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GABRIELA PAULA COSTA

GILBERTO FREIRE
ISABELLA ALEXANDRA
MARCIO PINTO
RÔMULO SANTIAGO

TRABALHO DE PORTUGUÊS FORENSE


PETIÇÃO INICIAL

BELO HORIZONTE
2013
EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA CÍVEL DA COMARCA DE BELO
HORIZONTE

Proc. n: 1353/2013

SEBASTIÃO ALMEIDA NEVES, brasileiro, casado, aposentado, portador da Carteira de


Identidade RG/SSP/SP n.º 13.415.655, devidamente inscrito no CPF/MF sob o n.º
666.222.333-17, residente e domiciliado na Rua Cláudio Manoel n.° 1180, no bairro
Funcionários, CEP 31.990.380, nesta Capital, por meio de seu advogado (documento de
procuração anexo), vem, mui respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, com
fundamento nos artigos 186 e 936 do Código Civil, combinado com o artigo 275 do Código
de Processo Civil, propor AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS, POR PROCEDIMENTO SUMÁRIO em face de AMANDA DOS SANTOS
RIBEIRO, brasileira, solteira, vendedora, portadora da Carteira de Identidade RG/SSP/SP n.°
9.2013.809, devidamente inscrita no CPF/MF sob o n° 111.777.555.89, residente e
domiciliada na Rua Santa Quitéria n.º 555, no bairro Funcionários, CEP 31990-410, nesta
Capital, pelos motivos de fato e de direito expostos.

I- DOS FATOS:

1. O autor reside nesta cidade, no endereço mencionado e quando


estava caminhando pela via pública, veio a ser atacado de forma surpreendente por um cão da raça
Pitbull, cor Bege, que posteriormente veio, a saber, ser de propriedade da ré, que reside na Rua Santa
Quitéria n.° 555, local próximo onde o autor estava a caminhar.
2. Que a proprietária do mencionado cão não agiu com os
cuidados necessários de quem possui um animal dessa natureza, pois de forma negligente, ao levar o
cão para passear pela via pública, soltou a coleira de suas mãos, sem qualquer segurança, vindo o cão a
atacar de forma violenta o autor da presente ação.

3. Que apesar de não ter sido mordido, por estar o cão de


focinheira, o autor fora atacado, vindo a sofrer vários arranhões provocados pela pata do animal, além
de diversas escoriações sofridas em decorrência do tombo ocasionado pelo ataque.

4. Que a proprietária do animal retirou-se do local, sem prestar


nenhum tipo de socorro, tão logo o autor fora atacado, fato que constrangeu, ainda mais o autor,
perante as pessoas que passavam pelo local.

JURISPRUDÊNCIA:

“Demonstrada a culpa in vigilando daqueles que mantêm sob sua guarda cães
ferozes, os danos físicos e morais causados à vítima, que em nada concorreu
para o evento, devem ser ressarcidos, de modo mais amplo possível, pelo
proprietário ou por quem tem a guarda dos animais”. (RT 727/274)

“Indenização - Ataque por cães bravios - Danos físicos e morais - Culpa in


vigilando caracterizada - Reparação devida - “Demonstrada a culpa in
vigilando daqueles que mantêm sob sua guarda cães ferozes, os danos físicos e
morais causados à vítima, que em nada concorreu para o evento devem ser
ressarcidos, de modo mais amplo possível, pelo proprietário ou por quem tem a
guarda dos animais”. (Ac. 8ª Câm. Cív. do TJRJ, na Ap. Cív. 5.882/95, j.
24.10.95).

II- DO DIREITO

A ré causou profundo dano a moral e a dignidade do autor. Assim,


deve indenizá-lo, pois o art. 5º, inciso X. da Constituição Federal dispõe que são”invioláveis a
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurando o direito de indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação.” A norma constitucional é de clareza meridiana ao
tutelar o direito daqueles que têm a moral abalada por ato ilícito cometido por terceiros.
É imposta sanção semelhante ao réu pelo artigo 186 do Código
Civil: “Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar
dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito”. O artigo 927 do dispositivo citado
é no sentido de que “Aquele que por ato ilícito (artigos 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado
a repará-lo. Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos
casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano
implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem”. Segundo os artigos, a conduta da ré é
tipificada como “ato ilícito” e , portanto, indenizável.Corroborando a obrigação de indenizar as vítimas
de dano moral de dano moral, o jurista Caio Mario da Silva Pereira afirma que:
“na reparação por dano moral estão conjugados dois motivos, ou duas concausas:
1 – punição ao infrator pelo fato de haver ofendido um bem jurídico da vítima,
posto que imaterial; 2 – pôr nas mãos do ofendido uma soma que não lhe é um
‘pretum dolores’, porém o meio de lhe oferecer a oportunidade de conseguir
satisfação de qualquer espécie, seja de ordem intelectual ou moral, seja mesmo
de cunho material, o que pode ser obtido no fato de saber que esta soma em
dinheiro pode amenizar o desejo de vingança.”(“Responsabilidade Civil”, 2ª
Ed., Rio de Janeiro: Forense,1991, p.338).
Que em virtude do ataque mencionado, o autor fora levado ao
hospital local, onde fora atendido e medicado, sendo a seguir liberado, mas tendo de ficar de repouso
por mais 30 (trinta) dias, até que pudesse voltar às suas atividades normais (comprovantes anexos).
Que devido ao ocorrido, o autor teve que arcar com despesas
médicas e hospitalares no valor de R$ 2.000,00(dois mil reais), além de R$ 500,00(quinhentos reais) a
título de remédios (comprovantes anexos), cujos prejuízos deverão ser ressarcidos pela ré, que não deu
a menor assistência ao autor.
Entende o autor que a indenização deve ter objetivo de servir de
instrumento sancionador a ré, em virtude dos danos materiais sofridos pelo autor e aos atos ilícitos que
ela praticou .Dessa forma, a ré deverá ser compelida a pagar ao autor a quantia de R$33.500,00(trinta e
três mil e quinhentos reais), a título de indenização de danos morais.

III- DO PEDIDO
Ante todo o exposto, seja a presente ação julgada como procedente para o fim de condenar a
ré ao ressarcimento das despesas que o autor teve na ordem de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhetos
reais), por danos materiais, além da quantia de R$ 33.500,00 (trinta e três mil e quinhentos reais), a
título de dano moral, devendo os valores serem atualizados desde o evento, de modo a se permitir o
exato ressarcimento dos prejuízos sofridos.

IV- DO REQUERIMENTO

Requer, ainda, a citação do réu para constatar a presente, sob pena de revelia e confissão
quanto à matéria de fato, e para acompanhá-la até decisão final que, julgará, certamente,
julgará procedente o pedido do autor.

Requer os benefícios da assistência judiciária gratuita.

Requer sejam observados os procedimentos do rito sumário, conforme art. 275, do CPC.

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova admitimos em direito, especialmente
pelo depoimento pessoal do réu, sob pena de confissão, oitiva de testemunhas, juntada de
novos documentos e outras provas que se fizerem necessárias para o deslinde da demanda.

Requer seja a ré condenada nas custas processuais e honorários advocatícios que forem
fixados.

Valor da causa: R$ 36.000,00 (trinta e seis mil reais)

Pede deferimento.

Termos em que,
pede deferimento.
Belo Horizonte, 24 de Outubro de 2013.
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OAB/MG

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