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São Paulo, 9 de Janeiro de 2020

 As Melhores Ações da Bolsa


Lupa Financeira

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Esse documento tem como objetivo consolidar todos os termos financeiros e análises explicados na seção Lupa Financeira,
que disponibilizamos semanalmente ao final de nossas publicações. 
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Índice:
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1. Ebitda
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2. Dívida líquida
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3. Dívida líquida/Ebitda

4. Alavancagem operacional

5. ROE - Return on equity

6. Earnings yield

7. Margem (bruta, Ebitda, líquida)


/
8. Perfil de dívida
9. Preço/Lucro (P/L)

10. EV/Receita

11. Price/Earnings to growth (PEG)

12. Subscrição

13. Ações ordinárias e preferenciais

14. Tag along

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15. Scuttlebutt Analysis

16. Indicadores de liquidez


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17. Debêntures
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18. Ticker

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CP
19. Tipos de acionista

20. Price action

21. Due diligence

22. Eventos recorrentes e não recorrentes

23. Free float

24. Moats

25. Poison pill


/
26. Golden share

27. Hostile takeover

28. Blue chips

29. Desdobramento e grupamento

30. Ciclo financeiro e ciclo operacional

31. Capital de giro

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32. ETFs

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33. Beta

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34. Ramp-up

35. Sazonalidade
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36. Análise de múltiplos

37. Block trade

38. Índice
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39. Bonificação

40. Prospecto preliminar

41. Spin-off

42. Value investing

/
43. Ativo Intangível
44. Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF)

45. Circuit Breaker

46. Cadeia de Valor

47. Restrição de liquidez

48. Isenção de IR sobre ganho de capital

49. Lucro por ação

50. Você já ouviu falar de “gaps”?


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51. Ramp-up, sabe o que é?

52. Sabe o que é uma Ordem Limitada?


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53. Ordem válida até cancelar (VAC)
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CP
54. Ordem Exercuta ou Cancela

55. Ordem Stop

56. Payout

57. Governança Corporatvia e os seguimentos do mercado

58. ROIC (Retorno sobre capital investido)

59. Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro

60. Preço / Valor Patrimonial


/
61. Quem são os sell sides e os buy sides?

62. Nopat (Net Operating Profit after Taxes)

63. Aluguel de ações

64. Capacidade de Produção

65. Roll-out

66. Contra Parte Central (CCP)

67. O que é benchmark?

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68. Comprando ações fracionadas

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69. Laudo independente de avaliação

70. Vendas em mesmas lojas ou Same Store Sales


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71. Custo da Dívida
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CP
72. Sinergia

73. Guidance

74. Small, Mid e Large Caps 

75. Esforços restritos de colocação (IPO)

76. A mordida do leão nas companhias

77. Loan to Value (valor do empréstimo)

78. Valor Geral de Vendas (VGV) /


79. Divulgação dos Resultados Trimestrais

80. Vacância física e financeira

81. Índice de cobertura de juros

82. Índice de Eficiência

83. Risco País (CDS)

84. Como chegar no valor justo?

85. Livro de Ofertas

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86. Tipos de ordens
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87. Rebalanceamento do Índice

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CP

1. Ebitda
Ebitda é a sigla em inglês para earnings before interest, taxes, depreciation and amortization. Traduzindo para o
português significa lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (ou Lajida).

/
O Ebitda de uma empresa é igual ao lucro bruto menos as despesas operacionais, excluindo-se destas a depreciação e
amortização.

Analisamos o Ebitda para verificar como está a situação financeira apenas do negócio da empresa, não considerando
impactos de alavancagem e investimentos. É o que entendemos como a geração de caixa operacional da companhia.

Lembrando que Ebitda é uma medida gerencial. Isto é, não existe a obrigação de estar no balanço das companhias.
Entretanto, muitas delas disponibilizam essa informação em seus resultados trimestrais. 

Ebitda é um termo que está bastante presente em nossos relatórios e é de grande importância na análise de companhias.

Exemplo:

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CP

Ao analisar as companhias que fazem parte da carteira da série As Melhores Ações da Bolsa, trazemos também como
exemplo o cálculo do Ebitda de Braskem (BRKM5).

/
 

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2. Dívida líquida
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A dívida líquida é o somatório de todos os empréstimos da empresa (debêntures e financiamentos de curto ou longo prazo)

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menos o total das disponibilidades (caixa e aplicações financeiras). 

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Uma empresa com dívida líquida possui um volume de empréstimos e financiamentos maior do que em disponibilidades. Em

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contrapartida, uma empresa com caixa líquido possui um maior volume de recursos em disponibilidades do que em
empréstimos e financiamentos.  

Nesse caso, a dívida líquida pode ser representada de forma negativa (caixa líquido), como demonstrado no exemplo abaixo.

/
A dívida líquida é utilizada em diversos indicadores de alavancagem da empresa, como por exemplo dívida líquida/Ebitda.
Mas isso é assunto para os próximos tópicos.

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Abaixo apresentamos dois exemplos com ativos da nossa carteira. 

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Em primeiro lugar, trazemos o cálculo da dívida líquida de Portobello (PTBL3). Em paralelo, Vulcabras apresenta um número

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negativo. Isto é, a companhia possui disponibilidades (caixa e aplicações financeiras) maiores do que sua dívida. Nesse caso,
podemos chamá-la de caixa líquido.
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CP

3. Dívida líquida/Ebitda /
Nas últimas duas semanas, explicamos como chegar aos valores de dívida líquida e Ebitda de uma companhia,
separadamente. Hoje, ensinaremos como utilizá-los em conjunto para fazer uma análise sobre a situação financeira de uma
empresa. 

O indicador dívida líquida/Ebitda mede o grau de alavancagem de uma empresa. Em outras palavras, ele mostra qual é o
tamanho da dívida líquida em relação à geração de caixa operacional.

Por exemplo, dizer que uma companhia tem dívida líquida/Ebitda em 3x significa que sua dívida líquida é três vezes a
geração de caixa operacional (Ebitda).

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Quanto maior for esse número, maior será o grau de alavancagem financeira da empresa – que necessitará de mais geração
de caixa para cobrir sua dívida – e maior é o risco de inadimplência.

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Entretanto, essas companhias são as principais beneficiadas em um cenário de queda na taxa de juros, o que se reflete

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diretamente na cotação dos ativos.

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Nós gostamos de investir em companhias que tenham baixo grau de alavancagem – um número baixo de dívida líquida em
relação ao Ebitda.

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CP
Para calcular o indicador, podemos utilizar o Ebitda acumulado dos últimos 12 meses ou apenas anualizar o último dado
(multiplicar por quatro). Em paralelo, utilizamos o último dado de dívida disponível.

Exemplo teórico

/
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Exemplo prático

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Agora vamos aplicar o que foi ensinado para as empresas da nossa carteira, usando dois exemplos completamente diferentes:

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CP
CVC (CVCB3) e Eztec (EZTC3).

No caso da primeira, o indicador obtido foi de 1x, ou seja, a dívida que a empresa tem em seu balanço poderia ser paga com
os recursos obtidos com um ano de suas operações. Mesmo sendo um valor positivo, o indicador nesse nível demonstra o bom
gerenciamento dos níveis de alavancagem, uma vez que o caixa gerado pela companhia pode ser utilizado de outras maneiras
que não apenas o pagamento de dívidas. 

Em paralelo, o indicador obtido para EZTC3 foi de -1x. Mas você deve estar se perguntando: “como é possível uma empresa ter
alavancagem negativa?” Nesse caso, isso demonstra que a empresa possui “caixa líquido” – ou seja, tem mais caixa do que
dívida.

/
Apesar de demonstrar a preocupação da companhia em relação ao seu endividamento, nem sempre isso pode ser considerado
um ponto positivo, já que pode demonstrar que a companhia não está encontrando projetos para rentabilizar o capital do
acionista. Dessa forma, ela poderia retornar esses recursos para os investidores alocarem em outras oportunidades com
maior potencial.

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CP
4. Alavancagem operacional
Ao voltar os olhos para a estrutura de custos das companhias, podemos observar custos fixos (aluguel, salários etc.) e custos
variáveis (relacionados ao volume de produção).

A alavancagem operacional relaciona uma variação do volume de receita líquida sem grandes alterações no total de custos.
Isso ocorre quando uma companhia possui níveis maiores de custos fixos em relação aos custos variáveis.

Exemplo: uma companhia tem custos fixos de R$ 60 mil e variáveis de R$ 1 mil por produto produzido. Ao mesmo tempo, a
companhia tem um preço de venda de R$ 4 mil por produto. 
/
Ao desenharmos um cenário de aumento na demanda de 30 para 40 produtos vendidos (avanço de 33%), o lucro bruto
apresenta crescimento de 100%.

Um aumento no volume de receitas será acompanhado por um aumento no volume de custos variáveis. Entretanto, os custos
fixos vão se manter inalterados. Por fim, a variação no lucro operacional será mais do que proporcional à variação da receita
líquida. Há uma diluição nos custos fixos da companhia com o aumento das vendas.

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Como exemplo prático, trago hoje o caso da nossa Portobello (PTBL3).

 
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Perceba como a receita nos primeiros de 2017 é apenas 0,7% superior ao valor de 2016.

/
Entretanto, o lucro operacional um forte crescimento 30%. Isso ocorre parte pelo efeito de redução de custos e parte pelo fato
de a companhia ter altos custos fixos o que corrobora uma alavancagem operacional.

5. ROE - Return on equity


O return on equity (em português, retorno sobre patrimônio) é calculado por meio da divisão do lucro líquido pelo
patrimônio líquido. O indicador mede o quanto de retorno os acionistas estão obtendo em relação ao seu capital aplicado na
empresa.

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Esse número indica a vitalidade da empresa e sua capacidade de gerar valor aos acionistas – ou seja, qual a rentabilidade do

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negócio (lucro líquido) em relação ao capital dos acionistas (patrimônio líquido).

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Podemos ter companhias com ROE alto devido a um patrimônio líquido pequeno –necessitam de pouco capital para funcionar

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– ou com lucro líquido grande – indicando a capacidade de arcar com grandes ativos fixos.

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Vamos a um exemplo de algumas empresas que compõe o nosso portfólio. 

CP

/
É importante ter em mente que esse é apenas um dos indicadores que utilizamos para avaliar uma empresa. Dessa forma, a
avaliação somente pelo ROE pode levar a conclusões precipitadas. Por exemplo, o fato do ROE do Banco do Brasil ser o menor
dos três comparados, não significa que é o papel com menor potencial de valorização.

6. Earnings Yield
Dando continuidade à nossa Lupa Financeira, hoje comentaremos sobre o indicador Earnings Yield.

Muito utilizado em nossos ranques trimestrais, o objetivo do indicador é encontrar uma companhia que apresente um

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retorno acima da média, mas que esteja sendo negociada abaixo dela.

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Para calculá-lo dividimos o lucro operacional (Ebit) pelo valor da empresa (enterprise value). Assim, conseguimos observar

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quão barata uma companhia está em relação ao lucro que suas operações estão gerando.

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O indicador foi amplamente difundido por meio da fórmula mágica de Joel Greenblatt. O megagestor apresentou em seu livro

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“The little book that beats the market” os dois principais indicadores para encontrar oportunidades: earnings yield e return

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on capital.

CP
Esse indicador funciona bem quando comparado ao custo do capital – taxa Selic, no nosso caso. Companhias que apresentem
um earnings yield acima desse valor estão gerando bons retornos aos acionistas.

