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Conceitos e Definições
TINTURAS HOMEOPÁTICAS
Conceitos e Definições
(F. Hom. Bras. 2 ed.)

SUCUSSÃO: consiste na agitação vigorosa e ritmada de
fármacos sólidos e líquido, solúveis e dissolvidos em insumo
inerte adequado, contra anteparo semi-rígido

TRITURAÇÃO: consiste na redução de fármaco a partículas
menores por ação mecânica, com lactose como excipiente em
gral de porcelana, visando solubilizar diluir e dinamizar o mesmo

DINAMIZAÇÃO: é o resultante do processo de diluições seguidas
de sucussões e ou trituração sucessivas de fármaco, em insumo
inerte adequado, com a finalidade de desenvolvimento do poder
do medicamento
Conceitos e Definições
(F. Hom. Bras. 2 ed.)

FORMA FARMACÊUTICA: são preparações resultantes da
manipulação de insumos inertes de acordo com as regras da
farmacotécnica homeopática

FORMA FARMACÊUTICA BÁSICA: preparação que constitui o
ponto inicial para as formas farmacêuticas derivadas

FORMA FARMACÊUTICA DERIVADA: são preparações
oriundas da forma farmacêutica básica ou a própria droga,
representando desconcentrações obtidas através de diluições
seguidas de sucussões e/ou triturações sucessivas
(F. Hom. Bras. 2 ed.)

DROGA: matéria-prima de origem vegetal, animal ou biológica
constituídos por um ou mais fármacos

FÀRMACO: produto ou substância que em contato ou introduzida
em um sistema biológico, modifica uma ou mais de suas funções,
com finalidades terapêuticas ou preventivas

MEDICAMENTO HOMEOPÁTICO: preparação farmacêutica
destinada a ser ministrada segundo o princípio da similitude,
obtida pelo método de diluições seguidas de sucussões e/ou
triturações sucessivas, com finalidade preventiva ou terapêutica
Conceitos e Definições
(F. Hom. Bras. 2 ed.)

INSUMO ATIVO: droga ou fármaco que se constitui no ponto de
partida para a preparação do medicamento

INSUMO INERTE: substância complementar, de qualquer natureza,
desprovida de propriedades farmacológicas ou terapêuticas e utilizada
como veículo ou excipiente, bem como material de outra origem
destinado ao acondicionamento de formas farmacêuticas

PONTO DE PARTIDA: tintura-mãe, droga ou fármacos utilizados
como ponto inicial para a obtenção das formas farmacêuticas
derivadas
Conceitos e Definições
(F. Hom. Bras. 2 ed.)

ESCALAS: são as proporções (insumo ativo:insumo
inerte) seguidas nas preparações de diferentes
diluições
As dinamizações são preparadas segundo as escalas
centesimal, decimal ou cinquenta-milesimal

POTÊNCIA: é o poder medicamentoso da droga ou
fármaco, desenvolvido através da dinamização
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TINTURA-MÃE (TM ou ) PREPARAÇÃO DAS TINTURAS-MÃES

“Tintura-mãe é o resultado da ação extrativa e/ou

dissolvente, por contato íntimo e prolongado de um
- Natureza da droga empregada:
insumo inerte hidroalcoólico ou hidroglicerinado
Maceração
sobre determinada droga vegetal ou animal, fresca
Percolação
ou dessecada, por meio dos processos de
maceração ou percolação.”
Expressão

FÓRMULA FARMACÊUTICA BÁSICA – PONTO DE PARTIDA

PARA FORMAS FARMACÊUTICAS DERIVADAS

PREPARAÇÃO DAS TINTURAS-MÃES PREPARAÇÃO DAS TINTURAS-MÃES

EXPRESSÃO MACERAÇÃO

Idealizado por Hahnemann

Redução do vegetal fresco em pequenos pedaços até
formar pasta fina que é envolvida em um pano de linho
novo.

