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BOLETIM - 09/2015
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BOLETIM - 07/2015
BOLETIM - 02/2015
Ademais disso, verifica-se que, antes da decisão que determinou a reversão do autor
ao cargo de delegado, foram efetuadas duas perícias pelo setor responsável do
Departamento da Polícia Federal (fls. 325 e 339), nas quais os peritos concluíram que
o autor apresentava mais de 70% da capacidade física e mental para exercer as
atividades de Delegado da Polícia Federal. Por conseguinte, o fato do autor não ter
apresentado documentos antes de ser proferida a decisão que determinou a sua
reversão, não demonstrou efetivamente prejuízo ao seu pedido administrativo, eis
que, além de oportunizado o direito à ampla defesa e ao contraditório pelo meio
recursal, observou-se a produção de prova pericial que apontou de forma inconteste
a capacidade do autor para retornar às funções de Delegado da Polícia Federal”.
Não é razoável que a União objetive a incorporação deste imóvel ao seu patrimônio,
sob o pálio de expropriação, quando o objetivo desta medida, qual seja o alcance da
finalidade social do imóvel, já foi atendido, ainda que por via transversa, por terceiro
adquirente de boa-fé, pessoa necessitada, que pode perfeitamente ser assemelhada
a um colono assentado.
- As provas dos autos demonstram que as rés pessoas físicas, juntamente com a
empresa demandada, agiram dolosamente na prática das condutas que causaram
lesão ao Erário. Apesar de a Caixa ter atestado a conclusão e funcionamento da obra
objeto dos autos, constatou-se a existência de superfaturamento, ante o pagamento
por serviços medidos e pagos, porém não executados. O mesmo não se verifica em
relação aos demandados que, na qualidade de engenheiros contratados pela Caixa,
tinham a função, apenas, de atestar visualmente o implemento das metas para a
liberação e repasse a verba, não lhes incumbindo a análise quantitativa e qualitativa
dos materiais empregados, circunstância que gerou o superfaturamento apontado
pela CGU.
Apelações improvidas.
(Processo nº 2009.84.00.008390-7)
- Apelação improvida.
Apelação Cível nº 0803074-21.2014.4.05.8000-AL (PJe)
Relator: Desembargador Federal Élio Siqueira
(Julgado em 9 de abril de 2015, por unanimidade)
- Análise de natureza poli ́tica que afasta a existência de lesão à ordem pública na
nova sistemática implementada pela União em relação ao programa de
financiamento estudantil denominado FIES e lesão à ordem econô mica quanto aos
contratos vigentes, com previsão orçamentária.
- Entendimento não contrariado pelo Plenário do Tribunal, que assentiu em restringir
o alcance da medida antecipatória deferida no primeiro grau aos contratos vigentes
em respeito ao princi ́pio da segurança juri ́dica.
- O Plenário limitou a aplicação das novas portarias aos contratos futuros: aqueles
ainda não firmados com a Administração. Evidente, em consequência, que essas
normas novas não podem se aplicar a meros aditamentos de contratos preexistentes.
- Outrossim, conforme o art. 20, § 5o, da Lei no 8.112/90, o curso do prazo do estágio
probatório ficará suspenso durante as licenças e os afastamentos previstos nos arts.
83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim na hipótese de participação em curso de formação, e
será retomado a partir do término do impedimento.
- No caso dos autos: a) O autor tomou posse e entrou em exerci ́cio no dia
25/08/2010; b) no peri ́odo de 13/05/2013 a 21/09/2013, o de- mandante, obteve o
afastamento para conclusão de doutorado junto à Universidade Federal da Bahia; c) “
[...] o procedimento de avaliação de desempenho foi instaurado em 2 de maio de
2013, por meio do Procedimento no 23076.027468/2013-96. Por sua vez, a avaliação
de desempenho deu-se por conclui ́da pela Comissão Setorial em 23/08/2013,
̃ no
havendo o demandante protocolado, em 30/08/2013, Pedido de Reconsideraçao
23076.042680/2013-83 (Identifica- dor no 4058300.355905), o qual foi analisado em
̃ que revisou a pontuação concedida
18/10/2013 pela Comissão Setorial de Avaliaçao
em alguns itens do Formulário de Avaliação de Servidor Docente em Estágio
Probatório, entretanto, decidiu não alterar o resultado essencial da avaliação
̃ de Desempenho de
(inabilitado). Em 04/11/2013, a Comissão Superior de Avaliaçao
Estágio Probatório Docente, após a análise do processo de avaliação e do recurso
̃ (Identificador no
interposto pelo autor, decidiu por homologar a sua avaliaçao
4058300.355938). Por fim, deu-se a exoneração do autor, por meio da Portaria no
̃ do docente
5.579, de 27/11/2013, do Reitor da UFPE, que deter- minou a exoneraçao
(Identificador no 4058300.355959)”.
