como o SEBRAE, mostra que o número de
empresas que tem seu encerramento precoce é imenso, e muitas vezes o
despreparo é o ponto determinante, isso não quer dizer que se o empresário for
preparado o sucesso será garantido,
Habilidades que podemos adquirir são recomendadas por muitos autores,
avaliação de riscos, busca por conhecimento, capacidade de decisão,
capacidade realizadora, comprometimento, dedicação, identificação de
oportunidade e liderança. Estas habilidades sendo trabalhada gera mais
segurança e firmeza no empreendedor.
Em se tratando de empreendedorismo vimos que o planejamento é e
sempre será fundamental, desta forma cai o mito da sorte, da intuição ser mais
importante que o planejamento, riscos deliberadamente que ganhar dinheiro é a
principal motivação do empreendedor. Hoje em se tratando de
empreendedorismo uma palavra é fundamental o planejamento, sem ele a
chance de se tornar bem sucedida no empreendimento e quase mínima.
Modelos de empreendedor não faltam, o exemplo de Olavo Setulbal aqui
descrito é oportuno, pois o mesmo teve coragem e paciência em juntar um
determinado valor, e assim, com um sócio efetuar a compra de sua primeira
empresa a Deca. Mostrou ousadia em aceitar a direção do Banco Federal de
Crédito e a Companhia Ítalo-Brasileira de Seguros Gerais, que deram origem ao
Grupo Itaú. Foi visionário ao criar a Itautec, uma das primeiras empresas voltada
a informática no Brasil.
Mesmo com todo o sucesso de Olavo Setubal sua vida sempre foi cercada
por planejamento.

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