Tecido é prensado para obter o suco

Misturado com álcool e conservado em vidro âmbar
sob condições ambientais adequadas

Filtrado

Este método não considera a quantidade de água que
o vegetal fresco contém – diferentes concentrações

Processo de extração

Droga vegetal ou animal +veículo extrator + agitação +
tempo

Fenômenos envolvidos = osmose e difusão

Insumo inerte – superfície celular – ação dissolvente

Igualdade de concentração entre os líquidos intra e
extracelulares: volume do líquido extrator e agitação

PREPARAÇÃO DAS TINTURAS-MÃES

PERCOLAÇÃO

Passagem do insumo inerte através da droga

umedecida, onde o líquido é continuamente deslocado
de cima para baixo, até que todos os fármacos sejam
esgotados

Forças envolvidas:
- Pressão hidrostática
- Força da capilaridade

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PREPARAÇÃO DA TM PREPARAÇÃO DA TM - Maceração

Farmacopéia Homeopática Brasileira 2 ed. VEGETAL FRESCO

Vegetal fresco
A quantidade de TM deve ser padronizada

- Processo de maceração

Calcular o resíduo seco:

Vegetal dessecado - 100g de vegetal seco
- Processo de maceração - Rasurar
- Processo de percolação - Levar a estufa
- Eliminar a água e atingir peso constante
- Peso final = resíduo seco

Animal vivo, recém-sacrificado ou dessecado
OBS da dessecação: resinas, materiais voláteis e óleo essencial = 50°C
- Processo de maceração outras = 100 °C
- Processo de percolação

PREPARAÇÃO DA TM - Maceração PREPARAÇÃO DA TM - Maceração

VEGETAL FRESCO VEGETAL FRESCO

TM = droga:insumo inerte = 1:10 (p/v) = 10%
Insumo inerte = veículo extrator = solução hidroalcoólica

Teor depende do resíduo sólido

Exemplo:
- Vegetal fresco disponível = 1000g
- Resíduo seco encontrado = 25%
Resíduo Sólido Teor hidroalcoólico
- 25% de 1000g = 250g (resíduo seco) Até 25% Usar álcool 90% (p/p)
750g de água Entre 30 e 35% Usar álcool 80% (p/p)
- Quantidade final de TM – 250g X 10 = 2500g
Entre 40 e 50% Usar álcool 70% (p/p)

Após calcular o resíduo descartar a amostra

PREPARAÇÃO DA TM - Maceração PREPARAÇÃO DA TM - Maceração

VEGETAL FRESCO VEGETAL FRESCO

Resíduo sólido (r.s.)encontrado = 30%

Vegetal fresco disponível = 800g

Resíduo sólido 30% = álcool 80% (p/p)

30% de 800g = 240g de r.s. total do vegetal

800g – 240g = 560g de água do vegetal

240g X 10 = 2400g de TM a ser obtida

2400g TM – 560g de água vegetal = 1840g de álcool 80%
1840g de álcool 80% ~ 20% de água e 80% de álcool absoluto
~ 368g de água e 1742g de álcool absoluto
Título hidroalcoólico necessário:
2400g -------- 100%
1742g --------------- X
X = 61,33%
1° Calcular o resíduo sólido e teor hidroalcoólico e a quantidade a ser utilizada
2° Rasurar o vegetal e misturara 85% do volume final de solução alcoólica
3° Deixar a mistura em recipiente de vidro ao abrigo da luz entre 16 e 22°C
4° Agitar a mistura no mínimo 3X /dia
5° Filtrar o macerado e guardar o filtrado
6° Prensar o resíduo, filtrar o líquido obtido e adicionar ao líquido anteriormente
filtrado
7° Acrescentar ao resíduo de prensagem, quantidade suficiente de insumo
inerte, prensar novamente e filtrar. Repetir 10X
8°Deixar em repouso 48 horas e filtrar

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PREPARAÇÃO DA TM PREPARAÇÃO DA TM
VEGETAL DESSECADO VEGETAL DESSECADO - MACERAÇÃO

1° Consultar a monografia para determinar o teor hidroalcoólico a ser utilizado

Dessecação – calor natural ou artificial 2° Adicionar o insumo inerte ao vegetal dessecado de forma a obter um TM a
10%

Vegetal dessecado – não calcula resíduo seco
3° Deixar a mistura em recipiente de vidro ao abrigo da luz entre 16 e 22°C

Resíduo seco ~ 90 e 95% 4° Agitar a mistura no mínimo 3X/dia

TM = 1:10 5° Decantar, filtrar e medir o volume obtido
6° Se o volume obtido for inferior a 10X a quantidade de droga vegetal,

Insumo inerte = monografia do vegetal adicionar ao resíduo de prensagem quantidade suficiente de insumo inerte

Teor alcoólico 70%, salvo indicação especial na para atingir este valor
monografia 7° Misturar os líquidos obtidos, deixar em repouso por 48 horas
8° Filtrar e armazenar adequadamente

