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Vanessa Paim de Sousa | 11 983284327 | starpink.vanessa@gmail.com | CPF: 364.910.

078-98

CPF: 364.910.078-98

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
Vanessa Paim de Sousa | 11 983284327 | starpink.vanessa@gmail.com | CPF: 364.910.078-98

SUMÁRIO

1. DIREITO CIVIL ....................................................................................................... 4


1.1 CÓDIGO CIVIL (art. 1196 a 1276) ............................................................................ 4
1.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 19
2. DIREITO CONSTITUCIONAL .................................................................................. 20
2.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL (art. 170 a 181) ............................................................ 20
2.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 25
3. DIREITO DO CONSUMIDOR ................................................................................. 26
3.1 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR (art. 81 a 90) ........................................ 26
3.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 32
4. DIREITO PENAL ................................................................................................... 33
4.1 CÓDIGO PENAL (art. 235 a 249) ........................................................................... 33
4.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 38
5. DIREITO PROCESSUAL PENAL .............................................................................. 39
5.1 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL (art. 503 a 555) ....................................................... 39
5.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 46
6. DIREITO AMBIENTAL ........................................................................................... 47
6.1 LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. (art. 1º a 21) ........................................ 47
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6.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 56
7. DIREITO ADMINISTRATIVO.................................................................................. 57
7.1 LEI Nº 12.462, DE 04 DE AGOSTO DE 2011 (art. 1º a 28) ..................................... 57
7.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 75
8. DIREITO EMPRESARIAL ....................................................................................... 76
8.1 (art. 1088 a 1101) ................................................................................................. 76
8.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 79
9. DIREITO PROCESSUAL CIVIL................................................................................. 80
9.1 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (art. 539 a 598) ......................................................... 80
9.2 Artigos exigidos em provas de magistratura ................................................................. 92

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1. DIREITO CIVIL CLASSIFICAÇÃO

1.1 CÓDIGO CIVIL (art. 1196 a 1276) É aquela exercida por quem tem
Posse direta a coisa materialmente. Ex.:
Inquilino.
LIVRO III
É aquele que tem poderes de
Do Direito das Coisas
proprietário, mas não se
Posse indireta
TÍTULO I encontra na posse direta do
bem. Ex.: Locador.
Da posse
É a posse que não é violenta,
CAPÍTULO I Posse justa
clandestina ou precária.
Da Posse e sua Classificação É a posse que é violenta,
Posse injusta
clandestina ou precária.
TEORIAS DA POSSE Ocorre quando o possuidor
ignora o vício, ou o obstáculo
TEORIA SUBJETIVA TEORIA OBJETIVA que impede a aquisição da
Posse de boa-fé coisa. Presume-se de boa-fé a
Savigny Ihering
posse com justo título, salvo
Denomina-se como A teoria objetiva se prova em contrário ou quando a
subjetiva por exigir, contrapõe à subjetiva lei expressamente não admitir.
para a configuração da por dispensar o É a posse em que o possuidor
posse, a presença do
corpus (poder sobre a
animus
configuração
na
da
Posse de má-fé tem conhecimento do vício da
sua posse.
4
coisa) e do animus posse. Para Ihering, a É a que conta com menos de um
domini (intenção de distinção entre Posse nova ano e um dia, ou seja, é aquela
ter a coisa como sua). corpus e animus é com até um ano.
Para Savigny, a irrelevante, pois a É aquela com um ano e um dia
Posse velha
ausência do animus noção de animus se ou mais.
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descaracterizaria a encontra na de É a posse que pode ser
posse, gerando mera corpus, sendo a defendida através das ações
detenção. Defendia a maneira como o Posse ad possessórias diretas ou
autonomia da posse, proprietário age em interdicta interditos possessórios. Para
dissociando-a da face da coisa de que é tanto, a posse deve ser justa.
propriedade. possuidor. Não conduz à usucapião.
É a que se prolonga no tempo e
possibilita a aquisição da
Atenção: Filia-se o Código Civil brasileiro à Posse ad
propriedade, desde que
corrente objetiva de Ihering, embora, usucapionem
observados os parâmetros
excepcionalmente, em algumas legais.
oportunidades haja a adoção da teoria
É a posse de quem tem animus
subjetiva de Savigny, como, por exemplo, na Posse Própria
domini.
usucapião, cujo animus domini (elemento
É a de quem tem posse
subjetivo) se mostra necessário à Posse
subordinada a de outra pessoa,
configuração do instituto. Imprópria
que tem posse própria.

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Art. 1.196. Considera-se POSSUIDOR todo aquele circunstâncias façam PRESUMIR que o possuidor
que tem de fato o exercício, pleno OU não, de não ignora que possui indevidamente.
algum dos poderes inerentes à propriedade.
Art. 1.203. SALVO prova em contrário,
Art. 1.197. A POSSE DIRETA, de pessoa que tem a entende-se MANTER a posse o mesmo caráter
coisa em seu poder, temporariamente, em virtude com que foi adquirida.
de direito pessoal, ou real, NÃO anula a INDIRETA,
de quem aquela foi havida, podendo o possuidor CAPÍTULO II
direto defender a sua posse contra o indireto. Da Aquisição da Posse
Art. 1.198. Considera-se DETENTOR aquele que,
achando-se em relação de dependência para FORMAS DE AQUISIÇÃO E TRANSMISSÃO DA
com outro, conserva a posse em nome deste e POSSE
em cumprimento de ordens ou instruções suas.
Caracteriza-se pela
Parágrafo único. Aquele que começou a comportar- Posse exteriorização do domínio, ou
se do modo como prescreve este artigo, em relação natural seja, em razão do
ao bem e à outra pessoa, PRESUME-SE detentor, comportamento do possuidor.
ATÉ QUE prove o contrário.
Decorre diretamente da lei ou da
Detenção: trata-se do caso em que a norma Posse civil vontade entre as partes (negócio
retira a qualificação de possuidor daquele que jurídico).
tem contato físico com a coisa. Logo, detenção 5
Dá-se quando não há relação de
é a relação da pessoa com o bem a que o
causalidade entre a posse atual
ordenamento jurídico não confere proteção.
e a anterior, visto não ter a
aquisição decorrido de anuência
Art. 1.199. Se 2 OU MAIS PESSOAS possuírem Posse
do antigo possuidor. O exemplo
coisa indivisa, poderá cada uma exercer sobre originária
CPF: 364.910.078-98 típico se dá no ato de apreensão
ela atos possessórios, CONTANTO QUE NÃO
de bem móvel, quando a coisa
excluam os dos outros compossuidores.
não tem dono (res nullis) ou for
Art. 1.200. É JUSTA a posse que NÃO for abandonada (res derelictae).
violenta, clandestina ou precária.
Ocorre quando há relação de
Art. 1.201. É de BOA-FÉ a posse, se o possuidor causalidade entre a posse
ignora o vício, ou o obstáculo que impede a anterior e a atual, havendo esta
aquisição da coisa. Posse
emanado da anuência do antigo
derivada
Parágrafo único. O possuidor com justo título possuidor. Em havendo vício na
tem por si a PRESUNÇÃO de boa-fé, SALVO posse anterior, a posse derivada
prova em contrário, OU quando a lei poderá ser afetada.
expressamente não admite esta presunção.
Art. 1.204. Adquire-se a posse DESDE o
Art. 1.202. A posse de boa-fé SÓ perde este caráter momento em que se torna possível o EXERCÍCIO,
NO CASO E DESDE o momento em que as em NOME PRÓPRIO, de QUALQUER dos
poderes inerentes à propriedade.

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Art. 1.205. A posse pode ser adquirida:


por seu turno, é a situação
I - pela própria pessoa que a pretende ou por seu em que alguém possuía um
representante; Constituto bem em nome próprio e
possessório passa a possui-lo em nome
II - por terceiro sem mandato, dependendo de
alheio. É modo de aquisição
ratificação.
e de perda da posse.
Art. 1.206. A posse TRANSMITE-SE aos
herdeiros ou legatários do possuidor com os é o contrário do constituto
mesmos caracteres. possessório, ou seja, opera-
Traditio brevi se quando aquele que
Art. 1.207. O SUCESSOR UNIVERSAL continua de manu possuía em nome alheio
direito a posse do seu antecessor; e ao passa a possuir em nome
SUCESSOR SINGULAR é facultado unir sua posse próprio.
à do antecessor, para os efeitos legais.
CAPÍTULO III
Art. 1.208. NÃO induzem posse os atos de mera
permissão ou tolerância assim como NÃO Dos Efeitos da Posse
autorizam a sua aquisição os atos violentos, ou
clandestinos, SENÃO DEPOIS de cessar a Proteção possessória
violência ou a clandestinidade.
Percepção dos frutos
Art. 1.209. A posse do imóvel faz PRESUMIR,
até prova contrária, a das coisas móveis que
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nele estiverem. Responsabilidade pela perda ou
EFEITOS
deterioração da coisa
DA POSSE
CONCEITOS IMPORTANTES
Indenização por benfeitorias e o
é a conversão da detenção em direito de retenção
posse, desde queCPF: 364.910.078-98
rompida a
subordinação, na hipótese de Usucapião
Transmudação
exercício em nome próprio
dos atos possessórios Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser MANTIDO
(Enunciado 301 do CJF). NA POSSE em caso de turbação, RESTITUÍDO no
de esbulho, e SEGURADO DE VIOLÊNCIA
é a modificação do título da IMINENTE, se tiver justo receio de ser molestado.
posse na hipótese em que o
até então possuidor direto § 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá
demonstrar ato exterior e manter-se ou restituir-se por sua PRÓPRIA FORÇA,
Interversão da inequívoco de oposição ao contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de
posse antigo possuidor indireto, desforço, NÃO podem ir além do indispensável à
tendo por efeito a manutenção, ou restituição da posse.
caracterização do animus § 2o NÃO OBSTA à manutenção ou reintegração
domini (Enunciado 237 do na posse A ALEGAÇÃO de propriedade, ou de
CJF). outro direito sobre a coisa.

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Art. 1.211. Quando MAIS DE 1 PESSOA se disser Art. 1.214. O possuidor de boa-fé tem direito,
possuidora, manter-se-á provisoriamente a que enquanto ela durar, aos FRUTOS PERCEBIDOS.
tiver a coisa, SE NÃO estiver manifesto que a
Parágrafo único. Os FRUTOS PENDENTES ao
obteve de alguma das outras por modo vicioso.
tempo em que cessar a boa-fé devem ser
Art. 1.212. O possuidor pode intentar a ação de restituídos, depois de deduzidas as despesas da
esbulho, ou a de indenização, contra o terceiro, produção e custeio; devem ser também
que recebeu a coisa esbulhada SABENDO que o era. restituídos os FRUTOS COLHIDOS COM
ANTECIPAÇÃO.
Art. 1.213. O disposto nos artigos antecedentes
NÃO se aplica às servidões NÃO aparentes, Art. 1.215. Os FRUTOS NATURAIS E INDUSTRIAIS
SALVO quando os respectivos títulos provierem reputam-se colhidos e percebidos, logo que são
do possuidor do prédio serviente, ou daqueles de separados; os CIVIS reputam-se percebidos dia
quem este o houve. por dia.

defesa direta permitida em Art. 1.216. O possuidor de MÁ-FÉ responde por


lei (legítima defesa) todos os frutos colhidos e percebidos, bem como
pelos que, por culpa sua, deixou de perceber,
ações o interdito
desde o momento em que se constituiu de má-fé;
PROTEÇÃO possessórias proibitório, a tem direito às despesas da produção e custeio.
POSSESSÓRIA típicas, manutenção
também da posse e a Art. 1.217. O possuidor de BOA-FÉ NÃO
chamadas de
interditos
reintegração. responde pela perda ou deterioração da coisa, a
que não der causa.
7
possessórios. Art. 1.218. O possuidor de MÁ-FÉ responde pela
perda, ou deterioração da coisa, AINDA QUE
INTERDITOS POSSESSÓRIOS acidentais, SALVO se provar que de igual modo se
teriam dado, estando ela na posse do reivindicante.
Ação de
cabível em caso de
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Art. 1.219. O possuidor de BOA-FÉ tem direito à
Reintegração de
esbulho (perda da posse). indenização das BENFEITORIAS necessárias e
Posse
úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não
cabível em caso de lhe forem pagas, a levantá-las, quando o puder
(per)turbação, embaraço sem detrimento da coisa, e poderá exercer o
da posse, inclusive no caso DIREITO DE RETENÇÃO pelo valor das
Ação de de descumprimento de benfeitorias necessárias e úteis.
Manutenção da contrato em que haja Art. 1.220. Ao possuidor de MÁ-FÉ serão
Posse desdobramento da posse. ressarcidas somente as benfeitorias
Ex.: atraso na restituição necessárias; NÃO lhe assiste o direito de
de bem dado em retenção pela importância destas, NEM o de
comodato. levantar as voluptuárias.

Interdito cabível em caso de Art. 1.221. As benfeitorias COMPENSAM-SE com


Proibitório ameaça da posse. os danos, E SÓ obrigam ao ressarcimento se ao
tempo da evicção ainda existirem.

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Art. 1.222. O reivindicante, obrigado a indenizar Atenção: cláusula constituti ou constituto


as benfeitorias ao possuidor de MÁ-FÉ, tem o possessório é hipótese em que a pessoa
DIREITO DE OPTAR entre o seu valor atual e o possuía o bem em nome próprio e passa a
seu custo; ao possuidor de BOA-FÉ indenizará possuir em nome alheio, sendo forma de
pelo valor atual. aquisição e perda da posse, ao mesmo tempo.

BENFEITORIAS TÍTULO II

são as essenciais, tem por Dos Direitos Reais


Benfeitorias
objetivo a conservação da
necessárias CAPÍTULO ÚNICO
coisa principal.
Disposições Gerais
são as que aumentam ou
Benfeitorias
facilitam o uso da coisa Art. 1.225. São DIREITOS REAIS:
úteis
principal.
I - a propriedade;
Benfeitorias destinam-se ao mero luxo II - a superfície;
voluptuárias ou deleite.
III - as servidões;

CAPÍTULO IV IV - o usufruto;

V - o uso;
Da Perda da Posse
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Art. 1.223. Perde-se a posse quando CESSA, VI - a habitação;
embora contra a vontade do possuidor, o poder VII - o direito do promitente comprador do
sobre o bem, ao qual se refere o art. 1.196. imóvel;
Art. 1.224. SÓ se considera perdida a posse para VIII - o penhor;
quem NÃO presenciou o esbulho, QUANDO,
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tendo notícia dele, se abstém de retornar a coisa, IX - a hipoteca;
ou, tentando recuperá-la, é violentamente X - a anticrese.
repelido.
XI - a concessão de uso especial para fins de
(i) pelo abandono da coisa; moradia;

(ii) pela tradição; XII - a concessão de direito real de uso; e


(Redação dada pela Lei nº 13.465, de 2017)
(iii) pela perda ou destruição da
coisa; XIII - a laje. (Incluído pela Lei nº 13.465, de 2017)
PERDA
DA (iv) se a coisa for colocada fora de Art. 1.226. Os direitos reais sobre coisas móveis,
POSSE comércio; quando constituídos, ou transmitidos por atos
entre vivos, SÓ se adquirem com a TRADIÇÃO.
(v) pela posse de outrem;
Art. 1.227. Os direitos reais sobre imóveis
(vi) pela cláusula constituti; entre constituídos, ou transmitidos por atos entre
outros. vivos, SÓ se adquirem com o REGISTRO no

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Cartório de Registro de Imóveis dos referidos destruir ou transformar coisa; e reaver, é o poder
títulos (arts. 1.245 a 1.247), SALVO os casos de buscar a coisa onde ela estiver de quem
expressos neste Código. injustamente a possua ou detenha.

TÍTULO III
Atenção: quando o proprietário reúne todas
Da Propriedade essas faculdades (ou poderes), diz-se que tem
CAPÍTULO I a propriedade plena.

Da Propriedade em Geral
Nua propriedade: corresponde à titularidade
Seção I do domínio, ao fato de ser proprietário e de
Disposições Preliminares ter o bem em seu nome. Costuma-se dizer que
a nua propriedade é aquela despida dos
atributos do uso e da fruição (atributos
Propriedade: é direito real que gera para o
diretos ou imediatos).
seu titular (proprietário) as faculdades de
usar, gozar ou fruir, dispor e reivindicar a
coisa, nos limites da função social. Cuida-se de Domínio útil: corresponde aos atributos de
um direito fundamental, protegido no art. 5.º, usar, gozar e dispor da coisa. Dependendo dos
inc. XXII, da Constituição Federal, mas que atributos que possui, a pessoa que o detém
deve sempre atender a uma função social, em recebe uma denominação diferente:
prol de toda a coletividade. superficiário, usufrutuário, usuário, 9
habitante, promitente comprador etc.
FACULDADES DA PROPRIEDADE
Art. 1.228. O proprietário tem a FACULDADE de
possibilidade de colocar a USAR, GOZAR e DISPOR da coisa, e o direito de
USAR
coisa em serviço. REAVÊ-LA do poder de quem quer que
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injustamente a possua ou detenha.
GOZAR OU poder de retirar frutos que a
FRUIR coisa gera. § 1o O direito de propriedade deve ser exercido
em consonância com as suas finalidades
faculdade de alienar, econômicas e sociais e de modo que sejam
DISPOR consumir, destruir ou preservados, de conformidade com o
transformar coisa. estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as
belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o
é o poder de buscar a coisa patrimônio histórico e artístico, bem como
onde ela estiver de quem evitada a poluição do ar e das águas.
REAVER
injustamente a possua ou
§ 2o São DEFESOS os atos que NÃO trazem ao
detenha.
proprietário qualquer comodidade, ou
utilidade, e sejam animados pela intenção de
Faculdades da Propriedade: usar é a PREJUDICAR outrem.
possibilidade de colocar a coisa em serviço; gozar
§ 3o O proprietário pode ser PRIVADO da coisa,
ou fruir é o poder de retirar frutos que a coisa
nos casos de desapropriação, por necessidade
gera; dispor é faculdade de alienar, consumir,

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ou utilidade pública ou interesse social, bem


ressalvadas certas situações, a
como no de requisição, em caso de perigo
exemplo do condomínio, o poder
público iminente.
Exclusivo dominial de alguém exclui o de
outrem, concomitantemente,
Desapropriação x Usucapião: a doutrina sobre a mesma coisa;
diverge quanto à natureza jurídica do art.
1.228, §4º e 5º do CC. Parte da doutrina a propriedade pode ser
entende se tratar de nova espécie de distendida ou contraída na
usucapião onerosa. Outra parte entende se formação de outros direitos reais
tratar de desapropriação. A tese da sem perder a essência. Assim,
desapropriação judicial é corroborada pelos certos poderes ou faculdades da
Elástico
Enunciados 308 e 311 das Jornadas de Direito propriedade que lhe são
Civil, que expressamente fazem menção ao inerentes poderão ser
instituto como espécie de “desapropriação”. destacados, para que sejam
formados outros direitos, sem
§ 4o O proprietário também pode ser PRIVADO que isso implique sua destruição.
da coisa se o imóvel reivindicado consistir em
extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, Art. 1.229. A propriedade do solo ABRANGE a do
por MAIS DE 5 ANOS, de considerável número espaço aéreo e subsolo correspondentes, em
de pessoas, e estas nela houverem realizado, em altura e profundidade úteis ao seu exercício,
conjunto OU separadamente, obras e serviços NÃO podendo o proprietário opor-se a
atividades que sejam realizadas, por terceiros, a
10
considerados pelo juiz de interesse social e
econômico relevante. uma altura ou profundidade tais, que não tenha
ele interesse legítimo em impedi-las.
§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz
fixará a justa indenização devida ao proprietário; Art. 1.230. A propriedade do solo NÃO
pago o preço, valerá a sentença como título para ABRANGE as jazidas, minas e demais recursos
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o registro do imóvel em nome dos possuidores. minerais, os potenciais de energia hidráulica, os
monumentos arqueológicos e outros bens
CARACTERÍSTICAS DO DIREITO DE referidos por leis especiais.
PROPRIEDADE
Parágrafo único. O proprietário do solo tem o
é formado por um conjunto de direito de EXPLORAR os recursos minerais de
Complexo emprego imediato na construção civil, DESDE
poderes ou faculdades;
QUE NÃO submetidos a transformação
não no sentido de que se possa industrial, obedecido o disposto em lei especial.
fazer dele o que bem entender,
Absoluto Art. 1.231. A PROPRIEDADE PRESUME-SE plena e
mas porque a oponibilidade é exclusiva, até prova em contrário.
erga omnes;
Art. 1.232. Os frutos e mais produtos da coisa
não se extingue, simplesmente, pertencem, ainda quando separados, ao seu
Perpétuo pelo não uso, podendo ser proprietário, SALVO SE, por preceito jurídico
transmitido por gerações; especial, couberem a outrem.

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Seção II CAPÍTULO II

Da Descoberta Da Aquisição da Propriedade Imóvel

Art. 1.233. Quem quer que ache coisa alheia Seção I


PERDIDA há de restituí-la ao dono ou legítimo
Da Usucapião
possuidor.

Parágrafo único. Não o conhecendo, o Usucapião: É modo originário de aquisição da


descobridor fará por encontrá-lo, e, se não o propriedade pela posse prolongada aliada à
encontrar, entregará a coisa achada à inércia. Diz-se que é modo originário pois não
autoridade competente. há ato de transferência.
Art. 1.234. Aquele que restituir a coisa achada,
nos termos do artigo antecedente, terá direito a REQUISITOS
uma RECOMPENSA NÃO INFERIOR A 5% DO SEU
VALOR, e à indenização pelas despesas que Posse ad
houver feito com a conservação e transporte da usucapionem a posse deve ser externada
coisa, se o dono não preferir abandoná-la. com animus com vontade de ser dono;
domini
Parágrafo único. Na determinação do montante
da recompensa, considerar-se-á o esforço o tempo necessário será
desenvolvido pelo descobridor para encontrar o Tempo variável de acordo com a
dono, ou o legítimo possuidor, as possibilidades espécie de usucapião. 11
que teria este de encontrar a coisa e a situação
econômica de ambos. Art. 1.238. Aquele que, por 15 ANOS, sem
interrupção, nem oposição, possuir como seu
Art. 1.235. O descobridor responde pelos
prejuízos causados ao proprietário ou possuidor um imóvel, adquire-lhe a propriedade,
independentemente de título e boa-fé;
legítimo, QUANDO tiver procedido com DOLO.
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podendo requerer ao juiz que assim o declare
Art. 1.236. A autoridade competente dará por sentença, a qual servirá de título para o
conhecimento da descoberta através da imprensa registro no Cartório de Registro de Imóveis.
e outros meios de informação, SOMENTE
Parágrafo único. O prazo estabelecido neste
expedindo editais SE o seu valor os comportar.
artigo REDUZIR-SE-Á A 10 ANOS se o possuidor
Art. 1.237. Decorridos 60 DIAS da divulgação da houver estabelecido no imóvel a sua moradia
notícia pela imprensa, ou do edital, não se habitual, ou nele realizado obras ou serviços de
apresentando quem comprove a propriedade caráter produtivo.
sobre a coisa, será esta VENDIDA em hasta
pública e, deduzidas do preço as despesas, mais Usucapião Constitucional (ou Especial) Rural
a recompensa do descobridor, pertencerá o ou Pro Labore:
remanescente ao Município em cuja
circunscrição se deparou o objeto perdido. Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário
Parágrafo único. Sendo de diminuto valor, de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por
poderá o Município ABANDONAR a coisa em 5 ANOS ininterruptos, sem oposição, área de
favor de quem a achou. terra em zona rural não superior a 50 HECTARES,

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tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua § 2 o (VETADO) . (Incluído pela Lei nº 12.424, de
família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a 2011)
propriedade.
Art. 1.241. Poderá o possuidor requerer ao juiz
seja declarada adquirida, mediante usucapião, a
Usucapião Constitucional (ou Especial)
propriedade imóvel.
Urbana ou Pro Misero:
Parágrafo único. A declaração obtida na forma
Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área deste artigo constituirá título hábil para o
urbana de ATÉ 250 METROS QUADRADOS, por 5 registro no Cartório de Registro de Imóveis.
ANOS ininterruptamente e sem oposição,
utilizando-a para sua moradia ou de sua família, Usucapião Ordinária:
adquirir-lhe-á o domínio, DESDE QUE não seja
proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Art. 1.242. Adquire também a propriedade do
imóvel aquele que, contínua e
§ 1o O título de domínio e a concessão de uso
incontestadamente, com justo título e boa-fé, o
serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a
possuir por 10 ANOS.
ambos, independentemente do estado civil.
Parágrafo único. Será de 5 ANOS o prazo previsto
§ 2o O direito previsto no parágrafo antecedente
neste artigo SE o imóvel houver sido adquirido,
NÃO será reconhecido ao mesmo possuidor
onerosamente, com base no registro constante
MAIS DE 1 VEZ.
do respectivo cartório, CANCELADA
posteriormente, DESDE QUE os possuidores 12
Usucapião Familiar: nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou
realizado investimentos de interesse social e
Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 ANOS econômico.
ininterruptamente e sem oposição, posse
direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano Art. 1.243. O possuidor pode, para o fim de
de até 250M² (duzentos e cinquenta CPF:metros contar o tempo exigido pelos artigos
364.910.078-98
quadrados) cuja propriedade divida com ex- antecedentes, ACRESCENTAR à sua posse a dos
cônjuge ou ex-companheiro que ABANDONOU seus antecessores (art. 1.207), CONTANTO QUE
o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua TODAS sejam contínuas, pacíficas e, nos casos
família, adquirir-lhe-á o domínio integral, DESDE do art. 1.242, com justo título e de boa-fé.
QUE não seja proprietário de outro imóvel Art. 1.244. Estende-se ao possuidor o disposto
urbano ou rural. quanto ao devedor acerca das causas que
§ 1o O direito previsto no caput não será obstam, suspendem ou interrompem a
reconhecido ao mesmo POSSUIDOR MAIS DE 1 prescrição, as quais também se aplicam à
VEZ. usucapião.

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ESPÉCIES DE USUCAPIÃO

- Posse de 15 anos (pode ser reduzida para 10, se o possuidor houver


estabelecido no imóvel a sua moradia habitual ou nele realizado obras e
EXTRAORDINÁRIA serviços de caráter produtivo – posse trabalho);
(CC, art. 1.238)
- Exercida com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacífica;
- Dispensados justo título e boa-fé.
- Posse de 10 anos (pode ser reduzida para 5, se o imóvel houver sido
ORDINÁRIA adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo
(simples: CC, art. cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem
1.242, caput/ estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e
tabular: CC, art. econômico.);
1.242, § único) - Exercida com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacífica;
- Necessário justo título e boa-fé.
- Posse de 5 anos, contínua, mansa e pacífica;
RURAL (PRO
- Área rural contínua ≤ 50 ha, tornando-a produtiva e nele tendo sua morada;
LABORE – CF, art.
191; CC, art. 1.239) - Não ter o usucapiente outra propriedade;
- Dispensados justo título e boa-fé.
- Posse de área urbana ≤ 250 m²; 13
ESPECIAL URBANA - Prazo de 5 anos;
(PRO MISERO – CC,
- Posse contínua, mansa e pacífica;
art. 1.240/ Lei nº
10.257/01, artigo - Utilização do imóvel para moradia do possuidor ou de sua família;
9º) - Não ter o usucapiente outra propriedade;
- Não pode serCPF:
reconhecida por mais de uma vez à mesma pessoa.
364.910.078-98
- Núcleos urbanos informais, cuja área total dividida pelo número de
ESPECIAL URBANA
COLETIVA (Lei nº possuidores seja inferior a 250m² por possuidor;
10.257/01, art. 10 - - Posse coletiva por 5 anos sem oposição;
Redação dada pela - Possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural;
Lei 13.465/2017)
- Pode haver soma de posses, desde que sejam contínuas.
- Imóvel urbano ≤ 250 m²;
ABANDONO DE - Posse por 2 anos ininterruptos e sem oposição;
LAR CONJUGAL
(CC, art. 1.240-A e
- Propriedade que era dividida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que
Lei nº 8.424/11) abandonou o lar, sendo utilizado para moradia do usucapiente e família;
- O usucapiente não pode ser proprietário de outro imóvel.

