Você está na página 1de 166

Ü IT IA B © EM C IlN C IA S S O C lA »

ÜNIUERSIDADE FEDERAL DA BAHIA


MESTRADO EM CIENCIAS SOCIAIS
DISSERTAÇÃO DE MESTRADO

O R I G E M S D O R O V O A M E I M T O
D E R ‫־‬E X R A O E S A i s ! ‫־‬T A § M A s Kim
G S - f Z u c j (3 cJ IE• I‫ *־‬i ■s-t ó r ‫ ־‬i SI
C=C31C3>rB B S 1 1

D iñ s r t a ç:a o a p r e>s e n t a cla ao


C o '1e g ia d o do cur so de
H e s t r a d o c m C ieric ia s S o c ia is
da Ü n iV b r s id a tj(■i I"e d e r a 1 da
I■}ah ia , c:amo ‫•ץ‬e q u is it o p arc: i a 1
para a o b t e n ç ã o do grau de
M e s t r e e m C iênc; ia s Soc; ia is

CELESTE MARÍA PACHECO DE ANDRADE

O r i e n t a d o r Ü ProfB Drl MARLI GERALDA TEIXEIRA

»ffl^rSaSIDAOB. DA BAHIA^ SALVADOR - BAHIA - BRASIL


FACULSAD* DS FILOSOFIA
BIBLIOTECA JUNHO ■••• i 9 9 0
Me. eb TfnI»« 6^3 ^/
Universidade Federal da Bahia - UFBA
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas

Esta obra foi digitalizada no


Centro de Digitalização (CEDIG) do
Programa de Pós-Graduação em História da UFBA

Coordenação Geral: Carlos Eugênio Líbano

Coordenação Técnica: Luis Borges

2008
Contatos: lab@ufba.br / poshisto@ufba.br
A MARLI GERALOA,
sempre presente-
In Hemorians
M a r 1'1‫ ־‬ia , J o e él ia , K át ia e C a r d o s o
AGRADECIMENTOS¡!

à presença constante' dos que


tornaram possível a concíusão desse
trabalhos
Frofã Drã Marli Geral da Te ixe tra?
Profã Maria José de Souza Andrade^
P r o f ã Ednalva Maria M. dos Santos?
P r o f ‫ ״‬Carlos Lindberg Santos?
Sru Alberto Alves Boaventura?
aos meus pais e ■Fam i1 iares?
Dariel Santana e Lucia /?egina?
I vo ne te e Ana?
Marina e ?'enália
Mariana>■ Nice:, e Antonio Augusto?
Claudia, álida, Liberia e Parísio?
Stella e Olivia
Augusto Monte Spíno 1a Júnior
Amigos e colegas de Feira de
Santana e Salvador^

AGRADECIMENTO ESPECIALs
A Lina Maria, amiga e companbeira,
cuja presença tornou mais fácil o
percurso,
SUH4RZ0

Pag»

R&SUÍHO 11nnu1t11»n1t»t1111111RR1tu11Hnt11t1tnt111tt11nunn1}n11u111tl1allRH1ttt11 Ó

A b s tra ct 7 ‫״‬

Introdução 9

Capi'tulo I
O Povoamento de Feira de Santana na História Colonial. i8

Capítulo II
Historiografia do Povoamento de Feira de Santanas
uma questão controversa . 50

Capítulo III
A Distorção do Fato Histdr i c o n . 89

Cone 1usão i.35

Referências Bibliográficas
r-on t es Man use: ritas i 40
Font es Impressas í4í
Fon tes EH b 1 io çjráf ic:as »«‫■״««««»««»״‬.««»»«‫■»»»«״»««״‬,,.»»« í42

Anexos .1.53
Resumo

Objet iv ü ü - s e C D m e!i>se t r a b a l h o , ciar um


t r a t a m e n to 0 s p e c ia 1 à s i1»t e m a t i a a o de
iinformações sobra' a regiao do sertao
baianoy espaço que interessa a este
e s t u d o » P a r t in d o da h is t o r io <:!r a f Ia do
8 r as i1 co 1 on ia 1, f o í p o ss 1've 1 de 1 im it ar
o u n i v e r s o da p e s q u i s a e i d e n t i f i c a r os
m e c a n is m o s e p e r s o n a g e n s e n v o 1v id o s no
P r o c;e s s o de p o v o a ine n t o da r e g ia o de
Fe ira de San t a n a , Estado da i3ahia,
b u sjc a n d o s e a s s im e 5■;p 1 ic:a r as suas
o r ig e n s « t)e u ma m a n e ir a ge i-a 1,
d is c u t e ‫״״‬s e o p o v o a m e r1 1 o das terras do
B r a s i1 no p ro Jeto c o 1 o n ia 1 ,
e n f a t iz a n d a - s e a p o 'i ít ic a do Ei:í>t a d o
port 1.1 g u ê íií n a e f e t iv a o c u p a ç a o d a t e r r a ..
Na t en t at iva de e x p 1 i ar a d ist or çao
e í-íis t e n t e em t o 1‫רו׳׳‬o das o 1‫ ׳׳‬ig e n s da
r‫־‬e g i a o , amp'lia-se a pesquisa com ai
a n ?Á1 is e d a h is t o r io g r a f ia d o po v o a m e n t o
da área em estudo, o que possibilitou
e s c í a I‫■׳‬e c e r a qu e 1a c o n t r o v é r s ia ..
F"u n d a m e n t a n d o s e n a p e r s p e c t iv a de uma
n o va 1 e it u r a do e p is ó io , b u s c o u ‫••״‬s e
d e s m it if ic a r uma in t e r p r e t a çã o
c o n s a g r a d a n a 11 is t o r io g r a f ia 1 1'•a d i c i o n a 1
d o m in a n t e » F*o r o u t r o 1a d o , p r o c u 1'•o u - s e
e s t a b e l e c e r as reíacoes entre os
P e r s o n a g e n s c e n t r a is no pr o c e s s o de
povoamento, no que se observa o
e n a 1 1 e c i1« e n t a d e u n s , e m d e t r im e ‫וו‬t o da
f i g u I‫•׳‬a e outros que t iv e r a m pa pe 1
Pr e ponder a n te na c o n q u is t a e
d e s b ‫■ץ‬a v a m e n t o d a 1'■e g ia o ‫״‬
ABSTRACT

H e r e in s p e c ia 1 at t e nt io ‫ רו‬h a íí be:e‫ויו‬ g iv e n
to the way data on brazil¡an bahian
(::ountry ( s e r t a o ) w e r e *liyst e m a t i:;ed ‫״‬ As
per t h e h i s t o r y o g r a p h y o f the colonial
age in EJrazii it was possible to
e s t a b l i s h the r a n g e of t h i s r e s e a r c h as
well as to ide nt i f y m e a n s and c h a r a c t e r s
in V o 1V e (J in t h e s e 1 1 1e m e n t pr o c e s s in
t h e r e g i o n o f f-'eira d e S a n t a n a , s t a t e o f
B a h i a , a im in g t o e x p 1 a i‫ וו‬it s or ig in s .. I n
h e r e t h e s e 1 1 1 e ine n t pr o c e s s is a r gu e d
w i t h e m p h a s i s on t h e P o r t u g u e s e c o l o n i a l
establishment policies as to the
e f f e c t iv e t e r r it or ial o c c u p a t ion ‫״‬ Th is
r e s e a r c h is e n r ic h e d by f e a t ur in g the
h is t o r y o g i-a p h y o f t h e s e 1 1 1 e m e n t in the
r e se a r ch ed á rea wh a t h a s made p o s s ib 1 e
th e r e c o g n i t i o n of a c o n t r o v e r s y r e l a t e d
t o p i o n e e r s as an attempt to clarify
m is r e a d in g s a r o u n d t h e or i g in s o f t own «
It w a s a l s o b e e n secarched to demystify
an est a b 1 is h e d int e r pr et at ion of the
t r a d ic ion a 1 d o m in an t h ist or yo gr a ph y
b a s e d o n a n e w ‫•ץ‬e a d tn g o f f a c t s . . I n the
o t h e r h a n d it was sought to identify
relations among the main characters
d u r in g s e 1 1 1 e m e n t w h e r e it c a n be seen
t h e e n h a n c e m e n t o f s o m e in d e t r im e n t of
the ones who had relevant roles in
p i o n e e r in g a n d c o n q u e r in g t h e r e g io n ..
‫ « »« ״‬s e r t a o é o n d e manda
<:|u e m é forte , c:o m as
a s t ú c ias» l]>e u s m esmo ,
quand o vier, qu e v e ‫וז‬hia
a r m a d o !‫״‬
< G u im a r a e s Rosa , Grande
Sertiaos U e r e d a s )
Introdução

As origens do povoamento da regi ao de F"eira de

San t an a y t r ad I c ¡ on a 1men t: e , assoc; i am-se ao s ít io que se

de s e nv o 1v e a e m t or no da c: a p e 1a c; ons t r u 1' da poi‫׳׳‬ Domi n gos B a r bos a

de Araújo e Ana Brandao» Tal f a t o situa-'-se, h is to ric a m e n te , na

segunda moítade d o Bécu'io X U I I I » No en i ‫־‬


a n to, a partir da leitura

da H Is t o I'■ io g r a f Ia d o B r a <1jI 1 c o 1 o n ia 1 (ss t a 1- e g Is t r a , n e s s a ine <3m a

r e g Iao, a presen<;;a d e desbr avadar es e paveadores. Já a partir da

P r Im e Ir a met ade do s é c:u la X M 11 ‫״‬

‫)!נ‬h a m a a a t e n ç:a a , ini c ia 1 m e n t e , esta 1 a c:u n ‫־‬


a t e m p o r al»

Além disso, estudos recentes sobre aquele fato dao margem para

uma outra in t <■?r p r‫׳‬e t a ç a o , t r a z e n d o à tona , uma c o ‫רו‬t r o v é r s ia, à

qual, por sua vez, aponta para a p o s s i b i 1 idade de uma distorção

do fato h ist (5r iC O ‫״‬

A e s c o 11‫ ר‬a da tema desse e s tu d o , d e v e u ■■■•s e

pr in c i p a 1 m e n t e , à n ec e s s i d a d e de an a l i s a r a q u e 1a c o n t r o v e r s ia n a

busca de argumentos que pudessem Justificar a construe:ao do fato

1 o c a 1 iz a d o e sua m a n u t e n ç;a o na !••Iis t o r io g 1‫■׳‬a f ia e na h is t ó r‫׳‬ia

local‫״‬

iiíi o p o I‫•׳‬t u n o 1e m b r a r qu e u m a d a s tarefas do h Is t o r ia d o r

é r e c u p e r a r a hi s t ó r ia , in c 1 u s iv e seus s i 1 ê ‫רו‬c io s » E n c a r a -s e ,

port a n to, o p r o b 1e m a ‫רו‬a sua gê n e se 1‫ ר‬is t <5r ic a , p r o c u r a ‫רו‬d o

d is c u t 1'•••■lo, vi s a d o , <‫ג‬c i m a de tudo , a sua c o m p i‫■׳‬e e n s a o e

i ‫רו‬t e r p 1‫׳׳‬e t a c ã o » Eü é n e s s a r e c u p e r a c a a d a h is t ó r ia das o 1‫ •׳‬I g e ‫רו‬s do


povoamento da re g iã o de F e i r a de Santana que se e x p lic ita a

que s t a 0 do s i '1ê nc i o e m t or no da que 1e s de s b1‫■׳‬a v a dor e s e pov oa do 1‫•׳‬e s

a 1ud i d0s a ‫רו‬t e r i o1‫•׳‬me nt e »

A metodologia u t i l i z a d a para a compreensão daquela

c 0 n 1 10 •‫׳‬V é r s ia api‫׳׳‬e s e ‫ויו‬t a , n u m pr im e i10 ‫ ׳׳‬m 0 me n 1 0 , 0 s a u 1 0 1-es que se

d e d ic:a r a m , a in d a q u e d e f or m a e m p 1'r ic a , a e s t u d ar o t &'m a ‫״‬ Ao

m e s m o t e m !:>o , a n a '1 is a •••■s e a 1 in 11 a dg i‫רו‬t e 1- p r e t a ç ã o p o ‫־ץ‬ e 1e s

mdot a d a ‫״‬

;1;n ic i■a s e |:>o r u m e s t:u d o m a is g1ob a 1 da c:o 1 o n iz a ç:a o

P o r t:u g u e s a no B 1‫■׳‬a s i l , !:>a r a a c o m p ‫ו‬-e e n <sa o do f e n 6 ine n o do

povoamento de uma das partes do seu território o sertão baiano

tau s c a n (Jo a <:>!r>im e v it a r a f r a fjm e n t a ç;a o d o a s s u n t o ..

C o n s e q u en t e m e n t e , a u t i 1 ixía ao dos dados na forma a qu i

p r e t e n d id a , c o n s t it u i , por s i só , o r e f e r e n e ial t e ó r ic:o

n e ce s s á r io ao estudo , p o 1‫•׳‬ c o n s id e ‫ו‬- a 1‫ ־■׳‬s e qu e , com um

d ist anc; ia m e n t o ent r e a t e o r ia conhec; ida e a pr át ic a p e s q u is a d o

0 t r a b a ‫רח‬o poderla d icot o m i:;ar--se» Buscou-se, assim, urna

integraba o significativa entre a teoria e a prvÁtica..

Neste sentido a recorrencia aos autores e obras

r e f e r e n c ia d a s c o n f ir m a ■•••s e no uso de c i t a ç:o e s ou m esmo

1 n t e r p r e t a ç;o e s do seu p e n s a m e n t o » S u p r im 1'‫••־‬i a s s e r ia de i ar em

ab e r t o a 1 e it u r a qu e f o i r e a 1 iz a d a a p a 1-1 i1‫•׳‬ d a q u e ie s a u t o r e s ..

Qa a n t o k t r a 11 s c r ig:a o de a igu n s documentos , c o n s id e ‫•ץ‬o a - s e a

V a 1 id a d e d e s s a i1 u s t r a ç a o pa r a o 1 e it o r , n a 1 e g it im a ç a o d a f a 1a

Í0
p re s e n te n e s te te x to ‫״‬

R e s p e it o u “‫״‬s e , a l ii‫!״‬g u a g e m o 1‫ ׳׳‬i g in a 1 d o s te 10 s 1 id 0 s ,

P o I‫ ■׳‬c D n1p r e e n d e r qu e a a t u.a 1 iz a ç:a o dos c 0 m p o ‫רו‬e n t e s 1 e x ic a is

d a q u e 1e s textos e sua c; i‫•ץ‬c;u n s t a n c ia 1 c ar ga s e n1 S n t ic:a ‫ ק‬a d e 1‫•׳‬ia

c 0 m p r 0 me t e r 0 seu s i g n if ic:a d 0 e d im in a i1'■ ‫־‬


a r iq u e a das id é ia s

expressas na linguagem da eh:>oca» 1's s d ocorreu pr inc ip á l m e n t e no

que se refere a Hist o r i og r a f i a aq ui intitulada de "geral‫ ״‬.

C o n s id e r o u •‫•״‬s e a v a l i d a d e d e s s a r e c;u p e r a c;a o d a !‫ ר‬is t ó r ia

das origens do povoamento da região de Feira de Santana, a

partir dos registros do fato até entsío consagrado‫״‬ i:■;, nao só

c o n s a g r a d o , m a s c:r is t a 1 iz a d o .. Numa a n á 1 is e 1:
>i-e 1 im in a i- Já se

observa qu e, para efetivar tal c o n s a g r a (,;ao e cr ist al iz a ç:a o foi

utilizado o mecanismo do enaltecimento do casal Araújo/Brandao

c omo p ion e i1‫־׳‬o s na e f et iv a ç ã o do fato !‫ ר‬is t ó r ic o ..

Sai:)e-se que a iiistória nao se inventa? ela se fa¿'‫׳‬


. de

f a to s , idéia s , ho m e n s , c on f 1 it o s e t u d o a q u i1 o qu e c o n s t rói a

sua (existencia..

C o n s id e r a n d o a e x is t ê n c ia de um fato Já c o n s t r u 1'd o ,

isto ér aquele que dá ao casal Ar adj 0/13 r a n d a o a prioridade do

povoamento local, ob j et iv o u ‫־״‬s e com o presente trabalho, estudar

as o I'■ i g e n s do po v o a m e n t o da r k g ia o de I■"e ir a de S an tana ,

p r e t e n d e n d o "•s e , e s p e c if ic a m e ‫רו‬t e , e ;•!a m in a r‫׳‬ a H is t o r io g r a f ia

daquela região,.

íi
ú nessa mesma H is t o r io g r a f ia que se r e g is t r a a

|:>r e s e nç:a da f a mí '


1ia Pel 5
■;01o U i e ga s , c uj 0 f u‫ח‬da do!‫•׳‬, J 0a 0 P e i >;ot o

U i e ga s ^ a d qu i r I u , no a no deí 650, uma í:íe s ma 1‫ ׳׳‬i a e n g10i:)a ndo as

t e ‫•ץ‬I‫■׳‬a s de !1
.'t a por 010 ■
‫ ׳‬c a s , ,.Ja c u í ‫ק‬e e ííí guaF"r i a , 1o go , a nt e r i 0r me ‫ח‬t é

à data e s ta b e le c id a para as origens do povoamento da re g iã o de

F e ir a de San tana‫״‬

P or V o 11 a do in 1'c Ia d o s é c u 1o XVI11, a i>e s m a 1‫■׳‬ía de

p r o p r ie d a d e d a f a m 1'1 ia P e ik o t a Ui e g a s , p o 1‫ •׳‬q u e <!>t 0 e s d e h e r a n g:a ,

■Foi d iV id id a e m f a z e n d a s ^ s e n d o " B a n t 'A n a do s 01 h o s d 'ô'g u a ',

segundo a H ist ar Io g r a f Ia tcadiC.ÍQD 1a i dQl).Ü.tl1£!1D.tfô a d q uirida pelo

(::a s a 1 A r a ú J o / E5r a n d a o «

Da í a rí e c:b s s Ida dede rec or r e r à i•■!is t o r Io g r a •F ia do

p e r ío do c:o 1 o n ia 1 y and e se ins e r e a qu e s t a o , c:o 111o form a de

recuperar, no que fosse possi'vely a memória histórica do sertão

ba i a no , bu s c a ndo pr e e nc h e ‫ •ץ‬a 1 a c u na (i e ixa da pe I a a u s ê nc Ia de


t r a b a 1h o s qu e a b r a n J a in o p e r 1'o d o .. B u s c a r ‫•■״‬s e •‫•״‬ia r e co m po r o

c o n t e ‫{■ג‬t o h is t ó r ic o p a r a ‫ווו‬e i1‫ו‬o r c o n1 p r e e n d e r o fato do p o v o a ‫ווו‬e ‫ ח‬t o

na sua c o m p i e k id a d e ‫״‬

Neste sentido, é propósito deste trabalhoprovocar o

interesse pelo assunto, na percepcao da necessidade de serem

feitas novas leituras sobre um fato interpretado e consagrado na

história local»

A extensão do trabalho, por um espacio de tempo

<» i gn if ic at i v a m e n t e 1 on go (s é c u 1 o s XV11 e X V J:II'.), d e v e u •s e à

i2
r1e c e s 1i>i da de de u111 a c 0mpa n h<ment o da t: r a j e t: 0r i a dos pe r ííío n a ge ns

e n vo lvid o s no processo do povoamento da região»

Em se t r a t:a n d a (Je 1 e it u 1‫׳׳‬a s f u n tia m e n t a d a s na

H ist‫־‬or io g r a f ia, é oportuno recorrer a CARBONELL <1987, ó),

quando indaga!! "0 que é a H i s t o r i o g r a f ia?".. 0 próprio autor

responde!¡ "Wada ma/s q ue a h i s t ó r i a do d is c u r s o - um d is c u r s o

e s c r ito e que se a f ir m s v e r d a d e ir o - que os h o m en s tê m

s u s te n ta d o so b re o seu p assad o. 0 mesmo CARBONELL <Í987, Í64)

ainda afirma que "a h i s t ó r i a se ■Faz com to d o s os tip o s de

fo n te s "‫״‬

Da problemática levantada em t o r n o db tema as

o r ig e n s do ‫ק‬o v o a m e n t o da r e g ia o de Feira <Je Santana

s e 1 e c io n o u se, Junto ao d iv e r s o s t ip o s de fontes , as qu e

P o d e r ia m c:on 1 1‫•׳‬ib u ir , p a 1-a a e 1 u c id a c:a o d a s qu e s t 0e s r e 1 a c i(‫כ‬n a d o s

ao tema.. Centralizando-se a pesquisa em fontes bibliográficas

por forca das c a r a c t e r 1'st ic a s do estado, r e c o r r e u •■•■se ‫׳‬


às fontes

P r im á I‫ •׳‬ia s como f o 1‫•׳‬m a d e c o n f ir m a 1- in f o 1‫־׳‬m a ç 0 e s o b t id a s nas fontes

bibliográficas‫״‬

As p r in c i p a is c a t e g o ‫ ־ץ‬ia s de fon tes 1 o c a 1 iz a d a s e

c o r1‫׳‬s u 11 a d a s n a s d iv e r s a s in s t it ‫י‬.‫ג‬ig;õ e s , foram ‫צ‬

.1.» A r q u iV o P ú b 1 ic o N a c io n a 1 d a R e p ú b 1 ic a dos Est ados

Unidos da i3rasil!¡

P r o V is a e s , A l v a r á s , C o n t r at o s e e t c d a A l f a n d e ga da

Í3
B a h i a ‫ ־‬Í7Í7 •■••í726?

2» E) ib 1 io t e c;a N a c io n a '1 d o R i0 de Jane i‫־ץ‬o s

Provisoes, Alvarás e Sesmarias?

[)0 c u m e n t o s I■■!ist: ó r ic;0 s ‫ ״‬i? io d e J a n e iro, T y p » Mon r 0 e ,

í 9 3 0 ‫ ״‬Vol i8 da série íóy

3» Ar c|u iV o d o E s í:a d o d a B a h Ia s

a) R oíe is t;r o de C a 1‫־׳‬t a d e S e s m a r ia d e ,.1o a a P b Ix o t o

yIegas?

Livra d(e P r o v i s õ e s Reais n9 257, íó54 :1.664

Códice 2S7?

b) e g is t r o d a tía r t a d e S e s m a r ia de Joao Pe i ot o

Uiegas das terras de It a p o r o r o c a s , J a c u T p e e

Agua Fria?

Livro de provisoes Reais 2 9‫ ח‬S7, í.654 •■■■ 1657

Códice 257?

c ) R e g is t ‫■ץ‬o d e P r o v is a o de Sua i^a J e s t a d e p o i- q u e

manda em despesa Joao Peixoto Viegas os cem mil

r e is qu e v e 11 c e cada ano com o c a r go de

t e s o u r e ir o d o s n o v o s d i1‫־׳‬e it o s dos a ç:ú c a r e s ?

Livro de Provisoes Reais nO 257, Í654 Í664

d) Rei a ç;a o do n u liie r o de f o go s e m o r a d o 1‫•׳‬e s do

!:)istrito da i-^'eguesia de Sao José da

It a p o r or o c a s do T e r ‫ווו‬o d‫־‬
a Vila de F e ir ‫־‬
a de

Sant ana ?

Í4
G ) D o c:u ffle n t o s p a r •a a H is t (5r ia d o A ç ú c a r :!

;1;n s t; it u 1‫־‬o d0 A ç;lic a r e d0 41 c:o o 1 ‫ ״‬R io de J a n e ir o ,

i 954•••• i9 6 3 , 3 voí u m e s y

4» Centro de Eístudos Feirenses da Universidade

Estadual de Feira de Santana

E mbDra e s í:ía d o c u m e n t a ç a o c o m p i i a d a p e 1o C fclN E F c a r e ç. a

de uma c 1 a íiís if Ic:a ç a o e c a í:a 1 o g a ç;a o a p r o p r ia d a , c o n s t it u i u 1«

valioso acervo para estudos sobre o tema ou para o

íJe s e n v o 1 v im e n t o d e p e s <h!.íis a 11; a f in s ‫״‬

Para melhor sistematizar esses dados, optou-se por

dividir em dois grupos a produ(;:ao h ist: or iográ-P ic a até aqui

I‫•׳‬e ■Fe 1‫ •׳‬id a ‫ '״‬a s e c ã 1 ‫״) ׳־‬o m p o s t a p oi‫ •׳‬a u t o r e s qu e n ao se c o m p i-o m et e m

e m r e a 1 iz a r e stud o s e s pe c íf ic o s s ob r e o t em a , mas que dao

i n ■í•'o r m a g:0 e s d e c a r ú t e r f a c t uai , qu e fa‫׳‬


z ia m c o n v e r g ir m u it a !1;

V e 2 ;e s , a o s pe r s o n a ge n s que v iv e r a m na re g I o ? e ssas in f o r m a c:0 e s

tornam-se úteis para a recomposição do cenário onde se

d e s e n V o 1V e r a m o s •í■'a t o s h is t ó r ic o s e s t u d a d o s «

0 s e gu n d o gr u po a q t.ii d (2 n o ‫ מו‬ir)a d o .'&£ i '&


|::ii a fcq r_i a a L'.‫־‬

i;r.S.£íS$;i/£iC.a‫ ׳־‬t r a t a de uma produção centrada no tema estudado..

P o d e -se ident ¡•Ficar ainda neste grupo, três tendências» A

P r Im e ir a a s s u m e u m c a r á t e 11 1 •‫׳‬sid 1 Q Q Q a 1 d Q D.1i a a Q t íS, e n r a iz a d a no s

te t o <:> o f ic ia Is ? a s e gu n d a , d e ca r á t e r i.a t íst ffifôCÍi.á ir:1 Q , u t i 1 iz a

in •(•'o r m a ç 0 e s d iv e r s i•í•'ic a d a s , s e m r e s o 1 v e r n e m i ov ar a q u e iiit a o y

f in a 1 m e n t e , a t e r c e ir a , d e c a r á t e r 2 a I § 1 ‫נו‬c q a p r e s e n t a o tem a s ob

Í5
u m •à n o v a p e r s p e c:t: iv a p e r m it: in d o u ina r e:1 e it:u r a do fato ‫״‬

S i nt e t: i z a m••‫״‬s e , d0s s a f 0r ma , as ‫ק‬r 0 pos i ç; 0e s qu0

motivaram e ste estudo¡!

a) as motivaçoes e mecanismos que explicam as origen s

d0 pí:íVoa me nt o da r e g I a o de F e i r a de S a ‫ח‬t a ‫ וו‬a !;

b) o espaçio que a H ist or io g r a f ia d e u ao tema e como o

m (ss m o f oi t r a t a d o y

c; > as f ig u r a s qu e ‫ ק‬r o ta g a n i:ía r a m o p r o ce s s o do

Po V o a m K n t ‫ס‬ da r e g ia o de F e ir a de S an t ana ?

d > a id en t if ic a ç a o de uma c:o ‫רו‬ ro v é r s ia na

‫•ן‬Iis t:o I'‫ ־‬io g r a f ia em torno d es s e a to 9


f‫־‬ e

e > a c o n s t a t a ç:a o da ex is t ê‫רו‬c ia de uma d is t o i-c a o acerca

do fato histórico»

E s t a b E' Ie c id o s o s o b j et iv o s d o t r a taa ih o , a o r g a n i:ía ç a o

do estudo compreende tres partes:¡

0 c a p ít u 1 o p r Im e ir o , d e car áter d e s c r it iv o , r e g is t r a

estudo sobre uma das fases da história colonial do Brasil, ou

<;>e J a r c o 1o n i a ç a o e o p o v o a ‫מו‬e n t o , qu a n t o a os m e c a ‫ ח‬is ino s

utilizados pelo Estado português para a sua concretização e a

sua prática na Colônia, dando-se uma atencíao especial à

í6
Capitania da Bailia, enfatizando-se a região do sertão»

No segundo capítulo é apresentada a Historiografia

sobre as origens do povoamento da região de !■•“e i r a de Santana,

cujos registros dao lugar a uma controvérsia acerca dessas

origens..

No capi'tulo terceiro, de caráter analítico,

f u n d a ine n t a n d o -•s e na H is t o 1‫•׳‬Io g r a f Ia , d is c u t e •••■s e a íJ is t o 1-ç a o nela

c o n t id a , n a t e n t a t iva de e 1 u c id a r a p r o b 1 e iná t ic a d e t e c t a d a , sob

os pontos de vista da m it If ic a c a o do casal. A r a u j o / B r a n d a o e do

s i lene ia n!e n t o e m t a r n o d e J o a o P e i!•!o t o M ie g a s »

Na p a I‫•׳‬t e c o r!c 1 u s iv a do 1 1- a b a 1 h o , r e t o m a ••••s e a

p r o b 1emátI ca como um todo, a t e n t a n d o -se para o tratamento do

m it o e d o s i 1 e n c io n o c o n t e ;•!t o desse estudo , como m e c a n is m o de

in c 1 u s a o , p e r p e t u a c;a o o u até m esmo e xc 1u s a o de pe r s o n a ge n s e

f a t o 1i> r e 1 a c io n a d o s c o in o t e m a o r a d e s e n v o 1 v id o ..

Diante da delimitação para esse estudo, não há

pretensão de dar-lhe um caráter exaustivo quanto à pesquisa

efetuada, enquanto controvérsia e sileneiamento de fatos tal

c o m o s ã o c o n s a gr a d o s ‫רו‬a !■•1is t o 1‫ ׳׳‬io g 1‫•׳‬a f ia o r a a n a 1 is a d a , d ea c o r d o

c o m a s t e n d ê n c ia s a c e it a s n o a m b it o d e s t e 1 1'•a b a 1 h o ‫״‬

17
Capítulo I

O POVOAHENTO DE FEIRA DE SANTANA NA HISTÓRIA COLONIAL

A pesquisa bibliográfica para a análise das origens do

(:>o V D a nien í;o d a i-e a ia o d e i‫ ״‬e i‫•ץ‬a d0 S a n t a n a ^ o b j e fco d e s te es t u d o ,

o !‫ ר‬d u z iu ^ n e ce íí;s ai‫ •׳‬ia m e ‫רו‬t:e ^ à d e l i ‫ו!ן‬it a ão de um e í;p a 0:o 9 b o gr á f Ic o

e h iliit áI‫ •׳‬ic:o no p ‫■ץ‬o c e iiiíi;a d e c:o lio n iz a ç:a o do p ov o a m en t d cio 1:^r a s i Iy

no SBculo XVII e XVIII¡, na região do sertão da capitania da

!:iahia‫־‬. E n f at iz a n d o - - s e a poWtica do !‫״‬s t a d o por t u g u e s na efetiva

o c:1.ip a (;;a o c;ia t e !'•!'■a ^ e v c:csm o d e c o i-1‫׳׳‬ê ‫רו‬c:ia d e íü1:;e p r o c e í:í;;ío ‫־‬, a

e ‫;■ג‬p a n 1;ía o t e r r‫־‬it o r ia 1 , p 1^‫׳‬o c u r‫׳‬o u ••••s e 1 1'•a c:a !'‫ י‬u m ‫ן‬:>a n o 1^•a n!a do p r‫׳‬o j e t o

de c o 1 o n iz a ç:a o ^ c a 1‫ וו‬ir!1‫ ר‬a n d o a pe q u iíiía !:>a r a a H c3e a i iz a g:a o do

,nIo m e !‫ וי‬t o 1‫ ר‬i1:11 (Sr ic ■:) q u e r e g i s 1 1‫״‬a a <!> o r‫ ׳‬i g e n !!; do p o v o a n1e n t o da

regi a o f o c a 1 iz a d a ..

i 0 ‫״‬ povoam ento das te rra s do ¡:h'-asil no p ro jeto c o lo n ia l

port uguês

No p 1'•o c e íi s o de e xpa n s a o do i::! t a d o po r t u gu e s , no íií é c i.!! 1 o

XU y |:í a I‫■׳‬a o íií e u p 1e n o d e s e n v o l v i n1e n t o , ca 1o n i z a ‫׳׳ו‬ as t e i‫ ״‬i‫ ״‬a íí; do

1:>I'■a s i 1 t'•e p 1^•e 11;e n t o u •i in p r o I:; 1 e n! a , !:)ela c o n c e n t !‫■׳‬a t; a o de i ‫ רו‬t e 1‫ ׳׳‬e s <;í e 1:;

e n1 ou t r o í!; e !•>!:>a ç: o s •••■ a !;;i a e 4f r ica ‫■•־‬


■ c uj a í:;í g n i f i ca ç a o e c o 01 ‫ «רו‬i a

t o !‫ רו■׳‬a Va e s 11;a s á 1‫ '׳‬e a s p í'• i o !'■ i t á r‫ ׳‬i a p a r‫ ׳‬a o E s t ado p o ‫•ץ‬t u g u ê s ‫״‬

A g r a v a - ‫־‬s e a situaí1:ã0y p e la s co n stan tes in v e s tid a s de

í8
out ra s naçoesy a exemplo de F'r an ç;a, In g la t e r r a e Wol anda y no

5i'■i o
{: e r I'•i t; ( br‫ ׳‬a s i 1e i ‫•ץ‬o , e i 3 i 1‫ר‬do do E:!s t a do po 1'■t u s ue 5 ‫ וו‬ov os

e mpr 0e nd i n¡en105 para a defe í;ía da t; e r r a ^ 0 qu0 0c 0r r0‫׳‬ü

i n i c; i al n¡ent e a tra v é s de e;‫׳‬q:!ed i ç: cies y as quais nao solucionaram¡, a

í::o nX. e nt o ,• a q!í e s t i! o de defe s a do t e r 1


‫ ־׳‬i t <
5r i o ‫״‬

A a 1 í: e r n a í : i va ma i s vi ável e ma i s e c o n om i c:a f o i a

c o l an i za(i:ao y que como d es d o i: > r ament: o da expansão, tan to s e r v ir ia

para s o lu cio n a r o p1‘' 0 i : ) i e m a de defesa, como a r t ic u la r ia as te rra s

do B I ‫•׳‬a s i 1 ao e m p !‫•׳‬e e n d i 1‫וו‬e ‫רו‬t o c o m e ('■c: i a 1 !:>o r t u g u ê

á nesse co n tex to que se in se re m as C a p ita n ia s

!•■
íe r e d i t á 1'• i a íí; , c o ino p r i me i r a : p 1‫■׳‬e ;511;a o
e ‫■ג‬ da e mp r e ii; a í:: o 1o n i z a d o r a .. 0

i::: ü; t a d o po rt u gu e s o !‫ כ‬j e t i v a v a , pe 1o p o v o a ‫ !וו‬e ri t o , c: o ‫ רו‬í:í o 1 id a 1'• a

c o n í:1u i íiit a do t: e r r i t: () io bra s i 1e ir o

A f I‫■׳‬a g i 1 idade •F i n a n c e i !‫•׳‬a d cí i‫ ״‬s t a d o p o 1‫•׳‬t u guê s p a i‫ ׳׳‬a

V i ai:) i 1 iz a r as a lta s despesas da c o lo n iz a c a o foi uma das razoes

m ais s ig n ific a tiv a s para a a p lic a c a o y no B ra s il do reg im e de

C ap i t an i a s H e r ed i t á r i a s ‫״‬ ií e c o r r e n d o à in ic ia tiv a par t i c u 1a r par a

co lo c a r en! p rá tica a tao d if íc il em presa da c o l on i z a c a o ,

1 1'■a n <•;f e i'■ i a in s e a d e s p e s a íí do 1‫ ״‬s t ado !:>a ra um e mp r e e n d i ine ‫ רו‬t o

i nd i V i dua 1

Sendo o siste m a de C a p ita n ia s l-iered i t á r i a s Já

e K p e I'• i me ‫ רו‬t a d o !:>o r P o 1'•t !í g a 1y em out r as á 1‫•׳‬e a 5ü ííí o b o <1;e u d o m ín i o y

no B ra s il y asslste- -se a sua adaptag:ao.. C a r a c t e r i zava--se o re g im e

p e la c e s íií a o de a 1gu ns d i 1‫•׳‬e i t o ;;í r‫ ׳‬é g i o aos d o ‫ רו‬a t á 1'• i o íií , tai s c: o 1«o ‫ח‬

í?
!11 i n i s t i'■ar a J us t i ç:a y d i st: i'■i bu i r t: e ‫•■ץ‬
1‫׳‬as de se sntarias;! a!'•!'■ecadaí‫״‬

0s d í z i i5íos e f unda 1‫ •׳‬pov oa ç: oe s ‫ ״‬Re pr e s e ¡‫ר‬t: a v a un!a nie d ¡ da !:>r á t: i c: a ^

P e 1o •Pa t o d0 pr o mov c?y o p ov oa 111e ri t o e o de í;>e nv o 1v i 111e nt: o cí a !;j

t e r r a s r mant end (:)••••se o senhor i 0 ‫ ׳‬e a Jurisdig:ao do re ¡ naquelas

areas ‫״‬

D e n tre os o b j e i: i v o <h d e <:í í:; e s i s t e 1«a , d e v e ••••í:í e a 1 ien t a r• o

da d efesa da ■:erra,. :[sso pode ser com provado p e lo eí 1 r P o r g ; o

1 n i c: i a 1 dos dona t á !‫■׳‬i o üí no p o v o a me i‫׳ !״‬í: o ‫״‬ Mu i tos c o 1o n o 3 a t r a íd o

!:>e 1a c o ‫ ויו‬c e s ;:í a o de te r y a s de s e í:í ma r i a s e p e la po s s i b i 1 i dade de

e í-í p 1 o I- á ••••1 a s y em n! u i to c a n 1 1- i bu i ra m pa 1
'•a a c o \\c !'•ei: i:2a ç; a o ci o iii

ob jet: i v o ci o s i 11>t e n1a ‫״‬

l‫״‬i á a i ¡•‫ ן‬d a a í:: o ‫ ויו‬s i d e ra r qu e a e >; p 1 o r•a g: ã o e c o n 6 iií ica y

a s íi; o c i a d a à e t r a g: a o do pa u ta !'•a s i 1 e ao c: !.a 1 {: i v o da c ana de

acucar, eram a tiv id a d e s lig a d a s ao s iste m a , conti'• i b u i n d o ,

tam bém , no seu c o n ju n to , para a de^Fesa do te rrito rio ..

A dotado a re g im e no B r a s il, no re in a d o de D.. Jo ao I I I ,

sig n i^ ric a v a uma ■Forma de g a ra n tir a posse da terra.. H artim

A-Fonso de Sousa, na co n d irã o de con !and ante da e x p e d içã o dei 530,

in ic io u a c o l o n i z a c a o no !:?ra sil, p a r t i n d o de Po rtugal em 3 de

dezeiiibro d a q u e le ano.. Recebeu trê s cartas ré g ia s durante sua

a t u a 0: a o c o mo co 1o n i e a d o r .. A p í‫■׳‬i me i r a t í'■a t a v a da 1:>u a r1o me a ç a o

c o mo c a p i t a o •‫ ״‬mo r da a r ma d a e das t e r ‫ ׳‬1‫•׳‬a s <:!u e des cob r i s s e ,. 1'‫ י‬e 1 a

iii e g u n d a , ‫•ץ‬e ce b ia a !.11 o r i z a g: a o p a í- a n o me a i‫•׳‬ o •F i c: i a i íü de j !.11‫ ;ג‬í: i ç: a

para a boa adm i n i s t r a ç :ao da te rra , e, a te rc e ira ca rta r^égia

d a v a - l i 1 '‫־‬e p erm issão para d is tr ib u ir sesm arias aos que q u ise sse m


perm anecer no lu g a r‫״‬

O í:: a b o de 8 a !‫ ר‬t o Ag o s t inho , li tor a l de P e r n a mb u c o ^

consta como o p rim e iro ponto de re fe rê n cia da chegada da

e x p e d içã o de H a r t in Afonso de Souza em Í 53i ‫״‬ D a¡', d i r i g i u - ‫׳‬s e

para a B a h ia onde perm aneceu por um mês, p a r t i n d o em se g u id a

para o R io de Ja n e iro " aí foram e1‘‫־‬g u i d o s "u n ¡ a ri- a ia i e uma casa

­‫ק‬a 1'■t e " 1 ‫ "•״‬i ‫ ח‬a 1 me ‫ ח‬t e ,■ d i !'■ i g ¡ !.1‫■ ג‬


••‫ ;!־‬e à 1‫ ׳׳‬e g i a o de Sao Pau 1a ‫״‬ onde

ergueu uma v ila que levo u o n 0 i)!e de Sao U icen t e ‫״‬

Da t a d e 1;í s a é !:>o a a i n tro d u ça o !:i a c a na d e •■



‫־‬a ç.u c a ¡‫י׳‬ e a

con stru ção dos p rim e iro s engenhos 0 ‫ ״‬seu reto rn o para Portugal

d eu••■■s e em meados do ano de í 533‫״‬

0 íii i g !‫ וי‬i •F i c: a d o da e >; p e d i ç a o de M a i-1 i n¡ A •Pa n od e Sou a

e í;í t á ‫ ויו‬o •Fa t o de te r i 1-1c e n t i v a d o a i ‫ ויו‬t e n ç a o da po 1 (t ica de D‫״‬

Jo a o I I I y em ad otar o sisten ta de C a p ita n ia s H e re d itá ria s no

iíra s i 1‫ז‬ no s e n t i do de v i ab i 1izar a c o lo n i zag;ao‫״‬

A in d a com a p e r n!anenc i a de M artim A^Ponso de Sousa, ■Foi

or de na da a d e 1«a ¡'‫ י‬c a c a oy po r D‫״‬ ^J o a o ]: I ] [, d a iii t e r r•a 11; d o B r‫ ׳‬a s i 1 em

c a p i {: a 1•! i a s , a c o m p a n !‫׳‬i a n d o o 1 i t o !'‫־‬a 1 de Pe r n a mb u c o até o r io da

P r a ta ‫״‬ Som ente a p a rtir de 1. 5 3 4 , ê que com eçaram a ser e x p e d id a s

as c a !‫•׳‬t a 1;> de d o a g; a o aos a p it aes d o n a t íá io s, s e n do D u a 1'•t e

C o e lh o , o p rim e iro a ser b e n e ficia d o com ca rta de i<ií de m arco de

Í 534‫״‬

e.s s alte ■•••íí>e , <:!u e mes íy!o se trata n d o d e a m p 1o í:; !:>o d e r e í:>

2i
e !‫ווו‬ ‫וו‬a o í:í do s do‫רו‬a á r ¡ os ^ os ¡ í:;t;e 1‫וו‬a nã o e ‫רו‬t:r a v a e m c o nt r a d i ç a o c o ‫ווו‬

Q c a r áte r c ent i‫״‬al izad o r da p 01 í t i c a por‫׳‬t a ga e s a ‫״‬ O ca p i t ão

d on atário e x e rc ia o poder em nome do l^ei e a e le d e v e ria p re sta r

contas da vida s o c i a l , p o l í t i c a e econoniica da C o lo n ia ‫״‬

A pr e !:ie ‫ויו‬ç. a do I:•s t a d0 p0 t u guê s‫ויו‬a c: 0 10‫ רו‬i z a ç ã o ‫כן‬ode ser

V e ‫ •ץ‬If ¡c a d a ‫רו‬a a t u a ç:ã a d o ti; d o n a t á i'• io s , n o t o c:a n 1 1 ? à b ;•í<?c;u ç a a d a !¡;

atribuições contidas nas cartas de doaçao e forais‫״‬

Na s c a r‫־‬t a 5 de doac a o de c: a p i t a !‫ ר‬i a , a C o 1'‫־‬o a po rt a g a e s a

í;: e d i a a a dan a t á r Io u m ‫ רו‬ú tne r o í:1e l é g u a í:í d e t e r ¡'-a !:>e i'■!n 11 i n d o 11‫ ר‬e ^

i n c lu s iv e ? j u r i s d i ç;ao c iv il e c:r■ i m i n a l ‫״‬ C onstava a i nda

a í: i- i I:) u i I‫■•••■׳‬1 ¡‫ ו‬e p o d e !‫ •׳‬p a t‫■׳‬a í: o ina i- p o ;;í se da t er r a y us u■


í•1- i i‫׳׳‬ das u a íi;

rendas e de todas as c o is a s compreendidas na doacao»

N e í:í íii e c| u a d i‫ ׳׳‬o ^ !‫ וו‬e í'■e c e !.i m t ¡'‫ י‬a t a me ‫ רו‬t o e íü p e c; i a 1 o i'■e g I ‫ ווו‬e

de se sn ia ria sy p rin c ip a l siste m a a g rá rio no B1‘- a s i l c o lo n ia l‫״‬

C ar a c t e r i zava--se p e la cessão do uso da te rra y cu jo in stru m en to

Ju ríd ic o era a" c a r t a de sesm aria"^ um dos docum entos que

d i íi; p !i ‫ וו‬h a 1 ‫ווו‬:; o b !‫■׳‬e a ci i s 1 1'■ i b u i ç: a o do so 1o b r‫ ׳‬a s i l e i r o ‫״‬ E ini:>o r a e s 1:í a 1:1

ca rta s co n tive ssem nornias d is c ip lin a re s que re fle tia m re a lid a d e s

e i n t enç:ííes y na pr á t i c a ta is n o r ‫ווו‬a t i ;í a c o e s t e r m i n a v a m y por

Vez e s y p o 1•■ s e r‫ ׳‬e ‫ווו‬ c o n 1 1‫ ״‬a d i t í5r i a s e t u mu 11 u a d a s ‫״‬

As p I'■ i !‫ וו‬e i r a s e s !‫ וו‬a r ‫ ׳‬i a 51i í;í !.1í- g i !'•a ‫ ויו ווו‬a P e !‫וי‬ )‫ רו‬íií u l a I bér i c:a

í;í u t‫ ״‬a n t: e a R e c o !‫ ר‬q u i s t a y já e ist indo e ‫ווו‬ P a ‫ יץ‬t u ga 1 na ;;;e g u ‫ רו‬d a

{:! é c a d a da i1>é c !.i 1 o X 111 ‫״‬ No 1:>é c u 1o X I y ( í 375 ) y ‫ רו‬o 1‫■׳‬e i n a d o de i!) ‫״‬

t■
■' e I‫ רו•׳‬a ‫ רו‬d o I y est e s i í:í t em a f o i ‫ רו‬o r1‫ ו! ׳‬a t i z a d o í;í e ‫ רו‬c! o seus p r i ‫ ויו‬c í !:> I o íií

22
aplicados no B r a s i l até a Lei n9 6 0 i de 18 de s e t:e 1!)i;)ro de 18 30‫״‬

R e sp e itan d o as devidas mod i f i c a ç õ e s ‫ץ‬ ore g ir ! !e

s e i:i !:1 a r i a 1 m a n i: e v e •••• s e f i e l a 0 s 0 bJet iv 0 í:I í:) i::: s t a d o ! ¡ a t e 11 ■‫ ■'׳‬a na o

c u ltiv a d a s e ria d e v o lv id a à Coroa., Is to ju s t if ic a v a a

ob r i g a t o r i e d a d e d 0 c u 1 1: i v 0 e 0 a !:>r 0 v e i t: a nt e 1 0 ‫וו‬ c 0 m0 c 0 nd i ça0 de

posse.. Dessa fo rm a , o regim e se sm a ria l estava d ire ta m e n te

associado ao a p r o v e 11 a m e n t o da terra.. i:;!s t:a fo i a sua fconica e

d e n tro da compreensão do i"stado, como f o r »!a de v i a b i l i z a r a

c o l o n i z a ç a o ..

1;íi per t i n en t e ^ !‫ ר‬e s e ni o ns e n t o , r ‫ ׳‬e 1 a c i o 1‫ ר‬a 1■‫ ■׳‬o c o ‫ ויו‬t e ú d o d a ü;

c a rta s de sesm arias!:

a ) no r ma s j u r‫׳‬ íd i c a íi; ?

b ) n o !‫ ¡ו‬e <:i e t í t: u 1 o !5 d o íü o u t □ ‫■ץ‬g a n t e s , de se u <s

i'■e p I‫•׳‬e s e n t: a n t e s e do e 1;; r iva o ^

c. ) id e nt i f i c aça o d o ;1; s e s me i ros ( u n! ou n¡ a i s

r e q u e r en t e s , 1u g a r de mor ad i a ^ qua1 Idades e

títu lo s y esses ú ltim o s ale g a d o s g e ra lm e n te para

ju s t if ic a r o p e d id o )^

d) a te r r a (extensão pedida e ej-ítensao !'■ecebida^

l o c a l i z a ç: a o y q u a i i d ade:, conf r o 1 a n t e ;:í y !.‫! ג‬:í o •r e i t o ou

p r e t o^nd i d o )

¿3
B) c 0!1;>1‫ !״‬ç; õe s de obt enç/io e í:1e 0r! e r v a ç:a 0 da t: e r t'■a ‫״‬

c u ltiv o (prazos para in i c i a r ) ¡ : r e g is t r o da c a rt a ,

wed i çao y demar caç:ao, conf i r maçao r ég i a ^ pagament o

do díziniOy pagamento do foro ( a p a r t i r de 1699 ),,

in vestig a çõ es pelas camaras lo c a is y data e lo c a l da

a s s in a tu ra da c a r t a ‫״‬

Ton!é de Souza¡, p rim e iro governador geral da C o lo n ia y

{:: o n c e í:I e u s e s ma r ‫ ׳‬i a íü p a !'•a a pr o v e 11 a !« e n t o da t e 1‫ ״‬r a e ¡'‫ י‬e 1!>p e c t i v o

a !;>a í:í t e c;: i me n t o y p 1'•o n! o v e n cl o t; a mb é n! ^ a vi nda de ga do da 1 1h a de

(:‫ נ‬a b o Ve de , c uja s ine d i d a 1:>^ e n t •re o u t: r a s , f a z i a w ••••s e ‫ רו‬e c e s 1:; á 1'■ i a íü k

n1 i 1:i 1!i ã o co 1o n i z a d o i■‫׳‬a .. A t e n d e ‫ רו‬d o a r d e ‫ רו‬s da ‫ ¡זו‬e 1 1‫ ׳׳‬ó p o li e , 1' o n! é de

S o 1.i z a >
. d e t e 1'•1» i ‫ ח‬o u <:!a e as 11;e s ma !‫ •׳‬i a í:í f o s sen! e n ?: 1^■e g u e s a I'l o m e n s de

o 1:; s e ü; ‫־‬, c.a p a z e í:;, !:>o r t a r>t o y de p r o p o r‫׳‬ i o n a r‫׳‬ ;;;e g u r a n g: a a o <1;

‫( ו!ו‬:} r a d o r e <
;> e ci e ;li e ri v o i v e r e c o n a u! i c: a ‫ ווו‬e !‫ וי‬t: e a (!‫ נ‬o ‫ג‬ 6 ‫ רו‬.i a ‫״‬

Uma das e x ig ê n c ia s d entro do sisteiiia de doaçao de

sesm ariasy era a obr i gat c r i edade do seu c u ltiv o , o que iin p lic a v a

‫ ויו‬u lii a d i s c !'■ i m i n a ão e 1 1‫•'רו‬e a qu e 1e s <:‫ ן‬u e a i‫ ׳׳‬e c e b i a !«, u ma vez que o ;1;

m e io s para e x p lo ra r a te rra é que iria m g a ra n tir a posse

d e fin itiv a do s o lo ‫״‬

No que d iz re sp e ito à adm i n i s t r a ç i ã o do Eiras i l em fin s

do íii é !:: i.i 1 o Xy I , c o liic:j I‫•׳‬e íii u 1 i: a d o • da a c; a o í;I a 11; (!) a p i t: a n i a s

H e re d itá ria s e do Govei-no G e ra l, d e v e - ‫״‬s e c o n sid e ra r a p rá tica '

P o I‫•׳‬t: u. g 1
.i e 11; a de d iv id ir p a í‫ ׳׳‬a p o v o a j'■‫״‬ i!) e ‫ ;;׳‬s a f o rma, p e la

d i v e r1‫׳‬:; i f i c; a c a o de u n i d a d e 11; a d 11! i n i s t !•‫ ׳‬a t i v a !1;, o 1‫ ״‬s t ado p o r‫ ׳‬t u g u e 1:;

V i 11;a V a ci e 11;b 1'•a v a r o t: e 1-1‫ ׳׳‬i t á 1‫■׳‬i o e , e m c o 1‫ ר‬ü>e <:!u ê n c i a , e >: p 1 o r á 1o

24
Em todas as áreas onde se deu a concessão de

sesn!a!‫■׳‬ia s , a s e 1 eç a □ d a q u e l e s que as r eí::eb ia m •••• s e s m e ir o s •••■

e !•>t a V a s u b o r !:i i1‫ ר‬a d a à po s e d e r e c u r s o íí ‫״‬ !■‫י‬o 1‫•׳‬t a !‫ ר‬t o , nia iíí>

significativo que a posse da terra era o seu aproveitamento

i e di a 1 0 , c o n ■P ig u r a n d o 1!
;e ^ !:>a r is s 0 !11 e 1;
ín!o , u n1a c 0 n c e !;ííí;a o

d is c r im inaí: ór ia ..

