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Entidades Promotoras e Apoios: Companhia Própria – Formação e Consultoria Lda. e Programa Operacional
Emprego, Formação e Desenvolvimento Social (POEFDS), co-financiado pelo
Estado Português e pela União Europeia, através do Fundo Social Europeu.
Ministério da Segurança Social e do Trabalho.
Todas as marcas ou nomes de empresa referidos neste manual servem única e exclusivamente propósitos pedagógicos e nunca devem ser
Índice
ÍNDICE 2
ENQUADRAMENTO 4
1.1 - Conceitos 8
1.2 - Objectivos 9
2. RECEPÇÃO DE MERCADORIA 21
4. PREPARAÇÃO DE MERCADORIAS 41
6. DICIONÁRIO DE LOGÍSTICA 70
7. CONTACTOS 97
9. BIBLIOGRAFIA 116
Enquadramento
ÁREA PROFISSIONAL
PRÉ-REQUISITOS
Para frequentar uma acção auxiliada por este manual, deve ser colocado como
pré-requisito mínimo o 12º ano de escolaridade.
COMPONENTE DE FORMAÇÃO
Logística Operacional;
UNIDADES DE FORMAÇÃO
OBJECTIVOS GLOBAIS
CONTEÚDOS TEMÁTICOS
A arrumação da mercadoria;
1. CONCEITOS
1.1 O QUE É A LOGÍSTICA
1.2 EVOLUÇÃO DOS OBJECTIVOS
1.3 ENQUADRAMENTO NA EMPRESA
1.4 FORÇAS DE INTEGRAÇÃO LOGÍSTICA
1.5 TENDÊNCIAS FUTURAS
2. RECEPÇÃO DA MERCADORIA
2.1 AGENDAMENTO DE ENTREGAS
2.2 RECEPÇÃO DA VIATURA NA PORTARIA
2.3 ENTRADA DA VIATURA NAS INSTALAÇÕES
2.4 RECEPÇÃO DA VIATURA NO CAIS
2.5 CONFERÊNCIA DA MERCADORIA
2.6 RECEPÇÃO ADMINISTRATIVA
3. MOVIMENTAÇÃO FÍSICA
3.1 ARRUMAÇÃO DA MERCADORIA
4. PREPARAÇÃO DA MERCADORIA
4.1 PLANEAMENTO DA PREPARAÇÃO
4.2 LANÇAMENTO DE ONDAS
4.3 PREPARAÇÃO DA MERCADORIA
4.4 VALIDAÇÃO DA PREPARAÇÃO
4.5 CONFERÊNCIA
4.6 CARGA DA MERCADORIA NA VIATURA
4.7 EMISSÃO DOS DOCUMENTOS
4.8 SAÍDA DO ARMAZÉM
Assiduidade e Pontualidade
Assertividade
Interesse demonstrado
Conhecimentos Adquiridos
Qualitativa
Trabalhos de Grupo
Jogos Didácticos
Apresentações
Participação
Quantitativa
Testes
1. Conceitos Fundamentais
de Logística
1.1 - Conceitos
A Logística preocupa-se com a gestão dos fluxos físicos que começam na fonte de
abastecimento e terminam no ponto de consumo. É claramente mais do que uma
preocupação com os artigos finais – a visão tradicional da Distribuição Física. A
Logística preocupa-se tanto com a localização da unidade produtiva e do
armazém, como com os níveis de inventário, com os sistemas de informação e
com o transporte e armazenamento.
O processo logístico, tal como foi definido acima, é tanto interno como externo a
uma empresa específica. É interno no sentido em que o abastecimento e a
distribuição física têm de ser geridos pela própria empresa. Externo porque os
fornecedores e os clientes estão no exterior da empresa.
1.2 - Objectivos
Objectivos tradicionais
O passo mais importante para alcançar o equilíbrio entre todas estas actividades é
reconhecer que elas são interdependentes. Por isso, não podem existir objectivos
parciais, só globais. Neste contexto apareceu o conceito de custo total como factor
agregador dos custos das várias actividades concorrentes.
Objectivos actuais
O conceito de retorno de investimento pode também ser encarado como um
equilíbrio entre o nível de serviço oferecido e o custo associado. Assim procura-se
Fornecer um nível de serviço desejado a um custo aceitável. Isto é, obter um bom
equilíbrio entre o custo da operação adoptada e o nível de serviço por ela
oferecido.
Como consequência deste objectivo verifica-se que hoje em dia existe uma troca
de inventário por informação, fazendo com que produtos se movam rapidamente
na cadeia de abastecimento.
Fluxo de informação
Fluxo de artigos
Posição no organigrama
É importante aperceber-mo-nos que a estrutura de gestão internacional é
construída sobre uma integração vertical.
Director Geral
Estrutura vertical
de gestão
Variantes
A gestão e integração inter-funções são essenciais para que a Gestão Logística
possa responder à procura, criando a ponte entre essa procura e a fonte de
abastecimento. No entanto a integração da logística na gestão da empresa não é
feita de igual forma em todas as empresas. As variações de produtos, estilo
existente, sector ou ramo de actividade, dimensão da empresa, modelo de gestão
e situação económica da empresa condicionam a sua colocação.
Distribuição
...
Prazo dominante
Um modo útil de considerar o prazo dominante é separar o prazo dominante de
abastecimento de todos os outros prazos dominantes. Isto tem o efeito de ilustrar
graficamente o efeito cumulativo do inventário e o seu relacionamento com o
processo logístico. O exemplo seguinte dá-nos uma ilustração simples.
(em dias)
10 Artigos finais
@ Consumidor
15 Artigos finais
@ Armazém
Matérias
5 primas
@ Produção
Inventário
2 1 1 1 2 3 2 1 2 Prazo Dominante
em dias de ∑=15
cobertura Processo
PD PD
Produção Armazém
Isto ilustra a construção do prazo dominante desde o fabricante até que artigo
final é entregue no cliente. Os prazos dominantes de procura e de pagamento não
são mostrados.
Assim, neste simples exemplo, foi encontrado inventário para 30 dias e um prazo
dominante total do processo de 15 dias. Estas análises dos gráficos indicam
claramente áreas críticas da construção do prazo dominante, permitindo a sua
avaliação adequada.
Esta técnica faz parte do Efficient Consumer Response (ECR), que além dela utiliza
a gestão eficiente de gamas, as promoções eficientes e a introdução eficiente de
novos artigos como um conjunto de técnicas para dar uma resposta mais rápida e
de melhor qualidade às necessidades dos clientes.
Ideias chave
As ideias chave do Aprovisionamento Eficiente são:
Cooperação e visão conjunta;
Empenhamento;
Troca de informação;
Desenvolvimento de padrões de serviço;
Obtenção de massa crítica.
Método
A forma pela qual este método pretende atingir os seus objectivos é
através de:
Just in time logistics (Cross Docking);
Encomendas automáticas;
Produção sincronizada;
Troca de dados como base para melhores decisões de planeamento.
Ganhos potenciais
Os ganhos tipicamente associados a um aprovisionamento eficiente são:
Gerais
Redução de inventário;
Redução das necessidades de armazenamento;
Aumento da eficiência das operações de armazém;
Produtor
Melhoria em 10% nos níveis de serviço;
Redução em 10% dos níveis de inventário;
Redução de rupturas;
Fluxo contínuo de artigos;
Redução dos custos administrativos.
Retalhista
Melhoria dos níveis de serviço;
Fluxo contínuo de artigo;
Redução dos níveis de inventário;
Melhoria das previsões;
Aumento das vendas em 3%.
Metodologia
A metodologia para desenvolver um projecto deste género poderá ser
baseada na seguinte grelha:
Desenvolver o contexto do projecto;
Criar uma equipa conjunta;
Detalhar os objectivos;
Acordar os princípios de negócio;
Criar uma lista de processos e técnicas;
Preparar directivas de concretização;
Promover o edi.
Desenvolver as mensagens edi a utilizar;
Acordar as medidas comuns de desempenho;
Fazer e documentar as operações piloto;
Transferir experiência para outros casos;
Expandir o projecto quando todos os problemas tiverem sido resolvidos.
Tecnologias paralelas
EDI;
Codificação de artigos;
Activity Based Costing (ABC);
Acompanhamento
Discussão entre as duas empresas ao nível da administração;
Revisão dos pontos fracos e fortes da relação;
Revisão da estrutura de interface;
Alterar a forma como se faz negócio.
Qualidade
A qualidade, quer em relação à Gestão pela Qualidade Total ou aos sistemas de
qualidade tem sido recentemente reconhecida pela gestão. É uma filosofia, uma
atitude de condução dos negócios e que actua como uma capa onde são feitas
várias coisas que já deveriam ter sido feitas há muitos anos.
JIT
Os sistemas de fabrico JIT representam um conceito único que coloca requisitos
de procura sobre um negócio. O JIT difere dramaticamente dos sistemas
existentes e é esperado que continue a crescer. É baseado na entrega de
materiais na quantidade exacta e no momento necessário em que eles são
necessários, empurrando assim os níveis de inventário para um mínimo. O JIT
necessita que a forma como planeamos, desenhamos, fazemos, marcamos,
guardamos e transportamos os artigos seja alterada. Os requisitos de um sistema
JIT ficam-se em:
Ambiente
Os assuntos ambientais cada vez ocupam mais tempo dos legisladores.
Finalmente, deve ser notado que as embalagens também são uma forma de
poluição ambiental muito sensível. Desta forma, o desperdício, a reciclagem e os
tipos de materiais utilizados são de grande importância.
Os perigos são evidentes e a não ser que a indústria faça qualquer coisa, os
legisladores irão impor restrições que influenciarão significativamente a eficácia
das operações logísticas.
Nos anos recentes, houve uma pressão enorme no sentido da redução dos prazos
de entrega. Esta pressão foi particularmente guiada por desenvolvimentos
estratégicos. Pode muito bem ser que uma solução, do ponto de vista ambiental,
seja uma redefinição dos prazos de entrega no sentido de dar maior tempo ao
planeamento, originando uma melhor utilização dos veículos. É desnecessário
afirmar que esta abordagem poderá ter consequências dramáticas para o negócio.