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Seção II ocorrer no Cartório de Registros de imóveis


do local de situação da coisa.
Da Aquisição pelo Registro do Título

Seção III
Registro: forma de aquisição derivada, pois
existe uma relação de causa e efeito entre o Da Aquisição por Acessão
atual e o antigo proprietário. Assim, a
propriedade é adquirida com as qualidades e Acessão: É um modo originário de aquisição da
os defeitos que ela já tinha. Sendo forma propriedade imóvel, pelo qual, ao proprietário
derivada, o novo proprietário do bem é do solo fica pertencendo tudo aquilo que nele
responsável pelas dívidas que recaem sobre a aderir e não possa ser retirado sem estrago.
coisa, como no caso dos tributos. Assim, se fundamenta no princípio do direito
de que o acessório segue o principal.
Art. 1.245. TRANSFERE-SE entre vivos a
propriedade mediante o REGISTRO do título Art. 1.248. A ACESSÃO pode dar-se:
translativo no Registro de Imóveis.
I - por formação de ilhas;
§ 1o Enquanto NÃO se registrar o título
II - por aluvião;
translativo, o alienante continua a ser havido
como dono do imóvel. III - por avulsão;
§ 2o Enquanto NÃO se promover, por meio de ação IV - por abandono de álveo;
própria, a decretação de invalidade do registro, e o 14
V - por plantações ou construções.
respectivo cancelamento, o adquirente continua a
ser havido como dono do imóvel. Subseção I
Art. 1.246. O registro é EFICAZ DESDE o Das Ilhas
momento em que se apresentar o título ao oficial
do registro, e este o prenotar no protocolo. Art. 1.249. As ilhas que se formarem em
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Art. 1.247. Se o teor do registro NÃO exprimir a correntes comuns ou particulares pertencem
verdade, poderá o interessado reclamar que se aos proprietários ribeirinhos fronteiros,
observadas as regras seguintes:
retifique ou anule.
I - as que se formarem NO MEIO DO RIO
Parágrafo único. Cancelado o registro, poderá o
consideram-se acréscimos sobrevindos aos
proprietário reivindicar o imóvel,
terrenos ribeirinhos fronteiros de ambas as
independentemente da boa-fé ou do título do
margens, na proporção de suas testadas, até a
terceiro adquirente.
linha que dividir o álveo em duas partes iguais;
Atenção: a escritura pública não serve para a II - as que se formarem ENTRE A REFERIDA LINHA
aquisição da propriedade imóvel, sendo E UMA DAS MARGENS consideram-se
apenas uma formalidade que está no plano da acréscimos aos terrenos ribeirinhos fronteiros
validade dos contratos de constituição ou desse mesmo lado;
transmissão de bens. O registro é que se situa
III - as que se formarem pelo DESDOBRAMENTO
no plano de eficácia do contrato, é que gera a
DE UM NOVO BRAÇO DO RIO continuam a
aquisição da propriedade imóvel, e deve

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pertencer aos proprietários dos terrenos à custa Art. 1.253. Toda construção ou plantação existente
dos quais se constituíram. em um terreno PRESUME-SE feita pelo proprietário
e à sua custa, até que se prove o contrário.
Subseção II
Art. 1.254. Aquele que semeia, planta ou edifica em
Da Aluvião terreno PRÓPRIO com sementes, plantas ou
materiais ALHEIOS, ADQUIRE a propriedade
Art. 1.250. Os ACRÉSCIMOS formados, sucessiva
destes; MAS fica obrigado a pagar-lhes o valor, além
e imperceptivelmente, por depósitos e aterros
de responder por perdas e danos, se agiu de má-fé.
NATURAIS ao longo das margens das correntes,
ou pelo desvio das águas destas, pertencem aos Art. 1.255. Aquele que semeia, planta ou edifica
donos dos terrenos marginais, sem indenização. em terreno ALHEIO PERDE, em proveito do
proprietário, as sementes, plantas e construções;
Parágrafo único. O terreno aluvial, que se formar
se procedeu de boa-fé, terá direito a indenização.
em frente de prédios de proprietários diferentes,
DIVIDIR-SE-Á entre eles, na PROPORÇÃO da Parágrafo único. Se a construção ou a plantação
testada de cada um sobre a antiga margem. EXCEDER consideravelmente o valor do terreno,
aquele que, de boa-fé, plantou ou edificou,
Subseção III adquirirá a propriedade do solo, mediante
Da Avulsão pagamento da indenização fixada judicialmente,
se não houver acordo.
Art. 1.251. Quando, por força natural VIOLENTA,
uma porção de terra se destacar de um prédio e
Art. 1.256. Se de ambas as partes houve má-
fé, adquirirá o proprietário as sementes,
15
se juntar a outro, o dono deste adquirirá a
plantas e construções, devendo ressarcir o
propriedade do acréscimo, se indenizar o dono
valor das acessões.
do primeiro ou, sem indenização, se, EM 1 ANO,
ninguém houver reclamado. Parágrafo único. PRESUME-SE má-fé no
proprietário, quando o trabalho de construção,
Parágrafo único. Recusando-se ao pagamento
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de indenização, o dono do prédio a que se juntou
ou lavoura, se fez em sua presença e sem
impugnação sua.
a porção de terra deverá aquiescer a que se
remova a parte acrescida. Art. 1.257. O disposto no artigo antecedente
aplica-se ao caso de não pertencerem as
Subseção IV sementes, plantas ou materiais a quem de boa-
Do Álveo Abandonado fé os empregou em solo alheio.

Parágrafo único. O proprietário das sementes,


Art. 1.252. O álveo abandonado de corrente
plantas ou materiais poderá cobrar do proprietário
pertence aos proprietários ribeirinhos das duas
do solo a indenização devida, quando NÃO puder
margens, sem que tenham indenização os donos
havê-la do plantador ou construtor.
dos terrenos por onde as águas abrirem novo
curso, entendendo-se que os prédios marginais Art. 1.258. Se a construção, feita parcialmente
se estendem até o meio do álveo. em solo próprio, invade solo alheio em
proporção NÃO SUPERIOR À VIGÉSIMA PARTE
Subseção V deste, adquire o construtor de boa-fé a
Das Construções e Plantações propriedade da parte do solo invadido, SE o valor

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da construção EXCEDER o dessa parte, e Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se


responde por indenização que represente, prolongar por 5 ANOS, produzirá usucapião,
também, o valor da área perdida e a independentemente de título ou boa-fé.
desvalorização da área remanescente.
Art. 1.262. Aplica-se à usucapião das coisas
Parágrafo único. Pagando em DÉCUPLO as móveis o disposto nos arts. 1.243 e 1.244.
perdas e danos previstos neste artigo, o
construtor de má-fé adquire a propriedade da ORDINÁRIA (CC, EXTRAORDINÁRIA
parte do solo que invadiu, se em proporção à 1260) (CC, 1261)
VIGÉSIMA PARTE deste e o valor da construção
exceder consideravelmente o dessa parte e NÃO - Prazo de 3 anos; - Prazo de 5 anos;
se puder demolir a porção invasora sem grave - Posse contínua e - Independe de justo
prejuízo para a construção. incontestada; título e boa-fé.
Art. 1.259. Se o construtor estiver de boa-fé, e a - Com justo título e
invasão do solo alheio exceder a VIGÉSIMA boa-fé.
PARTE deste, adquire a propriedade da parte do
solo invadido, e responde por perdas e danos Seção II
que abranjam o valor que a invasão acrescer à
Da Ocupação
construção, mais o da área perdida e o da
desvalorização da área remanescente; se de má- Art. 1.263. Quem se assenhorear de coisa sem
fé, é obrigado a demolir o que nele construiu,
pagando as perdas e danos apurados, que serão
dono para logo lhe adquire a propriedade, não 16
sendo essa ocupação defesa por lei.
devidos EM DOBRO.
Seção III
CAPÍTULO III
Do Achado do Tesouro
Da Aquisição da Propriedade Móvel

Seção I Art. 1.264. O depósito antigo de coisas preciosas,


CPF: 364.910.078-98
oculto e de cujo dono não haja memória, será
Da Usucapião DIVIDIDO por igual entre o proprietário do
prédio e o que achar o tesouro casualmente.
Forma Ordinária de Usucapião:
Art. 1.265. O tesouro pertencerá POR INTEIRO
ao proprietário do prédio, se for achado por ele,
Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como
ou em pesquisa que ordenou, ou por terceiro
sua, contínua e incontestadamente durante 3
não autorizado.
ANOS, com justo título e boa-fé, adquirir-lhe-á a
propriedade. Art. 1.266. Achando-se em terreno aforado, o
tesouro será DIVIDIDO por igual entre o
Forma Extraordinária de Usucapião: descobridor e o enfiteuta, ou será deste POR
INTEIRO quando ele mesmo seja o descobridor.

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Seção IV considera-se realizada a transferência DESDE o


momento em que ocorreu a tradição.
Da Tradição
§ 2o NÃO transfere a propriedade a tradição,
TIPOS DE TRADIÇÃO quando tiver por título um negócio jurídico nulo.

quando a coisa é efetivamente Seção V


entregue ao adquirente, como Da Especificação
REAL
na compra de uma mercadoria
em loja.
Especificação: consiste na transformação da
como no caso do constituto coisa em uma espécie nova, diante do
FICTA possessório, situação em que o trabalho do especificador, não sendo mais
sujeito já possuía a coisa. possível o retorno à forma anterior. Ex.:
escultura em pedra de mármore; pintura em
quando a transferência do bem tela em branco etc. É forma derivada de
se opera por meio de um aquisição da propriedade móvel.
SIMBÓLICA símbolo ou sinal, a exemplo da
entrega das chaves de um Art. 1.269. Aquele que, trabalhando em matéria-
apartamento. prima EM PARTE alheia, obtiver espécie nova,
desta será proprietário, SE NÃO SE puder
Art. 1.267. A propriedade das coisas NÃO se
transfere pelos negócios jurídicos ANTES da
restituir à forma anterior.
17
Art. 1.270. Se TODA a matéria for alheia, E NÃO
tradição.
SE puder reduzir à forma precedente, será do
Parágrafo único. Subentende-se a tradição especificador de boa-fé a espécie nova.
quando o transmitente continua a possuir pelo
§ 1o Sendo praticável a REDUÇÃO, ou quando
CONSTITUTO POSSESSÓRIO; quando cede ao
impraticável, se a espécie nova se obteve de má-
adquirente o DIREITO À RESTITUIÇÃO CPF:da coisa,
364.910.078-98
fé, pertencerá ao dono da matéria-prima.
que se encontra em poder de terceiro; ou
quando o adquirente JÁ ESTÁ NA POSSE da coisa, § 2o Em qualquer caso, inclusive o da pintura em
por ocasião do negócio jurídico. relação à tela, da escultura, escritura e outro
qualquer trabalho gráfico em relação à matéria-
Art. 1.268. Feita por quem NÃO seja
prima, a espécie nova será do especificador, SE
proprietário, a tradição NÃO aliena a
o seu valor exceder consideravelmente o da
propriedade, EXCETO SE a coisa, oferecida ao
matéria-prima.
público, em leilão ou estabelecimento comercial,
for transferida em circunstâncias tais que, ao Art. 1.271. Aos prejudicados, nas hipóteses dos
adquirente de boa-fé, como a qualquer pessoa, o arts. 1.269 e 1.270, se ressarcirá o dano que
alienante se afigurar dono. sofrerem, menos ao especificador de má-fé, no
caso do § 1o do artigo antecedente, quando
§ 1 o Se o adquirente estiver de boa-fé e o
irredutível a especificação.
alienante adquirir depois a propriedade,

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Seção VI Art. 1.274. Se da união de matérias de natureza


diversa se formar espécie nova, à confusão,
Da Confusão, da Comissão e da Adjunção
comissão ou adjunção aplicam-se as normas dos
arts. 1.272 e 1.273.
é a mistura de líquidos (ex.:
CONFUSÃO CAPÍTULO IV
água e vinho);
Da Perda da Propriedade
COMISSÃO é mistura de sólidos (ex.: areia
Art. 1.275. Além das causas consideradas neste
(COMISTÃO) e sal mineral);
Código, PERDE-SE A PROPRIEDADE:

I - por alienação;
é justaposição de uma coisa à
outra (ex.: uma peça de metal II - pela renúncia;
ADJUNÇÃO
fundida acoplada a uma chapa
III - por abandono;
de cobre).
IV - por perecimento da coisa;
Art. 1.272. As coisas pertencentes a diversos V - por desapropriação.
donos, CONFUNDIDAS, MISTURADAS OU
Parágrafo único. Nos casos dos INCISOS I E II,
ADJUNTADAS sem o consentimento deles,
os efeitos da perda da propriedade imóvel
continuam a pertencer-lhes, sendo possível
separá-las sem deterioração. serão subordinados ao REGISTRO do título
transmissivo ou do ato renunciativo no
18
§ 1o Não sendo possível a separação das coisas, Registro de Imóveis.
ou exigindo dispêndio excessivo, subsiste
Art. 1.276. O imóvel urbano que o proprietário
indiviso o todo, cabendo a cada um dos donos
ABANDONAR, com a intenção de não mais o
quinhão proporcional ao valor da coisa com que
conservar em seu patrimônio, e que se não
entrou para a mistura ou agregado.
CPF: 364.910.078-98
encontrar na posse de outrem, poderá ser
§ 2 o Se uma das coisas puder considerar-se ARRECADADO, como bem vago, e passar, 3
principal, o dono sê-lo-á do todo, indenizando ANOS depois, à propriedade do Município ou
os outros. à do Distrito Federal, se se achar nas
Art. 1.273. Se a confusão, comissão ou adjunção respectivas circunscrições.
se operou de má-fé, à outra parte caberá § 1o O imóvel situado na zona rural, abandonado
ESCOLHER entre adquirir a propriedade do todo, nas mesmas circunstâncias, poderá ser
pagando o que não for seu, abatida a ARRECADADO, como bem vago, e passar, 3
indenização que lhe for devida, ou renunciar ao ANOS depois, à propriedade da União, onde
que lhe pertencer, caso em que será indenizado. quer que ele se localize.

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1.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Provas objetivas de Delegado de Polícia


em que os artigos estudados foram exigidos
(a partir de 2010)

Civil
(CC - art. 1196 a 1276)

Art. 1.201 TJ-SC, 2019 (CEBRASPE)

Art. 1.205 TJ-AL, 2019 (FCC)

Art. 1.206 TJ-SC, 2017 (FCC)

Art. 1.207 TJ-SC, 2017 (FCC)

Art. 1.208 TJ-PA, 2011 (CEBRASPE)

Art. 1.218 TJ-PR, 2018 (CEBRASPE)

Art. 1.267 TJ-PB, 2015 (CEBRASPE) 19


Art. 1.320 TJ-RJ, 2018 (VUNESP)

TJ-MT, 2018 (VUNESP)


Art. 1.228 TJ-RS, 2017 (VUNESP)
TJ-PB, 2015 (CEBRASPE)
CPF: 364.910.078-98
Art. 1.242 TJ-PA, 2019 (CEBRASPE)

Art. 1.243 TJ-PE, 2010 (FCC)

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2. DIREITO CONSTITUCIONAL públicos, SALVO nos casos previstos em lei. (Vide


Lei nº 13.874, de 2019)
2.1 CONSTITUIÇÃO FEDERAL (art. 170 a 181)
PRINCÍPIOS da ordem econômica
TÍTULO VII

DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA - soberania nacional.


- propriedade privada.
CAPÍTULO I
- função social da propriedade.
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE
ECONÔMICA - livre concorrência.
- defesa do consumidor (a defesa do
Ordem Econômica: é o conjunto de normas consumidor é princípio da ordem econômica e
que regulamenta o modo de produção e a também direito fundamental previsto no art.
atividade econômica do país. 5º, XXXII).
- defesa do meio ambiente, inclusive mediante
Art. 170. A ordem econômica, FUNDADA na tratamento diferenciado conforme o impacto
valorização do trabalho humano e na livre ambiental dos produtos e serviços e de seus
iniciativa, TEM POR FIM assegurar a todos processos de elaboração e prestação.
existência digna, conforme os ditames da justiça
social, observados os seguintes PRINCÍPIOS: - redução das desigualdades regionais e

I - soberania nacional;
sociais.
20
- busca do pleno emprego.
II - propriedade privada;
- tratamento favorecido para as empresas de
III - função social da propriedade; pequeno porte constituídas sob as leis
brasileiras e que tenham sua sede e
IV - livre concorrência;
administração no País.
V - defesa do consumidor; CPF: 364.910.078-98
VI - defesa do meio ambiente, inclusive STF: considerou inconstitucionais leis
mediante tratamento diferenciado conforme o municipais que proibiam o serviço particular
impacto ambiental dos produtos e serviços e de de transporte por aplicativo (ex: Uber), por
seus processos de elaboração e prestação; ofender princípios da ordem econômica como
a livre concorrência, a livre iniciativa e a busca
VII - redução das desigualdades regionais e
do pleno emprego (ADPF 449, Relator(a): Min.
sociais;
LUIZ FUX, julgado em 08/05/2019).
VIII - busca do pleno emprego;

IX - tratamento favorecido para as empresas de Súmula vinculante 49-STF: Ofende o princípio


pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras da livre concorrência lei municipal que
e que tenham sua sede e administração no País. impede a instalação de estabelecimentos
comerciais do mesmo ramo em determinada
Parágrafo único. É assegurado a TODOS o livre
área. Vale ressaltar, contudo, que existem
exercício de QUALQUER atividade econômica,
julgados flexibilizando a aplicação da súmula
independentemente de autorização de órgãos

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vinculante 49 por razões de segurança. Assim, III - licitação e contratação de obras, serviços,
admite-se, por exemplo, a fixação, por lei compras e alienações, observados os princípios
municipal, de um distanciamento mínimo da administração pública;
entre postos de revendas de gasolina, por
IV - a constituição e o funcionamento dos
razões de segurança (RE 204187, RE 199101).
conselhos de administração e fiscal, com a
participação de acionistas MINORITÁRIOS;
Art. 171. (Revogado pela Emenda Constitucional
nº 6, de 1995) V - os mandatos, a avaliação de desempenho e
a responsabilidade dos administradores.
Art. 172. A lei DISCIPLINARÁ, com base no
interesse nacional, os investimentos de capital
O mandamento constitucional foi
estrangeiro, INCENTIVARÁ os reinvestimentos e
regulamentado pela Lei 13.303/2016, que
REGULARÁ a remessa de lucros.
estabeleceu o estatuto jurídico das empresas
públicas, das sociedades de economia mista e
A LEI
suas subsidiárias.
com base no interesse
DISCIPLINARÁ nacional, os investimentos § 2º As empresas públicas e as sociedades de
de capital estrangeiro economia mista NÃO poderão gozar de
privilégios fiscais NÃO extensivos às do
INCENTIVARÁ os reinvestimentos setor privado.

REGULARÁ a remessa de lucros § 3º A lei regulamentará as relações da empresa 21


pública com o Estado e a sociedade.
Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta
§ 4º A lei reprimirá o ABUSO DO PODER
Constituição, a exploração direta de atividade
ECONÔMICO que vise à dominação dos
econômica pelo Estado SÓ será permitida
mercados, à eliminação da concorrência e ao
quando necessária aos imperativos da
CPF: aumento arbitrário dos lucros.
364.910.078-98
segurança nacional OU a relevante interesse
coletivo, conforme definidos em lei. § 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade
individual dos dirigentes da pessoa jurídica,
§ 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da
estabelecerá a responsabilidade desta,
empresa pública, da sociedade de economia
sujeitando-a às PUNIÇÕES compatíveis com
mista e de suas subsidiárias QUE explorem
sua natureza, nos atos praticados contra a
atividade econômica de produção ou
ordem econômica e financeira e contra a
comercialização de bens ou de prestação de
economia popular.
serviços, dispondo sobre:
Art. 174. Como agente NORMATIVO e
I - sua função social e formas de fiscalização pelo
REGULADOR da atividade econômica, o
Estado E pela sociedade;
Estado exercerá, na forma da lei, as funções
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das de fiscalização, incentivo e planejamento,
empresas privadas, inclusive quanto aos sendo este DETERMINANTE para o setor
direitos e obrigações civis, comerciais, público e INDICATIVO para o setor privado.
trabalhistas e tributários; (Vide Lei nº 13.874, de 2019)

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§ 3º O Estado favorecerá a organização da


SETOR PÚBLICO SETOR PRIVADO
ATIVIDADE GARIMPEIRA em cooperativas,
levando em conta a proteção do meio ambiente
indicativo
determinante e a promoção econômico-social dos garimpeiros.
(direcionador
(vinculativo)
facultativo) § 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo
anterior terão PRIORIDADE na autorização ou
concessão para pesquisa e lavra dos recursos e
jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde
FUNÇÕES do Estado como agente
estejam atuando, e naquelas fixadas de acordo
NORMATIVO e REGULADOR:
com o art. 21, XXV, na forma da lei.

- Fiscalização. Ex: i) a lei reprimirá o abuso do


Atenção: Não dependerá de autorização ou
poder econômico que vise à dominação dos
concessão o aproveitamento do potencial de
mercados, à eliminação da concorrência e ao
energia renovável de capacidade reduzida
aumento arbitrário dos lucros; ii) a lei, sem
(PCH – Pequena Central Hidrelétrica).
prejuízo da responsabilidade individual dos
dirigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a
responsabilidade desta, sujeitando-a às Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da
punições compatíveis com sua natureza, nos lei, DIRETAMENTE ou sob regime de
atos praticados contra a ordem econômica e CONCESSÃO ou PERMISSÃO, sempre através de
licitação, a prestação de serviços públicos.
financeira e contra a economia popular.
22
- Incentivo. Ex: i) fomento das atividades de Parágrafo único. A lei disporá sobre:
interesse nacional e social; ii) a lei apoiará e I - o regime das empresas concessionárias e
estimulará o cooperativismo e outras formas permissionárias de serviços públicos, o caráter
de associativismo; iii) o Estado favorecerá a especial de seu contrato e de sua prorrogação,
organização da atividade garimpeira em bem como as condições de caducidade,
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cooperativas, levando em conta a proteção do fiscalização e rescisão da concessão ou
meio ambiente e a promoção econômico- permissão;
social dos garimpeiros.
II - os direitos dos usuários;
- Planejamento. Ex: busca do
desenvolvimento nacional equilibrado, III - política tarifária;
incorporando e compatibilizando os planos IV - a obrigação de manter serviço adequado.
nacionais e regionais de desenvolvimento.
Art. 176. As jazidas, em lavra OU NÃO, e demais
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes E bases do recursos minerais e os potenciais de energia
planejamento do desenvolvimento nacional hidráulica constituem propriedade distinta da
equilibrado, o qual incorporará E do solo, para efeito de exploração ou
compatibilizará os planos nacionais e regionais aproveitamento, e pertencem à União,
de desenvolvimento. garantida ao concessionário a propriedade do
produto da lavra.
§ 2º A lei apoiará E estimulará o cooperativismo
e outras formas de associativismo. § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e
o aproveitamento dos potenciais a que se refere

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o "caput" deste artigo SOMENTE poderão ser autorizadas sob regime de permissão, conforme as
efetuados mediante AUTORIZAÇÃO ou alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta
CONCESSÃO da União, no interesse nacional, Constituição Federal.
por brasileiros OU empresa constituída sob as
leis brasileiras E que tenha sua sede e Atenção: Haverá monopólio da União na
administração no País, na forma da lei, que pesquisa, lavra, refino, importação ou
estabelecerá as condições específicas quando exportação de petróleo, de qualquer origem.
essas atividades se desenvolverem em faixa de A única exceção se dá no transporte marítimo,
fronteira ou terras indígenas. em que será monopólio apenas o petróleo de
origem nacional ou produzido no país (se for
§ 2º É assegurada PARTICIPAÇÃO ao
transporte por conduto será monopólio
proprietário do solo nos resultados da lavra, na
qualquer que seja a origem).
forma e no valor que dispuser a lei.

§ 3º A autorização de pesquisa SERÁ SEMPRE por


prazo determinado, e as autorizações e concessões Constituem MONOPÓLIO da União (CF, art.
previstas neste artigo NÃO poderão ser cedidas OU 177):
transferidas, total OU parcialmente, SEM PRÉVIA
anuência do poder concedente. a) petróleo.

§ 4º NÃO dependerá de autorização ou b) gás natural.


concessão o aproveitamento do potencial de
energia renovável de capacidade reduzida.
c) hidrocarbonetos fluidos.
23
Art. 177. Constituem MONOPÓLIO da União:
d) minérios e minerais nucleares e seus
I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e
derivados, exceto radioisótopos de pesquisa e
gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
usos médicos, agrícolas ou industriais, e de
II - a refinação do petróleo nacional ou radioisótopos de meia-vida igual ou inferior a
estrangeiro;
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duas horas, autorizados sob regime de
permissão (CF, art. 21, XXIII, b e c).
III - a importação e exportação dos produtos e
derivados básicos resultantes das atividades
§ 1º A União poderá contratar com empresas
previstas nos incisos anteriores;
estatais OU privadas a realização das atividades
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto previstas nos incisos I a IV deste artigo
de origem nacional ou de derivados básicos de observadas as condições estabelecidas em lei.
petróleo produzidos no País, bem assim o
§ 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre:
transporte, por meio de conduto, de petróleo
bruto, seus derivados e gás natural de I - a garantia do fornecimento dos derivados de
qualquer origem; petróleo em todo o território nacional;

V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o II - as condições de contratação;


reprocessamento, a industrialização e o comércio
III - a estrutura e atribuições do órgão regulador
de minérios e minerais nucleares e seus derivados,
do monopólio da União;
com EXCEÇÃO dos radioisótopos cuja produção,
comercialização e utilização poderão ser

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§ 3º A LEI disporá sobre o transporte e a Parágrafo único. Na ordenação do transporte


utilização de materiais radioativos no aquático, a lei estabelecerá as condições em que
território nacional. o transporte de mercadorias na cabotagem e a
navegação interior poderão ser feitos por
§ 4º A lei que instituir contribuição de
embarcações estrangeiras.
intervenção no domínio econômico relativa às
atividades de importação ou comercialização de Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e
petróleo e seus derivados, gás natural e seus os Municípios dispensarão às microempresas e
derivados e álcool combustível deverá atender às empresas de pequeno porte, assim definidas
aos seguintes REQUISITOS: em lei, TRATAMENTO JURÍDICO DIFERENCIADO,
visando a incentivá-las pela simplificação de suas
I - a alíquota da contribuição PODERÁ ser:
obrigações administrativas, tributárias,
a) diferenciada por produto ou uso; previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação
ou redução destas por meio de lei.
b) reduzida e restabelecida por ato do Poder
Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art.
Tal disposição constitucional foi
150,III, b ;
regulamentada pela LC 123, que estabeleceu
II - os recursos arrecadados SERÃO destinados: o SIMPLES NACIONAL.
a) ao pagamento de subsídios a preços ou
transporte de álcool combustível, gás natural e Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios promoverão E incentivarão o
seus derivados e derivados de petróleo;
turismo COMO FATOR DE DESENVOLVIMENTO 24
b) ao financiamento de projetos ambientais social e econômico.
relacionados com a indústria do petróleo e do gás;
Art. 181. O atendimento de requisição de
c) ao financiamento de programas de infra- documento ou informação de natureza
estrutura de transportes. comercial, feita por autoridade administrativa ou
dos judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica
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Art. 178. A LEI disporá sobre a ordenação
transportes aéreo, aquático e terrestre, devendo, residente ou domiciliada no País DEPENDERÁ de
quanto à ordenação do transporte internacional, autorização do Poder competente.
observar os acordos firmados pela União, atendido
o PRINCÍPIO DA RECIPROCIDADE.

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2.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Provas objetivas de Delegado de Polícia


em que os artigos estudados foram exigidos
(a partir de 2010)

CF, arts. 170 a 181

TJ-AL, 2019 (FCC)


TJ-RS, 2017 (VUNESP)
Art. 170 TJ-SE, 2015 (FCC)
TJ-PE, 2014 (FCC)
TJ-RO, 2010 (PUC-PR)

TJ-PB, 2015 (CEBRASPE)


Art. 173 TJ-AL, 2015 (FCC)
TJ-PA, 2014 (VUNESP)

Art. 175 TJ-SP, 2018 (VUNESP) 25


TJ-PA, 2019 (CEBRASPE)
Art. 176 TJ-SP, 2018 (VUNESP)
TJ-RR, 2015 (FCC)

TJ-PR, 2014 (PUC-PR)


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Art. 177 TJ-CE, 2014 (FCC)
TJ-PA, 2011 (CEBRASPE)

Art. 179 TJ-SC, 2017 (FCC)

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3. DIREITO DO CONSUMIDOR são a indivisibilidade e a indeterminabilidade


dos seus titulares (são indeterminados e
3.1 CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR indetermináveis), que estão relacionados entre
(art. 81 a 90) si por circunstâncias de fato.

