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EDUCAÇÃO NO SÉCULO XXI


QUAL O PAPEL DAS
TECNOLOGIAS DIGITAIS NA
ESCOLA?
Prof. Carlos Alexandre Oliveira
NEPCED / FaE UFMG

Belo Horizonte, 12 de novembro de 2019.


2 O que pretendemos?

• Refletir sobre o uso pedagógico das tecnologias digitais na escola para


aprender e ensinar.

• Discutir sobre a formação, as características e a atuação do professor


na cultura digital.
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ANTES
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Pesquisa Google – em 07/11/2019.


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DEPOIS
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Pesquisa Google – em 07/11/2019.


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O que mudou?
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Professores do Alun@s do século


século XX. XXI.

Escola do século
XIX.
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Imagem ‘Nativos Digitais' - Pesquisa Google – em 07/11/2019.


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Imagem 'Nativos Digitais' - Pesquisa Google – em 07/11/2019.


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Imagens 'Nativos Digitais' - Pesquisa Google – em 07/11/2019.


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Alfabetização Digital
Letramento Digital
- o letramento digital relaciona-se à aquisição de uma tecnologia quanto ao exercício efetivo das práticas de escrita
que circulam no ciberespaço (VELLOSO, 2010).
- “ser letrado digitalmente requer modificações na maneira de ler e escrever na tela, ou seja, uma nova maneira de se
ver e estar no mundo (OLIVEIRA JÚNIOR, 2018, p. 33).
- para um cidadão ser letrado digitalmente ele “precisa ir além de manusear tecnicamente o computador. Necessitaria
desenvolver capacidades que o ajudem a interagir e comunicar-se eficientemente em ambientes digitais”.
- não basta apenas saber ligar/desligar o computador, é importante saber usufruir criticamente dessa tecnologia para
a produção e apropriação de conhecimento (VELLOSO, 2010).

“a aquisição do letramento digital seria uma necessidade educacional e de sobrevivência” (VELLOSO, 2010, p. 35).
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Tecnologia ou Metodologia?
https://www.youtube.com/watch?v=QzwNpyoX1xk
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Escola = Agência de Letramento


Para Kleiman (2004), os espaços que orientam as práticas de indivíduos e comunidades para letramentos diversos são
chamados de “agências de letramentos”, na qual somos obrigados a passar por elas no decorrer de nossa formação
educacional.

Escola Conect@da
“A escola deixa de centrar-se no ensino e passa a centrar-se nas aprendizagens. Essa mudança só é possível se o
professor adotar uma concepção construtivista da aquisição do conhecimento” (OLIVEIRA, 2016, p. 29).
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Multiletramentos na Escola
16 Pedagogia dos Multiletramentos
“A multiplicidade cultural das populações e a multiplicidade semiótica de constituição dos textos por meio dos quais
ela se informa e comunica” (ROJO, 2012, p. 13).

Novas práticas de leitura e escrita de textos, em suas formas variadas (ROJO, 2012).

Multiculturalidade (característica das sociedades globalizadas)

Multimodalidade
(meio dos quais a multiculturalidade se comunica e informa)

Variedade das práticas letradas


17 COSCARELLI, 2016.
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O Professor e As Tecnologias
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Diálogo com Lévy e Soares:

Para Lévy (1999), o professor da era digital...

- um arquiteto cognitivo e engenheiro do conhecimento;


- um profissional que estimule a troca de conhecimentos entre os alunos;
- um profissional que desenvolva estratégias metodológicas e que leve os alunos a construir um
aprendizado contínuo, de forma autônoma e integrada e os habilitem, ainda, para a utilização
crítica das tecnologias.
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Para Soares (2002), o professor tem grande necessidade de desenvolver o letramento digital.

Sendo que, o letramento na era digital conduz a um estado ou condição diferente daquele conduzido pelas práticas
de leitura e de escrita quirográficas e tipográficas, o letramento na cultura do papel.