[)e c:a r i‫׳׳‬e n t e da po se , o b t i‫רו‬h a cj s e s n!e i!‫•׳‬o ^ 1•


•e 9 a 1 ia s r

P o d B i'■y p r e s t: í g io e t'■e 1;>p e it;a b i 1 i d a d e .. 1■'a d e r ia o seu p r o p r ie t á r io

e p o r t:a 1■• <1;e u si p r o d u t o íí;, paga n d o a p e n a !!> a <1;ií;ía a 1‫ ״‬d ir!á 1‫•׳‬ia , e

n e g o c: ia!'• 1 Iv í‫•׳‬e ine n t e c o m a s o li1 1'■a í;> c a p it a n ia íií i‫!וח‬:>o r t a ¡‫ ״‬a !'•t: i g o e

produtos portugueses sem onus, com e xc ec ao do dízimo,. Er‫׳‬a m

t a n1!:)é m is e n t o ü; cie t c d o 1!; o í;í o u t r o s i155p a s t o íü nao c o ‫רו‬üí•t a n t e s cia

carta de doaçiao e do foral da capitania que der‫׳‬a or i gcím à

s e s m a r ia ‫״‬

1:)e a c o r d o coiii a s Ordenações !•"i 1 i p in a s , a s sesmarias"

"são propr iámente as datas ds teíTCas‫־‬


casais Qu eacdieicos‫ ־‬sue focew q u sae
de aIsuQS seQòocios* e sue dá em outco
temBQ focra® lavcadasx e aecosíeitadasx e
Ü90CS Q 030 sae- as quais terrasr e os
bens assim danificados e destru 1'doSr
podem e devem ser dados de sesmarias
pelos Sesmeirosr flue para isso forem
ordenados. E a Nós smente pertence dar
os ditos sesmeirosr e os pSr nos Lugares
onde houver terras^ ou bens de raiZr que
de sesmaria se devem dar. E se as
terrasr onde se as sesmarias houverem de
dar, forem fore iras, ou tributárias a
Nós, ou à Coroa de nossos Reinos, quer
se os foros, e tributos arrecadem para
Nós, quer para outrem, a quem os tenham
os dados, costumamos dar por Sesme iros

25
OS nossos Almoxarifes dos Lugares^ ou
AJmoxar ifadosjr onde os tais benSr ou
terras estão."( « ) ( i )


‫■ן‬I‫■׳‬a í; a V a -■s e ci 0 qu i n h a o c! e t e 1‫■'! ׳׳‬a on c e d i í:i í:ü e ni á r e.a ííí

i:i e V o 1u t a iii, c: ó m a d i 1‫ ־׳‬e i t: o de píe r! o uso a f i !!! de <


■>e r ¡sm cu 11; i v ada

ou m eílhor v a lo riz a d a s p e la a g r i c u l t u r a ou p e c u á ria ‫״‬ D everia

P i‘■o p o I'•c io n a r ‫■ץ‬g>n d in!e n t o 1:; e in f a v <;5‫•ץ‬d a C oroa p o 1'■t:u g u 01 :;a , p e 11o

r>a g a ni e n í:o de d íz i5«o s e q u i‫ויו‬to s ‫״‬

O C a p ita o cama d o n a ta rio ■


••• d e v i a r'ep artir■ as te la ra

B 1‫׳‬n s e íi; 1»a r‫׳‬ la , ci i í:í t: 1'■ i b u i n d o as a p e 11;s o a <:í qu e f o <1;1!; e 111 c; í'• i s t a s , s e in

­‫ ק‬o r a , s a lvo o d íz im o de Dsus à Ordem de C r is to ‫״‬

O e me i i‫ ׳׳‬o ^ ‫ ויו‬a c: o n d i c: a o de b e n e f i c: i á 1'• i o da c: a n c: e 1!; s a a

fic a v a p o ssu in d o a te rra sesm ada coma c o is a própri a para e le e

p a í‫■׳‬a o íii í;; e u !:i í:í u c e ifi s o r e í;; !:>c¡ d e n d o t! i s p o 1'■ d é la 1iv 1'■e !« e n t e ^ n o q !.‫ ג‬e

d ife ri a da c a p ita n ia ^ já que esta tra ta v a de um d ire ito

a d mi n i s t r a t i v o 1 ‫^•״‬a i'• c o 1i t a da () 1‫•׳‬d e n a g: 0 e ;1; H a n ú e 1 ina s ^ o e íi; me i i'•o

era obr i gado a a p ro v e ita r a d ita te rra dentro do prazo fi;;a d o na

c a 1‫■׳‬t a >
• ü <:!u e g e 1‫•׳‬a 1 1!1e n t e naa u 11 r a p a iíí !!; a v a c i ‫ רו‬c o a n o í;í ^ ¡a e í;; vno no

caso de am issao do prazo na c a r t a^ sob pena do pagam ento de

c: e i‫•׳‬t a !‫ וו‬u 11 a e ti e 1 !‫ וי‬e se r re t i 1‫•׳‬a d a a t e !'•!‫•׳‬a O s e í:; me i 1‫•׳‬o i:>o d i a

t ambém sol ic it ar sesm ar i as d i r et ament e a I... i s b o a ,a l egando

s e ‫■ץ‬V i 0: o Si p i‫■׳‬e s t a d o s , e ‫ רו‬t r e o s <:!u a i s : , o da gu e rr a ao \n d io ‫״‬

T r a n s c r eve--se um trecho da "C ai^ ta de 13o a c a o da

Cap i t an la de i■
^o r t o S e <;iur 0 " ^ que i 1u s t r a a e s pee i f i c i d ad e da

sesm ariay para que m e lh o r se com preenda o seu fu n cio n am en to

26
l e g a l !1

"O d i t a CapitãOrnefíi os que após e l l e


v i e r ear não poderão tomar t e r r a alguma
de sesmaria na d i t a c a p i t a n i a para si
nem para sua mulher nem para o f i l h o
h e r d e i r o d e l l e , antes d^CÍQ e eedecfe
d ic e cs Bs ctic tQd^s as d ita s teccas de
ses@at:iã a auassausc eesseas de gyai3uec
9uã lid a d€ s coQdicães 9ue seJao e Ib e
caceeecjt ilvceseate^L se® £âce ae®
d ic e ííQ âlsufflt sQweate q úísimQ a Oeys
sue s e tfe obciasdQs de eaaac a ôcde® de
tudo e gue aas d ita s teccas tiQü^ec^
sesuada é declacado qq fo c a i e eeia
®esffla ®aoeica a§ fiodecfe dac e c e e a c tic
EQc seus filííQ s faca do èíecsade e a ssi®
eoc seus ea c e a te s , e porem aos ditos
filhos e parentes não poderão dar mais
terra da que derem ou tiverem dado a
qualquer outra pessoa estranha e todas
as ditas terras que assim der de
sesmaria a uns e a outros será conforme
a ordem das sesmarias e com obrigações
delias as quaes o dito Capitão nem seus
sucessores não poderão em tempo algum
tomar para si e para sua mulher f i lho
herdeiror como dito é, nem polias em
outrem por título para depois virem a
elJeSr por modo algum que seja, somente
as poderão haver de compra verdadeira
das pessoas que lhes quiserem venderr
passados oito annos depois das taes
terras serem aproveitadas e outra
mane ira não"u (k ) <2)

ii;:n fa }; i z a n d o o s i s t emad e sesm arias g ra tu ita s ^ como seu

c o m p 1 e 1lí e n t o i ‫¡ ח‬:i i íü p e ‫ רו‬í:í á v e I ^ P o 1- 1 !a g a 1 !:>a 1:í 11;a v a p a 1'•a o í;í p a 1‫ ״‬í: i c: u 1 a 1‫■׳‬e üí

a oc:upag:ão das te rra s , coma uma form a de s u p rir a sua

i in p o s s i b i 1[ i d a d e ■F i ‫ רו‬a n e i r‫ ׳‬a , n u !¡‫ו‬ mo !‫ת‬e n t o e ‫ן‬1‫ ו‬q u e u !'■g i a g a 1‫■׳‬a !‫ ו‬t i r

sua p o siçã o nas ín d ia s O rie n ta is.,

i:)e acordo com a Carta■ de [)oaçao, as sesmarias só

p o d e r i a 1‫׳‬n s e i‫׳׳‬ 1 1‫•׳‬a ‫ ח‬íií f e 1'■i d a o u a "i i e n a d a s a p ó is t r i s anos a c o n t a 1'•

27
d a í:!a t:a d a d o a g:a o o !‫•׳‬ig i‫וו‬a 1 ‫ ״‬P r o ib ia s e• a o í:; gd v e r ria d o r e c a n c:e d e 1■
‫״‬

margados(«) a si prcSprios ou a seas f i l h o s ‫ ״‬Eiii se tratando da

legitimidade das sesmarias deve;-se recorrer às Ordenações

Manuel inas e 1•■i1 ip iñas que regul avam a sua d ist r ibu iç:aoy

atentando para urna das e>: igene ias impostas aos que recebiam

sesmarias na Colônia, que ©‫ » ץ‬o de residir no B r a s i l ‫״‬

B e gu n d a o R e g i m e n to (i e T a mé de S oa s a ( 1548)? os

requerentes de sesm arias d everiam re s id ir na c a p ita n ía por trê s

anosy tem po em que nao p o d eriam d is p o r da te rra sem a u tor i zaçao

do c a p i t: ã o •••■g o V e r‫ ׳‬n a d o !‫״ ״‬ E !:i g o t a d o e íü s e !:>1'■a 2; o y cons 1 1‫ ״‬u íd a a í!;

I:) e n t e i t o i'• i a í> , p o d e 1‫■׳‬i a 1‫וו‬ d e s f a 2; e 1‫■••• ׳׳‬s e <:i a t e 1'•!‫•׳‬a ^ can f a 1‫ «!■׳‬e s e a ;:í

i ‫ ח‬t: e I'■e is 11;e s c o n! o c o is a p r d !:>r• i a !■;u a e p le n a I íüe n ç a o 1' ‫ '״‬r a n 11;c !••e v e ••••s e

1.i!!I t r ec ho da q u e le R e g i 1‫ וו‬e n t o cj u e i 1 u s 1 1‫■׳‬a e 1;; s a c ond i ça o ¡:

"Tanto que tiverdes assentada a terra


para seguramente se poder aproveitar^
dareis de sesmaria as terras que
estiverem dentro no dito têrmo, às
pessoas que vo-las ped irem, não sendo Já
dadas a outras pessoas que as queiram ir
povoar e aproveitar^ no tempo que lhes
para isso há-de-ser not 1 ■Ficado, as quais
terras dareis livrementer sem fSro
algump smente pagarão do d/^isio à ordem
de Nosso Senhor Jesus Cristo^ e caffl 3S
coadieães e obcisaeses tfe fo c a l dado às
ditas teccrasx e de miaba Qcdeaasio^ ao
guacto livco^ título das ses^aciasx com
coQtíieees gus cesida aa eovoasao da dita
Babia ou das teceras gus Ibes assim focem
dadas tcês aoosx deatco do gual temeo as
030 eodecão veadec^ aem eoláeacx e 030
daceis a cada eessoa mais tecca gue
agüela gue boameate^ e seguado sua
Bossibilidade^ vos eacecec gue eodecú
aecoveitacx e se as pessoas que Já
tiverem terras dentro no têrmo assim
aquelas que se acharem presentes na dita
Bahiar como as que depois forem a ela,
dentro no tempo que lhes há-de-ser

28
not ificado, quiserem aproveitar as ditas
terras que Já tinham, vós lhas tornareis
a dar de novo, para as aproveitarem, com
a obrigação acima dita, e não indo
alguns dos ausentes, dentro no dito
tempo que lhes assim há-de-ser
n o t ificado, aproveitar as terras que
antes tinham, vós as dareis, pela dita
maneira, a quem as aprovei t e ; e este
capítulo se tresladará nas cartas das
ditas sesmar ias.(, v:•k■) (3 )

R e f c) I‫•׳‬g: a n d a a !:>o üí i ç.a o d os í;í o n a t: á i‫ ׳׳‬i o 1 1 ; ! ‫•׳‬ts g i <1;1 1‫ ׳׳‬a S C i-l WAR TZ

<1 9 8 9 . 2 3 0 ) 1:

"As pr ime iras doações de sesmarias na


Bahia, que impuseram a condição de que
os engenhos fornecessem armas e defesa,
podem ser vistas como um reconhecimento
da função militar dos senhores de
engenho pione iros. Para eles, isso era
um símbolo de que sua posição na
sociedade baiana era análoga à da
nobreza em Portugal".

Da mesma form a que o d a m ín ia ú t il da te rra era

i gênc ia in ic ia l adat ada pel a Coroa para conceder sesm ar í a . a

ua i m p 1‫ ׳׳‬o d u t i v i d a d e e a !‫ ג‬a ‫ רו‬d o n ci er am o n d i ç: cí e í;; p a í'•a

d e s a Pi'■ o pi‫■׳‬i ac: a o ..

^J ü ‫■ץ‬i d i c: a iii e ‫ וו‬t e . e i s i: i ‫ רו‬d o o a p r‫ ׳‬o v e i t: a me n t o í:: o ‫ רו‬t ín !.‫ ג‬o o

t r a i:) a 1 !‫ ר‬a d o r a í‫ ׳׳‬e t e !‫ ׳״‬i a i r! d e f i n i d a me n t e , 1 1‫ ׳׳‬a ‫ רו‬íü f o r ‫ וח‬a ‫ רו‬d o ••••a e n1

!:>i- o p I‫■׳‬i e d a d e a lo d ia l ou e n f i t e u s e ..

O term o alodial tem sua o rig em no la tim n ied ieva

‫ ״‬a l 1od ia le " e s i gn i f i c a a c a r a c t er ís t ica da propr i edade 1m ó v e l

1 i VI'• e de •Po r‫ ׳‬o , v i’n c u 1 os y j:>e n ;!>0 e e Sn u s ‫״‬ !■‫י‬o r‫־‬ s !ia vez .

29
enf it euse y segúndo o D ire ií:q Civil, é o d ire it:o real a 1 ienáve 1 e

t ‫■ץ‬a n s iv!i<:><;>ív e 1 a o s h e r d e ir o j, e qu e c o n ■Pe r‫׳‬e a a 1 gu é 1!; o p 1e n o go z o

do imóvel mediante a obrigaçao de nao det er iorá■■■■!o e de pagar um

faro anual y en¡ numerario ou eir! frutos» A su a função social

estava em assegurar os bens e a produção contínua da t e r r a ‫״‬

Na sua gênese-y a sesn iar i a r e fere-se à form a do d ir'e ito

de l i a con c e d ido pe I o po d e r pu b 1 ! co cl i re t a lii e n t e c o ‫ רו‬d i c: i o n a d o à

v a l OI-i r a ç ã o eco n o m ica‫״‬ Daí percebe--se que receber te rra s nao

1:
;i gn i f i {::a V a a p e ‫ רו‬a s uin benef !‫׳‬ io y ma s am c oi:■!p!'•oin is o !:!e

v a lo riz á - la em prol do "bem comum‫״ ״‬

Com re la ç a o à le g a liz a c a o dos i s t e m a de s e s m a r i a s ‫־‬,

i‫ ח‬i c i a l m entey eram re g id a s p e la s O rdenações M anuel i nasy mas

üi o f 1'■e i- a m mo d i f i c a c: o e iii a p a i'■t i ! ‫ ■׳‬d e 154 8 y c om o R eg im e n t o de 7' o 11‫ ו‬é

de S a u z a..

‫ זי‬e n d o s ido as p r‫ ׳‬i 11!e i r a <i> í:i o a c: 0 e s f e i t: a c; o n f o 1'■me as

d e t: e I‫•׳‬m i n a ç; o e ;‫ג‬ £:i o s '’‫ '׳‬f o r a i s ■


‫ '׳‬, C a i'•t a s ci e D o a ç; a o e O !‫■׳‬d e n a c o e s do

líe i n o e R e g im e n to sy esses atas nao d e fin ia m a extensão da área a

ser co n ced id a..

S a l i e n t e- s e que y de acordo com a d i n a n! i c a do

povoam ento e ocupação d e fin itiv a y e;•; i g i a m - s e ad aptações p ró p ria s

à re a lid a d e da C o lo n ia ., A p a rtir dos sé c u lo s X V I :!: e X y iII foram

í:; i‫ ״‬i a d a s ‫ רו‬o v a í:í i‫ ׳׳‬e g u 1 a me n t: a ç 0 e 11; y c o iii 0 a e ;•í i g e n ia do !:>1‫•׳‬a z o

pré Fix a d o para a posse d e fin itiv a y para o c u ltiv o e ain d a a

n e ce ssid a d e de co n firm a ção do Rei..

3S
i::: s í:í a s no Va i‫•׳‬e g u 1 a !!1e 1‫ ו‬í; a ç o e <:> es tã o r e í a c: i o n a d a í;í à

i•■
■e a ‫ ו‬i d a d e do in o ni e ‫{ רו‬: o ? as t: e 1■
‫■'ץ‬ as hav ia m aa ‫ף‬u i 1'■ i d q ma i o r‫־‬

ya 1 o ‫■ץ‬i z a í;: a o ■, p a í;í s a !■


‫ וי‬d o •a se 1;;!« a ria a se r o ce n t !'•o de i n tere s s £ d o 1!;

c; o 1ú n o s .. A s s i i!¡ é qu e , n o a r1o de 1ó 9 5 x a C o r‫ ׳‬o a p o ‫•ץ‬t: u g u e s a

i n {: i tu iu ni a ¡ íiíu ni t r i b !.i t o s obre a t e ‫■'!■ץ‬a ^ a l é in d0 d í z i ¡no j á

e x i sí: E-n í: e pago à Orden! de Ci'■ I s í; o ‫״‬

Ñas C artas R e g ia s de 169 8 e 1699r a Coi- oa portuguesa

re a firm a v a a cobrança de fo ro s, sendo que a de 16 9 9 a d v e rtia que

os s e r t oes X a inda despovoados^ causavam grandes p re ju i'z o s ao

d e se n v o lv im e n to da C o lo n ia ‫״‬

A p ai'-tir de 1 6 9 7 ;. as sesm arias doadas teriam a

<:í i me n 1:; a o de í: 1‫ ׳״‬e s 1é g u a íí; <;!u a d r a d a <1; ^ o !:! u e ,• n o e ‫ רו‬í; e n d e r da Co roa v

era o lim ite p o s sív e l de ser c u ltiva d o no prazo de c in co anos‫״‬

As concessoes de G a rcia D ' ’4 v i l a e sua fa m ilia se este n d ia m da

!;lahia ao P i au í en¡ urna e x te n sio de d uzentas leg u a s^ segundo

i n f o I‫■׳‬ma F ' E IRE: <i 90ó ^ 22) ‫״‬ O u 1 1-a f o r ma de p r o ‫ן‬:>j'• i e d a d e de í: e 1‫•׳! ׳׳‬a

no E ?ra sil co lo n ia l f o i o apossam entoy v is to na i : >a h i a ¡ . na

p rá tica y através das fa m ilia s D ias d 'iá v ila e Guedes de B r it o ‫״‬ Na

a n á lis e de in fo rm a çõ e s sobre a tr a je tó r ia dessas fa m i'lia s na

B a 1‫ ר‬i a y e n f a t i ‫ ;צ‬a •••■s e o r e í a c i o n a m e ‫ רו‬í: o dos Gu ed e s de B r i í: o c o m .J o a o

P e ix o to y le g a s‫״‬

A ‫ רו‬t o ‫ וז‬i o (3u e d e s de B r‫ ׳‬i í: o , !:>!'■o p r‫ ׳‬i e t á r i o ci e í: e r !'•a s qu e

i am do 1 i t or a 1 aos s e r t oes da B al ‫ ר‬i a y inc 1u i ndo J a c ob i n a y f o i

n¡a i s um dos grandes pr opr i et ár i os que aum entou suas sesm arias en!


léguas‫ ״‬Segundo Novinsky (1972‫־‬, í76) Antionio Guedes de Brito^

b arid e ir‫׳‬a ‫רן‬te baia n o , é I d e n t: if ic a d (‫כ‬ c 0 n¡o 1'e s t e n!u n h a -■D e n u n c: ia n e

!‫ר‬a " G r a n d e I ‫< ויו‬:!u is iç a o de i ó4é ‫״‬

‫­נ‬o 1)1o nie s t ‫■ץ‬e de ca !51pcj^ ec eb eu d oc a !:>it a 0 ••••m o r do

í:) e !‫■׳‬g i pe u ma i me n <


■;a íüe s m a 1‫ ׳׳‬i a <:!u e e !‫ ו‬g 1o b a v a t od a a í:í t e 1‫■׳‬1‫ ׳׳‬a s do S a (:)

i••'!■

■a ‫ ח‬c; i co até a s; " ¡■
1a s c e n g: a s d o 1‫ •׳‬i o Ui nh ã o " , p r‫־‬o v a v e ;1n! e n t; e o r‫ ׳‬I o

d a íii Ue 1 !‫ ר‬a ‫ן‬ c: o 1no i 11‫ ׳‬f a ('■ma a p i í;; t ra n o de A b í‫ ׳׳‬e u ‫״‬

A in d a nas p r i me i i - a s décadas do s é cu lo XVI ^ as ie ri- a s

do s e i'■t ã o b a ia no •Po !‫■׳‬a in s e n d o g r a d a t i v a !!1e ‫ רו‬t e a ‫ ק‬o 1!; s a d a s p o í'■ d o i 11;

grandes cria d o re s de gado que se to rn a ria m sesm eii-o s e

la tifu n d iá rio s de im p o rtan cia!! F ra n c is c o i!) i a s d ' 4v ila y da Casa

da Torre e A n to n io Guedes de EíritO r da Casa da Po n te‫״‬

O sertao da iSahia^ "tao d ila ta d o ";, segundo expressão

de Antoni Ir quase todo p e rte n cia a essas duas das pi-i n c i p a i s

f am í 1 ias da Ba|-1 i a ‫״‬ A Casa da T o rr e p o 1;;s u i a d u zen t o s e !lie< ;ísen t a

le g u a s p e lo rio de Sao i‫ '־‬r a n c i s e o , a c i ivia à m ao d ii- e ita , in d o par‫׳‬a

o íii u i e do ni e s 1«o r io p a ¡‫ ־׳‬a o nor t e c ¡‫ ר‬e ga n d o a o i t e ‫ ויו‬t a 1é gu a s ‫״‬ A

te rra s da Casa da Ponte i am desde o moi'TO dos Cl‫ ר‬a p é u s até a

nascen ç.a do r io das Ue 1h a s ,, n ied i n d o c e ‫ וו‬t o e íiíessen t a 1égua;í; .. O

uso dessas t e r r ‫ ׳‬as¡, ass i m se faz ia e se d i s t i‫ ״‬i bu i a s urna p arte dos

Pr o p i e t á !'■ i o t inha c:¡.‫ ג‬r ra i í;í p r ó p r i o s ? o u t: 1‫ •״‬o s ar r e ‫ וו‬d a v a m s \t i o í;; ,•

pagando por cada sitio ¡, que «!ed i a em mé d i a urna lé g u a , dez m il

ré is de foro^ por ano..

32
2» ■O povomme!■‫ו‬to da regiao de Feira de

Fe if a de Sa ‫רו‬t ada s¡i a a ••••s e na f r o ‫רו‬t;E ira da 1••e íi i a o do

R (sc 0 n a v o !:: o m a d o !1; t; a b o 1e ir o 1;í íüc í!‫ ו‬i á r'■ i d o !:í do N o ‫ י׳ו‬d e í:; t: e !. d a ‫ רו‬d o

seu non!e a un! a das d e se ss e is zonas f isi ogr á f i cas do Estado da

Bah ia y c a ‫ רו‬ü; t i t a i n d o s e o c e ‫ רו‬t r o ci e 1:; íü a r•e g i a o ge o ■



■•e c: o ‫ ךו‬o in i c a ^ c: o m

urna área de 1 9 .. 72 8 Km2

O n! u n i c í¡:>i í:) f o ¡ c r i a do p e l a 1-e s a 1 u c: a o p r o v i nc: i a 1 ( do

C o n selh o do Governo da P ro v ív íc ia ) de @9 de ma i o de í 8 3 3 .. Ten do

i do d e s ivi e n! b 1'■a d o do n! u n i c í p i o de C a c h o e i r‫ ׳‬a , i n s; t a 1 c:5a •••■s e o

m !,i n i c \p io e )n i 8 de s e t e mI:) 1'■o de i 833 ..

S e u Si d i üi í: i'• i t o í1> s a o ? a l é ‫ווו‬ da !!>e d e !! 8 o ‫ רו‬f i n ! de i••’e i 1'■a

i-luin i 1d e s y I puaçu ^ Ja g u a r a y Ja !”b a T i quaruç:a e Mar i a Qu i té r ia

(a n tig o Sao Jo sé das X t a p a r o r o c a s > .. L i m i t a--se con! os s e g u in te s

ni u n i c: { p i cj s '• a o n o rt e ? 8a n t a 1:J á í- b a i‫•׳‬a y í" a n d e a l e 1' a n (:[ u i n !‫ וי‬o ? ao

le s te , con! San t an d p a l i s y Santo Aniarov C o n c e i ç :a o de Ja cu íp e e

C o 1'■a c: a o de Ma ia u ao su 1y c o ni A n t o ‫ רו‬i o C a r í:i o 1!; o e Sao O o n c: a 1 í;5 dos

Campoíii e-y a oestey com Anguera‫״‬ Berra !•’ r e t a e Ip ecaetá .,

E le v a d o à c a te g o ria de c id a d e com a d e n am i ‫ ח‬a ç a o de

"C id a d e C o m e rc ia l de F e ira de 8a n t'A n a "y p e la Lei !•h'‫ ׳‬o v i n c i a l n ‫״‬

í 320y de i 6 de ju n i" !o í 8 7 3 .. A •Fregu esia que c o rre s p o n d ia aos

a tu a is d is trito s y com orago de Senhora Santana, ■Po i cria d a p e la

33
Lei Prov inc ial n .. 234,, de 19 de marg:o de 1846^ que para al í

t i'■a n s f e I'■iu a s e d e <:!a f !‫־׳‬e g u e s ia de S a o 'J o s é d a s 11 a pesr‫׳‬o r a c:a s

O ni1.i!‫״‬Iic í p iQ e !:>t:á 1o c:a 1 iz a d 0 ‫וו‬o 1:


>01 ígo n o cia s í;íe c a 11» em

96% do sea {:erritóriOy exclu indo--se apenas a área do distrito de

H umildes‫ ״‬Está ei‫ ״‬direção noroeste da capital do Estado, da qual

d i sí: a y eni lin h a re ta , Í 0@ K m ‫׳־‬ v ia Bl^ 324‫״‬

As coordenadas g e o g rá fic a s sao 25' 1 5 112 ‫"״‬ de la titu d e

sul e 38 5 7 '' 5 4 ‫״‬ de lo n g itu d e W. . G r . . , fuso iioi-ário de menos de 3

i'ioras,. A a ltitu d e é de 234 m, de acordo com o ponto ma i s a lto

da c i í:i a d e o ‫ רו‬cí e e s; t á c ons 1 1'■u id a a I g 1‫ ־׳‬e J a de S e n 11o i‫״‬ d o 1:; P a !:i <1;o s .. O

m u n icip io possui urna área de 2 0 ‫״‬S 7 Km 2 ..

A h id ro g ra fia do m u n icip io nao pussu i r ios perenes!,

sendo os seu s r i os a flu e n te s da !:)acia do Paragua(;:ux entre os

í:! u a i í:í e íi; t a o ‫״‬ ■Ja c u i pe , PoJu c a , C a l a n d r ‫ג)־‬ e S a lg a do

O s a c; i d e n t es g e o g i- á f i c: o náo estS o i ‫ רו‬c 1 !.‫ ג‬i d o s e m ‫ רו‬e ‫ רו‬h u

dos grandes siste m a s b ra s ile iro s , tendo em suas te rra s e le vaç:o es

má i vrta s de 200 a 300 ine t r o s , d e s t a c: a !‫ וי‬d o íí e as s e g u i ‫ רו‬t e <


:>

!;>e r 1••a !;>¡


'd a s Ag u 1h a s , dos C á g a d o í:í , de Ta n qu i !‫ ר‬i1 o e a S e ‫■ץ‬t‫•׳‬a G 1'■a ¡‫ ר‬d e

0 e I-1 a o n o r d e !1; t i n o p o íi; ü; u i ca ra c t e r( t: i c a s p r íí r ia

sejam e la s c lim á tic a s ou re fe re n te s à veg etaçáo .. !‫ ״‬m s e tratand o

de c lim a , c a r a c t e r i z a - ‫״‬s e por ser uma área sem ¡ - • á r i d a , ou s e ja ,

a p I'■e í:i e n t a c: 1 i ma <:!u e n t e c: o m t e ‫ !ןו‬p e 1‫•׳‬a í: u 1■•a s ‫ ווו‬é d i a s a n u a i 1:> p o r' v o 11 a

de 2 5 ‫('’'־‬::!; ciiu vas irre g u la re s e taxas pl u v i omét r i c a s b a ix a s (e n tre

34
5 00 e 10 0 0 mm a n u a i s ) ‫״‬

(íiuanto à v e g e t aí¡; a a , . p re d o m in a n te m e n te é form ad a p e la

í:: a a t i n g a ‫ז‬ c 0 ‫רו‬s t i t: ü ída p o 1'■ a 1-b !.‫ ג‬s t o s c c! m gra n d e q u a n t: i da de de

e íí; p i n h o «i ‫״‬ T a is c ar act e í s t i c: a 1;í t e i•!‫ו‬


‫¡ ׳‬ina ra m p0 r d if icu 11 a i‫״‬ a

f i ;■!a ç: a 0 d0 ga d 0 ^pe 1a a !í 1:í e n c i a de gr a m í n e a0 a e r v a s f o !'■r‫ ׳‬a g e i r a ;!>y

base d e a ‫־‬l i n ¡ e n t a ç a o para esses a n im a is, o que os o b rig a va a

a 11 i ‫ וח‬e r! t a ¡'‫■••• י‬s e d o íü !- a mo s- d o a r !:>u í;í t os ^ p r i n c i p a l m e n t: e o cac t o .. E! 10

c o n! p e ‫ רו‬s a c: a o , o ‫•ץ‬e 1e v o do s e 1‫■־‬t i o n o r d e üí t i ‫ רו‬o ^ f o r n! a d o p o 1‫•׳‬ um

P 1 a ‫ רו‬a 11 o íi; í.í a v e 1!1e 4‫רו‬: e o n d !.x1 a ci o e p o 1‫׳׳‬ p 1a n í c Ies p r o 1 o ‫ ח‬g a t! a iii à ü;

m argens do R io Sao F ra n c is c o , fa c ilit o u a p e n e tra c:io do gado‫״‬

151b o r a í'■e poní;íáve 1 p e lo a b a í :¿tec; i i üe‫ רו‬t: o da área

lito râ n e a ;, por fo rç:a d a q u e la natureza host i 1^ onde se

d e se n vo lve u a p e c u á ria , a p ro d u tivid a d e e q u a lid a d e das reses

era in fe r‫־‬io r ao id e a l‫״‬

No e s t udo da !‫ ר‬i s t o r i g r a f i a b r a s ile ir a e ba i ana ,

I'•e g i íii t ra se u m rí ú me ro iii i g n i f i c a t i v o de o b 1'■a ;íí qu e t r a t: a lii ti a

r‫־‬e g i a o l i t o 1-a n e a e do R e c; 0 ‫ רו‬c: a v o 0 ‫ ״‬n! e s n! o r! ã o a c í:) n t e c e qu a n d o se

t rat a , espec i f i cam ent e , das áreas do i nt er i or do Bras i 1,

P i'■ i n c i p a l n! e ‫ רו‬t e do is e 1'■t a o ‫״‬

Na !:!a h i a , o term o sertão refere--se à vasta área

p a 1;^t o I‫■׳‬i 1 que a b i‫ ׳׳‬a ‫ רו‬g e q u a iii e t odo o i r! t e r i o !‫■׳‬


do i‫ ״‬s t a d o , o ‫ רו‬d e ;1; e

cj b íi; e I'■V a ba i a d e n 1;; i d a d e d e 15! o g r á f i c a ‫״‬ G e n e i■‫ ׳‬i c a in e n t e , o !;>e r t ã o

i n c 1u i qu a s e t odo o E í;í t a í:I o , c a ‫הו‬ e c: e í: a o da c a p i {: a 1 S a lv a dor

e á I'■e a ;li c i r c ‫י‬.‫ג‬n v i s; i ‫ רו‬i1 a ;;;, t r a d i c i o n a l n! e ‫ רו‬t e d e n o m i ‫ רו‬a d a de

35
RecBncavo‫״‬

1••'o I-a in £ p is 0t:ii0 i:> f a n d a n¡e !‫ו‬t:a i;•> p a r‫׳‬a a0 c u p a ç;a o t!¡:‫ג‬

{:e i‫•׳‬I‫•׳‬it:ói'■ io b I'•asilei r o r s P <sc if ic a 1«e n t:e , o s e r t:a o , d e u m a pa 1'•t:e y

o i1> bande ii‫׳׳‬a n t:e s , <:!u e se t f ans•P0 1‫•׳‬n!a1‫״‬am sn! pec:ua 1‫ ״‬Is t as a:n!i;50 ‫■ץ‬a

e n f I'■e n t a s í:íb !n d i•Pic u 1d a d e s y tai s c:0 1«o gu e r‫׳‬i‫׳׳‬e a 1‫•׳‬ (n d io s e !‫ו‬e gr5 0 ‫׳‬

•Fu g id o s i•^o r o u t‫■ץ‬a p a 1‫■׳‬t:e ^ o <:ie 1^•t ã o ‫רו‬o vcle s t in o fo i sendq o c !.‫ג‬p a clg

Pe1o s c o 1 (:)n o s ^ <:iu e a f i!n d e i'•e g 1 ‫י‬,‫ג‬a 1‫ •׳‬i2:a i‫״‬a p o íiís e


. d a iii t:e
.rra <1>>,

f a z ia m cj p e d i d o das mesmas à Ccji-oa poi-tugaesa como recompensa

pela defesa efetuada..

(:‫ נ‬o D s i c¡ e I'•a íü e de gr a nde i ¡i! p o r t a n c I a u lii e 11;c: :1a 1-e c: I i‫ ״‬e ‫ רו‬t: o

1•;o I:) I'■e o 1!; I im ite s e d i me n iíj a o do s e ¡'‫ י‬t a a da Bah ia ^ t; a 11 c: a mc:‫׳‬

re g is tra ANTONIL. <1 9 8 2 , Í 9 9 )ü

TEsteotíerse o sectãe cia fiaüia a té a


è a e ta do S ía São EcaaciscQ o ít e o t a
léguas rqc costa¿ e lqúq eaca o c io
acLm^x. a té a óacca stie cüaffla® de â'3ua
Gcaodex f ic a d ís t a a te a Êaüia da d it a
èacca ceote e 9 u i a s s lé s u a s i de C eatecê‫־‬.
CÊOto e tciota lé s u a s i de Sodelas eoc
deatcQx Q íte a ta léâuas¿ das Jacofeiaasx
a o v e o ta i e do lucaoex c ia g y e o ta a E
porque as ■Fazendas e os curra /s do gado
se situam aonde há larguezia de campor e
água sempre manante de rios ou lagoas,
por isso os c u r r a is da parte da Bahia
estão postos na borda do Rio São
F r a n c isco, na do Rio das Velhas, na do
Rio das Rãs, na do Rio Verde, na do Rio
Paramir im, na do Rio Jacuípe, na do Rio
Ipojuca, na do Rio Inhambupe, na do Rio
Itapicurú, na do Rio R e a l , na do Rio
Vaza-Barr is, na do Rio Sergipe e de
outros rios, em os quais, por informação
tomada de vários que correram este
sertão, estão atualmente mais de
quinhentos currais, e só na borda aquém
do Rio de São Francisco, centro e

36
seis."(«•«••)(•)

A ‫ן‬:>e a i‫ ׳׳‬cia s d !•Fic:u 1d a d e s i1¡1 p0 s t a s !:>e 10 m e i0 y !'•a z 0 e s cie

o r d eHi ec o n 0 n1 ic; a d e t ei‫ ווו ׳׳‬i‫רו‬ar am a e pa n s ã o da p ec: uária!! a

abundância de terras e reduzida aplicaçao de (:;apitai para a

instalação de pequenas •Fazendas., Alberto Passos Guimarães (í9Bí,

73) e- scla rece sobre as •Formas de acesso as ■Fazendas da se g u in te

•Por ma ¡1

-Ic ê s foca® os E c io c ie a is aieios de


acesso à fa se a d a ‫ ״‬Í2 Q acceodaseato*.
cuJa as ociseos cecceseataiía© u®
ecocedíffleate i l e s a l i dado gye aos
d o a a tá c ía s oão cafeia o d i c e i t e de
s u é d iv id ic soas coocessães¿ 22 â
a g u is le fo eoc coajEca coodiciooada c e la
aÊiastaoca do eceteo deo te e c e s te ita jL
secaiffleatez: a oííoQcia aaícedadai 32 £ a
sesfflacía sue!, ou aeac ecia coaja usa
d ís tio c ã o aos Qoèces e favfo citos da
Cocoax e aesse caso eavalvis eoocaes
te c c ite c io s jL ou sucaia coao Ecêiaia aos
Eceadoces de la d io s ^ aos autoces de
facaobas ® ilit a c e s x ie a is aos seciíicos
à © etcfifiolea"

Em se tratand o de s e rtííe s, e x istin d o o co n fro n to com

f n d i o 1;; 1!‫ ו‬a i a g 1'■e s íí i v o e as t e i'•!'■a de p a !;>t o s íí; e 1-e in ma i p o b i‫ ׳׳‬e s ^

havendo ain d a a d is ta n c ia em r e i ac: a o aos centros do li to ra l y o

<1;o 1 i c:; it ant e J !.1 ‫ ג‬a a v a se no d i í‫ ׳׳‬e i t o de 1‫■׳‬e c e b e !‫ •׳‬a 1:í t: e !‫•׳‬r a s o c u pa d a <
1;

em e mar• i a c o mo r‫ ׳‬e c o m !:>e ‫ ויו‬í;í a p e la c o !•■


rq u i s t a r• e a 1 iz a da

A p e c u á r ia s i 3n i •r i c o u y também,. uma at i v i dade

i mp o I'•t a n t e p a 1'•a o d e s b r•a v a n! e nt o e oc u p a ç: ã o de d iv e r s a<


;> r e g i 0e s

do 1:Si‫•׳‬a s i 1y i !1.! 1' ::>‫ וי‬s i v e d o íií s e 1'•t o e í;í do N o 1‫•׳‬d e s t e , onde oc a !‫■׳‬r e r a !n a <:í

p rim e ira s doaçoes de sesm arias para a cria ça o de gado, m a is um

37
ele m en to desbravador do s e rta o ‫״‬

Originário das ilhas atlánticas dominadas pelos

Port agueses¡, espet ia 1!nent e de CaI:)o Ve 1'•dey o gado fo i

i n t r o d u z id o , e n! d iv e r s a s área 1;í d o B r a s i1 ai n d a ¡‫ר‬o s é c a 10 X U11 ‫״‬

P a r {: in d o d e á 1‫•׳‬e a s pr o i a s de Salva d o r y e s p a 1!‫ר‬o a ••••1;;e !:>e 1a c o st a

b a i a ‫ רו‬a e n1d ¡ ¡‘‫ י‬e ao a S:>e r‫ ׳‬g i p e ‫״‬ S e g u ‫ רו‬c! o i n f o 1■‫ ׳‬ni a ç; o 0 ■ü ci e S OA R E ;:5

< 19 7 í ) ;, n í:) ;!í é c u H o XVI o r io 11: a p i í:; u t'■u j á regí s t r av a i m p o r t a n t; e s

c i'■ i a d o r e í:í <;; o n! o (5a 1'‫־‬c Ia d ' !á v i 1a , f u n d a d o 1•‫ ־׳‬d a Ca s a da X 1■'1‫■'ם‬e ..

O re g im e de sesm aria gerou um novo tip o de d o m in i

t e r r i t o r ‫ ׳‬i a i ¡! a fazenda:, sendo a p ecuár’ ia o segundo grande

i ‫ רו‬íi t í'■i.i isi e n t o de o c: u p a 0: a o no B r a nii 1 c; o 1o n i a l .. Os c.u ‫ ״ו‬r‫ ׳‬a is i v e !‫■׳‬a ‫ווו‬

grande im p o rta n cia tan to como fo rça de penetraçao quanto como

ele m en to de fix a ç a o ‫״‬ No sécuüo X V II deve--se a s s o c ia r a a tiv id a d e

c r i a t ór■ i a com a cu ltu ra do fum o y urna vez que o couro passou a

<He I'■ o e ‫ רו‬v <:! 11 o r i o dos 1'■o 1o s de t a bac o ‫״‬

..i u s t i f i c: a V a •■

■ y a ü; s i m , c o n e g u i 1‫ ׳׳‬e n¡ a 1 g u 1‫;;ויו‬ " f a z e ‫ רו‬d e i 1■
' a 1!i

de gado" áreas que se estenderam da Bai‫ ר‬i a até o P i au í ^ numa

e í•; t e n <1;a o de d u z e !‫ ר‬t a i : ; 1é g !.i a 11;, s e g u ‫ רו‬d o i ‫ רו‬f o 1‫•׳‬n! a !•■'1


^ E: I R E ( 1906) ..

G rande p arte do gado cria d o nas re g iõ e s de Pernam buco

e Bah i a ^ p e r t e n e i am a f am \1 ias de 1a t i fund i á r i os como 1:>i a s

[)■ 'A vilay da Casa da Torre^ os Guedes de B rito y da Casa da Ponte

e Joao P e i xot o V i e gas y segundo esc 1a r e c i me n t o de BOXiER , <Í 969 y

24 5 ( ‫״‬

3S
No século XVII y através do sertão de Jacobina, a

atividade pastoril ale anco u a rio Sao !■^'‫י‬an c is e o ‫״‬ A criaçao do

gado ivícorporou o sertao à vida colonial y através do regime de

c o ríc e s s a o de t e r r a s d e s e s n!a r ia ,p1‫•׳‬o p0 r c io n a n d o o po v o a nie n t o do

i:ie 1‫■׳‬t a (‫״כ‬ í:>e gu in d o o í!> í‫׳׳‬Io s e e s t r a cia s d e pa.iüsage 11‫ ו‬de ga d o y os

n !ic 1e o s d e ‫ק‬o pu laça o c r e s c:e r a ‫ווו‬ai ‫ויו‬d a !‫ר‬o s é c 10 ‫גי‬ XV11 ‫״‬ E st a

a tiv id a d e exerceu o fsape'i de ter fe it:o a 1 i gaçao g e o g rá fica da

mo v i 1!1e ‫ רו‬t o de e p a ¡‫׳‬t s a o qu e p a r•t i u da i3 a h i a e de Sao V i c e n i; e , d e

Pernam i:)uco e do M aranhao, pr o p o r c i onando a in t:eg raç:ao de v a ria s

re g iõ e s do iS ra s il‫״‬

N este se n tid o o co m e n tario de < í9 8 2 y 352) sobre

as fazend as de gado, faz in fe rir ■}:erem sid o as fazendas

v e r■{:! a d e i I‫•׳‬o s 11¡ a r c a s {:1a e 5•: p a n ü; a o !:>o v o a d o r a do n o vd e te e

c e )■!1 1'•o nor te do i:5r a í; i 1 de o j‫■׳‬i g e m 1:) a i a na "

"No sertSo da Bahía, 'no termo de Sao


José da Barra do Gentio de Sentó Sé'r
'pert o do arraial dapassagem do
J u a z e i r o 't comarca da vi la de Santo
Antonio da Jacobina', havia a ■Faz:enda
Lajes em terras do Morgado da Casa da
Torre, com seiscentas e vinte e cinco
cabeças de gado e onjse cavalos"^

!:J a s i c a m e n t e y na segunda m etade do s é c u lo X V I duas

c o i'■!‫■׳‬e n t e 11; e p a n íh i o n i s í: a s e f o i- ni a r a m t e 1‫ ר‬o ga do c o mo do

p a r i n üi 1 1'■u III e n t oy a ‫ ׳‬i 1'• d o íií do i |:>a 1 o íü d e i rr ad iacão do i it t !;

n o rd e stin o ‫״‬ S a lv a d o r e O l i n d a ¡‫׳‬ o que re fo rça o ca rá te r de

i t o I•■a 1‫ ךו‬e i d a de da co 1o n i z a g: a o po r t u gu e s a ne s t e p e r‫׳‬ )..o d o

A c o I‫■׳‬r e ‫ רו‬t e I:) a i a n a y <:!u e o !'‫ ־‬a i !‫ ר‬t e ‫ ׳׳נ‬e íü a r a p a 1‫ ־׳‬t i r de

39
159 0 i■ após a conquista de Sergipe, levou o gado até o rio Sao

F•1‫•׳‬a n c: is c:í:!, o c u pa n d o o qu e C a p ií:j1 1‫״‬a !‫ר‬o d e A !‫ץ‬


‫• כ‬e u c h a n!o u " s e r t ã o de

d e n t:r 0 ■"‫י‬, i1!;t o é r o t e r‫׳‬r it ór i□ d o a t u a 1 e 51:a d o d a B a l‫׳‬iia ‫״‬

As fa;í:endas degado se m a l t i pl ic a r a m por pontos de

ií‫■׳‬r a d ia Ç:a o da B a h ia e d e 1-‫י‬e í‫וו•׳‬a !¡‫ו‬b u c:o , a c:a in!:>a n i1 a n d o o c:u r s o do r iq

Sao I■"!‫•׳‬a n c iS C O .. De qualquer sorte e di a n t e das dificuldades e

d esvan t asen s , a at iv id a d e c r e s c ia gr a c a s a d o is el e m e n t:o s ‫״‬

í:;o n s !.iVil o do 1 it o !•‫•י‬a 1 ‫־‬, p a ‫־ץ‬a a t e n d e i'• a e p a r!s a o da c u 1 1 u !'■a

as;:ucareira e o povoamento^ e aínda pela facilidade de se

e s t ai;>el e c e r urna fazenda de gado que exigia pouco material e

e )•: í g I.¡a nia o de o !:)í‫■׳‬a !■ a l é m d a p e q !.ae 1‫ ר‬a e k t:e ‫ויו‬isa o ■••• t i'‫־‬e s l e g u a <1i e !n

m é d ia ..

Na B a h ia , a expansão da cria ça o !;jo vin a, no seu

P e r c u i1 ■‫׳‬:;o y p a r t: i n d o do 1it o í‫׳׳‬a 1 e in d i r e ç a o ao r io Sao I••'r a i‫ !״‬c i 1 :;c o ^

t o lii o u e 115 s e g u i d a í:í o i s ca 151i rs !‫ ר‬o i¡ a mb o ü; a c o n! p a ‫ רו‬h a n ci o o v a le do Sao

F' I‫■׳‬a n c i lii c o u !!‫ו‬ e m d i ¡‫ י׳‬e g; a o ao ‫׳‬.í 1 e o out r o , p a í'■a o n o rt e , ‫ רו‬a

ci i !■•e c ã o do P i a u í .. D e 11;í; a f o rm'a c o n t i ‫ רו‬u a n d o a a b a s t e c e !- o

l i t o r a l j• a c r ia ç ao assum e um o u tro p a p e l‫״‬ o de penetrar o sertão

n o rd estin o y trazendo par ‫׳‬a o c e n á rio i‫ ר‬u n i a n o e s o c ia l uma nova

fig u ra ‫ז‬ a do p ro p rie tá rio da fazen d a de gado‫״‬

As a tiv id a d e s de extração do pau--br a s i 1 e c u ltiv o da

cana de açúcar se As a tiv id a d e s de e;:t:rac:ão do pau--br a s i 1 e

produção da cana de açúcar se d e se n vo lve ra m no lit o r a l do

t e 1'■i'■ i t !) I‫■׳‬i o b I'■a 1iH l e i ro 0 ‫ ״‬s e i'•t ã o qu e i 1‫ ר‬i c; i a 1 uí e n t e não a p r e si e n t o u

i n t e I'■e 1 :;s e e c o 8 ‫ רו‬m i c o p a ‫•ץ‬a o íü p o r t u g u e s e s; f i ou p o v o a d o )■•e s , c uja


‫׳‬
àt i V i cl a d e c r i a i: (S r i a f 0 i !,1m a 0 1 u g: a 0 pa ra o p 0 v a a n1e 1 0 ‫רו‬ do

i n t; 0 r i o i^‫ ׳‬,, A s i n¡ ¡, f 0 i o p a s t: ü I'■ ^ o p r i n! e i r o b a n d e i r‫ ׳‬a n t e b a ¡ a n o ..

E m ‫ ״‬i::u 11: uI'• a e 0 p u 1 e ‫רו‬c ia do B a s i 1" , AN 1' 0 N :[L. ( 1982)

i n •F0 1-11Ía s 0 b 1‫ ״‬e a c 0 m!:! 0 5 i ç a 0 n u mé r i c: a da5 b0 iada 5 d0 s e 1‫•׳‬t ã 0 d0

Bi'• a s i 1, c0 n t : arid0 de c e ‫ ו!ו‬, c e ‫רו‬t o e c i n «;!a e !‫ ר‬t; a , d a 2 e nt : a s e até

t i ‫ ’׳‬e z e n t : a s cabeças de gadOy chegando algu m as a Capoamey lu g a r

d i st a n t: e da c i d ad e da 8 ah ia oi t o 1é g u a s ..

A fe ir a de Capoame foi a p rin ie ira f e i r a de gado da

C a p i t: a n i a y e s t a b e i ec i da por F'r a n c i s c o D ias i!) '’r f v i 1a y em í.6 í 4‫״‬

í...o ca 1 i zava--se na Par‫׳‬ó q u ia de Santo Amaro deP i t a n g a , p ro jíim o a

a tu a 1 C a ina c a r i ‫״‬ 1'‫ י‬e 1‫•׳‬ina n e c eu c o 111o a ! « a i íií i in p o !'•t a n í; e até a a «; c e ‫ רו‬í;í a a

da fe ir a de gado de F e ira de Santana na década de v in te do

s é cu lo passado ‫״‬

D 1.i r a ‫ ויו‬t e o íüé c u l o XV í I e g r‫ ׳‬a n d e p a r‫ ׳‬t e c! a s éc u lo XU111,

a fe ir a de Capuame perm aneceu como a m ais m ovim en tada.. No fin a l

do s é c u lo X V IIIy as fe ir a s de N azaré e de C o n ceição de F e ira

s u pe I'■a i
■‫•׳‬a m a de C a |:>u a )ite ..

IJ ma das e <1;í: r a d a s ci e bo i a da s , p a i-1 i a de C a c: i1‫ ׳‬o e i r‫ ׳‬a y

passava por Ja c o b in a e se b ifu rc a v a ^ e s t endendo--se até o P ia u í e

(5o i á s .. 1“ s sa e !:>t r a d a c o ‫ וו‬b e c: i da c o ‫ !ח‬o ‫ ״‬I‫ ״‬s t !'■a d a ií e a 1" , a 1 1'•a vessava a

f a z e ‫ רו‬d a 3‫״‬ a n i: ' A n a do 0 1 1‫ ו‬o ;;; D ' A g !í a " y o ‫ וו‬d e !¡‫ ו‬u i t o 11; v a í:! u e i r o 1!; y

t r o p e i r‫ ׳‬o <1; e o !.11 r o <1; v i a j a ¡‫ ו‬t e í:; f a z i a nt p o u s o ..

As o rig e n s do p ovoaviiento da re g iã o de F e ira de


S a !‫ר‬tana, b s t:a o ai n d a a s s o c ia cia 1!
; a " s e s inaria do s To c ós " ,■ pa 1‫•׳‬t:0

d as í:er1 ‫■'׳‬a í;í ela (‫ר‬asa d a P on t:e >• per i:en c e n t e !;> a A n t on io (3u e d es de

B I‫•׳‬it o ‫ ״‬O u t;i‫•׳‬a pa r t:e d e s s a 5 e s 1rtaria, qu 0 a b ¡'‫י‬a n g ia "o s c a inpo s d oí

11:a í:íq i'•o I•■o c a s ^ J a c u íp e e A g!.‫ג‬a F"r ia f o i ve n d ida a J o a o !...o b o d8

Hesquítav adqu ir idas¡, poste!‫׳׳‬iármente por Joao Peixoto Viegas‫״‬

Teve este p1 0 •‫׳‬p‫■ץ‬ie t á !‫■׳‬io a c on f ir ‫וח‬a ç:a ‫ ם‬d as te!'■r a 1:í !;>it u a d a entre

o í:i 1'■ io s J a c u í !:>e e :1: t a p ic: u >■-! . i ‫ק‬o r Ca rta c! e 9 de j u 1h c el e i ó 53 "

"João Rodrigues de Kfasconcel 1os e Sou 2ra


Conde de Castelmelhor etc. Faço saber
aos que esta Carta de Sesmarias virem^
que João Peixoto Kfiegas me representou
em sua petição como houvera de João Lobo
de Hesquitar por t i'tulo de compra as
datas de terra e Campos das
ItapororocaSjr Jaco ipe ^ e Agoa Fría sitas
no termo desta cidade que chamou da
Cachoe irar das quaes elle Suppli cante
estava de posse havia mais de três annos
e ia povoando de gado com grande risco e
despesar em razão do Gentio bravor que
nelas deu mu itas vezes;"i4)

Tal fát:o é c a m p i e m e n t aclo p e la c;ar{:a de 10 de a b ril de

Í655i1

"(...)que de cinco annos a esta parte


tem povoado com quantidade de Gadosr
gente e escravos^ as terras que chamam
de Itapororocas e terra nova de Jacoípe
nos 1 imi tes de Cachoe ira termo desta
Cidade? as quaes elle Suppli canter
houve por título de compra de João Lobo
de Mesquita estando despovoadas e
inabitadas havia vinte annos pelos
assaltos e mortes que nellas haviam
feitOr e faz ia muitas vezes o gentio
br avo ?"(.'5 ')

N e 1;í 1;í a s t e r r a 11; ^ ^.i o a o P e i xot o V i e g a s; c d n s t !'■ !.i i u. "c a a

42
forte de sobrado!. d 0 pedra e cal, e urna igreja" dedicada a Sao

J Qs é r e ni 11 a po ‫■ץ‬o r o c a íü (A n e x o 2 ) ‫״‬

F’o I‫ ״‬V o 11a d o f ¡nal d o s é c. u 1 0 X V 1 1 , í:íe po iíü d a m ot e de

Joao PeÍKoto Uíegasy fili-10 de Francisco de Sá F’eixoto e neto do

pr ime iro Joiiio Pe ixot 0 V ie g a s , a pr‫׳‬opr iedade ■Po i d i v id ida en¡

fazendas ‫״‬

S e gu n d o a 1 1‫•׳‬a d i ç.a o y o casal A i'•a a j cí / 8 a it d a o a d qu i r i ra

u ma d a 1;> f a z g n d a ^ a " S a r¡ t ' A n a d o 11; 0 1 h o 1;; d ‫ ׳‬A g u a ".. A ‫ רו‬t e s de

fa le c e ry e como nao tin h a m descendentes, doaram cem b r a (;;a s d e

t e i'•1‫•׳‬a e m c! u a d 1‫ ׳׳‬a à í;: a ‫ן‬:>e 1a de S a n t: ' Ana e Sao !} o in i n g a s ‫״‬ E 1¡1 t o r n o d a

ca p e la form ou-se o povoadoy lo ca liz a d o no cruzam ento de estrad as

que D n d 1.i z i a m à C; a p i t: a 1^ a Sant o A 11‫ ו‬a ro a o íü s e i‫ ׳׳‬t 0 e e a out r a <;>

Ca p i t a n i a s 0 po v o a d o f o i a s s u 11! i ‫ רו‬d o c o n d I c: ii o de i !!! !:>o r t a n t e

n ú cle o co m e rcia l o q u al, com a d e cad ên cia da fe ir a do "C ap uam e",

d e <1;t a co u !;>e {:; o n! o u «>a gran d e f e i i‫ ״‬a de ga d o

Segundo V ÍLH EN A <1. 9 2 1 , 505) sd no v a le do Ja c u íp e , Já

se im p lan tava m 3í 7 fazen d as de gado, do sé c u lo X y il para o

X U 1 1 1 .. M e í;; ‫ ווז‬o s e ‫ הו‬s e c o n s i d e ¡'‫ י‬a 1'• o s f a z e rí d e i !‫ ׳׳‬o <1i, c.o mo ve r d a d e i r o í:í

fundadores de v ila s e cid a d e s •••• n iu ita c a p e la de fazenda foi

n i.ic 1e o de uin 1 !.i g a !‫•׳‬e j o e c i d ac! e N a!;í f a z e n d aí;í ,a c:a p e la se t or n o u

centro de l u g a r ‫׳‬e j o s , c id a d e s, como foi o caso de Sao Jo sé das

It ap o ro rocas ‫״‬

í'? e t o n) a n d o o assun to , a p e c: u á i‫ ״‬ia in c 1 !.‫ ג‬i s e !‫ );< ר‬s e t o v de

u 1;‫ג‬í;> i<!>t e n c ia da e c o n o !‫ מ‬ia c o 1 í:j‫ וו‬ia 1 C o n!o a t iv id a d e secundária e

43
a c e i:;í!;(51‫ ״‬ia ? n a c o 1o n iz a g:ã o e o c u p a ç;a 0 d e n o v o s t e i'■i'■it (5i‫ ״‬io s , teve

caráter‫ ׳‬relevante na e!■!pan sao e povoamento do sertao, a pecuai'■ Ia

e 0 a ‫ן‬:>r 0 v e it a nie n t:0 d a c 0 ‫וו‬d iç 0 e íü e c 0 lógica s ‫״‬

I::;‫וו‬qu a n t o a s t e r r a s f é r t e is d cj 1 it o r a 1 c!e s t in a v a 111 - s e à

u 11 u r a d a c:a n a , a s t e r !‫•׳‬a s d0 1!
;e r t ã 0 1‫׳‬
t0 !'■d e s i: 1n 0 , !;>e 1a s suas

cond i oes ■F i s i o g r á t i c a s pecul iares e desfavor ave i s p a r ‫׳‬a aquel a

a tiv id a d e econ 8m i c a ‫ז‬ eram a p ro v e ita d a s para - a a tiv id a d e

!: 0 i‘• i a ..
c;I'• i a ■

A p e cu á ria no per‫ ׳‬io d o c o lo n ia l conheceu trê s fases

í:!i s t i nt as ‫״‬ A !:>r i ¡ne i r a c o r r e ;lip o n d e ao in íc i {:‫ג‬ ti a <::o 1o n i z a g:a o , c o ino

at iV i dade s u i:) s i d i á r‫ ׳‬i a da n! o n o í:: 1 1 ‫י‬.‫ ג‬u r‫ ׳‬a at: u c a r‫ ׳‬e i 1^•a . se nd o o ga d ‫ם‬

u t: i 1 izad o no c a 1‫ ׳׳‬r e g a nt e n t o ? a b a üí t e c i 1»e n t o e p a !'•a mo v e r os

engenhos‫״‬ Dava--se, num m e s mo espaço, a a rtic u la ç a o en tre a

la v o u ra e a p e cu á ria .,

Na lii e g u n d a ■Pa e , c o r‫־‬r‫ ׳‬e s p o ‫ וו‬d e n t e ao sé cu lo X U 11 y a í:í

d 1.i a íií a t i V i d a d e í;í í;>e íií e p a r a in >, t a ‫ ויו‬t o ci e v i c! o a cí c r e s c i me n t o da

la v o u ra de e x p o r t ac: a o como à ex pan s a o da cr i aça o do ga:do‫״‬

i-n n a l m e n i: e y na te rc e ira fase, deu--se a separaçao e n tr e e la s^ ou,•

j:! e 1o me n o s y a pe c u á r i a t o r‫ ׳‬n o u ■
•••1!;e aut 8 n o n! a ..