TÍTULO III
II - INTERESSES OU DIREITOS COLETIVOS, assim
Da Defesa do Consumidor em Juízo entendidos, para efeitos deste código, os
transindividuais, de natureza indivisível de que
CAPÍTULO I
seja titular grupo, categoria ou classe de pessoas
Disposições Gerais ligadas entre si ou com a parte contrária por uma
relação jurídica base;
Art. 81. A defesa dos interesses e direitos dos
consumidores e das vítimas poderá ser
Interesses ou direitos coletivos (stricto
exercida em juízo INDIVIDUALMENTE, ou a
sensu) – são aqueles objetivamente
título COLETIVO.
indivisíveis, de que seja titular grupo, classe
ou categoria de pessoas, ligadas entre si ou
A defesa do consumidor em juízo poderá
com a parte contrária por um vínculo jurídico
ser feita: a) individualmente; ou b) a título base e, por tal razão, determináveis. Assim
coletivo. A tutela individual será deduzida como os direitos difusos, são igualmente
em juízo pelo próprio titular do direito, daí indivisíveis, mas seus titulares são
tratar-se de situação de legitimação
ordinária; já a tutela coletiva dependerá da
determináveis, por integrarem determinado 26
grupo, classe ou categoria de pessoas. Note-
atuação de legitimados próprios se, ademais, que aqui as circunstâncias que
(legitimação extraordinária, em regra), que unem os titulares são jurídicas, e não de fato.
serão estudados quando da análise do art.
82 do CDC.
III - INTERESSES OU DIREITOS INDIVIDUAIS
HOMOGÊNEOS,
CPF: 364.910.078-98 assim entendidos os
Parágrafo único. A defesa coletiva será exercida decorrentes de origem comum.
quando se tratar de:

I - INTERESSES OU DIREITOS DIFUSOS, assim Interesses individuais homogêneos – a


entendidos, para efeitos deste código, os despeito da ausência de definição legal (que
transindividuais, de natureza indivisível, de que se limita a informar que se tratam daqueles
sejam titulares pessoas indeterminadas e ligadas “decorrentes de origem comum”), são
por circunstâncias de fato; essencialmente direitos subjetivos individuais
(e, portanto, divisíveis), cuja defesa judicial é
Interesses ou direitos difusos – são aqueles que passível de ser feita coletivamente. Os
pertencem, a um só tempo, a cada um e a todos titulares são determináveis e têm em comum
que estão numa mesma situação de fato (por a origem do direito, cuja defesa judicial pode
isso transindividuais e de natureza indivisível). ser feita coletivamente por razões de
Assim, os traços característicos dessa categoria conveniência, sem impedir a tutela individual.

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Individuais I - o MINISTÉRIO PÚBLICO,


Difusos Coletivos homogêneo
s Súmula 601 do STJ: O Ministério Público tem
legitimidade ativa para atuar na defesa de
Obje
direitos difusos, coletivos e individuais
to
Indivisível. Indivisível. Divisível. homogêneos dos consumidores, ainda que
juríd
decorrentes da prestação de serviço público.
ico

Indetermina
Súmula 643 do STF: O Ministério Público tem
dos e Determináv Determináv
legitimidade para promover ação civil pública
Titul indeterminá eis eis
cujo fundamento seja a ilegalidade de
ares veis (determina (determina
reajuste de mensalidades escolares.
(indetermina bilidade). bilidade).
bilidade).
II - a UNIÃO, OS ESTADOS, OS MUNICÍPIOS E O
Rela DISTRITO FEDERAL;
ção Relação
Circunstânci Origem
de jurídica
as de fato. comum. Os entes da Administração Direta não precisam
orige base.
demonstrar pertinência temática, de modo que
m
eles não estão limitados à defesa, em ação
coletiva, de um determinado tema.
Art. 82. Para os fins do art. 81, parágrafo único,
são legitimados CONCORRENTEMENTE:
27
Informativo 626 STJ: Município tem
LEGITIMADOS legitimidade ad causam para ajuizar Ação Civil
Os legitimados ativos são Pública em defesa de direitos consumeristas
Exclusividade apenas aqueles previstos questionando a cobrança de tarifas bancárias.
expressamente pela CPF:lei. 364.910.078-98
Há uma concomitância de III - as ENTIDADES E ÓRGÃOS da Administração
legitimados ativos e a atuação Pública, direta ou indireta, ainda que sem
de um não exclui a dos personalidade jurídica, especificamente
demais. Qualquer deles destinados à defesa dos interesses e direitos
Concorrente poderá propor ação coletiva, protegidos por este código;
assim como poderá (caso não
tenha proposto a ação) A legitimidade ativa da Defensoria Pública não
ingressar no feito como está prevista expressamente no CDC (assim
litisconsorte ativo ulterior. como não estava, até o advento da Lei n.
Cada colegitimado pode agir 11.448/2007, na LACP). Boa parte da doutrina
sozinho, caso queira. O e da jurisprudência, todavia, já a admitia
litisconsórcio com qualquer como parte legítima em razão da previsão do
Disjuntiva outro colegitimado é inciso III do art. 82 do CDC.
facultativo (como permite a
LACP), não sendo necessário o IV - as ASSOCIAÇÕES legalmente constituídas há
ajuizamento conjunto. pelo menos 1 ANO e que incluam entre seus fins

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institucionais a defesa dos interesses e direitos


A defesa dos interesses a
protegidos por este código, dispensada a
serem tutelados deve estar
autorização assemblear. Pertinência
entre os fins institucionais
temática,
§ 1° O requisito da pré-constituição pode ser da associação ou ser
objetiva ou
DISPENSADO pelo juiz, nas ações previstas nos compatível com as
finalística
arts. 91 e seguintes, quando haja manifesto finalidades estatutárias da
(também
interesse social evidenciado pela dimensão ou associação. No que nos
denominada de
característica do dano, ou pela relevância do interessa, deve incluir entre
nexo de
bem jurídico a ser protegido. suas finalidades
finalidade)
institucionais a proteção ao
REPRESENTATIVIDADE ADEQUADA DA consumidor.
ASSOCIAÇÃO
§ 2° (Vetado).
Trata-se de requisito
§ 3° (Vetado).
formal, para que sejam
Constituição na atendidas as prescrições
forma da lei legais quanto à criação e ao
(“legalmente funcionamento de uma
constituídas”) associação, em especial o
previsto no Código Civil
(arts. 45 e seguintes). 28
Trata-se de requisito
temporal, de que a
associação esteja
constituída há pelo menos
um ano. Não CPF: 364.910.078-98
é, porém,
requisito absoluto: há
exceções previstas
legalmente em que o
Pré- julgador pode dispensar
constituição esse requisito, quando
houver manifesto interesse
social evidenciado pela
dimensão ou característica
do dano, ou pela relevância
do bem jurídico a ser
protegido (LACP, art. 5º,
par. 4º; CDC, art. 82, par.
1º).

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CDC (art. 82) LACP (art. 5º) Observações

MP o Ministério Público (I) o Ministério Público (I)

Mesmo não havendo


previsão expressa,
Não há previsão
DP A Defensoria Pública (II) pela égide do CDC,
expressa.
também se admite a
legitimidade da DP.

a União, os Estados, os a União, os Estados, o


Entes da AP
Municípios e o Distrito Distrito Federal e os
direta
Federal (II) Municípios (III)

as entidades e órgãos A previsão do CDC


da Administração acaba por abranger
Pública, direta ou mais legitimados,
indireta, ainda que pois faz expressa
a autarquia, empresa
sem personalidade referência a órgãos e
Entes da AP pública, fundação ou
jurídica, a entes sem
direta e indireta sociedade de economia
especificamente personalidade
destinados à defesa
mista (IV)
jurídica, embora 29
dos interesses e vincule a finalidade
direitos protegidos por dos direitos
este código (III) consumeristas.

A associação que,
concomitantemente (V): Ambos os diplomas
CPF: 364.910.078-98 preveem a
- esteja constituída há pelo possibilidade de
as associações
menos 1 (um) ano, nos dispensa do requisito
legalmente
termos da lei civil; temporal (CDC – art.
constituídas há pelo
menos um ano e que - inclua, entre suas 82, par. 1º; LACP –
incluam entre seus fins finalidades institucionais, a art. 5º, par. 4º).
institucionais a defesa proteção ao patrimônio A redação dos dois
Associações
dos interesses e público e social, ao meio dispositivos
direitos protegidos por ambiente, ao consumidor, à mencionados é
este código, ordem econômica, à livre exatamente a
dispensada a concorrência, aos direitos mesma (até porque o
autorização de grupos raciais, étnicos par. 4º do art. 5º da
assemblear (IV) ou religiosos ou ao LACP foi incluído
patrimônio artístico, justamente pela Lei
estético, histórico, turístico 8.078/90).
e paisagístico.

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§ 5° Para a tutela específica ou para a obtenção do


Princípio da Atipicidade das Ações Coletivas: resultado prático equivalente, poderá o juiz
determinar as medidas necessárias, tais como
Art. 83. Para a defesa dos direitos e interesses busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas,
protegidos por este código são admissíveis desfazimento de obra, impedimento de atividade
TODAS as espécies de ações capazes de propiciar nociva, além de requisição de força policial.
sua adequada e efetiva tutela.
Art. 85. (Vetado).
Parágrafo único. (Vetado).
Art. 86. (Vetado).
Art. 84. Na ação que tenha por objeto o
cumprimento da obrigação de fazer ou não Art. 87. Nas ações coletivas de que trata este
fazer, o juiz concederá a tutela específica da código NÃO haverá ADIANTAMENTO de
obrigação OU determinará providências que custas, emolumentos, honorários periciais e
assegurem o resultado prático equivalente ao quaisquer outras despesas, NEM
do adimplemento. CONDENAÇÃO da associação autora, SALVO
comprovada má-fé, em honorários de
§ 1° A CONVERSÃO da obrigação em perdas e advogados, custas e despesas processuais.
danos SOMENTE será admissível se por elas optar
o autor ou se impossível a tutela específica ou a Parágrafo único. Em caso de LITIGÂNCIA DE MÁ-
obtenção do resultado prático correspondente. FÉ, a associação autora e os diretores
responsáveis pela propositura da ação serão
§ 2° A indenização por perdas e danos se fará
sem prejuízo da multa (art. 287, do Código de
SOLIDARIAMENTE condenados em honorários
advocatícios e ao DÉCUPLO das custas, sem
30
Processo Civil). prejuízo da responsabilidade por perdas e danos.
§ 3° Sendo relevante o fundamento da demanda
e havendo justificado receio de ineficácia do A responsabilidade solidária não é de todos os
provimento final, é lícito ao juiz conceder a diretores da entidade; está limitada àqueles
tutela liminarmente OU após CPF: justificação responsáveis pela propositura da ação.
364.910.078-98
prévia, citado o réu.
Quanto ao Todos os legitimados
a) sendo relevante o adiantamento de estão dispensados do
Requisitos fundamento da despesas processuais adiantamento.
cumulativos para demanda; e
a concessão de Quanto à O CDC faz menção
antecipação de b) havendo justificado condenação da parte expressa apenas à
tutela receio de ineficácia do autora nos ônus da associação autora.
provimento final. sucumbência

§ 4° O juiz poderá, na hipótese do § 3° OU na


Direito de Regresso:
sentença, impor MULTA DIÁRIA ao réu,
independentemente de pedido do autor, se for
suficiente ou compatível com a obrigação, fixando Art. 88. Na hipótese do art. 13, parágrafo único
prazo razoável para o cumprimento do preceito. deste código, a AÇÃO DE REGRESSO poderá ser
ajuizada em processo autônomo, facultada a

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possibilidade de prosseguir-se nos mesmos Art. 89. (Vetado)


autos, VEDADA a denunciação da lide.
Art. 90. Aplicam-se às ações previstas neste título
as normas do Código de Processo Civil e da Lei n°
O art. 88 veda expressamente a denunciação
7.347, de 24 de julho de 1985, inclusive no que
da lide nos casos de responsabilidade pelo respeita ao inquérito civil, naquilo que não
fato do produto. Entretanto, a jurisprudência contrariar suas disposições.
já se consolidou o entendimento de que a
vedação se aplica também à responsabilidade
pelo fato do serviço. (REsp 1165279, T3, Rel.
Ministro Paulo de Tarso Sansevrino, DJe
28/05/2012).

31

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3.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Provas objetivas de Delegado de Polícia


em que os artigos estudados foram exigidos
(a partir de 2010)

Consumidor
(CDC - art. 81 a 90)

TJ-AC, 2019 (CEBRASPE)


Art. 81
TJ-SC, 2015 (FCC)

Art. 82 TJ-PB, 2015 (CEBRASPE)

TJ-AL, 2019 (FCC)


TJ-PB, 2015 (CEBRASPE)
Art. 84
TJ-SE, 2015 (FCC)
TJ-SC, 2015 (FCC)

Art. 88 TJ-PA, 2019 (CEBRASPE)


32

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4. DIREITO PENAL Atenção: se o casamento for anulado ou


mesmo se for declarado nulo, isso significa
4.1 CÓDIGO PENAL (art. 235 a 249) que o sujeito nunca esteve casado com duas
pessoas ao mesmo tempo (ex tunc).
TÍTULO VII

DOS CRIMES CONTRA A FAMÍLIA


Atenção: fora dos casos de óbito do cônjuge,
CAPÍTULO I anulação ou divórcio, há casamento anterior.

DOS CRIMES CONTRA O CASAMENTO


Atenção: a separação judicial não dissolve o
Atenção: em razão da vedação da analogia in vínculo conjugal. Por isso, se o cônjuge
malam partem, a proteção penal consagrada separado judicialmente contrai novo
neste capítulo não alcança a união estável, a casamento, comete o delito de bigamia.
despeito do art. 226, §3º da CF/88: “para
efeito da proteção do Estado, é reconhecida a Induzimento a erro essencial e ocultação de
união estável entre o homem e a mulher impedimento
como entidade familiar, devendo a lei facilitar
Art. 236 - Contrair casamento, INDUZINDO em
sua conversão em casamento”.
erro essencial o outro contraente, OU
OCULTANDO-LHE impedimento que não seja
Bigamia casamento anterior:
Art. 235 - Contrair alguém, SENDO CASADO, Pena - detenção, de 6 meses a 2 anos.
33
novo casamento:

Pena - reclusão, de 2 a 6 anos. Norma penal em branco homogênea


heteróloga: o conceito de “erro essencial”
§ 1º - Aquele que, NÃO sendo casado, contrai
está no CC (art. 1.557), assim como as
casamento com pessoa casada, conhecendo
hipóteses de impedimento (art. 1.521).
essa circunstância, é punido com CPF:
reclusão364.910.078-98
ou
detenção, de 1 a 3 anos.
Erro essencial: Código Civil - art. 1.557.
Atenção: a forma privilegiada prevista no art. Considera-se erro essencial sobre a pessoa do
235, §1º, do CP, é uma exceção pluralística à outro cônjuge: I - o que diz respeito à sua
teoria monista. Isso porque o sujeito casado identidade, sua honra e boa fama, sendo esse
responde pelo crime previsto no caput, erro tal que o seu conhecimento ulterior
enquanto o sujeito não casado se amolda ao torne insuportável a vida em comum ao
crime privilegiado, desde que saiba da cônjuge enganado; II - a ignorância de crime,
existência do casamento anterior. anterior ao casamento, que, por sua natureza,
torne insuportável a vida conjugal; III - a
ignorância, anterior ao casamento, de defeito
Causa excludente de tipicidade: físico irremediável que não caracterize
deficiência ou de moléstia grave e
§ 2º - Anulado por qualquer motivo o primeiro transmissível, por contágio ou por herança,
casamento, ou o outro por motivo que não a capaz de pôr em risco a saúde do outro
bigamia, considera-se INEXISTENTE o crime.

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cônjuge ou de sua descendência; IV - Atenção: trata-se de um crime subsidiário em


(Revogado) . relação ao crime previsto no art. 236 do CP.

Simulação de autoridade para celebração de


Impedimentos: Código Civil - Art. 1.521. Não
casamento
podem casar: I - os ascendentes com os
descendentes, seja o parentesco natural ou Art. 238 - Atribuir-se falsamente autoridade para
civil; II - os afins em linha reta; III - o adotante celebração de casamento:
com quem foi cônjuge do adotado e o
Pena - detenção, de 1 a 3 anos, se o fato não
adotado com quem o foi do adotante; IV - os
constitui crime mais grave.
irmãos, unilaterais ou bilaterais, e demais
colaterais, até o terceiro grau inclusive; V - o Simulação de casamento
adotado com o filho do adotante; VI - as
Art. 239 - Simular casamento MEDIANTE engano
pessoas casadas; VII - o cônjuge sobrevivente
de outra pessoa:
com o condenado por homicídio ou tentativa
de homicídio contra o seu consorte. Pena - detenção, de 1 a 3 anos, se o fato não
constitui elemento de crime mais grave.
Condição de Procedibilidade: Adultério

Art. 240 - (Revogado pela Lei nº 11.106, de 2005)


Parágrafo único - A ação penal DEPENDE de
queixa do contraente enganado e NÃO pode ser
intentada SENÃO DEPOIS de transitar em
CAPÍTULO II 34
julgado a sentença que, por motivo de erro ou DOS CRIMES CONTRA O ESTADO DE FILIAÇÃO
impedimento, anule o casamento.
Registro de nascimento inexistente

Atenção: trata-se do único caso no direito Art. 241 - Promover NO REGISTRO CIVIL a
penal brasileiro em que apenas a vítima inscrição de nascimento inexistente:
CPF:pode
364.910.078-98
exercer o direito de ação penal. Em caso de Pena - reclusão, de 2 a 6 anos.
óbito, o direito não é transmissível e a
punibilidade é extinta. Parto suposto. Supressão ou alteração de direito
inerente ao estado civil de recém-nascido
Conhecimento prévio de impedimento Art. 242 - DAR parto alheio como próprio;
Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo a REGISTRAR como seu o filho de outrem;
existência de impedimento que lhe cause a OCULTAR recém-nascido ou SUBSTITUÍ-LO,
nulidade ABSOLUTA: suprimindo ou alterando direito inerente ao
estado civil:
Pena - detenção, de 3 meses a 1 ano.
Pena - reclusão, de 2 a 6 anos.
Norma penal em branco homogênea
heteróloga: o conceito de “erro essencial” Atenção: somente existe finalidade específica
está no CC (art. 1557), assim como as quanto às condutas de “ocultar” e
hipóteses de impedimento (art. 1521). “substituir”, que devem ser praticadas com o

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intuito de suprimir ou alterar direito inerente Pena - detenção, de 1 a 4 anos e multa, de uma a
ao estado civil. dez vezes o maior salário mínimo vigente no País.

Parágrafo único - Nas mesmas penas incide


Parágrafo único - Se o crime é praticado por quem, sendo SOLVENTE, frustra ou ilide, de
motivo de reconhecida nobreza: qualquer modo, inclusive por abandono
Pena - detenção, de 1 a 2 anos, PODENDO O JUIZ injustificado de emprego ou função, o
DEIXAR DE APLICAR A PENA. pagamento de pensão alimentícia
judicialmente acordada, fixada ou majorada.
Adoção à Brasileira: ocorre quando o homem
ou a mulher declara, para fins de registro civil, Atenção: para a consumação do delito é
um menor como sendo seu filho biológico, necessário que a omissão crie um concreto
sem que isso seja verdade. perigo à integridade física e moral da vítima.

Atenção: na maioria dos casos, a conduta é STJ: Na hipótese, embora o Parquet tenha
motivada por causa nobre, o que enseja a feito menção de que o denunciado, sem justa
aplicação da forma privilegiada ou a causa, tenha faltado com o pagamento de
concessão do perdão judicial. pensão alimentícia, não logrou demonstrar
que a omissão foi feita de forma deliberada e
Sonegação de estado de filiação sem amparo legal, restando, portanto,

Art. 243 - Deixar em asilo de expostos ou outra


ausente na descrição da conduta, o elemento
normativo do tipo penal, sem o qual não há
35
instituição de assistência filho próprio OU falar em crime, mas tão somente em ilícito
alheio, ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe civil, que, conforme se verifica dos autos, já
outra, com o fim de prejudicar direito inerente está sendo analisado em sede própria. (RHC
ao estado civil: 55.974/SP)
Pena - reclusão, de 1 a 5 anos, e multa.
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Constituição Federal: Art. 229. Os pais têm o
CAPÍTULO III
dever de assistir, criar e educar os filhos
DOS CRIMES CONTRA A ASSISTÊNCIA FAMILIAR menores, e os filhos maiores têm o dever de
ajudar e amparar os pais na velhice, carência
Abandono material ou enfermidade.
Art. 244. Deixar, SEM justa causa, de prover a
subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18 Entrega de filho menor a pessoa inidônea
ANOS ou inapto para o trabalho, ou de ascendente Art. 245 - Entregar filho menor de 18 ANOS a
inválido ou maior de 60 ANOS, NÃO lhes pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber
proporcionando os recursos necessários ou que o menor fica moral ou materialmente em
faltando ao pagamento de pensão alimentícia perigo:
judicialmente acordada, fixada ou majorada;
DEIXAR, sem justa causa, de socorrer descendente Pena - detenção, de 1 a 2 anos.
ou ascendente, gravemente enfermo:

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Atenção: o crime é consumado com a simples julgado em 12/9/2018 (repercussão geral)


“entrega”, não se fazendo necessário que a (Info 915).
situação perdure no tempo.

Abandono Moral:
§ 1º - A pena é de 1 (um) a 4 (quatro) anos de
reclusão, se o agente pratica delito para obter
Art. 247 - Permitir alguém que menor de 18
lucro, ou se o menor é enviado para o exterior.
ANOS, sujeito a seu poder ou confiado à sua
§ 2º - Incorre, também, na pena do parágrafo guarda ou vigilância:
anterior quem, embora excluído o perigo moral
I - frequente casa de jogo ou mal-afamada, ou
ou material, auxilia a efetivação de ato destinado
conviva com pessoa viciosa ou de má vida;
ao envio de menor para o exterior, com o fito de
obter lucro. II - frequente espetáculo capaz de pervertê-lo
ou de ofender-lhe o pudor, ou participe de
Atenção: as figuras qualificadas do presente representação de igual natureza;
delito estão tacitamente revogadas pelos arts. III - resida ou trabalhe em casa de prostituição;
238 e 239 do ECA.
IV - mendigue ou sirva a mendigo para excitar a
Abandono intelectual comiseração pública:

Art. 246 - Deixar, SEM justa causa, de prover à Pena - detenção, de 1 a 3 meses, ou multa.
instrução primária de filho em idade escolar: CAPÍTULO IV 36
Pena - detenção, de 15 dias a 1 mês, ou multa. DOS CRIMES CONTRA O
PÁTRIO PODER, TUTELA CURATELA
Idade Escolar: educação básica obrigatória e
Induzimento a fuga, entrega arbitrária ou
gratuita dos 4 aos 17 anos de idade, assegurada
sonegação de incapazes
inclusive sua oferta gratuita para todos os que a
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ela não tiveram acesso na idade própria (art. Art. 248 - Induzir menor de 18 ANOS, ou
208, I, da Constituição Federal) interdito, a fugir do lugar em que se acha por
determinação de quem sobre ele exerce
Atenção: Como o “homeschooling” autoridade, em virtude de lei ou de ordem
judicial; confiar a outrem SEM ordem do pai, do
atualmente não é permitido, há quem
tutor ou do curador algum menor de 18 ANOS ou
defenda que os pais que o praticam cometem
interdito, ou deixar, SEM justa causa, de
o crime de abandono intelectual.
entregá-lo a quem legitimamente o reclame:

Pena - detenção, de 1 mês a 1 ano, ou multa.


STF: não é possível, atualmente, o ensino
domiciliar (homeschooling) como meio lícito Subtração de incapazes
de cumprimento, pela família, do dever de
Art. 249 - Subtrair menor de 18 ANOS ou
prover educação. STF. Plenário. RE
interdito ao poder de quem o tem sob sua
888815/RS, rel. orig. Min. Roberto Barroso,
guarda em virtude de lei ou de ordem judicial:
red. p/ o acórdão Min. Alexandre de Moraes,

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Pena - detenção, de 2 meses a 2 anos, se o fato


CÓDIGO PENAL ECA
não constitui elemento de outro crime.

§ 1º - O fato de ser o agente pai ou tutor do menor Art. 249 - Subtrair Art. 237. Subtrair
ou curador do interdito NÃO o exime de pena, SE menor de dezoito criança ou
destituído ou temporariamente privado do pátrio anos ou interdito aoadolescente ao poder
poder, tutela, curatela ou guarda. poder de quem o tem de quem o tem sob
sob sua guarda em sua guarda em virtude
§ 2º - No caso de RESTITUIÇÃO do menor ou do virtude de lei ou dede lei ou ordem
interdito, SE este não sofreu maus-tratos ou ordem judicial: judicial, com o fim de
privações, o juiz pode DEIXAR DE APLICAR PENA.
Pena - detenção, de colocação em lar
dois meses a dois substituto:
anos, se o fato não Pena - reclusão de dois
constitui elemento a seis anos, e multa.
de outro crime.

37

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4.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Provas objetivas de Delegado de Polícia


em que os artigos estudados foram exigidos
(a partir de 2010)

Penal
(CP - art. 235 a 249)

Art. 235 TJ-PB, 2015 (CEBRASPE)

Art. 242 TJ-PB, 2015 (CEBRASPE)

38

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5. DIREITO PROCESSUAL PENAL foram denunciados pelo crime de fraude à


licitação, o que afasta a incidência do art. 514
5.1 CÓDIGO DE PROCESSO PENAL (art. 503 a 555) do CPP (5ª T, RHC 37309, em 03/09/2013).

TÍTULO II
Atenção: O procedimento especial previsto
DOS PROCESSOS ESPECIAIS
no art. 513 a 518 do CPP não se aplica a quem
CAPÍTULO I possua foro privilegiado junto ao STF, STJ, TJ e
TRF, pois neste caso é aplicado a Lei 8.038/90.
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES
DE FALÊNCIA
Atenção: O procedimento especial apenas
Art. 503. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) tem lugar quando o acusado estiver no
Art. 504. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) exercício da função pública no momento em
que recebida a inicial.
Art. 505. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005)

Art. 506. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) Coautor particular: considerando que o
Art. 507. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) objetivo da defesa preliminar é o resguardo
da função pública, não possui direito à
Art. 508. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) notificação para defesa preliminar o particular
Art. 509. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) que seja coautor ou partícipe do crime
praticado pelo funcionário público. 39
Art. 510. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005)

Art. 511. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) Art. 513. Os crimes de responsabilidade dos
funcionários públicos, cujo processo e
Art. 512. (Revogado pela Lei nº 11.101, de 2005) julgamento competirão aos juízes de direito, a

CAPÍTULO II QUEIXA ou a DENÚNCIA será instruída com


CPF: 364.910.078-98
documentos ou justificação que façam
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES PRESUMIR a existência do delito OU com
declaração fundamentada da impossibilidade
DE RESPONSABILIDADE DOS FUNCIONÁRIOS
de apresentação de qualquer dessas provas.
PÚBLICOS

Atenção: o art. 513 permite que a denúncia


Atenção: tanto os crimes funcionais próprios
ou a queixa sejam oferecidas sem a prova pré-
como os impróprios serão processados
constituída da materialidade do crime.
segundo o rito especial ditado pelo CPP. É o
caso das infrações previstas nos arts. 312 a
326 do CP e no 3º da Lei 8.137/1990. Defesa Preliminar:

STJ: O procedimento especial previsto nos Art. 514. Nos crimes afiançáveis, estando a
arts. 513 a 518 do CPP só se aplica aos delitos denúncia ou queixa em devida forma, o juiz
funcionais típicos previstos nos arts. 312 a 326 mandará autuá-la e ordenará a NOTIFICAÇÃO do
do CP. No caso dos autos, os recorrentes acusado, para responder por escrito, dentro do
prazo de 15 DIAS.