- auxiliar no desenvolvimento das competências adquiridas por meio dos Ambientes Digitais;
- utilizar as ferramentas apresentadas pelos ambientes;
- estar imerso neste ambiente, pode mostrar alternativas e ensinar condutas que favoreçam
um uso consciente e crítico das tecnologias.
22 Imigrantes Digitais

Imagem 'Imigrantes Digitais' - Pesquisa Google - em 07/11/2019.


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Professor Mediador
24 Desafia seus alunos
a produzirem,
criarem e
pesquisarem.

Escola Professor Tecnologias


Mediador

Incentiva a busca
do aluno pelo seu
potencial e
SELIGAPROF
crescimento.
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Não é preciso ter medo...
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Principais desafios quanto à adoção das
tecnologias em sala de aula

- A capacitação tecnológica dos professores = “o professor precisa entender que a tecnologia lhe
dará vantagens.”

- A descentralização do protagonismo docente = “o educador precisa compartilhar com seus


alunos. Seu papel agora é muito mais de um facilitador de conexões do que um fornecedor de
informações. Ele não pode competir com o Google.”

(XAVIER, 2013)
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Força de
Desejo
Vontade

Interesse

(GOMES, 2018)
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Google imagem - Pesquisa em 07/11/2019.


29 E o que fazer com ele?

Imagem de 'celular em sala de aula‘- Pesquisa Facebook - em 07/11/2019.


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Outras formas:
primeiro frio do ano
fui feliz
se não me engano (LEMINSKI,1995, p. 121)
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Outras formas:

Google imagem - Pesquisa em 12/11/2019.


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Então... pensando em engajar e motivar os alunos da geração digital...

- Ao invés de coibir o uso do celular, as escolas deveriam incorporá-lo como um recurso que já
tem uma forte ligação com a rotina dos estudantes.
- Verificar se a grade curricular que stá sendo trabalhada é relevante e faz sentido para os
alunos.
- Observar se as estratégias de ensino são instigantes e desafiantes, colocando o aluno no centro
da aprendizagem e colaborando no desenvolvimento de suas competências e habilidades
básicas para serem mais participativos na sociedade.
- Rever se os recursos que apoiam estas iniciativas são os mais adequados.

(ALLAN, 2013)
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“Adotar as tecnologias digitais na educação é um caminho sem volta. Mas não é preciso
reinventar a roda. Agregar o celular como ferramenta pedagógica já pode ser um excelente
começo. Proibir seu uso nas escolas faz com que os alunos se sintam em um presídio”
(ALLAN, 2013).
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Desafio 1

Falta de interesse dos alunos pela escola;

O ensino ainda é enciclopedista, reprovador e excludente. Além de ser pouco contemporâneo,


atraente, motivador, engajado, autêntico e autônomo.
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Desafio 2

Aumento crescente da demanda por mais escolaridade;

Necessidade de estruturas e percursos curriculares dotados de flexibilidade;

Chegada de mercado e recursos pedagógicos tecnologicamente avançados;

Evidente limitação das metodologias mais ortodoxas.


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Desafio 3
Exigência do mercado de trabalho (o que esperam de nossos alunos?);

Atendimento das exigências legais (o que os nossos documentos educacionais ressaltam?);

Novos papéis exigidos dos professores;

Uso das tecnologias como reducionismo do trabalho docente;

Formação de professores (inicial e continuada).


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Enfim,

“Vivemos em uma sociedade emergente dita tecnológica e digital.”