No vrto!¡‫ו‬e‫רו‬t o y in t e r e;ü1;ía !¡1a is de pe r t o a t e r c e ir‫׳‬a fa 1:ie d e

d e s e n v o 1v i151e n t o d a pe c u á r‫׳‬ia y po r‫׳‬ c a r‫׳‬r‫׳‬e !•ipo n d e r‫׳‬ ao f e !6 ‫ר‬m e n o de

P e n e t r‫׳‬a ç a o pa 1'•a o in t e r io r . !:?r e c: is a m e n t e n o ;1; ine a d o do üíé c u 1q

X V II e início do X U IIIy ten do como foco de irr‫׳‬adiaçao a iíSahia e

Pernambuco ‫״‬

44
A c;ria5:ao de gado y ao la d o da atu at:ao bande i ra n t e y

g a‫־‬i‫ ״‬a n t: ! u a a iü !:>1 i a ç a o das ■Fr o n {: 0 i r‫ ׳‬a s co 1 o ¡1 i a is ^ p e r n¡ i t i n d o qu e a

Co 1o n ia p o i-1 u g u b íí>a ü; e e 1;; t: e ‫ וו‬d e s s e pof c! u a íü e 0 i t: o w) i 1 h o e s de

<:!i.i i 1 8 líí e i: I‫■׳‬o s í:| a a d r a d o ‫״‬

P a ‫•ץ‬a c o n! j:>r e e n d e 1'■ os n! e c a n i s lu o s e e s t r‫ ׳‬a t é g i a s

u tiliz a d o s p e lo Estado Portugués para v ia b iliz a r a c o l on i za(;;ao e

o povoam ento das tei- ras do B ra s il¡, além da a tiv id a d e (:;ria tó ria y

d e V e irt i n 1!; e ¡'‫ י‬i r ü; e a íi> e p e d i o e 1ü d e con q u i sí t a e el e í:í Id i‫ ׳׳‬a v a 1«e ‫ רו‬t o‫״‬

No estudo da e;■; p a n s a o t e ¡'T i t o r i a l do !:!ra sily le ve-se

em con ta o papel das entradas e !:san d eiras‫״‬ Oi:) j e t i v a v a m y ta is

e x p e d iç õ e s , a e ;- ;p l o r a g : a o da té rra , a e s c r a v i zaç;ao dos in d íg e n a s ,

a procura de m e tá is e de pedras p recio sa s.. A in da no sé c u lo XV I ,

p artin d o do lito r a l para o i n t e r ‫ ׳‬i'o r d esco n i'iec i d o , as entradas

i‫■׳‬e p i'■e 1:; e n t: a r a in 1‫ ג‬m i in p u 1s o pa r a a e >; p a n íi; a o t e rr i t o ‫■ץ‬i a 1 ..

O s é cu lo X V II é a fase c ru c ia l ai:)ran g id a neste estudo.

Hu i t o i11a i s q 1.Ae a 1 ‫׳‬.i í: a c: o n t ra o íi !‫ ר‬o 1a n d e s es, é o !s é c u 1o da

o ‫ רו‬q u i !:i t a do s e 1'■t a o e do b a n d e i !- i sí !5! o 1' i‫ ׳׳‬a t a ••••i!; e de u ‫מו‬

e !!1p r e e ‫ רו‬ci i !51e n {: o <:!u e f o i 1'■e <;>‫ן‬:>o n s á v e 1 pe 1 í:j a la r g a me n t o do

i: e rr i t ó 1- i o e i n c o 1•" !:>o r a ç ã o da pa rt e d a íi; t e r1‫•'׳‬a s do i n t e r i o 1'•..

Na e gu n d a me t a d e do s é !.i 1 í:> XV11, o !.i t !'•a e p e d i c oe s

a t i ‫ וו‬g i r‫ ׳‬a 111 o <1; t e 1-v i t ó r i o d a s c a p i t an i a s ba i a r i a ,

esta b e le ce n d o - - se com grandes fazend as de cria ça o de gado, e,

escrav izaçao de in d i'g e n a s..

45
Da Bahia^ partiu em 1674, a exped iç;ao de Domingos

A f 0 n s 0 S e 1‫׳׳‬t a o , re !‫ר‬d e ir o d a C a s a d a T o r 1'•e , d e Garcia d '4 v i1a , em

direç;ao ao i-Mauí? cujo território foi desbravado a partir do

i n t e I‫•־‬i0 r y ‫רו‬u n¡ !:>r o c e s s 0 in v e r s 0 a0 de 0 u t:r a ü> e pe d i0:0 e s <;!u e

P a!
‫■׳‬t ia m d0 1 i1 0 r a 1 ‫ ״‬E s s a e ;•!pe d iç a 0 a t !‫'׳‬a v e s s í:)u o !‫■׳‬i0 S iíq

i••■I‘•a ‫רו‬ i s c o ,e s t a b e 1 oíc e r! d o 5e c o m c u 1■


•r‫ ׳‬a i í:; de ga d o na ;5 e g I 0e s d c:;s

rio s P ia u í e C an in d éy tendo sid o fe ito p ed id o de te rra s de

sesm aria íian to por F'r a n c i s c o D ia s d 'íív ia ly da Casa da Torrcíy

qu a n t o !:í o I‫ ■׳‬D o in i n g o s A ■Fo !‫ ר‬s o Se rt a o ou H a •Fr e n !1; e ,, q !.1e p o s 11;kí.i o

cognome de "Ser-í: ã o " por i:e r passado a m a io r p arte de sua v id a

c o ni o p i í :¡ n e i í- o e c !'• i a ci o 1- d e g a ci o no 1i>e 1‫•׳‬t a o b a i a ‫ רו‬o !;Ma •Fi‫ ׳׳‬e n s e pel o

•Fato de te r n a scid o em M a - F ra ¡ , PortugaH ..

Quanto às bandeiras, estas se articulavam visando além

da int ei-1o¡'• iz a ç a o y a caça aos índios e a cata aos metais» Nesse

q u a d ro !:>o d e-■s e in í;;e r ir o 1;


;e i-í: a n is m o de c o n t i'■a t o r qu a n d o a íií

b a n d e ir‫׳‬a i1>^ n!o v in¡en t o s d e oi‫ ׳׳‬i g e m p a u 1 i5 t a , a s !1;u m ir‫׳‬a m u m c a !‫■־‬á t e i'•

I‫ ״‬e p I‫־׳‬e s 1;;o !'‫י‬ c!‫י‬.‫ג‬ ü;e J a , o í:í b a ‫רו‬d e i1‫•׳‬a n te í:ío u s e r t a ‫ רו‬i11;t a s e 1‫׳׳‬a m

contratados para sufocar‫ ׳‬focos de c o n c e n t raç;ao de negros fugidos

e "‫׳‬in d í g e n a s r e !‫ כ‬e 1 d e s ", qu e no e n te n d e r‫׳‬ da 0 o raa p o rt u g i.aesa,,

a 111e a c:a V a m a í::o 1 o n i2;a ç:a o 0 11;e r t a n Iííiüo de c o n 1 1-a t o , f o i uma d a 1;;

f □ r m as de e p 1‫׳‬
‫׳‬e s s ao da b a¡
‫ר‬d e i ris í:5‫״‬

Os b a n d e ira n te s podían! s e ¡- seni‫ר‬o r e s de engenho e

g r a 1‫ ר‬d e s p r o p !‫ ׳׳‬i e t á !'■ i o s p e c: u.a 1‫ ׳׳‬i s i: a 1:;, c ont ra ta do s pe 1 !1‫;;מ‬

g o V e ‫■ץ‬n a d o 1-es ge ra is , p a 1‫ ׳׳‬a c o iii b a t e r‫׳‬ o p r‫ ׳‬i ‫ רו‬c i p a l obs t úc u 1o aq

a V a n c cí da co 1o n izac ao na í‫ ׳׳‬e g i a o ‫״‬ a !'■e 1;; i t ên c ia d a 1;; t r i I:) o 11;

46
i n d ‫ ז‬ge‫רו‬as e dü s n e gr o s a «;!u i 1o inb ad os ‫״‬ E:1 ‫•׳‬a o ü;er t; an i t a y o

c: o n 1‫ ו‬e c e d o r d a í:;e r t ã o y d o í;; s e u s !:>e r‫ ׳‬i go s e t: a 1!1 i:) é n! d a ü> e s t: r‫ ׳‬a t é g i a í:;

í:i e 1u t; a s !.‫ג‬s a d a í;> pe 1o í;í n a t i v o ;;í ‫״‬

A coiiipfônsaçao par a tal prática era a de poder

c:o n í!iid e 1'•a i‫ ׳׳‬o s fr!d io ;:i t o !1)a tío íi; e ííí gu e r !'■a c o !!1 o cativos Jeg ft irno s «

mc i o 1‫ ר‬a V a e a J u<
i>i: i f i, c: a t i v a da " g u e 1-i- a j u s t a '''

O b a n d e i !‫ •׳‬i s in o a sí s o c: i a !:i o ao 11;e r t a n i <:íin o de con t i‫■׳‬a t o

r e a l i 2; o u - s e ‫ז‬ i n i c i a l ment e ^ p a rtin d o de SSo V ice n te e a rtic u la d o

í:: o til a caça a o ■( n d i o .. As s oc ia íií e ^ a i n d a y a aça o d o s; !:>a n d e i !'■a n t e !:i

na a tiv id a d e c r ia t ó r ia ‫״‬ p r in c i p alm en te na re g ia o do rio Sao

F' i'•a ‫רו‬ i ;a c o 1::: 1;; 1:í a a ao e !'•a i‫ ׳׳‬e g !i l a m e n t a d a p o !‫•׳‬ c o n 1 1-a t o c: o in o

G overno G era l¡, datando da segunda m etade do sécalo XUI e in ic io

do s é c u lo X V II

S e gu n d o ii1‫״‬f o r‫׳‬nia oe s de 'í'A V A R E!S (1981., 9 í ) ,■ c :1


‫ר‬a m o u ü;e

ent r a d a na i:üai1 ‫ ׳‬ia , a e x p e d ic:ao m i l i t a r i2 ;ada , conl'iec id a em Sao

!•'a u 1 o o ‫!וו‬o bandeirá I n d e !;>e n d e n t e cia t e r‫׳‬m in o 1 í:5g ia , tanto a

e n 1 1‫■׳‬a d a c o 111 o a b a n d e i1'■a ¡- a í;ís u m i1‫׳׳‬a in o nie í:ím o pa pe 1 no B !‫׳׳‬a 1 ;U 1

c:o 1 o n i a l ‫״‬ O r g a n i z a d a 1 !; e !11 c o 11 !|:>a n l1 ‫ ־‬ia s c h e f ia d a s p o ‫ ־ץ‬c a p it a e íü y c;o ¡1 ;

a posse de patentes reaiSy eram autorizadas a conquistar novas

terras e a guerrear o "gentio bárbaro".,

Na segunda nietade do s é c u l o XVI foi ariíiad a a p rim e ira

e x p e d içã o v ic e n tin a em d ire ç ã o ao sertao b a ia n o , c i'ie fia d a por

D o lii i n g o s Ba rbo s a C a l !‫ ר‬e i i‫ ׳׳‬o í;í .. 1" mb o r a a c: o !11p a n h a c:i o de 111a I s de

duzentos homens brancos, o o b je tiv o da e x p e d iç ã o na cham ada

47
‫ ״‬gü B !‫■׳‬r si j u s i;a y c 0 n t !'■a q s \n d io í:; pa ia iá 11;y 1‫!״‬a regia 0 d e J a c í:)b in a ^

não lograra e M i t o ‫״‬

1íí atividade i;)ande irant; e na qual atuau Joao l-^eiMoto

M ie ‫פ‬a s r c;í:)!1‫ו‬o ;!>e r {:a ‫ויו‬is t:a ^ 1‫ר‬a s e gu ‫רו‬d aine t a d e do sé u 1 0 X V 1![

a 5 5 0 c: ia ‫מו‬ s e a 5 01‫ ״‬ig e n <!; d 0 p q v o a m 8 r!í


:0 d a r‫׳‬e g ia 0 de !••eira de

8 a 1‫ר‬í:a n a yc u J a i-1is t o r i!:‫ג‬g!‫׳׳‬a f ia pí‫׳׳‬o d ü 2:id a a e 1;ís e 1‫■׳‬e !1;pe■ it;o sb r á

analiiüada no capítulo seíguinte‫״‬

NOTAS

() i'‫׳‬íl::.'NDONÇ-'A y M arcos C a rn e iro d e‫״‬ Raízes da Formação

A d m in is t r a t iv a do B r a s i 1.. F? i o de J a n e Ir o ^

:[ n B t i t u í: o r-l i 1;í t d 1‫ •׳‬i c: o (3e o g1‫•׳‬á f Ico B 1'•a í ; I l e i r o y

Í 9 7 2 ‫ ״‬pp., 7 í ‫״‬

( 2 ) TAVARES y L u is H e n riq u e !:)ias‫״‬ <Or g‫״ ( ״‬ Seleção de

Textos destinados ao Curso de História do

B r a s i1 ‫״‬ S a l v a d o i ‫ ׳׳‬y Un i v e rs i dade !‫ ' ■־‬e d e r a l da

Bah lay í 9 7 0 .. pp‫״‬ 61‫״‬

( 3) i M E ND O N Ç A y M arcos C a rn e iro de,. R a 1'zes da Formação

A d m in is t r a t iv a do B r a s i 1 ., i? i□ de J a n e ir o y

:[n í;>t: it ‫ו‬.‫ג‬t o i•■!11!;t c5i‫ ״‬Ic;o G e o g á f ic;o B r asi lei !'■o y

Í 9 7 2 ,. pp.. 3 9 ..

43
( 4 ) DOCUMENTOS HISTÓRICOS‫״‬ R io de Ja n e iro , T y p o g ra fia

Monroex í930., pp- 348..

(5) DOCUHENTOS HISTÓRICOS‫ ״‬Rio de JaneirO y Typo grafia

Honraey Í93 0 ‫ ״‬p p 3 4 8 ‫״‬..

(■ V:) G rifo s nossos.,

(«« ) (31'■ j f o 1 ;í n o íí; s o üí ..

<« » » ) (3i- i f os ‫ רו‬o s íii c) íí; ,

4?
C a p ítu lo !; 1
!

HISTORIOGRAFIA DO POVOAHENTO DE FEIRA DE SANTANA:

UHA QUESTSO CONTROVERSA

lEste: c:ap 1't:ulo t e m como objetivos ‫־‬


apresent ‫׳‬
ar e d iscut: i1'■

a H ist: or io g r a f ia d a s or i g e n s do povoamento da regiao de F e ira de

Sanatana» Para a c o n cr e t i ^açao desta parte do trabalho,

1 a n o u ■•••s e m ã o d e u ina c 1 a s <s if ic a ç;a o d a f>r o d a ç:a o h i t o r io g r á f ic a

P r o (Ju xí id a a r e s p e it o d o t e m a , t a n t o ‫ ח‬o í;e u a s p e c:t o ge r a 1 1‫ו‬u m a

V is a o a inp 1 a dos fatos r e '1a t a d o s , qu a n t o a o se s t u d o s m a is

{••'s p e c: íf ic o s sobre o a s s a n t o ..

:1;!‫ ו‬ic; ia n d o ‫"״‬se a a n a l is e pe l a H ist o r io g r a f i a aqu i

i n t it u 1 a d a de g e.i::«3111.>■ P od e se o b t e 1- in f o 1'•m a ç o e 1ü b íÁ11U c:a íj qu e

íi>a b s id ia r a m o e n c:a m in h a m e n t o do e 11>t u d o sobre os p r in c: i p a is

e p is (5d io s e p e 1- ííío n a g e n s l> is t o 1‫ ׳׳‬ic a m e n t e e n v o l v í d o s no pr o b 1e m a da

P e s q u i sa ora a p i‫•׳‬e s e n t a d a ‫״‬

É::s s e c:o n t e ú d o h is t o r io g r á f ico é ‫•ץ‬e p r e s e n t a d o pe 1o s

autores¡! W a n d er ley de Pinho, JoaoCapistrano de Abreu, Francisco

A do 1f o V a I‫•׳‬n h a g e in, A n it a N o v in s k y , R u s s e 11 - U o o d e Rae ,Je a n D e 11

Flory‫״‬

Ao analisar a H i s t or io g r a f i a E s p e c í f i c a , que trata da

p r o d u ç:a o c e n 1 1‫•׳‬a d a ‫רו‬o tema , ess e estudo a c o n s id e r o u sob trés

tendencias!¡ ;tr:.4àd.ü»l.QDsàl d.Qrolüíüa.t£:? iütfôiifflEdiátia e hq-Iímícs(■■

50
A tendência i;.1;:iacii,c;.ÍQCmI dQlJl.ümaÍ:.íS é representada pelas

obras de a u t o r ia de R o l l i e Poppino e Guimaraes Cova e ainda pela

Enc i c 1opéd i a dos MunIc( p i os Bras i 1e i r o s ‫ ״‬Essa t endênc i a assume

t a l c a r á t e r , desde quando se encontra enrai:^ada nos te x to s

o fic ia is » Nela se consagra e e n a lte c e a f ig u r a do casa l

AI‫■׳‬
a úJ o / B r a ndi o pa ‫■ץ‬
a e p1 i c a r a s or i s e ns do pov oa me ni; o da r e a i ao

d e F e i 1-a de S a nt a na «

v.iá n a t;e n d ê n c ia 1 n t e r.m e d 1 á r.;1 íí / i!1 ‫ ר‬u e m ■•••s e o s a u t o i-e s

1-‫י‬e d I‫•׳‬o T o m á s P e d r e ir a e R a im u ‫רו‬d o fM n t o , os q <.1 a is a c e it a m o

r e g is t r o h i<st ó 1‫ ״‬ic o d o c:a s a 1 A r a ú J o / 8 r a n d a o ,m a s a o mesmo 1 0 inp o ,

f a 2 ;em r e f e r ê n c i a aos Peixoto y l e gas « Apesar da inclusão de

outros personagens na iiistcíria local, os vau t o r e s nao avan<;:am no

sentido de pr ol;j 1 e mat i:i:ar a prioridade das figuras responsáveis

Pe la s o r ig e n s d o p o v o a m e ‫רו‬í:o d a 1'■e g ia o a q u i t r a t a d a ‫״‬

Finalmente, a tendência j;>q1í1]D.Í.í;:«( engloba os autores

Godofredo Filho e o fionsenhar Renata Galvao, que abrem uma outra

perspectiva de análise do f a t o ‫ ״‬Ao admitir a possibilidade da

I'■e V i<iia o c 11 ‫'׳׳‬t ic a s;o b r e a p 1‫■׳‬io 1‫•׳‬id a d e dos p e 1‫■׳‬s o n a g e n s no po v o a m e n t o

da região de Feira de Santana, esses autores apontam para Joao

F e iK o t o y ie g a s e sua f a m 1'1 ia

51
2 Ȓ .. H i s t o r i o gr a f i a Ge i-a I

Passando ao estudo de cada uma daquelas caiegorias, em

P r im e ii-o 1 u g a 1‫■׳‬, v e n1 a H is t o 1‫■׳‬io a r a f ia G e i‫ ״‬a 1r e p r e <5e n (:a d a p e 1 o 1s

a u t:o r e s , a s e g u ir n o m e a d o íís

Wander‘
l ey de Pinho, nascido em Santo Amaro, pertenceu

a várias instituições culturais do país!: Instituto Histórico e

G e o g r á f ic o B r‫׳‬a s I iie i1‫■׳‬o , 1 n s t it u t o G e o g r á f ic o e H iíüt ó r‫׳‬ic o da

13ali ia, I n lijt it u t o Ge n e a i (5g ic o d a B a h ia e A c a d e m ia de I...e t r a 11> da

Bahia«

Esse autor, na obra "História de um Engenho do

R e c 0 n c a v o ", p u b 1 ic a d a e m 1946, d e c a r á t e r m o n o g r á f ico, a p r e íiíe n t a

d e f o I‫•׳‬m a e k a u s t iva a h is t ó 1‫•׳‬ia de u m e n gen h o b a ia n o c o n s id e r a d o

um dos ma i im p (‫ג‬r t a ‫ רו‬t e s o E n g e n 1‫ ר‬o da F r e g u e s ia ..

Outras suas obras f o r a m "Poli'tica e políticos no

Império"? "A Sabinada"? "Cartas do Imperador D» Pedro II aa

Bar ao de Cotegipe"? "Cotegipe e seu tempo"y "Caxias"? "D» Icáreos

Teixeira? V Bispo do Brasil"?"Testamento de Sá"? "Sal oes e

D am a s d o S e gu n d o R e in a d o "..

01 iV e i‫•ץ‬a V ia n a , p i‫־׳‬e f a c ia n d o , a o b r a de UIa n d t?r 1 e y d

Pinho, "História de um Engenho do R e c í i nc avo ", a f ir m a tratar- se

52
cl0 "uin 1n{?1‫־׳‬g u l h o dos inais f u n d o s até hoje realizados nas foni:es

da nossa histo'ria local e regional‫« ״‬

A 0bI‫•׳‬a y e nr i que c i da de a bunda nt e i c 0no gr a f ia , a br a n ge

c a p í t; u 10s r e 1a t i v os a o c 0nI r o 1e c 0 10rn a 1 da pr 0duç; a 0 e c 0mé r c i 0

do a(i:úí::ar e as c r i s e s da in d u s tria acucare ira,- bem como as suas

c a u s a s « C o n s t: it u i a r¿s im , u m d o s m a r c o <5 r e p r e s e n t;ai: iv o s d a era da

a g:u c a I'• o R ec 0 n c:a v o ..

lá in e g á v e í a sua c:o n t‫־‬r ib u ig;a o l‫!״‬is t ó r ic a , i‫ ח‬c: 1 u s iv e

psslo S K U caráter in o v a d o r , n a época, sobre a vida dos engenhOB

do Brasil colonial, especificamente ao levantar o perfil de um

engenho do Reconcavo baiana o Engenho da freguesia ™ desde a

sua fundação em i552 até 1944‫״‬

ú nesse trabalho que Pinho <1982, 47S) se refere ao

papel desempenhado, na Hi st ()ri a da Bahia, po r membros de

f am 1'l i a s mais antigas da região do R e c cinc a v o « Sem se deter no

P r o b 1e m a da p r io r id a (Je d o po v o a m e n t o da r e g iviío d e F e ir a de

Santana, há, entretanto, algumas referencias à Jaão F^'eixato

V ie g a s ‫״‬

"Em ÍÓ87 buscavs-se conselho se, para


remediar a crise de venda do açúcar, não
seria bom cassar a liberdade de comércio
e ■Fixar of ic ialmente os preços por que
devessem se ve n d idos.
João Peixoto ViegaSr num corajoso e
decidido parecer, opinou pela liberdade.

A i‫רן‬d a s o b 1- e V ie g a s , P 3:N H 0 (1982, 476), a c 1‫׳׳‬e s c e n t a :1

53
"Pe'iHoto Viesas apontava os comerc¡antes
credores de farnec¡mentas a receberem
açúcar em pagamento a um dado preço, a
eles vantajoso, . . . Era um dos aspectos
da eterna luta entre senhores de engenho
e com¡ssár ¡0S, guerra cujos estragos
Pe¡xoto V iesas, exclamando¡
Testemunhava a"

(üuanto m s atividades de Joao Peixoto V legas e o

{::omércio d o açúcar, PINHO <í982, 477>, regsitra¡:

"Chegada a época da saída da frota, se o


senhor de engenho não queria perder a
safra tinha que entregar o produto a seu
credor, e este forçava extremas baixas
ou contr ibuía para a fixação lesiva, de
que falava Peixoto Viegas."

PIN H 0 < í 9 8 2) c:e n t r a a s u a a n á 1 ia e na p r im e ir a g r a ‫רו‬d e

(::ri s e do a «;ú c a r c o i o ‫ רו‬ia 1‫רו‬o ine r c a d o in t e 1‫■׳‬n a c io ‫רו‬a 1 , o c o r r id a na

segunda metade do século XMII.. Par ‫־‬


a HOBSBAWN (1979), um ‫־‬
a crise

geral equivale a uma regressão econômica» Tal assertiva

c o n f ir m a ‫״״‬s e nos efeitos da crise geral pela qu al passou a

e c o n o m ia e u f o p é ia d u r a ‫רו‬t e o s é c u lo X V 11, na ú 1 1 im a fase de

transi cao da economia capitalista, diante da im p o s s il:> i 1 id a d e de

superar outros obstáculos que ainda se apresentavam em direção

a o c o m p 1 e t o d e s e ‫רו‬v o l v i m e n t o d o c a p it:a 1 is m o ‫״‬

Essa crise do século XVX.T afetou a economia

b r a s i 1 e i1‫•׳‬a , p r in c i p a 1 m e n t e no qu e d iz 1‫׳‬
‫־‬e <1;p e it o a q u e (Ja d o íü

precos do açúcar, aliado ainda a má qualidade desse produto e a

concorrência externa» Esse problema preocupava todos os produtos

54
bras i 1e i r o s , a e>{emp 10 de Jo io P e i )■íot: o Mi eg as, que em i t: i u

parecer a esse r e s p e iio » Hesse context a Viegas ocupava duas

Pü s i ç;o e 1
i>!1 pr odut or e co m e 1‫•׳‬c i an t:e de a çú car ‫״‬

Aínda no século X M II, urna das c r i s e s v iv e n c ia d a s pelo

B r a s i l c o lo n ia l fo i a guerra liolandesa‫ ״‬A presença iiolandesa no

B r i'As i 1 I‫•׳‬e s u 11 o u , e ‫רו‬t r e a u 11‫■׳‬a s qu e s t o e s , d e u tij pr o c e s s o e u r o pe u

de e mbate entre ;‫ גי‬Holanda, e a Espanha no inicio do sécalo XVII.,

!•"ator r e levante na explica«:ao dessa presença no Brasil é a

a m p 1 ia c a cj d o s i‫רו‬t e r e s s e s d o s !‫ר‬o 1 a ‫רו‬d e s e s n a p r o d a ç a o , n o r e f i‫רו‬o e

n a d is t r ib u ia:a o d o a ç;ú c a r‫ ־‬b r a s i1 e ir o n a E u t‫■׳‬o p a . E s s e f a t o serve

para esclarecer o sentido desses interesses em conquistar a

I'‫־‬e £1 ia o p r o d u t o 1-a do ac úcar , o N o 1'‫־‬d e s 4:e b 1‫׳׳‬a s i1 e ir‫׳‬o .. 7'a is

in t eresses eram dirigi dos pr inc ipálmente para a necess idade de

garantir a r e g u l a r i d a d e do abaste c i m e n t o do acucar, o que se

efet ivar ia com o rompi m e n t o do monopólio ibérico no sei; or d ■a

PI‫■׳‬o d u ç:ã o , c:o ‫רו‬s id e i-a n d o --s e , in c 1u s iv e , q u e de i 5 60 a í 6 0 0, a

1 a V o u r a d a c a n a n a 13a h i‫־‬
a , e r a pr ó <‫>־‬p e r a e c r e s c e n t e «

A Companhia das índias Ocidentais companhia de

c o m é r c: io h o 1 a ‫רו‬d e s ía í■'oi a r e s p o n s á v e 1 pe 1a p r im e ir a t e n t a t iv a

de ocupacao na Bahia, em ió24« No ano seguinte os holandeses

f o r a m d e 1-‫ו‬-o t a d o s e e x p u 1 s o s d e S a 1v a d o r , a p ó 1;► o qu e , f iz e r a n!

nova investida em P e í r n am buc o, em Íó30, onde permaneceram ;‫־‬


A té

i 654 , qua nd o , f i‫רו‬a 1 me nt e , c a p it u 1 a r a m..

A p r e 1i>e n ç. a 1‫ ר‬o 1 a n d e s a n o B r a s i1 a p r e s e n t a - s e as im c:o m o

um d o s e 1e m e n t o s e 1 u c. id a t iv o s d a s d if ic u 1 d a d e s que a e c o n o m ia

55
aç: uc »r Gi I'■a i I‫■׳‬i enf r en t ai'• ‫־‬aü 1on go d0 séc u '1o X V II ‫״‬

Asconsequências das c ris e s que c a ra c te riz a ra m o

século X V II ,a tin g ira m em ciieio a Bali ia,. Em :1.63 :U Por exemplo, 0

panorama economico era de calam id ade., Dai' até íóóó, a a t iv id a d e

a gr í c c! 1a c ome r c i a 1 da B a h i a v i t a 1 i z ou•
‫■״‬
s e , ma s po r pouc o t e m!:>o ,.

R£'s ur ge nov o pe i‫ ׳׳‬í odo de c r i s e ^ !!>e ndo i: a 1 <


:>i t: ua ç a o r e s u 11: a nt e do

1 i mi t; ado t‫ ׳׳‬e ‫ח‬d i 11‫ו‬e 1‫ר‬í; o e ■


pouc o v a 1o 1
‫׳׳‬ c ome r c i a 1 do a (í úc a r , a v¿s i m

p<erman(ecendo a t oí í687 e d a 1' a t é .1.692.. Mesmo ten tan to equ l i b r a r a

s i t u ‫ גז‬Ç a o , o p e r 1' o d o e n f 1- c n t o u v á 1‫ •׳‬i a s s e qu 1 a 1!>, s e ‫וח‬ n e ‫ רו‬h u ma

1‫■׳‬e a Ça o s i g 1‫ ר‬i f i ca t iva pa ra s u p e 1‫•׳‬a t: a o d a qu e i a s d if i cu 1 d a d e s ..

Prec is á mente,em ió8í, a situatiao era de miseria tanto

p a I‫■׳‬a m o r a d o ‫־ץ‬e s d a c id a d e d o S a Iva d o ‫■ץ‬, comd das do R e c on c a v o ,

f a c e a q a e ie 1 im it a d o 1‫״‬e n d im e n t o d o p r o !Ju t o e po u c o v a Io r no

comerc io «

Em raz ao das r e 1 a c;oe s e n t r‫׳‬e c o m e 1‫•׳‬c ia n t e s e 1 a v r a d o r e s ,

estes e xplorados por a q u e 1e s , agrava v a - s e a crise com as

d if ic u 'id a d e s e d e m o 1‫■׳‬a s d e s e c h e ga r a u in a c o 1‫׳׳‬d o <c o m p r a d o r e s ,

senhores de engenho e lavradores) sobre o preço do acucar, o que

t e r m in o u p o r r e t a r d a ‫ •ץ‬o c arre g a ine n t o d o s n a v io s e a p a r t id a da

frota.. Além disso, deve ■se considerar o endividamento dov:i

s e n 1‫ ר‬o r•e s de e n ge n 1‫ ר‬o com c o m e r‫׳‬c ia ‫ רו‬t e s c r‫׳‬e d o r e s ‫״‬ sto t e r‫־‬ia

incentivado alguns c o m e r ciantes a buscar novas alternativas

económicas« Urna délas era tornar-se criador de gado no interior..

D i s c u t i a ■-s e ser a qu a 1 i d a d e do a «; ú c a r a qu i p r•o d u z i d o ,

56
como responsável pela queda dos preços do produto, posição

a c:e it a p e 1 a C o r t;e p o 1‫׳׳‬t u <ja e s a ‫״‬ M ie g a s c.o s u 11 a d o a dar o se u

parecer sobre a crise,‫ ׳‬disc o r d a v a dessa colocaçao» !■‫י‬ar a ele, na

C o 1 8n ia s e p 1‫•׳‬o d u z ia o m e 1 h o i-p o s s ív e 1, m a s p o n d e r a v a q u e o t e m p o

- quase do is anos ‫••״‬eiH que as caixas de açúcar ficavam expostas

na Alf¿\ndega, terminava por comprometer a su a qualidade» Ao

m eBmo t:e m !:>o , c;o n d e ‫•רו‬av ía as f a 1 s if ic;a c:o e s c m is t u r a s das

qualidades do açúcar e aínda sobre a liberdade ou f i;•;açao

o f ic ia 1 d e p 1‫•׳‬e ç o !•i‫״‬

Ao opinar sobre a crise do açúcar, Viegas aponta

ainda como urna das causas do problema y os tributos a que se

0 b r i<i)a V a m o s s o■'n h o 1‫׳׳‬e s d e e n g b n h o e 1 a v r a d o r c^s, c om o as f in t a s ,

d o nativos e d 1':; im a s , o que forçava a alta do preço do pr od ut o ^

afirmando, inclusive, nao havo^r recursos para solucionar aquele

1 mpasse ‫״‬

Note ••••se que o personagem Viegas focalizado por

Wander 1ey de P in 11o , at ua na é p o c a , como oI:)ser vador e con 11;u 11 or y

e s pe c if ic a n!e n t e qu a n t o a o ‫ ק‬i-o b 1 e m a d o a ç ú c a 1'‫־‬, s e m v in c u 1 á 1•■‫״‬o às

origens do povoamento da regiao de Fe ira de Santana.. i.')e qulquer

sorte, o texto f ocalizado of ereceu subsidios para a inclusao de

um dos |:>rot agon ist a s , ncj con t ext o do pr ocesso, or‫׳‬a em est u d o ‫״‬

I‫■״‬igu r a t•a m b é m nes a p r inie ir a c a t e g o r ia da

Hist o r io g r a f ia a n a 1 isa d a , o a ut or C a p ist r a n o d e A b r e u , do qua1

•í■'u n d a m e n t a m e sse e s i:u d o , duas de su a s o b t‫׳׳‬a s » A p r im e i1‫•׳‬a ,

" C a m in 11o s a n t ig o s e p o v o a m e n t o d o B r a s i1" , pu b 1 ic a d a em í 89 9 ,

57
a pI‫״‬e s B‫ויו‬t; a •

■■
se o mo um e <
;>t ud0 i na v ‫־‬a clor e 0 r i g i ‫ח‬a 1 na é p0c:a ¡r

con t r• i bu i nd0 0 <ih?u c 01)eud0 na ob 1‫׳׳‬a post ei‫•׳‬i 01‫־׳‬ "Cap 11 u 1os dm
:

H i St dr i a Col on i al 0 ..‫ ״‬mér i 1 0 destsas pub 1 i cag: oes >


. part; I cul arment e

para esse estudo, está no destaque dado pelo autor ao papel do

s e rta o rm H i s t o r i a do B r a s i l ‫״‬

Até o f i1 \1 ‫ רו‬d o b é c;u i o X 1X pou c o s f? s a b ia sobre o

a n d e i1-a ‫רו‬i:e , d o s c a m in h a s
m (aV im e n i o b ‫׳‬ <:|u e in t e r 1 ig a v a rn o v ú r io ;ü

pontos do pal's, das rotas terrestres e fluviais, oa ainda, sobre

0 9» d o e o povoamento do sertao,. F o r a m, portanto, traba■ll‫ר‬o s

1n o V a d o r e s e de gr ande c o n 1 1‫ ־׳‬ib u iç ao par a a H is t o i- io g r a f ia

b r a s i 1<? ira, p r i‫רו‬c ip a 1 m e n t e no q u e d iz r e s p e it o a o e's t u d o de u ina

áre a p o u c;o c;o n h e c id a d o t e r r it ó r io b !‫־׳‬a s i 1 e ir o ‫ ■•־‬o sert ao ‫״‬

Apesar de nao se dedicar ao estado específico das

origens do povoamento da regiao de F e ira de Santana, Capistrano

de Abreu, dá um maior relevo à figura de Joíiío Peixoto Uiegas,

que UIa n d e 1-1 e y d e F* in b o ( í 9 8 2 ) r e i e c io n a n (Jo -o com os e p is ó d io s

que m ar c:ar am um d os m o m e n t o s c r uc ia is d a h is t (5r‫׳‬ia da C a p it an ia

d a EJa h ia !! o d e s b r‫׳‬a v a m e n t o d o in t e r io r‫׳‬e sert ao , seJ a p e 1a a ç:a o

daB b a n d e ir‫׳‬a s , s e J a , n a '1u t a c o n t r a o s 1'n d io s .. N e 1!>s e ú 1 1 im a

episódio deve-se destacar Miegas no seu relacionamento com os

r‫ ח‬d io s p a ia iá s , o qu e e m m u it o se deu a t r a v é s d a c:1‫ ר‬a m a d a " g u e r r a

J u B t a ", c c)n B id e r‫־‬a n d o a q u e 1 e a u t o r‫ ־‬a im p o i-1 â n c ia d e s s e s fatob ,

para o povoamento efetivo da regiao.,

Joao Capistrano de Abreu em "Caminhos antigos e

Pov o a m e n t o do B r■a s i 1 5 1 / 5 2 ,1 9 7 5 ) ‫ )״‬, r e g is t r a !:

58
"Em agosto de i67í chegou a gente de SSo
Paulo para cujo transporte a Cámara do
Salvador desprendeu o melhor de dez
contos de reís. Eram dois os chefes
pr inc ipaiss Braz Rodrigues A rzao , que
apareceu primeiro, e Estevão Ribeiro
Baião Parente, cabo supremo, João
Peixoto Viegas eficazmente concorreu com
os índios pai ai azes que domest icara,
cuja administração logrou por tais
serviços^"

0 m e s m o a u tor, no se u 1 iv 1‫•׳‬o " C a p ítul o s de H is t (5r i

Colonial!! Í500 - í & m " , < 1 9 7 6 , Í 2 Ó) acrescenta!!

"A margem baiana do São Franc isco criou


gado em não menor quant idade, embora no
terreno cortado de serras e nas nmtas
litorâneas ou ribeirinhas se
concentravam numerosa população
indígena, sempre disposta a salteias. As
bandeiras de Arzão e Estevão Parente e
outras enfraqueceram, mas não
extinguiram a resistência do gentio, e
anos depois guerreava-se ainda nas
cabeceiroas do rio de Contas, Pardo etc.
0 grande propr ietár io dessa banda
chamava-se Antonio Guedes de Brito, com
cento e sessenta léguas, contadas do
morro do Chapeú até as águas do rio das
Velhas. Merecem também ser menc ionado
João Peixoto Viegas, que incorporou as
terras do alto do Paraguaçu? Matías
Cardoso e F igueira, conquist adorers
paulistas, estabelecidos em situações
muito próprias a ■Favorecerem o tráfego
com São Paulo. Os caminhos destes lados
entroncaram pr im e iramente nos que pela
margem esquerda do São Franc isco
demandavam o chapadão do Parna íba? só
mais tarde o Paraguaçu foi procurado
desde o curso superior e seguido até
Cachoeira, perto da barra."

A V in c u 1 a ç a o d e s ü;e s b p is ó d io s c o m a f i 9 u 1‫׳׳‬a de Jaao

P e iK o t o Ui e g a s , a p a r t i1‫•׳‬ desta 1 e it u r a p e r m it iu p r e e n c 1‫ ר‬e 1‫•׳‬

59
lacunas que se referiam a sua a t u a (;:ao no desbravament: o de parie

do interior do Brasil, ampliando as possibilidades de

c o n t e x t u a l iz a r e melhor caracterizar liegas, na l:)ahia d o século

XVII, enriquecendo, assim, a c o n s t rucíiío d o seu perfil»

C o m p 1e t a n d 0 a p r im e ir a c a t e .9 o r ia dos autore

<;>e i e c io n a d o s , a p a ‫•ץ‬e>c ec F t‫•׳‬a n c ií:;c o A d o 1 f o d e V a 1‫רו•׳‬h a g e n1 , í;;o ni a obra

" H iíii1 1>i'■ ia G e!‫■׳‬a 1 d o B i-a i1 ..

Varnhagem, filho de pai a lema o e com format: a o de

ilif 1 u ê n c ia e u r o p é ia , m a 1'•c o u p r‫־‬e s e ‫ רו‬a na H is í:o 1‫ ׳׳‬io g r a f ia

b I-a s liei r a T1‫־׳‬a t a ■■s e de uma o b r ac 1 á í:>b ic a a p r e s e ‫רו‬t:a d a em c i‫רו‬c o

vola m s , b á s ic a pa r a o e s fcu d o d a f o r m a c:a o h is t ó 1‫ ׳׳‬ic a n a c io n a 1 ,

cujos temas sao desenvolvidos através de secções, enriquecidas

Po r a d e n d o s , c o m e n t ‫־‬
á r io s , n o t a s e ic:o ‫ ח‬o g 1‫■׳‬a f ia s ..

Nessa pub li c a c a o p(?r c e b e m - ‫״‬s e indícios de um pensamento

orientado de forma diversa das que m;‫׳‬


írcavam a mentalidade do

1 ‫רו‬s t it u t o !•■!is t ó r ic o e G e o g r á if c o B ‫־ץ‬a s i 1 e ir o ‫״‬ E y, p 1 ic it a - s e uma

f ort e r e s t r ic a o às t endênc; ias nat iv ist a s de out r o s h ist or ia d o r e s

da época, o que nao significou um m e n o s f > r e 2 :o à f>ar t ic i p a c a o tio

1'n d i o na história b r a s i l e i r a ‫ ״‬UARNHA GEi ^ imprimiu em sua obra a

cr ít ic a h ist (5r ic a que vivia sua p l e n it u d e na !‫״‬u r o p a da século

XIX..

‫■ל‬r a t a ‫רו‬d o ■•••s e d e I•■!is t o r i o g r a f i a , outr os seus t ‫•ץ‬a b a 1 h o s

f o I‫•׳‬a m K " i-iis t ()r ia d ‫־‬


as 1u t a s c o n 1 1‫•׳‬a o s 1‫ר‬o 1 a n d e s e s " <íB 7 Í ) , e a

‫ ״‬H is t ó r ia da in d e p e ri d ê ‫רו‬c ia d o B r a s i1" , n a o a c a b a d a , p u b 1 ic a d a na

6<è
RKV i s t ãdD I ns t i <
: ut o H i s t d(‫ ־׳‬i c o e Ge o gr á f i c a B 1‫ ׳׳‬a s i 1<s iro¡, e 1«

Í 9 Í 7 , s e ndo c ons i de r a do e s s e a ut or c om0 um e x poe nt e má k i ina da

H i s t o r i o g r a f i a b r a s i l e i r a no século X IX ‫״‬

I? e f 0 r i ndo•

••s e a J 0 a 0 F*e i x 0 10 V i g ga s , MARNHAGE M ( í. 975,

73 ), ‫ח‬a 0 br a " H i s t ór i a 6e r‫־‬a 1 do Br a s i 1‫ ״‬, 1‫׳׳‬e g i s t: r a 8

"E como a este tempo se sabia Já de um


roteiro gue Belchior Dias havia dado a
seu sobrinho Franc isco Dias, bisavô do
coronel Garcia d'ávila, do haver que
havia em Jacob ina^ foi Jorge Soares com
Joao Peixoto Viegas a Jacob ina e x a m inar
o dito roteiro e correndo muitas serras
e logares e não aver iguaramr e sucedeu o
que o mesmo João Peixoto Viegas relata
na notícia que deu e deixou escrita com
o mesmo roteiro, "

0 p a p e. 1 cie s e m p e ‫ ח‬h a clo po r J o a o P e i o to Vi e g a s , s e gun d

aqueUe autor, ê de ter sido um das responsáveis para fazer a

revisão sobre o roteiro de EJeichior Dias Moréia, abastado

proprietário de terras e de bens que vivia no sertão do rio

R e a 1.. A o rno r r e 1‫■׳‬ d e ik o u esses b e n íü e t e 1‫■׳‬r a s v in c;u 1 a tJo s em

morgado, sobre o qua l geraram contendas, principalmente com a

Casa da Torre» Ilustra-se, assim, mais um dos empreendimentos de

Joao PeiKoto Miegas, o que denota o seu prestígio Junto às

a u t o r id a d e s d a ("a p it a n ia d a B a h ia ‫ ״‬Vi e g a s ad entrou ao ser ta o de

Jacobina a fim de confirmar o roteiro dos Belciti dr Dias na

direc:ao e ca<;;a à s minas,.

F !n a im e n t e , s a 1 ie n fce ■•••s e qu e o e k a m e d e s s a s i‫וז‬f o r m a ç;0 e s

Pr e e n c h e u a '1g u m a s 1 ac uri a s que d if ic u 11 a v a m o en t e d im e n t o do

èí
pa 1‫וי‬o‫■ץ‬a ma da h i s t 6 r i a c o '1o‫ רו‬i a 1 ‫רו‬e c: e s s á r i 0 ne s í>e e s t: udo ? be m c: oino

p o s s i b i l i t o u a r e c o n s t it u iç ã o das rela(;;ocis econômicas e s o c ia is

d0s V i e ga 11>, 1
0 ‫ ר‬c 0‫רו‬t e k t o da B a !‫ ו‬i a c:0 1 0n i a ‫״‬

0 quarto autor c l a s s i f i c a d o nessa p rim eira c a te g o r ia

A‫ רו‬i t a N0V i ns l<y y c 0m a 0br a " Cr i s a 0s •



•■
nov 0s na 13a 1‫ ר‬i a " , e d i t a da e m

i972»

N 0 UIN S l<Y é pr o f e s s o 1-a d o D e pa r t a m e n t o d e I-Iisit (5r ia da

F"a c u 1d a d e d <s F i1o s o f ia , L e t r a !1; e C ii n c ia s i-iu m a n a s da

Universidade de Sao Paulo (ÜSP). Especialista no estudo de

cristaos-novos no Brasil^ aquela autora mostra a necessidade de

se fa;;er uma revisão na H ist ar iograf ia tradicional no que se

refere às informac:oes até entao conhecidas solare os

c I'•is t a o s •••■n o v o s po ‫■ץ‬t u gu e s e í;> ‫רו‬o B r a s i1 «

P a I‫■׳‬t illd o d o s m e io s de id e n {: if ic a a o d o s c r is t a o s ••••n ovo s

‫רו‬o B 1‫•׳‬a sil, ‫רו‬íiío ó o s p r o c e s s a d o s pe lo £5a n t o 0 f 1'c io , c o m o t a 111b é m

0 s qu e r e s id ia vrt no B i-a sil, f u n d in d o s e com o restan te da

p o pu 1a ç:ao,. A au t o ra 1'•e c:o n s 1 1'•ó i as ge n e a 1o g ia s das f a m 1'1 ia s

1nd ic iadas confIgurando o un iverso soc ial de que part ic ipavam os

P o r t u g u e s e s d e o 1‫■׳‬ige m J u d a ic a ‫ ־‬Si t u a - s e a pi‫״‬o b 1e m á t ic a c e n t r‫־‬a 1

daquele estudo, no sentido de identificar o que era □

cr ist a 0 "‫־‬n 0 v 0 brasileiro‫ ״‬A esse respeito, NOVINSKY (í972, 84),

a s s im s e e x p r e í;ís a ‫״‬

"Perante a Inqu/s/cão foram ainda


denunciados homens de projeção na
sociedade baiana, como Jorge Lopes da
Costa, procurador da Câmarar tesoure iro

62
da Misericórdia e procurador da Condessa
de Linharesr João Peixoto Viegas,
tesoureiro e escrivão das Bulas."

I;:!mbo r a aquela a ui: or a na o e s t e j ac; ompr onie t ida c; om o

tema dest:a laesquisay a sua c o n trib u iç ã o tenisido r e le v a n t e ,

a i nda qu e de f o ‫■ץ‬n! a ind ir et a , no 0 ‫ו‬1‫ ו‬nt e ‫ ח‬t o e ni que ident if ic a J oao

P e i K o to V i e fj a s c o mo ‫ ק‬e (‫•׳‬s o n a g e m d e d e s t: a q a e 1‫ ר‬o s e pis (5d i o s qu e

m arcaram a presença do Santo O fi'c io na B a h ia no sé cu i o X M IJy

en-í'at: i ;•:‫־‬a n d o su a c o n d içã o de t:(5 so ureiro e e s c riv a o de B u la s Ju n ta

à I nciuisicao»

Da m e s ina f o 1‫•׳‬m a N O U I N S 1< Y (i9 72 > ao e s c 'Ia 1‫•׳‬e c e r o

i1>i gn if ic a d o de " f a m i 1 iar " do San t o O f íc io , a u x ili a na

c o m p I‫■׳‬e e ‫רו‬s a o das r e 1 a t;o e s de ,Joã o P e ik o t o Vi e g a s com essa

I n s t it u iÇ a o , a o t e rnf>o em qu e a j u d a a c o nip r e e n d e r q ue , obtendo <s

Carta de Familiar, c o m p l et a v a m - s e as e x i gé^nc ia s para a sua

a c e it a c:a o ‫רו‬a s o c: ie d a d e b a ia ‫רו‬a ‫״‬

A o i.)r a " I■•■id a 1 9 o <1> e P i 1 a n 1 1‫•׳‬o p o s s a San ta casa de

i^ is e r ic órd ia da Bai‫ ר‬ia,. í 5!50 i 7 5 5 ", de autoria de Russel-Wood ,

c o m p oe também essa p r■ im e ir a c a t:e g o r ia h i s t o ‫•ץ‬io 9 r á f ic a a <:!u i

organizada‫״‬

R u s s e 11 ‫••־‬W o o d é p i-o f e s s o i- d e H is t ó r ia n a J q h a íã tíQ &.k k j.‫ ם‬a

U Q i y. íSil5üi L y ■■ seus p r in c i p a iiii in t e r e s s e s de p e s q u is a , sao ;‫ג‬

!••Iis t ó r ia do B !‫ ״‬a s i 1 C o 1 ô n ia , o c o 1 o n ia 1 is m o c o m p a 1‫•׳‬a d o nas

A m é r ic a s e o iinp é t‫ ־׳‬io u 1 1 1‫•׳‬a m a r in o po r t u gu e s ‫״‬ C:o n 1 1‫•׳‬ib u iu c o 1«

numerosos artigos e resenl‫ר‬a s para peródicos académicos, entre os

63
quais a R e v is t a B r a s i l e i r a de Estudos P o l í t i c o s e a R e v is t a de

H i s t ó r i a , bem como urna co leta n e a de ensaios., rá membro v ita líc io

da Eayal, ü«SQai::a;fíl;LLs1i. SaQQ,i,!ii:t!‫־‬l e so cio correspondente do I n s t i t u t o

Geográfico e H is t ó r ic o da B a iiia ‫״‬

A obra antes c ita d a é um estudo da evolucao das Casas

de Mi s e r i c ór d i a P or t a gue a s na me t: r ópo 1e e na á r e a c o 1on i a 1 .. F a z

urna ap reciação da h isic Sria da sociedade e da economnia da cidade

do Salvador.. A pesquisa abrange o período de Í 549 a Í 7é 3 »

Coa duna •

■■ e c o1n o po1
‫ר‬í; o de v i st a de s t e e s t udo , as

i nf or ina c: oe s pr‫׳‬e s t a da s por RUS S EI...•



■WOOD ( í 9 8 i , 96 ) ■
■ "

"Na Bahía colonial os irmãos da


categor ia super ior podem ser divididos
em do is grupos, O primeiro era a
ar istocrac ia rural, cuja riqueza e
prestigio viera do cultivo da cana de
açúcar ou da criação de gado. Entre os
Provedores da Miser icórdia, os do is
tipos de colonos estiveram
representados¡ os plantadores de cana
eram os Silva Pimentel e os Rocha Pittas
os cr iadores eram João Peixoto Viegas,
Pedro Barbosa Leal, Domingos Af-Fonso
Sertão e a ■Fami'lia Dias d'dvila, da Casa
da Torre."

Observa-se nesse trecho o destaque dado a Joao Pei>!oto

V ie g a s com o p e r t e ‫רו‬c e n t e k a r i t o c r a c ia 1‫׳‬


•u 1‫•׳‬a 1 d a (!‫נ‬o i 6 n ia , 1 i g a d cj

princi p a l m e n t e à criaçao de gado e como provedor da Santa Casa

de Mi üie í‫•׳‬ic ó 1‫׳׳‬d ia , n a B a h ia ..

R U S S EI...• U O O D , a o e s t u d a r a San t a Casa de M is r ic ó 1- d ia da

Bahía, enquanto irmandade, delimita o período entre os anos de

64
1550 a 1775 » A c o n trib u iç ã o desse autor ■í'o i de grande v a lia

t a nt o pa 1‫•׳‬a s i t ua r o pa pe 1 da s oc i e da de c □'1on i ua 1 na s i 1
‫ ׳׳‬ma nda de s ^

qua nt o i nf or ma ndo a r e s pe i t o da i mpo1‫׳׳‬t â i‫!״‬c: i a s oc i a 1 dos i r nia os da

Santa Casa. 1st o forneceu p is t a s para a compreensão de que 0

fa t o de ser cr istao-‫״‬novo nao s ia n ific a v a uní ob stácu lo

intransponível para se t o r n a r irmao da S a n t a Casa» Es se •í'o i o

c i-xs o d e J o a o P e i x o t o V ie g a s en tre ‫ ם‬u t r os ci‫■־‬is t a o s ••••n o v o s , na

Bahia‫״‬

Para me'ihor c o m p r e e n d e r o papel das Ir man dad es na

estrutura s o c ia '1 b r a s i ‫ ג‬e ira, é o p o r t:u n o a p r e s e n t a r a 1 gu m a s

i nf or mac: oes a r e s p e i t o da .Tgreja no Brasi'l colonial, a qual , em

f u n g:a o do p r ó |:>r io •Fu ‫רו‬c io ‫רו‬a m e n t o do pa d r o a d o , pr o m o v e u a

i n c o r p o r a c:Sío d o s 1 e ig o s n o 1:i s e a ííí <:!u a d r o íí>

A part ic ip a ç a o dos leigos a s soc iava--se à const r u c i o

das igrejas, a o s at os do c u l t o e à promoção de devoçoes., Em se

1 1‫•׳‬at a n d o de cat o 1 ic i11;mo t r ad ic iona 1 , hav ia d u a s f or m a s t íp icas

de part ic i p a c a o d os leigos:¡ urna c o l e t i v a , através das confrarias

religiosas e urna in d i v i d u a l , que se dava pelo exercício do

ofi'cio de eremitas» As confrarias, enquanto a s s o c iaçoes

religiosas onde se r e u n i a m os l e i g o s na p r ■ática do catolicismo

t rad ic ional s u b s id iv id iam •■‫•־‬se em do is t ipos s as ir man d a d e s e as

o I'•d e n s t e r c:e ir a s , a m b a <1; c o m o r ig e m m e d ie v a 1 ..

