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"Budget" de manutenção
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Gestão de Ativos - Produção Ind… 95 14 3

Quanto devemos gastar com manutenção? Quais são os parâmetros adequados


para os custos de manutenção? Qual é o nível de gastos ideal para o negócio? 
Estas perguntas são fáceis de fazer, difícil de responder, e muito complicado de
entender. Nós todos sabemos que é um mau negócio gastar muito com
manutenção, assim como gastar muito pouco, mas quanto seria o ideal então?
É comum utilizarmos algumas regras convenientes, estimativas, experiências ou
benchmarks. Todos nós podemos usar as informações disponíveis para calcular qual
será a despesa com manutenção para o próximo ano. Porém a questão mais
importante para o planejamento não é o que iremos gastar e sim o que deveríamos
gastar.
Primeiro precisamos entender quais são os fatores que afetam o "custo ideal" para o
negócio. Os três fatores que impulsionam significativamente o custo de manutenção
são:
Custo do ciclo de vida dos ativos
Os ativos estão sendo mantidos em um estado aceitável e sustentável de
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funcionamento, ou está sendo necessário restaurar a maioria dos ativos devido a um
período de negligência com manutenção?
Se os ativos não estiverem em um estado aceitável e sustentável de funcionamento,
os custos de manutenção serão acima do valor calculado por um período de tempo.
É importante haver um planejamento para estas restaurações ou substituições com
um prazo final determinado.
Utilização planejada dos ativos
A forma de utilização dos ativos também tem impacto sobre o custo de manutenção.
Em geral, instalações que operam dentro de um nível de utilização de 75% ou
melhor, o método de cálculo dos custos apresentado a seguir é válido.
Instalações que operam de outras maneiras e com ociosidade sazonal os custos e
resultados são diferentes. É importante ressaltar que os custos de manutenção não
desaparecem somente pelo motivo da ociosidade, os ativos precisam estar
desativados (longo prazo) para que isto aconteça.
Comportamentos da organização
O fator dominante sobre o custo de manutenção são os comportamentos da
organização, ou seja, a organização está adotando as boas práticas para garantir a
excelência operacional com a redução dos custos.
Abaixo temos uma lista de boas práticas utilizadas:
-A presença de uma cultura proativa, que impulsiona uma boa tomada de decisão;
-Utilização de programas de manutenção preventiva e preditiva;
-Utilização de ferramentas adequadas para programação e controle das atividades
de manutenção, assim como um software de apoio;
-A presença de um ambiente de "parceria e colaboração" entre os mantenedores,
operadores, técnicos e outros envolvidos (produção, manutenção, engenharia, etc);
-Boas métricas para conduzir a melhoria continua do processo de gestão de
desempenho, eliminação de falhas e redução de custo;
-Método eficaz para analise e solução dos problemas;
-Custo do ciclo de vida dos ativos baseado na engenharia de manutenção;
-Utilização de bons procedimentos operacionais para evitar danos desnecessários.
Ao olhar para os custos de manutenção, o conceito mais importante que você deve
lembrar é que os comportamentos da organização podem mudar os números
consideravelmente. "Forçar" os números de custo não irão mudar os
comportamentos. E, na verdade, é impossível "forçar" os números de custo sem
mudar os comportamentos. Se você alterar os números, mas não os seus
comportamentos em breve haverá custos excessivos, ativos desperdiçados, ou
consequências inesperadas para níveis de confiabilidade. E, inevitavelmente, o
desequilíbrio irá restabelecer-se.
Em seguida destacamos a idade dos ativos da organização.  A idade não têm
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praticamente nenhum impacto sobre como a forma de calculo. O que? A idade não
importa? Na verdade não. Antigas instalações que foram mantidas de forma
constante, usando "bons" comportamentos, muitas vezes têm menores custos de
manutenção globais do que as instalações mais recentes. 
E o tipo de indústria? Na grande maioria, não também. Faz apenas uma pequena
diferença, cerca de 10% ou menos do que todas as variações introduzidas pelos
comportamentos. O tipo de indústria realmente importa na definição inicial do custo
do equipamento.
E a localização? Mais uma vez é importante somente observar se o ativo entrega
depois de instalado o que foi projetado (incluso meio ambiente). E se ele não foi
adequadamente projetado e instalado? Bem, isso é um comportamento não é? 
Então, podemos considerar que a medida do custo de manutenção é praticamente
imune a idade, tipo de indústria e localização, e até certo ponto na utilização.
Uma vez compartilhado os pontos-chave, iremos abordar o método de calculo e
aplicação, mas antes começando pela definição de alguns termos.
O primeiro elemento da equação é o RAV - Replacement Asset Value. RAV é o custo
atual para substituir os ativos se forem removidos amanhã.
O próximo elemento da equação é o MC - Maintenance Cost.  MC são todas as
despesas de materiais, mão de obra e serviços despendidos para realizar a
manutenção total da organização. Não devem ser inclusos os novos ativos e as
futuras substituições.
MC como uma proporção do RAV?
O custo de manutenção anual para uma instalação ou grupo de ativos expresso
como uma percentagem do RAV (% RAV) é o melhor índice ou métrica para medir os
gastos de manutenção.
O custo de manutenção como uma percentagem do RAV é a medida de referência
universal do sucesso de desempenho de ativos operacional hoje utilizada.
O RAV nos diz o quão bem estamos gastando com manutenção:
20% RAV significa que estamos gastando tanto com manutenção anualmente que
será possível comprar uma nova planta para operação a cada cinco anos.
2% RAV significa que estaremos em operação durante 50 anos antes da aquisição de
uma nova planta.

Um RAV de alto índice mostra que os ativos da empresa possuem um custo muito
alto para manter em condições e reflete: ambiente agressivo, práticas operacionais
pobres, políticas de manutenção inadequadas e alguns anos para poder reverter o
resultado.
-Um RAV de 3% pode ser alcançado com processos corretos, ferramentas,
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conhecimentos, habilidades e uma boa equipe de manutenção. 

-Um RAV de 2% pode ser alcançado quando engenharia, produção e manutenção


trabalham em equipe utilizando as boas práticas de fabricação.

-Um RAV de 1% requer inovação e quebra de paradigmas em todo o negócio sobre


a maneira de projetar, operar e gerir a operação.
%RAV = (Custo Anual de Manutenção X 100) / RAV
*Benchmark: Alcançar um RAV de 2% significa entrar para a lista dos melhores
praticantes de manutenção do mundo, ou seja, Word Class Maintenance!

 
 
 
 
 
 
 
 
 

Ednilson Ulrich
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14 comments

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Valmir Jesus 5m
Valmir Coordenador de Manutenção | Supervisor de Manutenção | Elétrica | Instrumentação |
Jesus Automação | Utilidades e Energia

Seu artigo publicado, ficou claramente explicativo muito bom..


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Rossini Coelho Salomão 10 m


Rossini

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