Compras e abastecimento
A tendência vai no sentido do fornecedor único e das parcerias a longo prazo, à
medida que as empresas se deslocam das relações baseadas em transacções para
as relações baseadas em parcerias. Os contratos de longo prazo ou rolantes
tornaram-se a norma, não só nas matérias-primas compradas mas também no
abastecimento de artigos finais, nos transportes, no aluguer de armazéns e nos
serviços de informações.
Fabrico e produção
A produção desloca-se no sentido de uma estrutura internacional e global, com
um número limitado de localizações.
Os lotes tradicionais com uma grande dimensão estão a ser substituídos por lotes
pequenos e métodos flexíveis com tempo de produção mais curtos.
Inventário
O sentido é de redução de inventário – porquê ter inventário? O processo logístico
dedica mais atenção ao fluxo de materiais e de informação, à medida que fica
mais integrado. Para o fluxo com retenção de inventário torna-se cada vez mais
um reconhecimento de incompetência.
Armazenamento
As políticas de centralização de muitas empresas criam a oportunidade consolidar
volumes. Associado a isto vem a sofisticação de meios de movimentação,
arrumação e preparação de artigos, muitas vezes com automatização parcial ou
total da operação. O armazém torna-se mais um local de ordenação de que de
armazenagem.
Transporte
A rodovia mantém-se como o modo principal de transporte, mas o impacto da
legislação ambiental e das normas de segurança irá moldar os desenvolvimentos
futuros em transportes.
Informação
A aplicação de tecnologias de informação é uma força muito importante que
permite desenvolvimentos noutras áreas. Todos estes desenvolvimentos
necessitam de informação exacta em tempo real. Estão a ser feitos melhoramento
ao modo como os dados são colhidos, comunicados e processados.
Serviço ao cliente
Actualmente verifica-se que os níveis de serviço podem ser estabelecidos e depois
desenvolvem-se estratégias que os garantam. Deixar de tentar ser tudo para
todos os clientes levou ao desenvolvimento de serviços diferenciados que são
oferecidos a segmentos de mercado específicos.
2. Recepção de Mercadoria
2.1 - Agendamento de Entregas
Objectivo
Determinar o modo como o agendamento das entregas deverá ser feito,
isto é, como será feita a marcação do dia e da hora da entrega do
fornecedor e a que critérios devem obedecer.
Nota prévia
O agendamento das entregas é um factor importante para o bom
funcionamento de um armazém e para o bom entendimento com os
fornecedores. Não pode haver um bom relacionamento entre uma
organização e os seus fornecedores se esta sistematicamente obriga a que
as viaturas deles fiquem imobilizadas durante horas, ou, vice-versa, que
eles não apareçam atempadamente e obriguem ao desperdício de horas de
recursos humanos de recepção.
Processo
O sistema informático tem registado as produtividades médias de recepção
por família de artigos e também os recursos alocados à recepção em cada
turno em cada dia:
Observações
Não há nada pior do que ter um armazém circundado de viaturas que
chegaram adiantadas ou que está à espera para serem descarregadas. Esta
situação pode levantar sérios problemas com as autoridades públicas, com
a vizinhança e com os fornecedores.
Áreas de desenvolvimento
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar deste
procedimento são as seguintes:
EXERCÍCIO
Primeiro contacto
Apresentação
O Sr. Luís tinha começado naquele dia o seu estágio nos armazéns da
cadeia de lojas alimentares Favo de Mel. Esta cadeia era uma das
maiores em Portugal no seu sector. Quando chegou eram 8:45h, 15
minutos mais cedo do que o seu horário. Nessa altura verificou que
existia uma fila enorme de viaturas que aguardavam descarga. Esta
fila já começava a dificultar o acesso ao armazém.
O Sr. Luís pensou que era bom sinal porque denotava a exuberância
económica da empresa. Contudo não pôde deixar de reparar que
existia alguma irritação entre os motoristas. Alguns deles afirmavam
estar ali desde as 7:00h da manhã para descarregar e até agora
nada. Ninguém sabia dizer quando começariam a descarregar as suas
viaturas. De facto, soube depois, alguns destes motoristas tinham
entregas agendadas para as 7:15 da manhã.
Ao longo do caminho que foi percorrendo, o Sr. Luís pôde verificar
que de facto entravam e saíam viaturas do armazém, mas a um
ritmo muito lento face às necessidades.
Quando o Sr. Luís entrou no edifício dos escritórios reparou que o Sr.
Mateus – responsável pelo armazém – estava visivelmente nervoso e
conversava com o Sr. Lucas – responsável pela gestão de inventário.
Ambos mostravam um nervosismo evidente e apontavam falhas um
ao outro. No seu conjunto, essas falhas seriam responsáveis pelo que
se estava a passar recepção. O Sr. Mateus dizia que lhe faltavam 3
pessoas – a sua equipa de recepção era de 20 pessoas – e acusava o
Sr. Lucas de ter exagerado na quantidade de fornecedores que
tinham sido agendados para as 7:00 e para as 7:30.
O Sr. Lucas realmente admitia ter ultrapassado a média de caixas –
que eram 10.000 por hora. A sua equipa tinha agendado 12.000, mas
2.000 caixas não poderiam ser as causadoras de tanta confusão.
Na altura o Sr. Luís não percebeu muito bem o que estava a passar.
Hoje, como responsável pelo agendamento, ele vê com clareza os
problemas que poderiam ter causado aquela confusão.
Questões
Supondo que assume o papel do Sr. Luís, quais acha que poderiam
ser os problemas que ele hoje apontaria como sendo os causadores
dos atrasos daquela manhã.
EXERCÍCIO
Revisão do agendamento
Apresentação
Ao longo dos seus três meses de integração, o Sr. Lucas notou que
existia algum mal estar entre a empresa e os seus fornecedores. A
discussão resumia-se quase sempre a quem é que se atrasava e
quem pagaria o prejuízo.
Estes atritos eram desagradáveis para a relação entre a empresa e os
seus parceiros de negócio. De facto, o mau estar começava a impedir
que se realizassem negócios importantes. Foi nesta altura que o Sr.
Luís se ofereceu para fazer um estudo sobre as relações da empresa
com os seus fornecedores. O trabalho foi um sucesso, pois além de
uma análise brilhante, o estudo incluía algumas propostas concretas
de melhoria.
Questões
Quais os assuntos que o Sr. Luís abordou no relatório e que
propostas concretas ele fez, na sua opinião?
Descreva de forma sucinta os passos e informação necessários para o
agendamento de entregas.
Objectivo
Assegurar o controle das viaturas que chegam às instalações,
garantindo a sua correcta sequência de entrada. A sequência deverá
ser decidida no agendamento das entregas e respeitada o mais
possível. O controle exacto deverá ser feito em contacto directo com
as chefias operacionais do armazém.
Processo
O motorista da viatura chegada deve dirigir-se à portaria para
notificar a sua chegada;
O segurança ou o colaborador da empresa presente na portaria deve
fazer a validação do agendamento no sentido de garantir que ele
estava marcado. Na prática corresponde a verificar que existe uma
recepção do fornecedor prevista para data e hora em causa;
Se existir o agendamento deve-se proceder ao registo de vários dados
para posterior recolha e tratamento estatístico ou mesmo negociação
com o fornecedor. Os dados a recolher são tipicamente:
c) Matrícula da viatura;
d) Nome do motorista;
e) Nome da empresa transportadora;
Observações
Por princípio, todas as tentativas para fazer entregas que não foram
previamente agendadas devem ser reprimidas, mantendo desta
forma uma disciplina de relacionamento.
O ponto de contacto, do ponto de vista operacional, entre os
fornecedores e o armazém é o gestor de inventário ou o gestor
comercial. Qualquer um destes papéis pode ser responsável pela
emissão de encomendas e agendamento de entregas. Para que os
volumes possíveis de trabalho sejam respeitados é necessário que
haja um entendimento entre a equipa de gestão de inventário e a
equipa operacional, quanto à capacidade de recepção do armazém.
Este ponto é uma peça importante no agendamento, sendo alvo de
especial atenção no procedimento.
Áreas de desenvolvimento
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar
deste procedimento são as seguintes:
EDI: permite conhecer com antecedência quais são as características
da viatura, motorista e restantes dados utilizados para criação do
registo de chegada da viatura. Isto acontece porque a informação é
enviada via informática, no momento que a viatura sai das
instalações do fornecedor. O tipo de mensagem utilizada poderá ser o
aviso de expedição.
Terminais portáteis e sinalizadores rádio: este tipo de tecnologia
identifica ou facilita a identificação da viatura quando esta passa na
portaria, incluindo a verificação do número do selo.
EXERCÍCIO
Apresentação
Após a melhoria do processo de agendamento o Sr. Luís foi convidado
para rever todos os processos da empresa. Pensou que a melhor
Questões
Na sua opinião, porque é que o Sr. Luís considerou que a gestão
manual do espaço físico não era a forma de trabalhar? Quais as
principais desvantagens que vê nesse método?
Quais são as vantagens da utilização de um sistema informático para
gestão do espaço físico?
Quais são os passos e a respectiva informação necessária no
processo de recepção? Quais são as suas principais dificuldades?
Processo
selo se mantém intacto. Este passo poderá ser feito aqui na portaria
ou então no cais de recepção.
Observações
Áreas de desenvolvimento
Objectivo
Racionalizar a recepção de viaturas no cais de descarga, aumento a rapidez
do processo e a respectiva produtividade.
Nota prévia
Há que distinguir dois tipos de situações: a primeira em que há um
processo de recepção de viaturas na portaria, a segunda em que não há. No
segundo caso, seria conveniente executar as tarefas que estão indicadas
Pode acontecer que, embora não haja uma portaria, exista um posto onde
os motoristas se dirigem para anunciar a sua chegada, se isto acontecer faz
sentido voltar a executar todas as tarefas que estavam previstas nos dois
procedimentos referidos.
Processo
Quanto a este processo, propriamente dito, importa reconhecer dois tipos
de ambientes, o clássico e o JIT. No modelo clássico a descarga, a
conferência, a recepção administrativa e a arrumação eram passos
separados e mais ou menos distantes no tempo. No modelo JIT as
operações aglutinam-se, chegando ao ponto de todas elas serem uma e a
mesma operação. O que distingue estes dois modelos é o nível dos sistemas
informáticos envolvidos, nomeadamente a existência ou não de rádio-
terminais.
