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CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA

3o ANO

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA

GRUPO II

CICLOCONVERSORES

Autores: Docente:

Aurélio Orlindo dos Santos Eng.o Anacleto Albino

Dércio Alberto Mucale

Jeremias Milagre Simbo

Leo Marcelino Sinete Pangaia

Songo, Maio de 2018


CURSO DE LICENCIATURA EM ENGENHARIA ELÉCTRICA

3o ANO

ELECTRÓNICA DE POTÊNCIA

GRUPO II

CICLOCONVERSORES

Autores: Docente:

Aurélio Orlindo dos Santos Eng.o Anacleto Albino

Dércio Alberto Mucale

Jeremias Milagre Simbo

Leo Marcelino Sinete Pangaia


Trabalho elaborado por estudantes
do 3o Ano, Grupo II, da cadeira de
Electrónica de Potência, curso de
Engenharia Elétrica, do Instituto
Superior Politécnico de Songo para
fins de avaliação.

Songo, Maio de 2018


Índice
1. Introdução ........................................................................................................................... 4
2. Objectivos ........................................................................................................................... 5
2.1. Objectivo Geral ............................................................................................................... 5
2.2. Objectivos Específicos .................................................................................................... 5
3. Metodologia de Investigação .............................................................................................. 5
4. Cicloconversor .................................................................................................................... 6
4.1. Cicloconversor 3Φ – 3Φ a Tirístores com Corrente Circulante ...................................... 6
4.2. Deve se manter constante o ângulo de disparo de cada uma das fases de entrada em
cada meio ciclo de tensão de saída? ........................................................................................... 9
4.3. Tipos de Conversores baseados no nome genérico de Cicloconversores ....................... 9
5. Conclusão ......................................................................................................................... 10
6. Bibliografia .......................................................................................................................... 11

Cicloconversores ISPS Grupo II 2018


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1. Introdução

Grande parte de toda a energia eléctrica gerada é consumida por plantas industriais para
diversos fins incluindo accionamento de motores eléctricos. Entretanto, essa energia eléctrica
é distribuída e entregue aos consumidores em tensões e frequências fixas de 50 ou 60 Hz.
Sendo que a velocidade de máquinas de corrente alternada é função da frequência das tensões
e correntes de entrada, as máquinas operam com velocidades fixas quando alimentadas
directamente pelas redes de distribuição de energia que por sua vez não economizam energia.

Surge, então a necessidade da introdução de accionamentos com velocidades variáveis de


modo aumentar a produtividade, reduzir o consumo de energia e a consequente melhoria no
rendimento, para esse efeito usa-se os cicloconversores.

Nesta ordem de ideias, o presente trabalho aborda sobre cicloconversores, especificamente


cicloconversores ( ) a tirístores com corrente circulante, apresentando o seu desenho
esquemático básico, sua constituição básica, a relação de ângulo de fase e tensão de saída e
seus tipos baseando se no nome geométrico de cicloconversores.

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2. Objectivos
2.1. Objectivo Geral
 Falar cicloconversores trifásicos ( ) a tirístores com corrente circulares.

2.2. Objectivos Específicos


 Apresentar seu esquema básico;
 Mencionar os tipos baseando no nome genérico de cicloconversores; e
 Explicar acerca da relação de ângulo de fase e tensão de saída.

3. Metodologia de Investigação
A elaboração do presente trabalho baseou-se em pesquisas científico-didácticas com base em
artigos electrónicos, livros e materiais digitais.

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4. Cicloconversor
O cicloconversor é um conversor estático CA-CA, que converte uma tensão alternada com
uma dada frequência em outra tensão alternada de valor eficaz distinto e com frequência
inferior, sem um estágio de corrente contínua. A maioria dos cicloconversores de potência
utiliza comutação natural dos tirístores, limitando a frequência de saída a uma fracção da
frequência de entrada.

A circulação destas correntes pelo sistema eléctrico industrial introduz uma distorção de
tensão, causando uma série de problemas relacionados com a qualidade da energia. Outra
característica importante de um cicloconversor é o seu baixo factor de potência.

4.1. Esquema Básico do Cicloconversor 3Φ – 3Φ a Tirístores com Corrente


Circulante

Se as saídas de conversores 3 – 1 do mesmo tipo (mesmas características) forem


conectados em estrela ou triângulo e se as suas tensões de saída estiverem desfasadas ⁄
radianos uma da outra, o cicloconversor resultante e um com entrada e saída trifásica.

Entretanto, se os três conversores conectados forem de meia onda, então o cicloconversor


resultante é chamado cicloconversor 3 – 3 de meia onda e está mostrado na figura 1. Do
mesmo modo, se a conexão dos três conversores, então o cicloconversor resultante é
chamado cicloconversor 3 – 3 em ponte, conforme mostrado na figura 2. Cicloconversore
3 – 3 de meia onda são também chamados cicloconversor de 3 pulsos ou cicloconversor de
18 tirístores. Por outro lado, o cicloconversor em ponte é também chamado cicloconversor de
6 pulsos ou cicloconversor de 36 tirístores.

Figura 1: Cicloconversor 3 – 3 de meia onda.


Fonte: Ozpineci e Tolbert, 2011.