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Parágrafo único. Se não for conhecida a residência Concurso de crimes: considere-se a hipótese
do acusado, ou este se achar fora da jurisdição do em que tenham sido imputados ao agente
juiz, ser-lhe-á NOMEADO DEFENSOR, a quem crimes de falsidade ideológica (art. 299 do CP)
caberá apresentar a resposta preliminar. e concussão (art. 316 do CP), em concurso
material. Neste caso, tratando-se de
Súmula 330 do STJ: É desnecessária a resposta imputação de crime não funcional e de crime
preliminar de que trata o art. 514 do CPP, na funcional, não se aplica a defesa preliminar
ação penal instruída por inquérito policial. prevista no art. 514 do CPP.

CAPÍTULO III
Atenção: o atual entendimento das duas
turmas do STF é no sentido de que o fato de a DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES
denúncia estar acompanhada por IP não
DE CALÚNIA E INJÚRIA, DE COMPETÊNCIA DO
dispensa a notificação para a apresentação da
JUIZ SINGULAR
defesa preliminar (1ª T, HC 95969, 12.06.09;
2ª T, RHC 120569, em 11/03/14). Apesar
Atenção: A omissão do CPP a respeito da
disso, o STJ continua aplicando a sua Súmula
difamação deve-se a circunstância de que, à
(6ª T, AREsp 614524, em 14/04/2015).
época em que foi editado, o CP não estabelecia
a difamação como um tipo penal autônomo.
Art. 515. No caso previsto no artigo anterior,
durante o prazo concedido para a resposta, os autos
permanecerão em cartório, onde poderão ser Art. 519. No processo por crime de calúnia ou 40
injúria, PARA O QUAL NÃO HAJA outra forma
examinados pelo acusado ou por seu defensor.
estabelecida em lei especial, observar-se-á o
Parágrafo único. A resposta PODERÁ ser disposto nos Capítulos I e III, Titulo I, deste
instruída com documentos e justificações. Livro, com as modificações constantes dos
artigos seguintes.
Art. 516. O juiz REJEITARÁ a queixa ou denúncia,
em despacho fundamentado, SE CPF: 364.910.078-98
convencido, Art. 520. ANTES de receber a queixa, o juiz
pela resposta do acusado ou do seu defensor, da oferecerá às partes oportunidade para se
INEXISTÊNCIA do crime ou da IMPROCEDÊNCIA reconciliarem, fazendo-as comparecer em juízo
da ação. e ouvindo-as, separadamente, SEM a presença
dos seus advogados, NÃO se lavrando termo.
Atenção: Contra esta decisão do art. 516 cabe
RESE. Atenção: prevalece que esta audiência é uma
condição de prosseguibilidade.
Art. 517. RECEBIDA a denúncia ou a queixa, será
o acusado CITADO, na forma estabelecida no Art. 521. SE DEPOIS de ouvir o querelante e o
Capítulo I do Título X do Livro I. querelado, o juiz achar provável a
Art. 518. Na instrução criminal e nos demais reconciliação, promoverá entendimento entre
termos do processo, observar-se-á o disposto eles, na sua presença.
nos Capítulos I e III, Título I, deste Livro.

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Art. 522. No caso de reconciliação, DEPOIS de Livro, com as modificações constantes dos
assinado pelo querelante o TERMO DA artigos seguintes.
DESISTÊNCIA, a queixa será arquivada.
Art. 525. No caso de haver o crime DEIXADO
Art. 523. Quando for oferecida a EXCEÇÃO DA VESTÍGIO, a queixa ou a DENÚNCIA NÃO SERÁ
VERDADE ou DA NOTORIEDADE DO FATO RECEBIDA SE NÃO FOR instruída com o exame
imputado, o querelante poderá contestar a pericial dos objetos que constituam o corpo
exceção no prazo de 2 DIAS, podendo ser de delito.
inquiridas as testemunhas arroladas na queixa,
Art. 526. SEM a prova de direito à ação, NÃO
ou outras indicadas naquele prazo, em
será recebida a queixa, NEM ordenada
substituição às primeiras, ou para completar o
qualquer diligência preliminarmente requerida
máximo legal.
pelo ofendido.
CAPÍTULO IV
Art. 527. A diligência de busca ou de apreensão
DO PROCESSO E DO JULGAMENTO DOS CRIMES será realizada por 2 PERITOS nomeados pelo juiz,
que verificarão a existência de fundamento para
CONTRA A PROPRIEDADE IMATERIAL
a apreensão, e quer esta se realize, quer não, o
laudo pericial será apresentado dentro de 3 DIAS
Atenção: As peculiaridades atinentes ao APÓS o encerramento da diligência.
processo dos crimes contra a propriedade
imaterial ocorrem apenas na fase pré- Parágrafo único. O requerente da diligência
processual. Isto porque, oferecida e recebida a
inicial acusatória, o procedimento a ser
poderá IMPUGNAR o laudo contrário à
apreensão, e o juiz ordenará que esta se efetue,
41
seguido será idêntico ao rito comum ordinário. SE reconhecer a improcedência das razões
aduzidas pelos peritos.

Atenção: Os crimes praticados contra a


Atenção: A parte contrária (provável acusado)
propriedade imaterial (inclusive os contra a
não poderá contestar as diligências, pois
CPF:
propriedade industrial) são, de regra, 364.910.078-98
apurados
nesta fase não há contraditório.
mediante ação penal privada, com exceção dos
elencados nos arts. 184, §§ 1º, 2º e 3º, do CP e
Art. 528. Encerradas as diligências, os autos serão
191 da Lei n. 9.279/1996, além dos cometidos
conclusos ao juiz para homologação do laudo.
em prejuízo de entes de direito público.
Art. 529. Nos crimes de ação privativa do
- O disposto nos arts. 524 a 530 é aplicado
ofendido, NÃO será admitida queixa com
para os crimes de ação penal privada.
fundamento em apreensão e em perícia, SE
- O disposto nos arts. 530-B a 530-H é aplicado decorrido o prazo de 30 DIAS, APÓS a
para os crimes de ação penal pública, homologação do laudo.
condicionada ou incondicionada.
Parágrafo único. Será dada vista ao Ministério
Público dos autos de busca e apreensão
Art. 524. No processo e julgamento dos crimes
requeridas pelo ofendido, SE o crime for de ação
contra a propriedade imaterial, observar-se-á o
pública e NÃO tiver sido oferecida queixa no
disposto nos Capítulos I e III do Título I deste
prazo fixado neste artigo.

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Art. 530. Se ocorrer prisão em flagrante e o réu los à disposição do juiz quando do ajuizamento
não for posto em liberdade, o prazo a que se da ação.
refere o artigo anterior será de 8 DIAS.
Art. 530-F. Ressalvada a possibilidade de se
Art. 530-A. O disposto nos arts. 524 a 530 será preservar o corpo de delito, o juiz poderá
aplicável aos crimes em que se proceda determinar, a requerimento da vítima, a
mediante queixa. DESTRUIÇÃO da produção ou reprodução
apreendida quando NÃO houver impugnação
Art. 530-B. Nos casos das infrações previstas nos
quanto à sua ilicitude OU quando a ação penal
§§ 1o, 2o e 3o do art. 184 do Código Penal, a
NÃO puder ser iniciada por falta de
autoridade policial procederá à apreensão dos
determinação de quem seja o autor do ilícito.
bens ilicitamente produzidos ou reproduzidos,
em sua totalidade, juntamente com os Art. 530-G. O juiz, ao prolatar a sentença
equipamentos, suportes e materiais que condenatória, PODERÁ determinar a
possibilitaram a sua existência, DESDE QUE estes DESTRUIÇÃO dos bens ilicitamente produzidos
se destinem precipuamente à prática do ilícito. ou reproduzidos e o PERDIMENTO dos
equipamentos apreendidos, DESDE QUE
Art. 530-C. Na ocasião da apreensão será lavrado
precipuamente destinados à produção e
termo, assinado por 2 OU MAIS testemunhas,
reprodução dos bens, em favor da Fazenda
com a descrição de todos os bens apreendidos e
Nacional, que deverá DESTRUÍ-LOS OU DOÁ-LOS
informações sobre suas origens, o qual deverá
aos Estados, Municípios e Distrito Federal, a
integrar o inquérito policial ou o processo.

Art. 530-D. Subsequente à apreensão, será


instituições públicas de ensino e pesquisa ou de
assistência social, bem como INCORPORÁ-LOS,
42
realizada, por perito oficial, ou, na falta deste, por por economia ou interesse público, ao
pessoa tecnicamente habilitada, perícia sobre todos patrimônio da União, que NÃO poderão retorná-
os bens apreendidos e elaborado o laudo que los aos canais de comércio.
deverá integrar o inquérito policial ou o processo.
Art. 530-H. As associações de titulares de
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direitos de autor e os que lhes são conexos
STJ: É suficiente, para a comprovação da
poderão, em seu próprio nome, funcionar como
materialidade do delito previsto no art. 184, § assistente da acusação nos crimes previstos no
2º, do CP, a perícia realizada por amostragem art. 184 do Código Penal, QUANDO praticado em
sobre os aspectos externos do material detrimento de qualquer de seus associados.
apreendido, sendo desnecessária a
identificação do seu conteúdo. Além disso, é Art. 530-I. Nos crimes em que caiba ação penal
dispensável a identificação dos titulares dos pública incondicionada ou condicionada,
direitos autorais violados ou de quem os observar-se-ão as normas constantes dos arts.
represente (Súmula 574 e 3ª Seção, REsp 530-B, 530-C, 530-D, 530-E, 530-F, 530-G e 530-H.
1456239 e REsp 1485832, em 12.08.15 -
CAPÍTULO V
Recurso Repetitivo).
DO PROCESSO SUMÁRIO
Art. 530-E. Os titulares de direito de autor e os
que lhe são conexos serão os fiéis depositários Atenção: O procedimento sumário deverá ser
de todos os bens apreendidos, devendo colocá- aplicado ao processo criminal quando tiver
por objeto crime cuja sanção máxima

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cominada seja inferior a 4 anos de PPL, não acusação e pela defesa, nesta ordem, ressalvado
importando a natureza dessa pena, vale dizer, o disposto no art. 222 deste Código, bem como
se reclusão ou detenção (art. 394, § 1.º, II, do aos esclarecimentos dos peritos, às acareações e
CPP). Necessário, porém, excluir da ao reconhecimento de pessoas e coisas,
abrangência desse rito as infrações de menor interrogando-se, em seguida, o acusado. § 1o As
potencial ofensivo (as contravenções penais e provas serão produzidas numa só audiência,
os crimes cuja pena máxima não ultrapasse 2 podendo o juiz indeferir as consideradas
anos, cumulada ou não com multa) quando irrelevantes, impertinentes ou protelatórias. § 2o
em tramitação perante o juizado especial Os esclarecimentos dos peritos dependerão de
criminal, pois, nesses casos, o procedimento prévio requerimento das partes.
aplicável será o sumaríssimo (art. 394, § 1.º,
Art. 534. As ALEGAÇÕES FINAIS serão orais,
III, do CPP).
concedendo-se a palavra, respectivamente, à
acusação e à defesa, pelo prazo de 20 MINUTOS,
Art. 531. Na audiência de instrução e prorrogáveis por mais 10 MINUTOS, proferindo
julgamento, a ser realizada no prazo máximo de o juiz, a seguir, sentença.
30 DIAS, proceder-se-á à tomada de declarações
do ofendido, se possível, à inquirição das § 1o Havendo MAIS DE 1 acusado, o tempo
testemunhas arroladas pela acusação e pela previsto para a defesa de cada um será
defesa, nesta ordem, ressalvado o disposto no individual.
art. 222 deste Código, bem como aos § 2o Ao assistente do Ministério Público, APÓS a
esclarecimentos dos peritos, às acareações e ao
reconhecimento de pessoas e coisas,
manifestação deste, serão concedidos 10 43
MINUTOS, prorrogando-se por igual período o
interrogando-se, em seguida, o acusado e tempo de manifestação da defesa.
procedendo-se, finalmente, ao debate.
Art. 535. Nenhum ato será adiado, SALVO
Art. 532. Na instrução, poderão ser inquiridas quando imprescindível a prova faltante,
ATÉ 5 TESTEMUNHAS arroladas pela acusação e determinando o juiz a condução coercitiva de
5 TESTEMUNHAS pela defesa. CPF: 364.910.078-98
quem deva comparecer.
Art. 533. Aplica-se ao procedimento sumário o § 1o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
disposto nos parágrafos do art. 400 deste
Código. § 2o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).

§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 536. A testemunha que comparecer será
inquirida, independentemente da suspensão da
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). audiência, observada em qualquer caso a ordem
§ 3o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). estabelecida no art. 531 deste Código. (Redação
dada pela Lei nº 11.719, de 2008).
§ 4o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Art. 537. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Código de Processo Penal - Art. 400. Na audiência
de instrução e julgamento, a ser realizada no Art. 538. Nas INFRAÇÕES PENAIS DE MENOR
prazo máximo de 60 (sessenta) dias, proceder-se- POTENCIAL OFENSIVO, quando o juizado
á à tomada de declarações do ofendido, à especial criminal encaminhar ao juízo comum as
inquirição das testemunhas arroladas pela peças existentes para a adoção de outro

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procedimento, observar-se-á o procedimento de 10 DIAS, para o processo de restauração dos


sumário previsto neste Capítulo. autos.

§ 1o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). § 3o Proceder-se-á à restauração na primeira


instância, AINDA QUE os autos se tenham
§ 2o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
extraviado na segunda.
§ 3o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).
Princípio da Cooperação:
§ 4o (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008).

Art. 539. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). Art. 542. No dia designado, as partes serão
Art. 540. (Revogado pela Lei nº 11.719, de 2008). ouvidas, mencionando-se em termo
circunstanciado os pontos em que estiverem
CAPÍTULO VI acordes e a exibição e a conferência das
certidões e mais reproduções do processo
DO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO DE AUTOS
apresentadas e conferidas.
EXTRAVIADOS OU DESTRUÍDOS
Art. 543. O juiz determinará as diligências
Atenção: a doutrina costuma se referir ao necessárias para a restauração, observando-se o
tema como “procedimento incidental de seguinte:
restauração de autos extraviados”. I - caso AINDA NÃO tenha sido proferida a
sentença, reinquirir-se-ão as testemunhas
Art. 541. Os autos originais de processo penal podendo ser substituídas as que tiverem falecido 44
extraviados OU destruídos, em primeira OU ou se encontrarem em lugar não sabido;
segunda instância, serão restaurados.
II - os exames periciais, quando possível, serão
§ 1o Se existir e for exibida cópia autêntica OU repetidos, e de preferência pelos mesmos
certidão do processo, será uma ou outra peritos;
considerada como original.
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III - a prova documental será reproduzida por
2o
§ Na falta de cópia autêntica ou certidão do meio de cópia autêntica ou, quando impossível,
processo, o juiz mandará, de ofício, ou a por meio de testemunhas;
requerimento de qualquer das partes, que:
IV - poderão também ser inquiridas sobre os atos
a) o escrivão certifique o estado do processo, do processo, que deverá ser restaurado, as
segundo a sua lembrança, e reproduza o que autoridades, os serventuários, os peritos e mais
houver a respeito em seus protocolos e registros; pessoas que tenham nele funcionado;
b) sejam requisitadas cópias do que constar a V - o Ministério Público e as partes poderão oferecer
respeito no Instituto Médico-Legal, no Instituto testemunhas e produzir documentos, para provar
de Identificação e Estatística ou em o teor do processo extraviado ou destruído.
estabelecimentos congêneres, repartições
públicas, penitenciárias ou cadeias; Art. 544. Realizadas as diligências que, SALVO
motivo de força maior, deverão CONCLUIR-SE
c) as partes sejam citadas pessoalmente, ou, se dentro de 20 DIAS, serão os autos conclusos
não forem encontradas, por edital, com o prazo para julgamento.

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Parágrafo único. No curso do processo, e depois constituindo infração penal, possa determinar a
de subirem os autos conclusos para sentença, o aplicação de medida de segurança (Código Penal,
juiz poderá, dentro em 5 DIAS, requisitar de arts. 14 e 27), deverá proceder a inquérito, a fim
autoridades ou de repartições todos os de apurá-lo e averiguar todos os elementos que
esclarecimentos para a restauração. possam interessar à verificação da
periculosidade do agente.
Art. 545. Os selos e as taxas judiciárias, já pagos
nos autos originais, NÃO serão novamente Art. 550. O processo será promovido pelo
cobrados. Ministério Público, mediante requerimento que
conterá a exposição sucinta do fato, as suas
Art. 546. Os causadores de extravio de autos circunstâncias e todos os elementos em que se
responderão pelas custas, EM DOBRO, sem fundar o pedido.
prejuízo da responsabilidade criminal.
Art. 551. O juiz, ao deferir o requerimento,
Art. 547. Julgada a restauração, os autos ordenará a intimação do interessado para
respectivos valerão pelos originais. comparecer em juízo, a fim de ser interrogado.

Parágrafo único. Se no curso da restauração Art. 552. Após o interrogatório ou dentro do


aparecerem os autos originais, NESTES prazo de dois dias, o interessado ou seu defensor
continuará o processo, APENSOS a eles os autos poderá oferecer alegações.
da restauração. Parágrafo único. O juiz nomeará defensor ao
Art. 548. ATÉ à decisão que julgue restaurados os interessado que não o tiver.
autos, a sentença condenatória em execução
continuará a produzir efeito, DESDE QUE conste da
Art. 553. O Ministério Público, ao fazer o
requerimento inicial, e a defesa, no prazo
45
respectiva guia arquivada na cadeia ou na estabelecido no artigo anterior, poderão
penitenciária, onde o réu estiver cumprindo a pena, requerer exames, diligências e arrolar até três
ou de registro que torne a sua existência inequívoca. testemunhas.

CAPÍTULO VII Art. 554. Após o prazo de defesa ou a realização


dos exames e diligências ordenados pelo juiz, de
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DO PROCESSO DE APLICAÇÃO DE MEDIDA DE ofício ou a requerimento das partes, será
SEGURANÇA marcada audiência, em que, inquiridas as
testemunhas e produzidas alegações orais pelo
POR FATO NÃO CRIMINOSO
órgão do Ministério Público e pelo defensor,
dentro de dez minutos para cada um, o juiz
Atenção: os arts. 549 a 555 do CPP regulavam proferirá sentença.
o procedimento de aplicação de medida de
segurança em face de atos não criminosos. Parágrafo único. Se o juiz não se julgar habilitado
Ocorre que tais dispositivos são incompatíveis a proferir a decisão, designará, desde logo, outra
com o atual sistema. Isso ocorre porque em audiência, que se realizará dentro de cinco dias,
razão da reforma da Parte Geral do Código para publicar a sentença.
Penal em 1984, não mais se admite a Art. 555. Quando, instaurado processo por
imposição de medida de segurança em face infração penal, o juiz, absolvendo ou
de ato não criminoso. impronunciando o réu, reconhecer a existência
de qualquer dos fatos previstos no art. 14 ou no
Art. 549. Se a autoridade policial tiver art. 27 do Código Penal, aplicar-lhe-á, se for caso,
conhecimento de fato que, embora não medida de segurança.

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5.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Provas objetivas de Delegado de Polícia


em que os artigos estudados foram exigidos
(a partir de 2010)

Processo Penal
(CPP - art. 503 a 555)

Art. 531 TJ-AL, 2015 (FCC)

46

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6. DIREITO AMBIENTAL III - DIVERSIDADE BIOLÓGICA: a variabilidade de


organismos vivos de todas as origens,
6.1 LEI No 9.985, DE 18 DE JULHO DE 2000. compreendendo, dentre outros, os ecossistemas
(art. 1º a 21) terrestres, marinhos e outros ecossistemas
aquáticos e os complexos ecológicos de que
SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE
fazem parte; compreendendo ainda a
CONSERVAÇÃO DA NATUREZA
diversidade dentro de espécies, entre espécies e
CAPÍTULO I de ecossistemas;

DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES IV - RECURSO AMBIENTAL: a atmosfera, as águas


interiores, superficiais e subterrâneas, os
As unidades de conservação constituem mais estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os
uma modalidade de espaços ambientais elementos da biosfera, a fauna e a flora;
territoriais especialmente protegidos a serem V - PRESERVAÇÃO: conjunto de métodos,
instituídos pelo Poder Público. procedimentos e políticas que visem a proteção
a longo prazo das espécies, habitats e
Art. 1o Esta Lei institui o Sistema Nacional de ecossistemas, além da manutenção dos
Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, processos ecológicos, prevenindo a simplificação
estabelece critérios e normas para a criação, dos sistemas naturais;
implantação e gestão das unidades de conservação.
VI - PROTEÇÃO INTEGRAL: manutenção dos
Art. 2o Para os fins previstos nesta Lei, ENTENDE- ecossistemas livres de alterações causadas por 47
SE POR: interferência humana, admitido apenas o uso
I - UNIDADE DE CONSERVAÇÃO: espaço indireto dos seus atributos naturais;
territorial e seus recursos ambientais, incluindo VII - CONSERVAÇÃO IN SITU: conservação de
as águas jurisdicionais, com características ecossistemas e habitats naturais e a manutenção
naturais relevantes, legalmente instituído pelo e recuperação de populações viáveis de espécies
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Poder Público, com objetivos de conservação e em seus meios naturais e, no caso de espécies
limites definidos, sob regime especial de domesticadas ou cultivadas, nos meios onde
administração, ao qual se aplicam garantias tenham desenvolvido suas propriedades
adequadas de proteção; características;
II - CONSERVAÇÃO DA NATUREZA: o manejo do VIII - MANEJO: todo e qualquer procedimento
uso humano da natureza, compreendendo a que vise assegurar a conservação da diversidade
preservação, a manutenção, a utilização biológica e dos ecossistemas;
sustentável, a restauração e a recuperação do
ambiente natural, para que possa produzir o IX - USO INDIRETO: aquele que não envolve
maior benefício, em bases sustentáveis, às atuais consumo, coleta, dano ou destruição dos
gerações, mantendo seu potencial de satisfazer recursos naturais;
as necessidades e aspirações das gerações X - USO DIRETO: aquele que envolve coleta e uso,
futuras, e garantindo a sobrevivência dos seres comercial ou não, dos recursos naturais;
vivos em geral;
XI - USO SUSTENTÁVEL: exploração do ambiente
de maneira a garantir a perenidade dos recursos

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ambientais renováveis e dos processos elas o fluxo de genes e o movimento da biota,


ecológicos, mantendo a biodiversidade e os facilitando a dispersão de espécies e a
demais atributos ecológicos, de forma recolonização de áreas degradadas, bem como a
socialmente justa e economicamente viável; manutenção de populações que demandam para
sua sobrevivência áreas com extensão maior do
XII - EXTRATIVISMO: sistema de exploração
que aquela das unidades individuais.
baseado na coleta e extração, de modo
sustentável, de recursos naturais renováveis; CAPÍTULO II
XIII - RECUPERAÇÃO: restituição de um DO SISTEMA NACIONAL DE UNIDADES DE
ecossistema ou de uma população silvestre CONSERVAÇÃO DA NATUREZA – SNUC
degradada a uma condição não degradada, que
pode ser diferente de sua condição original; Art. 3o O Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza - SNUC é
XIV - RESTAURAÇÃO: restituição de um
CONSTITUÍDO pelo conjunto das unidades de
ecossistema ou de uma população silvestre
conservação federais, estaduais e municipais,
degradada o mais próximo possível da sua
de acordo com o disposto nesta Lei.
condição original;
Art. 4o O SNUC tem os seguintes OBJETIVOS:
XV - (VETADO)
I - contribuir para a manutenção da diversidade
XVI - ZONEAMENTO: definição de setores ou
biológica e dos recursos genéticos no território
zonas em uma unidade de conservação com
objetivos de manejo e normas específicos, com o
nacional e nas águas jurisdicionais;
48
propósito de proporcionar os meios e as II - proteger as espécies ameaçadas de extinção
condições para que todos os objetivos da no âmbito regional e nacional;
unidade possam ser alcançados de forma
III - contribuir para a preservação e a
harmônica e eficaz;
restauração da diversidade de ecossistemas
XVII - PLANO DE MANEJO: documento técnico naturais;
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mediante o qual, com fundamento nos
IV - promover o desenvolvimento sustentável a
objetivos gerais de uma unidade de
partir dos recursos naturais;
conservação, se estabelece o seu zoneamento
e as normas que devem presidir o uso da área V - promover a utilização dos princípios e
e o manejo dos recursos naturais, inclusive a práticas de conservação da natureza no
implantação das estruturas físicas necessárias processo de desenvolvimento;
à gestão da unidade;
VI - proteger paisagens naturais e pouco
XVIII - ZONA DE AMORTECIMENTO: o entorno de alteradas de notável beleza cênica;
uma unidade de conservação, onde as atividades
VII - proteger as características relevantes de
humanas estão sujeitas a normas e restrições
natureza geológica, geomorfológica,
específicas, com o propósito de minimizar os
espeleológica, arqueológica, paleontológica e
impactos negativos sobre a unidade; e
cultural;
XIX - CORREDORES ECOLÓGICOS: porções de
VIII - proteger e recuperar recursos hídricos e
ecossistemas naturais ou seminaturais, ligando
edáficos;
unidades de conservação, que possibilitam entre

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IX - recuperar ou restaurar ecossistemas V - incentivem as populações locais e as


degradados; organizações privadas a estabelecerem e
administrarem unidades de conservação dentro
X - proporcionar meios e incentivos para
do sistema nacional;
atividades de pesquisa científica, estudos e
monitoramento ambiental; VI - assegurem, nos casos possíveis, a
sustentabilidade econômica das unidades de
XI - valorizar econômica e socialmente a
conservação;
diversidade biológica;
VII - permitam o uso das unidades de
XII - favorecer condições e promover a educação
conservação para a conservação in situ de
e interpretação ambiental, a recreação em
populações das variantes genéticas selvagens
contato com a natureza e o turismo ecológico;
dos animais e plantas domesticados e recursos
XIII - proteger os recursos naturais necessários à genéticos silvestres;
subsistência de populações tradicionais,
VIII - assegurem que o processo de criação e a
respeitando e valorizando seu conhecimento e
gestão das unidades de conservação sejam
sua cultura e promovendo-as social e
feitos de forma integrada com as políticas de
economicamente.
administração das terras e águas circundantes,
Art. 5o O SNUC será regido por DIRETRIZES que: considerando as condições e necessidades
sociais e econômicas locais;
I - assegurem que no conjunto das unidades de
conservação estejam representadas amostras
significativas e ecologicamente viáveis das
IX - considerem as condições e necessidades das
populações locais no desenvolvimento e
49
diferentes populações, habitats e ecossistemas adaptação de métodos e técnicas de uso
do território nacional e das águas jurisdicionais, sustentável dos recursos naturais;
salvaguardando o patrimônio biológico
X - garantam às populações tradicionais cuja
existente;
subsistência dependa da utilização de recursos
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II - assegurem os mecanismos e procedimentos naturais existentes no interior das unidades de
necessários ao envolvimento da sociedade no conservação meios de subsistência alternativos
estabelecimento e na revisão da política OU a justa indenização pelos recursos perdidos;
nacional de unidades de conservação;
XI - garantam uma alocação adequada dos
III - assegurem a participação efetiva das recursos financeiros necessários para que, uma
populações locais na criação, implantação e vez criadas, as unidades de conservação possam
gestão das unidades de conservação; ser geridas de forma eficaz e atender aos seus
objetivos;
IV - busquem o apoio e a cooperação de
organizações não-governamentais, de XII - busquem conferir às unidades de
organizações privadas e pessoas físicas para o conservação, nos casos possíveis e respeitadas as
desenvolvimento de estudos, pesquisas conveniências da administração, autonomia
científicas, práticas de educação ambiental, administrativa e financeira; e
atividades de lazer e de turismo ecológico,
XIII - busquem proteger grandes áreas por meio
monitoramento, manutenção e outras
de um CONJUNTO INTEGRADO de unidades de
atividades de gestão das unidades de
conservação de diferentes categorias, próximas
conservação;

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OU contíguas, e suas respectivas ZONAS DE II - Unidades de Uso Sustentável.