Modelo clássico
Descarga da viatura, é o acto de retirar os artigos da viatura
colocando-os dentro do armazém, em áreas devidamente marcadas e
sinalizadas para o efeito. Estas áreas deverão possuir uma relação
directa com o número do cais. Elas servirão de ponto intermédio de
estacionamento até à arrumação definitiva;
Se os artigos forem recebidos a granel, tem que se avaliar a decisão
de paletização. Se a decisão for afirmativa, tem que se decidir se a
operação deve ser feita dentro da viatura ou dentro do armazém. Se a
operação for feita dentro da viatura evita-se o duplo manuseamento,
mas o espaço poderá ser um problema. Será ainda necessário
equipamento de movimentação para retirar do veículo a palete
construída;
Se os artigos são recebidos já paletizados ou em unidades de
movimentação apropriadas para o manuseamento mecânico, a
decisão de descarga lateral ou posterior tem de ser tomada,
considerando factores como o tipo de carga, a rapidez da operação, o
Modelo JIT
A descarga da viatura é o acto de retirar os artigos da viatura e
compreende os seguintes passos — neste contexto não faz sentido
falar de recepção de artigos a granel:
Leitura do código de barras da palete (ou da caixa e indicando o
número de caixas);
Cumprimento do procedimento Erro! Auto-referência de marcador
inválida.;
O computador processa a informação lida e decide logo qual é o
melhor lugar para guardar a palete;
Impressão da etiqueta a colar na palete (esta impressão poderá ser
feita numa impressora portátil colocada na máquina de
movimentação);
Indicação do local de arrumação da palete através do visor do
terminal portátil colocado na máquina de arrumação;
Arrumação da mercadoria (descrita à frente).
Observações
Como verificamos, o modelo JIT pode aglutinar de forma fácil e
elegante todas as tarefas, esbatendo o ciclo clássico de operações. Ao
passo que no modelo clássico ficamos pela descarga das paletes, no
modelo JIT fomos até à sua arrumação.
É claro que poderão existir alguns entraves ao modelo JIT
apresentado. Um deles é a verificação qualitativa das mercadorias.
Se esta operação for complexa, demorada ou necessitar de alguém
específico para a fazer, então não podemos considerar arrumar de
imediato as paletes.
Por outro lado, com o modelo JIT o Cross docking ou o Picking-by-line
ficam resolvidos de forma completamente transparente e elegante. A
diferença está na localização para onde transportar a mercadoria que
passa a ser um cais de expedição ou uma zona intermédia de
expedição e não um local de reserva na estantaria. Dependendo do
tipo de operação a mercadoria recepcionada poderá ser guardada ou
imediatamente disponibilizada para a expedição.
A descarga da mercadoria da viatura para a zona do armazém,
propriamente dita, costuma ser responsabilidade do motorista. Isto
acontece salvo quando a operação e aglutinada, caso do JIT ou
interessa fazer a movimentação da mercadoria com máquinas
existentes no armazém e manobradas por algum operador.
Áreas de desenvolvimento
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar
deste procedimento são as seguintes:
EDI: com a mensagem de aviso de expedição poderemos fazer
trabalho prévio de preparação antes da chegada da viatura – imprimir
as etiquetas para colar nas paletes e reservar logo o espaço
necessário, por exemplo;
Sistemas de informação: por integração de verdadeiros sistemas de
Cross-docking e Picking-by-line que permitam soluções elegantes e
transparentes aos utilizadores.
Tecnologia de rádio-terminais e leitura de código de barras: permite a
absorção rápida e exacta de informação, permitindo um
processamento e operação em tempo real;
Selos electrónicos: permitem uma maior segurança na verificação de
inviolabilidade da carga.
Objectivo
Assegurar que a mercadoria entregue está conforme o que consta no
documento do fornecedor (guia de remessa ou factura) quer em
quantidade quer em qualidade.
Nota prévia
Antes de começar propriamente a descrição do processo, há que considerar
duas alternativas: a conferência cega (onde o conferente não tem
informação sobre a quantidade a receber ou indicada no documento do
fornecedor) e a conferência assistida. Cada um destes dois métodos tem
vantagens e desvantagens. O primeiro assegura um maior rigor mas
aumenta o tempo de recepção, o segundo é mais propenso a erros mas é
mais rápido.
Processo
Observações
Áreas de desenvolvimento
Processo
Apresentamos de seguida e em detalhe os dois processos de conferência –
cego e assistido:
Conferência assistida
O operador de conferência recolhe o documento interno de recepção;
Parte quantitativa
O operador de conferência conta o número total de paletes e o
número total de unidades para cada artigo recepcionado. Poderá fazer
a contagem por palete recepcionada, ficando a informação de
recepção detalhada à palete;
As quantidades assim obtidas são registadas no documento de
recepção, tendo o cuidado de comparar com a quantidade prevista. Se
forem diferentes deverá contar de novo para confirmar e manter o
corrigir a quantidade anotada anteriormente;
Durante o processo de conferência quantitativa todas as unidades
danificadas devem ser isoladas para devolução ao fornecedor
descontadas nas unidades recebidas;
Todas as quantidades que forem encontradas a mais, face ao
encomendado, devem ser isoladas para devolução ao fornecedor e
descontadas nas unidades recebidas;
Conferência cega
O operador de conferência recolhe o documento interno de recepção,
que não tem indicadas as quantidades;
Parte quantitativa
O operador de conferência conta o número total de paletes e o
número total de unidades para cada artigo recepcionado. Poderá fazer
a contagem por palete recepcionada, ficando a informação de
recepção detalhada à palete;
As quantidades assim obtidas são registadas no documento de
recepção.
Em comum
Parte qualitativa
A conferência qualitativa deverá ocorrer concomitantemente com a
conferência quantitativa, se tal for possível. Se não for possível o
operador deverá despoletar o processo de conferência qualitativa;
A conferência qualitativa poderá versão sobre um ou vários dos
seguintes tópicos:
a) Tempo de vida do artigo (data de validade);
b) Concordância da classe do artigo com a encomendada – o calibre
da fruta, por exemplo;
c) Composição do artigo — no caso dos têxteis, por exemplo. Este
tipo de conferência é geralmente feito em diferido, com recursos
técnicos e humanos não disponíveis no momento e local de
recepção;
d) Especificações técnicas – no caso de peças para máquinas feitas
sob medida, por exemplo;
A conferência qualitativa pode implicar uma quarenta de espera para
os artigos, por forma a garantir que a sua qualidade está conforme as
normas ou leis aplicáveis. Este facto pode levar ao armazenamento de
artigos bloqueados para movimentação.
Parte logística
A conferência dos dados logísticos dos artigos também deve ser feita.
A não conformidade com estes dados deverá ser alvo de uma
devolução ou de uma notificação ao gestor de inventário (ou gestor
comercial);
Se o motorista ou acompanhante puder e quiser colocar as
características logísticas das paletes no que é esperado, então o
problema resolve-se fica resolvido;
O operador de conferência deverá certificar-se que as paletes têm
estabilidade suficiente para ser arrumadas na estantaria;
Todos os artigos novos deverão ser pesados e medidos para que seja
feita a sua caracterização logística;
Se for o caso de haverem números de lotes, é neste momento que ela
deve ser recolhido e registado no documento de recepção.
Observações
No final deste procedimento, a mercadoria está conferida em
quantidade e em características logísticas – a tarefa de conferência
Áreas de desenvolvimento
Tecnológicas
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar
deste procedimento são as seguintes: tecnologia de rádio-terminais e
leitores de código de barras: permite a absorção rápida e exacta de
informação, permitindo um processamento e operação em tempo
real; Neste caso as diferenças entre a conferência assistida e cega
ficam completamente diluídas;
Operacionais
A conferência na recepção é um processo mais ou menos demorado e
custoso, dependendo dos artigos e quantidades recebidas. Por isso existem
métodos que pretendem diminuir esta demora e custo, sem sacrificar de
forma significativa o controle que é necessário. Assim sendo, temos dois
tipos de abordagem a este tema:
Objectivo
Determinar o modo como a mercadoria deve ser recepcionada do ponto de
vista administrativo e informático.
Nota prévia
Este procedimento tem como objectivo não só dar cumprimento a função
administrativa mas também, e dependendo do caso, indicar ao sistema
informático a chegada do artigo deixando que este decida o que será feito
com ele. Ele só faz sentido no modelo de operação clássico, uma vez que no
modelo JIT, o registo informático da mercadoria recebido é feito em tempo
real.
Processo
Registo informático
Conferência assistida
O operador administrativo introduz, a partir do documento de
recepção preenchido pelo operador de conferência, as quantidades
recebidas e rejeitadas de cada artigo;
Conferência cega
O operador administrativo introduz, a partir do documento de
recepção preenchido pelo operador de conferência, as quantidades
recebidas e rejeitadas de cada artigo;
O computador deverá comparar a quantidade introduzida com a
prevista, gerando uma mensagem de erro e pedindo de confirmação
da quantidade, no caso delas serem diferentes;
O operador deverá solicitar a um operador de conferência uma nova
contagem do artigo, artigos ou paletes com quantidades diferentes. O
resultado desta nova contagem deverá ser introduzido no computador
e recomeçado o processo, no caso da quantidade ainda ser diferente;
Será também gerada uma mensagem para retirar das paletes
recebidas todos os artigos que foram recebidos a mais, na quantidade
em excesso.
Em comum
O computador calcula a posição onde colocar cada palete recebida e
imprime uma etiqueta para colocação na palete;
Se for o caso da mercadoria não poder ficar disponível, o operador
administrativo deverá indicar que a palete está bloqueada, impedindo-
a de ser servida. Isto pode acontecer no caso de conferências
qualitativas mais elaboradas, demoradas ou dependentes de terceiros
à operação do armazém;
Observações
Este procedimento poderá ficar completamente esvaziado de conteúdo,
sendo aglutinado à descarga do veículo – procedimento quando é adoptado
o método JIT, com as tecnologias associadas.
Áreas de desenvolvimento
Tecnológicas
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar deste
procedimento são as seguintes:
3. Movimentação Física de
Mercadorias
Objectivo
Arrumar as paletes nos lugares atribuídos de armazém, de uma forma
correcta, rápida, segura e isenta de erros.