Trago o exemplo da nossa Vulcabras (VULC3):

/
7. Margem (bruta, Ebitda, líquida)

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Os indicadores de margem medem a proporção de cada conta no resultado (lucro bruto, Ebitda e lucro líquido) em relação à
receita líquida.
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CP
Quando dizemos que uma companhia tem margem líquida de 20%, significa que cada R$ 1 de receita líquida se transforma
em R$ 0,20 de lucro líquido – o mesmo raciocínio vale para margem Ebitda e margem bruta.

Quando temos margens crescendo, por exemplo, significa que uma companhia é capaz de controlar custos, ao mesmo tempo
em que enxerga crescimento / estabilidade de receita líquida.

Quanto maior o valor da margem, melhor é para a companhia. 

Ou seja, quando há expansão de margens, uma companhia está gerando uma melhor lucratividade para um mesmo nível de
/
receita.
 

Vamos a um exemplo de nossa carteira.

Nos últimos trimestres, Guararapes implantou diversas melhorias no seus Centros de Distribuição e na indústria, de forma
que tem conseguido atuar de forma mais eficiente, reduzindo os custos. 

Essa dinâmica promoveu a expansão - crescimento - de todos os indicadores de margem (bruta, Ebitda e líquida).

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Fontes: RI da empresa e Empiricus

8. Per l de dívida
Como forma de financiar seus projetos, as companhias podem optar por levantar capital com os acionistas (capital próprio)
ou buscar recursos por meio de empréstimos e financiamento (capital de terceiros).
/
E, como todo financiamento, há um momento em que a companhia deve pagar o principal da dívida. Uma forma de
identificar o quão próximos estão esses vencimentos é analisar o balanço de cada empresa.

Os empréstimos e financiamentos alocados dentro do passivo circulante são aqueles que possuem prazo de vencimento em
até um ano. Já aqueles que estão abaixo da linha de não circulante têm prazo de vencimento acima de 12 meses.

Trazemos como exemplo alguns números de Raia Drogasil (RADL3).

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Olhando para o lado dos passivos no balaço patrimonial de Raia Drogasil, vemos que R$ 186,2 milhões de sua dívida possuem

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vencimento em até um ano. Em paralelo, outros R$ 387,3 milhões têm prazo maior.

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CP
Entretanto, isso não é problema. A companhia pode rolar suas dívidas – contratar um novo empréstimo e quitar o antigo –,
levantar capital com a venda de seus ativos e realizar a amortização ou utilizar o caixa para honrar seus compromissos.

É de suma importância analisar o perfil da dívida com a geração de caixa para garantir que a empresa não incorra em
insolvência.

9. Preço/Lucro (P/L)
A abordagem por múltiplos se baseia no princípio que empresas parecidas deveriam ter preços e múltiplos semelhantes.
/
Um múltiplo é a relação entre dois indicadores onde um deles envolve o preço da companhia.
Caso duas companhias semelhantes (normalmente mesmo segmento ou estruturas) apresentem múltiplos divergentes, há a
necessidade de entender o causador dessa discrepância.

Caso não haja motivos aparentes, aquela com menor múltiplo se mostra mais barata e atraente aos olhos dos investidores.

O P/L é o múltiplo mais utilizado pelo mercado para se avaliar a atratividade do preço de uma ação em relação ao seu lucro.

Indica, também, quantos anos são necessários para que o investimento na ação retorne em forma de lucro, partindo da
premissa que o lucro apurado se repetirá nos próximos anos.

Vamos ao exemplo:

Utilizamos o market cap da companhia no campo preço.


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Hoje trazemos uma comparação entre empresas do mesmo segmento: Vulcabrás (VULC3), Grendene (GRND3) e Arezzo

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(ARZZ3).

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Fonte: Empiricus 

/
Apesar de serem do mesmo setor, VULC3 negocia a 8,5x Preço/Lucro, enquanto as outras negociam acima de 11x - ou seja,
pela ótica desse indicador, Vulcabrás é mais barata que Grendene e Arezzo. 

Passando os olhos pela companhia, enxergamos esse desconto exagerado e, por isso, acreditamos em uma correção.

10. EV/Receita
Dando continuidade à nossa Lupa Financeira – local em que trazemos os principais termos financeiros que utilizamos no dia
a dia –, falaremos hoje sobre o múltiplo EV/Receita.

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Enquanto o EV (Enterprise Value) é o valor da companhia (market cap) somado à sua dívida líquida, o valor de receita são
todas as vendas dessa mesma empresa.
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A utilização do Enterprise Value ajuda a analisar companhias com diferentes graus de alavancagem.

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Já a comparação com o nível de receita (em vez do de lucro) nos dá o benefício de comparar companhias ainda em fase inicial

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(sem resultados positivos) ou aquelas bastante atreladas a vendas (como varejo, por exemplo).

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Esse indicador também é bastante utilizado para analisar companhias de tecnologia. 

Vamos ao nosso exemplo:

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11. Price/Earnings to growth (PEG)
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Na publicação do dia 10/05, falamos sobre o múltiplo preço/lucros (P/L) como forma de comparar duas companhias e

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encontrar a mais barata.

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Entretanto, podemos agregar novos indicadores para incrementar nossa análise. 

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Hoje falaremos sobre o múltiplo PEG – price/earnings to growth (em português, preço/crescimento de lucros).

Há momentos em que encontramos companhias com um valor alto no múltiplo P/L, mas esquecemos de comparar o fator
crescimento de lucros. 

Imagine que, se a empresa cresce lucros em uma proporção de 50% por ano, o seu múltiplo P/L estará 50% mais barato no
próximo período – considerando preços constantes. 

Para calcular o PEG, basta dividir o múltiplo P/L pelo crescimento anual dos lucros. Quanto menor o valor de PEG, mais barata
uma companhia está.

/
Caso tenhamos duas empresas comparáveis, mas com P/L diferentes, podemos utilizar o PEG para identificar a mais barata.
Quanto menor o múltiplo, mais barata é a empresa.

Vamos ao nosso exemplo:


 

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12. Subscrição
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Dando continuidade à nossa Lupa Financeira, hoje abordaremos o tema subscrição.

Há momentos em que as companhias decidem aumentar seu capital social e, para tanto, precisam emitir novas ações.

Os acionistas da companhia têm preferência na compra dessas novas ações, na proporção que lhes couber, pelo preço e prazo
estabelecidos pela empresa.

/
A subscrição representa justamente esse direito de preferência dado aos acionistas por determinado período, não inferior a
30 dias, na aquisição das novas ações, em uma proporção percentual equivalente às suas posições acionárias, a um preço pré-
estabelecido.

O direito de subscrição é um “documento” que dá ao acionista o direito de subscrever novas ações quando houver o
aumento de capital.

Caso o investidor exerça o direito de subscrição, a empresa lhe entregará primeiramente os recibos de subscrição
(documentos que comprovam a compra das ações). Esses recibos são válidos enquanto a empresa não entregar efetivamente
as ações.

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13. Ações ordinárias e preferenciais
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Dando continuidade à nossa seção Lupa Financeira, hoje falaremos sobre os dois tipos de ações: ordinárias e preferenciais.

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As ações ordinárias são aquelas que dão direito a voto nas assembleias dos acionistas das companhias.

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Os acionistas detentores de ações ordinárias, por meio das assembleias, elegem os membros do conselho de administração,
definem o destino dos resultados da empresa e aprovam o balanço patrimonial e a demonstração de resultados.

Além disso, em caso de falência, havendo recursos ou bens, as ações ordinárias são o último débito a ser quitado pela
empresa.

Em contraponto, as ações preferenciais dão preferência na distribuição de dividendos, no reembolso de capital ou no


acúmulo de distribuição de resultados com reembolso de capital.

As ações preferenciais geralmente não dão direito a voto (há exceções). Entretanto, o número de ações preferenciais sem
direito a voto não pode ultrapassar 50% do total de ações emitidas.
/
Caso a companhia não distribua resultados por três exercícios consecutivos, as ações preferenciais podem adquirir direito a
voto, o qual será mantido até que se faça a distribuição de dividendos.

Segue nossa carteira sugerida de acordo com o tipo de ação:

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14. Tag along
CP
Hoje falaremos sobre o mecanismo tag along – uma proteção para os acionistas minoritários.

É muito comum que companhias realizem processos de fusão e aquisição. Para que o acionista minoritário esteja protegido
nesse tipo de operação, a Bolsa implementou o sistema de tag along. 

Em processos que ocorra a mudança do controle acionário de uma companhia, o tag along garante que a oferta feita para os
controladores se estenda para o restante dos que também possuem posição no ativo (minoritários).

 O valor a ser ofertado depende do nível de governança da empresa na B3:


/
 

Para aquelas inseridas no segmento Novo Mercado, o preço da oferta para os minoritários deve ser 100% igual ao ofertado
aos acionistas controladores;

Para as companhias do nível 1 e do nível Tradicional de governança corporativa, o preço da oferta para os minoritários
deve ser de 80% para as ações ordinárias;

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Quanto às companhias inseridas no nível 2 de governança corporativa, a oferta deve respeitar em 100% o preço oferecido

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aos controladores para as ações ordinárias (ON) e 80% para as ações preferenciais (PN).

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Nós, como acionistas minoritários, devemos valorizar mecanismos, como o tag along, que nos ajudam a defender nossa
posição.

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15. Scuttlebutt Analysis
Existem diversas métodos de avaliação e análise de empresas, dentre eles, um que corriqueiramente executamos é a
Scuttlebutt Analysis.

Apresentada por Phillip Fisher – um dos principais gestores do mundo e referência para nomes como Warren Buffett e
Benjamin Graham – em seu livro “Ações Comuns, Lucros Extraordinários”, o método Scuttlebutt Analysis vai além dos
demonstrativos financeiros e as planilhas em Excel.

Não existe uma tradução literal para Scuttlebutt Analysis, mas o termo mais utilizado é o de “conversas” ou “rumores”.

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Na visão de Fisher, o objetivo do método Scuttlebutt é buscar informações para nossa análise por meio de conversas com

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todos aqueles que mantêm algum grau de interesse ou relacionamento com a companhia.

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É importante ter uma visão sobre toda a cadeia de valor em que a empresa está inserida, verificando quais são os produtos

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comercializados, como os consumidores estão reagindo e quais as ações que os competidores estão tomando.

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Trazendo para a prática, devemos nos atentar às experiências pessoais. Cada vez que entramos em uma loja, por exemplo,

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podemos observar como estão as vendas. Essas são informações importantes que ajudam a tomar a decisão final de investir,
ou não, em uma companhia.

Também conversamos com os executivos, visitamos parques fabris e instalações, verificamos a produção e passamos pelo
processo de qualidade. Tudo isso para formar uma visão de 360 graus, contemplando as análises financeiras e os insights
obtidos em visitas.

16. Indicadores de liquidez


Ao realizar investimentos em ações, um dos pontos de maior atenção é a solvência da empresa. Em outras palavras, qual a
capacidade da companhia em honrar suas dívidas e manter o bom nível de crédito. /
Existem diversos indicadores que são capazes de mostrar a alavancagem e quanto uma organização está endividada, mas os
indicadores de liquidez podem nos mostrar qual a capacidade da empresa em horar com as obrigações do seu passivo.

Existem quatro indicadores de liquidez: liquidez corrente; liquidez seca; liquidez imediata; e liquidez geral. Quanto maior o
resultado, melhor.