AMORTECIMENTO e CORREDORES
§ 1o O objetivo básico das UNIDADES DE
ECOLÓGICOS, integrando as diferentes
PROTEÇÃO INTEGRAL é preservar a natureza,
atividades de preservação da natureza, uso
sendo admitido apenas o uso indireto dos seus
sustentável dos recursos naturais e restauração
recursos naturais, com exceção dos casos
e recuperação dos ecossistemas.
previstos nesta Lei.
Art. 6o O SNUC será gerido pelos seguintes
§ 2o O objetivo básico das UNIDADES DE USO
ÓRGÃOS, com as respectivas atribuições:
SUSTENTÁVEL é compatibilizar a conservação
I – ÓRGÃO CONSULTIVO E DELIBERATIVO: o da natureza com o uso sustentável de parcela
Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, dos seus recursos naturais.
com as atribuições de acompanhar a
Art. 8o O grupo das UNIDADES DE PROTEÇÃO
implementação do Sistema;
INTEGRAL é composto pelas seguintes categorias
II - ÓRGÃO CENTRAL: o Ministério do Meio de unidade de conservação:
Ambiente, com a finalidade de coordenar o
I - Estação Ecológica;
Sistema; e
II - Reserva Biológica;
III - ÓRGÃOS EXECUTORES: o Instituto Chico
Mendes e o Ibama, em caráter supletivo, os III - Parque Nacional;
órgãos estaduais e municipais, com a função de
IV - Monumento Natural;
implementar o SNUC, subsidiar as propostas de
criação e administrar as unidades de V - Refúgio de Vida Silvestre.
50
conservação federais, estaduais e municipais,
Art. 9o A ESTAÇÃO ECOLÓGICA tem como
nas respectivas esferas de atuação.
objetivo a preservação da natureza e a
Parágrafo único. PODEM INTEGRAR o SNUC, realização de pesquisas científicas.
excepcionalmente e a critério do Conama,
§ 1o A Estação Ecológica é de posse e domínio
unidades de conservação estaduaisCPF: 364.910.078-98
e municipais
públicos, sendo que as áreas particulares
que, concebidas para atender a peculiaridades
incluídas em seus limites serão desapropriadas,
regionais ou locais, possuam objetivos de
de acordo com o que dispõe a lei.
manejo que não possam ser satisfatoriamente
atendidos por nenhuma categoria prevista nesta § 2o É proibida a visitação pública, exceto
Lei e cujas características permitam, em relação quando com objetivo educacional, de acordo
a estas, uma clara distinção. com o que dispuser o Plano de Manejo da
unidade ou regulamento específico.
CAPÍTULO III
§ 3o A pesquisa científica depende de
DAS CATEGORIAS DE UNIDADES DE autorização prévia do órgão responsável pela
CONSERVAÇÃO administração da unidade e está sujeita às
condições e restrições por este estabelecidas,
Art. 7o As unidades de conservação integrantes
bem como àquelas previstas em regulamento.
do SNUC dividem-se em 2 GRUPOS, com
características específicas: § 4o Na Estação Ecológica só podem ser
permitidas alterações dos ecossistemas no
I - Unidades de Proteção Integral;
caso de:

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I - medidas que visem a restauração de científicas e o desenvolvimento de atividades


ecossistemas modificados; de educação e interpretação ambiental, de
recreação em contato com a natureza e de
II - manejo de espécies com o fim de preservar a
turismo ecológico.
diversidade biológica;
§ 1o O Parque Nacional é de posse e domínio
III - coleta de componentes dos ecossistemas
públicos, sendo que as áreas particulares
com finalidades científicas;
incluídas em seus limites serão desapropriadas,
IV - pesquisas científicas cujo impacto sobre o de acordo com o que dispõe a lei.
ambiente seja maior do que aquele causado
§ 2o A visitação pública está sujeita às normas e
pela simples observação ou pela coleta
restrições estabelecidas no Plano de Manejo da
controlada de componentes dos ecossistemas,
unidade, às normas estabelecidas pelo órgão
em uma área correspondente a no máximo
responsável por sua administração, e àquelas
TRÊS POR CENTO da extensão total da unidade
previstas em regulamento.
e até o limite de UM MIL E QUINHENTOS
HECTARES. § 3o A pesquisa científica depende de
autorização prévia do órgão responsável pela
Art. 10. A RESERVA BIOLÓGICA tem como objetivo
administração da unidade e está sujeita às
a preservação integral da biota e demais atributos
condições e restrições por este estabelecidas,
naturais existentes em seus limites, sem
bem como àquelas previstas em regulamento.
interferência humana direta ou modificações
ambientais, excetuando-se as medidas de
recuperação de seus ecossistemas alterados e as
§ 4o As unidades dessa categoria, quando
criadas pelo Estado ou Município, serão
51
ações de manejo necessárias para recuperar e denominadas, respectivamente, Parque
preservar o equilíbrio natural, a diversidade Estadual e Parque Natural Municipal.
biológica e os processos ecológicos naturais.
Art. 12. O MONUMENTO NATURAL tem como
§ 1o A Reserva Biológica é de posse e domínio objetivo básico preservar sítios naturais raros,
públicos, sendo que as áreas CPF: 364.910.078-98
particulares singulares ou de grande beleza cênica.
incluídas em seus limites serão desapropriadas,
§ 1o O Monumento Natural pode ser constituído
de acordo com o que dispõe a lei.
por áreas particulares, desde que seja possível
o
§ 2 É proibida a visitação pública, exceto aquela compatibilizar os objetivos da unidade com a
com objetivo educacional, de acordo com utilização da terra e dos recursos naturais do
regulamento específico. local pelos proprietários.

§ 3o A pesquisa científica depende de § 2o Havendo incompatibilidade entre os


autorização prévia do órgão responsável pela objetivos da área e as atividades privadas ou não
administração da unidade e está sujeita às havendo aquiescência do proprietário às
condições e restrições por este estabelecidas, condições propostas pelo órgão responsável pela
bem como àquelas previstas em regulamento. administração da unidade para a coexistência do
Monumento Natural com o uso da propriedade,
Art. 11. O PARQUE NACIONAL tem como
a área deve ser desapropriada, de acordo com o
objetivo básico a preservação de ecossistemas
que dispõe a lei.
naturais de grande relevância ecológica e beleza
cênica, possibilitando a realização de pesquisas

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§ 3o A visitação pública está sujeita às condições IV - Reserva Extrativista;


e restrições estabelecidas no Plano de Manejo
V - Reserva de Fauna;
da unidade, às normas estabelecidas pelo órgão
responsável por sua administração e àquelas VI – Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e
previstas em regulamento.
VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.
Art. 13. O REFÚGIO DE VIDA SILVESTRE tem
Art. 15. A ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL é
como objetivo proteger ambientes naturais onde
uma área em geral extensa, com um certo grau
se asseguram condições para a existência ou
de ocupação humana, dotada de atributos
reprodução de espécies ou comunidades da
abióticos, bióticos, estéticos ou culturais
flora local e da fauna residente ou migratória.
especialmente importantes para a qualidade de
§ 1o O Refúgio de Vida Silvestre pode ser vida e o bem-estar das populações humanas, e
constituído por áreas particulares, desde que tem como objetivos básicos proteger a
seja possível compatibilizar os objetivos da diversidade biológica, disciplinar o processo de
unidade com a utilização da terra e dos recursos ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso
naturais do local pelos proprietários. dos recursos naturais.

§ 2o Havendo incompatibilidade entre os § 1o A Área de Proteção Ambiental é constituída


objetivos da área e as atividades privadas ou não por terras públicas ou privadas.
havendo aquiescência do proprietário às
§ 2o Respeitados os limites constitucionais,
condições propostas pelo órgão responsável pela
administração da unidade para a coexistência do
podem ser estabelecidas normas e restrições
para a utilização de uma propriedade privada
52
Refúgio de Vida Silvestre com o uso da
localizada em uma Área de Proteção Ambiental.
propriedade, a área deve ser desapropriada, de
acordo com o que dispõe a lei. § 3o As condições para a realização de pesquisa
científica e visitação pública nas áreas sob
§ 3o A visitação pública está sujeita às normas e
domínio público serão estabelecidas pelo órgão
restrições estabelecidas no Plano de Manejo da
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unidade, às normas estabelecidas pelo órgão
gestor da unidade.
responsável por sua administração, e àquelas § 4o Nas áreas sob propriedade privada, cabe ao
previstas em regulamento. proprietário estabelecer as condições para
pesquisa e visitação pelo público, observadas as
§ 4o A pesquisa científica depende de
exigências e restrições legais.
autorização prévia do órgão responsável pela
administração da unidade e está sujeita às § 5o A Área de Proteção Ambiental disporá de um
condições e restrições por este estabelecidas, Conselho presidido pelo órgão responsável por
bem como àquelas previstas em regulamento. sua administração e constituído por
representantes dos órgãos públicos, de
Art. 14. Constituem o Grupo das UNIDADES DE
organizações da sociedade civil e da população
USO SUSTENTÁVEL as seguintes categorias de
residente, conforme se dispuser no regulamento
unidade de conservação:
desta Lei.
I - Área de Proteção Ambiental;
Art. 16. A ÁREA DE RELEVANTE INTERESSE
II - Área de Relevante Interesse Ecológico; ECOLÓGICO é uma área em geral de pequena
extensão, com pouca ou nenhuma ocupação
III - Floresta Nacional;

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humana, com características naturais § 5o A Floresta Nacional disporá de um Conselho


extraordinárias ou que abriga exemplares raros Consultivo, presidido pelo órgão responsável
da biota regional, e tem como objetivo manter por sua administração e constituído por
os ecossistemas naturais de importância regional representantes de órgãos públicos, de
ou local e regular o uso admissível dessas áreas, organizações da sociedade civil e, quando for o
de modo a compatibilizá-lo com os objetivos de caso, das populações tradicionais residentes.
conservação da natureza.
§ 6o A unidade desta categoria, quando criada
§ 1o A Área de Relevante Interesse Ecológico é pelo Estado ou Município, será denominada,
constituída por terras públicas ou privadas. respectivamente, Floresta Estadual e Floresta
Municipal.
§ 2o Respeitados os limites constitucionais, podem
ser estabelecidas normas e restrições para a Art. 18. A RESERVA EXTRATIVISTA é uma área
utilização de uma propriedade privada localizada utilizada por populações extrativistas
em uma Área de Relevante Interesse Ecológico. tradicionais, cuja subsistência baseia-se no
extrativismo e, complementarmente, na
Art. 17. A FLORESTA NACIONAL é uma área com
agricultura de subsistência e na criação de
cobertura florestal de espécies
animais de pequeno porte, e tem como objetivos
predominantemente nativas e tem como
básicos proteger os meios de vida e a cultura
objetivo básico o uso múltiplo sustentável dos
dessas populações, e assegurar o uso
recursos florestais e a pesquisa científica, com
sustentável dos recursos naturais da unidade.
ênfase em métodos para exploração sustentável
de florestas nativas. § 1o A Reserva Extrativista é de domínio público, 53
com uso concedido às populações extrativistas
§ 1o A Floresta Nacional é de posse e domínio
tradicionais conforme o disposto no art. 23 desta
públicos, sendo que as áreas particulares
Lei e em regulamentação específica, sendo que
incluídas em seus limites devem ser
as áreas particulares incluídas em seus limites
desapropriadas de acordo com o que dispõe a
devem ser desapropriadas, de acordo com o que
lei.
CPF: 364.910.078-98
dispõe a lei.
o
§ 2 Nas Florestas Nacionais é admitida a
§ 2o A Reserva Extrativista será gerida por um
permanência de populações tradicionais que a
Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão
habitam quando de sua criação, em
responsável por sua administração e
conformidade com o disposto em regulamento e
constituído por representantes de órgãos
no Plano de Manejo da unidade.
públicos, de organizações da sociedade civil e
o
§ 3 A visitação pública é permitida, das populações tradicionais residentes na área,
condicionada às normas estabelecidas para o conforme se dispuser em regulamento e no ato
manejo da unidade pelo órgão responsável por de criação da unidade.
sua administração.
§ 3o A visitação pública é permitida, desde que
§ 4o A pesquisa é permitida e incentivada, compatível com os interesses locais e de acordo
sujeitando-se à prévia autorização do órgão com o disposto no Plano de Manejo da área.
responsável pela administração da unidade, às
§ 4o A pesquisa científica é permitida e
condições e restrições por este estabelecidas e
incentivada, sujeitando-se à prévia autorização
àquelas previstas em regulamento.
do órgão responsável pela administração da

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unidade, às condições e restrições por este gerações e adaptados às condições ecológicas


estabelecidas e às normas previstas em locais e que desempenham um papel
regulamento. fundamental na proteção da natureza e na
manutenção da diversidade biológica.
§ 5o O Plano de Manejo da unidade será
aprovado pelo seu Conselho Deliberativo. § 1o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável
tem como objetivo básico preservar a natureza e,
§ 6o São proibidas a exploração de recursos
ao mesmo tempo, assegurar as condições e os
minerais e a caça amadorística ou profissional.
meios necessários para a reprodução e a melhoria
§ 7o A exploração comercial de recursos dos modos e da qualidade de vida e exploração dos
madeireiros só será admitida em bases recursos naturais das populações tradicionais, bem
sustentáveis e em situações especiais e como valorizar, conservar e aperfeiçoar o
complementares às demais atividades conhecimento e as técnicas de manejo do
desenvolvidas na Reserva Extrativista, conforme ambiente, desenvolvido por estas populações.
o disposto em regulamento e no Plano de
§ 2o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável
Manejo da unidade.
é de domínio público, sendo que as áreas
Art. 19. A RESERVA DE FAUNA é uma área particulares incluídas em seus limites devem ser,
natural com populações animais de espécies quando necessário, desapropriadas, de acordo
nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou com o que dispõe a lei.
migratórias, adequadas para estudos técnico-
§ 3o O uso das áreas ocupadas pelas populações
científicos sobre o manejo econômico
sustentável de recursos faunísticos.
tradicionais será regulado de acordo com o 54
disposto no art. 23 desta Lei e em
§ 1o A Reserva de Fauna é de posse e domínio regulamentação específica.
públicos, sendo que as áreas particulares incluídas
§ 4o A Reserva de Desenvolvimento Sustentável
em seus limites devem ser desapropriadas de
será gerida por um Conselho Deliberativo,
acordo com o que dispõe a lei.
presidido pelo órgão responsável por sua
o CPF: 364.910.078-98
§ 2 A visitação pública pode ser permitida, administração e constituído por representantes
desde que compatível com o manejo da unidade de órgãos públicos, de organizações da
e de acordo com as normas estabelecidas pelo sociedade civil e das populações tradicionais
órgão responsável por sua administração. residentes na área, conforme se dispuser em
regulamento e no ato de criação da unidade.
§ 3o É proibido o exercício da caça amadorística
ou profissional. § 5o As atividades desenvolvidas na Reserva de
Desenvolvimento Sustentável obedecerão às
§ 4o A comercialização dos produtos e
seguintes condições:
subprodutos resultantes das pesquisas
obedecerá ao disposto nas leis sobre fauna e I - é permitida e incentivada a visitação pública,
regulamentos. desde que compatível com os interesses locais e de
acordo com o disposto no Plano de Manejo da área;
Art. 20. A RESERVA DE DESENVOLVIMENTO
SUSTENTÁVEL é uma área natural que abriga II - é permitida e incentivada a pesquisa
populações tradicionais, cuja existência baseia- científica voltada à conservação da natureza, à
se em sistemas sustentáveis de exploração dos melhor relação das populações residentes com
recursos naturais, desenvolvidos ao longo de seu meio e à educação ambiental, sujeitando-se

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à prévia autorização do órgão responsável pela § 1o O gravame de que trata este artigo constará
administração da unidade, às condições e de termo de compromisso assinado perante o
restrições por este estabelecidas e às normas órgão ambiental, que verificará a existência de
previstas em regulamento; interesse público, e será averbado à margem da
inscrição no Registro Público de Imóveis.
III - deve ser sempre considerado o equilíbrio
dinâmico entre o tamanho da população e a § 2o Só poderá ser permitida, na Reserva
conservação; e Particular do Patrimônio Natural, conforme se
dispuser em regulamento:
IV - é admitida a exploração de componentes
dos ecossistemas naturais em regime de manejo I - a pesquisa científica;
sustentável e a substituição da cobertura
II - a visitação com objetivos turísticos,
vegetal por espécies cultiváveis, desde que
recreativos e educacionais;
sujeitas ao zoneamento, às limitações legais e ao
Plano de Manejo da área. III - (VETADO)

§ 6o O Plano de Manejo da Reserva de § 3o Os órgãos integrantes do SNUC, sempre que


Desenvolvimento Sustentável definirá as zonas de possível e oportuno, prestarão orientação
proteção integral, de uso sustentável e de técnica e científica ao proprietário de Reserva
amortecimento e corredores ecológicos, e será Particular do Patrimônio Natural para a
aprovado pelo Conselho Deliberativo da unidade. elaboração de um Plano de Manejo ou de
Proteção e de Gestão da unidade.
Art. 21. A RESERVA PARTICULAR DO
PATRIMÔNIO NATURAL é uma área privada,
55
gravada com perpetuidade, com o objetivo de
conservar a diversidade biológica.

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6.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Embora os artigos tratados sejam essenciais para a compreensão da matéria,


não aprestaram maior incidência em provas de magistratura.

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7. DIREITO ADMINISTRATIVO VI - das obras e serviços de engenharia para


construção, ampliação e reforma e
7.1 LEI Nº 12.462, DE 04 DE AGOSTO DE 2011 administração de estabelecimentos penais e de
(art. 1º a 28) unidades de atendimento socioeducativo;

CAPÍTULO I VII - das ações no âmbito da segurança pública;

Do Regime Diferenciado de Contratações VIII - das obras e serviços de engenharia,


Públicas - RDC relacionadas a melhorias na mobilidade urbana
ou ampliação de infraestrutura logística;
Seção I
IX - dos contratos a que se refere o art. 47-A;
Aspectos Gerais
Art. 47-A. A administração pública poderá firmar
Art. 1º É instituído o Regime Diferenciado de contratos de locação de bens móveis e imóveis,
Contratações Públicas (RDC), aplicável nos quais o locador realiza prévia aquisição,
exclusivamente às licitações e contratos construção ou reforma substancial, com ou sem
necessários à realização: aparelhamento de bens, por si mesmo ou por
I - dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, terceiros, do bem especificado pela
constantes da Carteira de Projetos Olímpicos a administração.
ser definida pela Autoridade Pública Olímpica § 1º A contratação referida no caput sujeita-se à
(APO); e mesma disciplina de dispensa e inexigibilidade de
II - da Copa das Confederações da Federação licitação aplicável às locações comuns. 57
Internacional de Futebol Associação - Fifa 2013 § 2º A contratação referida no caput poderá
e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo prever a reversão dos bens à administração
Grupo Executivo - Gecopa 2014 do Comitê pública ao final da locação, desde que
Gestor instituído para definir, aprovar e estabelecida no contrato.
supervisionar as ações previstas no Plano
CPF: 364.910.078-98
Estratégico das Ações do Governo Brasileiro para § 3º O valor da locação a que se refere o caput não
a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 - poderá exceder, ao mês, 1% (um por cento) do
CGCOPA 2014, restringindo-se, no caso de obras valor do bem locado.
públicas, às constantes da matriz de
responsabilidades celebrada entre a União, Trata-se de uma modalidade de locação na qual
Estados, Distrito Federal e Municípios; as obrigações contratuais de ambas as partes são
fixadas antes da construção ou até antes mesmo
III - de obras de infraestrutura e de contratação da aquisição do bem. Esse tipo de contrato já era
de serviços para os aeroportos das capitais dos admitido e utilizado, antes mesmo de sua
Estados da Federação distantes até 350 km
previsão em lei, como contrato atípico.
(trezentos e cinquenta quilômetros) das cidades
sedes dos mundiais referidos nos incisos I e II.
X - das ações em órgãos e entidades dedicados à
IV - das ações integrantes do Programa de ciência, à tecnologia e à inovação.
Aceleração do Crescimento (PAC);
É possível que outras leis estabeleçam a
V - das obras e serviços de engenharia no
possibilidade de utilização do RDC, como é o
âmbito do Sistema Único de Saúde – SUS;

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caso, por exemplo, da Lei Federal nº 12.983/14, § 3º Além das hipóteses previstas no caput, o RDC
que determina “aplica-se o disposto na Lei nº também é aplicável às licitações e aos contratos
12.462, de 4 de agosto de 2011, às licitações e necessários à realização de obras e serviços de
aos contratos destinados à execução de ações engenharia no âmbito dos sistemas públicos de
de prevenção em áreas de risco de desastres e ensino e de pesquisa, ciência e tecnologia.
de resposta e de recuperação em áreas
Art. 2º Na aplicação do RDC, deverão ser
atingidas por desastres”.
observadas as seguintes definições:

§ 1º O RDC tem por objetivos: I - empreitada integral: quando se contrata um


empreendimento em sua integralidade,
I - ampliar a eficiência nas contratações públicas compreendendo a totalidade das etapas de
e a competitividade entre os licitantes; obras, serviços e instalações necessárias, sob
II - promover a troca de experiências e inteira responsabilidade da contratada até a sua
tecnologias em busca da melhor relação entre entrega ao contratante em condições de entrada
custos e benefícios para o setor público; em operação, atendidos os requisitos técnicos e
legais para sua utilização em condições de
III - incentivar a inovação tecnológica; e segurança estrutural e operacional e com as
IV - assegurar tratamento isonômico entre os características adequadas às finalidades para a
licitantes e a seleção da proposta mais vantajosa qual foi contratada;
para a administração pública. II - empreitada por preço global: quando se
§ 2º A opção pelo RDC deverá constar de forma contrata a execução da obra ou do serviço por 58
expressa do instrumento convocatório e preço certo e total;
resultará no afastamento das normas contidas III - empreitada por preço unitário: quando se
na Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, exceto
contrata a execução da obra ou do serviço por
nos casos expressamente previstos nesta Lei. preço certo de unidades determinadas;

A adoção do RDC não é obrigatória,CPF: 364.910.078-98


de modo IV - projeto básico: conjunto de elementos
que tal opção deverá constar expressamente necessários e suficientes, com nível de precisão
no instrumento convocatório e resultará no adequado, para, observado o disposto no
afastamento das normas contidas na Lei nº parágrafo único deste artigo:
8.666/93, exceto nos casos expressamente a) caracterizar a obra ou serviço de engenharia,
previstos na Lei Federal nº 12.462/11. ou complexo de obras ou serviços objeto da
licitação, com base nas indicações dos estudos
À guisa da redação do § 2º do art. 1º da Lei do técnicos preliminares;
RDC, é incorreta assertiva que afirma ser b) assegurar a viabilidade técnica e o adequado
aplicável subsidiariamente as disposições da tratamento do impacto ambiental do
Lei Federal nº 8.666/1993. empreendimento; e

c) possibilitar a avaliação do custo da obra ou


Art. 39. Os contratos administrativos celebrados
serviço e a definição dos métodos e do prazo
com base no RDC reger-se-ão pelas normas da Lei
nº 8.666, de 21 de junho de 1993, com exceção
de execução;
das regras específicas previstas nesta Lei.

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V - projeto executivo: conjunto dos elementos Art. 3º As licitações e contratações realizadas em


necessários e suficientes à execução completa conformidade com o RDC deverão observar os
da obra, de acordo com as normas técnicas princípios da legalidade, da impessoalidade, da
pertinentes; e moralidade, da igualdade, da publicidade, da
eficiência, da probidade administrativa, da
VI - tarefa: quando se ajusta mão de obra para
economicidade, do desenvolvimento nacional
pequenos trabalhos por preço certo, com ou
sustentável, da vinculação ao instrumento
sem fornecimento de materiais.
convocatório e do julgamento objetivo.
Parágrafo único. O projeto básico referido no
Art. 4º Nas licitações e contratos de que trata
inciso IV do caput deste artigo deverá conter, no
esta Lei serão observadas as seguintes diretrizes:
mínimo, sem frustrar o caráter competitivo do
procedimento licitatório, os seguintes elementos: I - padronização do objeto da contratação
relativamente às especificações técnicas e de
I - desenvolvimento da solução escolhida de
desempenho e, quando for o caso, às
forma a fornecer visão global da obra e identificar
condições de manutenção, assistência técnica
seus elementos constitutivos com clareza;
e de garantia oferecidas;
II - soluções técnicas globais e localizadas,
II - padronização de instrumentos convocatórios
suficientemente detalhadas, de forma a restringir
e minutas de contratos, previamente aprovados
a necessidade de reformulação ou de variantes
pelo órgão jurídico competente;
durante as fases de elaboração do projeto
executivo e de realização das obras e montagem a
situações devidamente comprovadas em ato
III - busca da maior vantagem para a
administração pública, considerando custos e
59
motivado da administração pública; benefícios, diretos e indiretos, de natureza
econômica, social ou ambiental, inclusive os
III - identificação dos tipos de serviços a executar
relativos à manutenção, ao desfazimento de
e de materiais e equipamentos a incorporar à
bens e resíduos, ao índice de depreciação
obra, bem como especificações que assegurem os
econômica e a outros fatores de igual relevância;
CPF: 364.910.078-98
melhores resultados para o empreendimento;
IV - condições de aquisição, de seguros, de
IV - informações que possibilitem o estudo e
garantias e de pagamento compatíveis com as
a dedução de métodos construtivos,
condições do setor privado, inclusive mediante
instalações provisórias e condições
pagamento de remuneração variável conforme
organizacionais para a obra;
desempenho, na forma do art. 10;
V - subsídios para montagem do plano de licitação
Art. 10. Não poderão ser exigidos pelos órgãos e
e gestão da obra, compreendendo a sua
entidades envolvidos na abertura e fechamento
programação, a estratégia de suprimentos, as
de empresas, dos 3 (três) âmbitos de governo:
normas de fiscalização e outros dados necessários
em cada caso, exceto, em relação à respectiva I - excetuados os casos de autorização prévia,
licitação, na hipótese de contratação integrada; quaisquer documentos adicionais aos requeridos
pelos órgãos executores do Registro Público de
VI - orçamento detalhado do custo global da obra,
Empresas Mercantis e Atividades Afins e do
fundamentado em quantitativos de serviços e
Registro Civil de Pessoas Jurídicas;
fornecimentos propriamente avaliados.

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II - documento de propriedade ou contrato de II - mitigação por condicionantes e


locação do imóvel onde será instalada a sede, filial compensação ambiental, que serão definidas no
ou outro estabelecimento, salvo para procedimento de licenciamento ambiental;
comprovação do endereço indicado;
III - utilização de produtos, equipamentos e
III - comprovação de regularidade de prepostos serviços que, comprovadamente, reduzam o
dos empresários ou pessoas jurídicas com seus consumo de energia e recursos naturais;
órgãos de classe, sob qualquer forma, como
IV - avaliação de impactos de vizinhança, na
requisito para deferimento de ato de inscrição,
forma da legislação urbanística;
alteração ou baixa de empresa, bem como para
autenticação de instrumento de escrituração. V - proteção do patrimônio cultural, histórico,
arqueológico e imaterial, inclusive por meio da
Possibilidade de remuneração variável de avaliação do impacto direto ou indireto causado
acordo com o desempenho da contratada pelas obras contratadas; e
(art. 10). Destaque-se que essa forma de VI - acessibilidade para o uso por pessoas com
remuneração também é possível nas PPP’s, deficiência ou com mobilidade reduzida.
por força da alteração promovida pela Lei
Federal nº 12.766/2012. § 2º O impacto negativo sobre os bens do
patrimônio cultural, histórico, arqueológico e
V - utilização, sempre que possível, nas planilhas imaterial tombados deverá ser compensado por
de custos constantes das propostas oferecidas meio de medidas determinadas pela autoridade
pelos licitantes, de mão de obra, materiais, responsável, na forma da legislação aplicável. 60
tecnologias e matérias-primas existentes no local
Seção II
da execução, conservação e operação do bem,
serviço ou obra, desde que não se produzam Das Regras Aplicáveis às Licitações no Âmbito
prejuízos à eficiência na execução do respectivo do RDC
objeto e que seja respeitado o limite do
CPF:e 364.910.078-98 Subseção I
orçamento estimado para a contratação;
Do Objeto da Licitação
VI - parcelamento do objeto, visando à ampla
participação de licitantes, sem perda de Art. 5º O objeto da licitação deverá ser definido
economia de escala. de forma clara e precisa no instrumento
VII - ampla publicidade, em sítio eletrônico, de convocatório, vedadas especificações excessivas,
todas as fases e procedimentos do processo de irrelevantes ou desnecessárias.
licitação, assim como dos contratos, respeitado o Art. 6º Observado o disposto no § 3º, o orçamento
art. 6º desta Lei. previamente estimado para a contratação será
§ 1º As contratações realizadas com base no tornado público apenas e imediatamente após o
RDC devem respeitar, especialmente, as encerramento da licitação, sem prejuízo da
normas relativas à: divulgação do detalhamento dos quantitativos e
das demais informações necessárias para a
I - disposição final ambientalmente adequada elaboração das propostas.
dos resíduos sólidos gerados pelas obras
contratadas; § 1º Nas hipóteses em que for adotado o critério
de julgamento por maior desconto, a

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informação de que trata o caput deste artigo assegure a execução do contrato, no caso de
constará do instrumento convocatório. licitante revendedor ou distribuidor.