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Figura 2: Cicloconversor 3 – 3 em ponte.
Fonte: Ozpineci e Tolbert, 2011.

i. Modo de Operação Com e Sem Corrente Circulante

A operação dos cicloconversores é aqui abordada em termos ideais. Quando a corrente na


carga for positiva, o conversor positivo fornece a tensão de saída necessária e o conversor
negativo é bloqueado.

Por outro lado, quando a corrente na carga for negativa, o conversor negativo fornece a
tensão de saída necessária e o conversor positivo é bloqueado. Esta operação é chamada
modo de operação sem corrente circulante, e os cicloconversores que assim operam são
chamados cicloconversor sem corrente circulante.

Entretanto, se por alguma razão ambos conversores estiverem activos em simultâneo, então a
fonte é curto-circuitada. Para evitar esta situação um reactor de circulação com terminal
central (Intergroup Reactor – IGR) pode ser conectado entre os conversores conforme pode-
se ver na figura 3.

Ao invés de bloquear os conversores durante a reversão da corrente, se ambos são activados,


então a uma corrente circulante é produzida. Esta corrente é chamada de corrente circulante.
É unidireccional porque os tirístores permitem o fluxo da corrente em um único sentido.
Alguns cicloconversores permitem esta corrente circulante a todo instante. Esses são
chamados cicloconversor com corrente circulante.

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Figura 3: Corrente circulante e IGR.
Fonte: Ozpineci e Tolbert, 2011.

ii. Cicloconversores Com Corrente Circulante

Neste caso, ambos conversores operam em simultâneo produzindo a mesma tensão de saída
fundamental. Os ângulos de disparo dos conversores são tais que quando um dos conversores
está no modo rectificação o outro está no modo inversão e vice-versa.

Se ambos conversores estivessem a produzir ondas sinusoidais puras, então não haveria de
surgir nenhuma corrente circulante porque a diferença de potencial instantânea entre as saídas
dos conversores seria zero. Na realidade, um reactor de circulação com terminal central
(IGR) é conectado entre as saídas dos conversores (tanto no modo rectificação assim como no
modo inversão). A forma de onda da tensão no reactor pode ser vista na figura 4.d).

Figura 4: Formas de onda do modo corrente circulante.


a) Saída positiva do conversor positivo;
b) Saída negativa do conversor negativo;
c) Tensão de saída; e
d) Tensão do reactor de circulação com terminal central (IGR).
Fonte: Ozpineci e Tolbert, 2011.
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O ciclo conversor com corrente circulante aplica uma tensão mais suave na carga com menos
harmónicas do que o cicloconversor sem corrente circulante. Apresenta um controlo simples
porque não tem o problema da inversão da corrente.

4.2. Deve se manter constante o ângulo de disparo de cada uma das fases de
entrada em cada meio ciclo de tensão de saída?

O ângulo de disparo de cada uma das fases de entrada em cada meio ciclo de tensão de
saída não se deve manter constante, porque irá se criar um curto-circuito de fase.

Ao se comandar os dois conversores segundo a relação


, mantém-se as duas tensões iguais em valor médio ( ). É impossível,
porém manter-se a igualdade em valores instantâneos, devidas as harmónicas de tensão
geradas pelos conversores individualmente. As harmónicas de tensão produzem correntes que
se não forem limitadas de algum modo, tornam-se elevadas e destrutivas para os
componentes. A técnica usual para se limitar essa corrente, denominada corrente de
circulação, consiste no emprego de reactores de circulação.

4.3. Tipos de Conversores baseados no nome genérico de Cicloconversores

Conversores baseados no nome genérico de ciclo conversores são:

 Conversor genérico do tipo buck ou abaixador;


 Conversor abaixador para aplicações em quadrantes;
 Conversor genérico do tipo boost ou elevador;
 Conversor para operação em dois quadrantes;
 Conversor de matriz;

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5. Conclusão

Cicloconversor é um conversor estático CA-CA, que converte uma tensão alternada com
uma dada frequência em outra tensão alternada de valor eficaz distinto e com frequência
inferior, sem um estágio de corrente contínua. A maioria dos cicloconversores de potência
utiliza comutação natural dos tirístores, limitando a frequência de saída a uma fracção da
frequência de entrada assim como o funcionamento do cicloconversor trifásico a tirístor
com corrente circulante.

É pelo facto de ambos conversores não produzirem ondas sinusoidais puras que surge uma
corrente circulante, sendo na realidade, conectado um reactor de circulação com terminal
central de forma a evitar o curto-circuito na fonte.

Ao se comandar os dois conversores segundo a relação


, mantém-se as duas tensões iguais em valor médio, evitando desta forma
um curto-circuito na fonte. Conforme descrito, existem vários tipos de conversores baseados
no nome genérico de cicloconversores.

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6. Bibliografia

[1] OZPINECI Burak; TOLBERT Leon M. Cycloconverters. Tennessee: University of


Tennessee-Knoxville, 2011.
[2] BARBI, Barbi, Electrónica de Potência. 6.ed. Florianópolis: Edição do autor, 2006.
[3] PELLY B. R. Thyristor Phase-Controled Converters and Cycloconverters, New york:
John Wiley & Sons, 1971.
[4] J. A. Pomilio. Conversores ca-ca: Variadores de Tensão e Cicloconversores. Disponivel
em www.dsce.fee.unicamp.br/~antenor/pdffiles/.../cap10, Acesso em 04/05/2018, 04h:04min
GMT+2.

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