Nota prévia
A arrumação de mercadoria dá-se após a atribuição de um local de
arrumação à palete. Esta atribuição pode ser feita pelo sistema informático
ou pode ser feita manualmente. Em qualquer dos casos deve obedecer a
um conjunto de regras que garantam a maximização da produtividade.
Independentemente da forma como é decidida a localização pode ser
necessário confirmar que a palete já foi arrumada – para indicar que já está
disponível para preparação, por exemplo.
Processo
O processo começa quando, um operador com a sua máquina pega na
palete para a arrumar. Assim, os passos subsequentes são:
Arrumação da palete
Verificar que a estabilidade da estiva da palete não oferece perigos
aos processos de movimentação, arrumação, permanência na posição
e respectiva retirada para expedição;
Conduzir a palete até à posição de arrumação;
Se for necessário confirmar o código de controle da posição o
operador deve fazê-lo neste momento, da seguinte forma:
a) Digitação do código de controle da posição por rádio-terminal, com
ou sem leitor de código de barras, ou por indicação escrita numa
parte da etiqueta de arrumação;
b) Se o código digitado não for o correcto – coisa praticamente
impossível com leitores de códigos de barras – verificar se a
posição onde está a ser colocada a palete é correcta, corrigir se
não é e digitar o código correcto. Este passo só poderá ser
executado se tivermos rádio-terminais. Neste caso será o último,
caso contrário é necessário proceder pelos passos seguintes;
c) Se o código foi escrito numa parte da etiqueta de arrumação então
devolver essa parte da etiqueta ao operador administrativo, que se
encarregará de digitar no sistema o código de controle – contra o
número da palete, por exemplo.
d) Se o código for o correcto o processo termina. Se não for, o
operador administrativo terá de pedir por uma confirmação do
código de controle a um operador de movimentação, que se
dirigirá ao local onde a palete está arrumada (que pode ou não ser
identificável) e corrigirá ou não o problema;
Em qualquer dos casos, desde que exista código de controle, o
sistema informático não deverá disponibilizar a palete para
preparação até que o código correcto tenha sido introduzido;
Quando o sistema informático exige uma confirmação da arrumação
palete, que é um processo diferente da validação da posição com um
código, o passo anterior deverá servir como validação da arrumação.
Quando não existe sistema de verificação, é necessário confirmar a
arrumação da palete, mesmo sem indicar nenhum código da
localização onde ela foi arrumada.
Resolução de erros
Se acontecer de chegar ao local de arrumação da palete e este estiver
já ocupado, o operador deverá retirar a palete que lá se encontra
arrumar a palete numa zona de casos pendentes será resolvido por
uma equipa de controle de qualidade;
Se acontecer a palete não caber no local indicado, o operador deverá
voltar com a zona de recepção – donde a palete tinha saído – e passar
o problema para o seu superior hierárquico, que junto de um operador
deverá identificar a origem do problema – tipicamente má
parametrização da posição ou dos dados logísticos da palete;
Observações
Este procedimento poderá ficar completamente esvaziado de
conteúdo, sendo aglutinado à descarga do veículo – procedimento
Áreas de desenvolvimento
Tecnológicas
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar
deste procedimento são as seguintes:
Tecnologia de rádio-terminais e leitura de código de barras: com esta
tecnologia, esta função fica praticamente vazia de conteúdo.
EDI: com a mensagem de aviso de expedição, o registo informático
do documento do fornecedor é automático, esvaziando também esta
vertente desta função.
EXERCÍCIO
Gestão de espaço
Apresentação
Após considerar a recepção, um dos aspectos que se colocava era a
gestão do espaço físico. Quais seriam as regras a utilizar? Qual a
forma que garantiria a maximização da ocupação volumétrica dos
armazém? Quais os impactos e relações deste modelo com a
preparação? Estas eram algumas das questões que se colocavam ao
Sr. Luís.
Questões
Que recomendações faria ao Sr. Luís quanto a modelos de gestão de
espaço?
Quais serão as relações entre a recepção e a expedição, quanto à
gestão do espaço?
Que áreas de movimentação de mercadoria consideraria?
EXERCÍCIO
Arrumação da mercadoria
Apresentação
A forma de arrumar a mercadoria preocupava o Sr. Luís. Ele
verificava frequentemente que a recepção parava porque a
mercadoria não era arrumada ao ritmo adequado. Os processos de
recepção e arrumação não estavam muito bem sincronizados. Ele
Questões
Quais serão os principais entraves à arrumação de mercadoria num
armazém já com gestão automática de espaços? Qual a melhor forma
de garantir a sincronização com a recepção?
Como vê a operação de cross-docking e picking-by-line a funcionar,
quais os pontos de contactos com as outras operações? Quais os
passos e informações necessárias?
4. Preparação de
Mercadorias
Objectivo
Definir plano de preparação de encomendas para cada dia da semana, em
conformidade com as afinidades entre as várias encomendas, por cliente,
rota ou outro critério qualquer e que seja relevante do ponto de vista
operacional.
Nota prévia
A organização do trabalho de preparação é muito importante. Esta
importância tem vindo a subir nos últimos tempos, com o aumento da
necessidade de sincronização dentro da cadeia de abastecimento, para
suportar os métodos JIT. Os aspectos que mais importância lhe confere
são:
É claro que para que isto funcione é necessário haver uma disciplina na
recepção das encomendas. Ou seja as encomendas afins deverão estar
disponíveis a partir de uma determinada hora, para que possam ser
agrupadas e planeada a sua preparação. Devido a este facto é
absolutamente importante que as janelas de recepção de encomendas e
entrega de mercadoria estejam perfeitamente definidas para cada cliente.
Esta informação deverá constar no contrato logístico.
Processo
Observações
Este procedimento é importante para a produtividade global do armazém. O
seu conteúdo deverá ser encarado como uma forma racional de aumentar a
produtividade, eliminar as ineficiências e motivar os colaboradores – a
motivação é conseguida quando é transmitida a noção de organização e
preocupação com o acto de planear. Ele poderá assumir maior ou menor
importância com o volume da operação a controlar e com o tipo de clientes
– muitos, pequenos e espalhados ou poucos, grandes e concentrados.
Áreas de desenvolvimento
Tecnológicas
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar
deste procedimento são as seguintes:
EDI: com a mensagem de encomenda, o registo informático das
encomendas dos clientes é automático, evitando a sua digitação. A
sua transmissão e recepção são feitas de forma muito rápida –
através de sistemas informáticos de comunicações. Esta técnica ajuda
na disciplina necessária ao conceito de planeamento;
Aplicações de gestão de rotas: estas aplicações permitem a
rentabilização da utilização dos veículos, maximizando a sua ocupação
volumétrica e minimizando a distância total a percorrer. Podem ser
muito úteis à tarefa de planeamento.
EXERCÍCIO
Planeamento da preparação
Apresentação
Prosseguindo com o seu projecto, o Sr. Luís abordou o sector da
expedição. Pensou que um planeamento mais apurado iria trazer
grandes ganhos de produtividade. Com esta perspectiva em mente,
considerou várias formas de fazer o planeamento da operação de
preparação.
Questões
Considere-se um consultor contratado pelo Sr. Luís para o ajudar
nesta tarefa. Quais seriam as formas que consideraria para planear a
preparação? Que dados necessitaria e de que forma? Que tipo de
decisões tomaria?
Evolução
A empresa considerava começar a expedir também algumas frutas e
vegetais a partir deste armazém. Para isso considerava construir uma
câmara de temperatura controlada para a armazenagem. O Sr. Luís
tratou de encaixar esta nova necessidade no seu modelo de
planeamento de modo testar a sua consistência.
Questões
Com esta evolução futura planeada pelo Sr. Luís pensa que o modelo
que aconselhou se adequa? Que revisões é que faria?
Objectivo
Racionalizar o modo como as ondas constituídas no procedimento
Nota prévia
Deve-se ter em atenção que o modo exacto de funcionamento de cada
armazém pode não ter o conceito de onda nem de lançamento de ondas. No
limite, os armazéns podem até funcionar com um sistema manual, embora
não seja aconselhável do ponto de vista da produtividade. De qualquer das
formas, este conceito está presente nas principais aplicações de gestão de
armazéns, e como tal é utilizado nos armazéns que as usam.
Processo
Este processo é muito simples, sendo essencialmente de execução
informática e automática. Os seus passos são os seguintes:
Observações
Este modelo de operação é o clássico. Onde é utilizado papel para registar
as instruções do computador para serem cumpridas pelos operadores do
armazém. Tipicamente a preparação é uma operação que exige muitos
recursos humanos e este é o modelo mais utilizado nos armazéns.
Áreas de desenvolvimento
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar deste
procedimento são as seguintes:
Objectivo
Racionalizar a operação de preparação das mercadorias pedidas por cada
cliente, por forma a responder de um modo eficiente e isento de erros
operacionais as encomendas por ele colocadas.
Nota prévia
Temos de considerar com cuidado qual é a forma como a mercadoria será
preparada. É esta actividade que utiliza a maior parte da força de trabalho e
de facto é a actividade mais dispendiosa. Os produtos podem ser
preparados para um cliente ou para uma unidade produtiva anexa ao
armazém. Para efeitos de modelação ambas as situações são iguais.
Processo
Existem dois grandes modelos de realizar esta operação, o modelo clássico
e o modelo JIT. Vejamos cada um deles:
Modelo Clássico
A preparação precisa de ser organizada não só em termos de sequência de
ondas mas em termos das operações necessárias. Assim é necessário fazer
o seguinte:
Modelo JIT
Neste modelo, toda a execução é feita via comunicação directa com
dispositivos, eliminando a necessidade de papel. A preparação continua a
precisar de ser organizada, só que desta vez a sequenciação não é ditada
pela entrega de mapas mas pela disponibilização da encomenda para ser
transmitida aos dispositivos dos operadores. Assim, é necessário fazer o
seguinte:
Com rádio-terminais
O operador deverá carregar uma ou várias paletes vazias na máquina
que utiliza para a preparação;
O operador deverá indicar ao computador que está preparado para
começar a operação. Isto deverá ser feito via rádio-terminal;
O operador deverá dirigir-se ao local de preparação do primeiro
artigo, que será mostrado pelo computador;
Uma vez no local, o operador deverá fazer uma de duas coisas,
conforme o modelo de operação:
a) Indicar o código da posição, que entretanto foi perguntado pelo
computador e colocar na palete de preparação o número de caixas
indicado pelo computador;
b) Ler a caixa do artigo com um leitor de códigos de barras, tantas
vezes quantas for necessário, para completar a quantidade
encomendada;
Avançar para o local do próximo artigo – que será indicado pelo
computador — e repetir o processo;
Quando chegar ao fim da palete (indicação dada pelo computador ou
por constatação própria) deverá colar a etiqueta de identificação da
palete na palete terminada e avançar para o próximo artigo, que será
colocado na nova palete;
Observações
Quando é utilizado o mecanismo das etiquetas, é frequente fazer-se uma
preparação consolidada – de várias encomendas ao mesmo tempo –
seguida de uma separação por encomenda na zona dos cais de expedição.