§ 2º No caso de julgamento por melhor técnica, Art. 8º Na execução indireta de obras e serviços
o valor do prêmio ou da remuneração será de engenharia, são admitidos os seguintes
incluído no instrumento convocatório. regimes:

§ 3º Se não constar do instrumento I - empreitada por preço unitário;


convocatório, a informação referida no caput
II - empreitada por preço global;
deste artigo possuirá caráter sigiloso e será
disponibilizada estrita e permanentemente aos III - contratação por tarefa;
órgãos de controle externo e interno.
IV - empreitada integral; ou
Art. 7º No caso de licitação para aquisição de
V - contratação integrada.
bens, a administração pública poderá:
§ 1º Nas licitações e contratações de obras e
I - indicar marca ou modelo, desde que
serviços de engenharia serão adotados,
formalmente justificado, nas seguintes hipóteses:
preferencialmente, os regimes discriminados nos
a) em decorrência da necessidade de incisos II, IV e V do caput deste artigo.
padronização do objeto;
Obras e serviços de engenharia:
b) quando determinada marca ou modelo
PREFERENCIALMENTE, empreitada por
comercializado por mais de um fornecedor for a
única capaz de atender às necessidades da preço global; empreitada integral; ou 61
contratação integrada.
entidade contratante; ou

c) quando a descrição do objeto a ser licitado § 2º No caso de inviabilidade da aplicação do


puder ser melhor compreendida pela disposto no § 1º deste artigo, poderá ser
identificação de determinada marca ou modelo adotado outro regime previsto no caput deste
CPF:
aptos a servir como referência, situação em364.910.078-98
que artigo, hipótese em que serão inseridos nos
será obrigatório o acréscimo da expressão “ou autos do procedimento os motivos que
similar ou de melhor qualidade”; justificaram a exceção.
II - exigir amostra do bem no procedimento de § 3º O custo global de obras e serviços de
pré-qualificação, na fase de julgamento das engenharia deverá ser obtido a partir de custos
propostas ou de lances, desde que justificada a unitários de insumos ou serviços menores ou
necessidade da sua apresentação; iguais à mediana de seus correspondentes ao
III - solicitar a certificação da qualidade do Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices
produto ou do processo de fabricação, inclusive da Construção Civil (Sinapi), no caso de
sob o aspecto ambiental, por qualquer construção civil em geral, ou na tabela do
instituição oficial competente ou por entidade Sistema de Custos de Obras Rodoviárias (Sicro),
credenciada; e no caso de obras e serviços rodoviários.

IV - solicitar, motivadamente, carta de § 4º No caso de inviabilidade da definição dos


solidariedade emitida pelo fabricante, que custos consoante o disposto no § 3º deste artigo,
a estimativa de custo global poderá ser apurada

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por meio da utilização de dados contidos em Art. 9º Nas licitações de obras e serviços de
tabela de referência formalmente aprovada por engenharia, no âmbito do RDC, poderá ser utilizada
órgãos ou entidades da administração pública a contratação integrada, desde que técnica e
federal, em publicações técnicas especializadas, economicamente justificada e cujo objeto envolva,
em sistema específico instituído para o setor ou pelo menos, uma das seguintes condições:
em pesquisa de mercado.
I - inovação tecnológica ou técnica;
§ 5º Nas licitações para a contratação de obras e
II - possibilidade de execução com diferentes
serviços, com exceção daquelas onde for
metodologias; ou
adotado o regime previsto no inciso V do caput
deste artigo, deverá haver projeto básico III - possibilidade de execução com tecnologias
aprovado pela autoridade competente, de domínio restrito no mercado.
disponível para exame dos interessados em
§ 1º A contratação integrada compreende a
participar do processo licitatório.
elaboração e o desenvolvimento dos projetos
básico e executivo, a execução de obras e
Na Lei Federal nº 8.666/1993, somente o
serviços de engenharia, a montagem, a
projeto executivo pode ser atribuído ao realização de testes, a pré-operação e todas as
licitante enquanto encargo, sempre devendo demais operações necessárias e suficientes para
existir projeto básico elaborado pela a entrega final do objeto.
Administração Pública (arts. 7º, §2º, I, e 9º, §
2º). Diferentemente, no RDC, em caso de
obras e serviços de engenharia, poderá ser
Sempre que o Poder Público adotar a
contratação integrada, é vedada a celebração de
62
empregado regime de execução da
termos aditivos aos contratos firmados, SALVO
contratação integrada, cuja peculiaridade é
para reposição do equilíbrio econômico-
justamente a atribuição da elaboração do
financeiro decorrente de caso fortuito ou força
projeto básico e do projeto executivo ao
maior e por necessidade de alteração do projeto
licitante, que serão considerados quando do
ou das especificações para melhor adequação
julgamento das propostas. CPF: 364.910.078-98
técnica aos objetivos da contratação, a pedido da
administração pública, desde que não
§ 6º No caso de contratações realizadas pelos decorrentes de erros ou omissões por parte do
governos municipais, estaduais e do Distrito contratado (arts. 8º e 9º). Nestes casos, a
Federal, desde que não envolvam recursos da alteração unilateral obedece ao limite legal de
União, o custo global de obras e serviços de até 25% do objeto contratado, exceto em
engenharia a que se refere o § 3º deste artigo contratos de reforma de equipamentos e
poderá também ser obtido a partir de outros edifícios, quando os acréscimos poderão
sistemas de custos já adotados pelos alcançar até 50% do valor acordado.
respectivos entes e aceitos pelos respectivos
tribunais de contas.
§ 2º No caso de contratação integrada:
§ 7º É vedada a realização, sem projeto
I - o instrumento convocatório deverá conter
executivo, de obras e serviços de engenharia
anteprojeto de engenharia que contemple os
para cuja concretização tenha sido utilizado o
documentos técnicos destinados a possibilitar a
RDC, qualquer que seja o regime adotado.
caracterização da obra ou serviço, incluindo:

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a) a demonstração e a justificativa do programa Administração Pública (arts. 7º, §2º, I, e 9º, §


de necessidades, a visão global dos 2º). Diferentemente, no RDC, em caso de
investimentos e as definições quanto ao nível de obras e serviços de engenharia, poderá ser
serviço desejado; empregado regime de execução da
contratação integrada, cuja peculiaridade é
b) as condições de solidez, segurança,
justamente a atribuição da elaboração do
durabilidade e prazo de entrega, observado o
projeto básico e do projeto executivo ao
disposto no caput e no § 1º do art. 6º desta Lei;
licitante, que serão considerados quando do
Art. 6º Os requisitos de segurança sanitária, julgamento das propostas.
metrologia, controle ambiental e prevenção
contra incêndios, para os fins de registro e § 3º Caso seja permitida no anteprojeto de
legalização de empresários e pessoas jurídicas, engenharia a apresentação de projetos com
deverão ser simplificados, racionalizados e metodologias diferenciadas de execução, o
uniformizados pelos órgãos envolvidos na instrumento convocatório estabelecerá
abertura e fechamento de empresas, no âmbito critérios objetivos para avaliação e
de suas competências. julgamento das propostas.
§ 1º Os órgãos e entidades envolvidos na abertura § 4º Nas hipóteses em que for adotada a
e fechamento de empresas que sejam contratação integrada, é vedada a celebração de
responsáveis pela emissão de licenças e termos aditivos aos contratos firmados, exceto
autorizações de funcionamento somente nos seguintes casos:
realizarão vistorias após o início de operação do
I - para recomposição do equilíbrio econômico-
63
estabelecimento, quando a atividade, por sua
financeiro decorrente de caso fortuito ou força
natureza, comportar grau de risco compatível com
maior; e
esse procedimento.
II - por necessidade de alteração do projeto ou das
c) a estética do projeto arquitetônico; e
especificações para melhor adequação técnica aos
d) os parâmetros de adequação ao CPF: 364.910.078-98
interesse objetivos da contratação, a pedido da
público, à economia na utilização, à facilidade administração pública, desde que não decorrentes
na execução, aos impactos ambientais e à de erros ou omissões por parte do contratado,
acessibilidade; observados os limites previstos no § 1º do art. 65
II - o valor estimado da contratação será da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.
calculado com base nos valores praticados pelo § 1º O contratado fica obrigado a aceitar, nas
mercado, nos valores pagos pela administração mesmas condições contratuais, os acréscimos ou
pública em serviços e obras similares ou na supressões que se fizerem nas obras, serviços ou
avaliação do custo global da obra, aferida compras, até 25% (vinte e cinco por cento) do
mediante orçamento sintético ou metodologia valor inicial atualizado do contrato, e, no caso
expedita ou paramétrica. particular de reforma de edifício ou de
equipamento, até o limite de 50% (cinquenta por
Na Lei Federal nº 8.666/1993, somente o cento) para os seus acréscimos.
projeto executivo pode ser atribuído ao
§ 5º Se o anteprojeto contemplar matriz de
licitante enquanto encargo, sempre devendo
alocação de riscos entre a administração pública e
existir projeto básico elaborado pela

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o contratado, o valor estimado da contratação Subseção II


poderá considerar taxa de risco compatível com o
Do Procedimento Licitatório
objeto da licitação e as contingências atribuídas ao
contratado, de acordo com metodologia Art. 12. O procedimento de licitação de que trata
predefinida pela entidade contratante. esta Lei observará as seguintes fases, nesta
Art. 10. Na contratação das obras e serviços, ordem:
inclusive de engenharia, poderá ser estabelecida I - preparatória;
remuneração variável vinculada ao desempenho
da contratada, com base em metas, padrões de II - publicação do instrumento convocatório;
qualidade, critérios de sustentabilidade ambiental III - apresentação de propostas ou lances;
e prazo de entrega definidos no instrumento
convocatório e no contrato. IV - julgamento;

Parágrafo único. A utilização da remuneração V - habilitação;


variável será motivada e respeitará o limite VI - recursal; e
orçamentário fixado pela administração pública
para a contratação. VII - encerramento.

Parágrafo único. A fase de que trata o inciso V do


Possibilidade de remuneração variável de caput deste artigo poderá, mediante ato motivado,
acordo com o desempenho da contratada anteceder as referidas nos incisos III e IV do caput
(art. 10). Destaque-se que essa forma de
remuneração também é possível nas PPP’s,
deste artigo, desde que expressamente previsto no 64
instrumento convocatório.
por força da alteração promovida pela Lei
Federal nº 12.766/2012. Procedimentos no RDC:

I. Fase preparatória: igual a fase interna


Art. 11. A administração pública poderá,
regulada pela lei geral de licitações;
mediante justificativa expressa, contratar mais
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de uma empresa ou instituição para executar o II. Publicação do instrumento convocatório:
mesmo serviço, desde que não implique perda no diário oficial da União, dos Estados, do DF
de economia de escala, quando: e dos Municípios ou, no caso de consórcio
público, do ente de maior nível entre eles,
I - o objeto da contratação puder ser executado
sem prejuízo da possibilidade de publicação
de forma concorrente e simultânea por mais de
do extrato em jornal de grande circulação e
um contratado; ou
em sítio eletrônico centralizado de divulgação
II - a múltipla execução for conveniente para de licitações ou mantido pelo ente
atender à administração pública. encarregado do procedimento licitatório na
rede mundial de computadores. Para a
§ 1º Nas hipóteses previstas no caput deste artigo,
contratação de valores mais baixos, que não
a administração pública deverá manter o controle
ultrapassem R$ 150.000,00 para obras e R$
individualizado da execução do objeto contratual
80.000,00 para bens e serviços, inclusive de
relativamente a cada uma das contratadas.
engenharia, é dispensada a publicação no
§ 2º O disposto no caput deste artigo não se Diário Oficial, sendo a divulgação realizada,
aplica aos serviços de engenharia.

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exclusivamente, no sítio eletrônico (art. 15, §§ eficácia, que os licitantes pratiquem seus atos
1º e 2º); em formato eletrônico.

III. Apresentação de propostas ou lances: serão Art. 14. Na fase de habilitação das licitações
desclassificadas as propostas que apresentem realizadas em conformidade com esta Lei,
vícios insanáveis, não obedeçam às aplicar-se-á, no que couber, o disposto nos arts.
especificações técnicas, apresentem preços 27 a 33 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993,
manifestamente inexequíveis ou permaneçam observado o seguinte:
acima do orçamento estimado para contratação,
não tenham sua exequibilidade demonstrada, Seção II
quando exigido pela Administração Pública ou Da Habilitação
apresentem desconformidade com quaisquer
outras exigências do instrumento convocatório Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-
(art. 24); á dos interessados, exclusivamente,
documentação relativa a:
IV. Julgamento: mediante aplicação dos
critérios previamente definidos no I - habilitação jurídica;
instrumento convocatório (art. 18);
II - qualificação técnica;
V. Habilitação: em regra, a fase de julgamento
III - qualificação econômico-financeira;
antecederá a fase de habilitação.
Excepcionalmente, a habilitação poderá IV - regularidade fiscal.
anteceder a fase de julgamento, hipótese que
IV – regularidade fiscal e trabalhista;
65
depende de previsão expressa no
instrumento convocatório e de motivação V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do
(art. 12); art. 7o da Constituição Federal.

VI. Recursos: a ser interposto, no prazo de 5 Art. 28. A documentação relativa à habilitação
dias úteis contados a partir da data da jurídica, conforme o caso, consistirá em:
CPF:
intimação ou da lavratura da ata, sendo
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I - cédula de identidade;
assegurado aos licitantes vista dos elementos
indispensáveis a sua defesa (art. 45, II). II - registro comercial, no caso de empresa
individual;
Observada a possibilidade de inversão de
fases, de modo que a fase de habilitação III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social
anteceda as fases de apresentação e em vigor, devidamente registrado, em se tratando
julgamento das propostas. de sociedades comerciais, e, no caso de
sociedades por ações, acompanhado de
Art. 13. As licitações deverão ser realizadas documentos de eleição de seus administradores;
preferencialmente sob a forma eletrônica, IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de
admitida a presencial. sociedades civis, acompanhada de prova de
Parágrafo único. Nos procedimentos realizados diretoria em exercício;
por meio eletrônico, a administração pública V - decreto de autorização, em se tratando de
poderá determinar, como condição de validade e empresa ou sociedade estrangeira em
funcionamento no País, e ato de registro ou

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autorização para funcionamento expedido pelo dos membros da equipe técnica que se
órgão competente, quando a atividade assim o responsabilizará pelos trabalhos;
exigir.
III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante,
Art. 29. A documentação relativa à regularidade de que recebeu os documentos, e, quando
fiscal e trabalhista, conforme o caso, consistirá exigido, de que tomou conhecimento de todas as
em: informações e das condições locais para o
cumprimento das obrigações objeto da licitação;
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas
Físicas (CPF) ou no Cadastro Geral de IV - prova de atendimento de requisitos previstos
Contribuintes (CGC); em lei especial, quando for o caso.

II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes § 1º A comprovação de aptidão referida no inciso


estadual ou municipal, se houver, relativo ao II do "caput" deste artigo, no caso das licitações
domicílio ou sede do licitante, pertinente ao seu pertinentes a obras e serviços, será feita por
ramo de atividade e compatível com o objeto atestados fornecidos por pessoas jurídicas de
contratual; direito público ou privado, devidamente
registrados nas entidades profissionais
III - prova de regularidade para com a Fazenda
competentes, limitadas as exigências a:
Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou sede
do licitante, ou outra equivalente, na forma da lei;I - capacitação técnico-profissional: comprovação
do licitante de possuir em seu quadro
IV - prova de regularidade relativa à Seguridade
Social e ao Fundo de Garantia por Tempo de
permanente, na data prevista para entrega da
proposta, profissional de nível superior ou outro
66
Serviço (FGTS), demonstrando situação regular no
devidamente reconhecido pela entidade
cumprimento dos encargos sociais instituídos por
competente, detentor de atestado de
lei.
responsabilidade técnica por execução de obra ou
V – prova de inexistência de débitos inadimplidos serviço de características semelhantes, limitadas
perante a Justiça do Trabalho, mediante a estas exclusivamente às parcelas de maior
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apresentação de certidão negativa, nos termos do relevância e valor significativo do objeto da
Título VII-A da Consolidação das Leis do Trabalho, licitação, vedadas as exigências de quantidades
aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de mínimas ou prazos máximos;
maio de 1943.
§ 2º As parcelas de maior relevância técnica e de
Art. 30. A documentação relativa à qualificação valor significativo, mencionadas no parágrafo
técnica limitar-se-á a: anterior, serão definidas no instrumento
convocatório.
I - registro ou inscrição na entidade profissional
competente; § 3º Será sempre admitida a comprovação de
aptidão através de certidões ou atestados de
II - comprovação de aptidão para desempenho de
obras ou serviços similares de complexidade
atividade pertinente e compatível em
tecnológica e operacional equivalente ou
características, quantidades e prazos com o objeto
superior.
da licitação, e indicação das instalações e do
aparelhamento e do pessoal técnico adequados e § 4º Nas licitações para fornecimento de bens, a
disponíveis para a realização do objeto da comprovação de aptidão, quando for o caso, será
licitação, bem como da qualificação de cada um

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feita através de atestados fornecidos por pessoa boa situação financeira da empresa, vedada a sua
jurídica de direito público ou privado. substituição por balancetes ou balanços
provisórios, podendo ser atualizados por índices
§ 5º É vedada a exigência de comprovação de
oficiais quando encerrado há mais de 3 (três)
atividade ou de aptidão com limitações de tempo
meses da data de apresentação da proposta;
ou de época ou ainda em locais específicos, ou
quaisquer outras não previstas nesta Lei, que II - certidão negativa de falência ou concordata
inibam a participação na licitação. expedida pelo distribuidor da sede da pessoa
jurídica, ou de execução patrimonial, expedida no
§ 6º As exigências mínimas relativas a instalações
domicílio da pessoa física;
de canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal
técnico especializado, considerados essenciais III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios
para o cumprimento do objeto da licitação, serão previstos no "caput" e § 1º do art. 56 desta Lei,
atendidas mediante a apresentação de relação limitada a 1% (um por cento) do valor estimado do
explícita e da declaração formal da sua objeto da contratação.
disponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as
§ 1º A exigência de índices limitar-se-á à
exigências de propriedade e de localização prévia.
demonstração da capacidade financeira do
§ 8º No caso de obras, serviços e compras de licitante com vistas aos compromissos que terá
grande vulto, de alta complexidade técnica, que assumir caso lhe seja adjudicado o contrato,
poderá a Administração exigir dos licitantes a vedada a exigência de valores mínimos de
metodologia de execução, cuja avaliação, para faturamento anterior, índices de rentabilidade ou
efeito de sua aceitação ou não, antecederá lucratividade. 67
sempre à análise dos preços e será efetuada
§ 2º A Administração, nas compras para entrega
exclusivamente por critérios objetivos.
futura e na execução de obras e serviços, poderá
§ 9º Entende-se por licitação de alta complexidade estabelecer, no instrumento convocatório da
técnica aquela que envolva alta especialização, licitação, a exigência de capital mínimo ou de
como fator de extrema relevância para garantir a patrimônio líquido mínimo, ou ainda as garantias
CPF:
execução do objeto a ser contratado, ou que
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previstas no § 1º do art. 56 desta Lei, como dado
possa comprometer a continuidade da prestação objetivo de comprovação da qualificação
de serviços públicos essenciais. econômico-financeira dos licitantes e para efeito
de garantia ao adimplemento do contrato a ser
§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para
ulteriormente celebrado.
fins de comprovação da capacitação técnico-
operacional de que trata o inciso I do § 1º deste § 3º O capital mínimo ou o valor do patrimônio
artigo deverão participar da obra ou serviço líquido a que se refere o parágrafo anterior não
objeto da licitação, admitindo-se a substituição poderá exceder a 10% (dez por cento) do valor
por profissionais de experiência equivalente ou estimado da contratação, devendo a
superior, desde que aprovada pela administração. comprovação ser feita relativamente à data da
apresentação da proposta, na forma da lei,
Art. 31. A documentação relativa à qualificação
admitida a atualização para esta data através de
econômico-financeira limitar-se-á a:
índices oficiais.
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis
§ 4º Poderá ser exigida, ainda, a relação dos
do último exercício social, já exigíveis e
compromissos assumidos pelo licitante que
apresentados na forma da lei, que comprovem a

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importem diminuição da capacidade operativa ou licitações internacionais, às exigências dos


absorção de disponibilidade financeira, calculada parágrafos anteriores mediante documentos
esta em função do patrimônio líquido atualizado e equivalentes, autenticados pelos respectivos
sua capacidade de rotação. consulados e traduzidos por tradutor
juramentado, devendo ter representação legal no
§ 5º A comprovação de boa situação financeira da
Brasil com poderes expressos para receber citação
empresa será feita de forma objetiva, através do
e responder administrativa ou judicialmente.
cálculo de índices contábeis previstos no edital e
devidamente justificados no processo § 5º Não se exigirá, para a habilitação de que trata
administrativo da licitação que tenha dado início este artigo, prévio recolhimento de taxas ou
ao certame licitatório, vedada a exigência de emolumentos, salvo os referentes a fornecimento
índices e valores não usualmente adotados para do edital, quando solicitado, com os seus
correta avaliação de situação financeira suficiente elementos constitutivos, limitados ao valor do
ao cumprimento das obrigações decorrentes da custo efetivo de reprodução gráfica da
licitação. da unidade que realiza a licitação, ou documentação fornecida.
publicação em órgão de imprensa oficial.
§ 6º O disposto no § 4º deste artigo, no § 1º do art. 33
Art. 32. Os documentos necessários à habilitação e no § 2º do art. 55, não se aplica às licitações
poderão ser apresentados em original, por internacionais para a aquisição de bens e serviços cujo
qualquer processo de cópia autenticada por pagamento seja feito com o produto de
cartório competente ou por servidor da financiamento concedido por organismo financeiro
administração ou publicação em órgão da
imprensa oficial.
internacional de que o Brasil faça parte, ou por
agência estrangeira de cooperação, nem nos casos de
68
contratação com empresa estrangeira, para a compra
§ 1º A documentação de que tratam os arts. 28 a 31
de equipamentos fabricados e entregues no exterior,
desta Lei poderá ser dispensada, no todo ou em
desde que para este caso tenha havido prévia
parte, nos casos de convite, concurso, fornecimento
autorização do Chefe do Poder Executivo, nem nos
de bens para pronta entrega e leilão.
casos de aquisição de bens e serviços realizada por
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§ 2º O certificado de registro cadastral a que se unidades administrativas com sede no exterior.
refere o § 1º do art. 36 substitui os documentos
§ 7º A documentação de que tratam os arts. 28 a
enumerados nos arts. 28 a 31, quanto às
31 e este artigo poderá ser dispensada, nos
informações disponibilizadas em sistema
termos de regulamento, no todo ou em parte,
informatizado de consulta direta indicado no
para a contratação de produto para pesquisa e
edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as
desenvolvimento, desde que para pronta entrega
penalidades legais, a superveniência de fato
ou até o valor previsto na alínea “a” do inciso II do
impeditivo da habilitação.
caput do art. 23.
§ 3º A documentação referida neste artigo poderá
Art. 33. Quando permitida na licitação a
ser substituída por registro cadastral emitido por
participação de empresas em consórcio, observar-
órgão ou entidade pública, desde que previsto no
se-ão as seguintes normas:
edital e o registro tenha sido feito em obediência
ao disposto nesta Lei. I - comprovação do compromisso público ou
particular de constituição de consórcio, subscrito
§ 4º As empresas estrangeiras que não funcionem
pelos consorciados;
no País, tanto quanto possível, atenderão, nas

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II - indicação da empresa responsável pelo III - no caso de inversão de fases, só serão


consórcio que deverá atender às condições de recebidas as propostas dos licitantes
liderança, obrigatoriamente fixadas no edital; previamente habilitados; e

III - apresentação dos documentos exigidos nos IV - em qualquer caso, os documentos relativos
arts. 28 a 31 desta Lei por parte de cada à regularidade fiscal poderão ser exigidos em
consorciado, admitindo-se, para efeito de momento posterior ao julgamento das
qualificação técnica, o somatório dos propostas, apenas em relação ao licitante mais
quantitativos de cada consorciado, e, para efeito bem classificado.
de qualificação econômico-financeira, o
Parágrafo único. Nas licitações disciplinadas pelo
somatório dos valores de cada consorciado, na
RDC:
proporção de sua respectiva participação,
podendo a Administração estabelecer, para o I - será admitida a participação de licitantes sob
consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por a forma de consórcio, conforme estabelecido em
cento) dos valores exigidos para licitante regulamento; e
individual, inexigível este acréscimo para os
II - poderão ser exigidos requisitos de
consórcios compostos, em sua totalidade, por
sustentabilidade ambiental, na forma da
micro e pequenas empresas assim definidas em
legislação aplicável.
lei;
Art. 15. Será dada ampla publicidade aos
IV - impedimento de participação de empresa
procedimentos licitatórios e de pré-qualificação
consorciada, na mesma licitação, através de mais
de um consórcio ou isoladamente;
disciplinados por esta Lei, ressalvadas as 69
hipóteses de informações cujo sigilo seja
V - responsabilidade solidária dos integrantes imprescindível à segurança da sociedade e do
pelos atos praticados em consórcio, tanto na fase Estado, devendo ser adotados os seguintes
de licitação quanto na de execução do contrato. prazos mínimos para apresentação de
propostas, contados a partir da data de
§ 1º No consórcio de empresas brasileiras e
estrangeiras a liderança
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caberá,
publicação do instrumento convocatório:
obrigatoriamente, à empresa brasileira, I - para aquisição de bens:
observado o disposto no inciso II deste artigo.
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotados os
§ 2º O licitante vencedor fica obrigado a critérios de julgamento pelo menor preço ou
promover, antes da celebração do contrato, a pelo maior desconto; e
constituição e o registro do consórcio, nos termos
b) 10 (dez) dias úteis, nas hipóteses não
do compromisso referido no inciso I deste artigo.
abrangidas pela alínea a deste inciso;
I - poderá ser exigida dos licitantes a declaração
II - para a contratação de serviços e obras:
de que atendem aos requisitos de habilitação;
a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotados os
II - será exigida a apresentação dos documentos
critérios de julgamento pelo menor preço ou
de habilitação apenas pelo licitante vencedor,
pelo maior desconto; e
exceto no caso de inversão de fases;
b) 30 (trinta) dias úteis, nas hipóteses não
abrangidas pela alínea a deste inciso;

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III - para licitações em que se adote o critério de Art. 16. Nas licitações, poderão ser adotados os
julgamento pela maior oferta: 10 (dez) dias modos de disputa aberto e fechado, que
úteis; e poderão ser combinados na forma do
regulamento.
IV - para licitações em que se adote o critério de
julgamento pela melhor combinação de técnica Decreto 7.581/11 - Art. 24. Os modos de disputa
e preço, pela melhor técnica ou em razão do poderão ser combinados da seguinte forma:
conteúdo artístico: 30 (trinta) dias úteis.
I - caso o procedimento se inicie pelo modo de
§ 1º A publicidade a que se refere o caput deste disputa fechado, serão classificados para a etapa
artigo, sem prejuízo da faculdade de divulgação subsequente os licitantes que apresentarem as
direta aos fornecedores, cadastrados ou não, três melhores propostas, iniciando-se então a
será realizada mediante: disputa aberta com a apresentação de lances
sucessivos, nos termos dos arts. 18 e 19; e
I - publicação de extrato do edital no Diário
Oficial da União, do Estado, do Distrito Federal II - caso o procedimento se inicie pelo modo de
ou do Município, ou, no caso de consórcio disputa aberto, os licitantes que apresentarem as
público, do ente de maior nível entre eles, sem três melhores propostas oferecerão propostas
prejuízo da possibilidade de publicação de finais, fechadas.
extrato em jornal diário de grande circulação; e
Art. 17. O regulamento disporá sobre as regras e
II - divulgação em sítio eletrônico oficial procedimentos de apresentação de propostas ou
centralizado de divulgação de licitações ou
mantido pelo ente encarregado do
lances, observado o seguinte:
70
I - no modo de disputa aberto, os licitantes
procedimento licitatório na rede mundial de
apresentarão suas ofertas por meio de lances
computadores.
públicos e sucessivos, crescentes ou
§ 2º No caso de licitações cujo valor não decrescentes, conforme o critério de julgamento
ultrapasse R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil adotado;
reais) para obras ou R$ 80.000,00CPF:
(oitenta364.910.078-98
mil
II - no modo de disputa fechado, as propostas
reais) para bens e serviços, inclusive de
apresentadas pelos licitantes serão sigilosas até
engenharia, é dispensada a publicação prevista
a data e hora designadas para que sejam
no inciso I do § 1º deste artigo.
divulgadas; e
§ 3º No caso de parcelamento do objeto, deverá
III - nas licitações de obras ou serviços de
ser considerado, para fins da aplicação do
engenharia, após o julgamento das propostas,
disposto no § 2º deste artigo, o valor total da
o licitante vencedor deverá reelaborar e
contratação.
apresentar à administração pública, por meio
§ 4º As eventuais modificações no instrumento eletrônico, as planilhas com indicação dos
convocatório serão divulgadas nos mesmos quantitativos e dos custos unitários, bem
prazos dos atos e procedimentos originais, como do detalhamento das Bonificações e
exceto quando a alteração não comprometer a Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos
formulação das propostas. Sociais (ES), com os respectivos valores
adequados ao lance vencedor.

