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Aula 06/08/18
Ao longo do semestre teremos um seminário obrigatório para todos, que versará sobre
instrumentos/testes de avaliação neuropsicológica que começaremos a fazer. Teremos
também uma prova corresponde ao primeiro bloco e outra correspondente ao segundo, tendo
que ter nas duas ao menos uma média 5,0, com a possibilidade de reavaliação final com todo
conteúdo do semestre.
Nas duas primeiras aulas falaremos sobre aspectos motores. Núcleos da base é o nome
dado ao conjunto de várias estruturas que se localizam na subcorticalidade. Temos o córtex
(substância cinzenta), o núcleo caudado e o putamem – que junto formam o Estriato-, o Globo
Pálido e o Tálamo, sendo que todas elas formam o núcleo da base. As grandes funções
(linguagem, habilidade de raciocínio, abstração) são exercidas pelo córtex, no entanto, essas
estruturas sub- corticais (mais antigas) não estão soltas, tendo uma conexão com o córtex e
vice-versa. Tudo que é feito pelo córtex tem uma interferência, ligação, com essas estruturas –
apesar do córtex ser o centro, a área mais importante para as funções principais, essas
estruturas participam e, portanto, se houver mudanças/lesões/modificações nestas estruturas
subcorticais, todo o córtex será afetado, assim como as funções principais. Temos um circuito
córtico - subcortical, que se realiza assim:
O que ocorre quando há uma lesão nos núcleos da base? Quando ocorrem, vão haver
manifestações conhecidas desde o séc. XVIII que são motoras – mais visíveis- e cognitivas.
Circuito córtico- subcortical
13/08/18
Toda informação sensitiva do corpo inteiro (temperatura, tato, pressão, etc) chega na
área sensitiva- primária – 1ª estação no córtex aonde chegam as informações sensitivas. No
pólo ociptal temos uma relação com a visão, ou seja, é a área visual primária aonde chega
primeiramente no córtex a informação captada pela retina. No 1º giro temporal temos a área
auditiva- primária, aonde todo som chega. Toda informação que chega à estes pólos, ainda não
é “reconhecível”, pois dependem das áreas secundárias. As áreas primárias ou recebem (1º
ponto de chegada no córtex) ou é o primeiro ponto de saída (motor); a área primária
simplesmente “diz”: “estou vendo”, mas ainda não sabe o que; “estou ouvindo”, mas ainda
não sabe o que. As áreas secundárias se localizam no entorno das áreas primárias. Temos a
área secundária sensitiva, a área secundária visual, área secundária auditiva, etc, todas elas
localizadas no entorno. O que elas fazem? Elas vão analisar o estímulo que está chegando,
analisando as características do estímulo que chega, sendo que será a partir daí que
reconheceremos. Só que o reconhecimento não para por aí. Assim que reconheço o objeto,
vêm o significa do estímulo para o sujeito. Isto se dará através do reconhecimento dos
conjuntos das características do objeto, somado ao significado que tenho dele. Aí chegamos
nas áreas terciárias, o local da associação dos sentidos, dos conceitos. É uma área de
integração. Temos duas áreas terciárias importantes: a região entre o temporal, ociptal e
parietal – a encruzilhada – e o pré- frontal (grande área de integração). Por integração
entendemos quando todos os elementos são associados em torno de um conceito, que traz as
memórias, as emoções e a palavra que define aquilo.
1. Agnosia táctil
O indivíduo sente – não tem distúrbio sensitivo-, mas têm dificuldade de analisar que
objeto é este que ele sente. Só chama de agnosia quando o pacinete tinha a função total e
perdeu por alguma lesão. Se não for assim, é um distúrbio do desenvolvimento.
2. Agnosia auditiva
Temos alguns tipos de agnosia auditiva: ruídos (aquela pessoa que está na casa e ouve
um som, não sabendo distinguir de onde ele vêm), sons musicais (aquele que ouve a música,
mas não consegue identifica- la) e surdez verbal (a fala -som- de outras pessoas precisa ser
primeiramente precisa ser analisado do ponto de vista acústico. A pessoa fala, mas não
consegue entender o som que produz. A pessoa consegue ouvir, mas não consegue analisar e
reconhecer).
3. Agnosia visual
Temos alguns tipos de agnosia visual: cores (não consegue- se reconhecer a cor),
fisionomias ou prosopagnosia (o paciente é incapaz de ver uma face e de juntar os diferentes
elementos que constituem o rosto de uma pessoa. Não reconhecem a si próprio no espelho,
numa fotografia), objetos (dificuldade de identificar objetos), símbolos gráficos (dificuldade de
reconhecer letras e números, não conseguindo ler, conseguindo escrever, mas sem saber o
que escreveu
4. Somatoagnosia
A região parietal posterior é importante para a noção de espaço. Isso está relacionado
ao corpo, que é e ocupa espaço. Em lesões no parietal posterior temos distúrbios relacionados
a percepção do próprio corpo, tendo por exemplo típico a Agnosia Digital, que é aquela pessoa
que têm dificuldade no reconhecimento dos seus dedos, que é uma Somatoagnosia.
17/09/18