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Ao

Meritíssimo Juiz de Direito da Sala do Cível e

Administrativo do tribunal Provincial da Huíla

Lubango

_________________, solteiro, portador do Bilhete de Identidade nº 000609913HA034


passado pela Direcção Nacional de identificação Civil em Luanda aos 15 de janeiro de
2014, residente no Lubango, podendo ser contactado pelo tel: 923915089.

Vem mover Contra:


_________________, solteira, portadora do Bilhete de Identidade nº 002731290NE039
passado pela Direcção Nacional de Identificação Civil em Luanda aos 12 de Janeiro de
2012 e residente no Lubango, podendo ser contactado pelo tel: 923778621.
A presente Acção Declarativa de condenação sob a Forma Ordinária ao abrigo do
artigo 462.º do CPC.

Dos factos:
1.º
No dia 24 de Março de 2016, o A. mediante um negócio jurídico adquiria a posse de
uma viatura avariada de marca Mitusbish, com matricula KEE 57-81 pelo valor de
2.000.000.00 kz (Dois milhões de kwanzas) que estava na posse da R. devidamente
identificados nos autos.

2.º
Para lhe transmitir a posse da viatura referenciada no articulado anterior ficou acordado
por mútuo consentimento que o A. efectuasse a entrega do valor de 800.000.00 Kz
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cuja parte final do valor de 1.200.000.00 kz fosse liquidado no prazo de um mês. Doc
(1).
3.º
Após receber a viatura que nem sequer andava o A. levou-a numa oficina fazendo
despesas para reparação da mesma no valor de 1.240.000.00 Kz. Doc (2,3).

4.º
O A. reconhece que de facto, o prazo estabelecido no acordo terminou no dia 24 de
Abril; mas dentro da aproximação que lhes une comunicou à R. que iria liquidar no final
do mês seguinte e ela consentiu.

5.º
Supreendentemente no dia 25 de Maio de 2016 recebeu uma comunicação do
proprietário da oficina onde se encontrava a referida viatura dizendo que a polícia da
investigação criminal viera retirar a viatura sem nenhuma justificação.

6.º
Mesmo assim, insistentimente o proprietário da oficina procurou saber a razão da
retirada coerciva da viatura, os agentes da polícia de investigação criminal alegaram
que receberam queixa da R. nos autos dizendo que a viatura havia sido furtada.

7.º
Nesta altura o autor encontrava-se em Luanda, desconformado com a situação
procurou abordar a promitente- vendedora que é R. nos autos não obtendo nenhum
esclarecimento se não ameaças de prendê-lo também.

8.º

Em momento algum o A. agiu com a intenção propositada de faltar ao cumprimento da


obrigação a que se encontrava adstrito, prova disto é que cumpriu com o dever de
informar a R. dos reais problemas que vivenciava ao ponto de atrasar com o
cumprimento da obrigação.

9.º

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Pois, seria impossível o A. não honrar com o compromisso assumido uma vez que
mesmo havendo a tradição antecipada da coisa a R. detinha em sua posse todos os
documentos da viatura.

10.º

A R. como detinha a posse dos documentos simulou que a mesma havia sido furtada
apresentando queixa-crime junto da SPIC com fim único de prejudicar o A.

De Direito:

11.º

O A. sempre pautou por uma conduta em obediência ao princípio da boa-fé tal como
dispõe o art. 227.º do Código Civil prestando sempre informações a R.

12.º

Preconiza o art. 406.º nº 1 in fine do Código Civil que “O contrato só pode modificar-se
ou extinguir-se por mútuo acordo dos contraentes.

13.º

Sendo assim, com fulcro no dispositivo legal suscitado, não pode ser imputado ao A.
incumprimento do contrato, uma vez que houve consentimento por parte da R. com o
atraso do pagamento.

14.º

Não pode ser confundido como sendo um contrato-promessa pois que a entrega da
coisa e a antecipação do valor sucedeu mediante convenção das partes artigo 405.º do
C.C dado o estado de avaria que a viatura se encontrava.

15.º

A R. ao apreender a viatura de maneira coerciva abusou o exercício de direito tal como


dispõe o artigo 334.º do C.C ``É ilegítimo o exercício de um direito, quando um titular
exceda manifestamente os limites impostos pela boa-fé, pelos bons costumem ou pelo
fim social ou económico desse direito``.

TERMOS EM QUE A PRESENTE ACÇÃO DEVE SER TIDA

E CONSIDERADA PROCEDENTE E EM CONSEQUÊNCIA:


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a) a procedência da acção, com a
condenação da R. ao pagamento de
800.000.00 Kz valor do cumprimento
antecipado, acrescido a quantia de
1.240.000.00 Kz das despesas com a
reparação da viatura.
b) a produção da prova do alegado por todos
os meios probatórios em direito admitidos,
especialmente, pelo depoimento pessoal
da R. , pelas testemunhas, conforme rol
que adiante apresenta.
c) Condenação da R. ao pagamento das

Custas judiciais e honorários do advogado.

Rol de testemunhas

1- ______________; podendo ser contactado pelo A.


2-__________; podendo ser contactado pela R.
3- _____(proprietário da oficina); tel: 923254489.
4- ________; podendo ser contactado pelo A.

Valor da Acção: AKZ 2.040.000.00

Junta: - Procuração Forense;

- ( 3 ) Documentos;

- Duplicados legais.

O ADVOGADO

________________________

Jorge Agostinho
CÉDULA PROFISSIONAL N. 1.628
NIF 2171075120

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