Há mecanismos automáticos para efectuar esta tarefa, baseados na leitura
do código de barras das caixas quando elas passam em nos cais atribuídos
a cada uma das encomendas.
Deve ser notado que a ordem de trabalho, utilizando o modelo JIT não é tão
rígida como no modelo clássico. De facto até se pode considerar que existe
um pouco de caos na forma como as coisas são feitas. No entanto, também
deve ser notado que este caos advém do facto do computador tomar a
melhor decisão em cada momento, por forma a rentabilizar a produtividade.
B B
Loja A 3
4
Zona de cais de expedição
A A
Loja B
Áreas de desenvolvimento
As áreas de desenvolvimento que têm impacto sobre o desenrolar deste
procedimento são as seguintes:
Tecnológicas
Rádio-terminais: estes dispositivos permitem a transmissão directa e
em tempo real para os operadores, aderindo na perfeição às filosofias
inerentes ao modelo de preparação JIT;
Leitores de código de barras: estes dispositivos permitem acelerar a
leitura e introdução de dados no computador, eliminando inerente à
Administrativas
Consolidação de encomendas: permite minimizar a distância
percorrida na preparação e também o número de visitas aos locais de
preparação. Esta técnica poderá ser feita entre encomendas do
mesmo cliente.
Operacionais
A disposição dos artigos no armazém: facilita a composição de
unidade de movimentação durante a preparação.
Recuperação de rupturas: permite melhorar os níveis de serviço;
EXERCÍCIO
Preparação da mercadoria
Apresentação
Resolvido o problema do planeamento, o Sr. Luís abordou a operação
de expedição. Tinha conhecimento de vários métodos de preparação,
mas gostaria de identificar cada um deles com mais detalhe e
perceber bem os impactos de cada um com a forma de recepcionar e
armazenar os artigos.
Uma das dúvidas do Sr. Luís era se devia ou não misturar vários
métodos de preparação no mesmo armazém.
Questões
Como consultor do Sr. Luís, faça um resumo dos vários métodos de
preparação que conhece, indique as suas vantagens e desvantagens.
Aborde os impactos que cada um deles traz para a forma como
recebemos e armazenamos a mercadoria.
Pode ajudar a esclarecer a dúvida do Sr. Luís?
Objectivo
Racionalizar a validação no sistema informático de que as várias operações
relacionadas com a preparação foram realizadas.
Nota prévia
Este procedimento só é necessário no modelo de operação clássico, uma
vez que no JIT a validação é uma consequência natural do método de
trabalho.
Processo
Observações
As validações deverão ser feitas o mais rápido possível, na medida a que
isso levará a uma informação mais correcta e real do estado do armazém.
Também levará a um esvaziamento mais rápido das posições
movimentadas, libertando-as para ocupação, se tal for interessante do
ponto de vista operacional.
Áreas de desenvolvimento
Conforme já foi referido, os rádio-terminais vieram eliminar a necessidade
desta tarefa, na medida que a validação das operações é feita em tempo
real e na sequência natural do trabalho.
Objectivo
Detectar e corrigir erros de operação do armazém antes que eles sejam
propagados para os clientes.
Processo
Este processo necessita de uma sincronização com a operação de carga, no
sentido de garantir que a sequência de conferência da mercadoria segue a
sequência de expedição. Assim sendo, temos os seguintes passos,
consoante o modelo de operação:
Modelo clássico
O operador de conferência deverá dirigir-se para o cais associado à
primeira encomenda a expedir e ainda não conferida;
Pela etiqueta associada à palete, o operador de conferência deverá
identificar a que lhe corresponde no mapa de preparação;
Modelo JIT
O operador de conferência deverá dirigir-se para o cais associado à
primeira encomenda a expedir e ainda não conferida;
O operador indica o número da palete que pretende conferir, ou lê
esse mesmo número com um leitor de código de barras, eliminando o
erro potencial introduzido pelo factor humano;
Após identificação, o operador de conferência confere que o artigo a
artigo — um de cada vez – e verifica que o que o sistema informático
julga estar na palete está mesmo e que esta não possui mais nada
além disso. Para tal procede de um dos seguintes modos:
a) Para cada artigo mostrado pelo rádio-terminal ele introduz a
quantidade de caixas, fazendo uma conferência cega. Se o número
introduzido estiver errado ele contará de novo. Se existir mesmo
erro ele será confirmado pela introdução e confirmação de que
efectivamente se trata do número de caixas presentes;
b) Todas as caixas existentes na palete serão lidas com um leitor de
código de barras, uma a uma. No final poderá acontecer um de
duas coisas: ou as caixas lidas coincidem com o que é esperado
estar na palete ou não. Se sim a conferência está terminada, se
não serão indicadas as diferenças pelo computador e confirmadas
pelo operador;
Em qualquer dos casos, se houver erros estes serão registados
imediatamente após a conferência e de uma forma automática;
Em comum
Sempre que forem detectadas diferenças de artigo ou quantidade o
operador de conferência deverá chamar o operador de preparação e
esclarecer a situação, resolvendo a diferença;
Deverá ainda, e se for caso disso, dar conhecimento da situação ao
superior hierárquico do operador de preparação;
No final de conferir uma palete, o operador de conferência deve
colocar a sua rubrica na etiqueta que ela tem, indicando que já está
conferida;
Observações
Quanto à abrangência
A conferência total é demorada e dispendiosa, só se justificando para
artigos muito caros. Se feita em grande escala é um reflexo da falta de
qualidade da operação. Pode ser feita a partir dos mapas de preparação de
cada palete ou pela factura global. É impraticável fazê-la duas vezes: uma
no armazém e outra no cliente.
Qualidade e custos
Utilizar a frequência dos erros para detectar problemas operativos ou
motivacionais. Isolar em artigos de diferentes tipos e custos método
diferentes. Promover a transparência com o cliente.
Áreas de desenvolvimento
Tecnológicas
Rádio-terminais: estes dispositivos permitem a transmissão directa e
em tempo real para os operadores, aderindo na perfeição às filosofias
inerentes ao modelo de preparação JIT;
Leitores de código de barras: estes dispositivos permitem acelerar a
leitura e introdução de dados no computador, eliminando inerente à
presença do factor humano nestas operações. Assim sendo, também
aderem às filosofias JIT;
Operacionais
Preparação orientada à palete: permite técnicas de conferência por
amostragem;
A importância do erro de inventário, cada erro de inventário tem por
trás um problema e um monte de tempo perdido;
EXERCÍCIO
Conferência da mercadoria
Apresentação
Actualmente existem muitas queixas das lojas. Queixam-se que
ocorrem muitos erros de preparação. E que a factura não respeita as
entregas reais.
O Sr. Luís considera esta situação preocupante para a credibilidade e
sucesso da empresa.
Questões
Ainda como consultor do Sr. Luís, como sugeria que ele resolvesse a
questão. Que processos deveria ele adoptar?
Qual a reacção que prevê dos clientes?
Objectivo
Racionalizar a operação de carga das paletes a serem transportadas para os
clientes, dando início ao processo de expedição.
Processo
Vamos de seguida apresentar dois processos para executar esta tarefa, o
primeiro baseia-se no modelo clássico e o segundo no modelo JIT. Os
passos de cada um dos modelos são:
Modelo clássico
Preparação da carga
O operador de carga apresenta-se no Gabinete de Expedição para
receber indicações sobre a carga a efectuar;
Em posse do documentos de carga e do número de cais onde se irá
efectuar a carga, o operador de carga dirige-se para o cais indicado;
Uma vez no cais o operador deverá:
a) Preparar as condições de carga – abrir as portas e accionar
niveladores de cais, por exemplo;
b) Conferir a matrícula da viatura com a indicada nos documentos;
c) Verificar a adequação da viatura às condições pretendidas –
operacionalidade das divisórias amovíveis, da unidade de frio e das
correias para a fixação das paletes, por exemplo;
Operação de carga
Em caso de carregamento para mais do que uma loja, carregar
primeiro a última loja a ser descarregada.
Término da carga
Quando não existirem mais paletes nem mais clientes a carregar
deverá fechar a carga – colocar a cinta para a amarrar, mover a
divisória amovível ou verificar as condições ambientais da carga, por
exemplo – e anotar na folha de carga o número do selo utilizado;
Fechar as portas e operar dispositivos necessários para a partida da
viatura – niveladores de cais, por exemplo;
Dirigir-se ao gabinete de expedição entregando a folha da carga
realizada e solicitando outra.
Modelo jit
Preparação da carga
O operador de carga recebe pelo rádio-terminal qual a próxima carga
a efectuar, dirigindo-se para o cais indicado.
Uma vez no cais o operador deverá:
d) Preparar as condições de carga – abrir as portas e accionar
niveladores de cais, por exemplo;
e) Conferir a matrícula da viatura com a indicada no rádio-terminal;
f) Verificar a adequação da viatura às condições pretendidas –
operacionalidade das divisórias amovíveis, da unidade de frio e das
correias para a fixação das paletes, por exemplo;
Operação de carga
O computador indicará via rádio-terminal qual é a sequência de lojas e
carregar. A primeira loja carregar é a última ser descarregada.