PREPARAÇÃO DA TM PREPARAÇÃO DA TM
VEGETAL DESSECADO - PERCOLAÇÃO ANIMAL

1° Consultar a monografia para determinar o teor hidroalcoólico a ser utilizado
Animal vivo, recém sacrificado ou dessecado
2° Deixar a droga vegetal reduzida a pó moderadamente grosso ou semifino (tamis 40 ou
60) em um recipiente bem vedado com uma quantidade de veículo extrator
correspondente a 20% do peso da droga, por 4 horas, para promover a fragilização
Partes , inteiro ou secreções – dependente da monografia
da membrana celular
3° Colocar sobre a placa base do percolador uma folha de papel filtro para evitar que
Maceração – hidroalcoólico ou hidroglicerinado
o´pó entupa a torneira
4° Transferir o pó umedecido para o percolador, distribuindo homogeneamente e
aplicando pressão igual sobre toda a camada de droga a fim de evitar que uma parte
Farmacopéia Brasileira Homeopática II ed.:
fique mais compactada do que a outra - etanol 65 a 75%
5° Adicionar o volume suficiente de insumo inerte para a obtenção da quantidade - mistura em partes iguais de glicerina e água
previamente calculada de TM. Deixar m repouso por 24 horas
6° Percolar regulando a torneira para 8 gotas/min para cada 100g da droga - etanol, água e glicerina 1:1:1
7° Prensar o resíduo e misturar o líquido obtido com o percolado
8° Cessar o processo quando o percolado atingir 10 partes da droga
TM animais = 1:20 = 5%
9° Deixar em repouso 24 horas e filtrar a seguir

PREPARAÇÃO DA TM
ANIMAL - MACERAÇÃO ACONDICIONAMENTO DA TM

Vidro âmbar, abrigo da luz e calor

Ambiente refrigerado

Hidroalcoólicas : ambiente entre 16 e 22°C

Filtrar sem promover a prensagem ou expressão do
Hidroglicerinadas: ambiente refrigerado, validade máxima 6 meses
resíduo
Na estocagem – podem ocorrer reações de oxidação, precipitação,

Se a quantidade de TM não atingir 20X o peso da droga hidrólise, entre outras
animal, adicionar ao resíduo do macerado quantidade
Prazo de validade ~ 5 anos
suficiente de veículo extrator
Controle de qualidade da TM após 1 ano

Manter o líquido obtido em repouso por 48 horas e filtrar

Observar: turvação, precipitação ou mudanças de caracteres
organolépticas - descarte

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ROTULAGEM DA TM

RDC 67:
- Nome científico da droga
- Data da manipulação
- Prazo de validade
- Conservação
- Grau alcoólico
- Volume
- Classificação toxicológica
- Número do lote

Manual de Normas
Técnicas:
- Nome científico da droga
- Data de fabricação
- Prazo de validade (5 anos)
- Estado da droga (fresca ou seca) e
a parte usada
- Grau alcoólico
- Farmacopéia utilizada ou regra de
preparação
- Classificação toxicológica
- Número do lote
Técnicas de preparação
Manual de Normas Técnicas
1- Métodos de colheita e preparação das plantas:
- Raízes e rizomas: quando à planta chegar ao máximo do seu
desenvolvimento, à entrada de seu período de repouso
- Sumidades floridas e flores: são colhidas quando a planta está em plena
floração
- Folhas: no início da floração
- Frutos e sementes: completa maturação
- Cascas: no outono e primavera
2- Métodos de preparação:
Seguir instruções constantes da Farmacopéia Homeopática Brasileira

Técnicas de preparação
Sindicato de Farmácias e Laboratórios Homeopáticos Técnicas de preparação
(França) Farmacopéia Homeopática Alemã

1- Vegetais frescos e secos 1- Plantas frescas e suas partes

Peso da TM 1/10 Método 1 – plantas que contém mais que 70% de suco espremido e
Método: maceração não contém óleos essenciais, resinas ou mucilagens
Técnica
Método 2 – plantas que contém menos de 70% de suco espremido e
mais que 60% de umidade determinada e não possuem óleos
2- Animais inteiros ou suas partes essenciais ou resinas
Peso da TM 1/20
Método: maceração Método 3- plantas que contém óleos essenciais ou resinas ou menos
Técnica que 60 % de umidade

Técnicas de preparação
Farmacopéia Homeopática Americana (HPUS)

1- Tinturas e drogas vegetais:

Métodos:

Maceração

Percolação

Incubação

Infusão

Decocção

Succus ou soluções não alcoólicas

Fermentação