Lembrando que um resultado acima de 1 (um) significa um bom grau de liquidez e capacidade de pagar as contas.

O indicador de liquidez corrente é obtido ao dividir o ativo circulante pelo passivo circulante. O objetivo aqui é identificar a
capacidade da companhia em honrar seus compromissos de curto prazo.

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Já o indicador de liquidez seca é obtido dividindo o ativo circulante descontado dos estoques pelo passivo circulante. Aqui

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verifica-se a capacidade de pagamento das obrigações de curto prazo ainda que o estoque não seja vendido. 

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O indicador de liquidez imediata é utilizado para verificar a capacidade da empresa em arcar com emergências financeiras.

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Ele é calculado dividindo as disponibilidades (caixa e equivalentes) pelo passivo circulante.

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Por fim, o indicador de liquidez geral está atrelado às capacidades de médio e longo prazos da empresa e é calculado

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dividindo o ativo circulante somado ao realizável a longo prazo pelo passivo circulante somado ao passivo não circulante.

 
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Trazemos um exemplo:

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17. Debêntures
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Há certos momentos em que as companhias precisam de recursos para os mais variados motivos. Enquanto algumas

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precisam de capital para dar continuidade às suas operações, outras necessitam de dinheiro para realizar diversos
investimentos.

Basicamente, há duas formas de levantar capital. A primeira envolve a emissão de novas ações em um processo chamado de
subscrição (sobre o qual comentamos na última publicação). Em segundo lugar, a companhia pode contratar empréstimos e
financiamento. 

Dentro da gama de recursos de terceiros disponíveis, a empresa pode ir ao banco e contratar um empréstimo tradicional ou
levantar capital diretamente no mercado através da emissão de debêntures, que são títulos de dívidas atrelados às
companhias que não são instituições financeiras.

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Ao comprar uma debênture de uma empresa, o investidor empresta dinheiro para ela e torna-se seu credor. Em
contrapartida, a empresa se compromete a realizar pagamentos de juros de acordo com as características previamente
acordadas. 

As debêntures funcionam de forma muito parecida com a dos ativos de renda fixa: possuem taxas (prefixadas, pós-fixadas ou
híbridas), prazos e riscos variados.

Investir em debêntures pode ser uma alternativa aos tradicionais produtos de renda fixa oferecidos em diversos bancos, mas
há sempre de se tomar certos cuidados com empresas duvidosas e de risco elevado aos portadores do título.

18. Ticker
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Para simplificar as operações com ativos na Bolsa de Valores, as ações são negociadas com códigos compostos por quatro

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letras e um número.

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Enquanto as quatro letras, de modo geral, guardam alguma relação com a empresa e são escolhidas pela própria companhia,

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o número segue uma regra estipulada pela Bolsa.

CP
As ações ordinárias, que dão ao acionista direito a voto nas assembleias, são negociadas com o número 3 ao fim – por
exemplo, PTBL3.

Já as ações preferenciais, que não dão direito a voto, mas, sim, preferência na distribuição de dividendos, possuem o número
4 no fim do código de negociação, como: ITSA4. 

Há ainda diferentes classes de ações preferencias – classe A e classe B são as mais comuns. Suas características são estipuladas
no estatuto social da companhia e as negociações ocorrem com o código 5, para as preferenciais classe A, e com o número 6,
para preferenciais classe B.

/
Também existem preferenciais classe C e classe D, mas são muito pouco utilizadas no mercado. Os códigos levam os números
7 e 8 respectivamente.

Não há uma regra para o número 11. São negociadas desde BDRs (ações de companhias estrangeiras negociadas na Bolsa
brasileira), units (ON e PN conjuntas) até ETFs (índices referenciados a um ativo).

Por fim, o número 1 é reservado aos direitos de subscrição de ações ordinárias. Ao exercer o direito, os recibos de subscrição
aparecem com o código de número 9 antes de serem convertidos em ações da companhia.

Para as ações preferenciais, os direitos de subscrição aparecem com o número 2 e os recibos com o final de número 10.

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19. Tipos de acionista


Tão importante quanto analisar os indicadores financeiros e operacionais de uma companhia é saber quem são os acionistas
da empresa em questão.
/
Lembre-se que os donos são os que ditam as regras do jogo, indicando membros do Conselho de Administração que podem
interferir diretamente no dia a dia da empresa. Por isso, é de suma importância saber quem é seu sócio.

Basicamente, podemos dividir os tipos de acionistas entre controlador e minoritário.

Os acionistas controladores são aqueles que detêm a maioria das ações com direito a voto (ações ordinárias). Não
necessariamente são uma única pessoa ou acionista, pode ser também um grupo de pessoas.

Com o poder de voto na mão, os controladores acabam indicando membros do Conselho, mudanças em estatuto e até
pagamento de dividendos. 

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Como forma de proteção, os acionistas controladores também respondem pelos danos causados, caso ocorra abuso de poder

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por parte deles. 

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Ao contrário, os acionistas minoritários são aqueles que não possuem o controle da empresa. Ou seja, apesar de terem ações

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com direito a voto (ordinárias), não conseguem, sozinhos, definir as votações.

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Aqui no MAB, nós prezamos pela governança corporativa e transparência das empresas. Por isso, fazemos, também, um

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estudo sobre os sócios de cada sugestão de investimento.

20. Price action


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Prezamos pela avaliação fundamentalista para tomar a decisão de investimento em um determinado ativo. Nos balizamos
pelas perspectivas de mercado, momento da companhia e projeções futuras para decidir se é ou não um bom investimento.

Entretanto, há momentos que apenas os bons fundamentos não ditam o preço.

O price action está relacionado ao movimento dos preços sem motivo atrelado aos fundamentos da companhia e pode nos
dar a oportunidade de acertar o timming em uma operação.
/
Por exemplo, um fundo de investimento com posição relevante decide encerrar sua posição. Para isso, ele venderá ações no
mercado que pode impactar negativamente na cotação do ativo.

Sem mudanças nos fundamentos, apenas a pressão vendedora fez com que vissemos uma desvalorização. É nessa hora que
devemos atuar e aproveitar a oportunidade.

21. Due diligence


Dando continuidade à seção Lupa Financeira, hoje abordaremos o tema “due diligence”. 

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Quando uma companhia está em processo de fusão ou aquisição, os envolvidos na operação devem ter certeza do que estão

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comprando. Para isso, é conduzido um processo de auditoria conhecido como “due diligence”. 

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A due diligence é uma “investigação” aprofundada sobre todas as informações e documentos de todas as áreas de uma

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empresa. As análises passam por aspectos contábeis, jurídicos, processos internos, chão de fábrica, tecnologia e todos os mais

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diversos pontos envolvidos na operação da companhia adquirida.

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O objetivo é que os envolvidos no negócio (normalmente, os compradores) possam ter uma visão ampla e real da situação da
empresa.

22. Eventos recorrentes e não recorrentes


Dando continuidade à nossa Lupa Financeira, hoje abordaremos os eventos recorrentes e não recorrentes apresentados
nos resultados das empresas.

Um evento não recorrente é aquele que afeta o resultado de uma companhia – de forma positiva ou negativa – apenas em um
momento específico. Ou seja, é um evento extraordinário.
/
Isto é, não há expectativas de que esse evento se repita no futuro. Por exemplo, a venda de um ativo do imobilizado ou o
ajuste no valor justo de outro investimento.

Por outro lado, os eventos recorrentes são aqueles que mantêm uma repetitividade no resultado da companhia. Aqui entram
os resultados com as operações core business.

Ao avaliarmos uma companhia, é sempre importante que foquemos nos eventos recorrentes. 

Como forma de auxiliar a avaliação, as empresas divulgam os números ajustados. Isto é, excluindo os efeitos não recorrentes.
Dessa forma, podemos verificar com maior clareza a real situação da empresa e tomar nossas decisões de investimento.

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23. Free oat
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Um dos assuntos mais comentados quando se aborda negociação de ações e governança corporativa é o free float.

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O free float é a quantidade percentual de ações que estão disponíveis para a negociação do mercado. Aqui, excluem-se as que

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estão na mão de acionistas controladores e outros participantes relevantes na composição acionária.

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Ações com baixo free float – baixa quantidade livre para negociação – costumam ter dificuldades para representar a real
situação da empresa, uma vez que não há muita negociação.

A Bolsa estipula uma regra de valor mínimo para ações em circulação (free float) dependendo do segmento de listagem.

Para aquelas que estão no Nível 1 e Nível 2, a Bolsa exige que no mínimo 25% das ações estejam em circulação.

Para o Novo Mercado, a exigência mínima também é de 25% salvo quando a companhia possuí um volume médio diário
negociado acima dos R$ 25 milhões (aqui o free float exigido é de 15%).

No segmento Bovespa Mais, há exigência de 25% de free float a partir do sétimo ano de listagem.
/
Por fim, não há regras para companhias listadas no Segmento Tradicional.
É de suma importância entender o free float das companhias para conseguir identificar se há espaço para movimentos de
valorização – ou desvalorização.

24. Moats
Você já ouviu falar de “moats”?

Moats são aqueles fossos que ficavam ao redor de castelos medievais e tinham como objetivo impedir ou dificultar a chegada
de possíveis invasores.

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Esse termo, que foi trazido para o mercado financeiro por Warren Buffett, designa um modelo de negócios impenetrável,

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difícil de ser replicado e capaz de gerar fortes lucros para os acionistas.
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Ou seja, algo que os concorrentes não conseguem ultrapassar.

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Segundo o Mago de Omaha: “Um bom negócio é como um forte castelo com um profundo fosso ao redor. E eu ainda quero
tubarões no fosso. Quero o castelo intocável.”

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Nosso objetivo está em sempre encontrar empresas com “moats” para realizar nossos investimentos.

25. Poison pill


Ao avaliar o balanço de companhias, um dos dados que pode chamar a atenção é a presença de um dispositivo chamado
pílula de veneno (poison pill, em inglês).

As poison pills são uma série de mecanismos de defesa que protege os acionistas minoritários que qualquer outro acionista se
torne controlador/majoritário a qualquer momento. 

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O funcionamento ocorre da seguinte forma: caso um determinado acionista atinja um determinado nível de participação no
capital de uma empresa, a pílula de veneno é acionada fazendo com que seja feita uma oferta pelo restante das ações da
companhia. 

As pílulas de veneno podem variar de empresa para empresa e não estão presentes em todas elas. Caso esteja, você pode
encontrar maiores informações no estatuto da companhia. 

Esse é um mecanismo que protege os acionistas minoritários e evita que alguém tome o controle da empresa e imponha
decisões errôneas no dia a dia da companhia.

26. Golden share


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Dando continuidade a nossa seção Lupa Financeira, hoje abordaremos o tema “golden share” (ou “ação de ouro” em

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português). 

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Esse é o termo utilizado no mercado financeiro para se referir à ações de classe especial, que normalmente estão presentes

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em estatais ou companhias de capital misto (participação do governo).

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Normalmente o governo mantém uma golden share em seu poder, que garante direitos especiais de caráter estratégico, como
veto em algumas decisões.

Embraer (EMBR3) e IRB Brasil (IRBR3) são algumas companhias que o governo brasileiro mantém uma golden share.

No IRB Brasil, por exemplo, a golden share do governo faz com que a União possa realizar mudanças como atividade-fim, sede
ou denominação social. 