(OLIVEIRA JÚNIOR, p. 26, 2018)


40 Obras de referência
ALLAN, Luciana. M. A proibição do celular nas escolas faz sentido? Porvir. 2013. Disponível em:
<http://porvir.org/porpensar/proibicao-celular-nas-escolas-faz-sentido/20130730>. Acesso em: 05 nov. 2018.
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular – BNCC. Brasília, DF, 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Conselho Nacional de Educação, Conselho Pleno. Resolução Nº 2, de 1º de jul. de 2015
CHARTIER, Roger. Língua e leituras no mundo digital. In: ________. Os desafios da escrita. São Paulo: Ed. Unesp, 2002.
COSCARELLI, Carla Viana. & RIBEIRO, Ana Elisa (Orgs.). Letramento digital: aspectos sociais e possibilidades pedagógicas. 2. ed. Belo
Horizonte: Ceale; Autêntica, 2007.
COSCARELLI, Carla Viana. (org.) Novas tecnologias, novos textos, novas formas de pensar. 3. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.
_____. A importância do ato de ler: em três artigos que se completam. 45. ed. São Paulo, Cortez, 2003.
GOMES, Micaelly Rola. Do quadro negro à tela: concepções sobre as práticas de letramento digital de professores do ensino de
química da rede pública federal de Minas Gerais. 2018. 69f. Monografia (Graduação) - Universidade Federal de Ouro Preto, Curso de
Graduação em Química, Ouro Preto-MG, 2018.
KLEIMAN, Angela Bustos. Leitura: ensino e pesquisa. 2. ed. Campinas, SP: Pontes, 2004.
LEMINSKI, Paulo. Distraídos venceremos. 1. ed. São Paulo: Brasiliense, 1995, p. 121.
LÉVY, Pierre. Cibercultura. Trad. Carlos Irineu da Costa. São Paulo: Editora 34, 1999.
MARCUSCHI, Luiz Antônio. O hipertexto como novo espaço de escrita em sala de aula. In: Linguagem e Ensino, vol. 4, nº 1, 2001, p.
79-111.
_________. Gêneros textuais emergentes no contexto da tecnologia digital. In: ___________ ;XAVIER, Antônio Carlos (Orgs.).
Hipertexto e gêneros digitais. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005, p. 13-67.
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OLIVEIRA JÚNIOR, José Geraldo Fernandes. Questões sociocientíficas como práticas de letramento: reflexões acerca do ensino e
aprendizagem de ciências com tecnologias digitais no ensino médio. 2018. 170f. Monografia (Graduação) - Universidade Federal de
Ouro Preto, Curso de Graduação em Química, Ouro Preto-MG, 2018.
OLIVEIRA, Carlos Alexandre Rodrigues de. CelulArte: possibilidade literária em rede. txt: leituras transdisciplinares de telas e textos.
Belo Horizonte, ano 4, n.8, jul./dez. 2008. Disponível em: <http://www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/depoimento_carlos.html>.
Acesso em: 05 nov. 2018.
OLIVEIRA, Carlos Alexandre Rodrigues de. Práticas docentes mediadas pelas tecnologias digitais em aulas de língua portuguesa do
ensino médio na rede pública estadual de Minas Gerais. 2016. 136 f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Educação, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2016.
ROJO, Roxane. Pedagogia dos Multiletramentos. In: ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo (Orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo:
Parábola Editorial, 2012. p. 11-34.
SOARES, Magda. Novas práticas de Leitura e Escrita: letramento digital. In: Educação e Sociedade., Campinas, vol. 23, n. 81, p. 143-
160, dez. 2002. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em: 05 nov. 2018.
VELLOSO, Maria Jacy Maia. Letramento digital na escola: um estudo sobre a apropriação das interfaces da Web 2.0. 2010. 141f.
Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. Programa de Pós-Graduação em Educação, Belo
Horizonte, 2010.
XAVIER, Antônio Carlos. Não podemos ver o celular como inimigo. Porvir. 2013. Disponível em: <http://porvir.org/nao-podemos-ver-
celular-como-inimigo/>. Acesso em: 05 nov. 2018.
42 Sugestões (Formação de professores)

Tecnologias, Formação de
Professores e Sociedade
UFOP UFSCar (SP) UFSCar (SP)
UNIFEI

FALE UFMG FaE UFMG FaE UFMG


43
Lançamento (Formação de professores)
OBRIGADO PELA ATENÇÃO!

calexandre.ro@gmail.com
laboraprendizagem@gmail.com

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