- Logo, a análise das notas atribui ́das aos fatores assiduidade, disciplina, capacidade
de iniciativa, responsabilidade e produtividade não se trata de controle de mérito de
ato administrativo, pois não analisada a conveniência e a oportunidade do mesmo.
- É de curial sabença que na vida castrense e nas relações de trabalho na vida civil
podem ocorrer situações em que uma pessoa ou um grupo exerça violência
psicológica sobre outra pessoa, acarretando, muitas vezes, danos à sua saúde, além
de lesõ es à sua dignidade. É o denominado assédio moral, expressão atualmente
utilizada para caracterizar perseguições e humilhações no meio profissional ou social.
Apelação ́
Civel no 577.795-CE
(Processo no 0000320-55.2013.4.05.8104)
Relator: Desembargador Federal Francisco Wildo (Julgado em 7 de maio de 2015,
por unanimidade)
- O valor de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) fixado a ti ́tulo de multa diária
pelo descumprimento da tutela de urgência, de igual forma se mostra razoável,
considerando a gravidade da lesão que se manteria no descumprimento do que
restou decidido e a necessidade de se fixar valor suficiente, capaz de incentivar o seu
cumprimento, ou caso contrário, sob pena de tornar-se inócua. Sem qualquer razão a
sua redução.
́
- Manutenção da sentença recorrida. - Apelações improvidas. Apelação Civel no
0800335-42.2014.4.05.8302-PE (PJe) Relator: Desembargador Federal Rogério
Fialho Moreira (Julgado em 14 de abril de 2015, por unanimidade)
- Apelação em ação ajuizada por Belle Bijou Comércio Ltda. contra o Instituto
Nacional de Propriedade Industrial - INPI, objetivando a obtenção de exclusividade na
utilização do nome “Belle Bijou” da marca registrada sob o no 822480140.
- O art. 124, VI, da Lei 9.279/96 estabelece que não são registráveis como marca sinal
de caráter genérico, necessário, comum, vulgar ou simplesmente descritivo, quando
tiver relação com o produto ou serviço a distinguir, ou aquele empregado
comumente para designar uma caracteri ́stica do produto ou serviço, quanto à
natureza, nacionalidade, peso, valor, qualidade e época de produção ou de prestação
do serviço, salvo quando revestidos de suficiente forma distintiva.
- Não merece reforma a sentença recorrida uma vez que a marca cuja exclusividade
de uso a demandante pretende obter é a “Belle Bijou” que, traduzida para a li ́ngua
pátria, significa bela joia, enquadrando-se, portanto, na vedação contida no
dispositivo legal supra.
- Apelação improvida.
Apelação ́
Civel no 506.596-PE (Processo no 2008.83.00.018386-5)
Relator: Desembargador Federal Ivan Lira de Carvalho (Convocado)
(Julgado em 5 de maio de 2015, por unanimidade)
- O postulante alega que tomou ciência de que era portador do vírus da Hepatite C
apenas em 13.06.2013, quando recebeu o resultado do exame de sangue realizado
por laboratório da rede particular localizado nesta cidade. Acontece que os
documentos colacionados aos autos provam que o postulante já tinha conhecimento
do vírus HCV muitos anos antes da data por ele referida. Há informação de novembro
de 2000, no prontuário médico do autor, quanto a ser ele
reagente para o vírus HCV e já ter sido informado deste fato (Id. 4058300.210840).
hemofilia, este e. Tribunal, assim como o c. STJ, tem se posicionado pelo acolhimento
da responsabilidade objetiva do Estado, com base na teoria do risco administrativo.
- Em relação ao ato ilícito perpetrado pela Administração, também não paira dúvida
de que ocorreu na situação em foco. Está mais do que evidente que tanto a União
quanto o HEMOPE falharam nos seus deveres de fiscalização e controle de qualidade
dos produtos utilizados e serviços realizados na atividade de hemoterapia. As
inúmeras ações ajuizadas em território nacional e mesmo nos Estados Unidos da
América visando ao mesmo objetivo, qual seja, indenização das vítimas pela
contaminação pelos vírus HCV e/ou HIV na década de 80, ao se submeterem a
tratamento para hemofilia em instituições de saúde públicas, nas quais, em sua
grande parte, foi reconhecido o direito dos autores, são provas contundentes desse
ato ilícito da Administração. Trata-se de fato público e notório, com repercussão que
extrapolou os limites do território nacional.
- No que tange ao alegado dano material decorrente das despesas com a compra dos
medicamentos e com os tratamentos necessá-rios ao controle da evolução da
doença, entende-se que não restou devidamente provado, já que o autor não trouxe
aos autos qualquer recibo ou nota fiscal dessas despesas e, pelo que dos autos
consta, é ele paciente do Sistema Único de Saúde. O mesmo não se pode dizer da
necessária indenização pelo dano material ocasionado pela redução da capacidade
laboral do autor, tendo em vista se tratar de vírus bastante agressivo e que impõe ao
seu portador uma vida permanentemente limitada, com acompanhamento médico
contínuo.
(Processo nº 0001711-62.2010.4.05.8100)
sação [...]”.