Há um processo correndo no Tribunal de Contas da União (TCU) com o objetivo de excluir as golden shares, mas ainda não há
decisão sobre o assunto.
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27. Hostile takeover
Em nossas duas últimas publicações, comentamos sobre diferentes eventos societários que podem ocorrer nas companhias. 

Falamos sobre a pílula envenenada –  que obriga um acionista a realizar uma oferta pelas demais ações da empresa – e sobre
golden share – que dá ao governo federal direitos sobre as decisões em algumas companhias.

Hoje, comentaremos sobre uma possível aquisição hostil (hostile takeover).

Operações de aquisição (takeover) são comuns na Bolsa. Um grupo passa a comprar ações de uma determinada companhia
até o patamar que acha aceitável. Pode, até, se tornar acionista controlador da empresa.

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Essas operações são amigáveis. Isto é, ocorrem em um ambiente onde todos os executivos estão de acordo com a operação.

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Por outro lado, a aquisição hostil ocorre quando há a aquisição do controle contra a vontade do Conselho de Administração,
dos diretores ou de outros acionistas da companhia adquirida. 

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Não é comum vermos operações como essa, mas devemos ficar atentos aos movimentos de mercado. Não há com o que se
preocupar.
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28. Blue chips
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Na lupa financeira dessa semana comentaremos sobre o termo blue chips.

As empresas blue chips são aquelas com maior valor de mercado. Normalmente, possuem resultados sólidos e consistentes,
forte geração de caixa e bom time de gestão.

Em resumo, são as grandes empresas e que costumam atrair o capital gringo.

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Não existe uma classificação objetiva para essas ações e a lista pode variar de investidor para investidor, mas alguns nomes
facilmente encontrados são Petrobras (PETR4/PETR3), Vale (VALE3), Ambev (ABEV3), Itaú Unibanco (ITUB4) e Banco do Brasil
(BBAS3).

29. Desdobramento e grupamento


Você já ouviu falar de desdobramento e grupamento de ações (em inglês, split e inplit)?

Esses são movimentos muito comuns no mercado, que têm como objetivo melhorar a liquidez dos ativos. 

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O desdobramento acontece quando as cotações estão em patamares elevados e inviabilizam a entrada de alguns
investidores.
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Imagine que um ativo esteja cotado a R$ 100 e negocia apenas em lotes de cem. Um investidor precisará de R$ 10 mil para

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montar uma posição padrão no papel. Por isso, as companhias decidem realizar um desdobramento e, assim, acessa novos
investidores. 

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No desdobramento, o valor da companhia permanece o mesmo, mas aumenta-se o número de ações em circulação. Dessa
forma, a cotação por ação também é ajustada. 

Se, no mesmo exemplo, a empresa decide realizar um desdobramento de 1 para 10, cada ação passará a custar R$ 10. Os
investidores que tinham posição no ativo notarão que a quantidade se multiplicou por dez vezes, mas mantém o financeiro
inalterado. 

Em movimento análogo, há momentos em que as companhias acreditam que a baixa cotação de suas ações pode afastar os
investidores e, por isso, decidem fazer um grupamento. 

No grupamento de 1 para 10, dez ações que custavam R$ 0,50 cada se transformam em uma ação com valor de R$ 5. A posição
dos investidores também se divide em dez, mantendo o financeiro inalterado.  /
É importante ressaltar que, tanto no desdobramento quanto no grupamento, não há mudanças no valor das companhias, mas
apenas na quantidade de ações negociadas.

30. Ciclo nanceiro e ciclo operacional


O ciclo financeiro e ciclo operacional são indicadores da entrada e saída de recursos da empresa e ajudam a medir a saúde
financeira da companhia.

Além disso, são ótimos para realizar projeções de fluxo de caixa ou necessidade de capital de giro.

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Veja, quando uma companhia compra recursos a prazo, quem financia as operações são os fornecedores – entregam o

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produto e recebem depois. De forma análoga, quando há vendas a prazo, a empresa está financiando seus clientes.

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Em paralelo, um crescimento de estoque pode estar alinhado a uma estratégia de compra de matéria-prima ou a falta de
demanda na ponta compradora.

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O ciclo operacional está atrelado a todos os acontecimentos relacionados à operação da empresa – compra de matéria-prima,

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produção, venda e recebimento. Para isso, soma-se o prazo médio de estoques ao prazo médio de recebimento. 

Já o ciclo financeiro compreende o tempo de pagamento dos fornecedores até o momento de recebimento dos clientes.
Assim, se desconta do ciclo operacional o prazo médio de fornecedores. Quanto menor o ciclo operacional e financeiro,
melhor para a empresa. Isso mostra que ela está: (i) recebendo em menos tempo; e/ou (ii) alongando o prazo de pagamento de
fornecedores.

31. Capital de giro


Uma das formas de verificar a saúde financeira de uma empresa está na análise do seu capital de giro.
/
De forma geral, o capital de giro é o valor que a empresa precisa para operar e cumprir suas obrigações do dia a dia e é
representado pelos itens de consumo rápido da companhia.

Os itens de consumo rápido são encontrados dentro das contas circulantes do balanço patrimonial. Dentro de Ativo Circulante
podemos encontrar linhas como contas a receber e estoques e, em Passivo Circulante, as contas de fornecedores a pagar,
salários e impostos de curto prazo. 

Uma forma rápida de calcular a saúde financeira é realizar deduzir o Passivo Circulante do total do Ativo Circulante.

Caso o AC seja maior, significa que a companhia possui recebíveis para honrar com as dívidas de curto prazo. Caso contrário,

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a empresa demandará um capital para pagar todas as despesas.

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32. ETFs
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Há momentos em nossa vida de investidores em que não sabemos exatamente qual ativo pode valorizar, mas temos uma

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sensação otimista sobre o momento do mercado, acreditamos em uma valorização geral. 

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Podemos aproveitar esses movimentos por meio dos ETFs – Exchange Traded Funds –, fundos de investimento que
representam índices e são negociados diretamente na Bolsa.

Por exemplo, o BOVA11 é o ETF que acompanha o Índice Bovespa. Já o SMAL11 é o ETF referenciado ao Índice Small Caps.

Para negociá-los, é simples: você compra e vende diretamente pelo seu home broker, da mesma forma que negocia ações.

Assim, caso você acredite que a Bolsa vai valorizar, mas não queira apostar em um ativo específico, pode comprar um ETF e
se expor a diversos ativos. Ao comprar SMAL11, por exemplo, você está investindo em BRMalls (BRML3), Azul (AZUL4),
Bradespar (BRAP4), CVC Brasil (CVCB3) e várias outras companhias.

Acreditamos que o investimento em ETFs vale a pena para ajudar na diversificação de portfólio.
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33. Beta
Você já ouviu falar de beta?

Beta é a medida estatística de sensibilidade de um ativo em relação a um determinado índice. Isto é, quanto, em média,
aquele ativo deve variar para cada movimento em percentual do índice referência.

Por exemplo, Ambev (ABEV3) tem um beta de 0,60. Assim, para cada 1% que o Ibovespa variar, ABEV3 deverá caminhar na
mesma direção em 0,6%.

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Já Gerdau (GGBR4), com beta de aproximadamente 1,5, vai caminhar 1,5x o movimento realizado pelo índice.

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Lembrando que o beta é uma medida estatística.

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Podemos usar o beta de um ativo para a tomada de decisão na construção de portfólios.

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Se você decidir por um portfólio mais agressivo, por exemplo, pode optar por ativos com valores de beta maiores. Em

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contraponto, se acreditar que o momento é de defensiva, pode decidir por ações com valores de beta menores.

34. Ramp-up
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Em diversas publicações da Empiricus ou de companhias listadas em Bolsa, um dos termos que mais aparece é o famoso
“ramp-up”. Em português, poderíamos traduzir como “maturação”.

Em diversos momentos, uma companhia pode vislumbrar à frente um crescimento de demanda para seus produtos. Dessa
forma, realiza uma série de investimentos para poder aumentar o seu volume de produção ou prestação de serviço.

Nenhuma nova fábrica ou unidade começa em pleno funcionamento. É necessário que os clientes conheçam o seu produto ou
serviço. Por isso, existe um período de maturação.  /
Cada setor tem períodos diferentes de amadurecimento. Enquanto uma loja pode demorar até três anos para estar
funcionando a pleno vapor, uma universidade pode precisar de até sete anos para entrar em voo de cruzeiro.

35. Sazonalidade
Cada empresa tem sua particularidade. Ao analisar os resultados das companhias, devemos saber quais são os impactos que
cada período do ano pode ter nos números daquela empresa. Chamamos isso de sazonalidade.

Por exemplo, datas festivas são de extrema importância para as varejistas. Dia das Mães, Dia dos Pais e Natal são períodos que

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levam um grande fluxo de pessoas aos centros de compras em busca de – pelo menos – uma lembrancinha para a família. 

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Já aquelas que dependem do frio – vendem cobertores e casacos, por exemplo – apostam em períodos de inverno para

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impulsionar as vendas. Com isso, o segundo e o terceiro trimestre do ano são mais favoráveis. 

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Nas educacionais, os trimestres mais importantes são o primeiro e o terceiro, quando há um grande fluxo de matrículas e
início do ano letivo.

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Há ainda aquelas que não sofrem com a variação em diferentes épocas do ano. Bancos e financeiras, por exemplo, tendem a
manter uma procura estável ao longo dos 12 meses.

36. Análise de múltiplos


Já comentamos neste espaço sobre alguns múltiplos relacionados aos preços da companhia: Preço/Lucro, EV/Ebitda ou
Preço/Valor Patrimonial. 

Esses indicadores são de extrema importância quando desejamos saber se uma companhia está sendo negociada com
desconto em relação a outra. 
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Não basta encontrar uma boa empresa em um bom segmento, é importante saber se ela está negociando com um preço
atrativo.

Para fazer a análise de múltiplos, consideramos outras companhias do mesmo setor. Aquela que tiver múltiplos menores
estará sendo negociada mais barato que as demais.

37. Block trade


Sabemos que a movimentação de preços ocorre por conta da disputa entre compradores e vendedores. Ao longo do tempo, há

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momentos em que investidores desejam montar ou desmontar posições de grande volume, mas não desejam influenciar os
preços.
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Para isso, eles entram em contato com a corretora, que promove um “block trade”, ou seja, o corretor procura um outro

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investidor (que esteja interessado na posição contrária) e realiza a operação.

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Por exemplo, imagine que o investidor A deseja se desfazer de uma posição de um milhão de ações de PTBL3. Como o ativo

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tem menor liquidez, os preços poderiam ser impactados (caso ele faça a venda diretamente no mercado).

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Então, ele entra em contato com a corretora informando que pretende vender sua posição em PTBL3 e verifica se eles sabem
de algum comprador para aquela quantidade.

O corretor então liga para seus clientes oferecendo a compra de um milhão de ações de PTBL3 pelo preço que está sendo
negociado naquele momento. Ao encontrar um interessado, o próprio corretor executa uma ordem trocando as ações de
mãos.

Essa ordem é chamada de block trade.

38. Índice /
Uma das formas de verificar o bom momento do mercado é acompanhar a evolução de um índice específico para aquele
segmento. 

No Brasil, por exemplo, além do Índice Bovespa – o principal do nosso mercado – há ainda outros como o IDIV, atrelado a
companhias pagadoras de dividendos, ou IGC, ligado a empresas com boas práticas de governança corporativa.