As c o n f r a r i a s , mesmo perdurando até o Império, tiveram

sua fase ■áurea durante o período colonial» Sua finalidade

e s p e c 1'f ic a e r a a p r o m o c¡;a o d a d e v o c a o a u m d e t e 1'■m i‫וו‬a d o santo » 0

65
elemento mais c a r a c t e r í s t i c o da c o n f r a r ia era a part ¡ c i paç;ao

'1e i ga no c u '110 ‫■ץ‬


e 1 I g i o<
!>o E m ge r a 1, 1«a nt é m‫■־‬
•s e u‫ווו‬a n i t i da

d i s t i nÇ a o da c 0 1- da pe 1e na !■
>ua or ga ‫ וו‬i z a (;:a o , ha v e ‫ וו‬c! 0 i r ma n da de s

de ‫ ״‬homens brancos", de "p ard os‫ ''’׳‬e de "p retos"..

Adotava cada urna délas o sea próprio estatuto,

o m p o s t o d o s d ir e it o s c d e v e 1‫•׳‬e s d <s s g u s m e m b 1‫•׳‬o s , a s b u m in d o a s ííh m

u in a 11;p e c t o m u 11: o 1 o c a i .. A o re i de P o r t u ga À , na c o n d iç:a o de

G r a o ■•••M e s i:r e d a O r d e m d e C r i3 1 o , c;o m p e t ia a a p r o v a «;a o do e stat ut o

o u c o m p r o in is s o a r í: ic:u 1 a r
p‫־‬ da ir m a n d a d o? ‫״‬

A ;1;‫•ץ‬m a n d a d a da H iser‫׳‬ic;ór d ia d a B a hi a data de 1.549» üm

dos privilégios dos irmaos da M ise r icí5rd ia ecra acompanhar os

ente!'■ 1‫■׳‬o s Esse dado é imp o r í:a n t e p o !‫<•׳‬:!u e no EJr a s i 1 , es e ato


/

a s s u m ia si gn if icat iv o c a r á t er s o c ia l «

U ie g a s , ai n d a qu e n a c o n d iç;a o d g c r is t a o ‫•■■־‬n o v o , f ig u r a

c o mo es e n t an t e d e
r GpI‫■׳‬ !.im doü
> g r u po s c o mpo n e n t e s da ::a t e g o r
< ia

s u pe I'•io r d o s ir mã o s d a B a n t a t‫נ‬a s a , ao 1a d o de n o iíígs i g u a 1mgn t g

de s t a c a doíí c omo o da f a m1' 1 i a D i a s d ' Av i 1a , da c a s a da I or i-e ..

No apendicG 2 da saa obra, RÜSSELI...--WOOD (i98í),

apresenta ix relagiao n o m i n a l dos provedores da Santa Casa, na

B a h ia , ondg íiíg s it u a Joao P e i>;o t o V ie g a s , c u J om a n d a t o

c o r (‫•׳‬e s p o n d e a o p e r 1'o d o d e 0 3 d e j u 1 h o <Je .1.ó 8 3 a 02 de J u 1h o de

-1.684..

Esse autor esclarece a inda que ai d G n t i f i c a ç a o do

66
h o 111e 111 d e rib g 6 c; i0 c:0111 0 c:1‫ •׳‬is t a 0 ■•••n 0 v 0 , n a 111e ‫ ח‬t a 1 icla cle p0 p u 1a r , n a o

iinpecl iu que ■Pam i '1 ia s de cr ist a o s - n o v o s e n r i quec: id o s pelo

comercio, se estabelecessem em altos estratos da sociedade da

baiana.. Esse dado amplia as possibilidades de compreensão sobre

a vincula(;:ao e n t r e cr is t a o - n o v o e aristocracia colonial‫״‬ De

f o 1‫׳׳‬m a m a is e s p e c íf ic a , p 0 d e ••••s e s it !.1 a 1‫•׳‬ U ie g a s como um d e íiíí»e s

exemplos‫״‬

é ainda o mesmo autor que aprofunda a análise sobre a

s it u a g:a Q o r i g in a 1 d o s c 1‫ ׳׳‬is t a o s ■■■■n o v o s e m P o 1-1 u a a '1 o mo 1‫׳‬


•e s u 11 ad o

da conversão f o 1‫;(״‬:ada d o s Judeus naquele reino, em 1497» Mesmo

assimr muitas deles mantinham a sua prática religiosa em

B e gr e d o , o qu e m u it a ü> veze s c o n 1 1‫•׳‬ib u iu p a 1'•a q ‫י‬.‫ג‬e fosse m

d e n u n <:: ia d o s ‫ ״‬E s s a in f o r m a c:a o é vali o s a , 1:


>a t‫•׳‬q u e o B r a s i1 se

a pr e s centava como um lugar de refúgio para os que escapavam à

I n q u is Ic a o , s e n d o g r a n (Je o n ú m e r o d a <:!u e 1 e s qu e , ‫ח‬a B a h ia , se

d e d ic a v a m a o c o m é r c io ‫״‬

0 u 1 1‫•׳‬a vai io s a c o n t r ib u iç;ã o n e s s a p 1‫ •׳‬im e i1‫׳׳‬a c a t e g o 1‫•׳‬ia é

a de Rae Jean Dell Flory, historiadora americana, que na su‫־‬


a

obra 1'E.ahigio Sí.Qi;lEt^ In Ltiis a11dr£.Ql.Q0lB.l bei^ísíI!!. th.e susbl

j;?l.aD.t.e1r:sí.‫<־‬. .t.ab.BC.Q i31r.;í;!.w.er.íiix ra.e11‫׳‬.;.(;;han.tfã.‫־‬r. a n d a ir.;.ti s a n a af Ss(.Iyaí:l.QK:

iAD.cl .t.h.e E.e.c;.Saí;;i;à.vo.,. r iZ£.S."r dedica uma parte do seu

trabalho à determinadas questões que interessam ao presiente tema

deste estudo‫״‬

P r o p o n d o ■‫■־‬s e a d is t in g u Ir a m u d a n c a d e c o n d ic:a o social

n a B a h ia no p e r 1'o d o d e í6 B 0 a í 7 2 5, a qu e 1a a utora a v a li a, em

67
pari; i cu la r y o impacto das mudanças econom i cas na sociedade como

um todo»

1••L O R Y (i 97 8 >, n a s u a t es e s o i:)‫•ץ‬e a B a h ia C o '1o n ia 1,

e s Pe c if ic a m e ‫ ח‬t e ‫ויו‬o c a p ft u 1o in t it:u 1a d o " A t e 1‫׳׳‬r a e a s o c ie d a d e n a

d is i:‫■ץ‬i1‫ ׳‬o f um a ge ir‫׳‬o de Ca c ho e ir‫׳‬a ‫^ ״‬ c o ri s id e r a es t e d is t r it o a nia ¡ s

im p a r t a n t:e n o c a 1 1iv o d o f u m <‫ ג‬t;a n t o r e g io n a 1 m en t b c o m o n o S m b it;o

‫רו‬a c i a n a '1 ‫ ״‬A 1 o c a 1 iz a ç a o g e o g r á f ic a é p iv i 1 e g ia d a , p o i!5 a 1é m de

B it u a i'■•-íie n a c:o n f 1 u i n c ia dos r io s J a c;u {p e e P a i‫׳׳‬a g u a g;u , a !:>

paróquias de 4gua P'r ia e S a o José das I i:a por or o c a s , c ir (:;undavani

a r e g ia o f u ina g e i r á ..

S e g u ‫רו‬d o in f a r m a c;o e s d a q u e la a u t‫־‬o r a , n o f in a i d o s é c:u 1 o

XUII, grande parte das térras e n tre os distritos de Caci‫ר‬o e i r a e

Maragogipe era de propriedade de Joao Peixoto Uiegas» Acrescenta

ainda que toda a área de Sao José das 3:t a por or o c a s pertencia à

fanulia'de Peixoto Uiegas, tendo o seu fundador recebido duas

enormes sesmarias localizadas entre os r io s J a c ú !‫׳‬pe e Paraguacu,

est en d e n d o ■se s o b r e as planicies do j a c a 1'pe, Itapororocas e 4gua

i“r i a ‫ ״‬R e f er in d o ‫־־־‬s e a Joao Peixoto Miegas, !•^..ORY <i978, ié8)

in f o r m a 2

"Em Í050 este comerc iante de Salvador


coiaprou unía grande gleba de terra em
ItapororocaSr Jacúípe e 4gua Fria, de um
proprietário antigo de uma sesmaria. As
poucas ■Fazendas que tinham sido
estabeiec idas, tinham sido arrasadas por
índios hostisr porém em três anos.
Viesas fundou uma nova c o l o n isacão‫"־‬

Ao el e n c a r as pr inc i pa is f a m (1 ‫ ׳‬ias pr o p r iet ár ia s da

68
re g iã o , i ‫ וו‬c 1us i ve .a dos V i e gas, FLOR Y ( i 978 ) fo r nec e aínda

inforn1ac:oes v a lio s a s para a compreensão das d if ic u ld a d e s de se

v i a b i l i z a r o povoamento da reg iao mais para o in t e r i o r da Baliia¡,

s e ja devido à tiienor importância dada a essa parte do te rritó rio

b r a s i l e i r o no século X V II‫ן‬ s e ja pelas d if ic u ld a d e s causadas

pelos ataques dos !'ndios, que frustravam as p rim e ira s t e n t a t i v a s

de coi on iz a cíao ..

Outro aspecto importante tratado por aquela autora é o

d e B e n v o i v im e n í:o d a tb r r a e da p 1‫■׳‬o 1»r ie d a d e , p 1'■ in c i p a i m e n t e qu a nd o

­‫'■ז‬a ;c; a vinculaçao com a atividade da cr laça o d e gado, inclusive,

ao de stacar o in v e s t im e n t o f in a n c e i r á !:>e s s o a 1 de .Jo a o P e ix o t {;)

V ie g a s n o d e s b ‫•ץ‬a v a m e n t o d a s t e r t‫־׳‬a s d o s e 1‫־׳‬t a o n o r d e sít in o »

2.. 2 Hi st or io gr a f ia E s pee !‫׳‬f ic a

Na •an'álise d o segundo bloc o de trabalhos pertencentes

à Id ia tQ C iQ ía c a fia E5ál3ecí£i.&a para este estudo, procurou-se

agrupar os autores de acordo com a especificidade no trato do

a s s u n to, d Is t r ib u in d o ■‫•־‬o s pe 1a s trê s t e n d ê n c Ia s c o n f o 1'•m e

c a t e g o r iz a c:a o e <!>t e b e 1 e c id a n o in 1'c io d e s e c a p 1't u 1 o ..

A t e n d ê n c ia de c a r á t e i- t a d 1 c i Q ü l\1 á ü in1 D a a t &' é

representada pelos autores¡¡ Rollie Poppino e G u im a r a e s Cova?

i n c 1u i s e ne í1>e g r‫׳‬u p o a i‫״‬n c ic 1 o p é d ia d o s u ‫ וז‬ic 1'p ios B i‫ ״‬a s i 1 e ir o s ‫״‬

69
R0 '11 i e P o pp i no !‫ ׳‬h i s t. or i a !:1o1‫ ■׳‬a me r i c a n o , a ut or <
;le " F e i r a

de Santa ‫ ח‬a " <í 96 8 ) , dá s ua c o¡‫ר‬t r‫ ׳‬i bu i ç a o ‫ק‬a r a a Hi s t o 1‫ ׳׳‬i o s *" ‫־‬í‫ '־‬i a

baiana com esse estuda» Durante mais de quinze anosy dedicou-se

à invest i ga<;;ao de temas br Bsi l e i r o s « á autor também de um ensaio

sobre 0 comércio do gado no lilr a s il, onde s a lie n ta 0 papel de

F e i r a de Santana, enquanto entreposto nord estin o da p e c u á r ia ‫״‬

P u b 1 ic o u a in ú a uma resenha c r ítIc:o -•a n a 1 ít ic a do

c ont e ú do d a i-e v Is t a do I n s t it:u t a H is t ó 1‫■׳‬Ic o er G e o sí r á f Ic o do

Eiras i 1.. P a r t e s ign i■(•'icat: Iv a do aeu 1 iv r o " H ist or ia da A m é r ic a

I...a t in a ", n a U n iv e i-s id a d e d e C a '1 if ó 1•■‫ רו‬ia , f o i d e d ic a d a a o B r a s i l »

Sua obra sobre F e ira de Bantana destac:a--se na

l-li«it o r io g r a f ia d e u m a d a s r e g io e s m a is inip o r‫־‬t a n t e s do nordest e

b ‫•ץ‬a s i 1 e ií‫•׳‬o .. O e íüt u d o ' é de f u n <:la m e n t a '1 1‫׳‬


•e 1 e vane: ia p a 1'■a a

c o m p I‫‘׳‬e e n s a o d a v id a p o 1 1't ic:a , e c:o n 8 mi c a e s o c ia 1 d e s s a área d <:‫ג‬

B r a s i1

‫ •>ד‬a t a ••••s e de am t:r a b a i h o irjé d it;o ,, na é po c a , p a 1‫■׳‬a a

1‫ ר‬is t ó I‫•׳‬ia n a c io ‫ ח‬a i , c ‫ מ‬n t r ib u ind o p a r a e s t im u 1 a 1'■ a e 1 a b o r a c:viío de

ensaios da mesma materia para outras áreas da !•Jahia e d o Ciras i

A obra constitui a sua tese de doutorament:o funcionando como um

dos indicadores para a int er pret ag:ao da sociedade sertaneja»

E ;•;atamente n o capítulo ;1:1, do seu livro, o autor, ao

r e f e r ir - s e or j <H;ns d o povoamento da região o fax■:; de forma

s u p e I'■•f■'ic ia 1 .. S e g u n d o o aut ar , F e i1'■a de S a ‫וו‬t a n a , na h is t ó r ia

a d m in is t ‫■ץ‬a t iva d a B a h ia, tem o r Ig e m 1‫׳‬


•e c e n t e ‫ ״‬N o s f in s d o s é cu 1o

7<ò
X V II , a área do m unicípio f a z i a parte da Comarca de C ach oeira,

desde i 693 , sob a supervisão das autoridad es temporais e

e s p i r i t u a i s da cidade do S a lv a d o r ‫ ״‬Foi elevada à c a te g o r ia de

paróquia em .1.696, por 1


.
’)‫ ״‬J o a o !••raneo d e Oliveira, Arcebispo do

B ra s il, mais exatamewnte a Paróquia de Sao Jo sé das

Itapororocas» Situando-se por mais de vinte léguas ao norte e

oe s te d‫ם‬ r io J a c u í pe, com sede no po v o a d o <:!u e rna i‫!■׳‬t:e v e o me sm o

rio m e da p a t-•ó q u ia , est e po v oa d o 1 o c;a 11 i a v a -s e na est r ada

principal de gado (sm d e m a n d a à cidade do Salvador»

Quant o ao s ít i o ini c ial da c: id a d e , o a u t or a c e it a que

se dea na ■Pa2 ;enda "Santana dos Olhos d'4gua", distant(•? tres

léguas a o sal do arraial de Sao José das .[tapororocas» Sobre o

desenvolvimento desse si‫׳‬t i o registra POPPING (i9ó0, i9 / 2 0 )i-

"Urna das fazendas localizadas na mesma


estrada das boiadaSr três leguas ao sul
do arraial de S. José das Itapororocas^
chamava-se Santana dos Olhos d '4gua« Ela
é de part icular interesse para este
estudor porque se torna o sitio da
presente cidade de Fe ira de Santana. Com
quase uma légua de cumpr imento e meia
légua de largura, Santana dos Olhos
d'Ãgua era conhecida como uma grande
propriedade nessa área, pertencia ao
português Domingos Barbosa de Araújo e à
sua esposa Ana Brandão, gue nela se
haviam instalado nos princípios do
século XVIII. De acordo com a t r a d içao
corrente em Feira de Santana, Domingos e
Ana Brandoa constitui am um casal
y í c È u o s o x 3 ® a d o e a d w i c a d o b q c t odas g u e
o cQQbeciamaL B q q s ccistiosx. coastcuicam
caesls Ecà^ima de c a s s x dedic&ds 3
SaatsQS e 3 Sa Qomiagos-"(*}

Ao analisar as in •(•'ormat¡; o e s prestadas por P O P PI. N O

7i
deve ••••se a te n ta r para o •Fato de que o autor c ita datas chaves

<í 6 9 3 y por exeiDplo) de grande s i g n if ic a d o para esse estu d o‫״‬

R e fe r e‫^׳׳‬se ainda à paróquia de Sao Jo sé das ItapororocaSx mas

s i 1e nc i a o n0me de ‫״‬Joã o e i ot o Mi e çja s , nuin e x e n) p '1o t 1'p i c o de

omissao a esse personagem‫״‬ Por outro lado^ não v in c u la a

paróquia de Sao vJosé das I t a por or ocas às terras onde estariam

situados os protagonistas de sua linha i n t e r p r e t at iv a da

historia local«

Entretanto, chama a atencao para a tradiçiao construí'da

em t;o r n o ele D o in in g o s B a r b o s a de Ar adJo e A‫ח‬a B r a ‫ ח‬ela o !:>a t-a

explicar as origens da cidade»

'Outro autor, neste trabalho inserido na tendencia

t.CádiCÍQQ‫־‬
£\I d.Q.ffli.v.ráate é G u im a r a e s Cova, m e mbr o da Academia

liia ia n a de !...e t !••a s e autor de " u n ic 1'p io s da B a !‫ וי‬ia " < í 9 i 3) ,

trabalho por ele mesmo considerado como descritivo» Para esse

autor, a cidade de F e ira de Santana originou--se a partir do

" c o d i c i l lo" (:1.) d e i x a d o por Domingos Barbosa de Arad Jo e Ana

B randao ‫״‬

IJt i 1 iz a 1‫וי‬d o c o m o b a 1 iz a c r‫׳‬o n o 1 <5g ic a a p 1‫•׳‬im e i1••a metade

d o s é c. u 1 o X U 1 1 ;1;, p a 1‫•׳‬a j u s t i•í•'i<::a 1‫׳׳‬ a o c u ‫גן‬a ç a o e p>o v o a m e n t o da

regiao, área de Sao vJosé d a s I.'t»pororocas, o autor suprime toda

e q u a 1 q u e i‫ ׳׳‬in •Fo 1'■ina ç;a o r e f e r e n t e aos !:>e u s p r im e ir o s !:>[:o v o a d o 1-e s e

d e s b r a v a d o r e s , ou seja, a ■Famí'lia P e i x o t o Viegas»

F a z en d o u m a d e s c r iç a o d o s f at o s , C O V A ( 1 9 i 3, 69/70),

72
asB im se exp ressa‫״‬

"Corria o anno de 1733» No mez de HarçOr


o vigário de São José das Itapororocasr
mandou abrir o codicil lo deixado por
Domingos Barbosa de Araújo e sua esposa
Da Anna BrandSa (assim firmava-se ella)
proprietários da vastíssima e rica
fazenda Sant'Ana dos Olhos d'4gua.
Ficou deste modo conhec ida a dita
fazenda, porque os seus propr ietár ios,
bacmoQissdos eelos doces s ffe c to s das
mais laveJável uaião coQduaal,
deli&ecâcâffix eqc seceio catbélicos
iatcsasiaeatesr edificar uma mística
capel linha pars o culto de sua devoção?
e como era muito naturalr os coupantes
da informe egrej inha forams Sant 'Ana e
São Domingosr patronos escolh idos por
serem os nomes próprios do feliz e
respeitável casal.
Ninguém, por certo, naquella zona,
desconhecia Sant 'Ana dos Olhos d'^gua,
O deseJLQ de e o tc e te c ce la c ã e s co® o
victUQSQ casalr para ali arrastava,
todos os dias, muitos fazendeiros, que
a-Final provocaram uma feira em ■Frente à
capellinha aos Domingos, e dahi a
mudança do nome da local idade de
Sant 'Ana dos Olhos d 'Água para Feira de
Santana."(*»>

P e r c e b e ■•••s e t o cia u m a in o v a ç:a o s e n t i1n b n t:a í <s r e 1 i g io s a

quando a autor se rerfere a o casai A r a ú J o / B r a n d a o , como sendo os

in d iV 1'd u o s d ir oít a m e n t e 1‫׳׳‬e íí>p o n s á v e is p e 1 a o i- ig e m d o p o v o a m e n t o de

Feira de Santana,.

0 autor, utiliza como data referencial o ano de .1.733,

Jví n a primeira metade do século XV:□;i, ano de abertura do

" c o d i c i 11 o " deixado pelo casal Araújo/Brandao, proprietários da

fazenda " S a n t 'Ana dos Olhos d 'íí^gua'‫־‬


'.. C Ira m a a at e n e a o para a

c o n d iç a o d e cat ó 1 ic o s d o c a s a i ..

73
Apesar de fazer r e f e r ê n c ia a Sao José das

:ft a p or or o c a s , o autor nao f o r n e c e infornta<;:oes sobre a

i rnp o i‫•׳‬t â n c ia e c o n ô m ic a e a d m in is t r a t iv a d e s s a 1 ‫ ם‬c a 1 id a d e , n a saa

in s e r (i:a o y d a s origens de F e ira d e Santana»

C O yA <i9í3>, em nenhum momento refere-se à presenta de

antecessores do casal A r a ú j o / B r a n d a o , nem tao pouco aas Peixoto

V ie g a í;í e d o pa pe 1 d e s s e s p e 1'•s o 1‫ ר‬a g e n s ‫רו‬o d e s b r ‫־‬


av a me n t o e o c u p a ç;a a

da regiao que deu origem a freguesia de Sao José das

l't a p a r or o c a s ..

á , p o I'•t a Iit o , u m d o s autor es q a e 1 i‫ווו‬it a s e u estudo

sobre as origens de l"eira de Santana a partir da fa;c;enda

" S a n t 'Ana dos O i !‫ו‬o s d'4gua" e à presenta e feitos do casal

Ar aúj o / B r a n d a o ..

A 1é m d is s Q , peí'■ c:e b e s e ‫וז‬o seu {:e >:t o um c 1 a 1‫׳׳‬o

e n a 11 e im e n t o à c o n d iç a o d e c a t (5 i ic o s de D o m in g tís B a 1- b o s a de

A r a ú J o e A n a B 1‫׳׳‬a n d a o A v e ‫וז‬t a -s e , c o m is t o ‫ ן‬a !‫ ר‬i p ó t e s e d e t e ‫■ץ‬ o

a u t o I'• p r o p r o s it a d a m e n t e s i 1 e n c ia d o a f i g u 1'■a d o c r is t a o ■•••‫רו‬o v o Joao

P e iX o t o U ie g a s , n a c o n d ic:a o d e d e 1i>b 1‫־׳‬a v a d o 1‫ ■׳‬e p o v a a d o 1'■ d a r e g ia o

de I•

■e iI‫•׳‬a d e S a ‫רו‬t a n a ..

Sal ient e-“s e q u e fo i a partir desse autor,que se pode

P r e s u ‫ווו‬ir a e x is t e n c ia d e u ‫ווו‬a c o ‫רו‬t r o v é r s ia em torno d of a t o s qu e

explicam as origens da regiao de F e ira d e Santana.. Note-se que

Buiííiaraes C o v a e Rollie Foppino, firmam urna posigiao em torno das

74
f i gur a 5 d<e Doin i ‫רו‬goüí 13a r bo5 ã de A1>
‫ג■׳‬új o e A1‫־‬
‫ר‬a Br a nda o y

assoac iand0"”C)S à e x is t ê n c ia da fazenda ‫ ״‬Sant ‫׳‬Ana dos 01 l‫־‬tos

d ' 9ua " y c:00‫ ווו‬ndc '1e 0 do p!‫כ‬v 0a 1‫וו‬e nt o da que 1a 1-e g i a o

Ainda nessa lin h a inscreve-se a ‫ ״‬E n c ic lo p é d ia dos

M unicípios B ra s ile iro s " ( Í 959 , 226) y na qualy no verb ete

relativo a Feira de Santana, constas

"Or iginou-se, no começo do século XVIII,


da fazenda Sant ' Ana dos Olhos d 'Água^
conhecida por Olhos d'^gua^ de
propr iedade do português Domingos
Barbosa de Araújo t contruiu uma
capela, sob as invocações de São
Domingos e Santana, em torno da qual
surgiu a povoação^ Ao redor do templo,
construiram-se os casebres de rendeiros
e as senzalasm Estas terras, gue
passariam a constituir o município de
Feira de Santana, por morte dos
propr ietár ios mais tarde Julgadas
devolutas e incorporadas à Fazenda
Nacional."

A 1 e it Ui‫■׳‬a cla E n c ic. 1 o pé d ia d o s i^un ic: 1'p io s EJ1‫■׳‬a 1i>i 1 e ir o s

(;tFK-5E, Í9 5 9 ) , p er m i t e inferir que a obra incorre na mesma

i n t e r preta<;:ao d o s outros autores da linha tcadicioaai dQlidiQaiatfK ‫״‬

LJt i 1 i a 1‫»״־‬e como r e f e r e n c ia 1 c 1‫•׳‬o n o 1 d g ic o o c:o m e ç. o do s é c u 1a

X V :1;1 :1:‫ ן‬c o n s id e ‫ו‬- a n d o a fazenda " S a n t 'A n a d o íü 0 1 1‫ ר‬o s cl 'á g u a " o

marco g e o g 1- á f ic o tio po v o a m e n t o da 1‫׳‬


‫׳‬e g ia o e s t u d a d a .. Do m in g o s

Barbosa de Araújo e Ana I:}r a n d ã o sao considerados de origem

p o r t u g u e s a e c o m o c o ‫ רו‬t !‫■׳‬u t o r e s da c a pe 1a em i v o c a ç. a o a Sao

í)o 1« i‫רו‬g o íü e Santana «

Nessa mesma "1" nc ic 1 o p é d ia d o s H u n ic í p io s Br a s i 1 e ir o s "

75
( Í 959 , 227 ) 1!

"Quanto à criação das freguesias, a de


São José das Itapororocas, ocorreu em
Í696, não sendo a vigararia logo
canon izada, o que so ocorreu com a
instalação da vila, em 1864, tendo sido
seu primeiro pároco o Pe. Jorge Américo
de Carvalho. A Capela de Senhora Santana
da Ui la da Feira foi elevada a freguesia
com a mudança para ela da sede da
■Freguesia de São José das Itapororocas."

E sse t:e >;t:o n S o e s c a pa à t r a d iç a o c o n t:!‫׳׳‬u 1'd a ■ em i:o 1‫ ח־׳‬o

do casal Araujo/Brandio para explicar as origens de Feira de

S a n t a n a .. A o in f o r m a r s o b r e a cri a ç;ã o d a s f r e g u e s ia s , c ii:a a de

Sao José das Ifcapororocas, em 1696« Interessante é o fato de a

o br a t r a b a 1h a r esta d a t a , s é c u 1o XV 11 , e ‫רו‬a o c h a m a 1‫•׳‬ a a t e n ç:ã o

para os e p i síS dio s do mesmo século que os a n t e c e d e r a m , os quais

no seu conjunto, poderiam explicar as origens d e F-eira de

S a n t a n a , c:o n f o r me se e s p lana no c a p !‫׳‬t u 1 o in ic: ia 1 d e s t e e ist u d o ‫״‬

i^a is c u I‫■׳‬io s o ainda é a o m is s a o do a u t o r‫׳‬ íüo b r e

personagens e acontecimentos anteriores aos registros feitos, é

que o texto sugere que Sao José das Itapororocas tivera

importancia administrativa anterior à vila da Feira, que só foi

elevada a c o n d i c:ao de freguesia com a mudança da sede da

r e f e r id a f r e g u e s ia d e Sao Jo sé da s :1:t a p o i-o i-o c a s para a vila‫״‬

Por se tratar de uma enciclopédia, de uso g e n e r a l i:sado

entre est.udavites de a s s u n t 0 '.r> regionais ou me‫׳‬


.:vmo nacionais,

P or t a n t o in s 1 1‫׳׳‬u m e n t o d e m va io 1'■ d iv u 1 g a c a o , t e m c o n t r ib !.11'!jo pa r a

qu e se questione sobre a exatidao das informacoes em torno do

76
f a t o h i st á r i c o ‫״‬

A tendência de (::aráter i a t £ 1:fi)£ !:liÍ1:;ÍQ é representada

pelos seg u in tes a u to re s ‫״‬

Pedro Tomás Pedreira, natural de Salvador, ivienibro do

I ns it u t o G e o g r á f g ic o e li i6 1 tSr ic;o d a B a h ia e c o r í‫■׳‬e s p o n t!e n t e do

1 1‫ר‬Vit it u t o A r q u e o '1ò g ic o , !•■1is t: ó 1'‫־‬ic o e G e o g r á f ic o P e r n a n>b u c a n o e

a in d a , d o I n s t it u t o Hi s fc ó r ic;o e G e o ,g1‫־׳‬á f ic o d e i“‫!׳‬i‫רו‬a 11> G e r a is .. á

autor das seguintes obrass "Santo Amaro na G u e r r a do Paraguai"

(1970), "Santo Amaro na Independência" (i970>, e "Santo Amaro na

Revolm;:ao de 17 S’8 " <í971)., lá n o seu livro " M u n ic t'p io de Feira de

S a n t a n a s d a s o r ig e n s à s i‫רו‬s t a i‫־‬
a ç:0 e s " qu e a qu e 1e a u t o r 1e v a n t a as

questões da origem do m u n e Cp io ligado ao povoamento da ESat-na,

como também a da c o n c e n t raçao das terras e suas divisões em

sesmarias, como forma de evitar maior rigidez na delimitacao dos

espaços..

Traz ao cenário, a figura de Joao Peixoto Uiegas como

um dos personagens ligados âx essas p r o p r ie d a d e s » Assim se

expressa PEDi^EIRA (Í983, Í3)s

"Tempos depoisr parte dss terras "dos


Tocós"r correspondente aos campos das
ItapororocaSr Jacuípe e água Friar sita
nas de Antonio Guedes de Brito, foi
vendida a João Lobo de Mesqu ita, que as
vendeur poster iormenter a Joao Peixoto
Viegas. Este teve tais terras
confirmadas por Cartas de 9 de Julho de
ÍÓ53, e ainda por Carta de Í0 de abril
de i655."

77
E ainda PEDREIRA ( Í 9B 3 , Í 5 ) 1¡

"Segundo consta, o lo c a l onde se


encontra a atual cidade de Feira de
Santana teve seu povoamento iniciado em
torno da capei la dedicada a Santa Ana e
a São Domingos, construída pelo casal
Domingos Barbosa de Araújo - Ana Brandão
(erradamente grafada Ana Brandoa) na sua
■Fazenda "Sant ' Ans dos Olhos d
que havia adquir ido aos descendentes de
João Peixoto Viegas, e que possuia perto
de uma légua de compr imento e meia de
largura,"

0 autor fornece in f or mag: o e s sobre as terras do sertão

b a ia n o e seus p i‫ ״‬o p r ie t á r io s no s é c u '1o X U .TI, r e f e r in d o s e a

"sesmaria dos Tocós" e a Joao Peixoto Viegas» No entanto, aceita

o i‫•׳‬e g is 1 1‫•׳‬o sobre o po v o a m e n t o in ic ia 1 da c id a d e a ir!s o c ia d o s à

capela construída pelo casai A r a ú J o / B r a n d a o » Seu estudo traí: u m a

carga maior de informaçoes sobre o casal e nao sobre Joao

Pe i oto U ie g a s » M e s m o c o n s id e 1‫׳׳‬a n d c:) q u e a f 1- e g u e ?•;ia d e S ívío Jo sé

It a p o r or o c a s foi erigida em i696■,■ o a u t o r nao se posiciona em

I'■e 1 a ç. a o a J o a o P e i;<o t o Mi e g a s c o ‫ווו‬o i‫ וז‬ic ia d o 1- do p r o c e s ii;o de

P o V o a m e n t o d e F"e ir‫׳‬a d e S a ‫רו‬t a n •a..

Outro autor classificado n a tísndlíOCla iot^cmEdiá^Isi é

Raimundo Pinto, que no seu livro "Pequena História de l"eira de

S ant a n a " , ab or da o tema

Advogado e professor, Raimundo Pinto, lecionou

Wistóri'a n‫׳‬
a cid'ade d e Feira de Santana» E'le m e s m o esclarece que

‫רו‬e s t:e 1 iv 1‫•׳‬o n a o traí: a d e n e n !‫ר‬u m a r‫׳‬e v e 1 a ç;a o hi s t ó i- ic a , r e su 11 a d o

de profunda e longas pesquisas,. Assinala que a obra tem um

78
c a r á t e r didáfcico, daí a p re s e n ta r‫״‬-se em forma de d iálo g o e

í;íe gu i ndo a o1‫ ׳׳‬de ni c r oi‫!״‬o 1óg i c: a i ri v e 1‫ ׳׳‬s a

Traiia também a questão das terras e seus p rim eiros

d 0n0i:>, e ;•{p1 i c i t: a nd0 a •Fi gur a e 0 pa pe 1 de J 0a o i•^e i x 0 1 0 V i e ga s y

bem como de Domingos Barbosa de Araújo e Ana Br an dao..

P I N '1'0 (i9 7 i f .1.74) i 1 u s í:I'•a a sua c;o n t ‫ •ץ‬ib u Ic:^ ‫ס‬ p a 1'•a e s 4;e

t;e m a cia 1:ie g u In t e f arm a !!

"Ainda no século XVII, ou seja, em íó50,


o cidadão João Pei>í0t 0 Vi esas comprou
uma extensa sesmaria que, segundo
documentos da época abrangia as terras
de It apor or ocasr Jacuípe Água Fria."

e ma 1s 1

"Depois o João Peixoto Kfiegas também


morreu e a grande sesmaria foi dividida
em pequenas fazendas."

"A ■Fazenda que deu origem a feira de


Santana tinha o nome de "Fazenda Sant '
Ana dos Olhos d'Água" ... (...) Era de
prorpiedade do casal Domingos Barbosa de
Araújo e Ana Brandoa, ambos portugueses.

Küste é m a i s um autor que deixa em alijerto a questão

sobre a prioridade dos po v o a d o r e s da região de !••'eira d e Sant ana ^

reforç;‫־‬
andD a c o n t r o v é r s ia em torno do tema..

Numa leitura mais a n a l 1'ti c a sobre as col oc a ç o e s de

79
P IN ‫יו‬o ( i 97 i ) r pr o c;u 1 0 ‫׳׳‬u <5e 1e v a n t:a r 0s d a el0 üí qu e pu ele s s e 1vi

c on f 11‫•׳‬n1‫׳‬aI‫ ■׳‬as síupos ic;oes eles t a au t or‫׳‬a « Se gan d o a ob ‫■ץ‬a a n a 1 \s a da,

Joao Peixoto Viegas aparece como comprador de unía extensa

íiie s m a r ia q u e a b 1‫■׳‬a n g ia a s t e r r a s d e 11 a po r o r o c a s y J a c u íp e e 4 gu a

F'ria, ern ió50¡, século X V I I !, a qua'l foi dividida em fazendas,

a pós a sua mo 1‫ ׳׳‬t e » rá d a d o 1» a I o 1‫׳׳‬ i‫ ׳׳‬e '1 e v o p a 1‫■׳‬a a f a ze n d a Sant ' An a

dos O I hos d ' 4 g u ‫־‬a " , ‫׳‬a d q u i r i d ‫׳‬a pe 1o c. a s ‫־‬a 1 Ai- a d j o / B r a n d a o ‫״‬

Con s i d era -■o s t a mb é m c o ni o de or i g e m p o i- 4: u g u e s a ..

D e n 1 1'■e a 1•I is t o r i o g 1'■a ■


f■
'i a E 1i>p e c. í f i c a a 1 i n h a •-s e

fin a lm e n te a te n d e n cia que sugere a d is cu ss ã o e o

q u e s í; i o n a me ‫ ח‬t; o s obr e o 4; e ni a » C o mo r e p r e s e n t a n 1‫ ־‬e s des ta tend ê n c Ia

e s ia o as e s tu d io s o s fe ire n s e s G odafredo F ilh o e Renato de

Andrade O a 'lv a o ‫״‬

(3 o d o f r e d o F" i 1 h o e s c i- v e u a o b 1- a " D i me n s a o H i s t ó ‫■ץ‬i c a da

v is it a do Im p erad o r à !■
”e i r a d oí Santana"» Como um dos precursores

do m o dernism o na B a h ía , Godofr(•?do ]••i'iho é m em bro do In s titu to

Ge n e a 1ó g i c o B 1‫ ׳׳‬a s i 1 e i r o , do I ns t i t ut o Ge o g r á f i c o e i •I i s t (51‫ ׳׳‬i c o da

B a b ia , da A la de Letras e das A rtes, do C entro de Estudos

Ba ianos , (J o í" o ‫ רו‬s e 1 h o de As s i s t e nc i a ao 1^ 1 a ‫ וו‬o de ü 1'•b a n i s mo da

C id ad e do S a lv a d o r, da So cied ad e dos A m ig o s da C id ad e do

S a lv a d o r, do In s titu to de F ilo s o fia e da U n i íiío B aia n a dos

i:■;ser i t OI‫■׳‬e s ..

i"'o i professor fundador da Escola i^ormal de Fe ira de

Santana, onde foi o primeiro titular de i-iist (5r ia do Brasil,

professor de Arquitetura no Brasil na Escola de Bel as Artes da

80
Bah i a e p¡‫י׳‬ofe 1i>1»0‫ •ץ‬t i t ula r de H i 1•;t: () 1'•i a da A1‫■׳‬t: e Bras i 1e i r a da

Faculdade de F" i 1a s o fia e C iê n c ia s Humanas da U n iversid ad e

Federal da Bali ia»

Além de poeta, p u b lico u as se g u in te s oleras:! "S e m in á rio

de Belém da Cacl-ioeira1 9 3 7 ) ‫?)״‬ "A Torre e o Castelo de Garcaia

cl '(í!V i I a " ( í 9 3 8) í " O 11 <1‫ז‬o 1 an cie s e s e a c:u 1 1 ui‫׳׳‬a a r t í t ic a d a E?ah ia "

(í.9 3 8) s; " I n t r o d u ç:a o ao e s tud d da Ca sa B a ia ‫רו‬a " < i 9 51) y

":[ntroduçao cri'tica ao "Navio Negreiro" de Castro Alves" (Í959)?

" :1;n f 1 u ê n c ia íí o i'• ie n t a Is n a ‫ ק‬in t u r a J e <r>u 1't ic a d a B a h ia (i969) y e,

"Salvador da fJahia de Todos os Santos no século XIX‫״‬ Ci979>» Tem

Pr o d u ç 0e s n o c:a rnp o d e m e m ó r ias, f i 1 o s o f ia e d i•■a ina t u 1‫׳׳‬g ia ‫״‬

A obra "D im en sã o H is tó ric a da v is it a do !!Im perador à

F e ira de Santana" de sua a u to ria , mesmo se tratand o de um tex to

d e s c ritiv o , le v a n ta q uestões re le v a n te s para um estudo a n a l 1' t i c o

sobre as o rig e n s de F e ira de Santana, ao tem po em que e n riq u e c e

a i■
■! i s t o I‫■׳‬i o g r a f i a '1 o c a 1 c om a i ‫ רו‬d i c a c a o e 1 o c a 1 i z a c: a o das f ont e s

por e le u tiliz a d a s..

GODOI-REDO i‫ ״‬I L H O < i9 7 ó , Í0 ) co n trib u iu para a d is cu ss ã o

(j o p r (‫כ‬b 1 e ma , i n c 1u s i v e qu e s t i o n a n d o a l ‫־‬l i s t o r i o g r a f i a 1o c a 1 ,

refo rcan d o a c o n tro v é rs ia e x iste n te sobre o assu nto e Já

a Pont a ndo pa r a u ma p o s s 1'v e 1 d i s t o r ç: a o do f at o 1‫ ר‬i s t d r i c o ..

"P o r que os h i s t o r ia d o r e s
da F e ir a
comumente so remontam origens as
do
p o v o a d o d e q ue v e i o a c id a d e ^ à fa z e n d a
Sant'Ana dos O lh o s d '4 g u a e a capeiinha
que, em suas te rra s p o s s iv e lm e n te em
Í7 3 3 r fo i e r e g id a por D o m in g o s B a rb o sa


de Araújo e sua mulher Ana Brandão, ou
Bran doa, coiao indevidamente se tem
escrito. De qualquer sorte, são poucos
05 estudiosos que se aventuraram a
decorrerem com minúncia sobre os limites
reais da sesmaria de Tocós, doada em
Í609 a Antonio Guedes de Brito, sesmaria
de início abrangente da futura fazenda
Sant 'Ana dos Olhos d 'Ãgua e de outras
terras que mais tarde viriam a formar
grande parte do município de Feira?
aiada wais cacos es gye se dstivscam oa
fiauca siaaulsc de J q í q Eeíà-ete i/iesas*.
o yelüGx sue BQVQQtí e s te se ctãe de seus
vasyeices e seus c u c c a is -

Com m u ita p r dpi‫■׳‬i e d a d 0? y o autor‫׳‬ in d a g a porque os

h ist or iadores da l‫ ״‬e i r a de Santana só asso cia m as o rig e n s d<?

F e ira de Santana à fa:c;enda ''S a n t 'A n a dos O lh o s d '4 g u a ", em í7 3 3 ,

com a c o n s tru e ;ao da c a p e la p e lo casal A r a ú j o / B r a n d a o .. Chama a

a t e n c: a o pa r a o n ú me r o i ‫ וז‬s i g n I f i c a n t e de est ud io os qu e c li e g a r a m

às i n f ormaç: o e s exatas dos lim ite s da "S e sm a ria de Tocos" e da

qual faz ia p arte a fu tu ra fazenda "San t 'A n a dos O lh o s d 'tíg u a ",.

Da s p o 1 ê m i c a íi; a pr e s e n t a d a pe 1 o aut or , a qu e 1a qu e ma i s

c o n triliJu iu para o d i r ec i onament o do presente estudo é a que se

r Bf e I‫■׳‬e a Jo a o Pe i oto Mi e g a s , qu a n do o aut or ad iant a qu e sao

"m a is raro s os que se d e tiv e ra m na fig u ra s in g u la r de Jo ao

‫ יין‬e i Xo t o V i e ga s ^ o Me 1 h o , que pa v o ou est e ser t ao , <:í e s e u íií

v a q u e i I‫•׳‬o s e <
:>e u ;■i c u r r a i s " «

O o u tro au tor in s c rito na te n d e n cia p o lé m ic a , é

Monsenhor !Renato Andrade Gal v io <.1.982), que Já hvá algum tem po

vem se d e d ican d o à p esq u isa sobre Fe ira de San tan a‫״‬

82
‫ א‬a 1‫>ו‬c; i d o e m B 1- e j o e s n a é |:>o c: a , d i s t: r i to de A ni a r g o a , no

va le dD ‫י‬J e q u i r‫ ־‬i ç; á , pa s s o u a inf Snc ia em S a 1 v a d o 1'•, o n ci e t a mb é m

o r d e n o u ••••s e pa d r e em 19 4 2 » fo i p <í t- cí c: o e m C 1' c e 1‫ ׳׳‬o Da n ta s » Em í 965

iom ou posse como Cura da C atedral de Senhora Santana, em F e ira

de San ta n a » Fo i U i c e - i ? e i t; o r da Un i v e r s i d a d e Esí: ad ua 1 de Fe Ir a de

S a n t a lia , s e !‫ר‬d o p r o f e í:í<;>o r a p o í-í•e n t a d o da me s ma IJri Iv e r s i d a d e . . te m

P u b 1 i c; a d o a r t i go s sa b r e F' e i r a de Santan a, r>r i n c: i p a 1 me n t e no qu e

í:j e I'•e f e 1- e às o 1‫ •׳‬i g e n s do mo n u c 1' p i o »

!M onsenhor Renato G a lva o no seu a rtig o ' ' ' Os p a v e a d o r e s

da I‫■׳‬e g ia o de F' e 11‫•׳‬a de S a n t a !‫ ר‬a ' ' <i 98 2 >, a p r e s e n t a i n f o r 1« a ç.0 e s qu e

tam bém le v a ra m esta au tora a r e f le t ir sobre os p rim e iro s

p o v o a d o I'•e s de F' e i 1- a de Sant ana , i nd i c ando f o ‫ רו‬t e s qu e a u ‫ א‬i 1 i a 1‫ ׳׳‬a m

a u ma nov a 1 e i t u 1‫ ׳׳‬a d o í1> •f•'a t o s ..

Além de e n fa tiz a r a fa m ília P e ix o to V ie g a s como

povoadara das te rra s que deram o rig em ao povoam ento da re g ião de

F e ir a de Sant ana , a <:!u e 1 e a ut or s u ge re a 1e i t u ra de d o c u me n t o

qu e p o d e m e iii c 1 a r e c e i- a q u e s t: a o .. Aa 1'■e f e r i r <:‫>־‬e a o íü P e i ;■!o t o Mi e g a <


1i

e ao m orgado dac a s a de Sao Jo sé das It aporo rocas na segunda

me t a d e do s é <;: u‫־‬l o X V 3:1 ‫״‬ ü A i... MS 0 i n d i c a p o íií s i b i l i d a d e <


:> tJ e se bus c ar

na hi st (iria do povoado a o rig e m de F e ira de Sa n tan a ..

Sobre os P e ix o to U ieg as^ 0ALUÍ50 (198 2, 26) assim se

expressas

"Uma v e r d a d e i r a d i n a s t i a s e i n s t a l a com
os P e i x o t o V i e s a s , com v ín c u lo o i^ ic ia l
d o M o rg a d o da casa de São Jo s é das
It a p o r o r o c a s . In s t it u íd o nos ú ltim o s

83
anos do século XVII, pode ser
acompanhado através de esc r ¡turas,
registros paroquiais e outras notícias,
com revelações de prestígio e
decadência, na c x o n tin s ê n c ía humana de
avós potentados e netos esbanjadores,
hipotecando léguas de terras à Santa
Casa de Miser icárdia da Bahia, ao
Convento da Santa Clara do Desterro e a
Irmandade de Salvador. Foram, portanto,
os desbravadores e povoadores das bacias
do J a c u íp e e do P o j u c a . "

A i ‫ רו‬d a 1:>a b r e o t e n»a , c; o n t: i n u a GAL VS 0 ( í 98 2 , 28)

"D e Í 6 Í 9 a Í 7 9 5 , d e s d e os ir m ã o s Jo ã o
P e ix o t o V ie g a s e F e l i p e P e ix o t o , d u r a n t e
c e n t o e c i n q u e n t a lo n g o s a n o s , a r e g iã o
de F e ir a de S a n ta n a fo i povoada,
c o l o n i z a d a , p a r t i l h a d a d e c u r r a i s ou de
engenhos de a çú ca r, s o b re tu d o com a
c u lt u r a e a e x p o rta ç ã o do fu m o , p e lo s
V i e g a s , q u e o c u p a r a m s e m p re a s m e lh o r e s
te rra s , m a n t iv e r a m h e g e m o n ia so b re a
t e r r a e o m e io em r e g im e q u a s e f e u d a l . "

Usando como b a lita c r o n o l (5 g i c a a p erío d o que vai de

:1.6Í9 a Í79'5. e s c la re c e a q u e le autor que "a re g iã o de F e ira de

S a ‫ ח‬t a ‫ רו‬a f o i po v o a d a , c o 1o ‫ ח‬i za d a , p a 1'■t: i 1 1‫ ר‬a d a de c u 1‫ ״‬1‫■׳‬a i s ou de

engenhos de aç;úcar com a cu ltu ra e e x p o r t ag;ao do fum o p e lo s

y i e g a s " ..

Percebe-se a s s i m ‫ ״‬que de todos os estudiosos sobre

I••'e i(‫•׳‬a d e S a n t a n a , a q u e 1 e que s e ■í•'ii-m a c o m o indi c a d o r dos P e i:•co t:o

V ie g a s c o m o d e s !;ir a v a d o r e 1:> e c o 1 o n iz a d o ‫■ץ‬e s d a i-e g ia o d e F e ir a de

Santana,• foi o Monsenhor Galvao‫״‬

Como se vê, as origens do povoamento de Feira de


Santana, bem como as suas impl icacioes enquanto abordagem

historiográfica, vao muito mais além do que 0 tratado pelos

e s i:u d i0 s 0 s d 0 tema, até e n ta0 ‫״‬

Refor(i;a™se a preocupas;:ao do presente estudo em

f o c a 1 iz a r a ontrovér ia b u íüc;a n d o e ‫ א‬p 1 ic a ç;0 e s c:o n c r e t:a s p ara a

d ist or «:ao do fat:0y const ru indo-sc? ama histíüria em torno dos

P e r iiio n a g e n s e m e c a ‫ וו‬is m o s r ííiiíp o rís á v e Is pela orige n s do

povoamento da r e g i ã o de F e i r a de S a n t a n a ‫״‬ Tomando por base a

s u ge s t a o de sses a u t o r es e pr o c u r a n d o o r g a n i;ía r os d a d o <1i

relativos aos protagonistas desses fatos históricos, serao

traçadas no capítulo seguinte as linhas cronológic as,

b io g r á f ic a s e g e n e a 1 d g ic a s do s P e ix o t o M ie g a s e dos

A r a d J o / B r a n d a o , c o m o f o 1‫׳׳‬m a d e c o n f 1'•o ‫רו‬t a r e a v a 1 ia r a a n á 1 is e da

d is t o I'■c a o d e t e c t a d a ‫״‬

A s s im y p e 1 a a n á 1 is e d a H is t o r io g 1‫■׳‬a f ia d o p o v o a iiie n t o d a

r e g ia o d e F e i1‫•׳‬a d e S a n t a n a , p 6 d e s e p e r c e b e r p o n t o s c cín 1 1‫׳׳‬o v e r s o s

entre a H ist or iogr af ia tr.2idlc.i..Qnal damlaaiatís e a t rad ic a o local,

onde a mitificaçiao desta se sobrepííe à distorç;ao da fato

h ist ór ico..

Quanto à corrente que d e f e n d e a prioridade do casal

A r a ú J o / B r a n d a o , p a r a e !<p 1 it:a r a s o t'‫־‬ig e n s d o p o v o a m e n t o d a r e g ia o

d e F■■e i1‫׳׳‬a d e S a ‫רו‬t a n a , p e 1‫׳׳‬c e b e s e a c e n t u a d a f 1‫־׳‬a g i1 id a d e n a !•; sua s

bases de s u s t e n t a ç a o h ist ór ic o - d o c u m e n t a is , por f a l t a r ■■■■lhes o

a p o io de uma p e s c!u is a h is t ó r ic a com b a 1 i‫־‬


;c;a s c 1-o n o 1 ó g ic a s

a ‫רו‬t e r io r e s a o f a t o , p e r m it i‫רו‬d o , p o r e >:e m p 1 o , o t r a c:■ad o de u ina

85
(:;ade i a su c e s só ria de p ro p rie d a d e d a q u e la s te rras.. Por o u tro

la d o , a s im p le s c o n s t a t ag;ao de que no p erío d o estudado p e lo s

au tores os propr i e tá r i os eratvi os A ra ú jo / B ra n d a o , nao pode

g a ra n tir que t e n i - \ a 1n s i d o os p rim e iro s paveadores m as, sim , os

p ro p r ie t á r io s da Fazenda S a n t' Ana dos C ilio s d 'í^gua¡, p arte das

te rra s a n te i árm en te de p ro p rie d a d e dos P e ix o to V ieg as..

O u tra dado que re fo r(;:a o f ‫־‬a t o de co lo ca r em d ú v id a a

p rio rid a d e do re fe rid o casal para e x p lic a r as o rig e n s desse

povoam ento é que o n o me de A r a ú j o/i:Jrand ao nao apresenta

h is to ric a m e n te uma p o sição de d estaque na s o cie d a d e lo ca l., Do

qu e p0de s e 1'■ 1‫ ־׳‬a s t r e a d o na I••! i s t o r i o g t‫•׳‬a f i a e n ‫־‬a s f ont e s

documentBis y ta lv e z até p e lo fa to de nao terem d e ix a d o

descend evit es d ire to s, o casal A ra ú jo /B ra n d a o passa quase que

an ó n im am en te na v id a da s o c ie d a d e lo c a l«

Is so nao m i n i m i ;^:a o fa to de que o casal te n iia tid o

ce rta im p o rta n cia na h is tó ria do povoam ento, mas poe em d ú vid a a

crença no papel que desem penharam em term os de p rio rid a d e no

P o V o a n!e n t o , o c u p a c:a o da 1■•e g i a o e p i‫׳׳‬e s t í g i o 1o c a 1 , c o mo s u g e ‫■ץ‬e m

a q u e le s que ass im os c la ss ific a m ,.

Os U ie g a s , ao c o rt1 1‫■׳‬íái-‫ ־‬io , marcam p 1'•e s e n ç;a nos

acontecimentos da época,- com registro genealógicos de

aii>cenden t e s e deü>cendent es na l‫־‬list or‫ ׳‬io g 1‫■׳‬a f ia que fo i ut i 1 i z a d a

nesse e studo.. Os Uiegas exerceram um papel inequívoco na

:■:;ocie d a d e c:o 1 o n ia 1 i:)a ia n a do sécalo X V 1 :1:.. i•■!á r e g is t r o de toda a

cam panha que fiz e ra m na re g ia o , a exem p'io da part i c i paçao na

86
desbrava me ni: D y conquista e povoamento, além dos embates com as

indios através da "guerra Justa"., Argumento ma is forte a inda é a

posse de propriedade na regiao (ver as cartas de sesmarias no

Aneno í e 2)« Di ante dessas observa(;:oes contata-se um fenomeno

inverso à enfase que se deu ao casal Araujo/E^randao, ou seja^ a

omissao do nome dos Viegas na historia local, isto, segundo a

te n d ê n cia Liia ílicicin a l dQ U lÍQ lC lte‫״‬

Como e x p lic a r t;al o m issa o ? P o d e r “■■se“■


■i a tender para o

a s pe c to da 1‫•׳‬e 1 i g i o s i d a d e , a 1‫•׳‬g u me n t a n d o iii b r e in c a t sí 1 i (r. o s o íií

AI'• a ú J o / B ra n d a o cuj o f a to in a 1- c a n t: e é t e 1'•b m c o n 1 1- u 1' d o !.1 ma ca pe 1a

em in vo ca(ía o a Sao D om ingas e San tan a‫״‬ Essa a r gument a ç a o

‫ן‬:>e I‫{■׳‬:I e r i a c ons i s t ên c ia ao a p u ‫■ץ‬a r "‫ ״‬iii e qu e ..J a a o P e i >; ci t o V i e ga s ,

e ‫ז‬1‫ ו‬b a I'■a c: r i s t a c5■



‫ ״‬r1o v o , e de o i- i g e m j u d a i c a , tam bé m c o n s t r u {r a u ma

ca p e ia na lo ca lid a d e de Sao Jo sé das Ita p o ro ro c a s , e le g e n d o Sao

Jo sé como santo de sua devo ca o, e p a d ro e iro da lo ca lid a d e ..