Dirigir-se à palete da loja a carregar que esteja mais próxima da
viatura;
Ler o número da palete com o leitor de código de barras. Neste
momento o computador verificará que a palete pertence à loja
indicada. Se tal não acontecer será gerado um erro e terá de ser lida
uma palete correcta;
Após a leitura, e depois de resolvidos todos os erros – se os houver –
o operador deverá verificar que a estabilidade da palete é adequada
para o transporte. Se for necessário deverá arranjar a palete, tendo o
cuidado de não pôr caixas pesadas sobre caixas leves;
De seguida o operador deverá mandar carregar a palete ou carregá-la
ele próprio;
Dirigir-se para a próxima palete repetindo o processo;
Quando for lida a ultima palete de um cliente o computador assinalará
o facto, dando instruções do cliente seguinte a carregar;
O operador deverá proceder de igual forma para os outros clientes;
No final do último cliente, o computador perguntará o número de selo
da viatura – podendo-o ler com o leitor de código de barras — e
procederá de imediato à emissão dos documentos que acompanharão
a mercadoria.
Término da carga
Quando não existirem mais paletes nem mais clientes a carregar
deverá fechar a carga – colocar a cinta para a amarrar, mover a
divisória amovível ou verificar as condições ambientais da carga, por
exemplo;
Fechar as portas e operar dispositivos necessários para a partida da
viatura – niveladores de cais, por exemplo;
Em comum
Se o desconto do inventário ficou para este passo, ele deverá ser feito
neste momento.
Observações
No primeiro modelo, a carga é registada numa folha, seguida da passagem
posterior para o sistema informático, com a respectiva emissão do
documento de expedição – o outro baseia-se no modelo JIT – utiliza rádio-
terminais com leitores de códigos de barras para leitura das paletes
carregadas. O processo de emissão do documento de expedição é imediato
à última palete carregada e quando o operador acaba de fechar e selar a
viatura já o sistema informático produziu e emitiu o documento que
acompanha a expedição.
Áreas de desenvolvimento
Tecnológicas
Rádio-terminais: estes dispositivos permitem a transmissão directa e
em tempo real para os operadores, aderindo na perfeição às filosofias
inerentes ao modelo JIT;
Leitores de código de barras: estes dispositivos permitem acelerar a
leitura e introdução de dados no computador, eliminando inerente à
presença do factor humano nestas operações. Assim sendo, também
aderem às filosofias JIT;
Operacionais
Preparação orientada à palete: permite cargas parciais;
Objectivo
Emitir os documentos que acompanham as mercadorias até ao fornecedor,
de forma rápida e imediata.
Nota prévia
Este processo só é necessário executar quando o processo de carga não
segue o modelo JIT – excepto o passo de recolha dos documentos. Se
seguisse ele seria executado de forma natural quando a operação de carga
terminasse.
Processo
Modelo clássico
O operador administrativo recebe do operador de carga a folha de
carga da viatura;
Mediante o mapa, o operador administrativo indica cada uma das
paletes que foi carregada;
No final, o sistema informático gera os documentos de expedição;
Ambos os modelos
Após a emissão dos documentos de acompanhamento, resta ao
operador de carga entregá-los ao motorista da viatura para que ele
parta;
Observações
Com um sistema de EDI, quando os documento estiverem criados, é
enviada uma mensagem de aviso de expedição para o cliente, que a partir
dela poderá preparar a recepção da mercadoria, por forma a imobilizar a
viatura o menos tempo possível.
Áreas de desenvolvimento
EDI: como uma forma de ultrapassar a barreira da empresa,
integrando as várias organizações da cadeia de abastecimento, por
forma a melhorar o desempenho do conjunto. Este sistema tem
vantagens mútuas, permite ganhos a ambas as organizações – a
cliente porque poupa trabalho administrativo e tem conhecimento
prévio da situação, à empresa fornecedora por os seus veículos serão
disponibilizados mais cedo.
Objectivo
Controlar e registar as saídas das viaturas que efectuem serviços, quer elas
sejam próprias ou de terceiros.
Processo
A viatura deve-se imobilizar junto à cancela da portaria.
O motorista dirige-se ao segurança e identifica-se.
O motorista, em conjunto com a segurança, procede à inspecção da
viatura, nomeadamente se o número do selo corresponde ao indicado
nos documentos de expedição;
Se não coincidir, o problema terá de ser exposto ao supervisor de
serviço que julgará melhor como fazer;
Se o veículo estiver descarregado (veículo não selado), o segurança
deve verificar sempre, por abertura do compartimento de carga, os
produtos ou equipamentos transportados.
Após as movimentações acima indicadas, o segurança preencherá na
folha de Movimento de Viaturas os dados recolhidos.
Observações
Este método é importante para manter os fluxos de viaturas dentro do
armazém, promovendo a produtividade e rapidez de circulação.
Áreas de desenvolvimento
Rádio-terminais e leitores de código de barras, para captação rápida e
atempada da informação.
EXERCÍCIO
Expedição da mercadoria
Apresentação
Quando chegou à expedição, o Sr. Luís pensou em vários modos de a
fazer. Pretendia que os veículos esperassem o menos possível pela
carga e por todos os processos administrativos associados.
Questões
Com este objectivo, que método aconselharia o Sr. Luís a utilizar?
5. Controlo Operacional e
Qualitativo do Armazém
Objectivo
Identificar situações de erros físicos decorrentes da actividade operacional e
criar metodologias para eliminar ou prevenir esses erros.
Nota prévia
Este procedimento deve ter uma periodicidade diária, procurando-se cobrir
todos os dias uma parte do armazém, voltando ao início no final do ciclo.
Considera-se que existe um erro numa localização sempre que nela não
estiver o produto correcto na quantidade e qualidade correctas. As origens
mais frequentes para erros são: quebras de artigos, roubos, engano na
conferência aquando da recepção, aprovisionamento das posições de
preparação — retorno da palete, ou de parte dela, ao local de reserva, sem
indicação informática do facto, erros de arrumação — colocação de paletes
na posição de preparação ou de reserva errada — e enganos em
transferências ou acertos manuais no sistema e que não reflectem o que se
passou na prática – paletes que foram colocadas no local errados ou
enganos de contagem.
Processo
O processo de controle de inventário permanente divide-se na inventariação
de dois tipos de posições: Posições de Preparação e Posições Vazias.
Vejamos cada uma delas em detalhe.
Posições de Preparação
O objectivo é inventariar todos os locais de preparação. Como o local de
preparação é uma posição onde vão parar 85% — em média – de todas as
paletes que entram no armazém, poder-se-á dizer que mais cedo ou mais
tarde quase todos os erros cometidos acabam por se reflectir nesta posição.
Os passos a seguir são:
Modelo clássico
Os operadores de inventário dirigem-se ao gabinete da equipa de
organização e recolhem o mapa das posições e inventariar;
Para cada posição indicada o operador deverá verificar que esta
contém o artigo correcto na quantidade e qualidade correcta;
Se tal não acontecer, anota o erro e remove o artigo para uma zona
de artigos com problemas de inventário e que está devidamente
marcada. A remoção dos artigos só se justifica se ele for diferente do
que deveria estar na posição, se não deve-se fazer um acerto de
inventário para corrigir a quantidade;
Procede para a próxima posição da lista e repete os três últimos
passos;
No final da lista, o operador deverá dirigir-se ao gabinete da equipa
de organização e entregar o mapa com os erros;
O mapa entregue será alvo da atenção dele próprio ou de um
operador administrativo para que as diferenças sejam registadas no
sistema;
Modelo JIT
O operador de inventário indica ao computador via rádio-terminal que
vai começar um inventário às posições de preparação;
O computador mostra-lhe a primeira posição e pergunta o artigo e
quantas caixas lá estão. O operador responde – quer introduzindo o
código do artigo quer lendo-o com um leitor de código de barras – e
indicando também o número de caixas;
Em caso de erro e depois da confirmação dos valores, o computador
assume a quantidade indicada como sendo a da posição. O operador
remove a mercadoria que está mal posicionada – se for este o caso –
para a zona de artigos com problemas de inventário. A remoção dos
artigos só se justifica se ele for diferente do que deveria estar na
posição, senão deve-se fazer um acerto de inventário para corrigir a
quantidade.
Conforme pode ser observado, este processo é muito mais produtivo, fácil e
elegante quando utilizamos os rádio-terminais. Há outros factores que
levam à importância dos rádio-terminais, são eles: as posições de
preparação a inventariar não podem estar sujeitas a qualquer operação de
preparação ou aprovisionamento. Isto vale desde a emissão do mapa de
contagem até conferência da mercadoria. Esta exigência leva que a
sincronização desta tarefa com a restante operação do armazém possa ser
bastante difícil.
Posições Vazias
O interesse deste inventário reside no facto de ser muito simples inventariar
uma posição vazia – é olhar e ver se está ou não. Devido a esta
simplicidade ele pode ser utilizado para níveis superiores aos do chão, que
são difíceis de inventariar.
Modelo clássico
Os operadores de inventário dirigem-se ao gabinete da equipa de
organização e recolhem o mapa das posições e inventariar;
Para cada posição indicada o operador deverá verificar se ela está
vazia ou não. No caso de ela estar ocupada assinalará esse facto no
mapa.
Procede para a próxima posição da lista e repete o último passo;
No final da lista, o operador deverá dirigir-se ao gabinete da equipa
de organização e entregar o mapa com os erros;
O mapa entregue será alvo da atenção dele próprio ou de um
operador administrativo para que as diferenças sejam registadas no
sistema;
As diferenças existentes deverão ser passadas para um operador de
movimentação de paletes para que a palete mal colocada seja retirada
para a zona de artigos com problemas de inventário.
Modelo JIT
O operador de inventário indica ao computador via rádio-terminal que
vai começar um inventário às posições vazias;
O computador mostra-lhe a primeira posição e pede a chave da
posição;
O operador deverá dirigir-se para a posição e introduzir a chave
correcta, confirmando se está ou não vazia;
Caso não esteja vazia, e após a necessária confirmação, o computador
marcará a posição para que a palete seja removida e colocada na
zona de artigos com problemas de inventário – esta marcação irá
fazer que seja dada uma ordem de movimentação à máquina que
esteja mais próximo dela, logo que possível.
De novo se nota que o modelo JIT funciona de uma forma muito mais
natural e produtiva, em que as acções são tomadas em tempo real. De novo
se coloca o problema da idade da informação, no caso do modelo clássico
há que garantir que não é arrumada nenhuma palete entre o momento de
emissão do mapa e a respectiva contagem. Esta necessidade levanta muitos
problemas práticos, que impedem uma utilização mais frequente deste
método. Isto não se passa no modelo JIT, onde a informação é em tempo
real.