Há, ainda, o Índice Small Cap, que representa as companhias de menor valor de mercado negociadas na Bolsa. Entretanto,
não há representação fiel das microcaps. Isso ocorre porque o Índice Small Cap é composto por empresas que possuem valor
de mercado de mais de R$ 10 bilhões.

39. Boni cação


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Após algum tempo de operação, uma companhia que esteja tendo resultados positivos vai acumulando o lucro do período.

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Esse número é facilmente visto dentro da linha de capital social do balanço patrimonial.

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Entretanto, ele ainda não representa o dinheiro dos sócios. Assim, em um certo momento, a companhia decide que esses

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recursos deverão ser integrados ao capital social da empresa.

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Com isso, há a necessidade de bonificar os acionistas com ações que correspondem ao novo valor que integrará o novo
capital social da companhia. 

Perceba que não há alterações no valor da empresa e, por isso, há um ajuste para baixo no preço da ação.

40. Prospecto preliminar


Para que uma companhia tenha suas ações negociadas na Bolsa de Valores é necessário que se realize o processo de Oferta
Pública Inicial (ou IPO, na sigla em inglês). Esse é o procedimento para que uma empresa venda suas ações aos investidores
pela primeira vez. /
Para isso, o primeiro passo é pedir o registro de empresa pública à CVM – Comissão de Valores Mobiliários. Em seguida,
prepara-se um documento com todas as informações sobre a oferta, que é o prospecto preliminar.

Nele constam as informações de quantas ações serão negociadas e por qual preço o investidor poderá adquiri-las.

São dois os tipos de ofertas em um IPO: primária e secundária.

Na primária, a empresa vende novas ações para levantar capital suficiente para financiar seus projetos de crescimento. 

Já na secundária, algum outro acionista relevante da empresa está vendendo suas ações para o mercado.

41. Spin-off
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Conforme o tempo vai passando, as empresas vão investindo em diferentes negócios e criando verdadeiros conglomerados

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que atuam em diferentes áreas. 

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Quando uma empresa enxerga a possibilidade de destravar valor de um de seus negócios, ela pode optar por realizar um

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processo chamado de spin-off. Isto é, desmembrar uma de suas companhias do conglomerado.

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Um dos exemplos que estamos vendo atualmente é o spin-off da MRV Log, braço de aluguel de galpões e logística da MRV
Engenharia.

Até então, ambas as empresas ficavam dentro do conglomerado e eram negociadas sob o ticker MRVE3. Agora, a companhia
decidiu por desmembrar a MRV Log, que passou a ser negociada de forma independente, sob o código de LOGG3.

42. Value investing


Value investing é a estratégia de investimento utilizada por grandes nomes como Warren Buffett e Benjamin Graham, por
exemplo. /
 Aqui, busca-se encontrar divergência entre o valor intrínseco de uma companhia e o preço a que a empresa está sendo
negociada na Bolsa de Valores.

De forma sucinta, compramos ações com valor intrínseco bem acima do preço negociado no mercado, com a expectativa de
valorização.

43. Ativo Intangível


Segundo o mestre Warren Buffett, a contabilidade é a língua dos negócios. No mundo financeiro, quem tem facilidade no

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compreendimento de termos contábeis e financeiros se destaca ao analisar companhias e operações.

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Um das linhas contábeis mais interessantes é o que chamamos de ativo intangível. Por definição, trata-se de ativos que não

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tem existência física. Devem ser reconhecidos nesta linha do balanço ativos cujos benefícios econômicos futuros serão

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gerados em favor da empresa.

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Estamos falando basicamente de marcas e patentes. Já imaginou quanto pode valer a marca Coca-Cola?

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São ativos difíceis de serem estimados, mas há muito valor neles. Hoje, há empresas especializadas na avaliação destes ativos
intangíveis para facilitar a contabilização nos balanços das companhias.

44. Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF)


Dentre os diversos indicadores econômicos que nos auxiliam a identificar o momento de um determinado setor, a Formação
Bruta de Capital Fixo (FBCF) é um ótimo indicativo de cenário para as indústrias.

O índice, medido pelo IBGE, mede o quanto as companhias aumentaram os seus bens de capital. Isto é, aqueles bens que
servem para produzir outros bens.
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Aqui temos uma divisão em três grupos: construção, máquinas e equipamentos e outros. Enquanto a variação do setor de
construção é medida pela produção de insumos para o setor, a de máquinas e equipamentos considera os dados referentes à
produção industrial e as exportações e importações de bens de capital.

Já a linha de outros engloba atividades relacionadas à agropecuária.

O indicador mostra se a capacidade de produção do país está crescendo ou diminuindo e, por isso, é uma ótima sinalização
para empresários e analistas de mercado.

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45. Circuit Breaker

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O dicionário Aurélio traz a seguinte definição para a palavra “disjuntor”: interruptor automático de corrente que funciona

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quando se dá uma variação anormal da intensidade ou da tensão.

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O equipamento serve para proteger uma instalação elétrica em algum momento em que possa acontecer um curto-circuito ou
sobrecargas elétricas. 

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E é justamente para isso que serve o “circuit breaker” (disjuntor, em inglês) na Bolsa brasileira. O mecanismo, criado em
1997, interrompe as negociações da B3 (ex-Bovespa) quando há um movimento exagerado de preços.

O objetivo é proteger os investidores e fazer com que todos façam uma pausa antes de voltar aos negócios.

Caso o Ibovespa suba ou caia mais de 10% do fechamento anterior, temos um circuit breaker (interrupção das negociações)
por 30 minutos. Ao reabrir, se avançar para uma variação de 15%, interrompem-se os negócios por mais uma hora.

Após a terceira reabertura, se a variação alcançar 20%, as operações são suspendidas por prazo a ser definido pela própria
B3.

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46. Cadeia de Valor
Ao analisar uma companhia, devemos olhar também para todos os outros participantes de um setor. Para entneder melhor os
potenciais da empresa em questão e suas relação com fornecedores e consumidores, podemos optar por desenhar a cadeia de
valor do segmento.

A cadeia de valor é uma ferramenta que tem como objetivo desenhar as atividades realizadas pela empresa apontando cada
etapa de um processo produtivo e sua agregação de valor.

Assim, conseguimos identificar em qual etapa existe a maior capacidade de evolução com maior potencial para ganharmos

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dinheiro.

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47. Restrição de liquidez

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Ao avaliar diversas companhias negociadas na Bolsa de Valores, há a necessidade de se aplicar conceitos qualitativos no

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momento de encontrar o valor justo de seus ativos.

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É claro que expectativa de receitas, lucros e momento do mercado são levados em consideração. Entretanto, há outros
quesitos técnicos que devem entrar na conta. 

A restrição de liquidez de uma empresa a impacta negativamente e, por isso, devemos aplicar um desconto no momento de
encontrar o valor justo de suas ações.

Por exemplo: a liquidez se torna restrita no momento em que poucos investidores negociam ativos de determinada
companhia. Isso acontece porque os preços não se movimentam “livremente” com base nas ofertas de compra e venda.

Com poucas ações negociadas, os preços podem ser marcados em negócios esporádicos e não representar fielmente o valor da
companhia. Assim, aquelas que possuem restrição de liquidez devem ser penalizadas na precificação do valor justo.
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Em contrapartida, no momento em que a liquidez aumenta, esse desconto deve ser revisto, fazendo com que o valor justo da
empresa aumente.

48. Isenção de IR para ganho de capital


Você sabia que, para algumas ações de empresas pequenas, os investidores pessoa física são isentos de Imposto de Renda
sobre ganhos de capital?

Esse benefício aprovado em medida provisória pelo governo vale para empresas com valor de mercado inferior a R$ 700
milhões e cuja receita no ano anterior não tenha superado R$ 500 milhões.

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A isenção é válida até 2023. Atualmente, as companhias contempladas por essa medida são: BrasilAgro (AGRO3), CR2

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Empreendimentos Imobiliários (CRDE3), General Shopping (GHSP3), Nutriplant (NUTR3), Pomifrutas (FRTA3) e Sinqia

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(SNSL3).

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49. Lucro por ação
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Você já ouviu falar de EPS (earnings per share)? Ele também é conhecido como lucro por ação, quando se divide o lucro de um
período pela quantidade de ações daquela companhia. É um importante indicador de lucratividade de uma empresa.

O EPS é bastante utilizado nos EUA para analisar se um resultado ficou abaixo, em linha ou acima das expectativas do
mercado.

Aqui no Brasil damos mais atenção para Ebitda, margens e lucro. Nas Bolsas internacionais, por existirem empresas mais
consolidadas, o crescimento do lucro por ação é o que mais desperta a atenção dos investidores estrangeiros.

50. Você já ouviu falar de “gaps”?


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Traduzindo ao pé da letra, a palavra “gap” significa quebra de continuidade, lacuna ou descompasso entre coisas, países,
pessoas, níveis financeiros... Resumindo, significa um afastamento/separação entre dois pontos.

No mercado financeiro, podemos dizer que um gap é uma mudança brusca nos níveis de preço de um ativo, isto é, a diferença
entre o preço de fechamento de uma ação e o preço de abertura do dia seguinte.

Por exemplo, um ativo fecha o dia cotado a R$ 10. Durante a noite, uma notícia positiva faz com que muitos investidores
decidam enviar ordens de compra. No dia seguinte, o preço de abertura é de R$ 11.

Esse intervalo entre R$ 10 e R$ 11 é o que chamamos de gap. Lembrando que o movimento pode acontecer tanto para cima

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quanto para baixo.

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O gap ocorre por vários motivos. Pode ser uma mudança nos fundamentos que levou novos investidores ao ativo (ou outros
tantos a se desfazer da posição), ou apenas uma situação técnica.
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51. Ramp-up, sabe o que é?
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O ramp-up, ou amadurecimento, é um termo utilizado para descrever a evolução de um projeto ao longo do tempo e indicar o

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prazo que vai demorar até o mesmo atingir o nível máximo de capacidade.

Assim que uma companhia anuncia um novo projeto, os analistas costumam perguntar qual será o prazo de ramp-up daquele
novo empreendimento para que eles possam fazer o cálculo de quando estará gerando resultado para a companhia.

Uma loja, por exemplo, pode demorar de dois a três anos (tempo para escolher o ponto de venda, iniciar as obras de
construção, adaptar o mobiliário e ter fluxo de clientes) para começar a gerar resultados. Esse período é o que chamamos de
amadurecimento de um negócio (ramp-up).

52. Sabe o que é uma Ordem Limitada?

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No Home Broker você encontra alguns tipos de ordens. Nas próximas Lupas Financeiras iremos explicar cada tipo de ordem
existente no Home Broker. Hoje, iremos falar da Ordem limitada.

A Ordem limitada é quando investidor estipula o preço pelo que deseja pagar (ou vender) as suas ações.

Nesse caso, a ordem somente será executada se houver um preço igual ou melhor que o indicado pelo investidor. Por
exemplo, se você deseja comprar uma ação por R$ 10,00 porém ela está sendo negociada por R$ 11,00, a ordem ficará no libro
de ofertas, até que o sistema encontre um vendedor a R$ 10,00.

Se, por acaso, você envie uma ordem de compra a R$ 10,00 e o papel esteja sendo negociado a R$ 9,00, o sistema da B3 irá

9
executar a sua ordem por R$ 9,00, pois ele entende que quem deseja comprar por R$ 10,00 topa pagar um valor menor.