Daí a d m i t; i !'•■■■•SG q u e e s s e dado re lig io s o re^Perente a

y i e g a íü ■
‫ ■״‬c r i s t a o ‫ "״‬n o v o ■
“• p o <
1>s a t e 1‫׳׳‬ c o n t r i b u 1' d o pa r a obs c ur ec er e

s ile n c ia r o sea nomo? no que se re-Fere às o rig e n s do povoam ento

de I‫ ״‬e i I'■a d0 S a 1‫ ו‬t a n a e , c o n s e q u e n t e me n t e , p var a o e n a 1 1 e c i me n t o do

casal c a tó lic o . D este ca s a l, mesmo sem d e ix a r descendentes,

■(■'i r m o u “ s e a tra d ica o e com esta o s e u nome ■Foi m i t i ■f•'i c a d o .. Ai

per cebe ■
•‫״‬s e a •Força do m ito., é provável que essa o m issao se ja

a n tig a . Já a rra ig a d a na tra d ica o lo c a l, e que te n l'ia i n Fl uenc iado

co n sc ie n te m e n te ou nao os au tores que o p ta ra m p e la in te r p r e ta c S o

qu e pr i o r iz a o casa 1 A r a ú j o / B 1‫ ־׳‬a n d a o ‫״‬

87
Considere-se que a tendência t t a d i c l a a a l sloiBitiaate nao

c he ga a c onf i i‫■׳‬
rna i‫׳׳‬ c;om f o‫רו‬t e s h i s t d1‫ ׳׳‬i c o-doc: ume ‫ וו‬t a i s y as

informações para que assim se possa c o n f e r ir um grau de c e rte z a

a r e s pe i t o do que se a f i 1‫•׳‬ina c omo f at o e p1 í c i t o <


:!ua nt o à i»

oI'■i g0ns do pov a a ‫מו‬e ‫ וו‬t o da r e g i ao de F"e i ‫•ץ‬a de S a nt a n a ‫״‬ Ao

qu e s t io n a r • s e os m o t iv o s do enalte c im e n t o do c a sa 1

A r a ú J o / B r a n d a o , c o n c o in it;a n i:e m e n t contrapoe-se a quest:aoa o que

J u s t if e a D silencio em torno d Jaio Peixotro Viegas? Essas

i ndagacoes y g e i- ad o ras, sem d ú vid a , de q u e stio n a m e n to s m a is

e s p e c 1' f i c o s <
1►obr e a d i a t o mi a o i- a pa t e n t e na e )■;p '1 i c: a c: a o do f at o

1‫ ר‬i s t ó r‫ ׳‬i c o , s e 1‫ ־׳‬a o 1 1'•a t a dos no c a p 1' t: u 1 o 1' 1 1 , qua ndo da a n á '1 i s e da

c o n sis te n c ia a rg u m e n ta tiv a das p o s i c; o e s ora d e s c rita s s o i:) r e as

o r i ge n s do p o v o a me n t o da r e g iao de F' e i i‫ ־׳‬a de S a ‫ רו‬t a n a ..

( í ) E 1‫ ר‬t e n d e - s e a q u i p o r " c o dic: i 11 o a a 1 1 e r ç:a o de !.‫ג‬m

t est a m e n t o por d is p o s iç o e s ant er io r e s a ele»

< ) ü r if o s n o s s o s

(■» ) G ‫■ץ‬if o s ‫ ח‬o s s o s

(» » ■K•) (3r I•Fo s ‫רו‬o s s o

88
C a p ítu lo 11 :1;

A DISTORCSO DO FATO HISTÓRICO

0 e 11‫״‬c:a m in h ã ine n t:0 d e <‫״‬,t e e i:a d o , t:a n t o n a d e 1 im it:a ç a o d d

assunto, q u a n 4;o na adoça o do processo de análise das in f o ‫•ץ‬ma^;; o e s

c o ■Jlh id a i!; e m t:o r ‫רו‬o d o t e m a c o n d u z ir a m a a 1.nt o r a a e i»t a b e 1 e c:e r c o rno

objetivo deste capítulo buscar respostas para a pr ob 1 e m a t is:aç;ao

colocada em termos gerais no capítulo anterior, sobre as origens

do p o Vo a m e n t o da 1- e g ia o d e F"e ira de S a n t a n a , B a !‫ ר‬ia .. !•‫י‬a r a tanto ,

sem a pretensão de reescrever a !‫־‬l i s t ó r i a daquele povoamento,

1' e c o n b e c e - s e a importância da id e n t if Icaç;ao quanto ao espaco

g e o g i'•á f ic o , t e m p o r a 1 id a d e e p e 1'■s o n a g e n s qu e c o m ‫גן‬u 11;e r a m os

ino Uie n t o í!; c h a v e s; d o f a t o !‫ ר‬is t ó r ic o , íí;u a f o 1'•m a d e p e r n1a n e n c ia na

H ist or io g r a f ia local e a pertinência da cr ist al i2 ;aç:ao desses

fatos na memória h ist(5rica da cidade de Feira de Santana‫״‬

Assim é que das informacoes coli 1 id‫׳‬


as e registradas na

capítulo inicial e da análise preliminar desses dados no

c a p ít u 1 o 1i
>e g u ‫רו‬d o d e s t e e s t u d o , s ‫י‬.‫ג‬1‫• ׳‬g e a p r o b 1 e m a t iz a a o em torn o

d a d u p 1 ic: id a d e d e in t e r p 1‫־־‬e t a ç:ã o d o f a t o h iiíjt (51‫•׳‬ic o , s e m que t e n i1 a

h a v id o até o momento e s i:u d o s e s p e c íf ic:o s p a 1‫■׳‬a a e 1 u c id a ç a o do

pr ob 1 e m a ..

Abre-se, portanto, com esse estudo um espaco para, a

P a r t ir da c o n t r o v é 1‫<•׳‬ü ia p 1‫•׳‬e s e n t e ‫רו‬a H i1•;t o 1‫ ׳׳‬io g r a f ia , e s t a b e 1e c e r

pressupostos que possam " elucidar" a problemática ora

89
d etectad a, a n a l i s a n d o - ‫׳‬a aob os d o is pantos de v is ta que apontam

para a d is to rç ã o do fato 1‫ וי‬i s t ó r i c: 0 , a mi t i f i c a g i a o do casal

ñ í‫■׳‬a ú j o / B í‫■׳‬a ‫ ח‬d ã o e o s i 1 e n c i a me n t o e tn t o r n o do M i e ga s ‫״‬

C o lit o int u i to de ‫ק‬e r m i t i r ao 1e i t o r a c o in p a n h a r‫׳‬ o

ra c io c in io desta autora, d e l i ni i t a-‫״‬s e a c o n c e i tuaçiao dos term os

aquí co n sid e ra d o s p e rtin e n te s para a a n á lise p reten d id a »

O ptou-se p e la u tiliz a c a o dos c o n ce ito s de "m ito " e " s ile n c io "

como in stru m e n to s de a n á lis e para a e lu c id a ç a o d a q u e la

d i s t o r e : ao..

Ho r íí g i s t r‫־‬o dos f a t o íü r e 1a t i v o s ao p o v o a me n t o da

re g iã o , na produ!;:ao H is to r io g rá f ica d Q líliaaatía x

d e t e c t o u 11••‫ ;״‬e a (j i s t o r ç a o , pa r a c uJ o e s c 1 a r e c i me n t o , a dot a se u ma

d u p 1a a n á 1 i s e 1: a p i■
■i me i 1‫■׳‬a , t e m c o mo po n t o de p a 1- 1 I d a o mi t o ‫״‬

centrado na t r a d iça o e no e n a lte c Im e n to do casai A ra ú jo / B ra n d a o

como re sp o n sá ve is p e la s o r i g e n s do povoam ento da re g iã o ? a

s e gu n d a t e in c o mo r ef er en ia 1 o s i 1e n c i o , i m p o 1:>t o pe 1a omi s s a o de

u Ui p e r s o ‫ רו‬a g e m , J oao e i ot o M i e g a íií ..

0 estudo desse m ito será aqui fundam entado através das

p I■
■•o p o s t a s d e R .. B a 11 11‫ ־׳‬e s e G .. G u s d o r‫ ׳‬f ‫״‬ B AR f HE S ( i 97 8 ) , a f i r ma <:!u e

o "m ito é uma fa la , e como t a l, nao tem um conteúd o d efin id o ..

‫ יד‬u d o po d e í>e c o n 11; t i t u i 1‫׳׳‬ e m um mi t o , des de qu e seJ a s u 1•;c: e t 1' v e '1 d e

11; e r J !.i 1 g a d o p or u m d i 11; c u r s o .. "

Por sua vez, GUSDORF• (i9 7 9 ), entende que o m ito , "ao

mesmo tem po em que ten ta r e s t it u ir uma re a lid a d e p e rd id a ,

90
a f irnm s e c:o m (‫כ‬ f &t o r cie e qu i1 ib 1‫■׳‬a ç a o , c:o m f o 1‫•׳‬i:é o 1o 1‫׳׳‬a ç a o

afetiva",. Isto serve também para ¡luminar a compreensão do mito

a ^u i e s t u d a d o y u m a v e z <:!a e o c a s a 1 A r a a j o /1:)r a d a o é id e ‫רו‬t if ic a d o

pel a H ist or iograf ia ttasl !!;.iQnsil dQH)la antis como ‫״‬f el iz e

respeitável casar' ou^ a inda¡, "'virtuoso c;asar‫»׳‬

Todavia, como Já foi dito, os fat:os históricos padem

ser relidos e r e a n a l is a d o s a partir de posiçioes

t e ó r ic o ‫•••־‬m e t o d o 1 ó g ic a s d e f in id a s .. Por outro 1a d o , ‫רו‬e n h u m

historiador pode dei;;ar de expressar sua posiç:ao.. Aquele que nao

se p o s ic io n a , e síe r c e uma funç So in c o m p 1 e t:a ? pad e r e u ‫ רו‬ir

documentos, compilar, fazer crónica, mas, sem urna tomada de

posic:ao nao h‫׳‬


á historia‫״‬

‫ן‬-‫ י‬a r a í: a n t o , a p o s iç; ã o t o m ada pe 1a a u t o 1••a , n e s íi>e e s t; u d o

é a d B a c e it a 0:a o d a t e r c e ir a 1 in h a h i<•>t o r io g r •áf ic a k a m in a d a

neste trabalho denominada de , a qual destaca a figura

de Joao i-’ei;-í0 í:0 Uiegas nos fatos relativos às origens do

Po V o a m e n t o da i-e g ia o d e F"e i1‫•׳‬a d e Santana ‫״‬

I::;n q u a n t o a H iü;t o r io g r a f ia 11‫׳‬:,a á i Q1 Q n â 1 Ú Q ‫ ש‬.i.1:1B O .té: c 1•■io u

um mito em torno do casal " cat (Si ico " para explicar o referido

fato, ao mesmo tempo omite e silencia sobre outros personagens

qu e pa d e m ter s id o r e s p a n s á v e is pe 1o f e it o , o s P e ik o t o V ie g a s ..

Estabelecido o pressuposto básico que guiará a

hipcítese central desse estudo, e a partir daí buscar compreender

o m it o , o qu e p o d e 1‫־׳‬á a j u d a i‫ ׳׳‬a c o m p 1*■e e n d e 1'• t a m b é m a ivia n i p u 1 a ç a o


f e ií:<‫ ג‬pel ‫ מ‬H ist: or iograf ia ti::.láic;Í.Q1:ml. dCJWiüaütfii: e ass im er
p ceber

a niit if ic a c a o e d is t o r g:a o e n) t o r n 0 d o f e n ô ‫וח‬e n o ‫״‬

No caso desse estudo, t r a t a ‫״‬se de um mito i n s c r i t o na

H i st (ir i a r pel o menos de duas mane i ra s ‫ ״‬a pr i me i r a , poss i b i 1 i t ada

pela omissao na HI stor iograf ia ttiÉlixiaOEl dQMiimoti: da figura

de JdíÍío P e i K o t o Uiegas e su a f a m i l i a ? a se? g a n d a , possibilitada

pela const r u c a o , na mesma !■■li st or io g r a f ia do e n a l t ec im e n t o em

torno de outros, a saber, o casal Araújo/Brandao, sem que se

e x c lúa, i‫ ח‬c 1 u s iv e , a p o s s ib i 1 id ad e de a s s o c iaç: a o d a que 1as

postaras.,

Com base a inda no pensamento de üíarthes e íSusdorf o

mito na forma encarada neste estado, apresenta as seguintes

c a r a c t er i'st; ic a s s e m primeiro lugar, a r.ísl..i.£1i.QS}a, q u e matiza a

c o m p I‫•׳‬e e n s a o do pa pe 1 b is t (51‫•׳‬ic o a 1 1'■ ib u !‫׳‬d o ao c. a s a 1

A ‫•ץ‬a ú J o / !:íI'■a n d a o .. 7' id o comd c:a t ó 1 ic o s in t r‫־‬a n s i g e n í:e s , v ii‫ ״‬í:a o íüo í;j e

bon c r i<:>t a o ni, o t:a s a 1 a íüs a m e í:) p a p e 1 de r e p 1‫•׳‬e s e n t a n t e da fé

a t;()1 ic a c o 1‫•!׳׳‬e t a qae f or a e c o n t in u a v a i‫׳׳‬e s p o n s á v e 1 pe 1a d e fe s a

das bases dos interesses po rtu g u e s e s . . Em segando lugar, a

.afE.t.i..ya !‫׳‬ visto que o referido casal é registrado na

H ist or io g r a f ia tl.':«ulií;;..i.aaai domillsilLtE c o m o '‫׳‬a m a d o e admirado",

V iI‫•׳‬t u o o, f e 1 iz e 1•‫־‬e s p e it á v e 1 , c a pa z db a t r a ir " m u it o s

fazendeiros" que baseavam suas relações de amizade.. Em

c:o n t r a p o !!>ic:a o , J o a o f>e ix ‫ ם‬t o U ie g a í;,u m c:r iist a o n o v o , p o d e 1‫ ׳׳‬ia t e i-

I'•e c e b id o d e s s a ‫וח‬e üjm a I■■!is t o r io g i-a f ia t o d a a carga d e p ¡‫י׳‬e c o n c e it o 1ü

de que sempre foram vítimas os cr ist a o s - n o v o s n a 1-listória da

Pen ínsa 1a 1b é r ic a e no Bras i 1 c o 1 on ia 1 ..

92
Abs im anal isad o ^ é pass íve 1 en t en d er ■•••sec orno a que 1e

m it:o!'•io u o n d iç:oe s ■í•'a v o 1‫״‬á v e is a o s i1e n c ia m e ‫רו‬t oe ‫ווו‬ í:o 1'•‫רו‬o da

figura de Joao Peixoto Uiegas e à d istar «;:ao do fat:o histórico«

A in d a b u s c:a n d o in s 1:>i!‫■׳‬a c a o e in B a r t h e s (í9 7 8), 0 " niit;o é

urna fala es(::o■li‫ ר‬ida pela hi stória‫״‬..» Esta fala é ama mensagem..

‫•׳‬t a n i:o 11 a o s e r
P o d E , po I o 1••a 1 y p o d e s e 1- f o v m a d a po r e s c;ritos ou

po r r e p1‫ ״‬e s e ‫רו‬t a g; o e ..

A in o vação que se im prim e nesta a n á lise está na

1e i t u r a f e it a a par t ir da H i s t o r i o g r a f la.. B use a ‫״‬se n e s i; e

ca p 1' t u '1 o , c; o m p r e e n d e 1‫׳׳‬ p o 1‫׳׳‬ qu e a •f•' i gu r a de J oa o Pe i xo t o V i e ga s

f o i s i i e nc iada p r o p o s i t a d a me n t e ou na a na !■
■i i s t o i- i o g r a f i a

t r a ci i c i o ‫ ו־ו‬a 1 d o in i ‫ ו־ו‬a n t e , c: u J a i n t e i‫ ׳׳‬p i‫ ״‬e t a ç; a o 1■o i con a g 1‫•׳‬a d a e

c r i s t a l i xíada na h is to ria e na s o cie d a d e lo ca l.. A a r gum ent aç;ao

í;j e 1■

•á gu i a d a d a ‫ ויו‬d o d e s t a qu e à c o n d i ç: a o de ^J o a o P e i >; o t o M i e ga s

c o mQc r i s t a o •■

■n o v o ‫״‬

!'Retomando a lin h a de ra c io c i'n io a dotad a a d iscu ssã o

p arte do se g u in te q u e stio n a m en to ¡¡ V ie g a s fo i s ile n cia d o p e la

l-li s i:o r i o g i- a f i a .t1:.a Ú.i..C.i..Qü a 1 CtQm .i.o a o .t& r P o i- c:o n t a da sua o r i ge m

Ju d a ic a ? á i n d i s c u t !‫ ׳‬v e l tra ta r- s e de um i n d i v i d u o que se

destacou no<
!> d i v e r s o s 1:; e t o r e s da s oc ie da de ba i a na do s é c u la

X U II‫״‬ Essa l‫־־‬l i s t o r i o g r a ‫׳‬r i a y ao que p arece, ao o m itir esse

personagem ¡, buscou um ou tro , com o s e n tid o do c o n trá rio , p ‫־‬a r a

1‫ ״‬e f o r ç: a 1'• a c a r a c t e ‫■ץ‬í s t i c a -■ c a t (51 i c a da h i s t ó i- i a 1o c a 1 ,

•at r a v é s da pr e s e n a do casa 1 A r ‫־‬a ú J o / Eí i- ‫־‬a d a o ,■ p o r i 1» s o me s mo

93
mi t i f i ado e c; a n s a g r a el o ‫״‬

P e la a n á lis e da produçiao h i s t o r i o g r á f i c:a das o rig e n s

do povoam ento da re g ia o de Fe ira de Santana, Já d e se n v o lv id a no

(::a p ítu lo I I , p 6 d e ‫ ׳״‬s e perceber a c o n tro v é rsia que se e s ta b e le c e

na c o mp r e e n s ã o do f at o 1‫ ו‬i s t ó r ico d is t or c ido na H i s t o r i o gr a f i a ‫״‬

A d i sí; o r c ; i o aqui re fe rid a expl ic it a-se a p a rtir do

e íitu d o düs p r i n c i p a i iii pe r s o ‫ח‬a ge n s e 1‫ ר‬v o l v i d o no pr o c e s s o de

Po v o a 111e n ta da 1'•e g i a o de I•■'e i ra de S a n t a n a .. Num 1 e v a ‫ ח‬t a in e n t: o

g e n e a ló g ico f o i p a s s I've! estudar as fa m H ia s ^ e s ta b e le ce n d o as

o rig e n s e p erpetuações do seu poder eco n ô m ico , bem como

e s c la re c e r os m arcos cro n o ló g ico s , atos e fato s que p erm item a

id e n tific a ç ã o con creta desses personagens»

H£ L 0 <í 9 8 9 , í 1) , a íií s i rn e s c 1 a r e c: e s o b re a n e c e s 1;; i d a d e

dos e s t ud o s gen e a l o g i c o s s

"Num a s o c ie d a d e com o a do B r a s il
c o lo n i a l r p a ra onde^ com o se não
b a s ta s s e o pecado o r ig in a l da
e s c r a v i d ã o r s e h a v ia m tr a n s p la n ta d o os
v a l o r e s co m uns à s s o c ie d a d e s e u r o p é ia s
d o A n t i g o R e g im e r com a a g r a v a n t e d a s u a
ve rsã o p e n in s u la r , c a r a c te r iz a d a p e la
fe n d a é t n i c a , s o c ia l e r e lig io s a e n tre
c r i s t S o s - v e lh o s e c r is t ã o s - n o v o s , a
g e n e a lo g ia não p o d ia c o n s titu ir o
p a s s a t e m p o ino-Fens i v o q u e é h o j e " .

I oma se , por c o n s e g u in t e , o p 1‫ ׳׳‬iine i1•


‫■׳‬o p r o t a g o n is t a

dessa li ‫ ח‬ira g e n eal ógi ca. , f.)o século XUII ao século X V :f.II, a

regiao de !•"eira de Santana, foi povoada e colonizada pela

94
f am ilia Pei Kot 0 V ie g as, a qual t;ornou-SK uma das propr iet ár ias

de terras na regiiío localizada entre os distritos de Cachoeira e

H a r a go g ipe , n o f in a 1 d o s é c:u 10 X M 1 1 ..

1" s s a ■ Fam ília r‫־‬e c e b e u du a s s e s ma r i a s de d i n! e n s a 0

in c a lc u lá v e l e que e n g lo b a vam a to ta lid a d e de Sao Jo sé das

:1; t a p o r o r o c a s , te rra s que se e s te n d ia m entre os rio s Ja cu fp e e

P a r a g u a <i:u.. 0 nome V leg a s tem sua o rig em em Po ríiu g aly na re g iã o

do Minho , qu e se t: i ‫־‬a d u ‫׳‬


z ‫ רו‬a 1 1' n g u a a ráb ica , em B e n •‫••־‬E g a <!i

A ssu m in d o a fo n éticvA do M in h o , passaa ser co n h e cid o como

U i ••■■egas

A sesmaria de ‘'''Idcós" que ai;)rangia os campos de

14: a p o r or o c a s , J a c u f p e e Agua í-m-i a , o r i g i n a - s e da antiga sesmaria

de Antonio Guedes do? B r i t o , vendida a Joao Lobo de flesquita (.1.) ..

As cartias de 09 de Julho de 1.653 e de i0 de abril de 1.655,

confirmam a compra dessa sesmaria de Toc(5s •••• por ..Joívío Peixoto

V ie g a íü , o n d e " c:o ‫ רו‬4:1 ‫•׳‬u iu c a s a f o r t e d e 1;ío b r a d (:‫נ‬, de pe d r a e ca1, e

uma igreja".. Tendo sido destruida a igreja por indi'genas, o seu

P r o p I‫ •׳‬ie t á 1'• io a r e c: o 1i iii 4: r u iu í' r a 4: a s e d a c a p e 1a d e d ic a d a a Sa o

>
J os é , em pa rte de s uas t e 1‫ ״‬r a s , !1! 4: a p o ‫■ץ‬o r o c a s ‫״‬ i::! m .1.6 9 6 , no

A rc e b isp a d o de i!).. Jo ao Franca de O liv e ira , foi e rig id a a

i■
•■I‫ ־׳‬e g u e s i a de Sao osé das 1t a p o r o 1‫■׳‬o c a s , c om s e de n a q u e la ca p e la ‫״‬

Ao en trar na in 4:im i d a d e de uma época e de um fa to , o

estudo da h is tó ria de v id a é in d isp e n s á v e l‫״‬ P a rtin d o do

c o 1‫ו‬h e c i me n t o da v i da de de t e r m i na dos i n d i v íd u o s , is to po d e

rep resen tar uma c o n trib u iç ã o m u ito im p o rtan te para a

95
r e c D n s t ‫■ץ‬u ç:a q h is t ór ic ã cle um (Jete r m in a d 0 mo me n 1 0 t a inb é n)

histór ic o‫״‬

A história de vida é um dos iiiíétodos qualitativos de

análise, i;)em aceito entre as Ciências S oc ia is‫״‬ Be antes era

quase que e x c lu siva m e n te u tiliz a d a na A n tro p o lo g ia , h o je , ta l

mé t o d <;) t: e m a m p 1 i a <;l o seu c: a m p cj d e a i o , 11; e n d o r e i v i n d I c: a d o po r

aui:ra;:j c; i ene; i a s , e, em p a rtic u la r p e la H l s i : <5r i a , sobretudo,

a tr a v és da h i <!>t c) r i a or a 1

No qu e d i ‫•ץ‬e s p e i t o a o p ‫•ץ‬e s e n te es t ado , o i ‫ ח‬s 1 1•■u n>e n t o

u t i 1 i 2; a d o p a i- a c o m |:>o r a h i t ó r i a d e v i tl a do p e (‫ ׳׳‬s o n a g e in c; e 111 r a i

nao foi a h is tó ria oral e, sim , as fontes b ib lio g rá fic a s da

H ist or iogr a f ia aqui i n t i t u l a d a de "g e ra l", !‫ כ‬em como fontes

P I‫ •׳‬i má I‫ •׳‬i a lii, a e >;e mp 1 o das C a 1'‫־‬t a s d e S e íü ma 1- i a de J oao Pe ixot o

V ie g a s (A nexos .1. e 2 ) ‫״‬

‫ו‬-‫י‬ode•■•• s e , ain d a, c o n sid e ra r que a h is tó ria de v id a faz

co n vite s irre c u s á v e is para se rever i n t e r p r e t ao: í í e s , d e se n v o lv e r

ríoVaíii 11 i p ó t e í i ; e s e e n c a m i n !‫ ר‬at‫׳׳‬ nova<i> pe<


1; q u i s a s ..

N esta p esq u isa , a h is tó ria de v id a u t i 1 i : sa-^se da

le itu ra a n a lític a como um in stru m en to de grande im p o rta n cia ..

A t; í‫■׳‬a V é s d e 1a é po <
!>1:; 1' v e 1 r e c u p e r a 1‫׳׳‬ u m e 1o ent re os a 1‫ ׳׳‬g u !‫־‬ne n t o s ,

<:!u e , se po r um 1a d o , f i r ma m• s e no e n a 1 1 e c i me n t o do casa 1

A ra ú jo / B ra n d á o , conform e consta na I••] i s t o r i . o g r a f i a t t ‫״‬.ariilc;i.D 1 ;).c1 1

d.Q.Vfl i. D.a ü t E , Por out r o 1a d o , os me s mo s a 1'• g u me n t o s p o d e r i a ‫וח‬

us c it ar i n t e 1'■p i- e t a 0e s o u 1 1‫•׳‬a s; <•;o b r e o s i 1 e i‫ !״‬c i a me n t o e m t o 1‫ ויו ־׳‬o de

96
Joao Pei>:Di:ü Vi (?gas‫״‬

(iiuanto à reconipos iç;S0 da historia de vida de Joao

1'^eÍKoto Viegas, figura central dessa pesquisa, {:rata‫״״‬se de um

estado de caráter crít ic o‫ ״‬EUj1sca‫״״‬se apreciar nessa perspectiva o

papel de sua vida e seas feitos, perseguindo-se a importancia de

suss açoes..

Jo ü o Pcíijío to V ie g a s , fundador da fa m ilia , era

!:) o r t u g u ê s , n a 4: u r a 1 de V ia na , ■
(■
' i 1h o de i■"e r n a o Pe i >io t o V i e ga s e de

Barbara Fernandes» A p a rtir de i n f o r i n a ç: o e s de 9 M í Ti•■! ( i 9 7 5 ) ‫־‬. era

Jo ao P e ix o to V ie g a s , filh o b astard o d0 um c lé rig o , que se

t or nou , ma i s t ar de , a ba de de um mo n a s t é r• i o p i-ó )•;i mo a V i a n a ..

Est e , d e po i s , r econhec eu a p a 4: e r n i d a d e e 1 e g i t i mo u o f i 1 h o ..

Tendo em ig rad o para o B ra s il na p rim e ira m etade do

s é c u lo XVI I, por v o lta de í.640, f i ;■:ou-se em S a lv a d o r, onde se

t; oI'• n o u g 1‫■׳‬a n d e c o m e 1‫•׳‬c i a n t e . .

Sua fig u ra está a s so c ia d a à h is tó ria da B a h ia

c o lo n ia l, por ter desem penhado v a ria s a tivid a d o ^ s p ú b lic a s e se

dest acado ñas at iv i dades e c o n íím i c a s ma i s proem i n e n t e s , podendo

ser a po n t a d o c o mo um dos r e s po n s á v e i s p e la defesa e fe tiv a e

d e se n v o lv im e n to da p arte ma i s ao no rte do l^ e cSn cavo b aia n o »

Na sua p rá tica de s e rta n is ta , Jo ao P e ix o to V ie g a s,

ie vo u para a re g ia o gado, escravos e c o lo n iz a d o re s ‫־‬ O fa to de

Po s s u i r ca p it a 1 p a í•‫ ״‬a p 1‫•׳‬o mo v e r o p o v o a rne n t o e a p 1‫ ׳׳‬o v e i t a me n t o d ‫־‬a

97
t ísr I‫■■׳‬ü, d e u 1he 0 d i r 0 i 1 0 de 1‫׳׳‬eceber d0 gave 1‫•׳‬no co 1o11 i a U ívi

c 0nf i I•

•Ri•ag:a 0 da pr 0 p 1‫ ׳׳‬i e da d0 c: 0mp i‫ ׳׳‬a da e a d0 t e i‫־׳‬i‫ ׳׳‬i t ói‫ ־׳‬i 0 v i 2 i nh0

nao reclamado‫״‬ Isso valeu como in c e n tiv o para¡, em 1655 ^

s o l i c i t a r doacao das t e r r a s ainda nao exploradas, tendo obtido

s uc: e s s 0 ne s s a 501 i c: i t a c: a 0 ‫ ( ״‬An0;•!0 2)

Jo io P e ix o to Mi ( ? g a s , o veílh o b a n d e ira n te , na segunda

me t a d e do 1» é c u l o X V :1:1 , dur ant e a c; 1- i s e ci o a ç: ú c a r , c o mo J á foi

re ss sa lta d o no ca p ítu lo I I , teve papel p ro e m in e n te entre as

a u to rid a d e s da C o lo n ia » Sal ient e-se a fo rte 1 i gaciao que m anteve

c: o m o B po d e r e s e c 1 e s. i á s t i c o s ‫״‬

‫);נ‬o ‫ווו‬o u m c:r 1't ic o d e e c o rjo m ia , c h e g o u ao po n t o de ser

consultado pelo governador a pedido do i^ei D» Joaa IV, na buísca

de providencias com relaç:ao àquela crise, sobre o que emitiu

p a r e c e r ‫ ״‬Nele Viegas acusava como responsáveis pela crise, os

tributos a que o?ram obrigados os senhores de en gen 11o e

lavradores, o que interferia na alta dos preç:os, conforme Já se

registrou neste t r a b a i lio ‫״‬

C iiegou a escrever, em Í6 8 7 , um tratad o para o

G o V e I‫•׳‬n a d o 1‫ ■׳‬G e i- a 1 do B 1- a íü i 1 , o ma i‫ ׳׳‬q u e s de Mi n a s 1: n t i t u 1 a v a se

" 0p in iao e 1 1‫•׳‬a t a d o e s c i- i t o a 1‫ ׳׳‬e s p e i t o de i m p o í:í t o s qa e

s o b I‫•׳‬e c a r r e ga v a a a g r i c u 1 1 u 1‫■׳‬a do Br as i 1, a r 1‫ ׳׳‬u i n a n d o esse mcj d o

seu c o m é rc io ''‫״‬ Tratava-se de uma a n á lis e das fraqu es;as da

e c: o n o m i a b r a s i 1 e i i‫ ׳׳‬a , e , e m e s pe c i a 1 , à 1!i i t u a ç.a o e c o n (5m i c & da

B a ilia , que tin lia suas bases na a tiv id a d e acucare ira que n a q u e le

m om ento ap resentava-se em c r is e ‫״‬

98
[: o in o s c o 11s ta n t e s a t a qa e s el o s í ‫ רו‬d i o s ‫ח‬a re g ia o do

P a ra g u aciü , nas te rra s de Joao F^eixo to V ie g a s , m a is p re c i saín e n te

em Sao Jo sé das Ita p o ro ra c a s :, f o i d e c la ra d a em m a r (;:o de 1 .6 6 9 ^ a

"g u erra ju s ta '% de acordo com a le i de íó ii,. D esta guerra

P a r t i c: i p a r a in t a ‫מו‬b é m os pa u 1 i s t a s ‫״‬

i:;.m .1 .6 7 5 , Já de posse da aui: o r i z .a ç ;io do governador R io

de M e n d a i‫ !״‬ç: a pa r a a d m i r! i s t; r a r o s 1' n d ios p a i a i a í:> po r e 1e

c: o n q u i ?1; t a d o , ..J o a o F* e i >; o í: o Vi e ga s , 1■


‫ ׳‬e mo v e u a a 1d e i a p a 1‫■׳‬a u ni 1o c a 1

ifl a i 11; d i s t :<‫ ג‬n t: e do o r i g i n a '1 , c: o ‫< ח‬j;b g ‫׳‬..t i n d o , i n c 1u s i v e y a i é ni do

alarg am en tiQ das propr i e d a d e s, que os !"ndios pa i a i á s atuassem na

d e ■Fe s a el a 1» te r r as na f 1‫ ־׳‬o 4‫ ;רו‬e i r a c o n t: r a o u í: r o s 1' n (J i o s i n i in i g o <


:>

Nao só como desbravador e pavoador destaca •se o

personagem em estud o‫״‬ Joao P e ix o to V ie g a s aparece no ":C n d ice de

n o ni e s de C 1‫ ״‬i s t ií o s No v o s da Bah ia" , i de 1 i f ic ado c o mo t e s o u 1‫ ׳׳‬e i 1'•o

e e s c riv a o das b u la s, segundo in fo rm açao de N 0 V IN 8 K Y ( 1 . 9 7 2 ‫־‬,

i7í)y no A p é n d ice í da su a obra "‫ ׳‬C r i s t a o s ■Novos na Bah ia'''.,

A na ç a o po r t ‫י‬.‫ ג‬g u e 11; a v i v e ndo um pr o c e <


1; 1:; o de r e a f i r ma c: a o

de urna so c ie d a d e c ris ta y por c o n 4; a d e urna iíg re ja m ilita n te ,

c ‫־‬a i‫•■׳‬ac t e r i z o ‫ו‬.‫ ג‬s e po r i n q u i e t a ç: o e s c u 1 1 u r a i <!>, p 1‫ ׳׳‬e c o n c e i t o s e

i n t o 1 e r sí n c; i a ii;» 1! s b o aj uda a c o mp 1•■e e ‫ זז‬d e ‫ו‬- a ac i r r‫ ׳‬a d a , e mb o r a

c a mu f 1 a d a 1u t a c; o n t r a o i‫ !״‬e r e g e , qu e no i ma g i n á r i o p o p u 1 a 1‫ ־׳‬,•

re pr e s e n t a v a o p 1‫ ׳׳‬ó p r i o d e m6 n i o »

ú nesse co n tex to i d e a l ( Jg i c o e m ental que se pode

99
‫ם‬mpI‫■׳‬e e ncl e ‫ ■ץ‬o pr e c:on c:e i t <‫ כ‬e pr e s a do pela 1!>oc i e <;la de p0 r t u 9uesa e

í:>ua s i ní!it: i t ü i ç: 0 e s , em r e 1a ç:a o a 0 c:!‫ ׳׳‬i !•>t: a o 0 ‫ח‬v 0 ..

0 c; 0111e >;1 0 p0 r t u gu§s e rn que s£ í:íá a 0r i s (í 1« d0

cr tstao-novQ remata ao ano de 1.497 , quando 0 rei D» Manuel

au torizou 0 batismo dos judeus re s id e n te s em P o r t u g a l‫״‬ Na

condigiao de t;;r ist a o s - n o v o s , e l e s tiveram papel de desíiaque nos

empreendimentos portugueses, a partir do século XU, estando

in c 1 u 1'd o ‘
j; n a r e ce n t e b u 1•■g u e <» ia p o rt u g u e s a

C A R N ii•;IR 0 (.1.98 8, 60) e v i(Je n c ia o ,io g o de in t:e r e s s e s

n e Bs a a b s o i-ç:a o do c;1'■ is t;a o novo pe 1a soc


:ie d a d e p o 1'‫־‬i:u g u e íía 1:

" A p o s i ç ã o e c o n ô m ic a co n st itu i- s e numa


f a c a d e d o i s gum es p a r a o c r is tS o - n o v o s
a o mesmo te m p o q u e e r a v i s t o com o "■ Ponte
de re n d a " p a ra a Ig r e ja C a t ó lic a e
E r á r io R é g io ^ a liá s s e m p re em
d ific u ld a d e s r também p e r m it i a - l h
c o n d iç õ e s de p a r t id par r por v ia
i n d i r e t a s r da v id a s o c i a l e p o l í t i c a d a s
soc i edades p o rtu g u e s a e b r a s ile ir a .
P o s s u in d o b e n s e c e r t o g ra u d e c u ltu r a r
o c r is t a o - n o v o e n c o n t r o u c o n d i ç õ e s p a ra
c o n to rn a r a L e g i s la ç ã o v ig e n t e ^ ou
c o m p ra n d o te s te m u n h o s ■ Falsos ou
f in a n c ia n d o d e t e r m in a d o s
e m p re e n d i m e n t o s . Sem t e r , com o o n e g ro
ou o m u la t o r tra ç o s fís ic o s que o
denunc ia s s e r o c r i s tã o - n o v o chegou a
o cup ar ca rg o s h o n o r ífic o s r p ú b lic o s e
r e i i g io s o s ."

0 ba tism o im posto aos Judeus, se por um l a d o ‫׳־‬ ajudou a

<1; o 1u c i o ‫ רו‬a r mu i t o ü> dos c; a n •í•' 1 i í: o s e i s t e n t: e iii en t re e 1 e <s, j á na

c o n d i c: a o de converso s e os c: a t; ó 1i c: o s , p o i•‫״‬ out r o la d o , a u n1e n t a v a

D p re c o n c e ito e, consequentem ente, as tensões so cia is.,


Sobre esta questiíoy tt‫ ׳‬asn creve‫״״‬se e x p lic a ç õ e s de

S K U E IR A ( 1978 , 70 )s

"Tentando eliminar as áreas de atrito,


proibiu o Rei as d iscr iminações e
igualou 05 hor izontes e as
p o s s i b i 1 id a d e s s o c ia is . A re a çã o dos
p o r t u g u e s e s ■Foi g ra n d e a e s s a ig u a ld a d e
de d ir e ito s e d e v e re s com os
d e s c e n d e n te s de Is r a e l a "

D(?preende•■■ s e desse texto, que a simples presencia do

c r is t a o •••■n o v o p a 1‫•׳‬a o p o r‫־‬i:u g a ê s , c:1‫ ר‬e g a v a a c:a u s a r ii-r ita ç:a o , a

P D ‫רו‬t o de des d o b r ar s e em im p 1 ic S 1‫ ר‬c ia s m u t u a ü; , 1-e c; h e a d a s de

r a d ic a l iz a g ; o e s ‫״‬

Essa c o n f ig a ra ta o te ve o seu desdobram ento na área

c o lo n ia ly que em m uito expressava os c o n f lit o s da sociedade

n1 e t r opo 1 i t ana » Ai n d a e m S ;1
: Q U I1
: 1: ‫ ^״‬A (. 1.9 7 8 , 72), t e m ••••s e ‫״‬

"N o r e i n o , c r i s t ã o s - n o v o s e c r i p t o j u d e u s
c o m p e lia m a o d e s a s s o c e g o e im p u ls io n a v a m
o s hom ens - i n d i v i d u a l ou s o c i a l m e n t e -
à busca de s o lu ç õ e s de e q u ilib r io e
o rd e m . E ta l b usca m u it a s vezes
s i n o n im iz a v a evasão do g ru p o Ju d a ic o
p a ra lu g a r e s da E u ro p a onde h a v ia
t o l e r â n c i a , ou p a r a o mundo a lé m - m a r ,
onde a c o lo n i z a ç ã o s e d e fin ia com o um
■Fenômeno t i p i c a m e n t e b u rg u ê s , a tr a in d o
hom ens e c a p i t a i s p a r a t a l e m p r e s a . "

As s i m é que , do p o ‫ רו‬t o de v ist a r‫ ׳‬e 1 i g i o s o , v i e i- a m p a 1‫ ׳׳‬a

o Br a i 1 1 1'■ê s t i po s de mi gr a n t e s s c r i s t a o íi; v e 1 1‫ ר‬o s ,

c r is t aoB ‫ וו‬o v o s e c r i p t o J u d e u s .. Sobr e os do i s u 1 1 i mo s , S ;1;Q L) E I R A

Í0i
(Í97B,- 7i) Bst;ab eleç:e a d ife re n ç a e x iste n te entre e le s ‫״‬ A

p resente d is cu ss ã o centra-se na a n á lis e da t r a je t ó r ia dos

c r i s {: a 0 s ••••n 0 v 0 s 0 ‫רו‬ Bra s i 1, p a !‫ ׳׳‬a qu e se 0 b t e n i1 a u ma f u n d a me n t a ao

h ist 6r ica c 0 in a qu a 1 se p0 s s a c a 1‫ ׳׳‬a c t e 1‫ •׳‬i z a in a f i 9 u 1‫•׳‬a de J oa0

Pe i Kot 0 Mi e gas n0 c en á r i 0 da soc i edad e b a i an a ‫״‬

Sendo 08 c r i <.:>t S o s •■■•nov o s que compunham em sua m a io r

P a i'■t e a b u r gu e s i a qu e f inanc iava o <1; e m p r‫־‬e e n d i me n t: o s p o r í: u g u e 3 e s y

e i‫ •׳‬i a co 1 r‫־‬a d i t 61‫ •׳‬i o ^ qu e na o b 1‫ ־׳‬a de c o 1 o n I :s; a c: a o c om t o d a íü as

s u a üi d i •f•' i c u Id a d e s , c o n •f•'o r me e e ;•í p 0 e ‫ח‬o (!‫ נ‬a p 1' t u 1 o I , qu e o Es ta d o

português d I •F i c u l t a s s e o seu re la cio n a m e n to e a da s o cie d a d e

c o mo u 1‫־‬rt t o d o cam cj s cr is ta a s ••••n o v o s D a !" {: e 1‫■׳‬e m s id o , mu i t o <;>

d e le s , a ce ito s nessa mesma s o cie d a d e , com uma ce rta to le râ n cia ..

1■
■'o i essa I‫■׳‬e 1 a t i v a t o 1e r a n c i a qu e t e 1‫ ׳׳‬in i n o u p o 1‫׳׳‬ i mp o i‫׳׳‬

u ma •r 1 e >! i b i 1 i d a d e das e s 1 1‫ ׳׳‬u t u 1‫•׳‬a s si a c i a i s ‫־‬, a me n i ‫״‬í a n d o , e mb o r• a nao

re so lve ss e , os p ro b le m as e p re c o n ce ito s para com os

c I‫ •׳‬i s t a o s ••••n a v o s ..

A so cie d a d e co lo n ia l b ra s ile ira do •P i m d o s é c u lo XMI e

in fc io do sé c u lo X V II, adotou, além da • Fé, a riq u e z a , como um

dos seus bens., A r i queza • Fun cionava como c r it é r io de v a lo riz a ç ã o

do "s ta tu s '"', o que d e fin ia o poder e te rm in a v a por g a ra n tir o

p r e s t 1' g i o i nd i v i d u a l .

Na h ie ra rq u ia da so cie d a d e c o lo n ia l, a cam ada

d o m in an te era representada por senhores de engenho e de terras' e

me r c a d o 1•
‫ ״‬e 1r>« E !:>t a v a m a í i n c 1 u í d o s> o c 1e r o e os a 11 o s •Fu ‫ ויו‬c i o n á r i o s

102
ci D r e i ‫ ״‬S a 1 i e ‫ וו‬t: e. •

••s e qu0 ne <
!>s e ‫ י׳¡ק‬i !¡‫(ו‬s i !‫־׳‬o gr a po f i gur‫׳‬a v a m mu i t os

cr i s i: a os-novas j, os qua is s0 •Faziam presentes também em todos os

e s t r a 10s da 01‫•׳‬ga n i z a c:a o íüo c: i a 1 ‫״‬ I sso c:0nt r i bli i u pa r a que a

p la s t ic id a d e s o c ia l fosse a c e it a in c lu s iv e pela I g r e j a que ab riu

espag:o para os neoconversos em suas inst itui(;;oes e que chegavam

a as s umi r pa pe 1 de d e s t a qu e ‫ רו‬a s c o n f t‫•׳‬a r i a s e nas i r ma n d a d e s ‫״‬

Segando S IQ U E IR A (1 9 7 8 , 9 2 ), ''n o B r a s il, a so cie d a d e te n d ia a

t o r n a r •■■■se me s t : i ç: a , b ui'■ g u e s a e t; o 1 e r a n t e " ..

No que se re fe re ao poder eco n o m ico dos

r i ti o s •■
•■n o v o s , l‫׳‬J 12.N I ‫ יו‬Z E R <.1.9 6 íi>, i3 ) c he ga a a f i r ma r‫ ־‬o s e gu i n te s

"to d o s 05 Ju d a iz a n t e s da B a h ia r
in c lu in d o m u it o s in d iv íd u o s não
a p a r e n t a d o s com a s ■ F a m ília s A n tu n e s e
L o p e s e r a m , sem d ú v i d a , pessoas r ic a s ,
p ro p r i e t á r io s de engenho de a çú ca r,
co m e rc ia n t e s , c i r u r g i õ e s , e s t a l a j a d e i r o s
e fa z e n d e ir o s ".

U ma das pr i m e i r a s e>:i g e n e i a s da Caroa portuguesa era a

de que os homens, na C o lo n ia , devessem co n i:in u a r a ser cristã o s..

!;>e s c o n i1‫״‬e c e n d o as ma n i p u 1 a ç: 0 e íi; f e it as com 1'‫־‬e 1 a (í a a a essa

e x ig e n c ia , um o l:)s o ?r v a d o r p o d o jria se surpreender com a

re le v â n c ia , nos seus v á rio s tons, que teve o c r i st; a o ‫ ״‬n o v o na

soc iedade c o l on i a l b r a s i 1e i r a » Ai nda a s s i m, e le nao consegu iu se

liv r a r da v ig ila n c ia con stan te do !::.'stado, e x e rcid a através do

Santo O fício ..

O Santo O•( •' i ci o se ■(•'ez presente no !:!¡rasil como urna

extensao das n e ce ss id a d e s da c o l o n i z a ç i a o .. Com e la v ie ra m as

103
p r in c ip a i s i nsí: ¡ tu i (;:oes metro pal i tanas!, que a depender das

c I rcunstSnc; i as do momento,, aqui se reelaboravam para adequar-se

a o noVo ma ‫רו‬do , s e m pe r de !‫ ׳׳‬o s e u c: a r á t e r o!‫•׳‬I g i ri á r i o ..

A In q u isic :a o , nesse caso, m anteve sea quadro

a d i n i n i s 1 1‫•׳‬a t i v o !‫ ו‬i e r a r q u i za d o d i 1‫ ׳׳‬i 9 i do p e 1o I n q u i s i d o 13) ‫־׳‬e r a 1 y

gr ande <;l e p o s i t ú 1- i o do p d d e 1- do S a n to Of 1' c i o y p o s s u i d o 1‫■׳‬ de

p re s tifg io no a lto c le ro nobre e da c o n f i a n (;;a do r e i. . A in d i c a c a o

do In q u isid o r G eral era urna das a trib u iç õ e s do P a p a, por s e r e le

a a u to rid a d e fund am ental da .'!;greja, sendo a n orne a c a o r e f e r e n d a d a

Pe 1o r e i em a to p r ‫ ׳‬ó ‫ ק‬i- i o ‫״‬ O Co n s e 11‫ ו‬o , na c; o n d i ç; a o de ó 1‫ •׳‬g a o

assessor, do In q u isid o r G e ra l, era c o n stitu íd o por tre s

d e put a do s , um secr et ár i o , um so 1ic i t a d o 1‫•׳‬ e um p o i- t e i r o ..

Fu n cio n a n d o c:omo urna e>; t e n s a o do poder pessoal do In q u is id o r, o

C o n íii e 1 h o d e pe n d i a do f u c i o n a me n t o dos t r i b u n a i <!;, c o mo seus

() r !.3a o s au i 1 iar es e rn gr au i i i e i‫ ׳׳‬á r q u i c o me n o 1‫»•׳‬

Sendo a !:Jaliia no sé cu lo X U I, a c a p ita n ia m a is

i m p o I‫■׳‬t a n t e da Co 1on i a , •í•'o i t a mb é m o p i- i n c i p a 1 ■í•'o c o de i- e c e p c a o

dos c ‫■ץ‬i 11; t ã o s novas» A qu i , e s *1; e g 1‫•׳‬u p o , qu e i n i c i a 1 me n t e f a :c; i a

p arte das cam adas in fe rio re s da s o cie d a d e , passou a ocupar

Pos i c ao qu e <
;>e i gu a 1a v a à dos c 1‫ ־׳‬i <1;t a o s v e 1 1‫ ר‬o s , t a r» t o ‫ רו‬o c 1 e ‫•ץ‬o

c o mo II o " a f i d •a 1 g a me n t o ' ‫ ״‬.. Essa m!.1 d a 1‫ ר‬c a de " s t a tus/' J u s t i f i c ‫־‬a v a se

p e la e t e n sa o das s uas p r‫ ׳‬o p r i e d a d e s e da s po s s e s , a d <:!u i r‫ ׳‬i d a s ao

lo n g o do tem po e à custa de m u ito tra b a lh o .,

Nessa lin h a de ra c io c i'n io é que se pode a firm a r que

esses ind iv íduos a 1 c: a n ç a r a m p o ‫ »ן‬i c a o de d e <1; t a q u e no go v e r n o e na

m
adni in istra(;;H0 local‫ ״‬O exemplo de Joiiio Peixoto Viegas confirma

essa tese ‫ ז‬o qual foi¡, na cidade da Bahias vereador, Juiz

‫וי‬ú ‫■ץ‬i0 , " I'“a m ilia i‫"•׳‬


0 r d I‫ו‬ d 0 S a ‫וו‬t;o 0 fíc io , t e 1!>0 u r e ir 0 e pr 0 v e d 0 r da

Santa Casa, escrivão de Bulas e administrador da Companhia Geral

do Comércio do Br as il ‫״‬

As o ní p a n h i a s ci e c o 1» é rc io , 1‫■׳‬e p 1‫ ׳׳‬e s e n t; a r a «r um n o vo

e s tilo de e x p l a r açiao e c o n 6m i c:a da C o lo n ia por Po rtu g al.. No

'.li. é c u 1 o X y ;1: :1:, p a s 1s a 1‫ ׳׳‬a m a a t u a i- no B i- a s i l , a p e íüa r‫׳‬ de P o rt u ga 1 j ú

co n iiecer a e x istê n cia de conipanh i a s p riv ile g ia d a s , cu ja p rá tic a

estava presente na Eüuropa desde a expansão m a r !"t i ma. ,

(‫כ‬a ('■a c t e r i za v a m•■



■s e , a c o m p a n h i a 11» , pe 1a pos s e do

P I‫■׳‬i V i 1 é g i a de det e r o mo d o p ó i i o , ‫ רו‬o t: o mé 1-c i o ext er ior da ár ea

c o 1 o n i a 1 .. E 1» 11; e in o n o p (51 i o t r a duz i a ■


•••s e em pr e J u Í z o s p a 1- a os

c o 1o n o s i;) 1‫•׳‬a s i 1 e i 1'‫־‬o s , u ni a vez qu e e r a m o 1‫ כ‬1‫■׳‬i ga d o s a ne g o c ia 1'■ t ao

s o me n t e om e ss a s c: o ‫ וח‬p a n h i a 11; e , con s e c1u e n t e me n t e , d e v e i- i a 1«

a c e ita r •••• no caso de venda dos seus produtos ■



■■ preços

1 r r i 11; t) r i o 11; , ou, ao i mp 1'•t a i1 ,‫ ;! ׳ ׳‬u 1:1j u g a 1'•e m s e a o s; a 1 1 o 11; p !‫■׳‬e c o 1!;..

[) e s s e c o mé 1'‫־‬c i o 1u c r a t i v o p a 1'•a a 1!; c; o m p a n h i a s ,

b e n e f i c i a v a ••••11; e a C o 1‫ ׳׳‬o a p o r t u g u e s; a , o i- a e x i g indo um 1‫■״‬e r c e n t u a 1

sobre os lu c ro s , ora na c o n d i ç;ao de a c io n is ta , o que tra d u z ia

u ma tro ca de c onc es 1•;a o de p r i v i 1 é g i o 1!;

As c o mp a n h i a s de c: o ni é r c i o i n s t a 1 a 1'•a m se e n1 P o rt u ga 1 ,

num con tex to de depressão econom ica.. i:::s te fa to pode e x p lic a r a

p o siçã o do Padre A n to n io V ie ira , em favor da u tiliz a ç ã o de

Í05
c a p ita i s ci e c; r i s i; a 0 s n0 v 0s p0 rt u gu e s e s pa r a a 01‫ ׳׳‬g a ‫ וו‬i 2: a ao

d a q u e la s {::ompanh i a s ‫״‬ Tal sugestão do padre causou extrem ada

re a ç io da In q u isi(¡;ao que nao a d m itia a ig u a ld a d e de c o n d i g;oes

e n 1 1‫•׳‬e c i- i s t ã o s ■••11‫ ־‬o v o s e c; r I s t a o s v e 1 h o s ..

Esses fato s estao a s so cia d o s ao governo de D‫״‬ Jo ao lU

(1.640■ ••■ 1.650), que no wno de ió 4 9 •ForiviaJl i . z o u a sugestão do Padre

U i e i I‫■׳‬a a t: 1'‫־‬a v és ¡:1e u m a 1v a r ‫׳‬á qu e a s s e a u r‫ ׳‬a v a ‫׳‬a o s cr is ta o s ••••‫ ויו‬o v o íií a

p a r t i c i paç:ao na ■(•'or ma «;a o de uma com p anhia de co m é rcio para o

B r a s il, nascendo ‫ז‬ aíssim ^ a C o m p an h ia Oieral de C o m é rcio para o

Estado do B ra s il»

!!)essa •Forma‫ז‬ o c o n te x to econom ico po rtu g u ê s, se não

iii u p e I‫■׳‬a V a o p1
'‫ ־‬e c o n ce i t o r e 1i g ioso d o 1» c r i s t a o s com r‫ ׳‬e 1a c a o a o íü

c o n V e I'• 11; o s , pe i o me n o s ü; u a v i z a v a , pe 1a t o 1 e 1'• a n c i a •■■■ m e s n1o c| u e

r e 1a t iv a •••■ o 1 1- a t a me n t o par a c om e 1e s

Hesmo assim , o Santo ()•í-'t'cio p ern ian eceu •f'irmoí na sua

p o siçã o de r e je ita r a par t i c i pacSo dos c r i s t oas--novos na

C o mp a !•‫ ו‬h i a , e ‫ ;•ג‬i 9 i n d o a a n u i a ç; a o do a i v a 1‫•׳‬ú qu e conc ed ía a os

c r i s t aos^^novos p riv ilé g io s como a c io n is ta s , o que só se e ^ Fetivo u

e m í 6 5 7 .. B a 1 i e n t‫ ׳‬e ••••s e que o <•; a c i o n i s t a íí> •f•' i c a v a m s u J e i t o s d ir et a e

tao s o m e n to? ao Rei doí P o rtu g a l, que d e tin h a o c o n tro le das aç:oes

•P i n a n c e i r a s da c o mp a n h i a » . 1::.'s t a •í•'o i a 1v o de 1‫ ־‬e c 1 a ma c 0 e s c ont r a as

esp e cu la(;;oes dos seus agen tes» Estas re cla m a çõ e s tiv e ra m o ap o io

das C ’á m a r a s , G overnadores (in c lu s iv e o da B a h ia , o 69 Conde de

At o u gu i a ), as Co r t e s pa r t u g u e as , a I n q u i s i ç: a o e a <;í C o n i!>e 1 h o s de

Estado e da Fazenda»

íU
o u t r o f a t o que e n v 0 1v e a a C o inpa ‫ויו‬h ia c 01 « a s a u i:o 1‫•׳‬iela d b 1

9 or 11.iguesas f 0 i a saspen5ã 0 do n¡0 !‫ך‬o !:>í)1 io d a f ar i‫ויו‬h a de t r igo

bacalhau, vinho e aze i par [)‫ ״‬Luiz Guzman, Rainha !Regente,

após a morte de D‫״‬ Joao IU‫״‬ Com essa constante perda de

privilégios, a Companhia, ■Foi extinta em Í720, no governo de D‫״‬

João y ‫״‬

Essas I n f o r iiia c : o e s sSo v á lid a s , nesse m om ento, para

Bs c 1a r e c e r a a t !.i a c; a o de oa o Pe i o t cj V i e ga s , c o mo a í;í ‫ ווו‬I n I is t r a d o 1'■

da C o m p an h ia G eral do C o m é rcio p a 1‫ ׳‬a com o E i r a s 11.. 0 cargo de

" a d m i ! ‫ ו‬i s; t r a d a 1'•‫״‬ a a d a 1- a V i e ga b u ma p a 1-1 i c i !:>a g; a o re 1 k v a ‫ ח‬te n o í:í

n eg ó cio s da C o m p an h ia , p e lo fato de não estar s u je ita às

a u t c) i'• i d a !;1e s do Br a s i 1 , s i gi t if icou u ma •í■'o 1'■ma de as e g u 1‫ ׳׳‬a i‫״‬ 1 1‫ ו־‬e

p o s i (¡:a o de destaq!.Ae no c o m é rcio da C o lo n ia , podo^ndo com is so

V i n c u 1a r van t agen s at r avés da ex p 1a r ac ao d a q u e 1a s a t i v i d ad e s em

l:;<e ‫ו■ו‬e f í c i o p r ó p i‫■׳‬i o ‫״‬

H u ito s c ris tã o s novos alcançaram p r o jeç; ao econôm ica em

d iv e rs a s a tiv id a d e s , ta l como no de Joao P e ix o to U ie g a s que se

destacou na a ris to c r a c ia 1‫ ׳‬u r a l graçias à cr‫ ׳‬i ac ao de gado..

