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Lubango
Dos factos:
1.º
No dia 24 de Março de 2016, o A. mediante um negócio jurídico adquiria a posse de
uma viatura avariada de marca Mitusbish, com matricula KEE 57-81 pelo valor de
2.000.000.00 kz (Dois milhões de kwanzas) que estava na posse da R. devidamente
identificados nos autos.
2.º
Para lhe transmitir a posse da viatura referenciada no articulado anterior ficou acordado
por mútuo consentimento que o A. efectuasse a entrega do valor de 800.000.00 Kz
Centro comercial Millenium Email: mmanuelantyo@gmail.com R/C nº 42-43 – Lubango
cuja parte final do valor de 1.200.000.00 kz fosse liquidado no prazo de um mês. Doc
(1).
3.º
Após receber a viatura que nem sequer andava o A. levou-a numa oficina fazendo
despesas para reparação da mesma no valor de 1.240.000.00 Kz. Doc (2,3).
4.º
O A. reconhece que de facto, o prazo estabelecido no acordo terminou no dia 24 de
Abril; mas dentro da aproximação que lhes une comunicou à R. que iria liquidar no final
do mês seguinte e ela consentiu.
5.º
Supreendentemente no dia 25 de Maio de 2016 recebeu uma comunicação do
proprietário da oficina onde se encontrava a referida viatura dizendo que a polícia da
investigação criminal viera retirar a viatura sem nenhuma justificação.
6.º
Mesmo assim, insistentimente o proprietário da oficina procurou saber a razão da
retirada coerciva da viatura, os agentes da polícia de investigação criminal alegaram
que receberam queixa da R. nos autos dizendo que a viatura havia sido furtada.
7.º
Nesta altura o autor encontrava-se em Luanda, desconformado com a situação
procurou abordar a promitente- vendedora que é R. nos autos não obtendo nenhum
esclarecimento se não ameaças de prendê-lo também.
8.º
9.º
10.º
A R. como detinha a posse dos documentos simulou que a mesma havia sido furtada
apresentando queixa-crime junto da SPIC com fim único de prejudicar o A.
De Direito:
11.º
O A. sempre pautou por uma conduta em obediência ao princípio da boa-fé tal como
dispõe o art. 227.º do Código Civil prestando sempre informações a R.
12.º
Preconiza o art. 406.º nº 1 in fine do Código Civil que “O contrato só pode modificar-se
ou extinguir-se por mútuo acordo dos contraentes.
13.º
Sendo assim, com fulcro no dispositivo legal suscitado, não pode ser imputado ao A.
incumprimento do contrato, uma vez que houve consentimento por parte da R. com o
atraso do pagamento.
14.º
Não pode ser confundido como sendo um contrato-promessa pois que a entrega da
coisa e a antecipação do valor sucedeu mediante convenção das partes artigo 405.º do
C.C dado o estado de avaria que a viatura se encontrava.
15.º
Rol de testemunhas
- ( 3 ) Documentos;
- Duplicados legais.
O ADVOGADO
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Jorge Agostinho
CÉDULA PROFISSIONAL N. 1.628
NIF 2171075120