6 5
Esse tipo de ordem é muito utilizado quando desejamos estipular um preço para nossos negócios. Por exemplo, queremos
vender somente quando o ativo atingir um determinado preço.
8 7
2 24
Nesse caso, podemos enviar uma ordem ao mercado com o preço esperado e deixar no livro de ofertas até que, em algum

8
momento, a cotação alcance esse patamar.
4
53. Ordem válida até cancelar (VAC)
F 0
CP
Na última publicação falamos sobre a ordem limitada. Continuando a nossa saga sobre os tipos de ordem hoje falaremos
sobre VAC (válida até cancelar).

A ordem VAC é utilizada pelo investidor que deseja comprar uma ação mesmo que a ordem não seja executada no mesmo dia
do envio. Ela ficará aberta nos sistemas da Bolsa de Valores até que seja executada ou cancelada.

Os motivos que podem fazer a ordem ser cancela são: (i) por sua solicitação, ou seja, você entra no Home Broker e faz o
cancelamento e; (ii) evento corporativos que ocorrem e as ações sofrem ajustes, por exemplo, dividendo, juros sobre capital,
desdobramento, grupamento, etc.
/
Se por acaso, você enviou uma ordem do tipo Até Cancelar (VAC) e ela não está mais aberta no seu Home Broker, confira se
houve algum evento com a ação e esta sofreu ajustes.

54. Ordem Executa ou Cancela


Continuando nossa saga sobre os tipos de ordens, hoje falaremos da ordem do tipo Executa ou Cancela.

Basicamente, a ordem do tipo Executa ou Cancela é utilizada quando você deseja imediatamente comprar ou vender a ação.
Como sugere o nome, ou a ordem é imediatamente executada ou imediatamente cancelada.

Para a ordem ser imediatamente executada, ela deve atender aos critérios da B3, que são: quando é ordem de compra o preço

5 9
deve ser igual ou maior do que o preço atual. E quando é uma ordem de venda o preço deve ser menor ou igual ao preço atual
do mercado. Deste modo sua ordem será imediatamente cancelada.
7 6
8
24
Se não atender a esses crítérios a ordem é cancelada e não fica no book de ofertas.

42
55. Ordem Stop
08
F
CP
No Lupa Financeira de hoje falaremos sobre a Ordem Stop. Provavelmente você já ouvido falar sobre este tipo de ordem.

As Ordens Stops servem como uma "proteção" da sua operação. Você já deixa programada uma ordem em um determinado
preço caso a ação comece a cair.

Esse tipo de ordem não vai para o sistema da B3 (Bolsa de Valores), ela fica gravada no sistema da corretora e é
responsabilidade dela o disparo da ordem.

Alguns grandes investidores, autores de livros, etc., dizem que é importante colocar uma ordem stop para minizar seu
prejuízo.

/
Em partes, discordamos desse pensamento, pois, em momentos que crises sistêmicas as ações tendem a sofrer uma variação
negativa e, se não houve nenhuma mudança de fundamento com o papel, esse movimento é benéfico para investidores que
buscam retornos de longo prazo.

56. Saiba o que é Payout


De acordo com a Lei das S.A., toda companhia tem por obrigação distribuir pelo menos 25% do lucro líquido do período.
Entretanto, diversas companhias realizam o pagamento de proventos muito acima do piso estipulado.

9
Assim como no meio de grandes empresas, no campo das microcaps também temos companhias que são ótimas pagadoras de

6 5
dividendos. Para saber o quanto do lucro líquido está sendo distribuído aos acionistas, utilizamos um indicador chamado pay-
out.
8 7
2 24
O pay-out mede o percentual do lucro líquido que foi destinado aos acionistas em forma de proventos – Juros sobre Capital

8 4
Próprio (JCP) ou dividendos. Para calcular o payout basta você dividir o dividendo distribuido pelo lucro por ação.

F 0
C P
57. Governança Corporatvia e os seguimentos do mercado
Um dos assuntos mais comentados quando se aborda negociação de ações e governança corporativa é o free float.

O free float é a quantidade percentual de ações que estão disponíveis para a negociação do mercado. Aqui, excluem-se as que
estão na mão de acionistas controladores e outros participantes relevantes na composição acionária.

Ações com baixo free float – baixa quantidade livre para negociação – costumam ter dificuldades para representar a real
situação da empresa, uma vez que não há muita negociação.

A Bolsa estipula uma regra de valor mínimo para ações em circulação (free float) dependendo do segmento de listagem.
/
Para aquelas que estão no Nível 1 e Nível 2, a Bolsa exige que no mínimo 25% das ações estejam em circulação.

Para o Novo Mercado, a exigência mínima também é de 25% salvo quando a companhia possuí um volume médio diário
negociado acima dos R$ 25 milhões (aqui o free float exigido é de 15%).

No segmento Bovespa Mais, há exigência de 25% de free float a partir do sétimo ano de listagem.

Por fim, não há regras para companhias listadas no Segmento Tradicional.

É de suma importância entender o free float das companhias para conseguir identificar se há espaço para movimentos de
valorização – ou desvalorização.

5 9
58. ROIC (Retorno sobre capital investido)
7 6
8
2 24
ROIC quer dizer “retorno sobre capital investido" é calculado dividindo o lucro operacional após os impostos pelo capital total

8 4
investido (capital próprio mais capital de terceiros).

F 0
Ele representa quanto de dinheiro a organização tem capacidade de gerar com o capital investido na operação.

CP
Muitos analistas acreditam que essa medida de rentabilidade é a mais confiável para análise de desempenho de um negócio.

59. Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro


O ciclo financeiro e ciclo operacional são indicadores da entrada e saída de recursos da empresa e ajudam a medir a saúde
financeira da companhia.

Além disso, são ótimos para realizar projeções de fluxo de caixa ou necessidade de capital de giro.

/
Veja, quando uma companhia compra recursos a prazo, quem financia as operações são os fornecedores – entregam o
produto e recebem depois. De forma análoga, quando há vendas a prazo, a empresa está financiando seus clientes.

Em paralelo, um crescimento de estoque pode estar alinhado a uma estratégia de compra de matéria-prima ou a falta de
demanda na ponta compradora.

O ciclo operacional está atrelado a todos os acontecimentos relacionados à operação da empresa – compra de matéria-prima,
produção, venda e recebimento. Para isso, soma-se o prazo médio de estoques ao prazo médio de recebimento.

Já o ciclo financeiro compreende o tempo de pagamento dos fornecedores até o momento de recebimento dos clientes. Assim,

9
se desconta do ciclo operacional o prazo médio de fornecedores.

6 5
Quanto menor o ciclo operacional e financeiro, melhor para a empresa. Isso mostra que ela está: (i) recebendo em menos
tempo; e/ou (ii) alongando o prazo de pagamento de fornecedores.
8 7
60. Preço / Valor Patrimonial
2 24
8 4
0
Como já mencionamos anteriormente, os múltiplos são utilizados para analisar as companhias e verificar o quanto elas

F
CP
podem estar baratas ou caras em comparação a outras empresas do setor.

Quanto maior a relação preço/valor patrimonial, mais cara ou menos atrativa a ação está relativamente à parcela do ativo
total que cabe aos acionistas.

O valor patrimonial é uma medida aproximada de quanto custaria para reconstruir o negócio. Sua utilização é mais
adequada para comparar negócios com ativos tangíveis do que para intangíveis.

Esse índice é muito útil para companhias maduras e inseridas em business antigos (bancos, mineradoras), e perde um pouco a
utilidade em novas empresas, como as do ramo de internet, por exemplo.

Também tem maior utilidade nas companhias de capital intensivo, como siderúrgicas, empresas de papel e celulose,
/
mineração, petróleo e petroquímica, energia elétrica e na agroindústria.
61. Quem são os sell sides e os buy sides?
Podemos dividir o mercado financeiro em dois grandes lados: o sell side e o buy side. Apesar de se completarem, no dia a dia
eles assumem posições antagônicas.

Do lado do sell side estão os bancos e corretoras. Aqui temos aquelas empresas que estão interessadas em “vender” ideias ou
produtos de investimento para que você possa alocar o seu capital.

Enquanto o seu banco, por exemplo, te oferece um CDB, as corretoras têm capacidade de ofertar diferentes produtos

9
financeiros.

6 5
7
Do outro lado está o buy side. É aqui que estão os participantes do mercado que “compram” os ativos negociados. Presentes

8
nesse lado estão os fundos de investimento, as tesourarias de bancos ou outras instituições que tomam posição em
investimentos.

2 24
8 4
F 0
62. Nopat (Net Operating Pro t after Taxes)

CP
Esse indicador considera o lucro operacional depois de deduzido o imposto de renda.

Nopat = EBIT x (1 - alíquota de IR)

O Nopat pode ser utilizado para diversos outros cálculos que abordaremos nas próximas publicações, mas, a princípio, esse é
um conceito que considera o impacto do imposto de renda nas atividades operacionais da empresa.

Esse indicador também exclui os possíveis benefícios fiscais com juros e custos de dívidas que possam influenciar o resultado
da empresa. Aqui observamos unicamente a parte operacional. /
63. Aluguel de Ações
5 9
7 6
8
Sabia que existe a possibilidade de vender um ativo que você não tem em carteira?

24
A B3 oferece o serviço de aluguel de ações. Para este serviço existem dois lados: os tomadores (aqueles que contratam o

2
4
aluguel) e os doadores (aqueles que ofertam suas ações para serem alugadas).

8
F 0
O doador ganha uma taxa de aluguel pelos dias que as ações ficaram com o tomador. Além dessa taxa, a própria B3 e a

CP
corretora também cobra um percentual sobre o montante da operação.

Quanto maior o número de ações emprestadas, maior é a quantidade de gente que acredita na desvalorização daquela
companhia.

Entretanto, para analisar esse número, também precisamos saber a quantidade de ações que estão disponíveis para
negociação.

Se há uma grande quantidade de ações emprestadas em relação à quantidade de ações disponíveis para negociação, podemos
ficar atentos àquele ativo.

64. Capacidade de Produção /


Um termo muito utilizado em uma indústria é a capacidade produtiva que representa a quantidade máxima de produtos que
a companhia é capaz de produzir em um determinado período.

Quando a empresa está operando abaixo de sua capacidade total, dizemos que ela está com a capacidade ociosa, ou seja, não
está utilizando cem por cento do seu potencial de produção.

O lado positivo de quando uma empresa está com a capacidade ociosa é que existe a possibilidade de aumentar sua receita e
de pegar mais pedidos dos clientes.

A Iochpe-Maxion atualmente está operando abaixo da sua capacidade total, logo está operando com capacidade ociosa e isso

9
significa que existe a possibilidade de aumentar a produção da companhia sem que os custos e despesas cresçam juntos.

65. Roll-out
6 5
8 7
24
O mundo dos negócios está sempre mudando. Processos, sistemas e métodos são implementados todos os dias com o objetivo

42
de melhorar o resultado de uma companhia através do aumento de vendas ou ganhos de eficiência.

08
Muitas companhias, ao decidir pela implementação de um novo processo, opta por realizar as devidas mudanças em uma

F
CP
única unidade. Podemos chamar esse movimento de projeto-piloto.

No piloto, a companhia poderá não só ter a certeza de estar implementando algo que realmente traz resultados, mas também
identificar possíveis erros a serem corrigidos antes de expandir para o restante da cadeia de lojas/unidades.

