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O caso que irei relatar é de quadro de agnosia visual recorrente

O caso é real pois o relato é sobre mim, inclusive me emociono ao falar, devido a um angioma
venoso cerebral do hemisfério esquerdo parte frotal, obtive um sangramento subaracnóide
por dias, formando coágulo até a parte occiptal do mesmo hemisfério atravessando pela parte
temporoparietal, devido a isso, ocorreram os mesmo sintomas de um AVC, após essa data da
descoberta e o tratamento devido, passei a ter enxaqueca com aura que me proporciona
agnosia visual seguida de dores, raras vezes afetando outros sentidos. Diante disso, a
dificuldade que enfrento é tamanha, pois quando menos se espera a agnosia visual acontece,
apenas enxergando cores e algumas partes da área periférica, o que desencadeia uma série de
problemas como, depressão, transtorno do pânico, agorafobia, entre outros. A dificuldade em
trabalhar é aina maior pois além da insegurança, as pessoas ao redor não compreendem o que
passamos.

Foram feitos vários exames incluindo Tomografias e ressonâncias para a exclusão de outros
problemas como AVC, entre outros, pelo fato de eu ter trmbofilia e ja ter tido trombose
também.

vai aqui um artigo sobre:

ENXAQUECA COM AURA

PUBLICADO EM 18/10/2017

Paulo Sergio Faro Santos

Médico Neurologista

Coordenador do Setor de Cefaleia e Dor Orofacial do Instituto de Neurologia de Curitiba

Preceptor da Residência Médica de Neurologia do Instituto de Neurologia de Curitiba

Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cefaleia

Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cefaleia

INTRODUÇÃO
Dentre as centenas dores de cabeça conhecidas atualmente a que mais se destaca é a
enxaqueca, tanto pela sua elevada frequência na população quanto pelo grau de incapacidade
que provoca nas pessoas que sofrem desta doença. É importante saber que a enxaqueca não é
apenas dor de cabeça, mas este sintoma, provavelmente o que mais incomoda, é apenas uma
das inúmeras manifestações que fazem parte da grande síndrome.

A enxaqueca é cerca de duas a três vezes mais comum em mulheres que em homens e sua
frequência na população tanto mundial quanto brasileira está em torno dos 12-15%. Dentre
todos os indivíduos que possuem enxaqueca, a grande maioria apresenta (70-80%)
“enxaqueca sem aura” e cerca de 20-30% apresentam enxaqueca com aura. Mas afinal o que é
aura? Você irá compreender o que é aura no próximo tópico, leia abaixo.

FASES DA ENXAQUECA

A enxaqueca é classicamente dividida em 4 fases: 1ª – premonitória (pródromos); 2ª fase –


aura; 3ª fase – dor de cabeça (cefaleia) e 4ª fase – resolução (pósdromo). É importante
salientar que nem todas as pessoas que sofrem com enxaqueca manifestaram todas estas
fases ou, pelo menos, não percebem que as tem.

1ª Fase – Premonitória (Pródromo)

Esta é a fase que geralmente inicia a crise enxaquecosa em aproximadamente 7-88%. É


composta por sinais (aquilo que se percebe) e sintomas (aquilo que se sente) como: fadiga,
bocejo, dificuldade de concentração, irritabilidade, depressão, avidez por doce. Esses sintomas
podem ocorrer até 72 horas (3 dias) antes da dor de cabeça na enxaqueca.

2ª Fase – Aura

A aura é definida como manifestações neurológicas bem localizadas, que surge de maneira
gradual (não súbita!), pelo menos uma aura ocorre em um dos lados do corpo, pode iniciar
antes ou junto com a dor de cabeça e possui duração entre 5 a 60 minutos cada aura.
A aura visual é a mais frequente, ocorrendo em cerca de 90% das pessoas que enxaqueca com
aura. Suas formas de manifestações são: pontos pretos (escotomas), pontos brilhantes
(cintilações) e imagens em ziguezague (espectros de fortificação) que surgem em uma parte do
campo visual e pouco a pouco vão se espelhando e crescendo.

O segundo sintoma mais frequente de aura são as alterações sensitivas, as quais são descritas
como formigamento ou dormência, que geralmente afetam apenas um lado do corpo e que vai
se espalhando progressivamente no decorrer de alguns minutos. É bastante comum as pessoas
com enxaqueca com aura sentirem esses sintomas em um dos braços, na face e, até mesmo,
na língua.

O terceiro tipo de aura mais comum é o de fala e/ou linguagem. Nesses casos, o indivíduo
apresenta dificuldade de pronunciar algumas palavras (disatria) e pode também pensar
normalmente naquilo que pretende falar, porém ao tentar produzir as palavras, os sons saem
incompreensíveis (afasia de expressão).

Normalmente, a evolução da aura ocorre através dos sintomas visuais, seguindo-se pelas
manifestações sensitivas e, por fim, a alteração da fala/linguagem. É comum que logo após o
término da aura surja uma intensa dor de cabeça, podendo ser típica ou não de enxaqueca.

3ª Fase – Dor de Cabeça (Cefaleia)

A fase da dor de cabeça é aquela que mais incomoda e que leva a pessoa à procura do médico
para tratamento. A dor de cabeça geralmente ocorre de apenas um lado, qualidade latejante,
forte intensidade e pode durar de 4 até 72 horas (3 dias). Durante o momento de pico da dor
de cabeça, costuma-se sentir também enjoo e/ou vômitos, incômodo com luz, sons e cheiros.
4ª Fase – Resolução (Pósdromo)

A última fase, conhecida também como fase de “ressaca”, possui manifestações semelhantes
àquelas da fase premonitória (1ª fase da enxaqueca). Normalmente a pessoa se queixa de
sensação intensa de fadiga, sonolência, dificuldade de concentração ou até uma dor em toda a
cabeça leve e residual, podendo durar até 48 horas (2 dias).

TRATAMENTO

É muito importante que a pessoa saiba que a enxaqueca não é apenas dor de cabeça, pois seu
tratamento poderá ser instituído já nas duas fases anteriores (premonitória e aura) à fase da
dor. Portanto, num indivíduo portador de enxaqueca com aura, deve-se entender que o
tratamento da crise enxaquecosa precisar ser realizado na própria fase de aura, sem
necessariamente aguardar surgir a dor de cabeça.

O tratamento apara a enxaqueca com aura, num geral, seguem as mesmas regras para o caso
de enxaqueca sem aura. Porém, sabe-se que há medicações que promovem uma melhora
maior nos casos de enxaqueca com aura, do que naqueles sem aura.

Um cuidado que sempre deve ser lembrado é que pessoas portadoras de enxaqueca com aura
possuem risco de complicações vasculares maior que aqueles sem aura e que a população sem
enxaqueca. Por isso, no planejamento de tratamento dessas pessoas, deve-se orientar a
suspensão dos anticoncepcionais hormonais combinados (que contenham estrógeno e
progestágeno), orientado o uso apenas do anticoncepcional isolado de progestágeno. Além
disso, para outros fatores de risco vasculares, tal como o vício do tabaco, o indivíduo deverá
ser encorajado e, muitas vezes tratado, para a sua interrupção.

https://sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=351

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