E n t i- e o üi e m p r e e n d i me ‫ ויו‬t o s e c o 0 ‫ רו‬m i os de .Joao P e i :•co t o

M i e ga s , a 1é m d e g 1'■a n d e c o ‫ ווו‬e 1■•c i a n t e e 1 a t i •Fu n d i ár ia , f o i um dos

ma i I:) e m s u c; e d i d o 1;; c o me r c i a n t e 1!; d a i3 a 1‫ ו‬i a , no s é c u 1 o X V 1; I .. A

a tiv id a d e que m arcou os p rim e iro s anos da sua lu ta para

p a rtic ip a r da cam ada d om in an te da s o cie d a d e c o lo n ia l, teve sua

1 1‫•׳‬a J e t ó I‫ •׳‬i a me r c: a ‫ רו‬t i 1 b e m e s t a I:) e 1 e c i d a e n 1 1‫ ״‬e o a ‫ רו‬o íü de 16 4 a

1645.. Lig a d o à a tiv id a d e co m e rcia l, V ie g a s a ssu m iu por essa

época, o p osto de T e s o u re iro da A v a ria im p o sto p o rtu ário

107
para a fro ta , de Ió 4 5 -- ló 4 ó ‫״‬

A pós o sea c: a í!; a n! e n t o c 0 in J o a ‫ רו‬a d e> S á e i >í o t o (16 50) y

V i e fii a pa 5 s o u à d e d i c a ‫■ץ‬-■s e à a q u i s i t: a 0 de t er r as y 1110s m0 ina 111: 0 n d o

seus negóc ios na B a 11 i a ‫״‬ N este seu novo 0 n ip r 0 0 n d i ni0 n t o 0 qu0

a d q u iriu o t ít u lo de com pra das te rra s no sertaoy de Jo a o Lobo

de M e s q u ita , com eçando la g o a p o v o á - la s» Ao Hado d i s s o , i n i c i a v a

a a tiv id a d e de cria ç ia o de gado, que passou a ser urna das bases

de sust ent a ç.a o e c o n om i c a da •Fa m 1' i i a «

E rn i6 5 3 , v i íí; a n d o ie git i ma ('• o t 1' t u 1 o d e c o m p 1‫ ־׳‬a d a i; e r 1'■a

Ju n to à Coroa portuguesa, fez o p ed id o através da ca rta de

sesm aria (A nexo i).. I‫ ״‬m i 6 5 5 , aleg an d o a escassez de áreas para o

rebanho, s o lic ito u as te rra s s itu a d a s entre os r i o s P a r a g ú a cu e

J a c u 1' p e , obt e ndo c o n f i r ma c a o da Co r o a p o 1‫•׳‬t u g u e s a ‫״‬ i'J a c o ‫ וו‬d i c a o de

p ro p rie tá rio das te rra s , M ie g as superava as b a rre ira s s o c ia is

para penetrar no grupo d om inan te da s o cie d a d e b a ia n a ‫״‬ !::jn 1.ó 6 4 ,

re ce b ia g a ra n tia do líe i de urna sesm aria que c o n f i rm ava t í t u l o

P a t ‫■׳‬a t odas as pi- o p r i e d a d es a d q u i r i d a 11; , J u ‫ רו‬t a n d o a e 1 a 1i> t o d a as

á r eaíü das p r ox i m i d a d e í i ; ..

Assume sua segunda vereança em Í 6 ó 8 .. Esse cargo

Po 1ít i c o a d m i n i <:>1 1‫■׳‬a t i v o ref or çav a o c o r o a me n t o do sucesso de

Joao P e ix o to V iegas cor‫״‬o "homem bom'' da C o lo n ia ‫״‬ A p a r t ir d a í,

na c o rt d i ç. a o de obr e , t eve acesso a out r os p r‫ ׳‬i v i 1é g i os c o mo o

r ‫־‬e c e b i me n t o de novas t e r‫ ׳‬r‫ ׳‬a ‫ וז‬a s c a p i t a ‫ רו‬i a ;:i do n o r‫ ׳‬t e


‫■ן‬u d o ist o c o m p i‫•׳‬o v a t e !‫ ■׳‬s i d o ,.i o a o Pe i o t; cj V i e g a iii um do<
i>

108
r is i ã o •••‫־‬n o v o s qu e pa 1‫■׳‬í: ic ip q a cio po ele í1 ‫׳׳‬o c;a 1 r1 a C o 1 6 n ia ..

Todavia^ chama a atenção o fato do seu envoivimentü com a vida

religiosa, ten do sido ''’i••'am i1 iar'‫י‬


' do Santo Ofi'cio e obtido o

hábito de Cristo¡, em íó7 8 ‫״‬

Para esse estudo merece am tratamento especial a

V i n c a 1 a c: i o de J oao Pe i o to V i e ga s c om a In q a i 1!j i ç a (‫^ כ‬


te
p r i n c i p a l ment: e no que d iz re s p e ita a su a c o n die: S o de " F a m i l i a r " ‫״‬

Par a t ant o c : o ‫ רו‬s i d e r a •■■■;!>e p e (‫■׳‬t: i n e n t: e e íüc: 1 a r e c: e 1'■ o <


1>e ‫ רו‬t i d o

d e " F' a m i 1 l a 1‫" •׳‬ no c: o n t e x í; o da 1g re j a C a t (51 i c: a na é p o c: a ..

Segundo N O VIN SKY (Í9 7 2 ,Í0 Ó ) "os f a m i l i a r e s ‫׳׳‬ eram os

ma i s f ié i s e at ivos s e 1‫ ׳‬v i d o r e s que t eve a I n qu i s i ç:ao ‫״‬ Como

ou tro s que s e rvia m ao Santo O ficio !■ estavam a s a lv o de q u alq u er

c r \t ica ou c 0 n s u i‫ ׳׳‬a A s 1;; i ¡5t e s {:: 1 a ‫■ץ‬e c e a q u e la a u t o 1‫ ־׳‬a ::

"O s fa m i1 is r e s r e c e b ia m p a g a m e n to
c o rre s p o n d e n te a cada d ia em que
e s tiv e s s e em s e r v iç o « A lé m dos
o rd e n a d o s^ o s p r e s id e n t e s ^ v e r e a d o r e s e
p ro cu ra d o re s da c id a d e r e c e b ia m
p a g a m e n to apenas p a ra acom panhar as
p ro c is s o e s . G o z avam de v a n ta g e n s
p e c u n iá r ia s com e x is t e n c ia e
f u n c io n a m e n t o dos T r ib u n a is ta n to os
seus c o m p o n e n te s com o os e le m e n t o s
d i r i g e n te s da s o c ie d a d e p o r t u g u e s a " .

Nao sendo preocupação desse estudo uma a n á lis e

det a 1 i1‫ ״‬a d a da const i t u i ç. a o e f !i r1 c i o n a m e 1‫ ר‬t o do Sa ‫ח‬t o 0f 1' i o ,• e s íií a í;í

inform acííes sao u tiliz a d a s para m elhor e s c la re c e r o papel de um

dos com ponentes dos esca lõ es m ais i;)ai;;os d e s s e drgao.. T ra ta -s e

da f u n ç: a o de !••'a m i 1 i a r‫ ׳‬, f u ‫ ויו‬c a o qu e f i c a v a ‫ ויו‬a ta a s e d a e s t r u t u 1'■a

Í09
i nqu i B i t:or i al ‫״‬

E r a D 1'1■
‫ ־‬i buna 1 ^ o o1‫■׳‬ga ri i s iv!o ma i s i mpo1••t: a ‫ ויו‬t e do S a nt: o

O fic io ,. O Trib u nal de Lisboa teve as suas v a r i a s ra m ific a ç õ e s no

Império Colonial Porbiguis, sendo o Brasil, a última área a

recebe•■••! o ‫ ״‬Possui a como urna das suas p r in c ip a i s funcoes, v ig ia r

os h e I■
'•e í;i e í;; el o I mp é r i o C o 1 o ‫ ויו‬i a i

P a ra tne !1h o r i 1 u s i: i- a r o !!> pr o p ó s i t o 11; d e s í:; 0 tra b a ! ho ,

fa u íii c a ■
•••s e e m S I <üü E lR A ( i 978, i 34 ) , u ma me 11•!o !‫•׳‬c: i a r i f i c: a ça o do

íii i gn i f i c a d o da s f o 1‫•׳‬ma s de <:; o n1p o <


1i i ç.a o d o 11; <:!u a d 1'•o 1ü a d m i r! i 1!; t; 1'•a <: i v o s;

do Santo O fic io ,.

"A carreira dentro da Inqu is içao e do


alto clero e os postos de relevo na
administraçãor depois da passagem pelo
Tribunal de Lisboa^ ficaram a indicar
ter sido a Inquis ição um me io de
ascensão e destaque social, bem como as
relações harmoniosos dos altos
d ignatár ios da Inquisição com o Trono."

R i t D<
•:; e c e 1‫ •׳‬i m o n i a s J uda íc a s e n t; r e ou tro , f a z i a m p a i‫ ״‬t e

do e le n co de d e iito s que esíiavam na m ira do T rib u n a l de L isb o a ‫״‬

Urna v e :í: que a id é ia de im p lan tar unt Tr i b u n a l no B ra s il nao teve

gr a n d e r e c e pt i v i d a d e p o i‫׳׳‬ p a !‫•׳‬t e do i¡•:11>t a d o ^ f o i ist o c o m p e n 11; a d o

p e la s Mi s i t a c o e s ‫״‬

O B r a s il ‫ז‬ e n t 1‫ ׳‬e o f i n a l do s é c a lo X U I e i n i c i o do

s éc u 1o XV 11 y r e c e b e u a r e p 1‫ ׳׳‬e 11; e n t a c a o d o S a rí t o Of i c i o p e 1 a 11;

c !•1a ma d a s v i s i t a c oe s , c| u e d e s pe 1-1 a v a m s e n t i ni e n t; as d e (5d i o e me d o

na p o p u la c a o ‫״‬

ii0
9 e 1‫־‬iclo o “ !••'a m i i a í-" u n1 d o s o f ic ia is c!u e c. om p u n l1‫־‬a m o

quadro do Santo Ofício, para se t:0 r acesso a t:al cargo 0 ram

e x ig idos além dos requ is it os mora is (b o n d a d e y f ided i9 n idade e

virtude), outros conio a liiiipeza de sangue, fidelidade, letras e,

às vezes, ordens sacras.. Para esse estado, tal dado é por demais

vali OSO; já que significava nao cont; am inaç;ao moura. Judaica e

infiel, sendo que se associava à idéia de heresia com a limpeza

de sangue..

‫■ ן‬e o i'• i c a m e ‫ רו‬t: e , n a !:>o c: i e d a d e b a i a n a d o <ü é c u 1o XU 1 :1


:, o í;

c a I‫■׳‬g o iii der e le v o e í‫ •׳‬a m !‫ •׳‬e s e r v a d o s à s !;>e s s o a s c o n í:í i d e ¡‫ י׳‬a d a s p !.‫ ג‬i- a 1
1; ,

sob o a s p e c to g e n é t ic o , uma v e z que a s o c ie d a d e se fe c h a v a s o b re

s i m e s in a , e v i t: a n d o í:) r e 1a c i o ‫ רו‬a m e n t: o c o m o s n o v o s c o n v e r t i d o i i i ..

!■ •'az-se u s o d e s s a in fo r n 1a ç ; à o p a ra m e lh o r co m p o r o p a n o ra m a

é {: i c o s o c: i a 1 V i V e n c; i a d o po r J aa o !‫ יי‬e i ;•i o t: o U i e ga s , pe r o n a g e iv!

c e n 11'• a 1 d e íí; í; e e s t: u d o ..

IJ m a i n f o r ma c ã o v a l i o !;>a pa ra e s s e e s t: u d o d iz r‫׳‬e s p e i t o

ao c o n te ú d o m a t e r ia l p r e s e n te no p ro c e s s o de re c ru t: am ent o d o s

c a d i d a t o s , c on f o r me i ‫ רו‬f o r n!a S I Q l.JE .1


:R A ( :í. 9 7 8 , ;1
.65) s

"O s m em bros do S a n to O fíc io d e v e r ia m


g o sa r de in d e p e n d ê n c ia e c o n ô m ic a como
a v a l d e s u a i n d e p e d ê n c ia de ação^ Não
■Fossem suas posses^ o can d id a to aos
q u a d r o s d a In q u i s i ç:So n ã o p o d e r i a s e q u e r
h a b ilita r - s e ."

Q u a n to à atua«;; a o d o s !‫• ״‬am i 1i a r e s do S a n to O f í c i o s e n d o

p e s s o a s l a i c a s , e m b o ra c o n tin u a s s e m a e x e r c e r s u a s p r ó p r ia s

iii
o cu pacio es? auMi li a v a m 0 Tr ibunal >
- re a liz a va m p ris a e s ^

P a I‫■׳‬t i {:: i p a ‫ רו‬d o de i n q u é r‫ ׳‬i 1 0 s e p o l i c: i a n d 0 as c: o !‫ ר‬s c: i ê n c: i a s ,,

A 1:
>a t e n t e de I•■a m i 1 i a r e 1‫■׳‬a c;o n c e d i d a p o i‫׳׳‬ uma c ar t a

ré g ia:, era ex p ed id a m e d ia n te 0 p re e n ch im e n to d a q u e le s re c |U is ito s

P 0r par te d (‫ נ‬i1 a b i 1 i t a n d 0 , c 0 !n0 ek p 1 i ca I Q U E :[R A ( 19 7 B :1.7 3) 1


!

" A e x p e d iç ã o da c a r t a de F a m ilia r que


p erm i t i a o e x e r c í c i o dos d e v e re s e o
gozo dos d i r e i t o s in e r e n t e s ao c a r go,
e s t a v a c o n d i c i o n a d a a o p r e e n c h im e n t o de
c e r t o s r e q u i s i t o s j , que d iz ia m r e s p e ito
ao c a r á t e r r c u l t u r a r 9 e 0 e s l0 g i& e p o s s e s
d o à a b i l i t a o d Q - D e v ia m ser pessoas de
bom p ro ce d e r r c o n f ia n ç a , c o n h e c id a
c a p a c id a d e d e s e g r e d o ^ q u e s o u b e s s e m l e r
e e s c r e v e r r E Q S s u is s s m fãseada de 9ue
vivesse® afeastadaffleatex e aãe
caccesasse® e® seu saosue ®aocòas de
asceodeates ou colatecais Judeus qu
®QUCQSa-f^íf^

Essas informações utilizadas para analisar g situar o

p e r s C)n a g e 1« c:e r1 1 r a 1 cie s s e e s t u clo ■••• J a ao P e i o ta V ie g a , c;o m o

■Pa m i l i a 1‫ •׳‬d o 8a‫ח‬to 0 f íc: io ‫־‬, v e ‫ יו‬if ic a ■■■•s e qu e , s e ‫רו‬cla c:1'• is t a o no vo ,

n íiíc) p í'■e e n c h ia u ni d o <1> r e q u is Ií:o <:> I:)á iiiic o s p a 1‫•׳‬a pe 1o ine n o <s se

c;a n d id a t a 1‫׳׳‬ à <:|‫י‬.‫ג‬e 1 e c:a r g o .. E iii c:o m p e n s a ç:a o ^ e ‫•ץ‬a p o s s u id o 1'‫־‬ de

riquezas incalculáveis? isto pode tEr sido uma atEnuante para

que, mEsiíio na condição dE cr ist ã D - - n o v o , p u d E s s e se candidatar ao

cíxrgo E concretizar o seu objetivoy quE era recEÍ3Er a carta dE

I••'a m i 1 ia r e t o 1'•‫רו‬a 1'■ s e u 1» d o 11‫־‬ e 1 e n!e n t o s liga d o s d ir‫׳‬e t a nie n te à

a d !‫וו‬in is t r a ç a o do Sant o 0 f í c: io ‫״‬

á ‫רו‬e c e ;;ís á 1‫ •׳‬io 1 e m h 1'•a i‫׳׳‬ ‫ז‬:!u e ‫ווו‬ v e r d a d e i‫•ץ‬o p i‫׳׳‬o c:e s s o

inquisitorial era montado para se investigar a vida do

ii2
(::and i c la to , a t : r a v é s de b i o g r a f i a s , i n f (:!(‫■׳‬mando a t r a j 0 t ()r i a do

i n d i V Í cl a a d e s d e a pa s s a d o a t: é as s ua ‫ן‬:>e r‫ ׳‬s pect iv a s .. A p (5s o

c: a n cl i ci a {: o fa z e r o p0 d i d 0 d0 a cl in i iss a 0 , a c: 0 n19a n h a cl 0 d0 a 111a

J u s t i f i <::ag:a0i i n i c: i a v a - s e a i nvest: i g açiío na su a t e r r a n a t a l¡ , bent

coiiio na de s íju s p a is e av ó s» A r r o la v a in - s e a in d a as te s te m u n h a s y

que tin h a n i um p a p e l im p o r t a n t e , pr inc: i p á lm e n te p a ra a te n d e r as

i ndagaç; oeís g e n e a l ógi cas ‫״‬

Nq c a s o de Jo a o P e ix o to U ie g a s , d e p o is de t e r p a ssa d o

P o i‫ •׳‬t o d o e s 1;íe p1‫•׳‬o c e s s o , e , me s ina a s s i in ^ ter t; i d o a c e s s o à Ca r t a

doí F a m i í i a r y significava que o S a n to Ofi'cio cedia nos so^us

critérios de e x i g e n c i a y a depender do perfil economico e as

e s pe c i f i c i cl a d e s d o mo me n t o 1‫ ר‬i s t ó 1••i c o ‫״‬

Nao i‫)־‬á d ú v i d a de que um i n d i v i ' d u o que p o ssu i a san g u e

Ju d e u e que mesmo assim ainda se submetia a um p ro ce sso

in q u Is it o r ialy é p o rq u e v i a na p a t e n t e de Familiar a aspecto

sign ificativo d as v a n ta g e n s pessoais‫״‬ Entre elas, deve-se

d e í;>t a c: a 1'■ a <


:ju e 1 a qu e e !‫■׳‬au m d o s b e n s ma i s c: o b i g: a d o s d e ‫רו‬t r (‫ כ‬d e u ma

sociedade c a r a c t e r i ead a pela riqueza e p r e s t i'g io ¡¡ a distinção

social‫״‬ As s i m é que o Santo Ofício concedeu privilégios ‫ע‬ a

ex em p lo de i sen ç:oes fiscais e de s e r v i ç o s e e x c e c o e s .. Eram os

i■

■a mi 1 i a I‫■׳‬e <
1i d i s pe ‫רו‬s a d o s d e s e 1-v i r po r t e i-1-a ou ma r a o u 11-a is

p a r t es y t i n h a m d i r e i t o ao poi-te de arm as d e f e n s i v a s e o f e n s iv a s . .

Ser Fam i 1 i a r do San t o O f í c i o s i gn i f i c a v a ^ por t an t o >


ser p o s s u id o r de um certo status s o c ia l, cultural, religioso e

econômico, que o d i s t i n g u i a na sociedade, uma vez que e s ta

ii3
co n sid e ra v a de grande i 1‫ וו‬p o r i; a n c i a a patente de i■
■am i 1 i a r ‫״‬

¡Suanta às suas a t r i b u i g: o e s y eran) □s F a m ilia re s

re sp o n sá ve is p e la v ig ila n c ia das te rra s em que v iv ia m e a

0 >;e {:: uÇ.a 0 da s ‫ק‬e ‫ח‬a s e pe !1 i t ê nc i a i n1p0 s i: a s a 0 s p‫•ץ‬a t i c a ‫רו‬t e s de

d e l i t o p e i‫•׳‬a n t: e a I n q u is i ç. ao ‫״‬ E i‫ ׳׳‬a m y ai nda, e ‫ ויו‬c: a r r e g a d o s de

gua r dar o íü p i- e !■io s ^ b e m c: o n! o , 1'•e t e ‫ •ץ‬o 11 ; b e n s a e l e í;í e qu e s t r a d o !li

Coma I••■a m i 1 ia r "‫ י‬d o 8 a n t o Of \c io , J o a o P e i o í:o U ie g a s

Dbteve o hábito de Cristo, em 1678, e assumiu o cargo de juiz

ordinário em Í 6 B 6 ‫ ״‬Para e s c 1a r e c e r o sentido de cavaleiro da

OI‫•׳‬d e ni d e C 1‫•׳‬is t o , r e c a 1‫■׳‬i‫׳׳‬e •••■s e a R U B E R 7' ( i 9 8 i. > 8 ‫״‬e g a 1‫ ר‬d o e s s e a u t o r ,

a Ordem da C avalat'ia de N o s so Senhor Jesus Cristo tem sua origem

no g o v e 1‫■׳‬n o d e D o ivi f) in is , e m i 3 í 3, ten do c o n s e g u id o a a p 1■■o v a ç:a o

do papa Joao XXII, pela i:?ula A d ea de i4 de mar<;;o d e i3i9.. Essa

Ordem assim como a de Santiago e a de Aviz, acumularam muitos

bens tendo se {:ornado cobiç:adas da nobreza e da família real»

Seus membros gozavam de muitas p riv i l é g i o s . . Em 1570, o papa Sao

Pio y, nao encontrando nesta Ordem uma prática correspondente à

Siu a I ‫ רו‬t it u iç . a o d e o !‫ •׳‬i g e m , a 0 1‫׳׳‬d e m d o <1; 1 e m p 1 á r io 1i>, 1‫׳‬


•e v o g o u a ..

M e s in o a íí; s im , f o 1‫־׳‬a m n! a n t id o s os t ít u 1 o s i1 o n o r íf ic o e

c o n d e c a r a t iv o s , 11;e m in t !.iit o e s p e c 1'F ic o ..

Como mu it; o bem re fle te C A RN EIRO (1.988, 9 2 ),

" T s n t o n a E sp a n h a , com o em P o rtu g a l r 35


O rd e n s M ilit a r e s fo ra m c o n s ta n te m e n te
p ro c u r a d a s p e lo s c r i s tã o s - n o v o s r p o is a
p o sse de um de seus h á b ito s não só
e q u iv a lia a um dos m a is im p o r ta n te s
t f t u l o s h o n o r ífic o s r com o tam bém lh e s

ÍÍ4
proporcionava uma certa tranquilidade
contra as perseguições inquisitor ia is...

Segundo NOVINSKY (1972J.06) ‫״‬Qs familiares‫״‬ eram os

mais fiéis e ativos servidores que teve a Inquisição.. Como

outros que serviam ao Santo Ofício, estavam eles a salvo de

qual quer c:r íi: i c a ou c e n s u r ‫ ׳‬a .. A s s i m e s c 1ai‫ ״‬e c e a q u e 1a auí: a r a s

"O s f a m ilia r e s r e c e b ia m p a g a m e n to
co rre s p o n d e n te a cada d ia em que
e s tiv e s s e em s e r v iç o . A lé m dos
o rd e n a d o s, os p re s i d e n te s , v e re a d o re s e
p ro cu ra d o re s da c id a d e r e c e b ia m
p a g a m e n to apenas p a ra acom p anhar as
p ro c i s s õ e s . G o za va m de v a n ta g e n s
p e c u n íá r /a s com e x is t ê n c ia e
f u n c io n a m e n t o dos T r ib u n a is ta n to os
seus c o m p o n e n te s com o os e le m e n to s
d i r i g e n te s d a s o c ie d a d e p o r t u g u e s a " .

S e ria essa a titu d e um m ecan ism o para acobertar as

a I‫ •׳‬i í3e n s j u d a i c; a s ? á !:>o 11; 11; !‫ ׳‬v e 1 , po i s , J oao Pe i oto V i e ga s a p a 1'■e c e

entre os nomes de T e s t em uniias - D enunc i a n t e s na "Brand e

In q u is iç ã o ‫״‬ de Í646, segundo in fo rm a N O U IN SKY (i9 7 2 , Í79)..

A p a I- e c e t a mb é m ent re os d e n u n í:: i a d o <:i à I n q u 111; i ça o , em

e s cla re cim e n to de NO M IN SKY (i9 7 2 v 84)::

"P e ra n te a In q u is iç ã o fo ra m a in d a
denunc i ad o s ho m ens de p ro je ç ã o na
s o c ie d a d e b a i a n a , com o Jo r g e Lopes da
C o s t a , p r o c u r a d o r da C â m a ra , t e s o u r e ir o
da M i s e r i c ó r d i a e p r o c u r a d o r da C o n d e ss a
de L in h a r e s , Jo a o P e ix o to K f ie g a s ,
te s o u r e ir o e e s c r iv ã o das B u la s .

Em ié 4 6 r ain d a que na c o n d i !;:ao de e s c riv ã o das bul a s ,

V i e ga <
;;• f a i d e n !‫ ג‬n c i a d o pe ra n te a I n q u i s i ç; a o , s a s pe i t o de

li5
a PQstasia.. Mi v^ n s:lq uin n1a 111e‫וו‬t: q de a 1»c:ensa0 s 0 c i a 1 ¡, q fa t o cie 5er

d e n a n c ¡ ■ñdOf sob a aca sa çião de d e sce n d e n cia j u d a i c a ‫־‬, co m p ro m etia

suas am bições^ as q u ais nao se lim ita ra m apenas à a tivid a d e

c; 0 me i•‫ ׳‬c i a 1 De q ua 1q ue r s0 r 10 x a de núnc i a c 0 n 1 1•‫ ׳‬i b u Iu p a 1‫ ־׳‬a qu e

V ÍEí!a s buscasse uma so lu ç ã o m a is segura para m anter sua

t r•a j e t ó I‫•׳‬ ia de s u c: e s s o ‫״‬ í) a ! v e i q a dec is a0 de 1 0 r n a i‫• ״ ״‬í;í e i•■a ‫ וח‬i 1 iar

do Bant:o O fíc io » Su b m etid o às in v e stig a ç õ e s roí: i n e i r a s , em 2 de

novem bro de 1.648? recebeu a p aten íie d e se ja d a e, consequentem ente

a 1 a !'■g a v a m•■

■s e as o ‫ק‬o r t un i da de s !:>a r a •í■'a z e 1 '‫־‬ pa r t e d o íií q u a d r o íü

d o m in an tes da s o cie d a d e b a ia n a no s é cu lo dezessete»

Li ma c o n q !.‫ ג‬i <


:>t a !:>o s t e r i o 1‫־׳‬ de g 1'•a n d e 1;; i g n i ■P i c a d o pa r a as

am bic;o es s o c ia is de U ie g a s foi o seu acesso à Santa Casa de

H i s e r i c ór d i a , na c o n dig: a o de irm ao¡, o que se c o n cre tiz o u em

i 6 5 •4, t e mp o e nt c| u e t a ‫מו‬b é m f o i e '1 e i t o t e s o u 1••e i 1‫ ׳׳‬o da n! e 1!>tvi a

i n s t i t u i g:ao ‫״‬

A d e n ú n cia era uma das form as m ais e fic a z e s pai'■ a

m‫־‬a c u l a r a boa fam a de um in d iv íd u o que ocupava uma p o siçã o de

d e s t a <:!u e ‫ רו‬a s oc iedade » A 1 g u mai!; pe s s o a s d e n u !‫ ר‬c i a v a m o u 1 1‫■׳‬a s c om a

i n t e n c: a o de c cj 11a b o r a r no c: o mb a t e à !‫ ו־‬e í‫•׳‬e í:í i a , vi st o c o mo uma f o i- ma

de zelai'• p e lo b em -estar da com u n id ad e» Is so tam bém se tra d u z ia

como uma form a de enco ntrar fa lta s onde e la s não e x istia m ou

exagerar m eros d e sliz e s» i‫ ״‬r a comum co n tra os c r i s t a o s ‫־‬- n o v o s como

form a de v i t i m á ‫״‬l o s o seu nao co m p a re cim e n to aos atos litú rg ic o s

c) qa e se t r a n <!; f o ‫ ־ץ‬ma v a em mo t i v o de a 11 a s u s pe i c a o s o b 1‫ ׳׳‬e a

s i n c e I'■ i d a d e de 1!; u a s c r e n c a s ..

líè
A cl e ‫ רו‬d n c i ‫מ‬ p o ci i a t a ni b é m a c: o n t e c e 1‫■׳‬ c o ni )'■e 1 a ao a um

con co rrente ou in im ig o , como form a de dar vazao ao o d io , o que

f az ia (:: o 111 qu 0 o s i n qa i s i d o r e s a c: e i t: a s <


!>e. !11 c 111 ‫ם‬ r e 1 !>e !'•v a <
•> cer t as

d endnc i a s qu e a p i‫ ״‬e í;>e n t: a s <;í e !11 s i n t o ni a s de in im iz a d e <


;> c 0 m 1'■e 1 a ao

a□ d e n u n e i ‫׳‬a d o ‫״‬

M e s nio a í;í d e n ú n c; ia , ni‫ם‬ í:e ‫רו‬d o a nia é po c a e s t; i p u '1a d a

para s e 0 f et: iv a r , el a s se intensificaram quando da presença das

y is ií: ag: o e s ‫״‬

N u m (.;aso d e deírninc ia , í:or n a v a ■•••se matária agravante

parao denunciado o fato dele í:er algum parente com passagem

‫ ח‬e g a t iva pe 1a ![n q u iü> ic;a 0 o u entao , e 1e p i‫ ״‬ó p i- Io Já ter s Id o

d e n u n c: ia d o a n t e i‫ ׳׳‬io (11 1 ‫״‬e n t e .. C o 111 o gr a n d e n ú m e r o de d e n !.1 n c ia <1> t in h a

como matéria a prática do J u d a i s m o , fosse ela real ou

imaginária, pel o s d e n u n c ia n t e , leva a c i‫׳׳‬e 1‫•׳‬ qu e e <■»í;íe ííí

d e n u n c ia ‫רו‬t e t in !‫ר‬a m u 111 g r a n d oí d o m ín io a r e s p e it o d e «;s a p 1- á t ic a ..

Iü:s s e r a c io c i n io c:o n d u z à s e g u in t e refle ao ‫״‬ c i- is t a o s •••■v e 11‫ר‬o s e

c t'• is t a o s •■■•n o v o <;>, a !:>e nia r d a <1; t e n 0 es v i v e n c ia d a s , ina n t in 1‫ר‬a m e n í;1'•e

s i , e n <:!u a n t o g ‫יו‬u p o <so c: ia 1 , u m a 1'n t im a c o n e a o .. P o d e t a m 13é m 1 e v a 1‫■׳‬

à c o n s t at a«:ao d e que eram os conversos um dos grupos nra is

vigiados naC o l ô n i a , senao os mais visados, seja na

e >:t e I‘■ Io I'■ iz a ç:a o d a c r‫׳‬e n ç;a , eJa p o 1'• q u e ;;;t: 0 e s o u 1 1‫•׳‬a ‫ל;ז‬..

P o d e ••••s e a c !‫•׳‬e c e n t a 1‫ ׳׳‬ai n d a para e s ta a n á 1 is e q !.‫ג‬e sev

cie n u n c ia d o o u d e n u n c ia n t e in d e p e n d ia da c o n d iç:ã o íiío c i a i do

in d iV íd u o ‫״‬ A qu e 1e qu e e íüt a v a em >it u a ç


1; ao in f e 1‫ ־׳‬io 1‫־׳‬ !:>o d ia

denunciar alguém que estivesse acima dele, na escala social.. 0

ÍÍ7
m e s 111 Q poderá acontecer com o in d ivíd u o que p o s su í'a ‫ ״‬st: at: u s

s u p e i10 ‫•'! ״‬ a u ‫ווו‬ seu ac us ad0 y q u a ‫ ויו‬d 0 c: r i s t a 0 s ••••n 0v 0 5 e

c r i íii t: a o lif ■

■•V e 1 1‫ ר‬o s ^ a c u s a v a m■
•••1 :í e mu t !.i a me n t e ‫״‬

Os R e g im e n to s in q u is it o r ia is , que sustentavam

legalmente os in te r ro g a to r ios. prescreviam tre s t ip o s de

SGSsoess a p rim e ira , de g e n e a lo g ia ? a segunda, de " g e n e r e ' ’' ? e, a

i:e I'•c e ir á , de ‫ ״‬í:í p e c i " ..

Intieressa ma is de pert o, a primeira sessao do

in •!:e I‫•׳‬I'•(!)g a t 0 1 ‫•׳‬io , qu e tr at ava í:Ia g e n e a 1 o g ia , q u a n elo o iC‫רו‬q u i<;>icio r

apreendia a biografia do int er r o g a d o , o que clava o d i a g n ó s t i c o a

esse respeito,. Quando da denuncia de Joao P e i;•;ato Viegas ao

S ant o o f ‫יו‬c: io , t e n d o ele p a 11;í:ía d o p o i‫ ׳׳‬e s <üa p 1'■ im e i‫־ץ‬a s e !!>!!;a o , qu e

argumento o í:er ia livrado de urna condenacao, Já que o mesmo

t in h a I'•a ‫יו‬z e íí• j u d a !‫׳‬c a s ? S e n! o u 1 1'•o s d a d o s qu e ‫ן‬:>o s s a m e <1ic 1 a 1'•e ç:e 1‫־׳‬ a

q u e s t a o , i‫•׳‬e s t a i- ia a 5u po sica o de <:!u e s e n d o J o a o e ik o i:o V ie g a í;>

um in d iv íd u o s it u a d o no g r‫׳‬u p o d o n! in a ‫רו‬t e da s o c ie d a d e b a ia ‫רו‬a ,

soubera burlar todas as dificuldades que o impediam de dar

continuidade a o soju s u c e s s o na Colonia, ou poderia t er i‫ר‬a v i d o

o n c e 11;s o e s de !:>a r t e d o íü v i1:;it a d o r e 11; ‫רו‬o j u 1 g a m e ‫רו‬t o i do c:a s o de

Miegas.,

As i n q u i s i g: o e s de "g enere" visavair! in v e s tig a r a v id a

do h a b ilita n d o at(é a q uarta geracao, t e n do como um dos

p rin c ip a is o b je tiv o s , so^nao o p rim e iro , a api icacao e fe tiv a do

" Es t at ut o de P ure z a de Sa n gu e "

Íi8
Retorna-se ao aspecto cen tral d e ste estudo que é o

povoam ento de p arte do sertão b a ia n o , para poder a v a lia r o

d e s e in p e n h o de J oao I•*e i k o t o V i e ga s ness e em r e e n d i me n {: o ‫״‬

Esta re s s a lv a in te re ssa p o is que um dos grupos que

m a is re u n ia m o tivo s para perm anecer na C o lo n ia era o dos

c r Is t aos ‫ רו‬o v o s .. Com u ma it i s í; (51- i a d e e to r s o e <!; f i<


1; c: a i s ,

co n f i SC o s , peír s e gu i ç.o es, no seu 1oc a 1 de o r i gem , en r a i z a r •se na

C o lo n ia a p r e s e n í ; a v a ‫־‬- s e c o m o - u m a a lte rn a tiv a razoável cie

s o b re v iv e n c ia .. A q u i, m ais uma vez tem lu g a r de d estaque Joao

P e ix o to Ui eg as que co n stitu iu fa m ília na B ah ia..

1:1! p r e c i íii o 1 e ¡¡í b r a 1‫ ■׳‬q u e em <


1; e t r a ta n d o de i ‫ וח‬i g 1‫ ׳׳‬a n t e s ,

n e nt t o d o <
1; íüe j us t i f i c a v am c; o mo !:>cj v o a d o 1'‫־‬e íií , ou í>e j a , mo t i v o s

v á rio s o rie n ta ra m a p r e s e n (;:a de e s tra n g e iro s na C o lo n ia , desde o

•Fato de estar a s e rv iç o do R e in o , ou o b je tiv a n d o apenas

enr i quecer e v o l t a r ..

Reportando a FRANCO (i9 5 4 , 4 3 2 ), quando tra ta de Joao

‫ י־ו‬e i K o t o Vi e ga , e n c: o n t r a ■
•••s e "

"P o r tu g u ê s r v e io p a ra a B a h ia ce rca de
Í6 4 0 C a s o u n a B a h i a com J o a n a de
Sá P e ix o to , F o i g ra n d e s e r t an i s t a que
a co m p a n h o u d ‫ ־‬R o d r i g o d e C a s t e l o B ra n co
à It a b a i ana e o u tro s lu g a r e s do n o rte
b r a s i l e i r o , em d i l i g ê n c i a s d a p r a t a " .

Logo, m u ito s c rista o s- n o vo s , assim como Jo ao P e ix o to

V ie g a s , penetraram p e lo sertão como b a n d e ira n te s, s e ja para

satisfa z e r■ ‫ס‬ seu e s p írito a ve n tu re iro , s e ja no an se io da riq u e z a

ii9
•ác i 1 ‫״‬

N‫ס‬ in 1 io do s é c: a 1 0 XVI ^ 0 s c ‫ יץ‬i s taos nov 0s j á h aviam

com egiado a se in sta la r na C o lo n iay o que irá se in te n s ific a r no

sé c u la s e g u in te y tan to para d e f e n d e r ■■•■se das p e r s e g u i ç: o e s

in q u i lii i {: o í‫ •׳‬i a i s c o mo c:onsequê nc i a de penas est: a b e 1e c i d a s ein

p I- Q c e so de d e g i‫׳׳‬ do ^ q u a i‫־‬í t o p a 1'■a b a íüc a i- nt g>1 h o i‫ ״‬e s o p o r‫־‬t u ‫ ו ו‬i d a d e sí

e c ; o n om i c a s ..

I:•;mb o 1‫ ־‬a s eja d i f í c i '1 1‫ ־‬a s 1 1‫ ״‬e a 1‫־׳‬ a t ra J e t; ¡51'■ i a de t o d o íü

eleís¡, é possrvel a firm a r que m u ito s d cle sy urna vez in sta la d o s na

C o lo n ia ^ além de ocuparem cargos p ú b lic o s e funçõ es de d estaque

na v id a p o lític a e s o c i a l ‫־‬- t o r n a v a m - s e tam bém donos de grandes

pr o pr i e d a d e s M e sí iv! o t e ndo se t o !•‫•־‬n a d o p 1‫ ־׳‬o p r i e t á r i o de t e r‫ ׳‬r a s ¡,

^j o a o P e i >í o t o M i e g a sí nao a ba ndonou s ua c o n c! i c a o de c <:‫נ‬me !‫■׳‬c i a 111 e y

ma n t e n d o í:í e u s n e g óc i o s e ni S a 1v a do r ‫״‬ ín| o t a se p o 1- 1 a n t o ^ qu e o f at o

tí e s e I'■ c I‫■׳‬i Si t; ã o •
■‫ ויו•־‬o v o ‫ וי ו‬a o s i g ‫ ויו‬i f i c a v a !..tm o b s t á c u 1 o int r a ti s po n ív e 1

à a s e en s a o s o c ia l na C o lo n ia..

Na tentativa de ilustrar nielhor essa análise,

rec orreu-se a F"R A N C;O ( í 9 5 4 ^ 4 32) , q u a n d o a p !‫־׳‬e síe 1a J o ao Pe i oto

U ie g a s> ¡I

"T e v e g ra n d e s d a ta s de terras, te n d o
s id o o in c o r p o r a d o r do a lto Para g u a çu ,
em I t a p o r o r o c a s e A g u a F r i a , em Í 6 5 2 . "

Deve-se s ía lie n ta r que^ no N ordesíte^ entre osí sécu lo sí

X V II e X V III, m u ito s c rista o s- n o vo s , destacaram -se como homens


cl e pQs s 0 s y a s c: e n cl e i‫ ׳׳‬a m s 0 c; i a 1me ‫ ויו‬t: e a p0 n t o cl 0 s e 1 ‫ ׳׳‬e ‫וח‬ i 1 1 cl i c: a cl 0 s

!:)a I‫ ״‬a o c; u pa r c a 1 ‫ ״‬gd s d e c; a n f i a n ç a ‫דו‬a s Ca ina ‫ ׳ץ‬a s 0 H i s e r i c ó1 ‫■׳‬d i a s ..

Ha is uma v e 2 : d e s i:a c a ‫״‬se a fiyuí-^a d0 Jo a o F’ 0 ixot:D U ie ^ a s qu0 fa i

vereiador da c i d a d e da B a h i a e a inda I'h'‫־‬o v 0 dor da Santa Casa de

H i s e r I c cS1 ‫ ׳׳‬d i a ^ 0 q1 ,1 e n a o i mp0 d I a qu 0 ■F0 s ;!i0 d 0 ‫ ויו‬u ‫רו‬c: i a d 0 aa S a nt o

0 •FÍ c: i 0 ‫ ע‬c: o mD j á f o i d i íüc u t: i el o a n 1 0 1 ‫ ״‬i o r‫ ׳‬m0 n t: 0 y d 0 c; u j a s a c: u s a c: o0 í:í

sa iu lie o y 1'■e t a ma n d o s eu p a pe H g oc i a 1 e r¡) 1'■e s tr !< ;:0 0 <ü

Foi te s o u re iro de d ife re n te s i n s t ; i í: a i g; o e s en!

i r c 1.in s 4: a n c i a 1i> v a 1‫ ׳׳‬i a d aiii ¡: d o 1;; novos d ir e i t oíb í:í o 1» a ç: úc: a r e s en tr e

1645 e íó 4 8 j das b u la s, em 1646, e da Santa Casa da

H i 1;; e i- i c: íS í‫•׳‬d i a y em i 653 .. C □ mo t e s o u 1‫•׳‬e i r o d a í:í a v a r i a ;1; e do I;:! <


;>t a d o y

p a rtic ip o u da Ju n ta para a cobranza do im p o sto da pa:■: de H o la n d a

e dot e de I n g 1 a t e !‫■׳‬r a ‫״‬

A t e ‫ רו‬t e • íüe p a i‫ ׳׳‬a o f at o ci e qu 0 o c; u p a 1- i: a i c: a 1‫ ־׳‬g o s ,

s i gn i f i c a v a t er p r e s t !‫ ׳‬g i o soc ia 1 e p o 1 !‫ ׳‬t i c o y a t r i b ut os

I‫ !״‬e c e s íii á 1‫ •׳‬i o <


■:> a o s c o n! p o n e n t e s do g 1‫■־‬u p o d o m i ‫ רו‬a n t e na C o 1 8 n i a ..

Reg i s t r a - s e a p resencia de cr ist aos-no vos tam bém na

Pr á t ic a da " g u e 1- ‫•ץ‬a J ust a" ..e c o r i- e n d o a i••'R A N !!‫ נ‬O( 1 , 9 5 4 , 43 2 ) y est e

a Si s i m i n f o í- ma s. o b 1‫ ׳׳‬e ,.i o ã o !•‫ י‬e i oto V i e ga «

"Tam bém c o m b a te u ín d io s bravos, nas


d ilig ê n c ia s c o n te m p o râ n e a s de B rá s
R o d r ig u e s de A rz ã o r E s te v ã o R ib e ir o ,
J o ã o A m aro e o u t r o s , d e í ó 7 i em d i a n t e . "

A í1>s im é q u e J o a o P e ik o t o M ie g a 1:i o b t e v e y p o 1- provisa o

do governoy de de marco de Í675y a a d m i‫ ח‬is t r a ç a o do gentio

i 2i
P a i a i á j, e c 0 n <
:!u i t a cl 0 s e r í: a 0 ‫ ״‬C0 ‫ח‬v e r1 c: e u 0 Gü v e r n 0 a 1 ‫•׳‬e ‫כ¡ויו‬v a !‫•׳‬

guei'•!‫ »■׳‬aos " b á r b a r o s " ‫ ־!׳‬em Í677» Nesse mesmo ano e n t r o u no s e r t ã o

na t r i l h a de ESelchior D i a s ‫ ״‬Argumenta J a a o P e i K o t o V i e g a s no íseu

p e d i d0 ;>t r a ç:ã o
de a d mi n i < d o iíí• í ‫רו‬d i o pa i a i á e s u as a 1d e i a s ,

a l e 9 ( ^ n d d¡!

"H á 9 a n o s d e s c e do s e r t ã o p a r a a s suas
i^ a z e n d a s e te rra s de Ita p o r o r o c a s e
Ja c u íp e o g e n t io da nação pa/a/a% em
d e fe s a do g e n tio b ra v o gue desce às
a l d e i a s m u ita s vezes, a r o u b a r e m a ta r a
s u a g e n t e como m a to u í 7 e s c r a v o s ^ r o u b o u
s e t e fa z e n d a s e q u e im o u c in c o e com
a ju d a d os d it o s ín d io s s e s u s te n ta r a m o s
m u it o s m o rad o re s dos ca m p o s de
C a c h o e i r a , e s t e n d id o s m a is d e 2 0 l é g u a s ,
sem d e s p o v o a r e m como é n o t ó r i o . "

S e c) u 1‫ ר‬d 0 0 ‫ ״‬R N A E R í' (1 9 83 , 2 5 3 ) li

"0 in d íg e n a a tra v e s s a o p e rcu rso


c o l o n i a l com o um im p e d im e n to n o c a m in h o
e sua s o rte s e rá por consegu in t e a
e lim in a ç ã o - e que e n tra em p r im e ir o
lu g a r o i n te re s s e c o lo n ia l na
e v a n g e liz a ç ã o - sua re d u ç ã o ao s is te m a ,
que fa z p a rte do te r c e ir o m om ento
c o lo n i a l

0 •c e ii'•o
t: e I■
■ 11)‫ןוו ם‬b ‫ רו‬o a qu e se i‫ ׳׳‬esf e ‫•ץ‬ci o a a t o 1'■ é o da

reduy;ao da mao de abra (•?in bene■(•'!'(::!{:) da m e tró p o le ‫״‬

Segun do SCl-lWAR T Z (;1.989 y88) Jo ao !•‫י‬e ix o t ‫ם‬ V ib 9 a s e r a un 1

c:o m e rc Ia r»i:e q !.‫ג‬e <5e t;r a ‫ רו‬f o i‫׳׳‬m o u e 1!1 f a z e n d e Ir o co t« i‫•׳‬e b a ‫וו‬h a na

c ur s o do P a r a g a a çu ..

"E ra m com uns a s p e q u e n a s fa z e n d a s de m il

122
a três mil cabeçasr embora grandes
famílias de pecuar istas como os Garcia
d '4vila, com vastas terras ao norte de
Salvador, ou o comerc iante que se
transformou em fazendeiro, João Peixoto
Uiegas, com rebanhos no curso do
Paraguaçu, pudessem possuir mais vinte
mil cabeças,"

Em Í6 4 3 y c o n stru iu com F e lip e de M oura, que aí : u a r a na

c o n q u ista do N ordeste^ a ca p e la do S a n tíss im o Sacram ento da Sé,,

em S a lv a d o r‫״‬ Em ;1.646,• foi e le ito memisro do Senado da Cam ara da

c i dade do S a 1 v a d o 1•‫ ׳‬..

Seu casam ento com Jo an a de Sá P e ix o to em 12 de ju n h o

de ió5€>, cu jo en lace v a le u - lh e como e le m e n to favo rável a

ace ita çã o so cia l.. Jo a n a de Sá F^eixo to era f i l h a d e um dono de

engenho -• C o s m e de Sá P e ix o to um dos m a is p ro e m in e n te s homens

da C a p ita n ia , o qual v ie ra de Po rtug al para o iü ra sil no in íc io

do s é c u lo X M I I ‫־‬, tendo se casado com uma b a ia n a ‫״‬ Cosme de Sá

P e ix o to ocupou cargos im p o rta n te s na B a h ia ‫״‬vereador (:1.627)?

‫״‬i 1..1. í 'z o i‫•׳‬d i n á 1‫■׳‬i o (.1.6 3 2 y :1.6 3 7 e ;1.65 0 ) .. E! m í6 4 5 yv o 11o u à (!‫ נ‬a ü) a 1'■a

Hun i c i p a l corno v e r e a d o r ..

Se a a lia n ç a de Jo ao P e ix o to U ieg as¡, n e s t a fa m ília foi

uma e s tra té g ia , esta c a re c ia de o r i g i n a l id a d e , p o is essa v ia de

a s c e n íí a o soc ia i e ! •a c: o mu m e n 1 1‫ ׳׳‬e os c r i íü t a o s - n o v o íü , os qu a i iii,

de<
1; d e qu e e n ci i n h e i ra d o !:>o d e 1'• i a m e n t r a r n a íü me 1 h o r e f a m í 1 i a í;í d va

te rra , p e lo casam ento»

Joao P e ix o to V icg a s e Joan a de Sá P e ix o to tiv e ra m a

se g u in te su cessão ¡! Jo sé de Sá P e ix o to , Jo ao P e ix o to V ie g a s ,

Í23
C;0 s 1«e cie Sá F’e iko 10 y F"r‫מ‬nc: iíijcd d e S á F’ 0 i 0 1 0 e F•e 1‫•׳‬na 0 F*b i o 10 c!e

S á ‫ ״‬Segando Fedro Calnton (2) «?‫ »ו^יץ‬todos (?(:;{;es filhos 1í?gÍí: iinos

ciG J ü a 0 I■'i~: i o to M ie ga s y o Mel !‫ו‬o ^ !‫ר‬a s c id o s 11 a B a !‫וי‬ia ‫״‬

F^assando ao estudo dos descendentes de Joao F^eixoto

Vie ga s , 0 v e 1 10 ,0 ‫ו‬ p r i ine i 10 ‫׳׳‬ a !»e r m e n c i 0 n a d 0 é J0 s é de B ú

P e ix a to y n atural e m orador da B a h ia , Bacharel lice n c ia d o en!

I... e tra p e la U ‫ ¡ רו‬v e (‫ י׳‬ífi i d a d e de C o i n1b r a 1‫״‬ ‫״‬o i t a mi:) é m c: a v a 1 e i r o da

Ordem de C ris to e teve C arta de !••'am i1 i a r do Santo O fi'c io a 31 de

outubro de i6 9 i‫״‬ A ssu m iu o c o n tro le dos n eg ó cio s do p a iy na

C a l 8 n i a ..

0 u 1 1'•o dos s eus f i 1h o 5 e 1‫ ר‬o m ô n i ino ,, J oa o Pe i ot o U i e ga s

f (‫ כ‬i o i‫ ־׳‬d e ‫ רו‬a d o s a c: e 1'•d o t e i - > a s s o u pe 1o 1:; e 1‫ ׳׳‬t a ò c o mo V i s i t a d o r‫׳‬ e

v ig á rio ., !?ecebeu do pai a fazoínda Santa Lu:•: i a » Foi moi*• t o por um

e scra vo ‫״‬ Ja b o a ta o (3 ) chama a este Jo ao P e ix o to V ie g a s de Jo sé

i" e i ot o V i e g a s .. 8' H I T H <í 9 /” 5 ) , e m o b r‫ ׳‬a a i ri d a n a o 1 1'•a d u z i d a p a r‫־‬a o

p ortu gu és, foi quem m ais se aprofundou na p esq u isa sobre a

li i iii t ó 1‫■׳‬i a de vi da de .J o a o Pe i oto U i e g a s .. S e g u ‫ רו‬d o e <st e a u t o ‫¡■ץ‬,

Jo íío P e iK o to V ie g a s teve um filh o , seu h o m on im o, e que foi

p a d r e ..

(!‫ נ‬o s me de Sá !•‫ י‬e i ot o , h o m o n i mo do av 8 ma t e 1•■n o , mo 1- a d o 1‫•׳‬

em I... i s b o a te ve C arta de F a m ilia r do Santo O fic io a 09 de ma i o de

1685»

Fernao P e i ;• ;o to de Sá, f o i b a tiz a d o em I g u a p e a 30 de

setem bro de i 66 i ‫״‬ Em i... i s b o a te ve C arta de Fam i 1 i a r do Santo

Í24
Of í c io cle 09 db 1¡m ies el<
? i6 9 5 Fa 1ec:eu so 1i: e ir o ..

I‫’■־‬I'■a !■)c: i!!>c;o d e S á Pe i;■ío t:o , r‫׳‬e c:e b e u t e r !‫•׳‬a 1ü p o r‫׳‬ h e r‫׳‬a n ç a

e ‫ח‬t; r e o P a !'•a gua y: u e o ^J a c u í pe , onel e í; c v e os!‫ וי‬g0 n!‫ ו‬o ‫)!( ״‬a s o u■

■•s e na

Bahia (::oni Angela B e z e r r a ‫ ״‬Dos f i l h o s ele Joao Peixoto Miegas¡, o

velho^ só e ste teve descendentes¡, sendo o mais notável o Cel

J o a o 1•^e iK o í:o M ie g a sír n e t.cj d o p a t r ia 1■‫״‬c:a d a f a 1 '1 ‫ווו‬ia ..

A inda do seu c a s a m e n í: a com Joan a de Sá P e i :■ :o to y í:eve

»J o a o ‫ו‬-‫ י‬e i X <:j t: o U i e ga s , o ve 1h o y <:!a a 1 1■


•o f i '11‫ ו‬a s , c¡ u e v o '11 a r a ‫ווו‬ p a r‫ ׳‬a

P or ta ga 1 ‫״‬ í’r ês c:i e 1 a í: o r ‫ ו ו‬a 1- a ‫•• ווו‬s e f re i 1'•a 1» ‫״‬ U ‫ ווו‬a q u a 1'•i: a j, D ..

A p o lo n ia , f o i b a tiz a d a no I g u a p e ‫־‬, em dezemi:)rD de ió 6 2 ‫״‬ C a s o u - - í 1>e

e ‫ ווו‬P o r t u g a 1 y c: o m d o t e de q u a (‫ ׳׳‬e ‫ ו ו‬t a m i I <:: 1'■u z a d o s y c o ‫ווו‬i • " V an i <:!u e y

í» e c f e t: á I'■ i o do I!) u <:!!.ae de C a d a v a 1 ..