Usualmente, utilizamos o termo “roll-out” em nossas publicações. É assim que o mercado se refere à expansão de um processo
ou método para toda a cadeia de uma companhia.

A empresa pode realizar o roll-out como achar mais vantajoso: rápido, devagar, em etapas – isso vai de acordo com o
management que está à frente do negócio.

66. Contra Parte Central (CCP) /


Não sei você, mas eu já fiquei pensando se existe a possbilidade de um investidor comprar ações e não ter dinheiro para
pagar ou, então, vender ações e não tê-las para entregar. Se isso acontecer, qual é o procedimento adotado pela corretora ou
pela B3?

A B3 tem o que chamamos de clearing, também conhecido como contraparte central (CCP), que é um serviço de compensação
e liquidação de operações realizadas na própria Bolsa. Sua função principal é garantir o correto cumprimento de todos os
negócios realizados no mercado.

Ou seja, se você compra uma ação, é a clearing  que vai conferir junto à sua corretora se você tem saldo financeiro para
realizar essa operação.

5 9
Claro, as corretoras também possuem uma equipe (sistema) que confere seu saldo. Mas, vez ou outra, acaba acontecendo de
um cliente conseguir comprar mesmo sem ter saldo.
7 6
8
24
Caso não tenha saldo para honrar seu compromisso de compra ou não tenha as ações para honrar seu compromisso de venda,

42
existe um procedimento adotado pela B3 para solucionar a questão.

08
Mas, para não ficar extenso, deixarei para a próxima semana o significado de uma re-compra e como ela é realizada. Por ora,

F
CP
é importante você saber que a B3 tem controle sobre todas as operações e nunca deixará de honrar as negociações.

67. O que é benchmark?


Por diversas vezes, reforçamos que o Índice Ibovespa é o nosso benchmark. Mas algumas pessoas ainda não se
familiarizaram com o termo. Afinal, o que significa benchmark?

Benchmark é um índice que será utilizado como comparativo para medir a performance do portfólio de investimentos.

Em geral, os fundos de investimento em ações possuem o Índice Ibovespa como benchmark. Nós também utilizando o
Ibovespa como benchmark.
/
Os fundos de investimento em renda fixa ou multimercados utilizam o CDI do período como índice de comparação de
performance.

O objetivo da maioria dos participantes do mercado é superar o seu benchmark. Porém, existem fundos que são denominados
como "passivos" que apenas replicam o benchmark, ou seja, não possuem como objetivo superar o índice de referência.

68. Comprando ações no lote fracionado?


Talvez você esteja começando agora no mercado de ações e não tem recursos suficientes para investir. Logo pensa: esse
mercado não é para mim, preciso de muito dinheiro para comprar um lote de ações.

5 9
Bom, vou te mostrar que existe a possibilidade de começar pequeno também no mercado de ações. Veja só!

7 6
8
A maioria das ações que estão na bolsa tem como caracteristica de negociação o lote padrão. Lote padrão é a quantidade

24
minima de ações que você pode comprar e, normalmente, esse lote são de 100 ações. No Home Broker aparece assim:

42
08
F
CP

/
5 9
7 6
8
2 24
8 4
F 0
CP
No entanto, caso você não tenha a disponibilizade de comprar as 100 ações da ação (no exemplo acima você deverá ter 100 x
27,39 = R$ 2.739,00 de recursos para compras as ações) você poderá negociar as ações do mercado fracionário.

Nesse mercado é possível comprar de uma até noventa e nove ações e para negociar basta colocar a letra F na frente do
códiog de negociação. Ao colocar o F na frente do código, nas características de negociação aparecerá a seguinte quantidade
mínima:

/
5 9
7 6
8
2 24
8 4
0
Os problemas que podem ocorrer ao negociar ações no mercado francioário são: falta de líquida e diferença de preços. 

F
CP
É importante ressaltar que, quando você compra uma ação no mercado fracionário, a negociação está totalmente
desvinculada do mercado padrão, ou seja, a liquidez, as ofertas e preço são totalmente diferentes, podendo até ser maior do
que no mercado de lote padrão.

Saiba agora que você pode sim comprar suas ações mesmo que não tenha disponivel o valor total de um lote padrão da bolsa.

69. Laudo independente de avaliação


Companhias que possuem muitas propriedades em seu patrimônio costumam contratar empresas que emitem um laudo
independente de avaliação anualmente.

/
Este documento serve para que as companhias possam encontrar um valor de mercado estimado do seu patrimônio.
A maioria destes laudos de avaliação são realizados pelas grandes empresas de consultoria como Deloitte, PWC, KPMG ou
Ernst Young.

Assim, a companhia tem um norte caso deseje realizar um desinvestimento através da venda de seus ativos. O laudo
independente de avaliação ajuda ao encontrar um valor justo para as propriedades.

70. Vendas em mesmas lojas ou Same Store Sales


Sempre que avaliamos companhias de varejo — como Guararapes, por exemplo —, nos atentamos ao indicador operacional
vendas das mesmas lojas — ou Same Store Sales (SSS), em inglês. Ele nos mostra quando as vendas avançaram em uma

9
mesma loja em comparação ao período anterior.

6 5
7
Esse indicador serve para medirmos a produtividade e a real situação de uma companhia.

8
24
Imagine que a empresa está em plena expansão e dobra o número de lojas em determinado período. Muito provavelmente

42
essa companhia deverá apresentar expansão de receita líquida.

08
Entretanto, há a necessidade de saber se esse crescimento do faturamento está atrelado aos novos pontos de comercialização

F
CP
de produtos ou se é um crescimento orgânico do volume de venda.

Esse é o motivo pela qual o indicador Same Store Sales é tão importante na nossa avaliação. Se ele estiver no positivo,
confirma que a empresa está no caminho certo.

71. Custo da Dívida


Por diversas vezes você deve ter ouvido comentarmos sobre o Custo da Dívida, mas o que isso quer dizer e qual o impacto na
operação da empresa?

/
Muitas companhias optam por utilizar capital de terceiros (empréstimos em bancos, emissão de debêntures, etc.) para
impulsionar o crescimento de suas operações.

Como a companhia está tomando dinheiro emprestado de alguem - seja um banco ou um investidor -, será necessário o
pagamento de uma taxa de juros em contrapartida.

O custo da dívida nada mais é que a média das taxas de juros cobradas em todas as modalidades de empréstimo e
financiamento contratadas pela companhia.

Analisando o custo da dívida, empresas com empréstimos altamente atrelados ao CDI tendem a se beneficiar com a redução

9
da taxa selic que, ao diminuir as despesas financeiras, impulsionam o lucro líquido da empresa.

6 5
Por isso, sempre buscamos companhias com baixo endividamento, solidez financeira e custo de dívida estável.

8 7
72. Sinergia
2 24
8 4
0
Por diversas vezes vocês devem ter lido nestas páginas nossos comentários sobre os ganhos de sinergias quando uma

F
CP
empresa realiza a aquisição de outra. 

Na maioria das vezes, o primeiro momento pós-aquisição é marcado pelo crescimento no volume de despesas operacionais.

Vamos pensar: ao adquirir uma nova empresa, leva-se junto os escritórios, o time de recursos humanos (RH), a equipe de TI e
diversas outras áreas que acabam sendo comuns em ambas as empresas.

Dessa forma, o primeiro momento é marcado pelo aumento das despesas dado o desligamento de parte dos funcionários,
rescisões contratuais ou movimentos para integralizar as operações. 

Passada essa aceleração nos custos, podemos ver as sinergias. A empresa passa a ter um único back office, por exemplo, para
atender um volume maior de clientes.
/
Pode, ainda, realizar um processo de cross-selling e vender diferentes produtos para a carteira de clientes que era das
empresas adquiridas.

Por isso, apesar do crescimento de despesas inicial, uma aquisição (quase) sempre tem a agregar.

73. Guidance
Você já ouviu falar de guidance?

Diante da necessidade de ser mais transparente com seus acionistas e com o mercado em geral, as empresas costumam

5 9
disponibilizar aos investidores suas expectativas de resultados para um determinado período.

7 6
8
Essas expectativas são chamadas de guidance. Normalmente disponibilizado em forma de documento onde são encontradas

24
as estimativas e projeções para informações relevantes do negócio como faturamento, margens, investimentos ou outros
indicadores operacionais e financeiros.

42
08
Não são todas as empresas que divulgam guidance e isso não é uma obrigação. O objetivo é orientar os investidores com

F
CP
relação ao futuro da empresa.

Conforme as expectativas da empresa forem mudando, o guidance ainda pode ser revisado ao longo do ano.

74. Small, Mid e Large Caps


Muitas vezes utilizamos o termo microcap, mas você realmente quais são os limites que dividem as companhias pequenas
notáveis das empresas maduras? 

O termo microcap – ou small cap, mid cap ou large cap – é originado na expressão em inglês “Market Cap” que, em português,
significa valor de mercado.
/
Os investidores costumam classificar as companhias de acordo com o seu valor de mercado, mas não há um número exato
para isso. 

No geral, o mercado segue uma divisão conforme exposta no gráfico abaixo:

5 9
7 6
8
2 24
8 4
F 0 Fonte: Empiricus

75. Esforços restritos de colocaçãoP


C (IPO)
Com o mercado de ações voltando para os holofotes das empresas, temos a frente uma enorme quantidade de Ofertas
Publicas (IPO) para acontecerem. Iremos então, utilizar esse espaço para explicar algumas regras existentes nos IPOs,
começando pelos esforços restritos de colocação.

A oferta pública com esforços restritos tem uma série de regras específicas como a necessidade de que os participantes sejam
investidores qualificados (pessoas físicas ou jurídicas com investimentos acima de R$ 10 milhões).

Além disso, há um limite de 75 investidores que podem participar do processo de “road show” e apenas 50 podem, de fato,
investir. /
Apesar das restrições, algumas companhias optam pelos esforços restritos devido às menores obrigações, como a dispensa de
divulgação de prospecto, que reduzem os custos da operação.

Ainda que exista um limite de investidores que podem participar da operação, aqueles que tiverem posições em ações da
companhia têm o direito à prioridade.

76. A mordida do leão nas companhias


Ninguém gosta da mordida do leão, não é mesmo? As empresas, da mesma forma que nós, pessoas físicas, também são
obrigadas a contribuir com os cofres públicos ao pagar seu imposto de renda.

5 9
Ao analisar a demonstração de resultados de uma companhia, podemos encontrar duas linhas dentro do Imposto de Renda:
diferido e corrente.
7 6
8
24
Segundo o dicionário, a palavra diferido significa “adiado”. Acontece que, algumas receitas e custos de uma empresa são

42
contabilizados em um determinado momento que não coincidem com a sua entrada, de fato, no caixa da companhia, gerando
uma diferença temporária.

08
F
CP
Como, na contabilidade, a receita e o imposto a pagar devem ser reconhecidos em um mesmo período, a companhia lança os
tributos futuros na conta de diferidos.

Por outro lado, a linha de imposto de renda corrente mostra o tributo que deve ser pago – ou recuperar – daquele período.

No Brasil, a alíquota das principais empresas brasileiras é de 34% - 25% de IR e 9% de Contribuição Social. Vale a exceção para
as instituições financeiras e seguradoras que possuem uma alíquota de 40%.Entretanto, algumas empresas possuem
benefícios fiscais e, por isso, conseguem apurar uma alíquota menor.

Vale destacar que essa alíquota incide sobre o lucro antes do imposto de renda, conhecido como LAIR.