Modelo Clássico
Pegar num bloco de folha de operações manuais – acertos,
transferências e outras actividades semelhantes e seleccionar um
artigo dos que estão na zona referida;
Se a quantidade for pequena – algumas caixas – o operador deverá
identificar o local de preparação do artigo – por consulta num terminal
do computador — e acrescentar essas caixas lá. De seguida deve
fazer uma contagem ao total de caixas e anotar o total na folha de
acertos;
Se a quantidade for uma palete inteira — ou perto disso – deverá
identificar todos os locais onde esse artigo existe e, um a um, verificar
se estão ocupados:
a) Se estão deverá arrumar a palete noutro local e anotar o facto na
folha de acertos;
b) Se não estão deverá colocar a palete no local onde falta e cujo
número de caixas é igual. Se não existir nenhum local nestas
condições deverá colocar a palete em falta num dos locais e anotar
na folha de operações o acerto correspondente para que o sistema
informático ficar concordante com a realidade;
Se ao inventariar as posições, no ponto anterior, identificar qualquer
erro, ela terá de ser resolvido pelo método apresentado nos
procedimentos Posições de Preparação ou Posições Vazias;
Seleccionar o artigo seguinte e proceder do mesmo modo;
Periodicamente deverá levar o conjunto de folhas de operações para o
gabinete da equipa de organização para que as alterações físicas
sejam reflectidas no sistema;
Modelo JIT
Seleccionar um artigo dos que estão na zona referida;
Se a quantidade forr pequena – algumas caixas – o operador deve
identificar o local de preparação do artigo – por consulta no rádio-
terminal — e acrescentar lá essas caixas. De seguida deve fazer uma
contagem ao total de caixas e actualizar de imediato o sistema;
Se a quantidade for uma palete inteira — ou perto disso – deverá
identificar todos os locais onde esse artigo existe e, um a um, verificar
se estão ocupados:
c) Se sim, deve arrumar a palete noutro local e actualizar de imediato
o sistema – através do rádio terminal;
Observações
Este processo permite manter a actividade do armazém num nível elevado.
Se ele e supondo que a qualidade de operação era mediana, o estado do
inventário poder-se-ia deteriorar ao ponto de comprometer a qualidade da
operação.
Áreas de desenvolvimento
Rádio-terminais e leitores de código de barras, para captação rápida e
atempada da informação. Permitindo eliminar a necessidade de
sincronismo entre a operação e a inventariação, tão necessária no
modelo clássico.
EXERCÍCIO
Inventário Permanente
Apresentação
Com todos os procedimentos de entrada e saída de mercadoria
revistos, o Sr. Luís preocupou-se com o aspecto da qualidade de
operação. Os inventários semestrais mostravam um nível
considerável de erros.
O Sr. Luís pensou que o melhor para colocar a situação sobre
controle, seria a realização de inventários mais frequentes. O período
era uma das suas dúvidas e a outra era a sua extensão — que
posições deveriam inventariar e de quanto em quanto tempo? – eram
as questões que se colocava.
Questões
Como consultor do Sr. Luís prepare uma reunião sobre este assunto,
onde lhe exporá os métodos que entende como mais convenientes
para o período e para extensão. Quais as vantagens e desvantagens
6. Dicionário de Logística
Esta secção tem como finalidade ajudar aos usuários, quanto a nomes,
siglas e expressões usadas normalmente nas diversas áreas da logística.
Aftermarket - Pós-venda.
Budgets - Orçamento.
Chicotes - São os cabos que fazem a ligação entre o cavalo mecânico e a carreta
para a passagem de fios eléctricos (luz da lanterna, luz de freios/ré e luz da placa
do veículo) e para os fluídos (óleo) de accionamento dos freios.
CIF - Cost, Insurance and Freight ou Custo, Seguro e Frete. Neste caso, o material
cotado já tem tudo embutido no preço, ou seja, é posto no destino.
DDP ou Door to Door - Delivered Duty Paid ou Entregue com Taxas Pagas.
Dolly ou Romeu e Julieta - Um reboque com uma quinta roda, usada para
converter um semi-reboque em reboque. É muito utilizado para o transporte de
cana-de-açúcar.
Estivador - Empregado das Docas que trabalha na carga e descarga dos navios.
Estoque Ilativo - Refere-se a itens que estão obsoletos ou que não tiveram saída
nos últimos tempos. Este tempo pode variar, conforme determinação do próprio
administrador do estoque.
FEFO - First-Expire, First-Out ou Primeiro que Vence é o Primeiro que Sai. Serve
para gerenciar a arrumação e expedição das mercadorias do estoque de acordo
com o prazo de validade.
FIFO - First-In, First-Out ou Primeiro que Entra é o Primeiro que Sai (PEPS).
FOB - Free On Board ou Preço sem Frete Incluso (posto a bordo). Denominação da
cláusula de contrato segundo a qual o frete não está incluído no custo da
mercadoria. Tem algumas variações de FOB. Pode ser FOB Fábrica, quando o
material tem que ser retirado e FOB Cidade, quando o fornecedor coloca o material
em uma transportadora escolhida pelo cliente.
Forjar - Termo utilizado em Produção, que significa aquecer uma peça de metal
através do calor de maçarico ou brasa até ficar avermelhada, e depois utilizar uma
marreta e bigorna como instrumentos, para dar a forma desejada.
Fundição - Termo utilizado em Produção, que significa derreter metais com o calor
e colocá-los em formas para a confecção de peças, que na maioria das vezes ainda
passarão por outros processos até ser um produto final.
Hub - Ponto central para colectar, separar e distribuir para uma determinada área
ou região específica.
Kanban - técnica japonesa com cartões, que proporciona uma redução de estoque,
optimização do fluxo de produção, redução das perdas e aumento da flexibilidade.
Lastro - expressão do transporte marítimo, que significa água que é posta nos
porões para dar peso e equilíbrio ao navio, quando está sem carga; no transporte
ferroviário significa camada de substâncias permeáveis como areia, saibro ou pedra
britada, posta no leito das estradas de ferro e sobre a qual repousam os
dormentes.
Margem de Contribuição - É igual ao valor das Vendas menos o valor dos Custos
Variáveis e das Despesas Variáveis.
ML - Milha Terrestre.
NM - Milha Marítima.
PDCA - Plan, Do, Check e Act, ou Planejar, Executar, Verificar e Agir, ferramenta
que implica na melhoria de todos os processos de fabricação ou de negócios.
Pedido Mínimo - muitas empresas estabelecem um lote mínimo para aceitar uma
ordem de compra, visando economias de escala para o atendimento. Desta maneira
fazem baixar os custos do processamento de pedidos, já que para atender a um
mesmo volume de negócios seria necessário um número maior de pedidos.
Produto Logístico - O que uma empresa oferece ao cliente com seu produto é
satisfação. Se o produto for algum tipo de serviço, ele será composto de intangíveis
como conveniência, distinção e qualidade. Entretanto, se o produto for um bem
físico, ele também tem atributos físicos, tais como peso, volume e forma, os quais
tem influência no custo logístico. (definição de Ronald H. Ballou).
QR - Resposta Rápida.
Sider - tipo de carroçaria de caminhão, que tem lonas retrácteis em suas laterais.
Tacómetro - Aparelho que serve para medir o número de rotações por minuto do
motor e, portanto, a velocidade de máquinas ou veículos; o mesmo que
taquímetro.
Toco - Caminhão que tem o eixo simples na carroçaria, ou seja, não é duplo.
Trick - é uma asa-delta motorizada que vem equipada com rodas e/ou flutuadores
e assentos de fibra de vidro.
Truck - Caminhão que tem o eixo duplo na carroçaria, ou seja, são 2 eixos juntos.
O objectivo é aguentar mais peso e propiciar melhor desempenho ao veículo.
Umland - Entende-se pelo ambiente físico portuário, ou seja, o porto em si, suas
instalações, tarifas e a qualidade dos serviços que presta.
acidentes ou maiores riscos, pois os comandos (freios, reversos, flape) podem não
serem suficientes para parar com segurança.
7. Contactos
Referências na WEB
Department of Trade and Industry of UK, Logistics and Supply
Chain Management,
http://dtiinfo1.dti.gov.uk/mbp/bpgt/m9gb00001/m9gb000011.html
Canadian Association of Logistics Management, Logistics and
Supply Chain Journal,
http://www.calm.org/CALM/quarterly/aalq0.html
The Progress Group Logistics Consulting, White Papers,
http://www.theprogressgroup.com/
CAPS Logistics, http://www.caps.com
SAP AG, http://www.sap.com
PeopleSoft Inc., http://www.peoplesoft.com
8. RESOLUÇÃO DOS
EXERCÍCIOS PROPOSTOS
EXERCÍCIO 1:
Apresentação
O Sr. Luís tinha começado naquele dia o seu estágio nos armazéns da
cadeia de lojas alimentares Favo de Mel. Esta cadeia era uma das
maiores em Portugal no seu sector. Quando chegou eram 8:45h, 15
minutos mais cedo do que o seu horário. Nessa altura verificou que
existia uma fila enorme de viaturas que aguardavam descarga. Esta
fila já começava a dificultar o acesso ao armazém.
O Sr. Luís pensou que era bom sinal porque denotava a exuberância
económica da empresa. Contudo não pôde deixar de reparar que
existia alguma irritação entre os motoristas. Alguns deles afirmavam
estar ali desde as 7:00h da manhã para descarregar e até agora
nada. Ninguém sabia dizer quando começariam a descarregar as suas
viaturas. De facto, soube depois, alguns destes motoristas tinham
entregas agendadas para as 7:15 da manhã.
Ao longo do caminho que foi percorrendo, o Sr. Luís pôde verificar
que de facto entravam e saíam viaturas do armazém, mas a um
ritmo muito lento face às necessidades.
Quando o Sr. Luís entrou no edifício dos escritórios reparou que o Sr.
Mateus – responsável pelo armazém – estava visivelmente nervoso e
conversava com o Sr. Lucas – responsável pela gestão de inventário.
Ambos mostravam um nervosismo evidente e apontavam falhas um
ao outro. No seu conjunto, essas falhas seriam responsáveis pelo que
se estava a passar recepção. O Sr. Mateus dizia que lhe faltavam 3
pessoas – a sua equipa de recepção era de 20 pessoas – e acusava o
Questões
Supondo que assume o papel do Sr. Luís, quais acha que poderiam
ser os problemas que ele hoje apontaria como sendo os causadores
dos atrasos daquela manhã.