Os netas de Jo ao P e ix o to V ie g a s de que se tem

r e f e i ‫ ׳‬ene: i a s a o 1 ‫״‬:).. lia r i a <M a d a l e n a de Sá e M eló ) y Jo sé de Sá

!:!ezeri'a (fa le c e u s o lte iro ) e Joao P e ix o to V ie g a s y fili• ‫ו‬os de

F ra n c is c o de Sá P e ix o to e A n g e la B e z e rra ‫״‬ D‫״‬ M a ria vive u

;:i o 1 1 e i 1‫ ״‬a ‫ רו‬a f azenda de Sao J o iíí é d a ;ü 11 a p o r o 1‫ ״‬o t: a s y!‫ ו‬e 1‫ ׳׳‬d a d a de

seus pa i s e avó s‫״‬ F'o i cham ada em ju iz o y a p restar con t a s dos

i:) e 1! ‫;רו‬ do M o 1••g a d o e 7 7 1.7. ‫«ווו‬ I r a ‫ ו ו‬üí f e r‫ ׳‬i u esses i:j e 11‫;ו ו‬ p a ‫•ץ‬a o üí o I:) 1- i ‫ ויו‬i ‫ ו‬o

Jo sé La u re n cio de Sá P e ix o to , em 1 7 9 5 y cu J o docum ento de

t ransferene ia y f o i encontrado e id e n tific a d o , no C e n t ‫■ץ‬o de

I" 1:i t u d o ;:i i■


•■e i f‫■׳‬e ‫ רו‬s e s y <A n e ‫;■נ‬o 3) , e ‫ ווו‬1‫ כ‬o r a ‫ וו‬a o este ja r e g is t r ado c o 1!‫ו‬

n e n h u m s i ‫ רו‬a 1 de i d e n t i •í•' i c a ç a o d o c u n! e n t a 1 ‫״‬ Qu a n t o a o c: o r o n e 1 J oao

P e ix o to M ie g aSy o net o y casou no a r ra ia l de Sao Jo sé das

11 a p o r o r o c a s com a p a u lis ta M a ria das Neves y f i l l ‫ר‬a do

i25
bandeirante Manuel Afonso G a i a ‫ ״‬A seu respeito, assim se refere

!■n?Ai''ICO (í9 5 4 y 432) ‫ ״ « ״‬.,foi neto do p rim e iro Jo ã o P e ix o to V ie g a s

e teve o posto de C o ro n e l".

Assim, vê •■•■se que, como o avo paterno, foi J oííq i-^eixoto

V ie gas pr 0 pr ie t:ár i0 d e gi‫׳׳‬an d es 1a t if lin d i0 s h er d a d 0 s de s eu s

pais, onde esí: sbe 1eceu fazendas de ci-iaçiao de «lad□‫״‬ Grande

s e 1‫;{■׳‬a n is t a , r e c e b e u d o Vice -1^ e i V a <1;c:o 1■"e 1‫•׳‬n a n d e 11; (];é 1!>a r , regi n1 e ‫רו‬t;o

para conibater ‫'¡ ״‬ndios bravos", que data de 2 i de maio de i726..

Note-se que o sangue cr isi: a o - n o v o do avo e neto nao

obstou o acesso de ambos aos cargos da administração 11 o c a 11 e às

d i g n id a d e s régia s , dio n i-a s e e nip r e g o s .. Co m o o avo, o seu

h o 1116 ‫ ויו‬im o , João 1-‫י‬e i o t o V ie g a s o c u po u f u n ç:0 e s p o i íi:ic a s e rr!

S a ItV a d a r , q u e eram 1‫׳‬


•e «>e 1‫■׳‬v a d a <1; à c a m a d a d o m ii•!a n t e ‫״‬

1:
íi significativo e níú:) coincidente a r e l a ç ã o da ■Fami'lia

!‫יי‬e i‫;•נ‬o t:o U ie g a <!> <::a m o S a n t o 0 f 1'c; ici, n a c:o n d iç:ã o de " f a m i ia 1- e s "

á provável que a •Pamnia estivesse procurando proteção ou

d is s im u 1 an d o a ar i g e m J ud a ic a ‫״‬

Saliente-se que a região situada entre os rios Jacuípe

‫•׳‬a g u a ç. u n ã o a b t e v e
e i‫>־‬a i c:o n1: in u id a d e n o d e s e n v o 1v im e n t o i11‫״‬ic ia 1 ,

po r •Forca, pr inc i pal m e n t e , d o s ataques in d í g e n a s ‫ ״‬Isto até i726,

q u a n d c3 a (])o r o a a u t o r ixío u !.am a e !•!1 1'■a d a , qu e ■F in a n c i a d a po r

I■•■I'■a n c i11;c í:) d e S á 1■^e ix o t o , t e v e c;o n1 o c !‫׳‬ie •Fe aão P e i>ío t o M ie g a s ,

seu filho e neto do seu iiomonimo, o povo ador inicial da região..

i26
Apó a mart:e cle J o a o Pe i ‫;■נ‬o t o V i e g a s , 0 net;o, pí:)r v □11; a

de 1732, a sesmaria •Po i • d i v i d i d a em fazendas., Segundo a

í;ra di ç: a 0 y uma d e l a s , a ‫ ״‬Sant: ‫ ׳‬Ana dos Ol hos d‫׳‬ Agua", foi

ad q uirid a pelo c a sa l A r a ú j o / B r a n d a o ‫ ״‬Numa aproximaç:ao de data,

P0 de s e d i z e r qu e i s t o t: e 1'■i a 0 c: 0 í'■í‫ ׳׳‬i d 0 n0 i ‫ ויו‬í c i o d 0 s é c u 10 X UI ]: I

A c: a I'■e ‫רו‬c: ia de d o c u ‫)וו‬e ri t; a ç ã 0 J u!;;t i f i c: a o u s 0 d e t: a a pr o i ma ç: a 0

F" a z •••■lii e n e c: e <


!>s ár ¡o f a r ‫ רו‬e c: e r a 1 g u ma <!> I n f a r ma c: 0 e <1> so br e cí

casal A r a u j Q / B 1‫ ׳‬a n d a o ‫״‬ Is to porque este casal está p resente na

H isto r Iograf ia tc a d ic la c m l Ü Q i n l Q B I l t E ‫׳־‬ comor e s p o n s á v e l p e lo

povoam ento de F e ira de Santana.. Sao tra z id o s ao c e n á rio deste

(•?studo em co n fro n to com os e p is ó d io s que e> ;p licam o f a t o ‫״‬

A f a in 1' 1 ¡ a B i‫•׳‬a n í:l a o é 1‫•׳‬a d i c: a d a 11o Re c 0nc av o,

p r e c i s a m e n t oí no !!!guape, enquanto que a fa m i'lia B a r !‫ כ‬o s a de

A ra ú jo , tam bém do Recôncavo, está lig a d a ao tronco de fa m i'lia s

de Bao F ra n c is c o do Conde.. Po rtan to, o casal A ra ú jo / B ra n d a o nao

é de n a cio n a lid a d e portuguesa, c o n tra ria n d o o que a firm a a

h isto r iograf ia tx a d lclo o íiil ilQ E O lO E O t . E ..

!!)o m ingo s Barbosa de A raú jo era filh o de Pedro C orrea e

I!)» M a rg a rid a Barbosa de A ra ú jo , esses n a tu ra is da F re g u e sia de

São M iguoíl da Faxa, do A rce b isp a d o do? Braga, P o rtu g a l‫״‬ Ter s id o

f u r r ie l da C o m p an h ia de C a va lo s dos [)is trito s da C a ch o e ira , foi

a ú n ic a in fo rm a çã o lo c a liz a d a na b ib lio g ra fia sobre a g e n e a lo g ia

!:) a i a ‫ רו‬a e 1« ¡‫ י׳‬e f e 1‫•׳‬e n c i a i!) o m i ‫ רו‬g o íü B a 1'•b o s a de Ar a ú J o ‫״‬

Ana Brandao era f ilh a de B e b a s tia õ Brandão C o elh o e de

i27
[)‫״‬ In e z cie N o va is, propr i e tá r i os de té rra s na regí a o do I sua pe,

d e p o is p ertencente ao M u n icíp io e V ila de Nossa Senhora do

R 0 lii á r i Q d0 !•1 0 ■'01 ‫י‬ da C a c h o e 11'■a , e d0 E n be n h o C a mp i n a ‫״‬ Sés und0

í3 A 1 y3 íO (4 ) a ce rtid ã o de n a scim e n to de Ana Brandao nao foi

e n c 0 1‫ !״‬t r a d a ‫ רו‬o A 1‫ ׳׳‬q u i v o do A r c: e b i s p a d 0 de l:í r a y a ‫״‬ ,J á B u 1c a 0

S 0 b r i 1‫ ר‬h o a f i r ina t e 1‫״‬ e 1a s i do bat izada a i 0 de J a n e i 1‫■׳‬o de í áS 6 >■

na fre g u e sia de Sao T ia g o Ha i o r , em C a ciio e íra , B a h ia r onde

í; a n1b é n ! , e gun d a o n1e íün!o au t or‫ ׳‬, e Ha te ria nasc ido « C a !;>o u se a 25

de •Fe v e r e 11‫■׳‬o de :17 06 na C,' a p e 1a de (3u a d a 1 u p e , ‫ רו‬o E ‫ רו‬g 0‫מ‬n !‫ ר‬o

(.■;a mp i n a s , c o »1 D o n¡ I n go s B a rb o s a de A ra ú j o ..

0 casai co n stru iu a capei a y (■?m t o r n o da qual re g is tra

a Hl s t o r i o g r a f i a tt :a ílÍi;;ÍD n a l d om ioao tEx i n i c i ou--se o povoam ento

que deu o rig em à c id a d e de !■•'eira de San tan a.. Bem a preocupacao

de re g is tra r os fato s que antecederam a fundacao d a q u e la C id a d e ,

essa mesma I••! i s t o r i o g r a f i a co n trib u iu para que se p erpetuasse a

i n t e I'• p I‫•׳‬e t a c a o í:: e l i t r a d a ‫ רו‬o c a 11; a 1 A 1‫•׳‬a ú J o / B !'•a n d a <:5 e s; u a i mp o r t â n c i a

nas o I'■ i g e n ;ü d a 1 o c.a 1 i d a d e ..

E n q u a ‫ רו‬t o i<
!>s o , 8ao J os é d a 1:; 1 1 a p o 1'■o c a s !, f r e gu e s i a do

sé cu lo XUi:¡:, foi povoada p e la fa m ília P e ix o to M leg as¡, e

p ro m o vid a à co n d içã o de fre g u e sia , en! p e lo A rce b isp o D..

.J o a o I••■I‫•׳‬a ‫ רו‬c o de 01 i v e i r a , c o mo J á f o i r e g i iüt r‫ ׳‬a d o em c: a p í t u 1 o

a n t e r i o r‫ ־‬.. E se p r‫ ׳‬o c e s s o de p o v o a me n t a r‫ ׳‬e s u 1 1 o u da p r e iii e n c a de

.J o a o Pe i oto V i e ga s , b a n d e i i- a n t e qu e d e s b r a v o 1.t e is t a pa r t e do

e rt ao ba ia no c uj a á r‫־‬e a ;1; e t o r‫ ׳‬n o u p■o u o o b r‫ ׳‬i g a t ó r i o do c a m i n 1‫ ר‬o

que dava para o Sao !••rancisco e para as m in as de ouro de

J a c o b i n a ..

12B
S a l i e ‫ ויו‬t e ••••s 0 qu e o <üe n t i el o el a 0r g a ni z a g; a o el e u 1‫ וו‬a

fre g u e sia no l:)1' a s i H C o lo n ia l esfcá a s so cia d o à e stru tu ra

t i'•a el i e: i 0 n a 1 el o 1‫•׳‬e g a 1 i s mo po r ta gu ês na a b r a ‫ ויו‬g ê n e: i a el o p a el 1‫•׳‬o a d o , o

c| u a 1 r e í:j u 1 1 a da un i a0 da :[ g i- e j a ao 1:•s t a d 0 e n! P o i‫ ״‬t u 9 a 1 ‫״‬ Por e s te

s iste n m , a in 5 titu iç :a o re lig io s a r enquanto i n s t i t u i (¡;a o p o W tica j■

p e r m i t: i a a in g e r i n c i a da C oroa na a l (;:a cia ec 1 es i <;;ási: i c;a .. Em

c: o n t (‫■׳‬a |:>a r t i ci a , a P a el r oa d o p e i‫ ׳׳‬in i t; i a qu e os e l e me n to da

adm i n i s t r a ç a o ec: 1 e s i s á s t : i c a ■
••• c a p e la , p a r <5q u i a ou fre g u e s ia ,

b isp a d o , fossem u tiliz a d o s p e lo governo português com fin s à

e f e t i vac:So da adm i n i s t r a ç ; a o pub 1 i c a

Ne s s e mo me n i: o é v ‫־‬á 1 i d o e<
1; c 1 a r e c e r o f u r1c i o n a i11e n t o el a

fre g u e sia ou p artíq u ia., I r ai; a v a - s e da d i v isao e c le s iá s tic a

bá s i c a , c o 1‫ ׳׳‬r e n>p a 11d e 11 d o a u ma r eg iao de 1 i mi t a da , 11 a q ‫י‬.‫ג‬a 1 e i<


:>t i a 111

urna ou ma i s ca p e la s, sob a Ju ris d iç ã o de um p ároco., i:::11i term os

a d m in is tra tiv a s, estava a fre g u e sia , s u je ita à açao de

f u n c i o n á 1‫ ־׳‬i o 11; ri o !11e a d o iii pel o d i r‫ ׳‬i g e n t e s d a üí C o ma i‫ ׳׳‬c a s ou dos

111 u n \ i |:>i o s 8 ‫״‬a o ,J o s é das ![ t a p o i‫■׳‬o r (‫ כ‬c a íií i‫ ׳׳‬e p r e s e n t a u iii e x e mp 1 o de

fre g u e sia su b m etid a à au to rid a d e de uma C om arca, neste caso, a

de Cachoe ira

Faz ia - s e n e ce ssá rio para a in stalaç:ao de uma

f í‫■׳‬e g u e s i a , u n1 n ú me ro s i g n i f i c: a t i v o de hab it ant e s e a inda <:!u e

e x is tis s e na re g iã o uma ou m a is ca p e la s.. Quando da in sta la c a o da

F re g u e sia de Bao Jo sé , p e lo quarto A rc e b isp o do B r a s il, D,. Joao

Franco de O liv e ira , Já h a via a c a p e la de Sao Jo sé das

11 a p o r o 1‫■׳‬o c. a s

129
A Freguesia de Bao José das It apar □rocas por volt; a do

século XyiLI, rendía i ‫״‬i00%0©0 (um c:ont:a e (::ein mil réis) segundo

E)O A U E N T ü R A (í 9 í:l9) y t:e n cío seu pr e s t !‫׳‬g io pe r d u r a d o até <:!u a 11‫״‬d o

foram desmenibradas as capelas de Santana do Cam isao em i75í e da

Conc(? i(;:So do RiachSo e a de Santo E'Stevíío. 0111 Í752‫״‬

A f r e « 1ü e a i a de Sao Jo sé das :C í;a p o i'o ro ca s com sede no

a rra ia 'I do mesmo name m anteve a su|:>1‫ ׳‬e m a c i a da v id a re lig io s a e

s o c ia l da re g ia o até o sé cu lo época até quando perm aneceu

tamiaém como n ú c le o p rin c ip a l da a tiv id a d e c r i a t (5r i a e pouso

o b rig a td rio dos tro p e iro s,, O a rra ia l teve, portanto, o sea

apogeu.. Nesse m eio tem po, f u n d a r a ‫״‬- s e a ca p e la de Santana,

segundo a i n t e r p r e t açiao da H ist or iogr a f i a t 1 r :a !iic ií3 0 a l dQ lM ÍQ a0t£

n a i1> t e i'■1‫ ׳׳‬a <


1i d a f a ze nda " S a r! t ' A n a dos 0 1 1‫ ו‬o s d ' gu a " , p e 1'■t e n c: e n t e

ao casal A r‫ ׳‬a ú j o / 1:¡ 1••a ‫ רו‬d a o . . A p a 1'•t i r ‫׳‬ do i n í c i (;‫ ג‬d o s é c u lo X M 1:11 as

p e s s o a <:i que a c o m p a ‫ וו‬h a v a m a i•; 1 1'•o p a s , passa r am a a g l o m e r a í'■- 1;; e em

t o I‘•n o da «;;apela, f o r ma n d o ■ 1!; e u n! a f e i 1'■a de ga d o , 1 1'•a n f o r‫ ׳‬n! a ‫ רו‬d o !:i e

Sant ‫׳‬Ana da !• • e ir a na área m ais m o vim en tad a e em um novo a r r a ia l‫״‬

1 ;)á - s e entao o d eslo cam en to do e i ;•:o eco n om ico e da v id a s o c ia l de

Sao ,.J (;) s é das 11 a p o r o 1'■o c a s pa r a a n í;j v a 1 o c: a 1 i (;1a d e .. A p e ü; a !‫•׳‬ d i s <;í o ,

Sao *J o <
•;é das 1 1 a p o v o r o c a <:í , me s n¡ o t e n ci o p e 1‫•׳‬d i <;l o i mp o r t a ‫ וו‬c i a e

imo v i m e n t o , t;l o po n t o c;i e vi s t a p 1'•o p r i a me n t e a t;! m i n i s t (‫•׳‬a t i v o ,

co n tin u a va como o centro d e c is o rio e séde da fre g u e sia ..

E: m í 7 3 ;:j, f a le c ido o c a 1;; a 1 A 1'■a ú j o / i3 r andao, c;) v i g á r i o de

São Jo sé responsável p e la v id a re lig io s a das alm as da f a tie n d a,

mandou atar i r o ‫ ״‬c o d ic tT lo ‫״‬ d e ix a d a p e lo s a n tig o s donos, mandado

i3e
c u m p I‫■׳‬i I‫ ■׳‬p e 1 Q .J u i z 0 r d i n á 1‫ ׳׳‬i 0 cl a V ila de !!: a c: h a e i r a e ‫ווו‬ (i e íí>p a c h 0 de

06 de lüarçQ de 1733y vinculando-se as terras da fazenda à capela

de Saní:''Ana‫ ״‬Tornou-sey assim, oficialmente), um arraial o qual

deu origem à vila de F'eira de Santana pelo Decreto de í3 de

setembro de í832» Tornou-se vila sem ter sido f r e gue si a‫״‬ No

teriiio desta vila ficaram compreendidas as freguesias de 8ao José

d a í!i :1: t: a p cs r a r o c: a s , S antana cl o Ca mi s a o e S a n t \s s i 1!‫ ו‬o C o r a ç: a o ci e

S.Je s u s do P e d r‫ ׳‬a o , des n!e m b r a d a do t e r mo da v ila de Ca c 1‫ו‬o e ira ‫״‬

.1n í; e n s i f i c:o u se na ií d v a v i 1a , a I m p o r t: S n c i a c: o mo á re a

de c o n f l uó?nc i a e cam in h o para as m inas de Jaco !:sin ay para o rio

Sao F r an c ; i S C O e para o P i a u f .. Dessa form ai a vid a da povoaçao de

Sao Jo sé das I t ap oi-orocas passara para a v ila de Santana da

F e ira , v is to que a fre g u e sia passou a ter por séde a ca p e la de

S a n t a n a ..

A nova v ila passou a ser um dos pontos de re fe rê n c ia

para a expansão g eo g r- áfica e econ o m ica da Pro vín cia> • tornan do -se

o ce 1 1'•o da á 1‫ ״‬e a p a s t o i■
‫״‬i 1 da i:5a l i i a ..

Esses fatos explicam a opçao deste trabalíjo peüa tese

a qu i d e f e n d id a , pe 1a qu a 1.^ a 11 iíüt í)i‫׳‬ia d a s o 1‫!׳׳‬ge n d o po v o a n1 e n t o

e da vida administrativa da região de Feira de Santana nao se

í:>u s t e n ta a pa 1‫־׳‬t ir d o c:asai Ara ú J o / i;ir‫׳‬a n d ã o e d a c apela po r‫׳‬ ele s

c o n s t r u íd a e!r! S:ja n t 'A n a d o s 011‫ר‬o 1:í d 'Á gu a y r e m o ‫רו‬t a n d o a o s 1■^e i‫ א‬o t;o

Viegasy em Sao José das Itapororocasy no século X M I I ‫״‬

Percebe-se assim , uma c o n d içã o re la c io n a i entre os

í3i
personagens J o So Peixoto Viegas e 0 c a sa l Araujo/Brandaoy na

in tersecção de suas ac oes no fa to ii is t t ir i c o as origens do

!:>0 V0 a me 10 ‫ ח‬da 1‫ ׳׳‬e g i a 0 ci e i■


•'e i r a de S a 1‫!״‬t ana‫״‬ A e x i s t ê nc i a de üí e s

personagens é i neon teste» A H i st or i ograf i a os r e g is tr a .. A p a r t i r

desse dado é: que a H i sto r i ograt i a ÍXS 1!ÍÍ.clQ!;m I ílQllliQillt{;¡:

i de nt i f i c a a s or ig e ‫רו‬s do pov oa 111e nt o da i‫ ׳׳‬e g i a o de 1‫״‬e i 1'■a de

Sant;ana,r o m itin d o as questões re fe re n te s ao povoam ento da re g ia o

no sé c u lo X y il e in ic io do sá cu lo

i!) á ■
•••‘5 e , ne s t e po n t o , u ma d i 51ij u n ç.a a na i n í: e 1'‫ ־‬p r e t a ç; a o

1‫ ו‬i iii t 6r ica r P 1‫'׳‬ v a 1 e c e ‫ רו‬d o a ver sao ni a n i; i d a pe 1a H is to r i o 9 !'•a f i a

tt;:aí;iis;;IaQBl £lí;mi.i.1:mai¡e que enco ntra am pla ace ita çã o lo c a l, p e la

<:|u a 1 n! i t i f i c a íi; e o casa 1 A ‫ יץ‬a ú j o / B ra n d a o y s i 1e n c i a n d o s o b 1'•e ,.J o a o

P e i ;•:oí: o y ieg as.,

I::;s s a d iíiit o I-c:a o do •Pato !‫ ר‬is t tí1'‫ ־‬ic:o , e ‫ ח‬q u a n t:o

i ‫ ח‬t er pr et: a c a o e q u iv o c a d a d a h isí: ó r ia 1oca 1 , u 1 í:r a p a s s a os seus

limites, par a in s e r ir - s e ^ sem perder o seu caráter EQliiJijxO, na

h ist (ir ia n a c ion al ..

O po r qu e d a q !.‫ ג‬e 1 a o mi s s a o ‫״‬i á o i:) J e í: o do e s í: u d o a <:! u

e m p 1'■e e n d i d o po d e r a e s í: a !‫ ■׳‬r e í a c i o n a d o à r e <s i <:í t ên c ia c o n s c i e ‫ רו‬í: e o !.i

nao à fig u ra do c r i s í: a o - n o v o na H is tó ria do !:Jra sil c o lo n ia l,

para cu jo faí:o procurou -se apresentar argum entos d is c u tid o s no

decorrer desse estudo, na sua d e lim ita ç ã o de a n á lis e do fato

h i 1:; í: 0 1'• i c: o ta l c o mo regi s tr a d o ‫ רו‬a i•■! i s í: o r i o g r a f i a t. C a dl i. Q i. Q Q a ];.

d Q M iaaatfô;‫״‬

Í32
IJ m a 1 e i i: u 1'•a c i‫ ׳׳‬í t i c: a cl e< ;ííses í :1 acl o í:í e a pí‫ ׳׳‬q f u n d a n cl o a

p esq u isa b i b 1 i o g rá f i ca e d acu n !en taly ao D b s e r v a r ‫־‬- s e a d is to rç ã o

n a qu 0 1e f a 10 h i s í: ór I c: 0 , p !‫•׳‬d c; u r 0 !.1 •■

■s e e n c ami nha1 0 ‫׳׳‬ t r a b 1 1‫ ר‬a d o p a ¡'‫ י‬a

a p ro b le m a t iz a ç a o sobre □ assunto^ ora c o n t;rovtsrs o » Ao buscar as

e x p l i cag:o0 s n e ce ssá ria s para a q u e la probleinái; i ca^ acen tua-se a

in te n çã o desta autora para ac e ita r as co lo c a ç o e s dos a u t o r ‫׳‬e s

c la s s ific a d o s na te n d ê n cia r> 0 1 ÍlM Í.c .a >


‫ ׳‬geírad a em to rno do assuntO y

i n {: e I‫•׳‬p r e t a ‫ ויו‬d o a c o 1-11 r c! v ér s ia p r e s e n te no f at o h is t 6r i c: o y

ace i t ando-o corno re su ltad o d a q u e la d i s t o r c ;:a o ..

NOTAS

( í) Jo a o Lobo de M e s q u ita , p ro p rie tá rio de alg u n s

c ü I‫■׳‬r a i s no v a 1e do vJ a c: u 1' p e , a f 1u e n t e d cj P a 1'•a gu a ç u

era vereador d isp e n sa d o da vereacao de sua

ma J e s t a d e ‫״‬ !•■
‫י‬o i s e n h o i‫׳׳‬ de e n g e n !‫ ר‬o , Ju iz o 1'‫־‬d i n á 1‫ •׳‬i o

do S enado da C a in a ra de S a 1v a d o r e ■Fa z e ‫ ויו‬d e ir o do

R e c: 0 !‫ ר‬c:a v o .. iiíi i d e n t i f i í:: a d o <j;e g u ‫ רו‬ci o N o v i n s l< y ( i 972 >


.

179) y e 1 1'•e o 11; t e t e n1u n 1‫ ר‬a s d e ‫ רו‬u n c i a ‫ וו‬t e <!; ‫ רו‬a " G r‫־‬a n d e

i n q u i ís i ça o " de i 64 6 ‫״‬

<2) CAI...MON, Pedro.. Introdução e Notas ao Catálago

Genealógico das Principais Famílias de Fr‫״‬

Antonio de Santa Maria Jaboatão.. S a lv a d o r,

!‫ ״‬m p r e s a G rá fica da i3al‫ ר‬i a y Í9 B 5 , p.. 492,.

(3 ) A obra de Frei Jab o atao , de ca rá te r c lá s s ic o , tem

i33
iii i dü a bJ e t o de e t: udos e 1‫ ׳׳‬e v i s 0 e <:>, e x e m!:>1o d i s s o é

Q estudo de COSTA, que afirnia que a mesma contém

e I‫■׳‬
r as e d i v e !‫■׳‬y 6e ‫רו‬c i a s .. De n11‫ ׳׳‬e e le 1ü pode m s e 1‫׳׳‬

citados!! o recurso quase que to tal ao uso da

me 1«() m1'■i a ? pr e s e rtc: a de la c unas e f a 11


‫ ו‬as ? da do s

algu m as vezes repetidos? e, além de deduc:oes e

11;u |:>c)iiii (i:0 e a p r e s s B . ¡:Ia s

(4) ‫'׳‬Procura-üie a c e r tid ã o de nasc i nient: o de Ana

l:J I‫•׳‬ a n c! a o".. or ‫ ח‬a 1 F’ e i r a l ‫־‬l oJ e .. I•■'e i r a ci e S a nt: a na ^ 27‫״‬

Í2..78,.

<■)(■> G r i f o s nosisos

Í34
CONCLUSSO

O ‫ מ‬c D nip‫ מ‬i'ih a ine n 10 cia s itié ia <:> a p1'■e s e n t a ¡:Ia e c! is u t: iela !■i

n D pr e 1»ente esta d o c;o ‫רו‬elu z ia à ela b o r a 0:a o de 1;;s a í:> c o n s;id e 1‫׳׳‬a oe 1i>

■F i ‫ רו‬a i s c ‫ ויום‬c í?í‫ רו■׳‬en t e s a d e t ei'• in i ‫ ח‬a d o p e r í od o d a H i s i d r i a do Eh‫ ״‬a s i 1 ,

sab cuja del im itaçao procurDU-'se enfeixar as informa(¡:oes

!'■e c e b i ci a s , p a r t i c u 'i a r‫ ׳‬i z <xn ci o u m f a t o 1‫ ר‬i s i; cS1'■ i t: o j á c: o n <


i>t r u. 1' el o ■■■■ vas

o rig e n s do povoament:o da re g ia o de Fe ir a de Santana e a

c: o n ís e q a e ‫ רו‬t e c; o ‫ רו‬q u i í:í t a ci o s e r‫ ׳‬t a o s e in ci e <


:>v I n c u 1 á ••••l o d o p a n o 1‫ ׳׳‬a nia

p o 1 í t: i c: o e s () c: i o e c; o 1‫ ר‬o tn i c o v i g e n í: e y i n 11; e í'• i d o qu e e 1;; t á ‫ רו‬a é !:>o c a

d a c: o i cj n i 2 :a ç: a o e p o v a a ‫ ווו‬e n t a d o í:í !‫■׳‬a !lu 1 p e l o i::; s í; a d a |:> o r t u gu ê ..

Entre as num erosas lacu n as ain d a e x i st; e n t; e s na

l‫ ר‬i s í : ( ) r i a do B ra s il, a qu e d iz re sp e ito à co n q u ista e à o cupagi acj

do s e r t a o é, sem d ú v i d a v urna d a s ma i s d ifí'c e is com que se depara

0 p esq uisad or do so?rtao ao avent u rar- se no estudo de tem as

1n s e r i d o s no p e í‫ יו •׳‬o d o c o 1 o ‫ וו‬i a 1 ..

No Ca s o p a 1‫ ״‬t i c u 1 a r d e s s e t r a b a 1 !‫ ר‬o a r e s pe i t o da <


:!u e 1 e

f a t o 1‫ ר‬i 1:; t ó r i c: o y ‫ רו‬a o s 6 c o n s t r u í d o ma s t a iv!b é rn c; r i í;; t a 1 i z a d o , c: o !‫וו‬

!'•epercussao na h is to ria lo cal da cid ad e de F“e i r a de Bantana,

I‫ ״‬e a 1 i z o u ■

■•í!; e u !‫ וו‬a ‫ וו‬o v a 1 e i t u ¡'‫ י‬a !‫ וו‬o t i v a el a p e 1 a o 1:5s e r v a ç a o !1;o b 1‫•׳‬ce

pontos d ive rg e n te s nos re g is tro s daq u ele a c o n t e c i m en t o e m

r e 1 aç: a o aos p r i me i r o s pd voad o r e s da re g ia o de !■•'e i r a d e S a n t an a ‫״‬

1•^r i me i r a ‫ ווו‬e ‫ וז‬t e , ob s e 1'•v o u se a pi‫ ׳׳‬e s e n g: a el o s f e ‫ רו‬8 ‫ווו‬en oíü de

om i s s a o e do e n a l t e c i ‫ווו‬e ^ t o ‫ז‬ em re la ç a o aos personagens

en vo lvid o s na e x p l i cacae5 do fato!: o casal Araú j o /B r andao e Jo ão

i35
P e i;•íD to V i0 g a s , cle s b r a v a d q r c!o s e r t ã 0 y na é |:>o c:a ‫״‬

Enquant; 0 a h ist □r iogra P ia íÍQIMÍ1:m0ti

co ns a 9 ¡‫׳׳‬a e enaltece o casal ArauJo/Brandao para explicar as

o I‫■׳‬ige n s tlo ‫ק‬cjv oa m e n t a da 1‫•׳‬e g ia o d e 1■•'eira d e S a n t a n a ^ □ m it in d o -•s e

quan t ü à 0 )•!ist en c ia de Joao P e ixat 0 V ie g a s , a i-iist or i0 gr af ia

£1e I‫•׳‬a 1 ci í:) 8 r‫ ׳‬a s i 1 , a ‫ רו‬í: é m f a rta s inf ar ma ç: 0 e s íüo b 1'■e ess e

personagem y e par suavez nao re g is tra a fig u ra do casal

AI'• a d j D / B I‫•׳‬a n d a o .. A s s i m ‫־‬. pe i a H i t o i‫ ״‬i o gr a f ia J;. t: a £Í .1Q i Q 1‫ ג‬a I

Ú.Q.1).1i 1;xi\1;1fc, is ? ao e n a 1 1 ec i me n t o e à m i t: i f I c; a ç; a □ d c‫ג‬ c a 1;; a

A r a d J o / B 1‫ ׳׳‬a n d a o, o p0e s e o s i '1 e n c I a me ‫ רו‬t o dos !•‫ י‬e i o to U i e ga s ‫״‬

E s t : a l:j(í 1 e c i d a a cant r ovérs ia no re g is tro h is tó ric a ^

d e la seo r ig in a a d isto rg iã o do fato para cu ja e x p lic a ç ã o foi

d i r i g i (J o o e ;!>t u d o , ri o e íií t a b e 1 e c: i ‫ ווו‬e ‫ ויו‬t o dos seu |:>1'■e íií «í u p o 11>t o ííj ,

P r a <::u I'•a n d o 1o c a 1 i s a r na a !‫ וו‬b i gu i dade p 1-o v o c a d a pe 1o s 1'•e g i s 1 1‫•׳‬o s a o

s0 u t iliz a r da p a la vra e s c rita ^ o m omento em que se e fe tiv o u

a q u e la d is to rç ã o »

Nes s a l i ‫ רו‬h a de a b o r d a g e ‫ ווו‬, a dot ou í:í e a p o s i ç: a o de

ORi...AN!;)I (1.979r 263) sobre o s ile n c io , que como a fa la tem a sua

a n5b i g u i d a d e , po d e n d o !:>1‫ ׳׳‬o v o c a !‫׳׳‬ t a mb é m u n! a v a i‫ ״‬i a c a o de s e n t i d o ..

Amb o s ‫ז‬ p or t an t o , fa la e s i l en c i o , dao m a r g em a i n t e r p r e t ag: o e s

d i V e I‘•g e ‫ ו ו‬t e íü üj o b 1'•e o me s ‫ ווו‬o f at o F iá de c:o n s ider ar ■


•••s e <:!u e e k i !;>t e ‫ווו‬

v á rio s m e ca n ism o s para nao d iz e ry acrescenta ORLANDI <1978, 263)

üi e j a p a 1‫■׳‬a d iz e r ‫ ־‬a 1go d i f e r ‫ ׳‬e ‫ רו‬t e ‫״‬ ou d i z e r‫׳‬ o c o n t r‫ ׳‬á r io I st o po de

co n d u zir tam bém a um processo de e x clu sã o ,.

Í36
N!:)t e s e y que ao a na 1 i a r no c:a ‫ ק‬í t u 1o 11 ;■
íi

I•■
! i s 10 1'■i o gI‫•׳‬a f i a e le nc:a da s 0 br e d tema, t o r na s e pa te n te a

s i lene: lamento imposto aos F^eixoto Viegasy sem que se e x p li c it e o

porquê da manutenç:ao desse s i lent: i amento, nem

Pi!ie ud0 •

••e s q!.1e c i me n10 da at ua ç: a 0 de J 0 a0 P e i k oto Mi e ga s nc!

povoamento da re g iã o de F e ir a de Santana e co n q u ista do s e r t ã o ‫״‬

R e s ta ria aver I suar as razoes para a clico to m ia presente

na m eiriííria o f ic ia l, onde, t o n ¡ a n d o, c o m o poni:□ de r e f e r ene i a o

pe r (a d o de t; e isi p o qa a n d o ac o 1i t e t: e i‫ ׳׳‬a o f at o h i s t: (í r i c: o a ‫ רו‬a '1 i <


:>a d o ,

dos p r i nc: i p a i s per sonaaens envo i v i dos , uns sao s i 1 en e: i a d o s ,

ou tros m itific a d o s na m em ória s o c ia l, supondo-se c ¡u e por d e trvís

de t ud o isso , 1‫ ר‬á in te r esses nao ma 1‫ ר‬i f e s i : o s »

T a is su p o sico es podem ser refo rçad as no que e x p lic a a

1:;:nc i c 1 o p é d i a E IN A U D I C Í9B4 , í.3) s

"T o rn a r- s e se n h o re s da m e m ó ria e do
e s q u e c i m e n to é uma das g ran d es
p re o c u p a ç õ e s d as c la s s e s , dos g ru p o s,
dos in d iv íd u o s que d o m in a ra m e que
d o m in a n as s o c ie d a d e s h is tó r ic a s . Os
e s q u e c i m e n to s e os s ilê n c io s são
r e v e la d o r e s desses m e c a n is m o s de
m a n i p u 1a ç ã o d a m e m ó ri a c o 2 e t i v a . "

0 que se pode d e d u z ir das le itu ra s de docum entos

au tores o u tros p esq u isad o s é que, as te n ta tiv a s de s i 1e n e i a m e n t o

ou de apagament o dos P e i >;ot o V iegas pel a H i st or io g ra f i a

LC a d i& lQ n a l d Q U lla a n t g ; nao atin g ira m aq u e le o i:)je tivo - o

e s q u e c i m e n t o ..

Í37
Háde c:ons i deí‫׳׳‬ar s e que e i sí: 8in vá r \ o <
!> e d i f e 1‫׳׳‬ent &s

formas de meniórias a serem guardadas, ainda que nao se possa

assegurar a perenidade do 9t'‫׳‬up0 s o c i a l , ou inst it;uig;ao por mais

s o lid o s 0 e s t á v e is que pareçam ser os seus a rg u n !e n t;o s 8 ‫״‬ua

nienuíriar porénu pode s o b re vive r ao seu desaparecimento¡‫׳‬

assumindo em geral a forma de um mito, que, sem poder ancorar-se

na I‫■׳‬e a 1 I <:l a d e p o 1 ft: i c a cl o ‫ ווו‬o ‫ ווו‬e ‫ רו‬to y a 11 I ‫ ווו‬e ‫וו‬ ta •••■s e de r ef e r ê ‫ רו‬c I a iii

c u l t u r a i s , l i t e r á r i a s ou r e l i g i o s a s , t a l como aconteceu com o

ca s a i A r a ú J o /1:51‫■׳‬a n d a o‫״‬

ñ G -Bsa m i t i f í:;a c :a o opoe-se o s i 1e n c I a m e n t o dos P e ix o to

I e ga s , |:>e 1'•ma n e c: e ‫ ויו‬d o ‫ רו‬e s s a o p o s i 0; á o os q u e s t i o ‫ רו‬a ‫ ווו‬e n t o s t a r! t o

sobre os m o tivo s como quanto ao ir/omento em que se in ic ia a q u e le

Pr e oc e s s o de o ‫ ווו‬i íií 1;í a o pel o íü i 1 e ‫ רו‬c i a 1‫ וו‬e ‫ ו ו‬t o d e p e r iii o ‫ רו‬a g e ‫רו‬

e ‫ רו‬V o 1 V i d o s no f at o !‫ ר‬i s t ó 1‫ •׳‬i c: (3 ‫״‬

C onform e se ex p la n o u no c a p i'tu lo :tlJ, a p r o f u n d a r am ■■•■se

a íii b 1.i cas de ■Po ‫ ו־ו‬t e «i p (‫ •׳‬i ‫ ווו‬á r i a s qu e p u d e s s e ‫ווו‬ c; o ‫ ווו‬p 1 e ‫ ווו‬e ‫ וו‬t a r a

PI'• o d u c a o 1‫ ר‬i s t o r‫ ־‬i o g 1‫•׳‬á f i c a s o b 1‫ ׳׳‬e o t e ma A p e 11; a i- d a e <:: a <


;>11; e z d e s !¡; e s

d o c: 1.i ‫ ווו‬e ‫ רו‬t o s , s u p e i‫ '׳‬a n d o ■


•••s e a s d i f i c u 1d a d e s pa va a r e c o ‫ רו‬s 1 1- u {;: a o

d o c u nt e n t a 1 , e ‫ רו‬c a ‫ ווו‬i n ! ‫ ו‬a n d o ■


••■ e pa r a o es t udo da ge n e a 1o g i a da

•Fa ‫ ווו‬i 1 i m A r a i.í J o / B r a ‫ ו ו‬d a o e P ei o t o V i e ga s , p r e ■Fe r i u •■


•■s e pa r t i r da

h is tó ria lo ca l p e la sua e fe tiv a c o n t r i b u i «:ao à H i st or i ogr a f i a e

a c ie n c ia s o c ia l, p o is a q u e la h is to ria ta l como a g e ra l, in c lu i

os ram os da h is tó ria p o lític a , e c le s iá s tic a , s o c ia l e econ ôm ica..

C o n s t a to u - s e qu e a 1‫ ר‬i s t ó i‫ •׳‬iía i o c a 1 , !‫<•׳‬sc o 1‫ ר‬h e c e a

im p o 1‫■׳‬t a n c ia de mem ó1‫ ־׳‬ia s in s c:r it a s t:|u e s e o p 0'e m à H is t o1‫ ׳׳‬io g 1‫•׳‬a •F ia

Í38
tc.aiíÍiC.i.Q[mI dQKlÍQ¡üi:it.K■. No caso aqui focalizado, ao tempo em que

é mitificado o casal Araújo/Bi^andao, oportun iza-se a análise dos

e 1u {d o s , d o s e s i: ig1«a t iza d o s ¡, d 0 s s i1e n c ia d 0 s , o qu e 3e po d e

aver iguar ñas obras classificadas de tendencia polémica, de

a u t o I'■e s , in c 1u s iv e n a to s da c id a d e d e f•'e ir a de B a ‫ויו‬t a ‫ויו‬a ou

in c 1u s o s n a u a s o c ie d a d e ‫״‬

E ;1; c 1 a 1‫■׳‬e ç: a !!>e qu e , a o a n a l i üí a r a <!i d o c u ni e n t o s p 1‫ ׳׳‬o d u z i d o üí

s o i:) r e as ar i gens do povoam ento da re g ia o de Fe ira de Santana,-

!;) t‫•׳‬o c u r‫ ׳‬o u s e o b s e 1‫•׳‬v a 1'•, p r i n c i p a l me ‫ רו‬t e , as c: i i•‫ ״‬c u n 1:i t a n c: i a s

s í) (:: i o ••••1‫ ר‬i s t 6r icas ¡;I a 1» r o d !.i g; a (‫כ‬ de íi; e d i <sc: u 1‫< ־׳‬:>o e o c: o ‫ רו‬t e >;t o

p al ft ic o re lig io s o re sp o n síá ve l p e la le g itim ag ra o desse mesmo

d iscurso ‫״‬

Eüisas c o n s t a t ag: o e s r a t : i f i c a r am o graa de ab ra n g ê n cia a

que se propos o estudo, bem como o a lcan ce da p esq u isa efefcuada,

c uJ os I‫•׳‬e s u 1 1: a d o s , e s p e 1‫•׳‬a •••• e , p o s s a in <üu b s i d i a 1‫׳׳‬ r‫ ו‬o v a s i n c u r s oe

sobre o tem a, mesmo sob pontos de v is ta d iv e rs o s do adotado p e la

aut ora

i 39
:p e r e n c í a s bibliográficas

FONTES MANUSCRITAS

iA l'■ qu i VO I" li b 1 i c: o Na {:; i o‫ וו‬al í:í a Re !:>ub 1 i c: a elo<


;>E s t a el 0 s U11 i d0 s

do B ra s il •••• A N

i-^ ro viso eBy A lva rá s, C o n t : ! ‫׳׳‬a t : o s e etc da A lfâ n d eg a da

B ah ia., 1717 ■•■•1726.

2.. [:b ib lio teca IM acio nal do io de Ja n e iro

P ro v is o e s y A lva rá s e Se sm a ria s..

i!) o c u 111e ‫ רו‬t o !1; !•í i s t á !‫ •׳‬i c o s .. ií i o d e ..I a ‫ רו‬e i !■•o ^ 1' y p .. H o n r o e ,•

1930.. Vol 18 da s e rie 1 6 ..

3., A rq u ivo Pú i:)lico do Estado da B a h ía •••• A R Q ü E B

a) R e g is tro de C arta de S e sm a ria de J o a o !■^eixoto V ie g a s

i... i v r o de P ro v is o e s R e a i s nQ 257 >


, 1 6 5 4 -• 1 6 6 4 C ííd ice

257

b ) R e g is tro da C arta de Se sm a ria de Jo ao P e ix o to U le g as

d a 1;> t: e rr a 1:í d e 11 a p o i‫•׳‬o r o c: a íí>,, J a c u í pe e A g !i a i■


■'r i a

!..,ivro de p ro viso e s R e a is n9 257, ió 5 4 •••• 1 6 3 7 ■


••• C ó d i c e

257

!;;) R e g i 3 1 r‫־‬o de Pr ov is a o de S ¡i a Ma g e s t a d e p o ‫•ץ‬a u e ma ¡‫ ר‬d a e ¡v!

d e s p e ?i a ,J o a o Pe i !:5t o U i e g a 11; o 1;; c e ni !11 i 1 1'•e i 1:; qü e ve n e

i 40
c: a í:í a a n a c 0 !‫ וו‬o c a 1‫ ״‬g0 d e t: e 5 0 ü í‫ ״‬e i !■
‫•־‬c:! ci 0 s n o v o d i r‫ ׳‬e i t o 1■
;

dos a ç ú c a r ‫״‬

Livro de !■Provisoes R e a i s 54& 1 ,2 5 7 ?£‫ח‬ ■■■■ í0<í>4

C;e ‫ויו‬t:I'■o d e t. í;íi:!1 d 0 í;> I••'ei!'■«:‫ויו‬üíe s d a U !‫ ר‬iv e r s id a d e E! í:a ¡:ia a 1

c!0 Feira de Santana

FONTES IHPRESSAS

A r <:!u i V o !•1‫י‬.Í b i i co do E ü; t; a <:! o da B a !‫ ר‬i a A R Q U E l:í

a ) e 1 a ç: a í:5 d o ‫ רו‬ú !ne ro de f o g o 1:í e ‫ ווו‬o r a c! o 1‫•׳‬e s ci o [) i s t r‫ ׳‬i t: o

da F re g u e sia de São Jo sé das It; a p o r o r o c a s do Term o

da V ila de I"' e i 1'‫־‬a de S a ‫ ויו‬t a ‫ וו‬a ‫״‬

b ) D o (:;li‫וח‬e ‫ויו‬t o s !:>a !'■a a i-lis t; ó 1‫ •׳‬ia do A ç !.1 c a r‫׳‬

In s titu to do Açücar e do Á lco o l,. R io de Jan e iro ,-

Í9 5 4 1963, 3 •vols‫״‬

i4i
FONTES BIBLIOGRiííF-ICAS

A B R E 1.j , 1.J 0 a 0 íi! a F' i !:>t !- a !‫ ו‬ü de ‫״‬ Capítulos d e História Coloniais

Í5 9 @ ‫ ־‬Í3 § © ‫״‬ R io de Ja n e iro ,, C iv i 1 izaçao B r a s ile ir a ‫״‬

B r a s ília , IN L, 1976‫״‬

ABRI;;.'Üy Joao C a p is tra n o d e‫״‬ Caminhos an ti g o s e p ov o a m e n t o do

Brasil4 ‫״‬a. , Gclií;:a0 y R io de Ja n e iro !, C iv il iz aca o

i:5r a s i 1 e i r a ‫ז‬ iilra silia y IN L , 1 9 7 5 .,

AiüREÜUy Jo ao C a p istra n o de.. 0 d e sco b rim e n to do B r a s i l 2 ‫״‬a ‫״‬

e d i ¡;:ao ‫״‬ R io de Ja iie i ro v C iv i 1 izaçao B r a s i 1 e i r a ,•

iiíra silia . IN L , í9 7 ó ‫״‬

A C C IO LI (d e Cerque ir a e S ilv a ), Ig n a cio e AHARAI . . . , Brae

Ho?r m e n e g ! ■
J. d o do‫״‬ M em ór i a s H is tó ric a s e P o lít ic a s da

P ro v ín c ia da S a h ia ‫״‬ S a lv a d o r, Im p re n sa O fic ia l do

Estado, Í9 1 9 •■

■ 1 9 4 0 6 ‫ ״‬vol ‫״‬

AínTOíMIL , André ,Jo a o ‫״‬ Cultura e Opulência do B r a s i l 3 ‫״‬a ‫״‬

ed i ç.a o ‫״‬ i:üe 1 o 1•■


!o í‫ ׳׳‬i z an t e , Ed ‫״‬ It a t ia ia , Sao 1■
^a u.1 o , '€.d ‫״‬ da

U n i V e I'■1;; i í;1a ci e de Sao a u 1o , 19 8 2 ‫״‬

AZEVEDO, T h a le s de‫״‬ Feira de S a n t a n a ^ passado e presente‫״‬

S a lv a d o r, C entro de Estudos B a ia n o s, 1976‫״‬

142
j:íA ‫•■!ין‬ii";:sy Roland., H i t o 1o g ia 5 ‫ ״‬T ‫׳׳ו‬a d ‫ ״‬R 11:a 1:$!.‫ג‬c5i‫׳׳‬ge 1'•1‫ ח‬in í;j e F■e d !‫•׳‬í:)

S 0 u z a 3 ‫ ^״‬i/id iç:a í:í ií io d e J anel 1‫•׳‬o / S a 0 a ‫׳‬i 1o y D j!F'E. I...>• í 9 7 S:}..

l:n::;NJAiÍ.INy Walter ‫ ״‬Mag i a e t é c n i c a , arte e política» Ensaio

sobre l i t e r a t u r a e h i s t o r i a da c u l t u r a ‫ ״‬T r a d ‫ ״‬Sergio P

Rovant;2 ‫״‬i5 edição.. Sao Raulo!• Bras i1 ¡ensoí, i98ó.,

i:j O A y i::; M T U !■
•iA 1• A '1 b e 1'‫־‬t: cí A 1v e s .. H is tó ric o sobre Fe ir a de

San tan a.. I■•'e i r a t! e S a ‫{ רו‬: a n a , í 98 ‫ ע‬m i ‫מו‬e o ..

i:i O A y b.N "f iJ l’í A 1- i::: u r i co A 1v gs ., F id a lg o s e V a q u e i r o s ; : S a '1 v a d o i•‫׳‬ ,

C e ‫ רו‬v; i- o i;;: d i t o !'■ i a 1 e D i d á t: i í:: o da U !‫ ר‬t v e r 1:; i d a d e F’ e d e r a l c:! a

Bai‫ ר‬i a , 1 9 8 9 .,

B O SIv E clé a ., Hemór i a e So cied ad e: le m b ra n ça s de v e lh o s., Sao

P a u 1a y I .,A ‫״‬ Que i r 07!. ,■ í 979 ‫״‬

BOXER¡, C ‫ ״‬R., A Id ad e de O uro do B r a s i l. , e d ., rev.. Trad.,

Na I r de 1 a c e r d a .. Sao P a u 1o , C ia E d 11 o r a na!;: i o n a 1 ^ í 9 6 9 ..

BRüi\K>., Ernán i S i 'iv a ‫״‬ H is tó ria do B ra s il s geral e re g io n a l.,

Sao P a u 1o ^ Ed i t o ra 1‫! נ‬.‫ ג‬i t : ‫ א ¡ ׳׳ו‬y 1;; / d ,.

131J CAO ;•í O B R ;[ N I-I O ‫ן‬ A n t: o n ¡ o d e A 1‫■׳‬a d j cíA ‫■ץ‬a 3 a í:) « F a m ilia s

B aian as.. B ah ia:, Im p re n sa O fic ia l y 1946^ 3Q vo l.,

CALDAS y Jo sé A n to n io ‫״‬ N o tic ia G eral da toda esta C a p ita n ia

da B a h ía desde seu d e sco b rim e n to até o presente ano de

143
Í 7 5 9 ‫ ״‬E d ‫ ״‬f ac--s imi 1ai‫■׳‬y Sal vador y Tipografia Benedent ina y

1 951‫״‬

CAL H Oi My Pedro,. H i s t o r i a da Casa da Torres uma din astia de

pione iros » 3a., e d ‫ ״‬r e v ‫ ״‬Salvador¡, F^inda^iao Cultural do

Estado da Bahia^ Í983‫״‬

CALMON, P e d r o ‫ ״‬Introdução e Notas ao Catálogo Genealógico

das Principáis Familias de F r= Antonio De Santa Haría

Jaboatao. Salvador‫ ״‬Empresa Gráfica da Bahian 1985.,

C A R B O i'>!i
:.•:1...1...>. !a 11'•‫׳‬e 1!>- 0 1 i
C I‫״‬ v ier
'•‫״‬ H is t o r io g r a ■fia .. 11'•a d ‫״‬ i•‫׳‬e ci1‫•׳‬o

>
J ord a o ‫״‬ i... i s 1:) o a ^ P o r í: u g a 1 ^ f e o r‫ ׳‬e ma , 19 S 7 ‫״‬

CARDOSOy Ruth C ‫ ״‬i...‫״‬ A, aventura antropológica. Teoría e

p r á t i c a ‫ ״‬Rio de Janeiro, Paz e Terráy í9B6‫״‬

CAI'JNEIROx Maria Luíza Tucc: i ‫ ״‬P r e c o n c e i t o R a e ial a P o r t u g a l e

B r a s i l - C o l o n i a 21 ‫ ״‬e d i ç a a ‫ ״‬Sao Paulo, Brasiliense, 1988‫״‬

COSTA, A f o n s o ‫ ״‬Genealogia !;ja ia n a ‫ ״‬O Catálogo Genealógico de

Jaboatao à luz da cri'tica moderna‫ ״‬Anais do I Congresso

de Historia da Bahía, S :3.1 v a d o r , A 1•


‫•׳‬qu iv o P ui.) 1 c io do

E liit:a d o d a B a h ia , í;;/ d a t a ‫״‬

C Oy A , A‫״‬ G u i ma 1‫ ׳‬a e 3 ., H u n i c 1' p i o s da Sah ia ‫״‬ S a 1 v a d (.1‫■■ל‬,

T ¡p o gr a f i a B ah i an a , 1913 ‫״‬

i44
DEL.üMi::.'AU, Jean ., O medo no O c i d e n t e ‫־‬ i3#0-íS©0» Uma cidade

s i t i a d a ‫ ״‬S ao i'-aulo!, C o m p a n h i a das Let ras¡, 1989‫״‬

E N í;;]:í:;I...0 i‫״‬d ;í:a d o S M ÍJN ;1:C í !:';1:0S B R a S :í:1...11 ‫״‬R o S ‫״‬ R ío de J a n ^ ír í:5,

Instituto iiíras ile i0 ‫ יץ‬de G e o g r a f i a e Estatística, 1959,

U o l ‫ ״‬XX.. '

i ' ' ' A ORO‫ז‬ R a i m u n d o Os d o n o s d o p o de r á formação do patronato

p o l í t i c o brasileiro,. 5a,. e d , F^orto A leg re:, G I o Id g , 1979,

vol

F 'E R L IN l, M era L ú c ia A m aral» Terra, Trabalho e Poder.. Sao

1-‫ י‬a u 1 o , B r a 1:; ¡ 1 ien e , j, 9 8 8 ..

F' I... I;:.':[ LJ S S 1• Ma;■;.. H is to ria A d m in is tra tiv a do B ra sil,. í:5a o Pa u 1 o ,

M e l h o r amen t o s , i 9 £ 5 ..

FLOR Y , Rae Jean .


