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I – DOS FATOS
O que ocorreu foi que o Requerente, certo dia, estava andando tranquilamente pela cidade
de Piripiri-PI, em via pública e de constante circulação de pessoas quando, de repente foi
surpreendido por um animal, caracterizado pela raça “Pitbull”, que ao escapar da
residência de sua proprietária foi diretamente ao ataque da parte Autora onde acabou
desferindo mordidas em sua perna, ocasionando lesões profundas. Ao conseguir se
desvencilhar do animal, a Vítima bastante preocupada com o risco de contrair alguma
doença grave se desloca diretamente a uma clínica particular onde realiza exames, que
Infelizmente, mesmo depois de tanta dor de cabeça o Requerente ainda não teve sua paz
restaurada, visto que ao contatar a Requerida, a mesma se recusou a arcar com os custos
efetuados pelo Autor, circunstância em que afirmou que ele obtivera meros arranhões, e
que não houvera lesão praticada por parte de seu animal.
Portanto, diante de todos os fatos e dados apresentados, trata-se de uma breve narrativa
acerca dos fatos, sendo certo que não houve alternativa ao Requerente senão ingressar
com a presente demanda, vide a omissão e negativa da Requerida, que não prestou
qualquer auxílio ao Requerente.
II – DO DIREITO
1. DA RESPONSABILIDADE OBJETIVA
Vossa Exa., observe que no caso em tela não estão relacionadas nenhuma das causas que
poderiam eximir o dever de indenizar por parte da Requerida.
O Requerente foi atacado abruptamente pelo animal de raça PITBULL, sem chance de
poder se defender de um animal tão feroz. Sendo este de responsabilidade da Requerida,
ainda que esta alegue o contrário, uma vez que se encontrava em sua residência e fora
identificada sua propriedade em relação ao cachorro.
Além da dores físicas, a parte Autora se viu bastante abalada, devido a tantas
intercorrências desnecessárias, situação em que não vislumbrou qualquer auxílio da parte
Ré.
A responsabilidade civil dessa situação surge a partir do ato ilícito e, da forma que
dispões o art. 927, do Código Civil:
“Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a
outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único: Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do ano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem.” (grifo
nosso)
“Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imperícia, violar direito e
causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”.
Sendo assim, neste presente caso se faz necessário mencionar que não há possibilidade de
culpa do Requerente, sendo inconteste que a Requerida, ao deixar o cachorro escapar,
assumiu o risco pelo acidente, deixando evidente que o ataque não se ocasionou por culpa
exclusiva da vítima.
Portanto, ora, a responsabilidade pelos danos causados pelo animal é inteiramente de seu
dono, se tratando de uma responsabilidade objetiva, pois decorre do dever de vigilância
que é imposto a ele, estando este obrigado a resguardar a segurança das pessoas ao expor
Esta demanda também tem um fundamento adjetivo nos artigos 319 e ss. Do CPC/15, os
quais regulamentam o procedimento ordinário. Fundamentando também sua pretensão no
artigo 186 do Código Civil, o qual determina que:
Também se assegura no que dita o artigo 927, do Código Civil, o qual dita que a pessoa
que, por ato ilícito, causar dano a outra pessoa, fica obrigada pela reparação. Dessa
maneira, percebe-se que a Requerida procura de todas as formas se eximir da culpa, ou na
melhor das hipóteses, minimizá-la, contudo, é incontroversa que aquela teve sim
responsabilidade.
Sendo assim, são incontestáveis os danos estéticos sofridos, vide o estrago que fora feito
na perna da Vítima. Assim, a Requerida deve ser condenada no importe de R$ XXX,00
(XXX reais).
O dano material, que também é conhecido como dano patrimonial, é aquele que consiste
todos os bens e direitos, onde abrange coisas corpóreas e incorpóreas.
Sendo assim, todos os gastos com remédios, consultas, exames e demais procedimentos
antes apresentados nesta Petição Inicial, devem ser arcados pela Requerida.
III – PEDIDOS
2) Seja julgada procedente a presente ação para o fim de condenar a parte Ré pela
indenização moral, estética e material ao Autor no montante de R$ XXX,00 (XXX reais);
Advogado
OAB
MISSÃO
“Gerar, sistematizar e socializar o conhecimento e o saber, por meio da oferta de
serviços educacionais de qualidade, comprometendo-se com a sociedade, o meio
ambiente e a cidadania”.