- Todos aqueles que contratam com o Poder Público têm ou devem ter prévia
ciência de que este poderá (deverá) adotar todas as medidas necessárias ao
restabelecimento do equilíbrio financeiro do contrato, sem que isso importe quebra
do que restou pactuado. Nesse sentido, deve-se admitir que as concessionárias de
energia elétrica têm conhecimento das normas e princípios que regulam o
do mercado de energia”.
2003, nada mais razoável que a COELCE, em consonância com a Política Prioritária de
Termelétrica instituída pelo Governo Federal e pela premência em garantir o
abastecimento de energia a seus clientes, procurasse, desde logo, garantir o
suprimento de energia suficiente para distribuição aos seus clientes, mediante a
contratação, de longo prazo, da energia ofertada pela CGTF, que de resto importava
na fonte disponível no mercado àquela época”.
cuja verificação não restou demonstrada nos autos, já que a alegada redução do
preço do MWh, derivada do normal movimento dos mercados de energia, não se
constituiria em evento dessa magnitude. Ou seja, justificada a necessidade da
referida contratação em razão das condições do mercado vigentes à época e da
necessidade de manutenção da higidez da prestação do serviço público, não se pode
pretender a alteração da avença sem a verificação de evento que mitigue a força
obrigatória dos contratos, emprestada pelo sistema jurídico, sob pena de violação ao
princípio insculpido no art. 5º, XXXVI, da Carta Magna”.
- Não bastasse, perícia realizada nos autos de Inquérito Civil Público instaurado pelo
MPE, dotada, portanto, da necessária imparcialidade, concluiu pela regularidade
ambiental do empreendimento, eis que, apesar de se situarem em área preservada,
as elevações existentes têm função ecológica reduzida, pequena influência no
aquífero local e nenhuma função na dinâmica costeira ou controle de processo
erosivo.
- Apelação improvida.
- O prazo de trinta dias fixado pelo art. 9º, § 4º, da Lei nº 11.494/2007 para que os
Estados, o Distrito Federal e os Municípios apresentem recursos para eventual
retificação dos dados publicados no censo escolar tem natureza decadencial, de
modo que transcorrido in albis, decai para os entes públicos o direito de retificar os
dados informados.
(Processo nº 0000182-56.2011.4.05.8202)
Trata-se de Ação Civil Pública para fins de dissolução judicial de cooperativa, bem
como a condenação em danos morais coletivos, em razão da suposta prática de
cartel.
(Processo nº 2008.81.01.000485-9)
Relator: Desembargador Federal Lázaro Guimarães
(Processo nº 0000152-35.2013.4.05.8304)
Relator: Desembargador Federal Carlos Rebêlo Júnior (Convocado)
- Por outro lado, não há fundamento para acolher o pleito da União de incidência de
laudêmio e taxas de foro como requisito à transferência do domínio útil.
- “Portanto, nos termos expressos da lei, o laudêmio é exclusivo das transferências onerosas
de direito real, algo inexistente na usucapião, qualificada como aquisição originária da
propriedade”.
- “Igualmente ocorre com as taxas de foro eventualmente devidas pela Sociedade
Edifícios Irbosa S.A., as quais não podem ser opostas à nova titular do domínio útil”.
(Processo nº 0002437-76.2014.4.05.8300)
Relator: Desembargador Federal Manoel de Oliveira Erhardt
Assim, não sendo constatada a má-fé da candidata em questão, ainda que o ato de
sua nomeação tenha sido ilegal, por erro da própria Administração, há de ser
observado o prazo decadencial de 5 anos, previsto no art. 54, caput, da Lei nº
9.784/99.
O argumento de que o justo valor do imóvel deveria ter por base a data da
expropriação, ou seja, a data do depósito da oferta, e não, o valor fixado no Laudo
Judicial, que considerou a supervalorização posterior do imóvel, após a construção,
pela própria Autarquia, do Açude Público Jenipapeiro II, não merece prosperar, tendo
em vista ter o Perito do Juízo expressamente consignado que, embora as terras
objeto da expropriação e adjacentes tenham sido valorizadas em decorrência da
construção do Açude, o preço da terra nua, considerado no Laudo, não sofreu
influência da implantação do Açude, em virtude das pesquisas terem sido coligidas
nos Municípios pertencentes à microrregião - Acopiara, Mombaça e Senador
Pompeu. (…)
Nada impede que o juiz tome por base, na fixação da justa indenização, o laudo
elaborado pelo Perito Judicial, em detrimento do laudo elaborado pelo Expropriante,
sendo livre para formar o seu convencimento por meio das provas constantes dos
autos, desde que a sua decisão seja fundamentada.
Não seria razoável que se determinasse a realização de uma nova perícia, que levasse
em consideração o preço de mercado praticado ao tempo da desapropriação,
porquanto seria materialmente impossível ao perito apreender uma realidade
passada, sendo correta a perícia que se ocupa em definir o valor do imóvel no
momento de sua realização. (…)