RESOLUÇÃO:
EXERCÍCIO 2:
Revisão do agendamento
Apresentação
Ao longo dos seus três meses de integração, o Sr. Lucas notou que
existia algum mal estar entre a empresa e os seus fornecedores. A
discussão resumia-se quase sempre a quem é que se atrasava e
quem pagaria o prejuízo.
Estes atritos eram desagradáveis para a relação entre a empresa e os
seus parceiros de negócio. De facto, o mau estar começava a impedir
que se realizassem negócios importantes. Foi nesta altura que o Sr.
Luís se ofereceu para fazer um estudo sobre as relações da empresa
com os seus fornecedores. O trabalho foi um sucesso, pois além de
uma análise brilhante, o estudo incluía algumas propostas concretas
de melhoria.
Questões
1) Quais os assuntos que o Sr. Luís abordou no relatório e que
propostas concretas ele fez, na sua opinião?
2) Descreva de forma sucinta os passos e informação necessários
para o agendamento de entregas.
RESOLUÇÃO:
Assuntos Abordados:
Propostas concretas:
EXERCÍCIO 1:
Apresentação
Após a melhoria do processo de agendamento o Sr. Luís foi convidado
para rever todos os processos da empresa. Pensou que a melhor
Questões
Na sua opinião, porque é que o Sr. Luís considerou que a gestão
manual do espaço físico não era a forma de trabalhar? Quais as
principais desvantagens que vê nesse método?
Quais são as vantagens da utilização de um sistema informático para
gestão do espaço físico?
Quais são os passos e a respectiva informação necessária no
processo de recepção? Quais são as suas principais dificuldades?
RESOLUÇÃO:
Principais dificuldades:
EXERCÍCIO 1:
Gestão de espaço
Apresentação
Após considerar a recepção, um dos aspectos que se colocava era a
gestão do espaço físico. Quais seriam as regras a utilizar? Qual a
forma que garantiria a maximização da ocupação volumétrica dos
armazém? Quais os impactos e relações deste modelo com a
preparação? Estas eram algumas das questões que se colocavam ao
Sr. Luís.
Questões
Que recomendações faria ao Sr. Luís quanto a modelos de gestão de
espaço?
Quais serão as relações entre a recepção e a expedição, quanto à
gestão do espaço?
Que áreas de movimentação de mercadoria consideraria?
RESOLUÇÃO:
Considerar:
EXERCÍCIO 2:
Arrumação da mercadoria
Apresentação
A forma de arrumar a mercadoria preocupava o Sr. Luís. Ele
verificava frequentemente que a recepção parava porque a
mercadoria não era arrumada ao ritmo adequado. Os processos de
recepção e arrumação não estavam muito bem sincronizados. Ele
também notou este facto em alguns armazéns que já tinham o
sistema informático de gestão de espaço.
Pensou que sincronização seria uma palavra chave nas operações de
um armazém e considerou todo o processo, desde a descarga até à
arrumação. O problema de para onde arrumar? já ele tinha
considerado na gestão de espaço.
Por outro lado, ele tinha assistido à apresentação de operações JIT
com cross-docking e picking-by-line em alguns seminários sobre o
assunto a que assistiu. Ela gostaria de introduzir este modo de
funcionamento na sua empresa mas preocupava-o a forma como o
fazer e o impacto na operação global e na recepção em particular.
Questões
Quais serão os principais entraves à arrumação de mercadoria num
armazém já com gestão automática de espaços? Qual a melhor forma
de garantir a sincronização com a recepção?
Como vê a operação de cross-docking e picking-by-line a funcionar,
quais os pontos de contactos com as outras operações? Quais os
passos e informações necessárias?
RESOLUÇÃO:
Local já ocupado;
A palete não cabe no local.
EXERCÍCIO 1:
Planeamento da preparação
Apresentação
Prosseguindo com o seu projecto, o Sr. Luís abordou o sector da
expedição. Pensou que um planeamento mais apurado iria trazer
grandes ganhos de produtividade. Com esta perspectiva em mente,
considerou várias formas de fazer o planeamento da operação de
preparação.
Questões
Considere-se um consultor contratado pelo Sr. Luís para o ajudar
nesta tarefa. Quais seriam as formas que consideraria para planear a
preparação? Que dados necessitaria e de que forma? que tipo de
decisões tomaria?
RESOLUÇÃO:
Planeamento da preparação:
Importância do cliente;
Janelas de entregas;
Tipo de artigo;
Por rotas de entrega fixas;
Por rotas de entrega optimizadas.
Evolução
A empresa considerava começar a expedir também algumas frutas e
vegetais a partir deste armazém. Para isso considerava construir uma
câmara de temperatura controlada para a armazenagem. O Sr. Luís
tratou de encaixar esta nova necessidade no seu modelo de
planeamento de modo testar a sua consistência.
Questões
Com esta evolução futura planeada pelo Sr. Luís pensa que o modelo
que aconselhou se adequa? Que revisões é que faria?
RESOLUÇÃO:
O modelo sugerido é o mais aconselhado, temos no entanto que
considerar as seguintes revisões:
Tecnológicas
Utilização de rádio-terminais;
Utilização de leitores de código de barras;
Utilização de formas de armazenamento automáticas ou semi-
automáticas.
Administrativas
Operacionais
EXERCÍCIO 1:
Preparação da mercadoria
Apresentação
Resolvido o problema do planeamento, o Sr. Luís abordou a operação
de expedição. Tinha conhecimento de vários métodos de preparação,
mas gostaria de identificar cada um deles com mais detalhe e
perceber bem os impactos de cada um com a forma de recepcionar e
armazenar os artigos.
Uma das dúvidas do Sr. Luís era se devia ou não misturar vários
métodos de preparação no mesmo armazém.
Questões
Como consultor do Sr. Luís, faça um resumo dos vários métodos de
preparação que conhece, indique as suas vantagens e desvantagens.
Aborde os impactos que cada um deles traz para a forma como
recebemos e armazenamos a mercadoria.
Pode ajudar a esclarecer a dúvida do Sr. Luís?
RESOLUÇÃO:
Modelo Clássico
Organização e sequência das tarefas necessárias à preparação:
Entregar os mapas de preparação de paletes completas;
Entregar os mapas de aprovisionamento dos locais de preparação
aos operadores;
Entregar os mapas de preparação em detalhe aos operadores;
Registo a hora de entrega dos mapas.
Preparação das paletes completas:
Dirigir-se à posição da palete;
Conferir que o artigo (todas as características);
Observações
Tecnológicas
Quando é utilizado o mecanismo das etiquetas electrónicas é
frequente fazer-se uma preparação consolidada;
EXERCÍCIO 1:
Conferência da mercadoria
Apresentação
Actualmente existem muitas queixas das lojas. Queixam-se que
ocorrem muitos erros de preparação. E que a factura não respeita as
entregas reais.
O Sr. Luís considera esta situação preocupante para a credibilidade e
sucesso da empresa.
Questões
Ainda como consultor do Sr. Luís, como sugeria que ele resolvesse a
questão. Que processos deveria ele adoptar?
Qual a reacção que prevê dos clientes?
RESOLUÇÃO:
EXERCÍCIO 1:
Expedição da mercadoria
Apresentação
Quando chegou à expedição, o Sr. Luís pensou em vários modos de a
fazer. Pretendia que os veículos esperassem o menos possível pela
carga e por todos os processos administrativos associados.
Questões
Com este objectivo, que método aconselharia o Sr. Luís a utilizar?
RESOLUÇÃO:
Seria o modelo:
Modelo JIT – Preparação da Mercadoria - Etiquetas electrónicas
O computador deverá dar instruções ao sistema para:
Acender as lâmpadas de cada artigo;
Indicar a quantidade no mostrador electrónico;
O operador deverá dirigir-se aos locais marcados e:
Retirar o número de caixas indicadas na etiqueta;
Accionar o botão de conclusão de tarefa;
Colocar as caixas retiradas:
Numa palete que deverá transportar consigo;
Numa correia transportadora (necessário ordenação);
Conforme o modelo utilizado é necessário:
Colocar as paletes que preparadas no cais respectivo;
Separar as caixas colocadas pelos cais correctos (de forma
automática ou manual).
EXERCÍCIO 1:
Inventário Permanente
Apresentação
Com todos os procedimentos de entrada e saída de mercadoria
revistos, o Sr. Luís preocupou-se com o aspecto da qualidade de
operação. Os inventários semestrais mostravam um nível
considerável de erros.
O Sr. Luís pensou que o melhor para colocar a situação sobre
controle, seria a realização de inventários mais frequentes. O período
era uma das suas dúvidas e a outra era a sua extensão — que
posições deveriam inventariar e de quanto em quanto tempo? – eram
as questões que se colocava.
Questões
Como consultor do Sr. Luís prepare uma reunião sobre este assunto,
onde lhe exporá os métodos que entende como mais convenientes
para o período e para extensão. Quais as vantagens e desvantagens
de cada um? Elabore um esboço de um procedimento sobre o
assunto.
RESOLUÇÃO:
Posições de preparação:
Posições vazias:
Procedimento:
Objectivo:
Nota prévia
Quebras de artigos;
Roubos;
Engano na conferência aquando da recepção;
Aprovisionamento das posições de preparação;
Erros de arrumação;
Enganos em transferências de origem manual;
Enganos em acertos de origem manual.
9. Bibliografia
APLOG, INDEG/ISCTE e A.T. Kearney, A Logística em Portugal no Virar do
Século, Lisboa,1998.
Ballou, Ronald H., Basic Business Logistics, Prentice - Hall International, Inc.,
USA, 1997.
Byrne, Patrick M. & Markham, William J., Improving Quality and Productivity
in the Logistics Process - Achiving Customer Satisfaction Breakthrough, Council
of Logistics Management, Oak Brook, Inc, 1991.
10. Bibliografia
Aconselhada
Alvarenga, A. C. e Novaes, A. G. N. – Logística Aplicada – Suprimento e
Distribuição Física.
Carvalho, José Mexia Crespo de, Logística Comercial, Texto Editora, Lisboa