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§ 1º Poderão ser admitidos, nas condições parâmetros mínimos de qualidade definidos no


estabelecidas em regulamento: instrumento convocatório.

I - a apresentação de lances intermediários, § 1º Os custos indiretos, relacionados com as


durante a disputa aberta; e despesas de manutenção, utilização, reposição,
depreciação e impacto ambiental, entre outros
II - o reinício da disputa aberta, após a definição
fatores, poderão ser considerados para a
da melhor proposta e para a definição das
definição do menor dispêndio, sempre que
demais colocações, sempre que existir uma
objetivamente mensuráveis, conforme dispuser
diferença de pelo menos 10% (dez por cento)
o regulamento.
entre o melhor lance e o do licitante
subsequente. § 2º O julgamento por maior desconto terá como
referência o preço global fixado no instrumento
§ 2º Consideram-se intermediários os lances:
convocatório, sendo o desconto estendido aos
I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, eventuais termos aditivos.
quando adotado o julgamento pelo critério da
§ 3º No caso de obras ou serviços de engenharia,
maior oferta; ou
o percentual de desconto apresentado pelos
II - iguais ou superiores ao menor já ofertado, licitantes deverá incidir linearmente sobre os
quando adotados os demais critérios de preços de todos os itens do orçamento estimado
julgamento. constante do instrumento convocatório.

Art. 18. Poderão ser utilizados os seguintes


critérios de julgamento:
Art. 20. No julgamento pela melhor combinação
de técnica e preço, deverão ser avaliadas e
71
ponderadas as propostas técnicas e de preço
I - menor preço ou maior desconto;
apresentadas pelos licitantes, mediante a
II - técnica e preço; utilização de parâmetros objetivos
obrigatoriamente inseridos no instrumento
III - melhor técnica ou conteúdo artístico;
convocatório.
IV - maior oferta de preço; ou
CPF: 364.910.078-98
§ 1º O critério de julgamento a que se refere o
V - maior retorno econômico. caput deste artigo será utilizado quando a
avaliação e a ponderação da qualidade técnica
§ 1º O critério de julgamento será identificado no
das propostas que superarem os requisitos
instrumento convocatório, observado o disposto
mínimos estabelecidos no instrumento
nesta Lei.
convocatório forem relevantes aos fins
§ 2º O julgamento das propostas será efetivado pretendidos pela administração pública, e
pelo emprego de parâmetros objetivos definidos destinar-se-á exclusivamente a objetos:
no instrumento convocatório.
I - de natureza predominantemente intelectual
§ 3º Não serão consideradas vantagens não e de inovação tecnológica ou técnica; ou
previstas no instrumento convocatório, inclusive
II - que possam ser executados com diferentes
financiamentos subsidiados ou a fundo perdido.
metodologias ou tecnologias de domínio
Art. 19. O julgamento pelo menor preço ou restrito no mercado, pontuando-se as vantagens
maior desconto considerará o menor dispêndio e qualidades que eventualmente forem
para a administração pública, atendidos os oferecidas para cada produto ou solução.

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§ 2º É permitida a atribuição de fatores de selecionar a que proporcionará a maior


ponderação distintos para valorar as propostas economia para a administração pública
técnicas e de preço, sendo o percentual de decorrente da execução do contrato.
ponderação mais relevante limitado a 70%
§ 1º O contrato de eficiência terá por objeto a
(setenta por cento).
prestação de serviços, que pode incluir a
Art. 21. O julgamento pela melhor técnica ou realização de obras e o fornecimento de bens,
pelo melhor conteúdo artístico considerará com o objetivo de proporcionar economia ao
exclusivamente as propostas técnicas ou contratante, na forma de redução de despesas
artísticas apresentadas pelos licitantes com base correntes, sendo o contratado remunerado com
em critérios objetivos previamente base em percentual da economia gerada.
estabelecidos no instrumento convocatório, no
§ 2º Na hipótese prevista no caput deste artigo,
qual será definido o prêmio ou a remuneração
os licitantes apresentarão propostas de trabalho
que será atribuída aos vencedores.
e de preço, conforme dispuser o regulamento.
Parágrafo único. O critério de julgamento
§ 3º Nos casos em que não for gerada a
referido no caput deste artigo poderá ser
economia prevista no contrato de eficiência:
utilizado para a contratação de projetos,
inclusive arquitetônicos, e trabalhos de natureza I - a diferença entre a economia contratada e a
técnica, científica ou artística, excluindo-se os efetivamente obtida será descontada da
projetos de engenharia. remuneração da contratada;

Art. 22. O julgamento pela maior oferta de preço II - se a diferença entre a economia contratada e 72
será utilizado no caso de contratos que resultem a efetivamente obtida for superior à
em receita para a administração pública. remuneração da contratada, será aplicada multa
por inexecução contratual no valor da
§ 1º Quando utilizado o critério de julgamento
diferença; e
pela maior oferta de preço, os requisitos de
qualificação técnica e econômico-financeira III - a contratada sujeitar-se-á, ainda, a outras
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poderão ser dispensados, conforme dispuser o sanções cabíveis caso a diferença entre a
regulamento. economia contratada e a efetivamente obtida
seja superior ao limite máximo estabelecido no
§ 2º No julgamento pela maior oferta de preço,
contrato.
poderá ser exigida a comprovação do
recolhimento de quantia a título de garantia, Art. 24. Serão desclassificadas as propostas que:
como requisito de habilitação, limitada a 5%
I - contenham vícios insanáveis;
(cinco por cento) do valor ofertado.
II - não obedeçam às especificações técnicas
§ 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o licitante
pormenorizadas no instrumento convocatório;
vencedor perderá o valor da entrada em favor
da administração pública caso não efetive o III - apresentem preços manifestamente
pagamento devido no prazo estipulado. inexequíveis ou permaneçam acima do
orçamento estimado para a contratação, inclusive
Art. 23. No julgamento pelo maior retorno
nas hipóteses previstas no art. 6º desta Lei;
econômico, utilizado exclusivamente para a
celebração de contratos de eficiência, as Art. 6º Observado o disposto no § 3º, o orçamento
propostas serão consideradas de forma a previamente estimado para a contratação será

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tornado público apenas e imediatamente após o I - disputa final, em que os licitantes empatados
encerramento da licitação, sem prejuízo da poderão apresentar nova proposta fechada em
divulgação do detalhamento dos quantitativos e ato contínuo à classificação;
das demais informações necessárias para a
II - a avaliação do desempenho contratual
elaboração das propostas.
prévio dos licitantes, desde que exista sistema
§ 1º Nas hipóteses em que for adotado o critério objetivo de avaliação instituído;
de julgamento por maior desconto, a informação
III - os critérios estabelecidos no art. 3º da Lei nº
de que trata o caput deste artigo constará do
8.248, de 23 de outubro de 1991, e no § 2º do
instrumento convocatório.
art. 3º da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993; e
§ 2º No caso de julgamento por melhor técnica, o
Art. 3º. Os órgãos e entidades da Administração
valor do prêmio ou da remuneração será incluído
Pública Federal, direta ou indireta, as fundações
no instrumento convocatório.
instituídas e mantidas pelo Poder Público e as
§ 3º Se não constar do instrumento convocatório, demais organizações sob o controle direto ou
a informação referida no caput deste artigo indireto da União darão preferência, nas
possuirá caráter sigiloso e será disponibilizada aquisições de bens e serviços de informática e
estrita e permanentemente aos órgãos de automação, observada a seguinte ordem, a:
controle externo e interno.
I - bens e serviços com tecnologia desenvolvida no
IV - não tenham sua exequibilidade País;
demonstrada, quando
administração pública; ou
exigido pela
II - bens e serviços produzidos de acordo com 73
processo produtivo básico, na forma a ser definida
V - apresentem desconformidade com pelo Poder Executivo.
quaisquer outras exigências do instrumento
§ 2º Para o exercício desta preferência, levar-se-
convocatório, desde que insanáveis.
ão em conta condições equivalentes de prazo de
§ 1º A verificação da conformidade das entrega, suporte de serviços, qualidade,
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propostas poderá ser feita exclusivamente em padronização, compatibilidade e especificação de
relação à proposta mais bem classificada. desempenho e preço.

§ 2º A administração pública poderá realizar § 3º A aquisição de bens e serviços de informática


diligências para aferir a exequibilidade das e automação, considerados como bens e serviços
propostas ou exigir dos licitantes que ela seja comuns nos termos do parágrafo único do art. 1o
demonstrada, na forma do inciso IV do caput da Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002, poderá
deste artigo. ser realizada na modalidade pregão, restrita às

§ 3º No caso de obras e serviços de engenharia, Art. 3º. § 2º Em igualdade de condições, como


para efeito de avaliação da exequibilidade e de critério de desempate, será assegurada
sobrepreço, serão considerados o preço global, os preferência, sucessivamente, aos bens e serviços:
quantitativos e os preços unitários considerados
II - produzidos no País;
relevantes, conforme dispuser o regulamento.
III - produzidos ou prestados por empresas
Art. 25. Em caso de empate entre 2 (duas) ou
brasileiras.
mais propostas, serão utilizados os seguintes
critérios de desempate, nesta ordem:

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IV - produzidos ou prestados por empresas que classificação inicialmente estabelecida, quando o


invistam em pesquisa e no desenvolvimento de preço do primeiro colocado, mesmo após a
tecnologia no País. negociação, for desclassificado por sua proposta
permanecer acima do orçamento estimado.
V - produzidos ou prestados por empresas que
comprovem cumprimento de reserva de cargos Art. 27. Salvo no caso de inversão de fases, o
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para procedimento licitatório terá uma fase recursal
reabilitado da Previdência Social e que atendam às única, que se seguirá à habilitação do vencedor.
regras de acessibilidade previstas na legislação.
Parágrafo único. Na fase recursal, serão analisados
IV - sorteio. os recursos referentes ao julgamento das
propostas ou lances e à habilitação do vencedor.
Parágrafo único. As regras previstas no caput
deste artigo não prejudicam a aplicação do
Habilitação após o julgamento das propostas
disposto no art. 44 da Lei Complementar nº 123,
é a regra, caso em que a fase recursal será
de 14 de dezembro de 2006.
única (arts. 14 e 27) [se houver a inversão das
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério fases, com habilitação antes do julgamento, a
de desempate, preferência de contratação para as fase recursal será dupla, igual se dá na Lei
microempresas e empresas de pequeno porte. Geral de Licitações].
§ 1º Entende-se por empate aquelas situações em
que as propostas apresentadas pelas Art. 28. Exauridos os recursos administrativos, o
microempresas e empresas de pequeno porte procedimento licitatório será encerrado e 74
sejam iguais ou até 10% (dez por cento) superiores encaminhado à autoridade superior, que poderá:
à proposta mais bem classificada. I - determinar o retorno dos autos para
§ 2º Na modalidade de pregão, o intervalo saneamento de irregularidades que forem
percentual estabelecido no § 1º deste artigo será de supríveis;
até 5% (cinco por cento) superior ao melhor preço. II - anular o procedimento, no todo ou em parte,
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Art. 26. Definido o resultado do julgamento, a por vício insanável;
administração pública poderá negociar condições III - revogar o procedimento por motivo de
mais vantajosas com o primeiro colocado. conveniência e oportunidade; ou
Parágrafo único. A negociação poderá ser feita IV - adjudicar o objeto e homologar a licitação.
com os demais licitantes, segundo a ordem de

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7.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Embora os artigos tratados sejam essenciais para a compreensão da matéria,


não aprestaram maior incidência em provas de magistratura.

75

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8. DIREITO EMPRESARIAL deliberação de acionistas que representem no


mínimo dois terços do capital social.
8.1 (art. 1088 a 1101)
§ 3º O diretor destituído ou exonerado continua,
CAPÍTULO V durante dois anos, responsável pelas obrigações
sociais contraídas sob sua administração.
Da Sociedade Anônima
Art. 1.092. A assembléia geral não pode, sem o
Seção Única
consentimento dos diretores, mudar o objeto
Da Caracterização essencial da sociedade, prorrogar-lhe o prazo de
duração, aumentar ou diminuir o capital social,
Art. 1.088. Na sociedade anônima ou companhia,
criar debêntures, ou partes beneficiárias.
O CAPITAL divide-se em AÇÕES, obrigando-se
cada sócio ou acionista somente pelo preço de CAPÍTULO VII
emissão das ações que subscrever ou adquirir.
Da Sociedade Cooperativa
Art. 1.089. A sociedade anônima rege-se por lei
especial, aplicando-se-lhe, nos casos omissos, as Art. 1.093. A sociedade cooperativa reger-se-á
disposições deste Código. pelo disposto no presente Capítulo, ressalvada a
legislação especial.
CAPÍTULO VI
Art. 1.094. São características da sociedade
Da Sociedade em Comandita por Ações cooperativa:

Art. 1.090. A sociedade em comandita por ações I - variabilidade, ou dispensa do capital social;
76
tem o capital dividido em ações, regendo-se
II - concurso de sócios em número mínimo
pelas normas relativas à sociedade anônima,
necessário a compor a administração da
sem prejuízo das modificações constantes deste
sociedade, sem limitação de número máximo;
Capítulo, e opera sob firma ou denominação.
III - limitação do valor da soma de quotas do
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capital social que cada sócio poderá tomar;
ATENÇÃO! Cumpre destacar que o Código
Civil trata do conceito de sociedade em IV - intransferibilidade das quotas do capital a
comandita por ações, pois em termos de terceiros estranhos à sociedade, AINDA QUE por
regulamento, ela irá seguir a Lei 6.404/76. herança;

Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade V - quorum, para a assembleia geral funcionar e
para administrar a sociedade e, como diretor, deliberar, fundado no número de sócios
responde subsidiária e ilimitadamente pelas presentes à reunião, e não no capital social
obrigações da sociedade. representado;

§ 1º Se houver mais de um diretor, serão VI - direito de cada sócio a um só voto nas


solidariamente responsáveis, depois de deliberações, tenha ou não capital a sociedade, e
esgotados os bens sociais. qualquer que seja o valor de sua participação;

§ 2º Os diretores serão nomeados no ato VII - distribuição dos resultados,


constitutivo da sociedade, sem limitação de proporcionalmente ao valor das operações
tempo, e somente poderão ser destituídos por

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efetuadas pelo sócio com a sociedade, podendo dos quotistas ou da assembléia geral e O PODER
ser atribuído juro fixo ao capital realizado; DE ELEGER a maioria dos administradores;

VIII - indivisibilidade do fundo de reserva entre os II - a sociedade cujo controle, referido no inciso
sócios, ainda que em caso de dissolução da antecedente, esteja em poder de outra, mediante
sociedade. ações ou quotas possuídas por sociedades ou
sociedades por esta já controladas.
Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a
responsabilidade dos sócios pode ser limitada Art. 1.099. Diz-se coligada ou filiada a sociedade
ou ilimitada. de cujo capital outra sociedade participa com
DEZ POR CENTO OU MAIS, do capital da outra,
§1º É LIMITADA a responsabilidade na cooperativa
sem controlá-la.
em que o sócio responde somente pelo valor de
suas quotas e pelo prejuízo verificado nas
ATENÇÃO! A sociedade coligada é aquela que
operações sociais, guardada a proporção de sua
participa com 10% ou mais do capital da
participação nas mesmas operações.
outra, porém sem controlá-la, consoante
§ 2º É ILIMITADA a responsabilidade na dispõe o art. 243, §1º, da Lei 6.404/76 e o art.
cooperativa em que o sócio responde SOLIDÁRIA 1.099, “caput”, do CC.
E ILIMITADAMENTE pelas obrigações sociais.

Art. 1.096. No que a lei for omissa, aplicam-se as Art. 1.100. É de simples participação a sociedade
disposições referentes à sociedade simples, de cujo capital outra sociedade possua MENOS
resguardadas as características estabelecidas no DE DEZ POR CENTO do capital COM DIREITO DE 77
art. 1.094. VOTO.

CAPÍTULO VIII Art. 1.101. Salvo disposição especial de lei, a


sociedade não pode participar de outra, que seja
Das Sociedades Coligadas sua sócia, por montante superior, segundo o
balanço, ao das próprias reservas, excluída a
Art. 1.097. Consideram-se coligadas as
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reserva legal.
sociedades que, em suas relações de capital, são
controladas, filiadas, ou de simples participação, Parágrafo único. Aprovado o balanço em que se
na forma dos artigos seguintes. verifique ter sido excedido esse limite, a
sociedade não poderá exercer o direito de voto
Art. 1.098. É CONTROLADA:
correspondente às ações ou quotas em excesso,
I - a sociedade de cujo capital outra sociedade as quais devem ser alienadas nos cento e oitenta
possua A MAIORIA DOS votos nas deliberações dias seguintes àquela aprovação.

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RESUMO DAS SOCIEDADES COLIGADAS

É a sociedade de cujo
SOCIEDADE
capital outra sociedade
FILIADA OU
participa com 10% ou
COLIGADA (ART.
mais, do capital da outra,
1.099, CC)
sem controlá-la;

SOCIEDADE DE É a sociedade de cujo


SIMPLES capital outra sociedade
PARTICIPAÇÃO possua menos de 10%
(ART. 1.100, CC) com direito de voto;

Tem maioria de votos da


outra sociedade e tem
poder de eleger a maioria
dos administradores da
outra sociedade, devendo
usar efetivamente do
SOCIEDADE
poder. É importante
CONTROLADORA
ressaltar que esse último
(ART. 1.098, CC)
requisito (uso efetivo do 78
poder de eleger a maioria
dos administradores) é
essencial para a
caracterização da
sociedade controladora.
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8.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Provas objetivas de Delegado de Polícia


em que os artigos estudados foram exigidos
(a partir de 2010)

Empresarial
(CC - art. 1.088 a 1.101)

Art. 1.089 TJ-PR, 2016 (CEBRASPE)

79

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9. DIREITO PROCESSUAL CIVIL § 2º Decorrido o prazo do § 1º, contado do


retorno do aviso de recebimento, SEM a
9.1 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL (art. 539 a 598) manifestação de recusa, considerar-se-á o
devedor LIBERADO DA OBRIGAÇÃO, ficando à
TÍTULO III
disposição do credor a quantia depositada.
DOS PROCEDIMENTOS ESPECIAIS
§ 3º Ocorrendo a recusa, manifestada por
CAPÍTULO I escrito ao estabelecimento bancário, PODERÁ
ser proposta, dentro de 1 (UM) MÊS, a ação de
DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
consignação, instruindo-se a inicial com a prova
Art. 539. Nos casos previstos em lei, poderá o do depósito e da recusa.
devedor ou terceiro requerer, COM EFEITO DE
§ 4º Não proposta a ação no prazo do § 3º, ficará
PAGAMENTO, a consignação da quantia ou da
SEM EFEITO o depósito, podendo levantá-lo o
coisa devida.
depositante.

A consignação em pagamento pode ser: Art. 540. Requerer-se-á a consignação no LUGAR


DO PAGAMENTO, cessando para o devedor, à
a) EXTRAJUDICIAL: É aquela que é feita data do depósito, os juros e os riscos, SALVO se
diretamente pelo devedor, sem propor uma a demanda for julgada IMPROCEDENTE.
ação judicial para isso. Só cabe consignação
extrajudicial em caso de dívida de dinheiro. Art. 541. Tratando-se de PRESTAÇÕES
Está prevista nos §§ 1º a 4º do art. 539 do CPC. SUCESSIVAS, consignada uma delas, pode o
devedor continuar a depositar, no mesmo
80
b) JUDICIAL: Realizado por meio da processo e sem mais formalidades, as que se
propositura de ação de consignação em forem vencendo, desde que o faça em até 5
pagamento.
(CINCO) DIAS contados da data do respectivo
vencimento.
A instituição financeira possui legitimidade
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Art. 542. Na petição inicial, o autor requererá:
para ajuizar ação de consignação em
pagamento visando quitar débito de cliente I - o depósito da quantia ou da coisa devida, a ser
decorrente de título de crédito protestado efetivado no prazo de 5 (CINCO) DIAS contados
por falha no serviço bancário (STJ. 4ª Turma. do deferimento, ressalvada a hipótese do art.
REsp 1318747-SP, Rel. Min. Luis Felipe 539, § 3º;
Salomão, julgado em 04/10/2018 - CPC – Art. 539, § 3º Ocorrendo a recusa,
Informativo 636). manifestada por escrito ao estabelecimento
bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um)
§ 1º Tratando-se de obrigação em DINHEIRO, mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial
PODERÁ o valor ser depositado em com a prova do depósito e da recusa.
estabelecimento bancário, oficial onde houver,
situado no lugar do pagamento, cientificando-se II - a CITAÇÃO do réu para levantar o depósito
o credor por CARTA COM AVISO DE ou oferecer contestação.
RECEBIMENTO, assinado o prazo de 10 (DEZ) Parágrafo único. Não realizado o depósito no
DIAS para a manifestação de RECUSA. prazo do inciso I, o processo será EXTINTO SEM
RESOLUÇÃO DO MÉRITO.

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Art. 543. Se o objeto da prestação for coisa o pagamento parcial da dívida não extingue o
indeterminada e a escolha couber ao credor, vínculo obrigacional (STJ. 2ª Seção. REsp
será este CITADO para exercer o direito dentro 1.108.058-DF, Rel. Min. Lázaro Guimarães
de 5 (CINCO) DIAS, se outro prazo não constar (Desembargador Convocado do TRF da 5ª
de lei ou do contrato, ou para aceitar que o Região), Rel. Acd. Min. Maria Isabel Gallotti,
devedor a faça, devendo o juiz, ao despachar a julgado em 10/10/2018 (recurso repetitivo) -
petição inicial, fixar lugar, dia e hora em que se Informativo 636).
fará a entrega, SOB PENA DE DEPÓSITO.
Art. 546. Julgado procedente o pedido, o juiz
Art. 544. Na contestação, o réu poderá alegar
declarará extinta a obrigação e condenará o RÉU
que:
ao pagamento de custas e honorários
I - não houve recusa ou mora em receber a advocatícios.
quantia ou a coisa devida;
Parágrafo único. Proceder-se-á do mesmo modo
II - foi justa a recusa; se o credor receber e der quitação.
III - o DEPÓSITO NÃO SE EFETUOU no prazo ou Art. 547. Se ocorrer dúvida sobre quem deva
no lugar do pagamento; legitimamente receber o pagamento, o autor
requererá o depósito e a CITAÇÃO dos possíveis
IV - o depósito não é integral.
titulares do crédito para provarem o seu direito.
Parágrafo único. No caso do inciso IV, a alegação
Art. 548. No caso do art. 547:
somente será admissível se o réu indicar o
montante que entende devido. I - não comparecendo pretendente algum,
81
converter-se-á o depósito em arrecadação de
Art. 545. Alegada a insuficiência do depósito, é
coisas vagas;
lícito ao autor completá-lo, em 10 (DEZ) DIAS,
SALVO se corresponder a prestação cujo II - comparecendo apenas UM, o juiz decidirá de
inadimplemento acarrete a rescisão do contrato. plano;
§ 1º No caso do caput, poderá o réu levantar,
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III - comparecendo MAIS DE UM, o juiz declarará
desde logo, a quantia ou a coisa depositada, efetuado o depósito e extinta a obrigação,
com a consequente liberação parcial do autor, continuando o processo a correr unicamente
prosseguindo o processo quanto à parcela entre os presuntivos credores, observado o
controvertida. procedimento comum.
§ 2º A sentença que concluir pela insuficiência Art. 549. Aplica-se o procedimento estabelecido
do depósito DETERMINARÁ, sempre que neste Capítulo, no que couber, ao resgate do
possível, o montante devido e VALERÁ COMO aforamento.
TÍTULO EXECUTIVO, facultado ao credor
CAPÍTULO II
promover-lhe o cumprimento nos MESMOS
AUTOS, após liquidação, se necessária. DA AÇÃO DE EXIGIR CONTAS

Em ação consignatória, a insuficiência do Duas fases: o procedimento da ação de


depósito realizado pelo devedor conduz ao prestação de contas (ação de exigir contas)
julgamento de improcedência do pedido, pois

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tem como característica a existência, em I - não houver necessidade de produção de outras


regra, de duas fases. provas;

1ª fase: nela, o juiz irá decidir se existe ou não II - o réu for revel, ocorrer o efeito previsto no art.
a obrigação de o réu prestar contas. Se o 344 e não houver requerimento de prova, na
julgador decidir que não, o processo encerra- forma do art. 349.
se nesta fase. Contudo, se decidir que sim,
§ 5º A decisão que julgar procedente o pedido
será aberta uma segunda fase.
condenará o réu a PRESTAR AS CONTAS no prazo
2ª fase: servirá para que o réu propriamente de 15 (QUINZE) DIAS, SOB PENA de não lhe ser
preste as contas pleiteadas pelo autor e para lícito impugnar as que o autor apresentar.
que o julgador avalie se aquele o fez
corretamente, reconhecendo a existência de Cabe agravo de instrumento contra a decisão
saldo credor ou devedor. que julga procedente, na PRIMEIRA FASE, a ação
de exigir contas, condenando o réu a prestar as
Art. 550. Aquele que afirmar ser titular do direito contas exigidas. Como essa decisão não gera o
de exigir contas requererá a CITAÇÃO do réu encerramento do processo, o recurso cabível
para que as preste ou ofereça contestação no será o agravo de instrumento (arts. 550, § 5º, e
prazo de 15 (QUINZE) DIAS. 1.015, II). Por outro lado, se a decisão extinguir o
processo, com ou sem resolução de mérito (arts.
§ 1º Na petição inicial, o autor especificará,
485 e 487), aí sim haverá sentença e o recurso
detalhadamente, as razões pelas quais exige as
contas, instruindo-a com documentos
cabível será a apelação (STJ. 4ª Turma. REsp
1.680.168-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, Rel. Acd.
82
comprobatórios dessa necessidade, se
Min. Raul Araújo, julgado em 09/04/2019 -
existirem.
Informativo 650).
§ 2º Prestadas as contas, o autor terá 15
(QUINZE) DIAS para se MANIFESTAR, § 6º Se o réu apresentar as contas no prazo
prosseguindo-se o processo na forma do previsto no § 5º, seguir-se-á o procedimento do
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Capítulo X do Título I deste Livro. § 2º, caso contrário, o autor apresentá-las-á no
prazo de 15 (QUINZE) DIAS, podendo o juiz
CAPÍTULO X determinar a realização de exame pericial, se
DO JULGAMENTO CONFORME O ESTADO DO necessário.
PROCESSO
A decisão interlocutória que, na SEGUNDA
§ 3º A impugnação das contas apresentadas pelo FASE da ação de prestação de contas, defere
réu deverá ser FUNDAMENTADA E ESPECÍFICA, a produção de prova pericial contábil, nomeia
com referência expressa ao lançamento perito e concede prazo para apresentação de
questionado. documentos, formulação de quesitos e
§ 4º Se o réu NÃO CONTESTAR o pedido, nomeação de assistentes, NÃO é
observar-se-á o disposto no art. 355. imediatamente recorrível por agravo de
instrumento (STJ. 3ª Turma. REsp 1.821.793-
CPC Art. 355. O juiz julgará antecipadamente o RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
pedido, proferindo sentença com resolução de 20/08/2019 - Informativo 654).
mérito, quando:

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Art. 551. As contas do réu serão apresentadas na É cabível a propositura de ação de prestação
forma adequada, especificando-se as receitas, a de contas para apuração de eventual saldo, e
aplicação das despesas e os investimentos, se sua posterior execução, decorrente de
houver. contrato relacional firmado entre
administradora de consórcios e empresa
§ 1º Havendo impugnação específica e
responsável pela oferta das quotas consorciais
fundamentada pelo autor, o juiz estabelecerá
a consumidores (STJ. 3ª Turma. REsp 1676623-
prazo razoável para que o réu apresente os
SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado
documentos justificativos dos lançamentos
em 23/10/2018 -Informativo 636).
individualmente impugnados.