. B ah ian soc iet y in t h e mi d - c o l o n ial per iod s

the sugar planters, tabaco, growers, merchants, and

a r t is an s of Salvador and the Recôncavo, 163©-í725.. Tese

d e P h i).. U 1‫ ר‬iv e r s !t y o f T e a ¡, 197 8 ,.

i‫״‬R A N C 0 y r■■t‫■׳‬ar!c iü;c;o de Asüí is .. D ic io n á r io de B a n d e i r a n t e s e

Sertanistas dos séculos X V I - X V I I - X V I I I ,. Sao Pa u lo ,

Ca m i1;; a a d o 1 1 í;;e n t:e riá 1‫׳׳‬io d e S a o P a 1.jtlo, 1954,.

I R , Fel isbel o ‫״‬ H ist 6r ia T e r r itor ial d o B r a s i1 ,. R i o de

ane ir o , T y p .. ci o " o r ‫ רו‬a 1d o C o n! m é !■


•■c i o " d e R o d 1'■ i g u e íü e C;.. ,

Í45
Í 9 0 6 ‫ ״‬Md I I ‫״‬

F’URTADO, Cfílso‫ ״‬Foramção Econômica do B r a s i l ‫ ־‬i7S ed ‫ ״‬y Sao

Pau 10 , Ed ‫ ״‬Nvíic ion a 1 y í98® ‫״‬

GALUSOr Renato d 0 A n d r a d e 05 ‫ ״‬povoadores da região de Feira

de Santana‫״‬ SITIENTIBUS, F'víira dt? Santana^ 1 ( 1 ) :: 25--3 i ,

Ju l- - d es. H982, p 25 ‫ ״‬a 31‫״‬

G US D0 F% G eorge, Mito e M etaf Í5 ica .. Sa oa u 1 o , C o !‫ ר‬v i v i o ,

Í979 ,.

HOBSBAWN, Er i As origens da rev o l u ç ã o industrial‫״‬ Sao

P a u la , G lo b al E d ito ra , í979.,

(jj 0 D 0 1■
•■R E D 0 !•■
■I L |-i0 ( R a b e 1 1o de !••' i g u e i r e d o ) .. D i 1)1e 1>s a o i1 i s t (5r ic a

da v is it a do Im p e rad o r à F e ira de S a n t'A n a ‫״‬ C entro de

Estudos B aian o s, S a l v a d o 1- , n9 74

i-lOORNAERT, Eduardo et ali i‫ ״‬H i s t ó r i a da Igraja no Brasil 39:

e d ‫ ״‬, ‫ו‬-‫י‬e {:I'■{)p o lis, V o z e !li, :í.9 8 3, ‫יד‬o ino :1;I , v o 1u n!e I

G ü IM A R A ES, A lb e rto i- 'a ss o s ‫״‬ Qu a t r o Sécu l o s de Latifúndio‫״‬

5a ‫״‬ ed ‫״‬ R io de Ja n e iro , !■


’ a;K; e Terra, 1981‫״‬

JAi3 0AT?í0, A n to n io de Santa M a ria » Catálogo Genealógico das

p rincipais f a m ílias que p rocederam de Albuquerques, e

C a v a i c a n t es em Pernambuco, e C a r amuru da Bahia.

146
S a 1v a d o r y I m p r e n s a O f i c i a 1 ^ i 98® ‫״‬

LE G O F ’F'y Jacq u es‫״‬ ' ' M e m ó r i a ' ’'' IN E n c ic lo p é d ia E in a u d i‫״‬ vo l.,

1 ‫ ״‬M e 11! d r i a •••• i-i i s t () r i a ‫״‬ Jr a í:I ‫״‬ de B 1 ‫■•״‬


' e r !‫•׳‬a o e J ‫״‬ I■•'e ¡‫\ י׳‬-e i 1'• a ,

I m p ‫•׳ן‬e n s a N a c i 0 n a 1[ ; a s a da M‫ ם‬e d a , i 984 ‫״‬

LIM A y Jo sé Ig n a cio de Afareu e ‫״‬ Sin o p se ou dedução

cro n o ló g ic a dos fa to s m a is n o tá v e is da H is tó ria do

B r a s il‫־‬ e d R e c i f e ^ F'undaç;ao de C u ltu ra C id ad e de

R e c ife . 1983‫״‬

H A G A L ! ‫ !״‬a E S >
• B a s ilio de.. Expansão G e o g rá fica do B ra s il

C o lo n ia l,. Síío !‫ יי‬a u l o ^ í944..

MI::; !‫״‬. i... 0 i::: d V a 1 d o C a I:) í1 ■


‫ ׳‬de.. 0 nom e e o sangues uma fraude

g e n e a ló g ica no Pernam buco co lo n ia l.. S ã í:í !■•'a ¡..11 cí ^ C o in p a ‫ רו‬l1‫ ״‬i a

das L e tra s. 1989..

iiENDO NCAr M arcos C a rn e iro de.. R a i'z e s da Form ação

Adm i n i s t r a t i v a do . O r a s ! 1 ., ií i o de Jan e ir o . In st i t ut o

!••i i íii t () i‫■׳‬i c o Ge o g !'■ú •F i í:: o B r a s. i 1 e i r■o 1 9 7 2 •‫־‬. J 1; ‫״‬:

Hi“ Nt::ZES;• !Raim undo de‫״‬ D ic ionár io L ite r á r io B r a s ile ir o 2 ‫״‬i


¡s

ed‫״‬ r e v ‫״‬ a um,, e a tu a l.. R io de Ja n e iro , i... i v r o s T é cn ico s e

C ie n tífic o s , 1978‫״‬

NO VIM SKYj. Anitv;■‫״‬ Cr ! s ta o s - N o v o s na B a h ia ‫״‬ Sao P a u lo . Ed ‫״‬

P e rsp e ctiva . 1972‫״‬

Í47
ORLAND I j• En i l"’ulc i n e l l i ‫ ״‬A linguagem e seu funcionamentos

as formas do d i s c u r s o 2 ‫״‬a e d » r e v ‫ ״‬e aun!‫ ״‬Camp! nas ^ SI'S

PonteSy 1987‫״‬

FANDOLFO, Haría do Caniio P ‫ ״‬e H E L L O ‫־‬, U4Celina Haría H ‫״‬ d0 ‫״‬

E s t r u t u r a e M i t o ‫ ־‬I ntrodução a posições de L é v i - S t r a u s s ‫״‬

R ¡o í:i e ^.J a n e i 1‫■׳‬t:) ^ í e 111p !:5 B r a í;íí 1 oí i r‫ ׳‬o ^ i 983 ‫״‬

FM".'DRl;:!IRA.v ‫ יין‬e d r o Tom ás‫״‬ O m u n ic ip io de Fe ira deSa n t ana ‫־‬ <d a s

o rig e n s à ‫ ׳‬i n s t a 1aç a o ) ‫״‬ i:Sa r¡ i a >


■ íi; / e d i i: o 1•

•a , i 983 ‫״‬

P EDRI” IR A y I•’edr o Tomás ‫ ״‬Pequ e n o D ic ionár io dos Mun ic íp ios

Baianos,. B a r! i a , í 98i ‫״‬

i•'EDR O I I ‫ ״‬Diario da Miagem ao Norte do Brasil ern í859 =

!3 a h i a y !... i y 1‫ ׳׳‬a í'• i a í■'r o g r e 11; <


1; o E.í:í ‫״‬ <
, 1959‫״‬

P I N i‫״‬i O y W a ‫ רו‬d e !■
■•'.I e y ‫״‬ Historia de um enge n h o do R e c ô n c a v o 2 ‫״‬a ‫״‬

ed ‫״‬ S a íj I■
‫ ׳‬a u 1o y !‫ ״‬d i t o !‫ ׳‬a N a c: i an a H ‫־‬, B ‫ו‬- a •ü í Ã ! a ,• I N í... ^ I••'u ‫ רו‬d a g: a o

P r ‫•••• ״‬Memcír i a^ 1982‫״‬

PINTOy R aimundo A C ‫ ״‬Pequ e n a Histo r i a de F eira de Santana‫״‬

Fcíira de Santana¡, S i c 1a ^ 1971‫״‬

POL.LAK y M i chacíl ‫״‬ Memór i a y E s q u e c i n ient: o y S i l ene i o ‫״‬ E stu d o s

Históricosy R io de ja n e ir o ‫־‬ val 2y n 3 ‫״‬y 1 9 8 9 , p3 a 15‫״‬

Í48
P OP P I N O , R D 11 ie E ‫ ״‬Fe i r a de Santana ‫״‬ S a 1vad or yEd it or a

Itapuaríy Í96S ‫״‬

PFÍADO Ju.n ior y C a i o ‫ ״‬Evolução p o l í t i c a do Brasil e outros

e studo s 3 ‫״‬S e d ‫ ״‬Sao PaalOy Brasiliensey 1961»

PRADO Jun !o r Ca i o ‫״‬H ist dr ia E c o n S m ic a d o B r a s i1 2 # ‫??״‬: ed ‫״‬

Sao Pa u lO x BraiiU 1 i e n s e y 1977‫״‬

P R A D0 J a ‫ ! רו‬o r y C aio., Fo rm açã o do Brasil ■Contemporâneo,. :16

ed ‫״‬ Sao F^aulo^ Eiras i 1 i en s e v í97 9..

S I A DO IN ST IT U T O G EN EA LO G IC O DA BAH IA.. S a lv a d o r

m prensa O fic ia l da B a h ia , 1.948, Ano I I I y n9 3,.

! ■■; I8EI R0 Jun i or >


• Jo s é ‫״‬ Colon isação e mo no po li o no Nor des te

brasileiros a Co mpanhia Geral de Pe rn a m b u c o s Paraíba,

í 7 5 9 - i 7 8 0 ,. Sao P a u lo . H U C IT EC . 1976‫״‬

ROCHA PIT A , Seiuastao d a‫״‬ Histííria da Améric a Portuguesa., 2S

ed ‫״‬ L i si:) o a , F i‫ ׳׳‬a n !;: i s e o A r 1 11u r S i l v a , 1980

RO D RIG U ES, Jo sé H o n o rio ‫״‬ Teoría da His tor ia do Brasil‫״‬ Sao

P a u 1o , 1;•d i t or• a Nac: i o n a l , 1978 ‫״‬

R U B f;;.'R T , Ar li n d o ‫״‬ A Igreja no Brasil. Origem e

d e s e n v ol vi me nt o íséculo X M I)‫״‬ R io G rande do Sul , !:;!d ‫״‬

PA LLO T T I, 1981, Mo l ‫״ !״‬

i49
RUSM:3E\LL"‫״‬W()()Dv A‫״‬J ‫״‬R ‫ ״‬F id a lg o s e F ila n tro p o s ^ a Santa Casa

de H i se r i c á r d ia da B a h ia , í55@ - Í755.. Tr‫־‬ad» d<? Sérg io

Duar t B ‫ ״‬Br as í I ia¡‫ ׳‬Ed i t: or a Un i ver s i dad e de B ras í 1 i a ^ i 98 i

9ARAIUA.V A‫״‬ J,. ‫״‬in q u isiç ã o e Cr istao s-N o vo s., P 0 i‫׳׳‬i‫ ׳‬i:),.

s / e d i t o r a ‫ ■־‬Í 9 ó 9 ‫״‬

SCHkiARTZ;■ S i u a r t 13‫ ״‬S e g r e d o s Internoss engenhos e escravos

n a s o c i e d a d e c o l o n ia l , 1 5 5 0 - 1 8 3 5 ‫ ״‬T r a d 1 ‫״‬...a u.r a T ‫״‬ M o 11 a ‫״‬

Sa o P a ul o . C ia das L et r a s , 1988‫״‬

SCHWARTZ:.. S iu a rt B‫״‬ Burocracia e sociedade no Brasil

c o l o n i a l ‫־‬. A Suprema Corte da Bahia e seus Juízess

1 6 0 9 - 1 7 5 1 ‫ ״‬Sã o Paulo¡, Per spec: t iva y í 9 7 9 ‫״‬

SEiRAFIM LEITE;• Pe‫״‬ História da Companhia de Jesus no

B r a s i l ‫ ״‬Lisboa/Rio de J a n e i r o , s/editora, 193S - 1950‫״‬

SIQUEIRAi• Son ia A p a r e c i d a d e ‫ ״‬A Inquisição portuguesa e a

s o c i e d a d e c o l o n i a l ‫ ״‬S ao F‘a u 1 o , A t ie a , i 9 7'8 ‫״‬

SnlTI-l, [)avid G r a n t ‫ ״‬T h e m e r c a n t i l class of Portugal a nd

Brazil in the seventeenth century- A socio-economic

s tudy of the m e r c ha nt s of L i sb oa an d Bahia, !¿20/1690‫״‬

Tese de P h d ‫ ״‬T he U n i v e r s i t y of TexaS;• 1975,, Hi m e o ‫״‬

S OD R É , Nelson Werneck‫ ״‬Formaçio da S oc i e r d a d e Brasileira‫־‬

150
Sao Paul o ‫■ן‬ 1944‫״‬

SOUSA,. Gabriel Soares d e ‫ ״‬Tratado D e s c r i t i v o do B rasil em

Í5S74 ‫״‬a e d ‫ ״‬SSo Paulo, Cia Editora Nacional. 1 97 1 ‫״‬

S O U Z A í• Antonio !.‫״‬oureiro d e ‫ ״‬Baianos Ilustres - i564-í925‫״‬

Salvador y Seer 6^t:ai‫׳׳‬ia da Ed uc aç:ao e Cultura,, 1973..

JA M A R ES y L u is H en riq u e ijia s.. H is to ria da Bah ía., 7® e d .. São

i ' ^aul o y At i c a y í 9 E n ..
.

‫■ך‬A y A R E; S ‫״‬ i... u 1s !■


•1e n ¡‫ ¡ ■׳‬q u e D i a s .. ( O r g ) .. S e 1 e ç S o ■ d e Textos

D e stin a d o s ao C u rs o de H is tó ria do B r a s i l ‫־‬, S a lv a d o r y

Un i v e r s ¡ d a d e Federal da B ai'iiay i970.,

T E IX E IiíA y M ari i G e ra ld a e ANDRADE^ M aría Jo sé de Souza,.

iiemória Histórica de São Gonçalo dos Carapos,. !:;.d‫״‬

C o ni e !‫ וו‬o 1‫ ׳׳‬a t i v a do í 2 c.e n í: e n á r io c! o M u ‫ רו‬i c í !:>i o y i 9 8 4 ,.

k‫‘׳‬Ai?NI--IAGEN •X F 'r a n í:: is e o A ‫ ״‬Historia Geral do Brasil.. 8§. ed ..

Sao P a u 1 i:) y H e 111 o r‫ ׳‬a me n t o s y í 975 y T o ‫ ווו‬o 1 :[ ,.

y! ANNA y i-!élio.. Historia do Brasil,. 6;;!: ed .. Sao Paul o y

Melhorament os y 1967‫ ״‬Vol I‫״‬

MILLACAy N í z i a ‫ ״‬Cemitério de Hi t o s ‫ ־‬üraa leitura de Dalton

Tr ev isan ‫ ״‬Rio de JaneirOy Acl'iiamey 1984..

Í5Í
VI L HEN A v Luis dos S ant os ‫ ״‬C a r t a s ‫ ״‬Eíahiay Impi'-ensa Oficial?

192Í, v a l ‫ ״‬y ‫״‬ '

UICENTE DO SALVADOR, Freí., H i s t o r i a do Brasil? Í50@-ÍÓ27‫״‬

7 íi e d ‫ ״‬B e 1o !••Io r i2 o 1‫ו‬t e . !::!d 11 ‫״‬a t ia Ia ? S a o P a ü 1o ■


, E d .. da

Un ivers idad(? de Sao Paulo, 198 2‫״‬

WIZNI "fZ E , AI‫•׳‬n o 1d ‫ ״‬Os Judeus no Brasil c o l o n i a l .. Tr ac!..

Olivia K‫•ץ‬ahK-nbuh 1 .. Sao 1•^au 1o ^ i...iv ‫ ״‬P ione i‫■ץ‬a i‫״‬d y i960

i52
ANEXO N‫״‬ i

Registro da Car'ta de Sesnmria de João Peixoto Viegas das

t e i‫•׳‬r a íií ü e 11 a !:>0 r 0 r 0 c a s , J a c:0 ípe e íí5g(‫כ‬a F'r ia

João Rodrigues de Vasconcellos e Souza Conde de

Castelmelhor etc.. Faço saber aos que esta Carta de Sesmarias

vire m , que J o a o F*ei;;oto Ui eg a s me r e p r e s e n t : ou em sua p etig :ão

como houvera deJ o i o L o !‫ ג‬o de m e s q u i t: a , p o r t ít u lo de com pra as

datas de te rra e Campos das it apososocas, Ja co íp e , e Agoa !‫ ״‬r i a

íi i i; a s no t e r mo de s t a c: i ci a d e q !.i e c I‫ ר‬a mo u da Ca c hoe i r a , cl a 1:; q u a e 1ü

e lle S u p p lican te estava de posse h a via m ais de tre s annos e ia

povoando de gado com grande ris c o e despesa^ em razao do G e n tio

!:)ravoy que n e lla s deu n iu ita s vez es‫״‬ e porque o vendedor liie não

dava t í t u 1os cl a s e ;■
>n5a !'■ i a s cl a !:> d it as t e r r a <■>, por se have r e !n

pei- d i d o na tom ada dcísta cid ad o? p e lo in i n! i g o no annc? de

<í; e i s c; e ‫ רו‬t o s e vi nt e e <:!u a t r o v c; o ‫ ו!ו‬o ‫ רו‬a e 1:i c r i p t u r a de o m p 1'•a , qu e

o ffereceu se d e c l a r a v a 11 me p ed ia lh e fiz e s s e m erce em nome de

Sua M agestadey c o n fir m a r - 1 he as d ita s dadas a seus an tecessores,

e a 11>s in! e da !55a r5e i r‫ ׳‬a , que as po s s u í a m, o u c o r5c e d e 1- 1 ii e a<


i> d it a

te rra s de Se sm a ria nova, ou p e lo m e lh o r modo e v ia que em

d i I‫•׳‬e i t o p u d e s íüe <1;e 1‫■׳‬s e be m a s s i m o s s obeJ o 1:;,v o lta s , e r5 s e a d a 11;,

aguas, s a lin a s , e os mat t o s que ao redor das d ita s te rra s

e stive sse m por dar, v is to ser em u tilid a d e da i‫ ״‬a z e n d a , e Rendas

de s ua !na g e s t a d e !! te ndo e m c: o n í; i d e r a g: a o a t ‫ו‬.‫ג‬d o , e a i 15‫ ׳‬f o i'■ma ç: a o ,

que solare este p a rtic u la r me fez o P r o v e d o r ■•••15!o r da Fazenda Real

d e íii t e E 1!>t a d o , se r o i 155p e t r a r51 e l;j e n e 155é r i t o do qu e pe d e , a iii s i 155

p e lo bem, que me con sta s e rv ir a Sua M agestade no que é occupada

c o 115o !;>e 1 o 155u i t o Ca b e da 1 , que t e m pa r a a po v o a ao , e c; u 1 1 u r a da<


1;

Í53
ditas t:errasV e ser grande o benefício que resulta a Fazenda

Real y e a esta repúb 1 ic a .. He i por bem de Ihe conf iriviar (como

pelo presente faç:a) en1 nome de Sua Magestade as sobreditas

terras, que houve por título de compra do dito joao l...obo de

M e s í:íu it a n o s ci is t r ic t o s d a C a c h 0 eirá, a s s i‫ ו!ו‬e d e nia ‫ויו‬e ir a qu e a <;>

0 ‫רו‬nie io y e c o n •F!
‫׳׳‬o n t a 1« na e s c !'‫־‬ipt u ‫יץ‬a que d e 11 a <;> se f a2 ao d it o

i mp e t r a n í; e e e in d e iii p e i í: a de 0 have r e ¡n perd i d o os p 1‫ •׳‬i me i r o 1;;

t ít u lo s , que era o b rig ad o d a r- lh e o vended(::•!'■ Jo a o Lobo de

M e s q u ita , lh e dou de novo em nome do mesmo Senhor de todas as

1:; o b ‫■ץ‬e d i t a sí i: e i‫■׳! ״‬a <;> do une íümo mo d o <:!u e o i n! p e t ra n t e a 1;í d e c: 1 a r a e

b e !n a ;1‫לו‬i>i m t o d o s os s obeJ os , v o 11 a s e en eadas , á gu a s , s a 1 inas e

mat t o s , que ao redor das d ita s t e ! ' ■r as e stiv e re iii por dar, e e lle

pe d e c: o m s u a s t e s t a d a <1; , e 1 o g 1‫■׳‬a d o u1r os , t u d 0 • 1 i v !'■e e i í:; e ‫ וז‬t o de

fo ro , trib u to , ou pensao algu m a, s a lv o D íz im o a deus, que pagará

dos •Fr u c: t o s , e c: i‫ ׳׳‬e a t: tí e íí> q !i e n e 11 a s i‫ )׳‬o u v e 1'■, c o m c 1a u s u l a de na o

p re ju d ic a r a te rc e iro , e por e lla s será ol:)!'■ i g a d o a da C am inhos

1 i V i‫■׳‬e s ao í" o !■!í;: e 1 i■!o , |:>a !‫•׳‬a f o 111‫ ׳‬e s , p o ‫ ויו‬t e e p e d r e i !‫■׳‬a íií ‫״‬ pe 1o qu e

ordeno aos O -r-Ficiaes de Ju s tic e , a que to car, Ih e dem a posse

real e fe c tiv a , e a c tu a l, e aos m in is tro s , a que o co n h e cim e n to

d esta com d ire ito p erten cer, a cum pram e ■Fa(ram cu iíip rir e

g u a r d a i‫ ׳ ׳‬, t ão p o rí t u a 1 e i n í: e i r a !‫ וו‬e n t e , c o mo ! ‫ ו‬e 11 a e ont é !‫מ‬ s e !n

düV ida e ‫! !וו‬:) a r■g o !■!e n! c: o !‫ וי‬t !‫■׳‬a d i ç; a o a 1 g u 1‫ וו‬a .. 1‫ י־‬a !‫•׳‬a ■F i r me z a do qu e 1 11e

mandei passar a presente sub meu s ig n a l e s e llo de m inhas Arm as,

a qual se re g is tra nos liv ro s a que tocar !■■ranc i s c a Cardoso e

■Fe z nes t a (:‫ נ‬i d a d e do $:>a 1 v a d o r i:S a i! ia de Todos o <üa n t o s e ‫ווו‬ no v e

d ias do ‫ ווו‬e z de j u 1 1‫ ו‬o A n r‫ ו‬o de ‫ ווו‬i 1 se i c ent os í::i ‫ וו‬c o e n t a e t: r ê s ‫״‬


t

B e !‫■׳‬n a i- d o V ie i r a 1‫■׳‬a v a c o S e c; r e t á r i o de i‫ ״‬s t a d o e g u e i‫■׳‬r a de Sua

!‫ וו‬a g e s t a d e nes t e do 13r a s i 1 o ■Fiz e s c: !'■e v e 1- .. 0 C: o n d e de

i54
í!)aste 1nie 1h0i‫ ״ ״‬Pqr cle5 pach0 de Sua 1::!c:011 ênc ia de 3 deju 1h0 de

i6 5 3 ‫'■•! ״‬jc a la n ç.a d a n o m e u I...iv r o d a s S e m a r‫׳‬ia s a folha 132 v e 1‫>;<■׳‬o

delle na Bahia em 16 de agasto de 1653 ‫״‬ !•■')‫•׳‬anc isco da Rocha

B a !'•b o a ‫ ״‬Regi íüt r e ■•••1;;e n o s I...iv 1‫־׳‬o s d a I‫״‬a 2 e n d a s e !n e n1 b a 1‫■׳‬g o a s e i‫״‬

passado o t e m p o ‫ ״‬Bahia 19 de Abril de lóSS.. Ferreiro ‫ ״‬No mesmo

d ia se 1^‫־‬eg is t r0‫׳‬u ‫ ״‬Í30n ç.alo■ ? in10 de i‫״‬1‫־׳‬e i a s ‫״‬

i55
ANEXO N., 2

R e g is tro cíg• O u t r a C arta de S e sm a ria de Jo a o i-^eiKoto U ie g a s ‫״‬

i:) o m J e r cs ‫ רו‬i mo de A i; {: a y d e C0 n de de A 1 1‫ ר‬o g u i a e í: c ‫״‬ I•■a ç0 s a b e ¡'‫י‬

aos que esta C arta de S e sm a ria viren s, que Jo ao P e ix o to M ie g as me

e n vio u a rep resentar a p etiç:ao cu jo teor é o se g u in te ,, d i 2: Jo ao

!■
‫י‬ei xoto V ie g a S í que de cin co an n o s a esta p arte tem povoado com

q u a n tid a d e de G ad osy gente e e s c r a v o s ‫ •־‬a s te rra s que ciiamam de

Ita p o s o s o c a s e te rra nova de Ja co íp e nos lim ite s de C a ciío e ira

t; e i‫■׳‬mo des t a C i d a de ‫״‬a s !:! u a e s e lle S u p 1 i c: a n t e ^ i1 o u v e p o 1'■ t 1: t u 1 o de

com pra de ^.Joao L o 1:5o de M e sq u ita estando despovoadas e in a b ita d a s

iía via v in te annos p e lo s a s sa lto s e m ortes que n e lla s h aviam

■Feitoy e fa z ia m u ita s vezes e g e n tio bravo? e e lle Jo ao !•’ e i x o t o

V i e ga s as po v o o u de ga d si y e e <sc i‫ ׳׳‬a v o 1!; c r e a d o íí; y e ní o r a d o r e íí , co m

Arm as e casas fo rte s de sobi-ado de p e d 1‫׳׳‬a e cal y e u n !a Ig re ja no

qu e t em f e it o mu i t a s gra n d e s d e s pe s a <
1; d a fa z e nda y e d a d (:‫ג‬ ‫ ווו‬u i t o

c:‫■ץ‬e s í:: i nse ‫ רו‬t o y as re n d a s de í!) u a nt a g e s t a d e e s e g u r a ‫ רו‬c a aos

m oradores que li‫ר‬e sào v i z i n i 0 ‫ר‬Sy e porquantoy o gado vae em

c r■e s c i n! e n t a, e ‫ ויו‬a o i:) a s t a m pa r a a p a c e n t a l •■


‫•־‬o as ci i t a s 11>u a íi;

terrasy e nas ca b e ce ira s d e lia s para o poentey e N oroestey que

f i í:: a ‫ ווו‬e 1 1‫•'רו‬e o iii ios de i•‫ ׳‬a r a o üí s ú y e J a c u i pe y té uas n a 11; c e n ç: a s ,

tem n o tíc ia !‫ ו‬a v e r entre as grandesd serrasy e mat t o s in ú te is y

que a li se estendem y alg u n s cam pos que se podem a p i 0 ’ ‫׳‬v e i t a r y e

|:í o V o a r o<
!> <:!u a e íü n !,‫ וו ג‬c: a até este d ia y p e ‫ רו‬e 1 1'•o u g e ‫ וו‬t e !:! r a ‫ רו‬c a y 1‫ ר‬e ‫ווו‬

foram s a b id o s, e estao d e v o lu ta s, p e la s grandes ca tin g a s, e

d i f f i c u 1d a d e de S e 1‫■׳‬1‫• ׳‬a s e ma 11 o s qu e o c e r c am, e p ‫ ״ו‬i ‫< רו‬:: i p a 1 me 1‫ ר‬t e

Í5à
u j e it:a 1:j do ge ‫רו‬t io b !‫׳׳‬avo, qu e a í:í nao de i a e ‫ויו‬t i'■a r , ‫ויו‬e 1»

descobrir, e elle s u p p l !cante a tem feito nas que comprou, e

fará ta ‫ווו‬b é ¡¡‫ו‬ n e 51 a s !:> í‫•׳‬qu e {:e 111 cabedal, e f a b r ¡c a pa r a 0

c 0 n s e 9 u iI'•, in d o qu e c o n1 1‫־׳‬a n d e t r‫׳‬a b a 1b o e d e s pe s a no qu e

1‫■׳‬e c e b e r á a b e n1 c 0 n1u m d e s t a 1'


■e pu b 1 ic a , c:o n v e n ie n cia e u t i1 idade,

e as rendas de Sua Magest ade acrescentam ento‫״‬ Pode a Uossa

E x c e l 1ene i a Ih e faça m ercê em nome de Sua m agestade d a r ‫־־‬l h e de

S e s m a ria , e por d e v o lu ta , e nunca povoado toda a te rra que assim

se achar e houver por en tre os d o is R io s paraguassu, e Ja co ip p e ,

fic a n d o os ditos rio s por lim ite , e dem aroaçao, o Paraguassu da

banda d c■ S u 1 , e í:j J a c o i p pe pe 1a ci o ¡n!o i‫ ׳׳‬t: e , e n a s c:: e n t e e n t: i‫ ׳׳‬a r

<S :1:C ) 1‫ ר‬ü me s 11! o !•*a 1'•a g u a s ;1; ú , c: o m t o <:l a os ííí a <:: o 11; enseadas , v o lta s ,

e recan to s, aguas, m atto s e s a lin a s , que, d entro dos ditos Rios

se acharem , té suas n ascen ças.. E receberá m ercê.. e v is ta a

in fo rm a çã o que sobre a dita p e tic a o me fez o Provedor da Fazenda

Real de s t e Es t ado qu e é a í:; e g u i n t e ü A s t e rra s <:!u e pe d e o

S u p p lica n te sao im ite is , e se n e lla s d e sc o b rir algu m as, que

povoar será m u ito se rvicio de Sua m agestade, e argum ento de sua

iíeal !• ■ 'az en d a, e para o fazer tem c a b e d a l, e posses, e nao

p I‫■׳‬e J u d i c a ‫ רו‬d o a te rc e i ro , po d e Mo s s a E >í c: e 11 e n c i a se ndo s e r‫ ׳‬v i ci o

c o n c e d e r •■■■1h e a sesm aria que pede em nome de sua m agestade,. B a h ia

dois de Abril de mil s e is ce n to s c in co en t a e cin co ., H ath eus

f e r•i'•e i I‫■׳‬o V i l l a s b o a 11;, e os c: a p í t u 1 o s d <:5 I? e g i me n to ííí o b r e a 1;>

9 e s Ili a !'• i a s , <:!u e n e s t a 1;; 1‫ ר‬e i po r e x p r e s is a ci o 11; c o n s t a ! ‫״‬ ci o c a beda 1 do

í:>u p p 1 i c a ‫וו‬t e d i go do i ‫ ווו‬p e t r a r11 e e o p a r t i c: u 1 a r s e r■v i ç.o q !.i e f ar á

a Sua m agestade, e b e n e fícics a esta re p u b lic a em c u lt iv a r

a q u e lla s te rra s !■■!ei por bem, e lh e faco m ercê em seu Real nome

dar de S e sm a ria s toda a te rra que se achar, e houver poi- entre os

Í57
J a c o i !:>e y té s ua s !‫ר‬a s í::8‫ויו‬g:a s ‫״‬
í:I o i s R i o s 1•^a i‫•׳‬a gua s s d e > a í:>s i m e da

:!ue ‫ן<;ן‬:>e de e c on f r oni; a ‫רו‬a


nmne i r•a < pe i: i g:a o a c i ma i ‫רו‬s e r‫ ׳‬c t: a ¡, c on¡

todas as suas agoasy pontas enseadas campos^ made i r a s , te sta d a s

e lo g ra dour os a íü <:!a a e s 1he dou 1 i v r e s , ¡se nta s e de s ¡ mpe di da ,

de •Por o y t r ib u 1 0 o u p e n s ao a 1 g u nia s a1v o o D iz i111o de 1!)e u 5 qu e

pagará dos fru c to s, e cre acio e s que n e lla s houver, e por e lla s

será ab rig a d o a dar cam in h a liv r e s ao C a n s e i !‫ ר‬o , para font: e s r

P o n t e í•; e !:>e d r‫ ־‬e i r á s c o mo c 1 á u íií u l a s ; de ni o p 1‫ ־׳‬e j u d i c a 1'■ a te rce i ‫■ץ‬o ,

e p o r <:iu a n t o , a !¡‫ ו‬u 1 1‫ ו‬e r ^ f i 1 i‫ !״‬a ;‫ י‬, e ¡na i s 11 e 1‫■׳‬d e i r o s de M ig u e l de

F ig u e ire d o , me re p re s e n tarao por urna petigiao ,. firm ad a por seu

P r o c u i‫•׳‬a d o i'• i::! a iii t a n t e Ant o n i o i••'e r n a n d e 1;> Ro o y e I... u í z de

I••■i g u e i r e d o , f i 1h o do ‫ ווו‬e s ‫ ווו‬o M i gu e 1 de i‫ ״‬i g u e i re d o x c: o n! o t i n 1‫ ר‬a

c i e i‫ ו‬t e 1 é g o a 1;> d e t er r a e 1‫וו‬ qu a d r a d o pé de ser r a de J a c: o b i n a !:>a r a

a no rte, e para o Este dos m ares p ei'-ten ciam a m etade ao Capitao

i:í e í‫ ו ו■׳‬a !'•d a V i e i 1‫ ׳׳‬a R e v a í:í c: a , a !:! u a 1 n a cj 01 :; í: a v a po v o a d o , nem t i ‫ ו ו‬i ‫ ו‬a ‫ווו‬

t o ni a d o po s s e , a s s i ‫!וו‬ po r íí; u a ‫ ווו‬o 1‫■׳‬t e , c; o ‫ ווו‬o p e 1 c5 i ‫ ווו‬p e d i ‫ ווו‬e n t a do

G e n tio 13á r b a r o que ora se e v ita rá , e entenderam , que Ih e pod i a

p re ju d ic a r esta data me p ed iam m andasse d e c la ra r na C arta d e lla ,

<:!u e íii e c onc e d ia ao i ‫ ווו‬p e fc 1'•a ‫ וו‬t e ‫ וו‬a o !:j i‫■׳‬e j u d i c: a n d o a 1!; s u a í:í v i ‫ רו‬t e

leg u a s de terra.. He i por bem de d e c la ra r que te rá e fe ito esta

P I‫•׳‬e íii e n t e c a 1'•t a ‫ רו‬a o p 1'■e j u d i c: a n d o a !- e f e 1‫ ׳׳‬i d a da ta í:I e I... u i z de

i••'i g u e i r e d o sen! em bargo de nao !‫ ר‬a v e r tom ado posse d e lla p e la s

B o i:) I‫■׳‬e el i t a 1:> c a 1‫י‬.‫ג‬:>a s .. P e 1o ma n el a a o 1ü O f •í1'‫'־‬ ia is de >


J u !:>t i ç:a a ■-1u e

toca Ih e deu a posse Real e ffe c t iva, e a c tu a l, e aos M in istro s e

Ju s tiç a s a que o co n h ecim en to desta com d ir e it o p erten cer, a

cumpram e fag:am cu m p rir e guardar tao pontual in te ira m e n te como

n e la se contém , sem d u vid a em bargo, nem c o n tra d ig a o algum a.. Para

firm e z a do que lh e mandei passar a presente sub ‫ח‬eu s ig n a l e

Í58
sello de minhas Armas¡, a qual se regist;rará nos Livros a que

tocar Manoel Velho Seixas a fez nesta Cidade do Salvador Bahia

de todos os Santos em dez dias do mes de Abril Anno de mil

s e is c e n t o s c i‫ ח‬c:0 e ‫ויו‬ta e c in c:o i;le r n a r do M ie ir a I’e v a s c o 1 ‫^•״‬o ‫•ץ‬

despacho de 5 de abril de 1655 ‫״‬ r e g !stre--se nos Livros da

I‫״‬a z e n d a 1, Bahiav i8 de abril de íó55 anos i"'erre ir a ‫ ״‬E em 19 do

dito mes e anno se registrou.. G..P.. de Freitas‫״‬

Í59
ANEXO N3 ‫״‬

C 01)1 10 d0 ii> 0 5 pr 0 1dí::□1os 0 ¡;:a i‫״‬t a s de I ‫ וו‬qu i !'•i ç: a o pa r‫ ׳‬a f0 a

da t e r r a

Porque• OB a n í: e p o s s a i d o r e s do R nunca p e 1‫ ״‬t u b a r a o aos AA nem

s e u í;> a ‫ רו‬í: 0 p o íií s u i ci o 1‫•׳‬e s ma ‫וו‬ t e n d o ■■



■íií e a 1'• o ç: a r b í:í e r r u I:) a 1'• ma to s

V i I'• g e rí <
1; mu i í ; (‫ כ‬a !1é m d o s seus p o s íí; u i d o ‫■ץ‬e s e p o r‫׳‬ i<
1; s o nunc a e n t !■
‫■׳‬e

e le s h o u v e 1‫•׳‬a m c: o ‫ רו‬t e n d a s , n e !11 J !.‫ ג‬d i c: i a i íií nem e t r a •■■■J u d i c i a i 11; , a R

é qa e i n! e d i a t a me n í: e qu e c; o m p r‫ ׳‬o u a I••'a 2: e ‫ רו‬d a da F* a d 1‫ ׳׳‬e de (íí g u a e D»

Jo an a de A lm eid a e S ilv a , se m eteu de au to rid a d e própria^

d e í;>!:) o t: i c: e s‫׳‬ e abs o 1u t a a !'•o c: a 1‫ ׳ ׳‬, d e 1'■r ‫י ׳‬.‫ ג‬b a r ma tos v I r‫ ׳‬g e n íií e p i a ‫ וו‬t a r

111 u i t o a l é m do 11; e u !:>í:j s s e 11; 1:; o r i o d o 1:; s e !.i s a n t e p o 1!; s u i d o r e i: ; ‫־‬, e onde

este s n u ‫ רו‬c: a r a ç.a r‫ ׳‬a m n e ni p 1 a n t a 1‫•׳‬a m

P o I'• q u e o R ‫ ווו‬u i t o de pr o p (5s it o caso p e n 11; a d o , e c: e 1'•t a c: i e nc i a

•Foi fazer a q u e le s roçados novos nas te rra s dos AA? fiado em que

como as te rra s dos AA^ sao sob ras¡, nao a p odiam m e d ir, e mal

a c o n s e ll‫ר‬ado de que os AA o nao Po d e riam obr i gar a m ed ir as d e le ,

que tem q u a n tia certa de braços para todos os la d o s, e para essa

causa nao q u is d e s is t ir d a q u e le ro ç:ado novo, apesar do primeiro

A, < ileg ., ) o co n vid a r e a fazerem a m ediç:ao e dem arcacao

am i g a v e l e m e n t e , o b r i gando--se o primeiro A a fa z e - lo a sua c u s ta ‫״‬

Porque por is s o mesmo que as te rra s do R tem q u a n tia c e rta ,

e a 11; d o 11; AA sao as s o b r a 1!; qu e f i c; a r‫ ׳‬a !‫וו‬ d e p o i 1:; d e i ‫ רו‬t: e i ra d o o R ,

nao há d ú v id a s que o R deve ser o b rig a d o ju d ic ia lm e n te a m e d ir e

í6e
demarcar as suas te r ras y v i s t a nao o querer fazer a»! i gavel mentes

COI!) a intenção de se u t i l i z a r das t e r r a s a lh e ia s iQQUEletaOílQzSE

c: o‫ ויו‬gr a V ! s s i !11o J a c t ui‫ ׳׳‬a dos AA, e c: o‫ח‬t r a 10 da s a s d i s pos i g:íí e s de

[) i er i t: □ D i V i n(:‫ נ‬e hunían o

F D r qu e <iie n d o o R 0brigado a medir e d e 1«a r c a r j u d ic ia 1 nie n e

a s s ua s t e r r a s e i nt e i r á 1‫••׳‬

••s e da íi; que 11
‫ ו‬e !:>e r t e nc:e ni ? de i ;■!a nda as

alheias a seas lesítimos senhores e possuídos, como s e jam os AAy

nao há d ú v i d a que e s s a medí (;:So e d e mar c a ç a o deve ser feií;a na

forrna do a d e n d o 33 pegando do lugar onde o Rio do Peixe

(ileg.. ) barra no Rio J a c ú ípe, por ser o lugar do pea o das

terras, na forma que sempre foram possuídas pelos seus

ant: e p o s s u id o r e s , c o m o comevidencia se raast:re com a cerí;idao em

!:■'I•‫■־‬im e iI•‫•־‬o 1 u g a r j u n t a

F o r q u e s u p o s í:o F'1••a n c is c o de Sá P e i>;o t o , f i 1 h cj de J o a'o

Peixoto Miegas, e de [)‫״‬ Joan a de Sá Peixoto, e os ma is

possuidores Marcos Gil da Rosa, por sua parte, e !‫ נ‬.. L e o n o r Har ia

‫ין‬er e z a d e A !'•ad j o , pela sua , med isíüein as d uaíü íiíort e<1> d e i:e r r a de

maia legua em quadra c ada urnañ as margens esquerdas do Rio do

Peixe e do C a l a n d r o , com tudo dessa medi cao e demarcacao nao

existent m a i s vestígios al g u n s , nem marcas afincadas por eles,

estao há muitos anos, e se acaso aparecerem algumas p e dra

metidas por dentro do s matos, na o podem ser marcos que s i r v a m de

demarcaçao, e sim m e t i d a s de n o v o maliciosamente pelo R, o que

se 1'iá de conceder perfeitamente quando se lan ç a r o rumo do lugar

onde o Rio do P e i x e f a z i!)arra no Rio J a c u í p e , além de que

( i1 e g ..) .. ..

P o r■q u e a o !it r a íüo ‫■ץ‬t e d e t e 1'•1'•a de ‫ ח‬o n¡in a d a P e d i-a de 4 g u a c:o m

outra meia l é g u a em quadra, que t a m b é m é do R, e foi do Coronel

i6 í
os é de S á Be z e r í‫״‬a 1'‫י‬e i ;■!o t o y nunc:a foi me d i da ne 1« cie ‫ווו‬a r‫׳‬c a da

Ju d ic ia l, nem amigavelmente, por i sao é i nt: e i rament e •Falso o que

alega o de <
:!ue t; oda !:> a s i: e r í‫•׳‬a s e t a o nie t;l i da 11> e de ina r c; a da s ‫״‬

Como se mostra pelos docuinenios, pí5 e pí9 que os AA sao

legítimos senhores tanto da Fazenda denominada Santa líita e suas

terrasX (::amo das mais terras compradas a Antonio Ferreira Sá,

!;>e 1 aíií t e 1'■e m c:o m pi'■ a d o a q u em d é la s er a !51 v e r d a d e i i- os s e n h o re s e

P o s s u i d o I'‫־‬e s , c o iíí d s u c e ü>s o r e s e p a 1'•e n t e í:; ma i ü; p i- o i ni o «i dos

f a 1 e c i d o íü,J o a o P e i ;<o t o V i e g a íü s ua ivi 1.i 1 l'i e r D ,..io a n a de Sá

!‫ יי‬e i >;o t ‫ ם‬, q u e •Fo r a m a ni p1‫•׳‬i n! e i 1‫■׳‬o s po v o a d o r e s de, l o d a íií a q u e la s

te rra s y e seas p r im itiv o s !;) o n a t á r io s y e por i sso é • Falsa a

a s s e r c :a o do R de que os a n t e p o s su id o r e s dos AA , nao t in h a m

í:I o m \n i o n a <:!u e 1 a í> t e í'■‫ו‬-a <:í !:>a 1'•a o t !'■a n <;í■Fe r i i'•e nt a o s me íümo 1ü AA , p o í'•

q u a n to (i le g ‫) ״‬

P or• qu e s e mo s 1 1‫•׳‬a p e la C er t i dã o , eni s e gur! d o lu g a ‫•ץ‬ j unt a do

te s ta m e n to com que • F a le ce u i:)‫ ״‬H a r i a ii a d a l e n a de Sá e M e ló ser

1...0urenç;o J u s t i n i a n o e s e u s ir m a o s A n t o n io I••'erre i r a de Sá, e

0 u t: I'•o !;> p a 1‫ ׳׳‬e rt t e s ma i s p r d x i mo 1;;, t a 1; o d o ;ü p i'■i 1»e i i‫■׳‬o íü

1r1s t i 1 1.i i d o I'•e s , c o mo d é l a t: e s t a d o 1'•a , e po r i s íüo os ú tí i c o tü

h e r d e i r o s a i:>s i n t e s t a í;í o d o s i:) e !•‫ו‬íií a 1 o d i a i s d a q u e 1 e c: a íií a 1 , e t: a 1«b é m

o s ú n ic o s a quem pertenciaa Administração do Vínculo e n q u a n to

e le na o •Fo i ti i 1i>s o 1 v i d o ‫״‬

P o r <11.ie t an t o é v e r d ad e de s e !‫•׳‬ensa que 1 e s I...oui‫׳׳‬en ç o

^Ju 1:it i n i a n o , ^Jo 1:;é i"’e l i c i ano , A nt on i o 1■


•'e r r e i !‫•׳‬a de ííj:á , o s pa 1'•e n t e

mais próximos de f ) ‫ ״‬M a r í a H ada l e n a de Sá e Meló, e os seus

dn i c:oüi s u c e !ü s o r e s que pela !‫ ״‬ü;cí'• i t u i‫•׳‬a incerta na t e i ‫׳׳‬c:e i 1-a

C e rt i dã o j unt a , e1a r5o me o u po r s u c e !:i íí o r• d o M \n c; u 1 o e J os é

1... o 1.i‫•'ו‬e r1c o J u s t i n i a n o , o qu a 1t o mo u p o s s e d or e •Fe r i d o M í rt c u l o , e o

162
f i c:Qü acimi n i s 11‫־׳‬a nc!0■,■ e i ssa !:>01‫ ■׳‬501‫ •׳‬j á f a l e c i d0 íiíea t i0 J 01!;é

1

■e 1 i c i a n0 cl e Sá P e i k dí: q , que t i n ha s i d0 n0 n!e a d0 na Adn! i ‫ ויו‬i s 1 1‫ ׳׳‬a ç a 0

do d i t: o y í r1c u 1o c om0 s e m0 s t ¡'‫י‬a da !‫ר‬o!‫וו‬e a ç a o i ‫<רו‬


:>e i'■i: a ( i ‫ ח‬e r ida) ‫ויו‬a

iiifôsma C e r t id ã o ‫״‬

Porque tanto é verdade ser aquela f a mí l i a de Loarengio

■Junt i ‫ ויו‬i a ‫ויו‬o ¡, e se ‫גי‬s I i‫ווו״‬a os e f i 1hos os d‫ ויו‬i í::o s 1


‫וי‬e i‫ ׳׳‬de i i0 •
‫׳‬s e

parentes mais próxim os da d i t a D.. M aria H adalena de Sá e Mejio> e

de Beli P a i e A v (5 que e s t a n d o J o s é I...a u r en ç. a d e S á 1-‫ י‬e i ;<o t: o , f i 1 h a

d o d \t o i‫״‬.o 1.ir e !•1c o J 1..ííií t: i ‫ רו‬i a ‫רו‬o , ci e p o s 1■


;e d a A d rn i ‫ רו‬i íií í: r a ç. ã o d a qu e '1 e

M í n c: u 1 (‫ כ‬, 11‫ ר‬e v e i o d I s !:>u t a r u in •'e 1 i c i a n o


i■ de B a !‫•׳‬r o s e A r a dj o ^

porém este decaiu desse p leito ^ sendo conservado na

A d mi ‫ וו‬i s t; i‫ ״‬a g; a o o d i t a Jos é i...o !í r e n c (:‫ ג‬d e S á 1■


^e i ot o , c o mo !:>a r e n t: e

mais pr<5;■; imo, o que tudo se mostra com a sentença in serta

(in se rid a ) na mesma C e r t i d ã o em t e r c e i r o lugar Junta..

1•^o r q u e s e n d o a q u e l e U f r! c: u 1 o ‫•ץ‬e e d u z i d a a b e n 11; a 1od i a i s p o 1'•

uma í!ie 1‫ ר‬t en c: a !:>1‫ ׳׳‬o f e r i ci a c oüí c on d e c i men t o de causa y e que passou

em J u l g a d o , 11;e iü o p o s i ç; a o a 1 g u ma , 1'' e ‫ן‬:>a r t i r a o os i:) e n s e nt r e s i

a qu e 1 e s ‫ק‬a r e n t e 1;■ ma i s pr á i mo s d o 11; 1 n 11;t i t u i d o r e s , e n e 1!;11;a s

p a r t i 11‫ר‬a s fiXQU a Fazenda Santa i^Mta a ¡...ourenco vJustiniano a

q u e m o s A A a c o ir!!:!r a 1‫■׳‬a n! pe 1 o E: s c 1‫ ׳׳‬i t o p .. í 5 , e a i••'a z e n d a !:>a o

!•"rancisco a A ntonio !• "erre i r a de Sá e sua muli‫ר‬e r S e v e r i na d e Sá,

a <
:¡u e ni o s A A t a 1»!:>é ‫ ווו‬c o mpr a r a in p a 1‫•׳‬fce d é l a p e l o e s c r‫ ׳‬i t o p .. í9 ..

Porque tanto aq uela sentença que r e d u z i u o V ín cu lo a bens

a la c ia is, como as p a r t i 11‫ ר‬a s que daqueles bens fizeram os

1‫ ר‬e I'■d e i 1‫ ׳׳‬o s e n t r e 11; i , •P i c a r a m f i i‫ ״‬me 1:; e v a 1 i o 11;o 11;, q u e d e ‫רו‬u n c i a n d o o

!•‫ י‬a d r e Aní: on i o I■


•’ra n c; i 1;;co y i t or‫ ׳‬i a , daque 1es ben 1:; con!o s¿SsSQS á 1‫•׳‬é a 1

í" o I-o a Por f a lta t! e 1‫ ר‬e 1‫•׳‬d e i i‫■׳‬o s , e d i 11; !:>u t a n d o - s e de pa !'•t e a pa 1‫•׳‬t e

de um v e n c i d o p le ito , teve o d ito Padre R en u n cian te, sentenca

i63
f i n a l co n t:ra s i por èc.Q tdQ cia r e la ç a o in s e r t o ( i n s e r i d o ) tam bém

n a C e i‫ ׳׳‬t o d a o e n! t e ‫•ץ‬c e i r ‫ ׳‬o luga!'■ j un ta ? e po r t o ci a í;í e s s a s !‫ ״‬a z o e í:>

a <:! u e 1 e í:í i... o u r e ‫ רו‬ç o J 1.i s t i !■‫ ו‬i a n o r e A n t o ‫ רו‬i o I•■'e !'■ r e i 1‫•׳‬a c:i e Sá¡, e 1'■a n1

1 e g !‫ ׳‬t i 15i o s <i>e n h o r e üí e po s s u i d o r e s da ' a 2; e n d a s


‫■•ו‬ S a n ta R i t a e S ã o

!■•'r a n c i S C O y com c e r t o e v e r d a d e ir o d o m i'n io y o q u al ^ a s s im como a

su a p o sse p o d iam t r a n s f e r i r a quem m u ito i:>em q u is e s s e m ‫״‬

i■* o r q u e ven d o os AA a q u e le s Lo u ren {;;o e Ju s t in 'i a n o e A n to n io

I••'e !■
•■I- e i I'• a de Sá ‫״‬ sen ho r e s e p o s ! : í u i d o 1‫■׳‬e d a q u e 1 a í s du as f a z e n d a 1:;

Po r t í t u 1o s t a o 1 e g í t t!í o s r c: o n f i r in a d o s po r ta n t a s s e n t e n ç. a s ^

to d a s p a s s a d a s em Ju lg a d o , Por is s o de m u ito l:)0 a fé as

c: o m j:>a r a 1'■a m , e d e i:) a i k o d e iii í:; a !n e s 151a bo a fé as t e m p o 1s s u í d o e

P o s s u e ivi 11; e n! o p o í;í ç a o de p e s íü o a a 1 g u ns a , !:! u e p !í d e s 1;; e t e r [ ) ¡ ! ‫ ״‬e i t; o

a o s be n s d a q ‫י‬.‫ ג‬e 1 e e í•; t i n t o V ( n c: u 1 o y n e ns de o !j t r a q u a 1 q u e i- e p o ¡'‫י‬

e s s a ra z a o nao !■!á d ú v id a que ao s AA co m p ete a p re s e n te ac;ao

c o n tr a o Ry a fim de que e s t e meg:a e dem arque as s u a s t e r r a s y e

p 1‘- e e n c l i i d o d as que Ju s ta m e n te l l ’i e p e r‫׳‬t e n c e m , seg u n d o os s e u s

m esm os t í t u l o s y se c o n te n h a d e n tr o dos s e u s 'lim it e s y e nao

in v a d a s a s t e r r a s dos AA, como in ju s ta m e n te e s t á p ra tic a n d o ,.

P o i- q u e ai n da n o {:: a s o n e g a ‫ רו‬d o que o 1:; v e !‫ ר‬d e d o r e da I••'a z e n d a

S a n ta R it a e de p a r te da de Sao F r a n c is c o ao s AAy nao tiv e s s e m o

1;; e u !:i o m \ ‫ רו‬i o qu e 1 1'• a n s m i t i !'• a o a os m e <1; m o s AAy c o 1‫■׳! ־׳‬o l:j o r a n d o c o m

t a n t o s d o cu m en tosy e s e n te n ç a s p a s s a d a s em Ju lg a d o , a s sim m esm o

nao c o m p e tia ao R c o n t e s t a r e s s e d o m ín io y p o is que o R nao tem

P a !'■e n t e s c o a 1gu m c o n! I n s t i t u i d o 1'•e s í:i a Ca a de S a o J o é ne m po de

por t í t u l o alg u m p re te n d e r a su a l‫ ר‬e r a ^ i ; ; a . .

1•* o r q u e os AA não tem n e c e s s id a d e alg u m a de c it a r e m p a ra a

Pr e s e n t e c a u 11; a o 11; 1 e m i:j 1'■a d o 11; pe 1o R ‫ רו‬o f i m da 11; u a t:: o n t r a !'■ i e í:i a f:l e ,

p o is com e le s não tem d ú v id a s y em ra z ã o de se c o n te n ta re m com o

164
que é s e u y enao ofenderem aos AAr como p ra tica o Ry que

nía 1 i c i os ame n t e n e g a a co n tin u arao com o s niesmos AA, quando p elo s

t í t u1o í:1e í:í í: e s s e mo s t r a <


:!u. e a s t e r i'■a s <
;! e íüt e í:1 as o b r a íü qu e

fica re m , dep ois de m e d i d a s e in te ira d a s as do Fí

Porque o A nao ataca de r i c o e poderoso, (i le g ‫) ״‬

trata do A com d e s p r e z a , como e s t e falsam en te aleg a, antes o A é

homem de t o d a honra e prob idad e, manso e f á v e l para cam todos,

boa e sa co n scie n cia , nao am biciona os bens a lh e io s, p ois se

contenta com o s que possu i, n ao é capaz de aleg ar fa lsid a d e s em

J u izo , 1‫ ר‬e n¡ d e p 1
■‫ ׳‬o p o i•‫ ׳־‬p 1 e i í: o •11; i n j u s t o s ‫״‬

R e p 1 ic a ■■■■1:ie p o 1- n e g a c a ci t a d o c:) m a is <:!u e•o f e n d e 1‫ •׳‬p o ü>íi;a c a m o

P j-í:)t e íiit o de c o i'iv e n c e 1'• a f i n a l ‫״‬

P o I■q u e 11‫״‬o 1:; r e f e r‫ ׳‬i d o s t e 1'■m o de E> i e ¡•‫ ■י‬i t o í:Ie v e 1^ 1:1 e condenado

na f o i'•m a p e ci i d a e !‫ מ‬c o n c 1 u. s a o do I... i¡:5 e 1 o e Custas em tr ê s do <:¡!.ie

pela injusta defesa e p e r t i n a c i a ‫"״‬

Í05

Você também pode gostar