77. Loan to Value (valor do empréstimo) /


Ao avaliar as companhias que atuam em um modelo de negócio no qual a alta alavancagem faz parte do business, podemos
nos balizar por outros indicadores para entender qual é o momento da empresa.

Um deles é o Loan to Value (LTV — ou “valor do empréstimo”, em uma tentativa de traduzir o indicador), que mede a relação
entre o endividamento da companhia e o valor justo das suas propriedades. De forma sucinta, ele compara o volume de
empréstimos com o valor dos ativos.

Quanto menor esse indicador, melhor. Isso porque indica que a companhia está gerando valor — com a valorização e
construção das propriedades — em cima da quantidade de recursos captados.

9
78. Valor Geral de Vendas (VGV)

6 5
7
Um dos termos mais utilizados no mercado imobiliário é o Valor Geral de Vendas (VGV). O VGV significa o valor potencial da

8
24
venda de todas as unidades de um empreendimento.

42
Imagine que a construtora Cyrela (CYRE3), que está na nossa carteira, deseja lançar um novo prédio com 10 unidades e valor

8
de R$ 150 mil cada uma. Fazendo o cálculo (150 mil x 10), chegamos ao VGV de R$ 1,5 milhão nesse empreendimento.

0
F
CP
Essa dado é importante pois, caso o VGV esteja crescendo ao decorrer dos trimestres, reflete o otimismo da construtora com
relação ao mercado.

Temos visto, ao longo dos últimos meses, um VGV crescente, principalmente na cidade de São Paulo. Isto significa que um
novo ciclo do mercado imobiliário está se iniciando, indicando um bom momento do mercado que, consequentemente, se
refletirá nos resultados da companhia.

79. Divulgação dos Resultados Trimestrais


A temporada de resultados é sempre um período cansativo. Diversas companhias divulgam os números ao mesmo tempo, e os
analistas do mercado precisam se desdobrar para estudar e emitir uma opinião em pouco tempo.
/
Os investidores não perdem tempo e, mesmo minutos após uma empresa reportar os números, vemos movimentações
intensas entre compradores e vendedores.

Mas, de fato, até quanto tempo, depois de finalizado o trimestre, uma empresa pode divulgar os resultados para os
investidores?

Bem, as companhias têm até 45 dias após o último dia do trimestre para divulgar seus resultados. A exceção é o 4T, quando o
prazo é de até três meses (até 31 de março).

Durante esse tempo, diversos auditores se debruçam sobre as demonstrações financeiras com o objetivo de validar o que está

9
informado.

6 5
Vale ressaltar que, no Brasil, a temporada de resultados "esquenta" entre o dia 25 do mês seguinte ao fechamento do
trimestre, e segue com divulgações quase diárias até o fim.
8 7
80. Vacância física e nanceira
2 24
8 4
0
Existem dois indicadores importantes quando de empresas que possuem como negócio o aluguel de imóveis. Vacância física e

F
CP
vacância financeira. Ambos demonstram o nível ocupação de um empreendimento, no entanto, há diferenças conceituais
entre eles.

Como o próprio nome indica, a vacância financeira está relacionada ao fluxo de caixa esperado de um empreendimento e
leva em consideração os valores que podem ser recebidos naquele ativo.

Para a vacância financeira, utiliza-se o valor máximo em potencial que um empreendimento pode gerar e considera-se aquele
retorno que ele está de fato apresentando.

Em contrapartida, a vacância física está atrelada ao espaço não locado em um empreendimento comercial.

Olhando um mesmo portfólio, podemos observar diferenças entre os dois indicadores, uma vez que há propriedades em que
/
o valor do aluguel pode ser maior do que em outras.
81. ICJ - índice de cobertura de juros
Na Lupa Financeira de hoje vamos abordar o índice de cobertura de juros (ICJ).

Por diversas vezes, você já leu aqui sobre nossa preocupação quanto à solidez financeira de uma companhia.

Dentre os diversos indicadores possíveis para medir a alavancagem da empresa, o ICJ mostra a capacidade da companhia em
honrar os pagamentos de juros apenas com o resultado operacional.

Para calcular o ICJ, dividimos o Ebit acumulado nos últimos doze meses pelo total de juros pagos no mesmo período.

5 9
6
Quanto maior o indicador, maior é a capacidade da companhia em realizar os seus pagamentos e menor é a nossa
preocupação quanto a indicadores de alavancagem elevados.

8 7
24
Vale lembrar que, em geral, as empresas contraem dívidas para investir em seus negócios que, por consequência, tendem a

2
ser geradores de Ebit no futuro.

8 4
82. Índice de E ciência
F 0
CP
Os bancos são os grandes nomes da Bolsa. Em conjunto, Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3), Bradesco (BBDC4) e Santander
(SANB11) somam R$ 873 bilhões em valor de mercado e representam cerca de 22% do Índice Bovespa (Ibovespa).

No período de resultados trimestrais, sempre fazemos nossos comentários sobre cada um deles no Day One Pro.

Vale destacar que um dos indicadores mais utilizados para analisar instituições financeiras é o índice de eficiência.

O indicador é calculado por meio da divisão das despesas operacionais pela receita de serviços do período.

Quanto menor o indicador, melhor. Isso porque a quantidade de custos e despesas necessários é menor quando comparada à
receita líquida.
/
Ou seja, a empresa está sendo mais eficiente quanto à utilização de seus recursos operacionais — fazendo mais receita com
menos despesas.

83. Risco País (CDS)


Uma das maneiras utilizadas para identificar o risco de um país é por meio da variação dos pontos do seu credit default swap
(CDS).

O CDS é um contrato celebrado entre duas partes em que a ponta compradora tem direito a receber um determinado valor

9
caso o país estipulado não honre o pagamento de suas dívidas.

6 5
7
Dessa forma, o valor do CDS está atrelado à estabilidade e à capacidade do país em não incorrer em default (vulgo calote).

8
24
Quanto maior a possibilidade de calote, maior será o valor do credit default swap desse país. 

42
Veja no gráfico abaixo como o CDS do Brasil (medido em dólares) foi caindo gradativamente à medida que fomos deixando a

8
instabilidade para trás, aprovando reformas e tendo maior visibilidade sobre o futuro do país.

0
F
CP
 

/
5 9
7 6
8
2 24
8 4
F 0
C P Fonte: Bloomberg

84. Como chegar no valor justo?


Vamos percorrer um caminho por dentro das nossas planilhas de valuation. Aqui, utilizamos o modelo de DCF – Discounted
Cash Flow (Fluxo de Caixa Descontado) para chegarmos ao preço-alvo de nossas companhias.

Inserimos nos nossos modelos as projeções para números macroeconômicos (PIB, inflação, dólar e taxa Selic) e, em conjunto
com as estimativas microeconômicas (receita líquida, Ebitda, lucro líquido, endividamento, capital de giro), chegamos aos
fluxos de caixa da companhia para os próximos anos.

/
Então, trazemos cada um desses valores para valor presente utilizando uma taxa de desconto chamada WACC – Weighted
Average Cost of Capital (Custo Médio Ponderado do Capital).

Em seguida, soma-se a esses valores a perpetuidade da companhia – considerando que ela existirá para sempre. Temos, então,
o market cap justo para aquela empresa. Dividindo esse número pela quantidade de ações, chegamos ao preço-alvo.

Para encontrarmos o WACC, levamos em consideração o custo do capital próprio (acionistas) e o custo do capital de terceiros
(dívidas) para chegar a um custo médio do capital que será utilizado como taxa de desconto.

Para definir o custo do capital próprio (equity cost), colocam-se na conta algumas variáveis, como a taxa livre de risco, a

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sensibilidade do ativo em relação aos movimentos do índice Bovespa, um prêmio de mercado e o risco-Brasil.

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Por se tratar de uma taxa de desconto, quanto menor o valor do Ke, maior é o valor da companhia. Isto é, se observarmos uma
redução em qualquer uma das variáveis, teremos um potencial de valorização maior.

Ou seja, existe uma relação entre o custo do capital próprio e o cenário macroeconômico brasileiro, que impacta na taxa de
desconto e tem uma relação inversa no valor das companhias: quanto menor o risco-Brasil, maior será o potencial de
valorização das companhias. /
Estamos diante de uma melhora na percepção do risco-Brasil (e consequente redução do CDS) — justamente uma das
variáveis que impactam o Ke. Em paralelo, vemos a taxa livre de risco (a Selic, no nosso caso) no menor patamar da história.

85. Livro de ofertas


Você sabia que existe uma fila para comprar ações? Na Lupa Financeira de hoje comentaremos sobre o livro de ofertas.

O livro de ofertas é o nome dado para a tela onde é apresentada a fila de compradores e vendedores de um determinado
ativo.

As ordens são divididas entre compradores – normalmente do lado esquerdo – e os vendedores – do lado direito – e são

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classificadas do melhor para o pior preço. Isto é, os compradores que desejam pagar mais aparecem em primeiro lugar,

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enquanto aqueles vendedores que desejam receber menos aparecem no topo.
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Quando você envia uma ordem limitada, a sua solicitação aparecerá aqui, classificada de acordo com o preço e momento de

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envio. As solicitações que estão em primeiro lugar têm mais chance de serem executadas: quem enviar a ordem antes tem
preferência.

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86. Tipos de ordens /


Uma das grandes dúvidas dos investidores é qual o tipo de ordem utilizar no momento de comprar e vender uma ação.

No home broker de todas as corretoras, ao tentar executar uma operação de compra ou venda, o investidor tem a opção de,
em geral, escolher entre uma ordem “a mercado” ou “limitada”.

A primeira opção é sempre a mais indicada para aqueles que querem que sua ordem seja executada a qualquer preço. Ao
optar por uma ordem a mercado, o investidor indica que aceita o melhor preço que a contraparte estiver oferecendo.

Em contraponto, alguns investidores preferem estipular a qual preço pretendem comprar ou vender um ativo. Para isso, opta-
se pela ordem limitada.

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Nesse caso, a ordem só será executada caso as cotações atinjam o limite estipulado pelo investidor.

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87. Rebalanceamento do Índice

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O Índice Bovespa (ou Ibovespa) é o principal indicador do mercado brasileiro e, atualmente, é composto por uma carteira
teórica de aproximadamente 70 ativos.

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Para que uma companhia possa fazer parte dessa lista, é necessário atender a diversos requisitos, como liquidez diária,
volume negociado e outros critérios de aceitação.

A fim de acompanhar a oscilação do volume do mercado, a carteira teórica é rebalanceada quadrimestralmente, quando
podem ser incluídos — ou retirados — diversos ativos.

O mercado fica de olho quando há alteração na carteira teórica do Ibovespa, isso porque, teoricamente, quando novos ativos
entram para o índice os fundos de investimentos passivos que acompanham a oscilação do Ibovespa tendem a direcionar
parte dos recursos aos novos nomes e aumentando então o volume comprado nos ativos.

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Max Bohm
Autor

Danilo Silva
Assistente

Guilherme Ebaid
Assistente

Associada à: ANATEC, Instituto Palavra Aberta e Câmara Brasileira do Livro

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Disclosure

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A Empiricus é uma Casa de Análise regularmente constituída e credenciada perante CVM e APIMEC. Nossas funções são desempenhadas com absoluta independência, não sendo dotadas de quaisquer conflitos de interesse,

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Todos os nossos profissionais cumprem as regras, diretrizes e procedimentos internos estabelecidos pela Comissão de

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