§ 2º As contas do autor, para os fins do art. 550,


Não é possível a revisão de cláusulas
§ 5º, serão apresentadas na forma adequada, já
contratuais em ação de exigir contas (STJ. 2ª
instruídas com os documentos justificativos,
Seção. REsp 1497831-PR, Rel. Min. Paulo de
especificando-se as receitas, a aplicação das
Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min.
despesas e os investimentos, se houver, bem
Maria Isabel Gallotti, julgado em 14/9/2016
como o respectivo saldo.
(recurso repetitivo) - Informativo 592).
Art. 552. A sentença apurará o saldo e
CONSTITUIRÁ TÍTULO EXECUTIVO JUDICIAL. CAPÍTULO III
Art. 553. As contas do inventariante, do tutor, do DAS AÇÕES POSSESSÓRIAS
curador, do depositário e de qualquer outro
administrador serão prestadas EM APENSO aos Seção I 83
autos do processo em que tiver sido nomeado. Disposições Gerais
Parágrafo único. Se qualquer dos referidos no
caput for condenado a pagar o SALDO e NÃO O Reintegração Já houve o esbulho, isto é, a
FIZER NO PRAZO LEGAL, o juiz poderá destituí- de posse perda da posse.
CPF:
lo, sequestrar os bens sob sua guarda, 364.910.078-98
glosar o
prêmio ou a gratificação a que teria direito e Está ocorrendo a turbação,
determinar as medidas executivas necessárias à Manutenção com perda parcial da posse,
recomposição do prejuízo. de posse entendida como limitação
em seu pleno exercício.
Súmula nº 259 STJ - A ação de prestação de
contas pode ser proposta pelo titular de Ajuizada quando ainda não
Interdito
conta-corrente bancária. há turbação, mas há efetiva
proibitório
ameaça.

Nos contratos de mútuo e financiamento, o


devedor não possui interesse de agir para a Fungibilidade entre as ações possessórias:
ação de prestação de contas (STJ. 2ª Seção.
REsp 1293558-PR, Rel. Min. Luis Felipe Art. 554. A propositura de uma ação possessória
Salomão, julgado em 11/3/2015 (recurso em vez de outra NÃO OBSTARÁ a que o juiz
repetitivo) - Informativo 558). conheça do pedido e outorgue a proteção legal

É proibida a reprodução deste material sem a devida autorização, sob pena da adoção das medidas cabíveis na esfera cível e penal.
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correspondente àquela cujos pressupostos Art. 556. É lícito ao réu, na CONTESTAÇÃO,


estejam provados. alegando que foi o ofendido em sua posse,
DEMANDAR A PROTEÇÃO POSSESSÓRIA e a
§ 1º No caso de ação possessória em que figure no
INDENIZAÇÃO pelos prejuízos resultantes da
polo passivo GRANDE NÚMERO DE PESSOAS,
turbação ou do esbulho cometido pelo autor.
serão feitas a CITAÇÃO PESSOAL dos ocupantes
que forem encontrados no local e a CITAÇÃO POR Art. 557. Na pendência de ação possessória é
EDITAL dos demais, determinando-se, ainda, a VEDADO, tanto ao autor quanto ao réu, PROPOR
intimação do Ministério Público e, se envolver AÇÃO DE RECONHECIMENTO DO DOMÍNIO,
pessoas em situação de hipossuficiência EXCETO se a pretensão for deduzida em face de
econômica, da Defensoria Pública. terceira pessoa.

§ 2º Para fim da citação pessoal prevista no § 1º,


Exceção de domínio: em regra é vedada.
o oficial de justiça procurará os ocupantes no
Contudo, nas ações em que as partes disputam
local por UMA VEZ, citando-se por EDITAL os
a posse com base na alegação de propriedade,
que não forem encontrados.
será não só permitida, mas como necessária, a
§ 3º O juiz deverá determinar que se dê AMPLA discussão a respeito do direito de propriedade.
PUBLICIDADE da existência da ação prevista no Segundo o STJ, “em regra, descabe discutir o
§ 1º e dos respectivos prazos processuais, domínio em ação possessória, exceto se ambos
podendo, para tanto, valer-se de anúncios em os litigantes disputam a posse sob a alegação de
jornal ou rádio locais, da publicação de cartazes propriedade ou quando duvidosas ambas as
na região do conflito e de outros meios. posses suscitadas (AgRg no AREsp 238.530/RJ, 84
Rel. Ministro ANTONIO CARLOS FERREIRA,
Art. 555. É lícito ao autor cumular ao pedido
QUARTA TURMA, julgado em 19/02/2013, DJe
possessório o de:
27/02/2013)”. No mesmo sentido é a Súmula
I - condenação em perdas e danos; nº 487 do STF, segundo a qual “será deferida a
posse a quem, evidentemente, tiver o domínio,
II - indenização dos frutos.
CPF: 364.910.078-98
se com base neste for ela disputada”.
Parágrafo único. Pode o autor requerer, ainda,
imposição de medida necessária e adequada
Súmula nº 637 do STJ - O ente público detém
para:
legitimidade e interesse para intervir,
I - EVITAR nova turbação ou esbulho; incidentalmente, na ação possessória entre
particulares, podendo deduzir qualquer matéria
II - cumprir-se a tutela provisória ou final.
defensiva, inclusive, se for o caso, o domínio.
AÇÃO DÚPLICE: parcela da doutrina afirma Em ação possessória entre particulares é
que as ações possessórias possuem natureza cabível o oferecimento de oposição pelo ente
dúplice, uma vez que possibilitam ao réu que, público, alegando-se incidentalmente o
na sua própria contestação, domínio de bem imóvel como meio de
independentemente de reconvenção, demonstração da posse (STJ. Corte Especial.
requeira a proteção possessória em seu favor. EREsp 1134446-MT, Rel. Min. Benedito
Gonçalves, julgado em 21/03/2018 -
Informativo 623).

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Parágrafo único. NÃO OBSTA à manutenção ou à 1.442.440-AC, Rel. Min. Gurgel de Faria,
reintegração de posse a alegação de julgado em 07/12/2017 - Informativo 619).
propriedade ou de outro direito sobre a coisa.
Seção II
Art. 558. Regem o procedimento de manutenção
e de reintegração de posse as normas da Seção Da Manutenção e da Reintegração de Posse
II deste Capítulo quando a ação for proposta
dentro de ANO E DIA da turbação ou do esbulho Art. 560. O possuidor tem direito a ser MANTIDO
afirmado na petição inicial. NA POSSE em caso de turbação e REINTEGRADO
em caso de esbulho.
Parágrafo único. Passado o prazo referido no
caput, será comum o procedimento, NÃO
A notificação prévia dos ocupantes não é
PERDENDO, contudo, o caráter possessório.
documento essencial à propositura da ação
possessória de que trata o art. 560 do
Posse nova Posse velha
CPC/2015 (STJ. 4ª Turma. REsp 1263164-DF,
Ação possessória Ação possessória Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 22/11/2016
ajuizadas a menos de ajuizadas após 1 ano - Informativo 594).
1 ano e dia da e dia da agressão à
agressão à posse. posse. Art. 561. Incumbe ao autor provar:

Aplica-se o Aplica-se o I - a sua posse;


procedimento procedimento II - a turbação ou o esbulho praticado pelo réu; 85
especial. comum.
III - a DATA da turbação ou do esbulho;
Art. 559. Se o réu provar, em QUALQUER IV - a continuação da posse, embora turbada, na
TEMPO, que o autor provisoriamente mantido ação de manutenção, ou a perda da posse, na
ou reintegrado na posse carece de idoneidade ação de reintegração.
financeira para, no caso de sucumbência,
CPF: 364.910.078-98
responder por perdas e danos, o juiz designar- Art. 562. Estando a petição inicial devidamente
lhe-á o prazo de 5 (CINCO) DIAS para REQUERER instruída, o juiz deferirá, SEM OUVIR O RÉU, a
CAUÇÃO, real ou fidejussória, SOB PENA DE SER EXPEDIÇÃO DO MANDADO LIMINAR DE
DEPOSITADA A COISA LITIGIOSA, RESSALVADA MANUTENÇÃO OU DE REINTEGRAÇÃO, caso
a impossibilidade da parte economicamente contrário, determinará que o autor justifique
hipossuficiente. previamente o alegado, CITANDO-SE o réu para
comparecer à audiência que for designada.
A ação possessória pode ser convertida em
indenizatória (desapropriação indireta) - Não obstante a diferença do Procedimento de
ainda que ausente pedido explícito nesse Posse Nova e de Posse Velha, ser a
sentido - a fim de assegurar tutela alternativa possibilidade de concessão da liminar prevista
equivalente ao particular, quando a invasão no art. 562, o STJ possui entendimento
coletiva consolidada inviabilizar o jurisprudencial de que é possível a concessão
cumprimento do mandado reintegratório de tutela antecipada em ação possessória de
pelo município (STJ. 1ª Turma. REsp força velha, desde que preenchidos os
requisitos do art. 273 do CPC/73 (vide artigo

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300 do NCPC) (AgInt no AREsp 1089677/AM, AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO, nos termos dos §§ 2º
Rel. Ministro Lázaro Guimarães, a 4º deste artigo.
Desembargador convocado do TRF 5a Região,
§ 2º O Ministério Público será intimado para
quarta turma, julgado em 08/02/2018, DJe
COMPARECER À AUDIÊNCIA, e a Defensoria
16/02/2018).
Pública será intimada sempre que houver parte
Não gera nulidade absoluta a ausência de beneficiária de gratuidade da justiça.
citação do réu, na hipótese do art. 562 do CPC
§ 3º O juiz PODERÁ comparecer à área objeto do
2015, para comparecer à audiência de
litígio quando sua presença se fizer necessária à
justificação prévia em ação de reintegração
efetivação da tutela jurisdicional.
de posse (STJ. 3ª Turma. REsp 1232904-SP,
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em § 4º Os órgãos responsáveis pela política agrária
14/5/2013 - Informativo 523). e pela política urbana da União, de Estado ou do
Distrito Federal e de Município onde se situe a
Parágrafo único. Contra as pessoas jurídicas de área objeto do litígio PODERÃO ser intimados
direito público não será deferida a manutenção ou para a audiência, a fim de se manifestarem sobre
a reintegração liminar SEM PRÉVIA AUDIÊNCIA seu interesse no processo e sobre a existência
dos respectivos representantes judiciais. de possibilidade de solução para o conflito
possessório.
Art. 563. Considerada suficiente a justificação, o
juiz fará logo expedir mandado de manutenção § 5º Aplica-se o disposto neste artigo ao litígio
ou de reintegração. sobre propriedade de imóvel.
86
Art. 564. Concedido ou NÃO o mandado liminar Art. 566. Aplica-se, quanto ao mais, o
de manutenção ou de reintegração, o autor procedimento comum.
promoverá, nos 5 (CINCO) DIAS subsequentes, a
Seção III
CITAÇÃO do réu para, querendo, CONTESTAR a
ação no prazo de 15 (QUINZE) DIAS. Do Interdito Proibitório
CPF: 364.910.078-98
Parágrafo único. Quando for ordenada a Art. 567. O possuidor direto ou indireto que
justificação prévia, o prazo para contestar será tenha justo receio de ser molestado na posse
contado da INTIMAÇÃO DA DECISÃO que deferir poderá requerer ao juiz que o segure da
ou não a medida liminar. turbação ou esbulho iminente, mediante
Art. 565. No LITÍGIO COLETIVO pela posse de MANDADO PROIBITÓRIO em que se comine ao
imóvel, quando o esbulho ou a turbação réu determinada PENA PECUNIÁRIA caso
afirmado na petição inicial houver ocorrido há transgrida o preceito.
MAIS DE ANO E DIA, o juiz, ANTES de apreciar o Art. 568. Aplica-se ao interdito proibitório o
pedido de concessão da medida liminar, deverá disposto na Seção II deste Capítulo.
designar AUDIÊNCIA DE MEDIAÇÃO, a realizar-
se em ATÉ 30 (TRINTA) DIAS, que observará o
É possível o manejo de interditos possessórios
disposto nos §§ 2º e 4º.
em litígio entre particulares sobre bem
§ 1º Concedida a liminar, se essa não for público dominical, pois entre ambos a disputa
executada no prazo de 1 (UM) ANO, a contar da será relativa à posse (REsp 1.484.304-DF, Rel.
data de distribuição, caberá ao juiz DESIGNAR

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Min. Moura Ribeiro, julgado em 10/3/2016, dos terrenos vindicados, se a ação for proposta
DJe 15/3/2016 – Informativo 579). posteriormente.

§ 2º Neste último caso, a sentença que julga


CAPÍTULO IV PROCEDENTE a ação, condenando a restituir os
DA AÇÃO DE DIVISÃO E DA DEMARCAÇÃO DE terrenos ou a pagar a indenização, VALERÁ
TERRAS PARTICULARES COMO TÍTULO EXECUTIVO em favor dos
quinhoeiros para haverem dos outros
Seção I condôminos que forem parte na divisão ou de
Disposições Gerais seus sucessores a título universal, na proporção
que lhes tocar, a composição pecuniária do
Art. 569. Cabe: desfalque sofrido.
I - ao PROPRIETÁRIO a ação de demarcação, Art. 573. Tratando-se de imóvel
para obrigar o seu confinante a ESTREMAR OS georreferenciado, com averbação no registro de
RESPECTIVOS PRÉDIOS, fixando-se novos limites imóveis, PODE o juiz DISPENSAR a realização de
entre eles ou aviventando-se os já apagados; prova pericial.
II - ao CONDÔMINO a ação de divisão, para Seção II
obrigar os demais consortes a estremar os
quinhões. Da Demarcação

Art. 570. É lícita a CUMULAÇÃO DESSAS AÇÕES, Art. 574. Na petição inicial, instruída com os
caso em que deverá processar-se títulos da propriedade, designar-se-á o imóvel 87
PRIMEIRAMENTE a demarcação total ou parcial pela situação e pela denominação, descrever-
da coisa comum, CITANDO-SE os confinantes e se-ão os limites por constituir, aviventar ou
os condôminos. renovar e nomear-se-ão todos os confinantes
da linha demarcanda.
Art. 571. A demarcação e a divisão poderão ser
realizadas por ESCRITURA PÚBLICA, desde que Art. 575. Qualquer condômino é parte legítima
CPF: 364.910.078-98
maiores, capazes e concordes TODOS os para promover a demarcação do imóvel comum,
interessados, observando-se, no que couber, os requerendo a INTIMAÇÃO dos demais para,
dispositivos deste Capítulo. querendo, intervir no processo.
Art. 572. Fixados os marcos da linha de Art. 576. A citação dos réus será feita por
demarcação, os confinantes considerar-se-ão CORREIO, observado o disposto no art. 247.
TERCEIROS quanto ao processo divisório,
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as
ficando-lhes, porém, ressalvado o DIREITO DE
intimações serão feitas às partes, aos seus
VINDICAR os terrenos de que se julguem
representantes legais, aos advogados e aos
despojados por invasão das linhas limítrofes
demais sujeitos do processo pelo correio ou, se
constitutivas do perímetro ou de RECLAMAR
presentes em cartório, diretamente pelo escrivão
INDENIZAÇÃO correspondente ao seu valor.
ou chefe de secretaria.
§ 1º No caso do caput, serão CITADOS para a
Parágrafo único. Presumem-se válidas as
ação todos os condôminos, se a sentença
intimações dirigidas ao endereço constante dos
homologatória da divisão ainda não houver
autos, ainda que não recebidas pessoalmente
transitado em julgado, e todos os quinhoeiros

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pelo interessado, se a modificação temporária ou identificação, em qualquer tempo, dos pontos


definitiva não tiver sido devidamente comunicada assinalados, observada a legislação especial que
ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos dispõe sobre a identificação do imóvel rural.
autos do comprovante de entrega da
Art. 583. As plantas serão acompanhadas das
correspondência no primitivo endereço.
cadernetas de operações de campo e do
Parágrafo único. Será publicado EDITAL, nos memorial descritivo, que conterá:
termos do inciso III do art. 259.
I - o ponto de partida, os rumos seguidos e a
Art. 259. Serão publicados editais: aviventação dos antigos com os respectivos
cálculos;
III - em qualquer ação em que seja necessária, por
determinação legal, a provocação, para II - os acidentes encontrados, as cercas, os valos,
participação no processo, de interessados os marcos antigos, os córregos, os rios, as lagoas
incertos ou desconhecidos. e outros;

Art. 577. Feitas as citações, terão os réus o prazo III - a indicação minuciosa dos novos marcos
comum de 15 (QUINZE) DIAS para CONTESTAR. cravados, dos antigos aproveitados, das
culturas existentes e da sua produção anual;
Art. 578. Após o prazo de resposta do réu,
observar-se-á o procedimento comum. IV - a composição geológica dos terrenos, bem
como a qualidade e a extensão dos campos, das
Art. 579. ANTES de proferir a sentença, o juiz
matas e das capoeiras;
nomeará UM OU MAIS PERITOS para levantar o
traçado da linha demarcanda. V - as vias de comunicação;
88
Art. 580. Concluídos os estudos, os peritos VI - as distâncias a pontos de referência, tais
apresentarão minucioso LAUDO sobre o traçado como rodovias federais e estaduais, ferrovias,
da linha demarcanda, CONSIDERANDO os títulos, portos, aglomerações urbanas e polos
os marcos, os rumos, a fama da vizinhança, as comerciais;
informações de antigos moradoresCPF: 364.910.078-98
do lugar e
VII - a indicação de tudo o mais que for útil para
outros elementos que coligirem.
o levantamento da linha ou para a identificação
Art. 581. A sentença que julgar PROCEDENTE o da linha já levantada.
pedido DETERMINARÁ o traçado da linha
Art. 584. É OBRIGATÓRIA a colocação de
demarcanda.
MARCOS tanto na estação inicial, dita marco
Parágrafo único. A sentença proferida na ação primordial, quanto nos vértices dos ângulos,
demarcatória determinará a RESTITUIÇÃO da SALVO se algum desses últimos pontos for
área invadida, se houver, DECLARANDO o assinalado por acidentes naturais de difícil
domínio ou a posse do prejudicado, ou ambos. remoção ou destruição.

Art. 582. Transitada em julgado a sentença, o Art. 585. A linha será percorrida pelos
perito efetuará a demarcação e colocará os peritos, que examinarão os marcos e os
marcos necessários. rumos, consignando em relatório escrito a
exatidão do memorial e da planta
Parágrafo único. Todas as operações serão
apresentados pelo agrimensor ou as
consignadas em planta e memorial descritivo
divergências porventura encontradas.
com as referências convenientes para a

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Art. 586. Juntado aos autos o relatório dos Parágrafo único. Presumem-se válidas as
peritos, o juiz determinará que as partes se intimações dirigidas ao endereço constante dos
MANIFESTEM sobre ele no prazo comum de 15 autos, ainda que não recebidas pessoalmente
(QUINZE) DIAS. pelo interessado, se a modificação temporária ou
definitiva não tiver sido devidamente comunicada
Parágrafo único. Executadas as correções e as
ao juízo, fluindo os prazos a partir da juntada aos
retificações que o juiz determinar, lavrar-se-á,
autos do comprovante de entrega da
em seguida, o AUTO DE DEMARCAÇÃO em que
correspondência no primitivo endereço.
os limites demarcandos serão minuciosamente
descritos de acordo com o memorial e a planta. Art. 259. Serão publicados editais:

Art. 587. Assinado o auto pelo juiz E pelos III - em qualquer ação em que seja necessária, por
peritos, será proferida a SENTENÇA determinação legal, a provocação, para
HOMOLOGATÓRIA DA DEMARCAÇÃO. participação no processo, de interessados
incertos ou desconhecidos.
Seção III
Art. 577. Feitas as citações, terão os réus o prazo
Da Divisão comum de 15 (quinze) dias para contestar.

Art. 588. A petição inicial será instruída com os Art. 578. Após o prazo de resposta do réu,
títulos de domínio do promovente e conterá: observar-se-á o procedimento comum.

I - a indicação da origem da comunhão e a Art. 590. O juiz nomeará UM OU MAIS peritos


denominação, a situação, os limites e as para promover a medição do imóvel e as 89
características do imóvel; operações de divisão, observada a legislação
especial que dispõe sobre a identificação do
II - o nome, o estado civil, a profissão e a
imóvel rural.
residência de TODOS OS CONDÔMINOS,
especificando-se os estabelecidos no imóvel com Parágrafo único. O perito DEVERÁ indicar as vias
benfeitorias e culturas; de comunicação existentes, as construções e as
CPF: 364.910.078-98
benfeitorias, com a indicação dos seus valores e
III - as benfeitorias comuns.
dos respectivos proprietários e ocupantes, as
Art. 589. Feitas as citações como preceitua o art. águas principais que banham o imóvel e
576, prosseguir-se-á na forma dos arts. 577 e 578. quaisquer outras informações que possam
concorrer para facilitar a partilha.
Art. 576. A citação dos réus será feita por correio,
observado o disposto no art. 247. Art. 591. Todos os condôminos serão
INTIMADOS a apresentar, dentro de 10 (DEZ)
Parágrafo único. Será publicado edital, nos termos
DIAS, os seus títulos, SE AINDA NÃO O TIVEREM
do inciso III do art. 259.
FEITO, e a formular os seus pedidos sobre a
Art. 274. Não dispondo a lei de outro modo, as constituição dos quinhões.
intimações serão feitas às partes, aos seus
Art. 592. O juiz ouvirá as partes no prazo comum
representantes legais, aos advogados e aos
de 15 (QUINZE) DIAS.
demais sujeitos do processo pelo correio ou, se
presentes em cartório, diretamente pelo escrivão § 1º Não havendo impugnação, o juiz
ou chefe de secretaria. DETERMINARÁ A DIVISÃO geodésica do imóvel.

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§ 2º Havendo impugnação, o juiz proferirá, no I - as benfeitorias comuns que não comportarem


prazo de 10 (DEZ) DIAS, decisão sobre os divisão cômoda serão adjudicadas a um dos
pedidos e os títulos que devam ser atendidos na condôminos mediante COMPENSAÇÃO;
formação dos quinhões.
II - instituir-se-ão as servidões que forem
Art. 593. Se qualquer linha do perímetro atingir indispensáveis em favor de uns quinhões sobre
benfeitorias PERMANENTES dos confinantes os outros, incluindo o respectivo valor no
feitas há MAIS DE 1 (UM) ANO, serão elas orçamento para que, não se tratando de
RESPEITADAS, bem como os terrenos onde servidões naturais, seja COMPENSADO o
estiverem, os quais NÃO SE COMPUTARÃO na condômino aquinhoado com o prédio serviente;
área dividenda.
III - as benfeitorias particulares dos condôminos
Art. 594. Os confinantes do imóvel dividendo que EXCEDEREM à área a que têm direito serão
podem demandar a restituição dos terrenos que ADJUDICADAS AO QUINHOEIRO VIZINHO
lhes tenham sido usurpados. mediante reposição;

§ 1º Serão CITADOS para a ação todos os IV - se outra coisa não acordarem as partes, as
condôminos, se a sentença homologatória da compensações e as reposições serão feitas em
divisão ainda não houver transitado em julgado, DINHEIRO.
e todos os quinhoeiros dos terrenos vindicados,
Art. 584. É obrigatória a colocação de marcos tanto
se a ação for proposta posteriormente.
na estação inicial, dita marco primordial, quanto nos
§ 2º Nesse último caso terão os quinhoeiros o
direito, pela mesma sentença que os obrigar à
vértices dos ângulos, salvo se algum desses últimos
pontos for assinalado por acidentes naturais de
90
restituição, a haver dos outros condôminos do difícil remoção ou destruição.
processo divisório ou de seus sucessores a título
Art. 585. A linha será percorrida pelos peritos, que
universal a composição pecuniária proporcional
examinarão os marcos e os rumos, consignando
ao desfalque sofrido.
em relatório escrito a exatidão do memorial e da
Art. 595. Os peritos proporão,CPF: 364.910.078-98
em laudo planta apresentados pelo agrimensor ou as
fundamentado, A FORMA DA DIVISÃO, devendo divergências porventura encontradas.
consultar, quanto possível, a comodidade das
Art. 597. Terminados os trabalhos e desenhados
partes, respeitar, para adjudicação a cada
na planta os quinhões e as servidões aparentes,
condômino, a preferência dos terrenos contíguos
o perito organizará o memorial descritivo.
às suas residências e benfeitorias e evitar o
retalhamento dos quinhões em glebas separadas. § 1º Cumprido o disposto no art. 586, o escrivão,
em seguida, lavrará o AUTO DE DIVISÃO,
Art. 596. Ouvidas as partes, no prazo comum de
acompanhado de uma folha de pagamento para
15 (QUINZE) DIAS, sobre o cálculo e o plano da
cada condômino.
divisão, o juiz DELIBERARÁ A PARTILHA.
Art. 586. Juntado aos autos o relatório dos peritos,
Parágrafo único. Em cumprimento dessa
o juiz determinará que as partes se manifestem
decisão, o perito procederá à demarcação dos
sobre ele no prazo comum de 15 (quinze) dias.
quinhões, observando, além do disposto nos
arts. 584 e 585, as seguintes regras: Parágrafo único. Executadas as correções e as
retificações que o juiz determinar, lavrar-se-á, em
seguida, o auto de demarcação em que os limites

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demarcandos serão minuciosamente descritos de II - a relação das benfeitorias e das culturas do


acordo com o memorial e a planta. próprio quinhoeiro e das que lhe foram
adjudicadas por serem comuns ou mediante
§ 2º Assinado o auto pelo juiz E pelo perito, será
compensação;
proferida SENTENÇA HOMOLOGATÓRIA DA
DIVISÃO. III - a declaração das servidões instituídas,
especificados os lugares, a extensão e o modo de
§ 3º O auto conterá:
exercício.
I - a confinação e a extensão superficial do
Art. 598. Aplica-se às divisões o disposto nos arts.
imóvel;
575 a 578.
II - a classificação das terras com o cálculo das
Art. 575. Qualquer condômino é parte legítima
áreas de cada consorte e com a respectiva
para promover a demarcação do imóvel comum,
avaliação ou, quando a homogeneidade das
requerendo a intimação dos demais para,
terras não determinar diversidade de valores, a
querendo, intervir no processo.
avaliação do imóvel na sua integridade;
Art. 576. A citação dos réus será feita por correio,
III - o valor e a quantidade geométrica que
observado o disposto no art. 247.
couber a cada condômino, declarando-se as
reduções e as compensações resultantes da Parágrafo único. Será publicado edital, nos termos
diversidade de valores das glebas componentes do inciso III do art. 259.
de cada quinhão.

§ 4º Cada folha de pagamento conterá:


Art. 577. Feitas as citações, terão os réus o prazo
comum de 15 (quinze) dias para contestar.
91
I - a descrição das linhas divisórias do quinhão, Art. 578. Após o prazo de resposta do réu,
mencionadas as confinantes; observar-se-á o procedimento comum.

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9.2 Artigos exigidos em provas de magistratura

Provas objetivas de Delegado de Polícia


em que os artigos estudados foram exigidos
(a partir de 2010)

Processo Civil
(CPC - art. 539 a 598)

Art. 554 TJ-SC, 2019 (CEBRASPE)

Art. 561 TJ-PR, 2016 (CEBRASPE)

92

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